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quarta-feira, outubro 31, 2012

Mapa Eleitoral: O dia seguinte das eleições

O PT foi o partido que mais cresceu nas eleições de 2012. PMDB e PSDB encolheram bastante.
 
No blog do Renato Rovai*

Há muitas flancos possíveis para se analisar o resultado das eleições municipais recém-encerradas. Os analistas da mídia tradicional como não podem dizer que a oposição foi a grande derrotada enaltecem o crescimento (real, diga-se) do PSB. É mais ou menos como aquele torcedor que comemora a vitória de um terceiro time sobre o seu principal rival. Porque no pau a pau perde todas.


O fato é que a oposição diminuiu ainda mais de tamanho em 2012. E isso aconteceu mesmo em meio ao julgamento do mensalão e de toda a cobertura midiática tentando vincular aquele acontecimento ao momento eleitoral.

Outro fato é que o PT cresceu muito em São Paulo e passa a governar quase metade da população do Estado. Manteve o domínio da região metropolitana e ainda levou São Paulo e boa parte do Vale do Paraíba, incluindo a cidade de São José dos Campos.

O PSB também sai maior deste processo eleitoral. Conquistou Recife e Fortaleza, além de várias cidades importantes do Nordeste. E ainda reelegeu seu prefeito de BH e ganhou Campinas. Em BH e Campinas, porém, os eleitos são muito mais tucanos que socialistas.

O PSOL elege seu primeiro prefeito de capital, no Macapá, e entra no jogo real da governabilidade. Isso vai levar a muitas reflexões internas no partido e provavelmente vai fazer com que alguns grupos deixem a legenda. Ou vai levar o prefeito eleito a deixar o partido. A tese da governança e as teses de alguns setores do PSOL são incompátiveis.

O fato de o PSDB não ter conseguido eleger um prefeito de capital nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste também é um fato importante. Como também merece registro que nenhum senador eleito em 2010 conseguiu sucesso nas disputas de 2012. O povo parece já ter se cansado dessa história de o político se eleger para um cargo executivo e depois de um ano e meio disputar outro.

Outro ponto que não pode ser desprezado e que talvez seja o mais importante para pensar 2014 é que Dilma tem de cara três possíveis adversários relativamente fortes: Marina Silva, Aécio Neves e Eduardo Campos. Sem contar a provável candidatura do senador Randolfe, padrinho político do prefeito eleito em Macapá.

Marina e Aécio já tem quase como certas as suas candidaturas. Eduardo Campos ainda vai ter que fazer contas e provar para o próprio partido que um voo solo pode ser melhor do que uma aliança com Dilma. Afinal, se vier a sair candidato sem Lula e Dilma o PSB terá de enfrentar o PT em muitos lugares. Nesta eleição das capitais, venceu. Mas nada garante que isso venha a se repetir em 2014.

De qualquer forma, se todos os citados vierem a disputar a presidência, Dilma poderá ter que enfrentar um segundo turno aberto. Essa é uma péssima notícia para a presidenta, que não pode pensar em mudar a composição de sua chapa, até porque o PMDB foi o partido que elegeu mais prefeitos no Brasil.

Se o PT quiser ajudar Dilma a ficar mais forte para 2014, deveria tratar com carinho duas situações. Os recados das urnas no Rio Grande do Sul e na Bahia. A derrota para ACM Neto em Salvador e a pífia campanha do PT em Porto Alegre, por mais que se queira tapar o sol com a peneira, fragilizam os governos Tarso e Wagner. Ambos precisam repensar politicamente o tipo de gestão que estão fazendo porque senão o partido corre o risco de perder as eleições nestes dois estados.

A oposição na Bahia vai se assanhar com esta vitória de ACMinho e no Rio Grande do Sul nunca um governador foi reeleito. Isso pode vir a acontecer com Tarso se sua administração continuar, por exemplo, brigando com os professores. Aliás, professores que foram fundamentais para a derrota de Pelegrino na Bahia.
* Renato Rovai é jornalista e editor da Revista Fórum.

segunda-feira, outubro 29, 2012

O PT em Belém precisa tomar banho de rua e de povo





Patrick Paraense*

O PT sentiu a conseqüência de não ter se reciclado, ao exemplo daquilo que vimos em São Paulo, mesmo no berço do tradicionalismo petista onde a escolha do “poste” Haddad foi “sugerida” pelo ex-presidente Lula (o gênio da raça) e tendo todo o empenho e a força do governo e de suas lideranças a campanha fugiu da obviedade de buscar  simplesmente  colar o candidato no sucesso dos números do governo federal e nas popularidades meteóricas de Dilma e Lula.

A campanha em SP, mesmo defendendo o legado do governo, apresentou propostas novas, disputou o imaginário da cidade para um projeto petista, envolveu a militância e a sociedade e fez com que os eleitores compreendessem que mesmo o PT governando o Brasil com um governo vitorioso ainda temos fôlego para apresentar novidades e mobilizar a sociedade.

Tivemos a oportunidade, nestas eleições, de fazer um debate claro com a sociedade comparando o antagonismo dos projetos do PT e do PSDB. Perdemos a oportunidade de expor para a sociedade as diferenças entre o nosso governo e o governo dos tucanos. Abrimos mão de denunciar o descaso com que eles tratam as conquistas do governo Ana Júlia, o abandono de projetos estratégicos para o estado e o mais grave: a completa irresponsabilidade com que o governo Jatene lida com as ações do governo federal, mostrando a total incapacidade do PSDB de governar para os mais pobres. 

Infelizmente, aqui, o PT cometeu o erro da obviedade. A nossa campanha sustentou-se apenas em reivindicar a legitimidade, a patente, o DNA do PT. O slogan “o verdadeiro candidato do PT” ao invés de nos posicionar diante de todo o eleitorado nos limitou a disputar o voto em um campo demarcado, onde estão os militantes orgânicos e os simpatizantes do PT, identificando o PSOL como principal adversário. 

Com isso, o PT criou uma arena política na qual nos apequenamos numa disputa imaginária com o PSOL pelo “Eleitorado petista”, em que a insistência dessa disputa acabou transformando a campanha num “túnel do tempo” aquele quadro da TV que relembra coisas do passado.

O PSOL dispunha apenas de 1:37” de TV no primeiro turno, daí, por um erro de estratégia, coube ao PT relembrar, durante boa parte da campanha, as ações do governo que era do PT, mas que foram coordenadas pelo Edmilson, candidato pelo PSOL. Talvez se o candidato fosse outra pessoa a estratégia “túnel do tempo” pudesse ter rendido melhores resultados, mas acredito ser difícil disputar o imaginário do governo do povo quando do outro lado quem ia reivindicar o mesmo legado era  o próprio ex-prefeito.  

A idéia de que uma campanha na qual acreditávamos que bastaria posicionar o candidato como representante do verdadeiro petismo seria o suficiente para apresentar a nossa candidatura como competitiva serviria caso a eleição a que me refiro fosse o nosso PED e não a eleição numa capital com a maioria dos mais de 1 milhão de seus eleitores  conservadores e despolitizados.

Tivemos uma derrota política e eleitoral no primeiro turno, e cabe ao PT refletir e se reciclar, para dar conta da responsabilidade que tem de coordenar a esquerda na oposição aos tucanos, pois precisamos aceitar que eles foram os grandes vencedores desse processo eleitoral no Pará,  na contra-mão do que aconteceu no resto do Brasil onde a oposição tucana foi esmagada. Aqui, o PSDB saiu fortalecido e é necessário unidade na esquerda, não apenas pela defesa do legado do governo Dilma, mas principalmente em defesa da vida das pessoas mais humildes de nossa terra e contra a criminalização dos movimentos sociais.

Daí o gesto do PT em Belém foi grandioso, o apoio no segundo turno ao candidato do PSOL demonstrou para a sociedade e para a esquerda que não é por um acaso que o PT é o maior partido de esquerda do Brasil, que não é por um acaso que coordenamos um governo que muda o Brasil e a forma que o mundo nos vê. 

Mesmo com os erros que cometemos conseguimos ser conseqüentes e responsáveis, e o apoio ao PSOL demonstra claramente isso. O PT acertou ao apoiar Edmilson, foi uma demonstração de responsabilidade e clareza na política, ao contrário do que fez o próprio PSOL nas eleições de 2010 aqui no Pará, quando no 2º turno declarou voto nulo e que repetiu isso nas eleições de 2012 em cidades importantes como São Paulo, Fortaleza e Salvador. 

Sendo assim, ao reconhecer, mesmo com criticas ao método do PSOL, que o nosso verdadeiro adversário é o PSDB, em nosso projeto de sociedade, a entrada das lideranças locais, ministros, do ex-presidente Lula e da Presidenta Dilma que declararam apoio ao PSOL, na campanha, nesse 2º turno, demonstra uma maturidade e foco na disputa real da política do Pará, onde elegemos 23 prefeituras e mais de 185 vereadores, o  que  nos credencia a coordenar a oposição aos tucanos, não só no estado como em Belém, onde elegemos  3 vereadores dos 10 que a esquerda fez e lideramos a polarização nas ruas no 2º turno. Mas dessa vez, precisamos ter a capacidade e a maturidade de dialogar como um campo, envolvendo e agregando forças e movimentos.

Mas com toda a certeza a grande lição que as eleições de 2012 deixam para o PT, é que o crescimento institucional é importante, mas o parlamento e o executivo são apenas algumas trincheiras na luta por uma sociedade mais justa e não um fim em si. Precisamos avaliar o momento sem o tom inquisicionista que alguns irão fundamentar o seu discurso. 

Se é verdade que precisamos refletir e aprender com os erros precisamos comemorar as vitórias e ampliar os acertos. Nesse sentido, o PT tem a obrigação de demonstrar capacidade de renovação e inovação na política do Pará, sem abrir mão das suas conquistas e lideranças, por isso tenho certeza de que mesmo após enfrentar mais de 7 anos de ataque da mídia e da direita golpista do Pará e do Brasil, a volta do companheiro Paulo Rocha soma com a tarefa de unir experiência e capacidade de renovação que o PT tem. Os ventos que sopram para o PT são de esperança e luta. 

A direita irá continuar no comando de Belém, do Estado e nos seus municípios mais importantes. A região metropolitana agora é um ninho tucano. Por isso, temos o dever de reinventar o PT em Belém, de voltar a tomar as ruas e não deixar um dia sequer Zenaldo, Pioneiro e o Jatene descansarem. 

 Mas para isso não basta apenas ser do PT, o PT tem que ser PT, não somos apenas um partido, somos o espaço onde a maioria da sociedade e dos movimentos sociais se referenciam e a nossa timidez cala essas vozes. O PT em Belém precisa tomar banho de rua e de povo.

Patrick Paraense é militante do PT Belém.

terça-feira, outubro 09, 2012

"O verdadeiro candidado do PT" não colou!

A militância se esforçou mas a falta de uma boa comunicação e inteligência, levaram o PT à mais uma derrota.
 
No post anterior eu disse que o feitiço que enfeitiçou o PT, em algum momento de seu passado recente e que ainda continua a enfeitiçá-lo, é sua incompreensão de um fato político elementar: o de que a conquista do poder não significa, em nenhuma situação histórica, a conquista da hegemonia.
Logo em seguida, afirmei que a campanha de Alfredo Costa, a julgar pela maneira como foi conduzida, renovava esse enfeitiçamento.
Explico por que.
Penso que a campanha do PT de Belém, nestas eleições, partiu da crença de que o partido tem, constituído e sólido, um capital político que equivale a algo entre 20 e 25% do eleitorado local.
É verdade, de acordo com muitas pesquisas realizadas, que há uma simpatia pelo PT, em Belém, que alcança essa marca. Porém, isso não significa que essa parcela do eleitorado efetivasse, sob a forma do voto, a sua simpatia.
A questão é que a interpretação dada ao fenômeno político da simpatia foi de que esse potencial seria, efetivamente, um capital político já constituído e sólido.
Ora, a natureza do fenômeno do poder é, precisamente, a que lhe dá o nome: poder, como poder-ser, poder-fazer, poder-acontecer. Para ser real, o poder sempre resta condicional. Sua potência está menos na sua realização de que na sua promessa.
Como no poder de repressão, que tem sua maior eficácia na ameaça de concretização de que na sua realização efetiva: é a ameaça de punição que, principalmente, impede o delito.
A campanha do Alfredo, bem como o imaginário que envolve o PT paraense obedece a uma ordem metafísica: confunde o poder com o ser.
Em outra palavras: confunde construção hegemônica com hegemonia.
O sintoma disso foi ter construído toda a campanha de 2012 com base na crença de que o voto no Edmilson se devia ao desconhecimento de que o candidato do PT era Alfredo. Um pressuposto que se mostrou parcialmente equivocado
Do começo ao fim da campanha ouvimos o slogan “O verdadeiro candidato do PT”. Ora, à força de tentar provar que o PT era Alfredo, e não Edmilson, o PT deixou de fazer campanha para Alfredo.
E a fez para Edmilson.
Por que o raciocínio de qualquer eleitor mediano seria, imagino o seguinte: Ah, então não é o Edmilson? Bom, e daí? Edmilson já foi do PT, não é? Então ele sabe fazer...
Em síntese, o PT não fez campanha.
Sugeriu uma incógnita, sem respondê-la.
Recordo que, recentemente, fazendo um grupo focal para minha pesquisa na UFPA - que não tem objetivo e nem temática política – me ocorreu testar o conhecimento da relação entre Alfredo Costa, Edmilson Rodrigues e o PT. Mesmo sendo um teste eventual, ficou evidente, justamente, esse fato: em geral se reconhecia Alfredo como candidato do PT, mas, também em geral, Edmilson representava melhor ...o PT.
Em síntese, o fator “simpatia” vale mais na sua dimensão subjetiva, na sua dimensão empática, e não se manifesta, necessariamente, como uma objetividade.
Não se deve cobrar raciocínio silogístico a um processo eleitoral amazônico... 

Leia também:

Qual será a posição do PT para o 2º turno em Belém



Uma eleição apertada, onde cada voto será importante, imagine um partido inteiro!

Após três derrotas seguidas em eleições municipais em Belém, o PT amarga um cenário de crises e soluções nada convenientes diante da indecisão que toma conta do partido para posicionar-se no 2º turno das eleições, onde PSOL e PSDB se enfrentarão sob o comando de Edmilson Rodrigues e Zenaldo Coutinho, respectivamente.

A única coisa certa até agora é que o candidato do PSDB, Zenaldo Coutinho, não contará com o apoio do PT e disso ele já sabem.

Da parte do PSOL, já no 1º turno havia emissários articulando para que haja um acordo político-eleitoral com o PT, para que este lhe apoie Edmilson Rodrigues institucionalmente, haja vista que no 1º turno ele contou com os votos de simpatizantes e eleitores do partido, não da estrutura orgânica, como deseja quer agora.

Vale lembrar que para o plano dar certo, tanto a militância do PSOL, quanto a do PT precisam de um banho de água fria para acalmarem os ânimos, mas quem ousará chegar com o balde?

O pragmatismo toma conta dos dois partidos e só há espaço para o debate ideológico nas redes sociais, a grande arena onde os embates são travados. É lá que a base do PSOL se manifesta dizendo que não precisa aliar-se com o partido dos “mensaleiros” e traidores da classe trabalhadora, enquanto outros dizem que a única saída para o PT manter a coerência é declarar apoio ao PSOL. Detalhe: Sem exigir nada.

Por sua vez, muitos militantes e quadros do PT, mesmo antes de terminar o 1º turno, já declaravam que não há a mínima condição de apoiar o PSOL que foi fundado com o interesse de destruir e substituir o PT no cenário político, sugando-lhe a militância, seu legado de lutas e pra isso tendo que deturpar a história com o apoio da mídia e dos partidos de direita. 

Há ainda a lembrança viva de que o PSOL sempre propagandeou que os programas sociais do governo Lula/Dilma são assistencialistas, as medidas econômicas, mantenedoras da miséria, do neoliberalismo e que só serviram aos banqueiros. Alem disso, o PSOL sempre denunciou as alianças eleitorais do PT como sendo fisiológicas e nunca perdeu a oportunidade de se aproveitar do escândalo do “mensalão” e de todos os erros e crises do PT, aliando-se ao mantra cantado pelos partidos da direita e da imprensa nacional e local, os quais dispensam apresentações.
  
Por essa e outras, cresce o desejo e a inclinação pelo voto nulo entre muitos do PT. A direção por sua vez, está dividida. 

Tendências definem suas posições

Sob o comando do Dep. Federal Beto Faro e do Dep. Estadual Carlos Bordalo, a “Articulação Socialista” elegeu dois vereadores em Belém - Iran Moraes e Ivanise Gasparim - está simpática à aliança com o PSOL e reunirá sua militância de Belém para fechar posição de forma coletiva, como diz a nota publica no blog do Bordalo.

A coordenação da DS, do Dep. Federal Cláudio Puty, do Estadual Edilson Moura e da ex-governadora Ana Júlia, perdeu seus dois vereadores – Marquinho e Milene - e já decidiu os rumos da tendência, emitindo nota pelo blog do Puty, onde declara que defenderá dentro do PT a aliança com o PSOL.

Já a “Unidade na Luta” tendência do Dep. Federal Miriquinho Batista e dos Estaduais Zé Maria e Alfredo Costa - que foi o candidato à prefeito pelo PT - perdeu seus dois vereadores - Adalberto Aguiar e Otávio Pinheiro - fará uma plenária na quinta-feira (11) para aferir junto à sua militância, quais os rumos que o grupo se posicionará no partido. 

O “PT pra Valer” do Dep. Federal Zé Geraldo, dos Estaduais Airton Faleiro, Bernadete Ten Caten e Valdir Ganzer, ainda não apresentou sua posição e nem informou qual será o método de decisão que utilizará.

segunda-feira, outubro 08, 2012

Pará 2012: A Força Partidária nas Prefeituras

No Blog Bilhetim de Edir Veiga


PP: 5 prefeituras
PDT: 1 prefeitura
PT: 24 prefeituras
PTB: prefeituras
PMDB: 29 prefeituras
PSC: 5 prefeituras
PR: 14 prefeituras
PPS: 6 prefeituras
DEM: 4 prefeituras
PHS: 1 prefeitura
PMN: 1 prefeitura
PSB: 5 prefeituras
PV: 1 prefeitura
PRP: 1 prefeitura
PSDB: 31 prefeituras
PSD: 10 prefeituras
Belém indefinido: PSDB ou PSOL

terça-feira, dezembro 27, 2011

Paulo Henrique Amorim e a Privataria Tucana

Por Victor Zacharias no blog Cartão Laranja.

Durante o lançamento do livro Privataria Tucana, do Amaury Ribeiro Jr, Paulo Henrique Amorim, do Conversa Afiada, comentou as principais questões abordadas pelo livro que virou CPI. Sempre com muito bom humor, ele reclamou da falta de seus convidados: Élio Gaspari, Ali Kamel, Judite Brito, a qual não foi receber o prêmio "O corvo" do 1º Congresso Internacional de Blogueiros, quando a platéia, aos risos, lembrou ao Paulo Henrique que faltou convidar o Merval. A atividade de repórter está viva, o Amaury não nasceu do fato, é, talvez, o mais premiado dos repórteres brasileiros, este livro é a consolidação de um trabalho de anos e anos de bom jornalismo...não é este jornalismo do lugar comum, do sim senhor, do abaixar a cabeça, do sentimento de vira lata, que a gente vê no PIG - Partido da Imprensa Golpista, disse Paulo Henrique. O conteúdo deste livro provocou o início do processo de uma CPI, proposto pelo Deputado Protógenes, e precisará da pressão popular para que seja instalado, pois é a continuação da Operação Satiagraha, que investigou e condenou o banqueiro Daniel Dantas. 

Amorim lembrou que a luta pelo Marco Regulatório das Comunicações uniu a todos neste lançamento do livro Privataria Tucana, que foi proposto pelo Instituto Barão de Itararé. O boicote à divulgação deste livro e da Ley de Medios, na grande mídia, acentua a necessidade da democracia na comunicação, pois a enorme concentração da propriedade cruzada faz com que somente uma versão dos fatos prevaleça. O livro do Amaury é o couvert do que veremos na CPI do deputado federal Protógenes, e, segundo Amorim, descreve a maior roubalheira das privatizações que aconteceram na América Latina. 

O presidente mexicano Carlos Salinas de Gontário, que fez a privatização, entregou o México ao Carlos Slim, que se tornou o homem mais rico do mundo. O irmão do presidente foi preso, ele fugiu para a Irlanda, hoje vive num bunker na cidade do México, ninguém sabe onde é; o presidente da Bolívia, Gonzalo Sachez Lozada, fugiu para Miami sendo chamado de assassino; o presidente do Peru que fez a privatização, Alberto Fujimori, está preso; o presidente da Argentina que fez a privatização, que só não vendeu a Casa Rosada porque não deu tempo, teve que tomar emprestado um mandato de senador, para não ir em cana. E aqui o FHC cobra R$50.000,00 por palestra, aqui levam ele a sério, completo Amorim. Eles têm que responder, pelo que fizeram, diante do Congresso. 

A privatização do Brasil não é geneticamente diferente daquela que foi feita no México, na Bolívia, na Argentina e no Peru. Foi o mesmo processo de briberização (suborno) mencionado por Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia. Este suborno está provado com documentos no livro, e mostra como Carlos Jereissati comprou a Telemar, e a propina foi para Ricardo Sérgio de Oliveira, que foi tesoureiro da campanha do Fernando Henrique e do José Serra. Amorim lê o texto de seu blog Conversa Afiada: Protógenes jogou a bomba do Rio Centro no colo do governo. 

A Privataria Tucana a obra magna do brilhante Daniel Dantas é mãe de todos os mal feitos, a consultoria do Palloci, as ongs do Orlando, o duplo emprego do Luppi, isso tudo é brincadeira de criança diante da maior roubalheira numa privatização latino americana, a obra do Amaury e seu sucedâneo político, a CPI da privataria são a bomba do Rio Centro lançado no colo do governo. 

Se o governo escalar o coronel Jobs Santana para desarmar a bomba, babau. A bomba do Rio Centro descobriu a farsa da abertura política do último presidente militar. O Figueiredo, prendia, batia e arrebentava, e se acumpliciava aos terroristas do Rio Centro que queriam explodir o Rio Centro com Chico Buarque e todos que estavam lá dentro. 

O Marco Maia, não é o Marco Maia é o governo Lula e Dilma. Se a CPI do FHC, Dantas e Serra, não sair, babau. Todos os mal feitos properarão, mesmo os dos pés de chinelo, para usar a expressão da comunidade que o delegado Itagiba frequentava. Não adianta falar grosso com o Luppi e falar fino com o Dantas, finalizou Amorim. 

Aplausos, assista ao vídeo e tire suas conclusões.
 

segunda-feira, novembro 21, 2011

Ana Júlia Carepa diz que distribuição de kits e publicação de revista foram legais

No Jornal Oliberal

Leia clicando no link acima, na imagem ou no texto abaixo.


Improbidade

A ex-governadora Ana Júlia Carepa se posicionou oficialmente sobre o acolhimento, pelo juiz Elder Lisboa (1ª Vara de Fazenda Pública da Comarca de Belém), de ação civil pública por improbidade administrativa contra ela e contra a ex-secretária de Educação do Estado, Iracy de Almeida Gallo Ritizmann. Ajuizada pelo Ministério Público do Estado (MPE), a ação denunciou a suposta prática de improbidade administrativa na distribuição de kits escolares (agendas, mochilas e camisas) e na publicação intitulada "Educação em Revista", de 2009. Ana Júlia defende que não houve ofensa aos princípios da impessoalidade na publicação da revista que, segundo ela, nunca fez parte dos kits escolares. A petista também questionou o fato de ser responsabilizada pelo MP pela distribuição dos kits que, segundo ela, ocorreu dentro da legalidade.

Ana Júlia inicia a nota de esclarecimento dizendo: "Em relação à ação movida pelo Ministério Público, tendo como objeto publicação de revista pela Secretaria de Educação no início de 2009, onde escrevi um artigo de introdução ilustrado por foto oficial, pois no momento ocupava o cargo de Governadora do Estado, venho esclarecer que: a ação nada tem a ver com a aquisição e confecção de kits escolares. O próprio Procurador Geral de Justiça na época reconheceu em parecer que não há nenhum ato irregular por mim praticado quando da contratação dos referidos kits", declarou. Na ação, a promotoria defende que a distribuição do kit e da publicação feriria o princípio da impessoalidade, por conta de o material conter nomes da então governadora, logotipos e slogan do governo e elogios à administração pública. 

terça-feira, novembro 01, 2011

Bêbado, Jader Barbalho esculhamba com Sarney em ligação telefônica

No Blog do John Cutrim


Essa aqui foi repassada por uma fonte fidedigna do blog. Depois de passar a noite toda entornando todas em casa, a base de muito Whisky Johnnie Walker, o senador eleito Jader Barbalho (PMDB-PA) decidiu ligar, lá por volta da meia noite, já ‘tochado’, para o presidente do Senado, José Sarney. Nem bem este atendeu e Barbalho foi logo soltando o verbo, dando o maior esporro para cima do maranhense. “Pôxa Sarney, você não vai me deixar assumir [no Senado] mesmo? Isso não é justo, por causa do Capiberibe [senador eleito pelo Amapá e adversário político de José Sarney] eu to pagando um pato que não é meu”, disparou. O episódio ocorreu semana passada.

Jader foi o segundo candidato mais votado no Pará em 2010, mas teve o registro negado com base na Lei da Ficha Limpa por ter renunciado ao cargo para escapar de possível processo de cassação. No entanto, no início deste ano o STF estabeleceu que a Lei da Ficha Limpa não podia ser aplicada nas eleições de 2010. Com base nessa decisão a defesa do ex-senador pede o reconhecimento de seu mandato.


No entanto, Jader ainda não assumiu pelo fato de sua situação ser quase idêntica a do senador eleito João Capiberibe (PSB-AP), adversário histórico de Sarney no Amapá. O socialista concorreu às eleições de 2010 com o registro de candidatura indeferido por conta da Lei da Ficha Limpa, numa armação arquitetada por Sarney que cassou seu mandado em 2004 por suspeita de compra de votos. Como o STF decidiu que as novas regras de inelegibilidade não poderiam valer para o pleito passado, Capiberibe recorreu à mais alta corte do país e, assim como Jader Barbalho, aguarda ser empossado. Dessa forma, Sarney, junto a sua rede de influência no judiciário, segura a posse de Barbalho para não abrir também para Capiberibe.

Depois de passar quase dez minutos esculachando com Sarney, Jader pensou ter caído a ligação. Na verdade era o presidente do Senado, tremendo-se do outro lado da linha, em silêncio sepulcral, ouvindo, calado, todos os desaforos do paraense. No final, Barbalho fez um desabafo relembrando os “favorzinhos” feitos a Sarney, numa forma indireta de cobrar pelos serviços prestados. Quando resolveu falar Sarney foi logo tratando de acalmar o colega, negando os fatos imputados, o que era esperado. Após as esculhambações, Sarney não conseguiu mais dormir.

sábado, julho 02, 2011

Encontro do PT Pará recebe lideranças Nacionais

Plenária do Encontro Estadual do PT Pará. 
Jorge Mattoso, ex-presidente da CEF e membro da Fundação Perseu Abramo.
Zé Geraldo, João Batista, Jorge Mattoso, Ana Júlia e Nilmário Miranda.
Deputado Eloy Pietá (RJ), atual  Secretário Nacional do PT Nacional.
Militância de todas as regiões, estiveram presentes no Encontro Estadual do PT-PA.
Rui Falcão, favorável à unidade partidária para avançar nas conquistas.
Entrega do dossiê da Saúde em Belém ao Presidente do PT Nacional.

Fotos de Lucivaldo Sena para o NUPAM Comunicação. + no Flickr


sexta-feira, maio 13, 2011

Alfredo Costa para Prefeito de Belém


Vereador Alfredo Costa: "O povo de Belém pede pela volta do PT à prefeitura".

Ontem, o plenário da CMB e suas galerias receberam a militância da Unidade na Luta, tendência interna do PT, que mesmo sob a forte chuva que caia desde o final da tarde, compareceu em peso para discutir e aprovar a estratégia do grupo para as eleições do ano que vem.

Coordenação Municial, parlamentares municipais, estaduais e federais da Unidade na Luta fecham decisão para 2011.

Com decisão unânime dos presentes, a candidatura do vereador Alfredo Costa para prefeito de Belém está selada pelo grupo do ex-deputado Paulo Rocha, que continua sendo o maior internamente no PT.


Com 11 dos 27 prefeitos do PT no Estado e a maioria dos diretórios e mandatos de vereadores , a Unidade na Luta se esforçará para manter a reeleição nos municípios que já administra e focará Belém para reconquistá-la para o PT, que a governou durante 08 anos e fez história, implantando políticas públicas que marcaram a vida e o cotidiano dos belenenses, que até hoje sentem falta do modo petista de governar.

Alfredo Costa se disse preparado para enfrentar o desafio e resgatou a história de conquistas que seu grupo acumula como, por exemplo, ter elegido os três vereadores que lançou nas eleições passadas, que significa 100% daquilo que fora planejado, ter o deputado estadual mais votado do PT nas eleições de 2010 entre outras.

Com a plenára e as galerias repletas de militantes, Alfredo Costa foi saudado por todos como pré-candidato do PT à Prefeitura de Belém.


A bancada de vereadores já havia sinalizado que Alfredo Costa seria o melhor nome do PT para as eleições de 2012. Vale lembrar que dos cinco vereadores, apenas Amaury reluta em não declarar apoio a seu colega, provavelmente por ainda contar com a possibilidade de que sua esposa e valorosa companheira Regina Barata, ex-deputada estadual pelo PT, também possa lançar-se pré-candidata no mesmo pleito.


A decisão não será logo. Sábado o PT-Belém realizará seu encontro municipal para fazer o balanço das eleições de 2010, definir rumos de sua própria organização interna e acumular a estratégia eleitoral, ou seja, nome para a prefeitura e relação com aliados.


Quem viver verá!

sexta-feira, maio 06, 2011

A Legibilidade e o esperneio

Imagem recortada da versão digital do Jornal O Liberal 06.05.2011
"Ela está buscando, naturalmente, um mecanismo para continuar. O que legitimamente ela não tem, porque ficou em quarto lugar, muito aquém. E, juridicamente, não tem mais nada para ela. A possibilidade dela assumir como ela assumiu foi por conta da dúvida gerada pela instabilidade política criada pelo Supremo, que ele mesmo já dirimiu: não se aplica e ponto.”

Paulo Rocha comentando as declarações de Marinor Brito que disse que ia espernear contra a decisão do STF em proclamar a legibilidade do Senador Eleito com 1,733 milhões de votos contra os 722 mil de Marinor, ou seja a 4ª colocada nas eleições de 2010, com mais de um milhão de votos à menos.

Fonte: OLiberal.

quinta-feira, março 24, 2011

PT Pará se manifesta sobre a decisão do STF



O Diretório do Partido dos Trabalhadores do Pará, através de seu presidente, João Batista, comunica que está de acordo com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à rejeição da aplicação da Lei da Ficha Limpa para as eleições de 2010. “Lamentamos, entretanto, a forma como o caso foi tratado e os enormes prejuízos causados em termos materiais, morais e políticos, especialmente ao companheiro Paulo Rocha”, afirmou João Batista. Ele ressaltou ainda que se não fosse a maneira imprudente como o processo foi tratado por alguns e a irresponsabilidade dos adversários em querer atingir o partido e suas lideranças, “teríamos com toda certeza hoje Paulo Rocha assumindo sua vaga no senado, teríamos o senador do povo do Pará, o senador de todos”, destacou o presidente do PT Pará.

A decisão do STF, que adiou a lei da Ficha Limpa para as eleições de 2012, aconteceu nesta quarta-feira, 23, em Brasília.

Apesar de todos os prejuízos sofridos durante o processo que tratava sobre a lei da Ficha Limpa, o ex-deputado Paulo Rocha, uma das maiores lideranças políticas do estado do Pará na atualidade, foi justamente reconhecido pelo povo durante as eleições de 2010, conquistando um milhão, setecentos e trinta e três mil, trezentos e setenta e seis votos, sendo, portanto, o terceiro candidato mais votado nas eleições ao senado em 2010. Por decisão do diretório do PT Pará, aprovado em fevereiro passado, Paulo Rocha é presidente de honra do partido.

Ascom – PT/Pará.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...