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domingo, junho 28, 2020

É POSSÍVEL A ESQUERDA AINDA GOVERNAR BELÉM?

Estabelecendo a média de crescimento da direita nas eleições analisadas, chegamos a 20,8%; enquanto a esquerda obtém uma média de 11,4% de crescimento do primeiro para o segundo turno, revela estudo eleitoral.

Por Dornélio Silva*

É possível a esquerda ainda governar Belém? 

Essa pergunta veio perseguindo o pesquisador com as seguidas derrotas de Edmilson Rodrigues. Analisei as eleições de 1996 até 2016 para tentar responder a essa problemática, acompanhando o desempenho dos candidatos que representam esses dois campos de análise nesse período: direita e esquerda. 

O objeto de análise é o potencial de crescimento desses blocos do primeiro para o segundo turno nas seis eleições analisadas. 

Antes de tudo, é fundamental contextualizar a primeira eleição em que a esquerda saiu vitoriosa: Em 1996, por uma circunstância política, Edmilson Rodrigues, PT a época, ganha a eleição para a Prefeitura da Capital. Nesta eleição a direita saiu dividida no primeiro turno. De um lado Elcione Barbalho e de outro Ramiro Bentes, candidato do então prefeito, Hélio Gueiros. Os dois (Elcione e Ramiro) travaram uma disputa muito acirrada pelo poder. A briga entre os dois competidores quase foi campal. 

A estratégia dos marqueteiros era: “bater, bater, bater.... até sangrar”, assim, imaginavam que o outro poderia cair. Brigaram tanto que, de fato, caíram: os dois despencaram. Aí o eleitor belenense quedou-se para Edmilson, não por simpatia ou por propostas, mas como um voto de protesto. 

Analisando pesquisas qualitativas e mesmo as quantitativas da época, uma frase de um eleitor ficou marcada. Perguntado porque iria votar em Edmilson, o eleitor respondeu: “não sei, vou votar pra ver no que vai dar, só não aguento mais esses dois brigando ai”. 

CAPITAL ELEITORAL DA ESQUERDA E DIREITA EM PRIMEIRO TURNO 

Vamos, agora, a análise dos dados pesquisados a partir do primeiro gráfico que mostra o capital eleitoral da Esquerda e da Direita em primeiro Turno das Eleições. Em 1996, os votos da esquerda somaram 46,5%, enquanto da Direita, 19,6%. Já em 2000, reeleição de Edmilson, a esquerda soma no primeiro turno 42,9% dos votos contra 30,1% da direita. Em 2004, Edmilson não consegue fazer seu sucessor, a esquerda obtém em primeiro turno 32,7% dos votos enquanto a direita soma 48,9%. 

Em 2008, reeleição de Duciomar Costa, a esquerda cai ainda mais seu potencial de voto em primeiro turno, somando apenas 20,1%, enquanto a direita sofre uma queda, chegando a 35,1%. 

Em 2012 e 2016, tanto esquerda quanto direita obtém índices parecidos em votos no primeiro turno.



CAPITAL ELEITORAL DA ESQUERDA E DIREITA EM SEGUNDO TURNO 

Passamos, agora, a análise dos dados pesquisados em que o segundo gráfico mostra o capital eleitoral da Esquerda e da Direita em Segundo Turno das Eleições. 

Nessa linha do tempo, em 1996, a esquerda soma em segundo turno 57,5% dos votos, enquanto a direita 42,5%. Já em 2000 na disputa em segundo turno entre Edmilson e Duciomar, a esquerda cai seu potencial, chegando a 50,7%. 

A direita avança, somando 49,3%. Na eleição de 2004, a direita avança bem mais, indo para 58,2% e a esquerda para 41,7%. Em 2008, a esquerda não passa para o segundo. Nessa eleição a disputa de segundo turno foi entre Duciomar e Priante

Em 2012, a disputa foi entre Edmilson e Zenaldo, a direita obteve 56,6% dos votos, enquanto a esquerda 43,4%. Em 2016, houve uma aproximação no potencial de voto dos dois blocos.


CRESCIMENTO DA ESQUERDA E DIREITA DO PRIMEIRO PARA O SEGUNDO TURNO 

O terceiro gráfico mostra o crescimento da esquerda e da direita do primeiro para o segundo turno. Esse é o gráfico que demonstra a probabilidade de vitória de um ou de outro bloco, tendo em vista o poder de agregação que cada categoria vai adquirir no segundo turno. 

Em 1996, apesar da esquerda ganhar a eleição, o crescimento da direita foi o dobro do crescimento da esquerda. Edmilson saiu com uma vantagem grande no primeiro turno, como mostra o primeiro gráfico do nosso estudo. 

Ramiro Bentes cresceu 22,9% e Edmilson 11,0%. Em 2000, reeleição de Edmilson, o crescimento da esquerda foi de apenas 7,8%, enquanto a direita cresceu 19,2% do primeiro para o segundo turno. Edmilson ganhou com uma diferença de apenas 1,4% dos votos válidos. 

Em 2004, Ana Júlia disputou com Duciomar o segundo turno. 

O crescimento dos dois blocos foi idêntico. 

Em 2012, o segundo turno foi disputado entre Zenaldo e Edmilson. 

Aqui o crescimento da direita do primeiro para o segundo turno volta ao seu maior patamar, 25,9%. 

A esquerda cresce apenas 10,8%. 

Em 2008, a esquerda não passou para o segundo turno. 

Na reeleição de Zenaldo, em 2016, a esquerda teve seu maior crescimento, 18,3%. A direita caiu para 23,2%. 

Estabelecendo a média de crescimento da direita nas eleições analisadas, chegamos a 20,8%; enquanto a esquerda obtém uma média de 11,4% de crescimento do primeiro para o segundo turno.


Os dados mostram que Belém é uma cidade conservadora

Em 2020, a disputa ainda vai se dá entre esses blocos. 

Em 1996, a direita saiu dividida, e Edmilson ganhou a eleição. 

Em 2020, o bloco capitaneado por Zenaldo Coutinho que vai indicar seu sucessor, ainda está “esfacelado”, faltando apenas um grande personagem para unir o bloco. Não será fácil encontrar esse personagem. 

A esquerda está dividida. Só poderá ter algum sucesso se parte da direita, encampada pelo MDB e máquina do governo estadual, abraçar essa esquerda. 

*Dornélio Silva é mestre em Ciência Política pela UFPA e Diretor da DOXA Pesquisas.

quinta-feira, maio 02, 2019

Sem cumprir promessas, Helder ignora concursos e segue contratando temporários



Por Diógenes Brandão

Um levantamento inédito realizado com exclusividade pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, conforme atos administrativos publicados e disponíveis no Diário Oficial do Estado, revelam que o governador Helder Barbalho prometeu uma coisa e fez outra totalmente ao contrário. 

Vejamos:

No dia 03 de Janeiro deste ano, logo após tomar posse, o governador lançou o Decreto nº 1, de 02/01/2019 (DOE/PA de 03/01/2019, página 5), determinando, entre outras medidas, a redução de 20% de todos os contratos de temporários e o corte orçamentário de 20% do pagamento de servidores públicos ocupantes de cargos em comissão. 

Clique para ampliar e veja o decreto publicado no Diário Oficial do Estado:




Pelo que se vê, a determinação era enxugar a máquina, economizando dinheiro público com demissões e cortes orçamentários.

Ocorre que, cinco dias depois, no dia 08 do mesmo mês, o jornal da família Barbalho anunciou em sua manchete, uma chamada radical, que reforçava o esforço da propaganda política que guia o midiático governador: A exoneração de 2.500 DAS.




Como se pode ler abaixo, na matéria interna do jornal Diário do Pará, que anunciava até mesmo antes dos meios de comunicação oficiais do governo do Estado, a propaganda do governo tinha uma meta ousada: A economia de R$ 52 milhōes/ano


Acontece que um monitoramento realizado pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, nestes quatro (04) meses de governo, revela que nada disso aconteceu. Muito pelo contrário, o governador demitiu 2551, mas contratou outros 2.839.

Veja o números coletados do Diário Oficial do Estado:
















Perceba que as 2.551 exonerações realizadas no mês de Janeiro, foram todas repostas com 2.839 novos DAS. 

Ou seja, a promessa  da propaganda oficial do governo de Helder Barbalho, de economizar R$52 milhões foi pro ralo.

Todos os cargos dos servidores comissionados contratados pelo governo de Simão Jatene e que foram foram exonerados por Helder Barbalho, foram preenchidos por novos assessores de sua confiança, agora escolhidos pelo novo governo e seus apadrinhados. 

Ou seja, Helder prometeu enxugar a folha de pagamento do Estado e não fez nada disso. Pior: repetiu a velha política de fazer do governo, um cabide de emprego para seu partido e demais aliados.

Isso sem contar com os contratos de servidores temporários que estão entrando via nove (09) Processo Seletivos Simplificados (PSS) realizados neste período: 

SUSIPE (343 vagas)
GASPAR VIANA (2 PSS, 110 e 68 vagas, total de 178) 
UEPA (2 PSS, 66 vagas + CR para professor)
FASEPA (117 vagas) 
RENATO CHAVES (71 vagas) 
SEAD (14 vagas para médicos)
SESPA (106 vagas), 

TOTAL: 895 novos contratos temporários. 

Enquanto isso, nenhum concurso público prometido em seu Plano de Governo, foi sequer anunciado e milhões de paraenses aguardam que Helder Barbalho, não faça como fez em Ananindeua, quando foi prefeito por 08 anos e só realizou dois (02) concursos públicos.


quinta-feira, março 14, 2019

Deputados usam cachorros para atrapalhar ato por Marielle na Câmara

Os deputados federais Celso Sabino (PSDB) e Vavá Martins (PRB), além dos deputados estaduais Igor Normando (PHS) e Luth Rebelo (PSDB), estiveram ao lado dos que sempre protestam contra as homenagens à Marielle Franco.

Por Diógenes Brandão

No dia em que o assassinato brutal da vereadora Marielle Franco completa um ano, o jornal Folha de São Paulo acusa um grupo de deputados federais e estaduais, inclusive do Pará, de atrapalharem o ato realizado no Congresso Nacional, na manhã desta quinta-feira,  14, que cobrou respostas e pediu justiça contra os assassinos e os mandantes do crime que abalou o país e o mundo. Ontem, foram apresentados os criminosos que executaram a vítima, sendo um deles vizinho do presidente Jair Bolsonaro.

O deputado federal Vavá Martins (PRB), pastor da Igreja Universal, usou suas redes sociais e assim justificou sua presença no local, junto ao grupo de parlamentares que segundo a Folha, zombavam  de Marielle: 

"Vavá Martins também soma-se à luta da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Animais, que pede reclusão para quem cometer o crime de maus-tratos aos bichinhos".

Igor Normando (PHS), eleito deputado estadual em outubro de 2018 - mas já foi vereador de Belém e há tempos defende a causa animal - usou sua fanpage para aliviar sua presença em meio aos que rasgaram a placa da rua com o nome de Marielle.

"Há um ano a vereadora Marielle Franco, do Rio de Janeiro, foi executada a tiros junto de Anderson Gomes, seu motorista, ao voltar de um evento com jovens negras. O crime ainda se encontra sem resposta até hoje. A parlamentar era defensora dos direitos humanos que combatia a violência da milícia e buscava diminuir a desigualdade. Que Marielle seja sempre uma semente que nos encoraje com seus ideais!", disse Igor em sua mensagem e sem mostrar fotos ou dizer que estava em Brasília, participando do mesmo ato, ao lado do deputado que ficou conhecido pela foto em que rasgam a placa de rua com o nome de Marielle, em meio aos protestos contra o seu assassinato, no ano passado.


Em um comentário na matéria sobre o acontecido, Marta Carvalhal dispara: "Quanto mais esses caras demostram sua brutalidade , mais o brilho e a dignidade de Marielle se destacam. É assim que Marielle vive e se torna um exemplo cada vez mais forte de humanidade. Ninguém cala a voz de Marielle". 

Já a leitora Neli Faria lamentou: "Dignos de pena! Tenho dó desses senhores. Eles não sabem que o mundo dá voltas? Dignos de pena. Repiso-me: Pelé, no início dos anos 1970 disse que o povo não sabia votar. Como todo gênio falou no presente mirando o futuro: esses eleitos em 2018".

domingo, outubro 21, 2018

De 2% a 40%: A subida de Márcio Miranda ameaça a liderança de Helder Barbalho

Com uma diferença de apenas 5,5%, Márcio Miranda encosta em Helder Barbalho e ameaça virar o jogo.


Por Diógenes Brandão, com informações da DOXA Pesquisas


A penúltima pesquisa DOXA desde segundo turno das eleições 2018, nos revelam um quadro de quase empate técnico entre o candidato Márcio Miranda e Helder Barbalho, que lidera as pesquisas desde o início desta campanha eleitoral.

Derrotado por Simão Jatene (PSDB) em 2014, depois de ter sido o mais votado no primeiro turno, Helder Barbalho saiu novamente como o mais votado no primeiro turno deste ano, mas agora teme que o resultado eleitoral do próximo domingo repita o passado e ele venha novamente sofrer mais uma derrota.

Aliados do MDB já falam em arrependimento em coligar com o candidato do partido de Michel Temer e tentam conversas com o assessores de Márcio Miranda sobre a participação deles,  em um possível novo governo.

A pesquisa DOXA aferiu a rejeição dos dois candidatos, mas foi finalizada antes do efeito do caso "Gordo do Aurá", a prisão de João Salame e o último debate realizado entre os candidatos, neste sábado, na TV Record, onde o clima esquentou e Márcio Miranda e Helder Barbalho protagonizaram um diálogo de poucas propostas e muitas provocações e acusações mútuas.

Helder Barbalho continua sendo o candidato com a maior rejeição perante o eleitor paraense

Veja os números:

Rejeição de Helder Barbalho


Rejeição de Márcio Miranda


PRISÕES CAUSAM REVIRAVOLTA NO SUL E SUDESTE DO PARÁ

No sul e sudeste do Pará, muitas lideranças políticas que apoiaram Helder Barbalho no primeiro turno estão mudando de lado. O motivo seria a prisão diversas lideranças políticas aliados da família Barbalho, como João Salame (PP), preso em Brasília pela Polícia Federal, o ex-prefeito de São Félix do Xingu, João Cleber (MDB), o ex-prefeito de Pau D'árco, Maurício Cavalcante (MDB), ambos lançados como candidatos a deputados estaduais, mas que foram derrotados nas urnas. Ao todo, houveram  08 prisões na região nos últimos 30 dias.

O advogado Sérgio Luiz Santana, atual Procurador Municipal de Redenção entregou-se à Polícia Civil após ter seu mandado de prisão determinado pela justiça e encontrava-se foragido. A prisão foi uma das medidas da Operação Assírios, que além de João Salame, já prendeu 13 pessoas suspeitas de associação criminosa e desvio de R$ 15 milhões dos cofres públicos.

Com 24 milhões de reais bloqueados pela justiça, por fraudes em licitações, o prefeito de Redenção, Carlo Iavé (MDB) acumula um recorde de operações policiais e escândalos e leva ao candidato Helder Barbalho a perder votos e prestígio em todo o sul e sudeste do Pará. 

Carlo Iavé é hoje o principal coordenador da campanha de Helder Barbalho na região, onde Redenção é o município pólo.


Gostou da matéria e do blog? Então clique na imagem abaixo e vote em Diógenes Brandão/AS FALAS DA PÓLIS, na categoria BLOGUEIRO DO ANO, do Prêmio Sistema Fiepa de Jornalismo, na modalidade Profissionais do Ano.   

Desde já eu agradeço pela gentileza! ❤️




domingo, maio 20, 2018

Eder Mauro: O deputado-delegado que decepcionou a sociedade paraense ao esquecer da polícia e da segurança pública

Eder Mauro: Nenhuma lei ou projeto em defesa da polícia e da segurança pública do Pará?

Por Diógenes Brandão

Eleito em 2014 com mais de 265 mil votos, o deputado federal Eder Mauro  (PSD) apareceu para os eleitores com os punhos assentados no peito esquerdo e bradou para todo o estado que faria da luta contra a violência, a razão de ser de sua candidatura para representar o povo paraense em Brasília.  

No entanto, a pergunta que fica no ar é se Eder Mauro chega ao fim de seu primeiro mandato parlamentar, depois de quatro anos como deputado, sem ter nenhuma lei aprovada e nenhuma ação efetiva em defesa dos policiais, assim como nenhuma emenda para a área da segurança pública? Absolutamente nada que viesse a valorizar a sofrida categoria de profissionais da segurança em nosso País e do Estado que o elegeu?

Mas se este deputado não conseguiu produzir legislação voltada para a segurança pública, sua letargia não parou por aí.  

Eder Mauro poderia ter alocados emendas parlamentares para melhorar o alojamento de seus colegas policiais no Pará.

Poderia ter destinado emendas para a compra de coletes, armas, viaturas e demais  equipamentos de proteção e locomoção dos policiais de nosso estado.  

Mas não! 

Eder Mauro esqueceu de investir, como deputado, na segurança pública em nosso estado, e agora, passados 4 anos, o deputado-delegado volta a abraçar o povo pobre com promessas infundadas para tentar, mais uma vez, surfar na onda de violência que varre nosso país e o nosso Estado.?

Nestes últimos quatro anos em que a onda de violência se alastrou em nosso estado, qual foi a ação pública deste deputado para mobilizar o seu mandato ou a “bancada da bala” no congresso em defesa de nossa sociedade?  

Ao receber de Michel Temer mais de 80 milhões de reais em Emendas Parlamentares, o deputado Eder Mauro também poderia ter destinado recursos para reformar 800 delegacias de polícia, considerando que cada delegacia reformada custa cerca de R$ 100 mil reais. 

Com esse dinheiro, também daria para comprar casas populares para boa parte dos policiais que hoje moram em bairros considerados “área vermelha” e que muitos estão sendo assassinados.   

Daria para comprar 40.000 coletes especiais para todos os policiais civis e militares do Estado e ainda sobraria coletes de reserva para todos.  

Além disso, daria para o deputado-delegado fazer seminários e cursos de capacitação para ajudar com que os policiais e demais agentes de segurança pública tivessem suas vidas preservadas, com um pouco mais de preparo para sua auto-proteção.  

Mas se absolutamente nada disso foi feito por Eder Mauro, porque ele continua se apresentando como defensor dos "colegas de farda", se nem ele nunca vestiu qualquer farda, já que é da polícia civil e não militar?

Onde estava Eder Mauro que não fez nada para combater a violência que assola o país e o Estado onde ele foi eleito deputado?  

Pra onde foi o dinheiro que ele recebeu para apoiar o presidente Temer que se livrou das investigações de corrupção, com seu voto e da maioria dos demais deputados que apoiam seu corrupto governo em Brasília?

terça-feira, outubro 17, 2017

Prefeitos choram na ALEPA e temem ser presos. "Mais de 400 já renunciaram a seus mandatos", diz um deles com medo

Ao participarem de um evento da FAMEP, prefeitos paraenses imploraram ajuda da ALEPA.

Por Diógenes Brandão


Uma verdadeira falência. É assim que se encontram diversos municípios brasileiros, sobretudo os paraenses, em decorrência da crise política e econômica que assola o país e atinge de forma cruel os estados e os municípios, sobretudo os mais pobres, aumentando a miséria e a falta de qualidade de vida à população em geral.


A situação é de fato dramática. Mas também pudera, com tanta corrupção e os inúmeros deputados e senadores sendo comprados a peso de ouro para manter Michel Temer no poder, alguém tem que pagar o pato e por isso governo federal vem penalizando a sociedade brasileira, através de cortes de gastos e investimentos sociais, assim como com a covarde diminuição do repasse dos recursos federais aos estados e municípios, em praticamente todas as áreas. 

O povo agoniza e assiste o desespero de prefeitos e governadores, que temem por seus mandatos e suas liberdades, já que não conseguem mais receber os recursos que deveriam retornar aos cofres públicos, hoje esvaziados pelo presidente que é reprovado por 97% da população brasileira, mas que mesmo assim submete o país à uma crise que não poupa nem os municípios mais ricos, imagina os mais pobres e pequenos.

Tal como o blog noticiou a FAMEP convocou os prefeitos paraenses para mobilização contra a crise dos municípios e lá a choradeira foi geral, nos informa  a matéria Prefeitos do Pará de pires na mão da jornalista Franssinete Florenzano, em seu blog Uruatepara.


A jovem prefeita de Primavera (PA), Renata Sousa (PMDB), de 36 anos, chorou em um grupo de WhatsApp, ao relatar as agruras por que passa seu município. Até a hashtag #ForçaRenata foi criada nas redes sociais. Hoje, no início da tarde, dezenas de prefeitos que participaram da sessão especial destinada a debater o marco regulatório da Mineração pediram para reunir com o presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda, e fizeram um desabafo coletivo.   

O prefeito Jair Martins (PMDB), de Conceição do Araguaia, disse que está na iminência de ir para a cadeia, porque tem que escolher pagar o quadro de pessoal, os fornecedores ou recolher o devido ao INSS, por exemplo. E confessou que está descontando a alíquota previdenciária dos funcionários sem o repasse. Ao anunciar que ele e outros prefeitos estão dispostos a acampar em frente ao Palácio da Alvorada para pedir socorro ao presidente da República, enfatizou, ainda, que mais de 400 prefeitos já renunciaram a seus mandatos, por não conseguirem enfrentar a crise que assola o país e que tem maior repercussão nos municípios.  



sexta-feira, outubro 13, 2017

FAMEP convoca prefeitos para mobilização contra a crise dos municípios

Cidades Paraenses amargam a falta de saneamento e de diversos serviços públicos, mesmo sendo um Estado rico em recursos e exportador de commodities.

Por Diógenes Brandão

Uma verdadeira falência. É assim que se encontram diversos municípios brasileiros, sobretudo paraenses, em decorrência da crise política e econômica que assola o país e atinge de forma cruel os estados e os municípios, sobretudo os mais pobres, aumentando a miséria e a falta de qualidade de vida à população em geral.

No Pará, estado que exporta matéria prima como os recursos minerais e que tem a Lei Kandir, como principal inimiga na arrecadação de impostos, sentimos na pele, nos postos de saúde, nas ruas sem saneamento e pavimentação, a penalização por anos de exploração da Amazônia, sem planejamento e nem um pouco de interesse político de se incrementar um plano de desenvolvimento que considere a verticalização da produção de todas as nossas riquezas, que poderia fazer nossa economia ser mais dinâmica e próspera. 

Como resultado, a população é a mais prejudicada com a escassez de recursos financeiros para atender áreas como a saúde, a educação, o saneamento e toda a infraestrutura necessária para a qualidade de vida de todos os cidadãos.

Pensando em saídas para este quadro devastador, a FAMEP se une com os consórcios e associações municipais para buscar alternativas de curto, médio e longo prazo, possibilitando assim a unidade em prol dos interesses municipais, onde vivem e padecem milhões de paraenses em busca de uma vida melhor.

Os prefeitos anunciam participação em peso no evento e prometem lutar juntos por mais recursos e menos burocracia juntos aos órgãos estaduais e federais, bem como à bancada paraense no Congresso federal.

Leia a matéria publicada no site da FAMEP.

O dia 16 de outubro ficará marcado no Pará como uma data em que os prefeitos e prefeitas fizeram se organizaram em busca de soluções para a crise que assola as cidades brasileiras. O “Dia de Mobilização e Reação – Municípios em crise” é uma iniciativa da FAMEP e das Associações e Consórcios Regionais que busca reunir os gestores e fortalecer a luta pelas pautas municipalistas.

“Estamos enfrentando a maior crise dos últimos anos nos municípios, com o FPM em queda constante, e risco dos gestores não conseguirem arcar com todos os custos gerados na administração das cidades”, explica o presidente da FAMEP, Xarão Leão. Para ele, é o momento que os prefeitos e as prefeitas precisam estar unidos em busca de alternativas.   

“Precisamos nos unir buscando apoio do executivo e legislativo Estadual e Federal, pois sozinhos não conseguiremos seguir”, destacou. A mobilização terá início às 9h da manhã, quando os gestores municipais participarão de Audiência Pública sobre as Medidas Provisórias em Tramitação no Congresso Nacional acerca da Compensação Financeira pela Exportação de Recurso(CFEM).   

A Federação e as entidades municipalistas exigem, entre os vários pontos das medidas provisórias, que seja implementada a alíquota de 4% sobre o faturamento bruto das empresas que extraem o minério de ferro. Desses, que 3% sejam destinados aos municípios mineradores e 1% seja dividido entre todos os municípios do estado, considerando que o prejuízo causado não chega apenas ao local da extração, mas atinge o Estado como um todo.   

Pela parte da tarde, os prefeitos se reúnem com o superintendente da Receita Federal para tratar sobre o bloqueio das contas dos municípios. Após essa reunião, os gestores seguem para a sede da FAMEP para montarem estratégia de enfrentamento da crise em uma Assembleia Geral. Serão discutidos ainda o bloqueio do FPM, a arrecadação de ISS e a Lei Kandir.

quarta-feira, agosto 09, 2017

DOXA Pesquisas: 60% dos paraenses não votam em candidatos envolvidos na Lava Jato



Por Diógenes Brandão, com informações da DOXA Pesquisas

O blog AS FALAS DA PÓLIS traz mais um dado importante da última pesquisa do Instituto DOXA, realizada no período de 20 a 25 de julho e que contou com 1937 entrevistas, feitas com eleitores de 42 municípios, das 06 (seis) mesorregiões do Estado do Pará.  

Os entrevistados foram estimulados a responder a pegunta: Você votaria em algum candidato envolvido na operação lava jato?

O resultado foi o seguinte: 
  • 60,0% não votariam. 
  • 4,0% votariam. 
  • 26,0% poderiam votar. 
  • 10,0% não souberam responder.

segunda-feira, dezembro 26, 2016

Pesquisa DOXA revela perfil do consumidor neste fim de ano

Pesquisa de mercado checou como o belenense pretende se comportar nesse fim de ano.

Por Dornélio Silva

Pesquisa DOXA realizada na capital paraense, revela que a boa parte da população de Belém prefere usar o 13º salário para quitar dívidas. Entre os que querem presentes, o objeto de desejo menos desejado é Panettones e pares de meias.

Realizada entre os dias 16 e 20 de dezembro, a pesquisa demostra a preferência do consumidor para as festas de fim de ano. Nela, podemos detectar qual a destinação que o belenense vai dar ao seu 13% salário e a preferência de consumo dos presentes.

DESTINAÇÃO DO 13o SALÁRIO: Dos 600 entrevistados pela Doxa, 24% disseram que preferem quitar dívidas; 8,0% prefere usar o dinheiro a mais para equilibrar as contas. Apenas 3,0% disseram que usarão essa grana pra comprar presentes neste final de ano; 4,0% vão investir em negócios próprios ou bancários. Outros 26% disseram que não recebem 13%, isto é, são autônomos. Além destes, 15% estão desempregados. E 15,0% não sabem, ainda, o que fará com seu 13o.


POTENCIAL PRA PRESENTEAR: 31,0% dos entrevistados pretendem presentear pelo menos uma pessoa neste final de ano; 20,0% pretendem presentear até 3 pessoas; 17,0% disseram que vão presentear até 5 pessoas; 5,0% afirmaram que querem presentear até 10 pessoas; e 6,0% não vão presentear ninguém.


COMO VAI PAGAR AS CONTAS: A maioria dos entrevistados está fugindo de prestações. A pesquisa mostra que 45,0% vão pagar suas compras a vista; 24,0% vão parcelar no cartão de crédito; 27,0% não sabem como vão pagar suas compras de final de ano.


O QUE MAIS GOSTARIA DE GANHAR: 48,0% gostariam de ganhar nesse final de ano Dinheiro; 9,0% carro; 8,0% viagem; 5,0% imóvel; 3,0% roupas; 2,0% jóias; 2,0% eletrônicos; 2,0% iphone; 2,0% eletrodomésticos; 4,0% ainda não sabem o que gostariam de ganhar.



O QUE MENOS GOSTARIA DE GANHAR: 23,0% dos entrevistados não gostariam de ganhar panettone neste final de 2016; 12,0% não querem DVDs; 10,0% não gostariam de ganhar par de meias; 9,0% chocolate; 5,0% higiene pessoal; 3,0% pijama; 2,0% utilidades domésticas; 2,0% chinelo; 1,0% roupas íntimas; 1,0% livros; 17,0% ainda não sabem.



PREFERE COMPRAR LOJA FÍSICA OU INTERNET: A loja física é a preferida para os consumidores: 86,0% preferem a loja física; e apenas 10,0% a internet; 4,0% não responderam.


sexta-feira, agosto 05, 2016

DIAP aponta os 150 mais influentes do Congresso Nacional.

Diap divulga a lista dos “Cabeças” do Congresso Nacional e dos Parlamentares em “Ascensão”. 

Por Diógenes Brandão, com informações do DIAP.

14 deputados e 4 senadores estão entre os 18 principais “cabeças”, mas a lista vai até 100 nomes e até 150, com os mais influentes.

São “Cabeças”, portanto, aqueles operadores-chave do Poder Legislativo cujas preferências, iniciativas, decisões ou vetos – implementados, por meio dos métodos da persuasão, da negociação, da indução ou da não-decisão – prevalecem no processo decisório na Câmara ou no Senado Federal.

OS PARTIDOS MAIS INFLUENTES

Entre os 100 parlamentares que comandam o processo decisório no Congresso, 62 são deputados e 38 são senadores. Os dois partidos com maior número de parlamentares na elite são o PT, atual oposição, ao qual é filiada a presidente da República afastada, Dilma Rousseff, e o PMDB, atual base, partido do presidente interino da República, Michel Temer, e do Senado, Renan Calheiros (AL). 

Está na terceira posição o PSDB, que é o segundo maior partido da base do governo. O primeiro em número de bancada parlamentar na Câmara dos Deputados, o PMDB, é o segundo em influência na elite. E o PMDB além de segundo em influência na Câmara dos Deputados possui a maior bancada de parlamentares do Senado Federal.

CLASSIFICAÇÃO DOS “CABEÇAS”

Para facilitar a leitura, o DIAP identificou e classificou os parlamentares em cinco categorias, de acordo com as habilidades de cada um, dando destaque à característica principal de cada operador-chave do processo legislativo. As categorias são: a) debatedores, b) articuladores/organizadores; c) formuladores; d) negociadores; e, e) formadores de opinião. As classificações não são excludentes. Assim, um parlamentar pode, além de sua habilidade principal, possuir outras secundárias. 

De acordo com essa classificação, os “Cabeças” 2016 possuem 39 parlamentares debatedores, 28 articuladores/organizadores, 16 negociadores, 15 formuladores e dois formadores de opinião. 

CINCO PARAENSES ESTÃO NA LISTA

No Pará, o senador tucano Flexa Ribeiro figura na lista dos principais “cabeças”, onde é considerado um articulador. O senador petista Paulo Rocha está entre os 100 "cabeças", como um negociador.

Os senadores Flecha Ribeiro e Paulo Rocha, além dos deputados federais Edmilson Rodrigues e Arnaldo Jordy estão entre os 150 mais influentes do Congresso Nacional. 

Dos 17 deputados federais do Pará, só Arnaldo Jordy (PPS), Edmilson Rodrigues (PSOL) e Simone Morgado (PMDB) ficaram entre os 150 parlamentares em “Ascensão”.

Entende-se por parlamentar em “ascensão” aquele deputado ou senador que vem recebendo missões partidárias, políticas ou institucionais e se desincumbindo bem delas. Estão também nessa categoria os parlamentares que têm buscado abrir canais de interlocução, criando seus próprios espaços e se credenciando para o exercício de lideranças formais ou informais no âmbito do Parlamento. Integram esse grupo, ainda, os deputados ou senadores que já fizeram parte dos “Cabeças” mas, por razões circunstanciais, perderam interlocução. Estão, portanto, entre os 150 mais influentes do Congresso. 

"CABEÇAS" NA LAVA JATO

Em face das investigações em curso na operação “Laja Jato”, e considerando que alguns dos influentes poderão ser denunciados pelo Ministério Público, cabe esclarecer que na definição da lista não são considerados critérios éticos-morais. 41 Assim, o fato de ser influente não significa, necessariamente, que utilize sua influência apenas para o bem. 

Deste modo, embora a maioria absoluta seja formada por parlamentares corretos e honestos, verdadeiramente preocupados com o interesse público e que pautam suas atuações por princípios republicanos, há exceções e entre estas existem alguns que não seguem necessariamente esses princípios, a julgar pelas investigações a cargo do Ministério Público. 

Um diagnóstico comum aos que fogem à regra de respeito aos princípios éticos, sendo ou não influente, está relacionado com a prática de captação ilegal de recursos financeiros, seja para financiar ou cobrir despesas de campanha, seja para o enriquecimento ilícito. Os custos de campanha, em grande medida, têm sido utilizados como pretexto para esses desvios de conduta. 

O CABEÇA DOS CABEÇAS

Dos 100 parlamentares da 1ª edição da série os “Cabeças” do Congresso, em 1994, apenas um senador se manteve na lista em todos os 23 anos da publicação, demonstrando grande prestígio, influência e capacidade de articulação. Trata-se do senador Paulo Paim (PT-RS), que faz parte da lista tanto como deputado quanto como senador. Além de excelente trânsito entre seus pares, Paim, como é carinhosamente chamado pelos demais parlamentares, reúne habilidades que o credenciou a exercer influência por mais de duas décadas consecutivas no Congresso Nacional. 

Veja aqui a íntegra dos Cabeças do Congresso Nacional de 2016.

sábado, dezembro 20, 2014

Os primeiros a chegar para a posse de Dilma foram num Fusca 75

Veterano, assim como nas demais posses presidências de Lula e Dilma, Robson está em Brasília desde quinta-feira (18).

Os paraenses e militantes do PT, Carlos Magno Arruda (53), mais conhecido como “Magrão” e Robson Messias (44), atravessaram os Estados do Pará, Maranhão, Tocantins e Goiás, até chegarem à Praça dos três Poderes em Brasília-DF, na tarde desta quinta-feira (18). Durante sete (07) dias viajaram em um fusca-75. Foram os primeiros a chegar para a festa de posse da presidenta Dilma Rousseff, prevista para 1º de Janeiro de 2015.

Os companheiros saíram do município de Bom Jesus do Tocantins-PA, no dia 11 deste mês para enfrentar cerca de 2.500 km até a capital federal do país, parando em diretórios municipais do PT, sindicatos e rádios comunitárias. Deram e fizeram entrevistas, ficando conhecidos por sua ousadia e determinação em fazer uma viagem inusitada, que rendeu inclusive o início de um incêndio na parte elétrica do carro, sendo resolvido com o extintor do fusca. “Guerreiro”, assim batizado por ter feito todas as campanhas de Lula e Dilma, resistiu a mais uma tarefa com a ajuda solidária de parceiros que compraram-lhe um pneu novo e fizeram uma revisão durante a viagem. 

Guerreiro, o fusca ano 75 é atração na Praça dos três Poderes, onde ficará até a posse de Dilma.

Quem pensa que é a primeira vez que Robson Messias faz isso, se engana. Em 2003, durante a posse do então presidente Lula, em sua reeleição em 2007 e na posse do primeiro mandato de Dilma, em 2010, lá estava ele com sua camisa vermelha, seu boné do PT com bottons de Lula, Dilma e Che Guevara.

Na primeira posse de Lula, Robson conta que fez a viagem de carona em um caminhão que transportava madeira do Pará até Goiânia e de lá para Brasília pegou outra carona em uma kombi, pois estava desempregado e sem dinheiro. "Na segunda, eu era vereador, então foi mais fácil conseguir viajar", afirma.

Na oportunidade, entregou uma carta à Lula declarando o apoio de sua comunidade e solicitando a construção de uma escola rural em sua região. Lula respondeu-lhe afirmando que iria estudar o pedido e quatro anos depois, já em seu segundo mandato, foi concluída a obra de construção do Campus da UFRA – Universidade Federal Rural - em Marabá. Em dezembro de 2006, Lula chegou a recebê-lo num café da manhã no Palácio, onde o cumprimentou pelo empenho e sua trajetória de lutas.

Tendo completado 30 anos de filiado ao PT, a imprensa nacional – e até a internacional, como a BBC de Londres - sempre deu destaque para a presença de Robson em Brasília, afinal ele sempre fez questão de chegar 13 dias antes, e ser o primeiro, no evento de posse presidencial, acampando em frente à Praça dos três Poderes.

Desta vez, além de chegar num fusquinha 75, Robson carrega um tripé e uma filmadora, com a qual registrou todo o percurso da viagem, as paradas nos municípios que atravessou e grava os momentos que antecedem a posse, assim como deverá registrar sob suas lentes, o momento em que pela 2ª vez, Dilma será envolvida pela faixa presidencial. Além disso, criou uma página no Facebook, onde posta fotos e relatos da viagem e na sua volta ao Pará, pensa em editar um documentário.

Durante a viagem, coleta de assinaturas e gravações em sedes do PT, sindicatos e rádios comunitárias do Norte do Brasil.
“Magrão”, seu parceiro de viagem completará aniversário dia 1º de Janeiro e já pensa no presente que quer receber: Ser recebido por Dilma. Já Robson, assim com na segunda posse de Lula e na primeira de Dilma, quando entregou-lhes cartas de apoio, dessa vez não será diferente: Quer entregar à Dilma agora uma carta com assinaturas que coletou com as lideranças comunitárias e sindicais dos municípios do trajeto percorrido do Pará à Brasília.

Além de Robson e “Magrão”, o Pará conta com outras caravanas saindo do Estado, neste final de semana rumo à Brasília. Sete ônibus de viagem foram fretados, através de coleta financeira realizada entre os 400 filiados e simpatizantes do PT que se juntarão aos outros milhares que estarão na 2ª posse de Dilma.

A história de um lutador.

Indagado de onde vem essa determinação e vontade de chegar sempre por primeiro nas posses presidenciais, Robson diz-se recompensado por todo seu empenho em lutar pela inclusão social de milhares de pessoas, as quais sempre sonharam com as oportunidades que hoje estão tendo, segundo ele, com os governos populares de Lula e Dilma.

“Aos 15 anos de idade, fui aluno da Irmã Dorothy Stang na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Abel Figueiredo, sudeste do Pará. Lembro que ela me pedia para levar sacolas plásticas para algumas residências coletarem cascas de ovos e alguns dias depois eu ia buscá-las para que ela fizesse suplementos alimentares para pessoas em extrema pobreza”, revela Robson, emocionado.

Há seis (06) anos na Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Bom Jesus, o jornalista autodidata faz parte da Associação Marabaense de Imprensa, já tendo atuado como freelancer, escrevendo artigos para o Jornal “Diário do Pará”, “Correio do Tocantins” e “Opinião”, todos do município de Marabá-PA.

Ao responder de onde vem sua relação com a comunicação e o jornalismo, ele ri e diz: “Tudo começou quando eu era estudante e presidi o grêmio da minha escola, na década de 80 e resolvi fazer um jornal mimeografado, chamado “O Pergaminho”, para pressionar o prefeito a fazer reformas e investir mais nos professores e na educação do município”, relembra com satisfação.

Robson diz que foi eleito vereador da cidade de Abel Figueiredo em 2005 e que a foto feita com Lula em 2003, o ajudou muito em sua vitória. Assim que assumiu a vaga na Câmara Municipal de Vereadores, lutou pela criação do bairro onde mora, o qual o nomeou de “Nova Brasília”, em homenagem à sua ida ao Distrito Federal. A rua onde ele mora se chama “Presidente Lula” e sua casa é nº 13, como não poderia deixa de ser, claro.

Atualmente, Robson preside a associação de moradores do seu bairro e o diretório municipal do PT e diz que não retorna para sua cidade, enquanto não tiver a oportunidade de entregar sua carta nas mãos da presidente Dilma.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...