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sábado, setembro 16, 2017

Cliente denuncia supermercado por péssimas condições de descanso dos funcionários

Com salários baixos, não é a primeira vez que a grande rede varejista do Pará é denunciada nas redes sociais por explorar seus trabalhadores. Desta vez, por péssimas condições de descanso.

Por Diógenes Brandão

Cresce a polêmica entre internautas: Afinal de contas, a grande rede de supermercados, farmácias, magazines e Shopping Center "Líder", tem ou não um outro local que não seja o estacionamento, para seus funcionários passarem seus poucos minutos de descanso?

E o sindicato, o que diz sobre o fato?

Não deixem de ler os comentários dos internautas.



Em seu site, o supermercado se define da seguinte forma:

Quem diz que o Líder é o melhor são os consumidores. Em todas as pesquisas.  

Líder Supermercados 19 lojas cobrindo Belém, Ananindeua, Icoaraci, Castanhal e Barcarena.    

São os mais modernos e confortáveis supermercados da cidade. Esse fato tem gerado um belíssimo resultado em termos de imagem da marca: o Líder aparece em primeiro lugar na preferência dos consumidores, como o melhor supermercado da cidade em todas as pesquisas realizadas ao longo dos últimos quinze anos, por institutos como o Ibope, o Veritate, o BMP e o Simetria.  

Os supermercados do Grupo Líder estão situados, estrategicamente, na Grande Belém (distrito de Icoaraci e o município de Ananindeua) e nos municípios de Castanhal e Barcarena.  

O Grupo conta hoje com 16 lojas, e é a 16ª rede de supermercados do Brasil em faturamento.  O Grupo Líder, é o único que 'possue' (sic) a sua própria central de abastecimento, 'situado' (sic) na Augusto Montenegro, Km 8.

segunda-feira, maio 04, 2015

Confirmada a tentativa de aliciamento para exploração infantil, disfarçada de "adoação"

O caso do casal evangélico que procurava uma escrava entre 12 e 18 anos, através do anúncio em um classificado de jornal, se confirmou com uma reportagem feita pela TV Liberal, que localizou o prédio onde moravam os aliciadores.

Primeiro, o repórter da equipe de TV simulou ser pai de uma adolescente de 13 anos e a ofereceu para a "vaga" anunciada. O senhor que se dizia empresário, aceitou e combinou a apresentação da mesma. Depois, o repórter entrou em contato informando que era jornalista e perguntou novamente sobre o interesse do casal, na adolescente. Dessa vez, o homem já de certa idade, se contradisse e chegou a negar o interesse na "adoção" e disse que para tal, era necessário um trâmite legal, com a autorização de um juiz.

A sociedade paraense aguarda uma investigação profunda desde lamentável episódio e o provável indiciamento de todos os envolvidos e responsáveis. Por sabermos que este não é um caso isolado, pelo contrário, faz parte da cultura escravocrata que perdura até hoje e precisa ser eliminada com punições exemplares.

Veja trechos da conversa telefônica, entre o repórter e o homem que confirmou e depois negou a intensão de "adotar" ilegalmente uma adolescente de 12 a 18 anos:






domingo, maio 03, 2015

Casal evangélico procura uma escrava entre 12 e 18 anos

Anúncio nos classificados do jornal "Diário do Pará", edição do sábado (02.05.2015).

No Estado campeão de trabalho escravo, a prática é antiga, porém ainda comum, mas praticada de forma velada em diversos lares paraenses, mas hoje ao ser novamente anunciada em um jornal de grande circulação e vendagem, causou furor nas redes sociais: O uso de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e econômica, recrutadas de famílias pobres bolsões de miséria, nos municípios do interior do Estado do Pará, para serem usados em trabalho análogo ao de escravo. 

Segundo informações que circulam nas redes sociais, uma juíza paraense entrou em contato com a família e constatou a veracidade das informações do anúncio e indagou se a "adoção" poderia ser de uma pessoa com mais de 18 anos e foi informada que não. 

Diante do caso, vários advogados e membros do Ministério Público, além de duas magistradas que coordenam a campanha estadual de erradicação do trabalho infantil do TRT8 e TST, já se prontificaram em cobrar explicações da direção do jornal e prometem a partir de amanhã instalar uma investigação sobre o caso e processar a família que anunciou a adoção ilegal.

O blog lembra como eram os anúncios do tempo em que a escravidão era uma das principais atividades econômicas deste país e que se mantém sob a disfarces de "adoção" e trabalho no campo e pergunta: Você não conhece ninguém que tenha uma "menina do interior" trabalhando como doméstica em alguma casa ou apartamento em Belém do Pará?







terça-feira, maio 13, 2014

Dia da Abolição da Escravatura: A mídia continua chicoteando

126 anos se passaram e o Brasil continua com a sombra escravocrata.
Apresentadores de telejornais da TV brasileira, os ditos "formadores de opinião", pessoas que deveriam zelar pelo Estado Democrático de Direito acabam ignorando a Constituição e incentivando crimes como os que temos presenciado ultimamente, mostrando-nos que a abolição da escravatura criou uma massa de infelizes que continua sendo chicoteada nas grandes senzalas que as periferias das grandes cidades se transformaram. 

126 anos depois da Lei Auréa, que disse por fim na escravatura no Brasil, vemos que o Estado tem feito esforços para que haja mudanças estruturais. Programas de transferência de renda, cota para negros e pobres para seu acesso à universidade, entre outras iniciativas sinalizam isso, mas na cabeça de muitos escravocratas que tornaram-se os barões da mídia, monopolizam os meios de comunicação e influenciam milhões de brasileiros, quase nada mudou ou deveria mudar.

Leia o breve artigo Dia da Abolição da Escravatura, escrito por Rainer Sousa e publicado no Brasil Escola.

A partir da segunda metade do século XIX, vários intelectuais, escritores, jornalistas e políticos discutiam a relação existente entre a utilização da mão de obra escrava e a questão do desenvolvimento nacional. Enquanto as nações europeias se industrializavam e buscavam formas de ampliar a exploração da mão de obra assalariada, o Brasil se afastava desses modelos de civilidade ao preservar a escravidão como prática rotineira.

De fato, mais do que uma questão moral, a escravidão já apresentava vários sinais de decadência nessa época. A proibição do tráfico encareceu o valor de obtenção de uma peça e a utilização da força de trabalho dos imigrantes europeus já começava a ganhar espaço. Com isso, podemos ver que a necessidade de se abandonar o escravismo representava uma ação indispensável para que o Brasil viesse a se integrar ao processo de expansão do capitalismo.

segunda-feira, novembro 05, 2012

Latifundiários da Amazônia tem a maior concentração de trabalho escravo


Em vermelho, áreas embargadas pelo Ibama por problemas ambientais. Fonte: Siscom.
Por Guilherme Zocchio da Repórter Brasil no site do MST

Mais de um terço das libertações de escravos realizadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego de 1º de janeiro até 18 de outubro de 2012 aconteceram em fazendas de gado dentro dos limites da Amazônia Legal, de acordo com dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT). Dos 150 flagrantes registrados até agora em 2012, 54 envolveram pecuária na região. 

Estatísticas gerais sobre o assunto foram divulgadas na semana passada (clique aqui para acessar tabela completa) e reforçam a associação entre desmatamento para abertura de pastos e trabalho escravo.  “As atividades de trabalho ligadas à pecuária, como a preparação do roço de juquira [limpeza no pasto] e a manutenção de cercas, têm sido historicamente as mais recorrentes de utilização de trabalho escravo”, aponta o frei Xavier Plassat, da CPT.

Segundo Xavier, o número de ocorrências é alto porque a pecuária reúne tarefas que não exigem especialização e que empregam mão de obra de maneira apenas esporádica — fatores normalmente relacionados a baixos salários, ausência de carteira assinada e condições degradantes.

Além da pecuária outras atividades relacionadas ao desmatamento também têm utilizado escravos na Amazônia. Ao todo, foram 91 casos na região em 2012, incluindo os 54 da pecuária, o que representa 60,7% de todos os casos do país. Em junho, a Repórter Brasil apresentou o estudo “Combate à devastação ambiental e ao trabalho escravo na produção do ferro e do aço”, com informações sobre a produção ilegal de carvão na Amazônia com a exploração de escravos.

Xavier ressalta que os dados são baseados nas fiscalizações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e que o número de flagrantes depende das áreas em que as ações acontecem, de modo que os dados são um indicativo de onde ocorrem os principais casos de escravidão no Brasil e não um retrato exato. Além disso, a proporção de libertações pode variar dependendo das regiões que o MTE priorizar para as inspeções trabalhistas.

Pará e Mato Grosso

No Brasil, entre os principais estados que lideram esta atividade econômica estão o Pará e o Mato Grosso, com respectivamente 18 milhões e 29 milhões de cabeças de gado bovino, conforme dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) de 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A expansão da pecuária está ligada ao avanço do desmatamento sobre a Amazônia, no chamado “Arco de Fogo do Desmatamento”, que se concentra nos dois estados. No mapa abaixo, em vermelho estão as áreas embargadas pelo órgão por problemas ambientais. É possível visualizar as derrubadas que, como um arco, cercam a floresta ainda preservada. A imagem foi retirada do sistema de mapas do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama).

Na última atualização da “Lista Suja”, cadastro do MTE de proprietários e empresas flagradas com escravos, um em cada quatro incluídos eram do Mato Grosso.

Desconforto no Sul e Sudeste

Para Xavier, outra informação significativa no último levantamento feito pela CPT é o aumento do número de ocorrências de escravidão contemporânea nas regiões sul e sudeste do país. “O surgimento de casos nessas duas regiões provocou certo desconforto nos responsáveis pela fiscalização”, afirma. Em boa parte dos flagrantes encontrados nessas duas áreas brasileiras estão os casos de trabalho análogo ao de escravo em atividades tipicamente urbanas.

Ocorrências na construção civil e em confecções têxteis representam 11,3% do total de flagrantes levantados pela CPT. Durante o período de um mês, neste ano, o MTE chegou a libertar, em três fiscalizações diferentes, 167 vítimas do trabalho análogo ao de escravo em empreendimentos da construção civil — inclusive, em um deles, em obras do programa “Minha casa, minha vida” do governo federal. No ramo têxtil, este ano em São Paulo, 23 migrantes foram resgatados de condições de trabalho degradante, enquanto costuravam para a grife de roupas Gregory

terça-feira, maio 10, 2011

Simão Jatene manda barrar PEC contra o Trabalho Escravo

Estado do Pará mantém o título de Campeão Nacional de Trabalho Escravo. Atual governo comemora a vitória contra a lei que o combateria.
"Estima-se que existam hoje no Brasil cerca de 30 mil trabalhadores submetidos a condições de trabalho escravo. Destes, 70% estariam concentrados no Estado do Pará, o que confere ao nosso estado o triste título de "campeão nacional de trabalho escravo". A maioria das ocorrências de trabalho escravo no Pará foram localizadas, particularmente, em São Félix do Xingu e Santana do Araguaia, mas também em outros municípios do sul e sudeste do estado.
Segundo estatísticas do Ministério do Trabalho e Emprego, em 2000 foram registrados no Brasil 465 casos de trabalhadores escravos libertados após denúncias, em 2001 foram 2.416 casos e em 2002, 4.143 casos. No ano passado, foram 5.659 trabalhadores rurais, sendo 2.546 somente no estado do Pará."

O Trecho da nota acima, pinçada do Jornal Beira do Rio, publicado pela UFPA, com o título: "Pará, o campeão nacional de trabalho escravo", ainda continuará sendo notícia pelo mundo à fora, garantindo essa vergonhosa colocação ao nosso Estado, tudo porque os deputados estaduais ligados ao governador tucano Simão Jatene (PSDB) e por ele orientados, resolveram barrar a PEC 09 da Deputado Bernadete Ten Caten, hoje (10/05/2011) na Assembléia Legislativa do Pará.




A bancada governista na ALEPA derrubou hoje, após 04 Sessões de debate acalorado sobre o tema, a PEC de combate ao Trabalho Escravo, de autoria da Deputada Bernadete Ten Caten (PT).
Com uma vitória aperta de 13 à 12 e 16 faltosos, os representantes do latifundio e da opressão no campo vetaram a tramitação do projeto que visava por fim nesta chaga social que o Pará ostenta a liderança em número de casos de trabalhadores que se encontram em condições análogas à escravidão. 
Com a decisão de seus pares, a maioria da bancada do PSDB e PMDB, a deputada desabafou nesta tarde (10/05) em sua página do Facebook, dizendo em duas postagens, o seguinte:
“PEC 09. A bancada conservadora venceu hoje na Assembléia Legislativa, mas a persistência dos que defendem a dignidade e a vida um dia vencerá! Bote fé!”
 “Na votação, o Pará perdeu por 13 votos. Foi vergonhoso os deputados se escondendo sob alegações evasivas e se ausentando da votação.”
Com informações da própria deputada o blog disponibiliza em primeira mão o resultado da votação com o nome dos favoráveis e contrários ao projeto que visa acabar com esta indecência que perpetua-se nas fazendas espalhadas por este Estado.

A FAVOR - Airton Faleiro
(PT), Bernadete Ten Caten (PT), Carlos Bordalo (PT), Cássio Andrade (PSB), Chico da Pesca (PT), Edilson Moura (PT), Edmilson Rodrigues (PSOL), Eliel Faustino (PR), Gabriel Guerreiro (PV), João Salame (PPS), Milton Zimmer (PT) e Zé Maria (PT).
CONTRA - Ana Cunha (PSDB), Celso Sabino (PR), Cilene Couto (PSDB), Eduardo Costa (PTB), Fernando Coimbra (PDT), Hilton Aguiar (PSC), Josefina Carmo (PMDB), Martinho Carmona (PMDB), Nilma Lima (PMDB), Ozório Juvenil (PMDB), Parsifal Pontes (PMDB), Pastor divino (PRB), Raimundo Santos (PR).
AUSENTES - Alessandro Novelino (PSC), Alexandre Von (PSDB), Antônio Rocha (PMDB), Haroldo Martins  (DEM), José Megale (PSDB), Júnior Ferrari (PTB), Luiz Rebelo (PP), Luzineide Farias (PR), Manuel Pioneiro (PSDB), Márcio Miranda (DEM), Paulo Jasper "Macarrão" (PMDB), Pio X (PDT), Raimundo Belo (PSB), Simone Morgado (PMDB), Tião Miranda (PTB), Valdir Ganzer (PT)*.

* Valdir Ganzer (PT) está afastado por atestado médico há 02 meses, por conta de uma cirurgia e por isso, não se fez presente na votação.
O detalhe curioso é que entre os 16 parlamentares ausentes, o presidente da casa, Manoel Pioneiro (PSDB) e mais toda a bancada governista, que resolveu fugir do plenário na hora da votação, demostraram claramente a estratégia e orientação do governador Simão Jatene e sua trupe, que precisam manter honrados seus acordos de campanha com que os financia.
PS. Leia o artigo do coordenador da Campanha nacional da Comissão Pastoral da Terra contra o Trabalho Escravo.

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...