terça-feira, novembro 01, 2016

PSOL e sua paranóia delirante de querer o lugar e sacanear com o PT


Por Diógenes Brandão

As urnas nem haviam sido liberadas para os eleitores e o presidente nacional do PSOL, o paraense Luíz Araújo concedeu uma entrevista à Folha de São Paulo, na véspera do segundo turno das eleições, onde o partido disputou as prefeituras de duas importantes capitais brasileiras: Belém e Rio de Janeiro, mas foi derrotado em ambas, restando  a vitória em apenas duas cidades do interior do Rio Grande do Norte.

Se antes pregou a tal "unidade da esquerda" para obter apoio de outros partidos para suas candidaturas, foi em tom megalomaníaco que Luiz Araújo teve a exorbitância de dizer que o PSOL começou a ocupar o vácuo deixado pelo PT. 

A reação à tamanha soberba foi imediata e tomou conta das redes sociais pelo país inteiro.

O jornalista carioca, Miguel do Rosário, reproduziu em seu blogo comentário da internauta Thandara Santos, no Facebook, onde diz que "o PSOL continua onde sempre esteve, quem ocupa o espaço do PT é a direita evangélica", em uma clara alusão à derrota de Fleixo, candidato do PSOL para Crivela, na capital fluminense. 

"O próximo que disser que o PSOL está assumindo o vácuo deixado pelo PT na disputa eleitoral vai ganhar um curso de análise de dados. Não estou comemorando a derrota do PSOL no Rio ou em qualquer lugar. Pedi voto ao Freixo no primeiro e no segundo turno e tenho certeza de que o PSOL apresenta o melhor projeto para a cidade do Rio de Janeiro (e para Belém, para Sorocaba, etc). O meu ponto é que o PSOL não está ocupando o espaço que foi um dia do PT. Quem está fazendo isso é a direita e os partidos ligados ao pentecostalismo. Vimos isso no primeiro e no segundo turno em todo o país. E não há nada a comemorar. E sei que muitos militantes do PSOL fazem essa mesma leitura da conjuntura. Muitos, não todos, infelizmente", concluiu Thandara.

O professor de economia, o paraense e ex-ministro de Dilma, Cláudio Puty, que foi parceiro de Luiz Araújo, na antiga Força Socialista, tendência petista da qual também fazia parte o candidato do PSOL em Belém, Edmilson Rodrigues, disparou matando dois coelhos com uma só cajadada: "A lógica formal pode ser útil até para os dialéticos. As proposições "o PSOL já está tomando o lugar do PT" (Modus Araujus) e "o PSOL perdeu por causa do PT" (Modus Genrus) não podem ser verdadeiras ao mesmo tempo. 

Quando digo que Puty acerta dois coelhos de uma só vez, falo da frase de Luiz Araújo e a de Marcelo Freixo, ambas ditas em entrevistas para a Folha e que podem ser lidas aqui e aqui, respectivamente.

Tiago Ventura, que já foi vice-presidente da UNE foi direto ao ponto: "256 prefeituras. Essa é a diferença entre o PT e o PSOL com o fim do pleito de 2016.  Não me parece."

Cabe lembrar que o presidente nacional do PSOL, Luiz Araújo é irmão de Aldenor Jr, flagrado na última sexta-feira (29), na TV RBA, empresa de comunicação de propriedade do senador Jader Barbalho, quem o PSOL morre negando que tenha feito uma aliança velada para receber o apoio do PMDB para Edmilson Rodrigues, que mesmo com todos os demais partidos dos candidatos que disputaram o primeiro turno em Belém em seu apoio, acabou derrotado pela segunda vez consecutiva pelo tucano Zenaldo Coutinho.


Luis Araújo não satisfeito, ainda tirou sarro com o PCdoB, quando disse na mesma entrevista que concedeu à Folha de São Paulo, que compara Flávio Dino, único governador do PCdoB, a José Sarney: "A ascensão do PC do B no Maranhão é uma questão delicada. O governador Flavio Dino até mandou apoio pro Edmilson, se conhecem. O PCdoB está nos apoiando aqui no segundo turno. Mas eu não acho que seja um projeto de esquerda lá. Tem um filme do Glauber Rocha, "Maranhão 66". Foi o primeiro filme de propaganda eleitoral do Brasil, sobre a vitória do José Sarney, em 1966. Nesse filme, tem um discurso do Sarney mostrando essa desigualdade, essa pobreza que tinha no Maranhão e que ele ia acabar com as oligarquias. O que ele fez depois? Criou uma oligarquia em torno dele, cooptando a oligarquia a partir do aparato do governo. O meu medo é que o Dino esteja fazendo um caminho parecido. É um risco. Eu não vou comparar porque seria uma grosseria. Ele é muitas vezes melhor do que o Sarney. Ele tem uma trajetória, mesmo que, nos últimos tempos, tenha ficado muito pragmático. Que 46 prefeitos são esses [do PC do B no Estado]? São satélites do campo do governo, não foram 46 comunistas eleitos. Nem na China nem lá. Foram 46 prefeitos conquistados pela relação com o governo num Estado muito dependente, porque as prefeituras precisam estar do lado do governador pra ter qualquer coisa extra pra fazer, que não seja o FPM (Fundo de Participação dos Municípios). Não acho que foi tão relevante como ele apresenta.

Outros internautas, sobretudo, petistas e simpatizantes, criticaram as falas dos dirigentes do PSOL e o clima de aliança dita pragmática na esquerda, revelou-se fulgaz, pragmática e meramente eleitoreira.





segunda-feira, outubro 31, 2016

TRE-PA decidirá se Belém terá nova eleição para prefeito

O prefeito reeleito responde ainda a uma ação do Ministério Público que pede a cassação por compra de votos e abuso do poder político.

Reeleito para o segundo mandato à Prefeitura de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB) vai enfrentar, a partir de agora, uma batalha judicial para assumir o cargo. Isso porque o atual prefeito teve cassação determinada pelo juiz da 97ª Zona Eleitoral, Antonio Claudio Von Lohrmann Cruz. 

Caso a cassação de Zenaldo e seu vice Orlando Reis seja mantida pelas instâncias superiores da Justiça, Belém poderá ter nova eleição para prefeito. Coutinho foi condenado em primeira instância por usar recursos da prefeitura para fazer propaganda pessoal, além de ter feito, segundo a sentença, campanha antes do previsto pela lei eleitoral.

A cassação determinada por Antonio Lohrmann Cruz tramita agora, em fase de recursos, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O relator do caso já foi escolhido. É o juiz José Alexandre Buchacra. Ontem, após o encerramento da apuração, o presidente do TRE Raimundo Holanda Cruz não quis adiantar data para o julgamento do caso, mas disse que a intenção é que o Tribunal tome uma decisão antes da diplomação dos candidatos, marcada para 16 de dezembro. 

Segundo Holanda, o TRE ainda tem cerca de 90 processos para julgar até a data de diplomação, 10% dos 900 casos avaliados nesta eleição. Desse total há quatro pedidos de cassação, incluindo a do juiz Antonio Lohrmann Cruz contra Zenaldo. O prefeito reeleito responde ainda a uma ação do Ministério Público que pede a cassação por compra de votos e abuso do poder político (ver matéria ao lado). O caso tramita na 97ª Zona Eleitoral, a mesma de onde saiu a primeira setenção de cassação de Zenaldo. 

CURRAL

A ação foi assinada pela promotora eleitoral Rosana Cordovil e tem como objeto irregularidades que teriam sido cometidas pelo prefeito na Secretaria Municipal de Saúde (Sesma). Em agosto, já dentro do período vedado, o titular da Sesma demitiu 308 servidores e iniciou processo de recontratação de aliados. A ideia, segundo a investigação do Ministério Público Eleitoral, era criar na Sesma “um curral eleitoral”, ou seja, um grupo de servidores fiéis a Zenaldo que trocaria o emprego público por votos. Durante a coletiva após o resultado eleitoral, Zenaldo disse estar “absolutamente tranquilo” e classificou a denúncia de muito “frágil e vazia”.

CABOS ELEITORAIS CONTRATADOS FORA DO PRAZO

Na busca e apreensão feita na Sesma, no dia 9 de agosto, foi apreendida uma pasta roxa onde constava o mapeamento de todos os indicados nas unidades de saúde. O esquema era controlado pelo presidente do Conselho Municipal de Saúde, conhecido como Zeca do Barreiro. Segundo o Ministério Público, contudo, Zenaldo e o secretário de saúde Sérgio Figueiredo tinham total conhecimento das manobras. 

Ex-petista vai julgar o processo de cassação de Zenaldo Coutinho

Juiz eleitoral Alexandre Buchacra e Stefani Henrique, ambos do PT, atuaram juntos na prefeitura de Capanema-PA.
Por Diógenes Brandão

O blog recebeu a informação de que o pedido de cassação protocolado na justiça eleitoral pelos advogados da Frente "Juntos pela Mudança" (PSOL, PDT, PPL e PV), que pede a cassação do prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) acaba de ser distribuído para o juiz titular Alexandre Buchacra Araújo, no TRE-PA.

O juiz reside em Capanema e foi nomeado pela então presidente Dilma Rousseff, no final do ano passado e tomou posse em janeiro deste ano, na vaga antes ocupada por José Rubens Barreiros de Leão. O mandato de Buchacra é de dois anos.

HISTÓRIA

Fontes do blog afirmam que o deputado federal Beto Faro (PT) e o senador Paulo Rocha (PT) foram os articuladores da indicação de Alexandre Buchacra em Brasília, mas o juiz precisou se desfiliar do PT para assumir o cargo no TRE-PA.

Buchacra foi vice-presidente do DEM no Pará, quando Vic Pires Franco era presidente. Elegeu-se prefeito de Capanema em 2004 e filiou-se ao PT, no fim de 2006, quando Ana Júlia foi eleita governadora do Pará.

Stefani Henrique, um dos petistas, que estavam até ontem, como um dos coordenadores da campanha de Edmilson Rodrigues (PSOL) e foi indicado para assumir a Secretaria Municipal de Comunicação de Capanema, quando Alexandre Buchacra fora prefeito daquele município.

Naquela época, Alexandre tinha uma boa aprovação em sua cidade, mas em 1 ano e meio de Stefani por lá, foi suficiente para ser levado à derrota nas urnas e perder a chance de reeleição, para Eslon Martins (PR), que fica prefeito até o dia 31 de dezembro deste ano.

Belém na visão de Lúcio Flávio Pinto: O varejo de sempre

O prefeito reeleito Zenaldo Coutinho disse que vai continuar as obras iniciadas durante o seu primeiro mandato. Seu principal aliado, o governador Simão Jatene, também do PSDB, atribuiu a vitória de Zenaldo à execução de obras “estruturantes” (ah, o léxico!).
Do cruzamento das duas declarações resultam duas perguntas. A primeira: quais foram as obras novas que o prefeito tucano realizou nestes últimos quatro anos, a completar no fim do ano? A segunda: quais são as tais obras estruturantes?
A principal delas, porque a mais citada na campanha eleitoral, seria o BRT, obra de pé quebrado que Duciomar Costa iniciou na metade dos seus oito anos. A meta anunciada por Zenaldo para continuar o que já fez é construir 55 quilômetros de pista para o ônibus rápido passar. Sua produção até agora não foi além de quatro quilômetros. Ou seja: nos próximos quatro anos ele precisará construir 12 vezes mais.
A outra obra estruturante é a continuação da macrodrenagem das baixadas, que Jader Barbalho deu partida no seu segundo mandato e Almir Gabriel concretizou na maior das bacias de Belém, a do Una, sem arrematar o serviço. Duciomar e Zenaldo arranham a Estrada Nova.
O novo/velho prefeito promete ir também ao Tucunduba, igualmente arranhado por Edmilson Rodrigues, que ciscou em alguns bairros e obras, como na Vila da Barca, deixando coisas inconclusas, outras mal acabadas e várias inviáveis.
O mais é um ou outro serviço de assistência, uma ou outra obra acessória, e, no apanhado geral, nada que reestruture a economia de uma cidade de desemprego, subemprego e informalidade, violenta, mal servida e cada vez mais distante do interior do Estado que devia comandar. Na conta de chegada, muita retórica e pouca iniciativa “estruturante”.
Sem abrir frentes mais fecundas de atividade produtiva e sem encontrar uma nova vocação para a cidade, a prefeitura é tão carente que mal consegue investir, dando-se por satisfeita de manter a folha de pessoal em dia. O clientelismo de sempre, a falta de perspectiva que não muda. O futuro aguarda com más notícias a Santa Maria de Belém do Grão-Pará de 400 anos.

domingo, outubro 30, 2016

Eleições Belém: DOXA é reeleita como a melhor pesquisa do Brasil


Por Diógenes Brandão

As eleições municipais para a prefeitura de Belém chegam ao fim e entre os institutos de pesquisa que realizaram checagens neste processo eleitoral, a DOXA foi a que mais se aproximou do resultado das urnas, tanto no primeiro, quanto no segundo turno.

Dentro da margem de erro, pesquisa DOXA lacra mais um resultado eleitoral.
A DOXA acertou com o prognóstico de que mostrava que Zenaldo vinha crescendo nas pesquisas e seria reeleito. Já nesta última semana, vieram acompanhando esta tendência, o IBOPE e Veritate, que também apontaram para a derrota de Edmilson, mas com números diferentes. 

O instituto ACERTAR não divulgou pesquisas no primeiro turno, e foi o único que neste segundo turno publicou duas pesquisas, onde apontavam que Edmilson Rodrigues venceria as eleições e por isso teve duas capas dominicais do jornal Diário do Pará, da família Barbalho, que apoiou de forma velada a candidatura do PSOL em Belém.
Muito fora da margem de erro, pesquisa do ACERTAR dava vitória de Edmilson, candidato derrotado por Zenaldo.
Após assistir duas entrevistas no programa MAIS, apresentado pelo jornalista Guilherme Augusto, o estatístico responsável pelas pesquisa da DOXA e também cientista politico, Luiz Feitosa, perguntei o motivo destes impressionantes números de acertos dos prognósticos das pesquisas realizadas pelo Instituto DOXA e ele me falou que desde quando assumiu essa tarefa, fez uma revisão do plano amostral, evidenciando que precisava de ajustes devido a expansão populacional e as mudanças nas faixas etárias e econômicas. 

Depois disso, um eficiente treinamento dos pesquisadores, para que pudessem extrair o máximo de informações junto aos eleitores. Ainda segundo Feitosa, hoje a DOXA possui o melhor método de amostragem, dentre os demais institutos de pesquisas do país, fato considerado como diferencial no mercado. Para as eleições de 2018 haverá uma reestruturação que deixará a DOXA preparada desde já, para garantir manter qualidade dos seus serviços.

Para Dornélio Silva, proprietário e cientista político da DOXA, o resultado certeiro de suas pesquisas é fruto de um trabalho sério e responsável, de uma equipe experiente e que não teme ser criticada, quando seus números apontam para um retrato da realidade e por isso sempre sofre uma forte pressão por parte de militantes de partidos contrariados pela opinião pública e publicada.

sábado, outubro 29, 2016

DOXA aponta vitória de Zenaldo contra Edmilson. Diferença é 8,4%

Por Diógenes Brandão, com informações exclusivas da DOXA Pesquisas
A última pesquisa do instituto DOXA, realizada entre os dias 26 a 28/10/2016, entrevistou 1.110 eleitores de Belém e apurou que se as eleições fossem hoje, o atual prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB), seria reeleito com uma vantagem de 8,4%, sobre Edmilson Rodrigues (PSOL).
Na pesquisa estimulada, Extraídos os votos brancos, nulos e indecisos, Zenaldo (PSDB) aparece com 54,2% e Edmilson (PSOL) com 45,8% dos votos válidos.
Já na pesquisa estimulada, quando o eleitor é perguntado como vai votar, Edmilson fica com 39,6% e Zenaldo vem com 46,8%.
Quanto à Rejeição, Edmilson é o mais rejeitado, aparecendo com 40,9%; e Zenaldo com 33,6%. Outros 18,3% não rejeitam nenhum e 7,2% não opinaram.
Na expectativa de vitória, quando o entrevistado diz quem acha que vai vencer as eleições, independente de quem ele vai votar, Edmilson vem com 33,7%, enquanto Zenaldo vai pra 55,8%.
A pesquisa foi registrada no TSE sob o protocolo Nº PA-03386/2016 e realizada com 1.110 eleitores entrevistados. O intervalo de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% dos resultados retratarem o atual momento eleitoral. A margem de erro estimada é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

sexta-feira, outubro 28, 2016

Pesquisa Veritate Belém: Zenaldo 54% e Edmilson 46%


Por Diógenes Brandão, com informações do Veritate

Pesquisa realizada pelo Insituto Veritate, durante os dias 26 e 27 de outubro, demostra se a eleição para a prefeitura de Belém fosse nesses dias, Zenaldo Coutinho seria eleito com uma diferença de 8 pontos de vantagem, neste segundo turno em Belém do Pará.

Realizada por conta própria, a pesquisa revela que Zenaldo Coutinho (PSDB) tem 54% dos votos válidos, enquanto Edmilson Rodrigues (PSOL) vem como 46% da preferencia do eleitorado.

A pesquisa Veritate entrevistou 600 eleitores, foi feita por conta própria e registrada no TSE sob o nº PA-03437/2016. A margem de erro é de 4% para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%.


Quando se estimula, isto é, são apresentados aos entrevistados os nomes dos candidatos, Zenaldo Coutinho permanece em primeiro lugar com 47% e Edmilson Rodrigues continua em segundo lugar com 41% Os votos flutuantes (branco, nulo e indecisos) somam 12%.


Perguntados sobre quem os entrevistados acham que vai vencer as eleições, independente de quem eles disseram que votariam, Zenaldo Coutinho pula para 56% e Edmilson cai para 30%. Os que não responderam totalizam 14%.

A posse de Obama e a mídia colonizada

A imprensa nativa parece uma sucursal rastaquera da mídia estadunidense. Ontem, as emissoras “privadas” de televisão deram um show na transmissão da posse de Barack Obama. Comentaristas embasbacados gastaram horas para endeusar a “democracia nos EUA”. Hoje, os principais jornalões deram total destaque para o ritual. O Globo utilizou quase toda a sua capa. “Obama prega igualdade para gays e imigrantes”, foi a sua manchete. Folha e Estadão repetiram a bajulação, num típico pensamento único imperial.
Bem diferente é a cobertura da mídia das posses dos presidentes latino-americanos, principalmente quando eles se opõem à política imperialista dos EUA na região e pregam a integração soberana do continente. No caso de Hugo Chávez, da Venezuela, ela nem sequer escondeu a torcida macabra pela sua morte. As posses de Cristina Kirchner (Argentina), Evo Morales (Bolívia) e Rafael Correa (Equador), entre outros, também mereceram coberturas “jornalísticas” negativas, depreciativas e até preconceituosas.
O comportamento servil da mídia nativa lembra uma frase de Chico Buarque, em outubro de 2010, durante o encontro de intelectuais e artistas em apoio a então candidata Dilma Rousseff. Na ocasião, ele ironizou os que “falam fino com Washington e falam grosso com a Bolívia e o Paraguai”. A imprensa brasileira segue exatamente este padrão de subserviência. E olha que os EUA nem estão com esta bola toda na atualidade. O império decadente afunda na crise econômica e se atola nas guerras em várias partes do mundo.
A regressão social nos EUA é algo impressionante – mas os “calunistas” preferem bajular a posse de Barack Obama. O país é hoje um dos mais desiguais e injustos do planeta. Um em cada sete estadunidenses depende de assistência do governo federal para comer. São cerca de 46,5 milhões de pessoas incluídas no programa “Food Stamps” (cupons de comida). Outros milhões não contam com qualquer tipo de assistência pública à saúde; outros foram despejados de suas casas e hoje residem em trailers.
Na bajulada “democracia ianque”, enquanto milhões vegetam na miséria e não acreditam mais na balela da “terra das oportunidades”, uma minoria residual – o 1% criticado pelo movimento Ocupe Wall Street – continua esbanjando fortunas. Em 2010, apesar da brutal crise que vitimou o país, estes ricaços voltaram a acumular riquezas. A participação na renda dos 1,6 milhão do topo da pirâmide subiu de 18% para 19,8%. Mesmo assim, a mídia colonizada faz festa para a posse de Barack Obama.
Haja servilismo!

quinta-feira, outubro 27, 2016

Juiz determina suspensão de propagandas de Zenaldo Coutinho


Via Diário Online.
Uma decisão liminar da Justiça Eleitoral em favor do candidato Edmilson Rodrigues e da coligação Juntos pela Mudança determinou que o candidato Zenaldo Coutinho suspenda a veiculação de propagandas eleitorais que utilizem a imagem do Governo do Estado do Pará, em especial, a do cheque moradia no horário eleitoral gratuito.
De acordo com a decisão, proferida pelo juiz da 97ª Zona Eleitoral, Antônio Cláudio Von Lohrmann Cruz, se a coligação de Zenaldo Coutinho descumprir a liminar, deverá pagar multa única no valor de R$ 200 mil para o caso de descumprimento, a partir da notificação.
Além disso, o juiz requisitou que o Secretário Municipal de Habilitação de Belém uma “relação com os nomes dos beneficiários do programa Viver Belém - Cheque Moradia, com os valores liberados, empenhados, com citação da fonte de recursos públicos”.
AÇÃO
Segundo os autos da ação de investigação judicial eleitoral, há diversas provas de que o candidato à reeleição para prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, está se utilizando de ações do Governo do Estado do Pará, considerando que o Governador também é do PSDB, para promover a gestão municipal.
No processo, são citados os casos dos programas eleitorais dos dias 20 de outubro (noturno), 22 de outubro (noturno) e 23 de outubro (vespertino), que anunciaram parcerias com o Governo do Estado como o Ginásio de Esportes, recém inaugurado (Mangueirinho), cheque-moradia; a macrodrenagem na bacia do Tucunduba e o prolongamento da avenida João Paulo II.
De acordo com o magistrado, “o problema está em que o Mangueirinho já está concluído há muito tempo e foi inaugurado às vésperas do pleito como forma de beneficiar o candidato Zenaldo Coutinho, violando o princípio da igualdade entre os competidores”.
O juiz entende que “é evidente que o uso da marca pelo Governo do Estado tem o condão de identificar a atual gestão municipal, realizando, assim, uma propaganda institucional em período vedado por lei e visa beneficiar o candidato Zenaldo Coutinho, ‘colando’ sua imagem nas realizações daquele ente estadual”.

Ex-senador tucano, Mário Couto entra na campanha do PSOL e militância decreta voto nulo


Por Diógenes Brandão

Com uma ficha corrida extensa no Ministério Público Estadual e Federal, inúmeros processos na justiça estadual e federal, o ex-senador Mário Couto, deixou o PSDB, partido que passou 25 anos e recentemente ingressou no PMDB, partido que o escalou para contribuir com a campanha de Edmilson Rodrigues (PSOL), que disputa novamente a prefeitura de Belém, com Zenaldo Coutinho (PSDB).

O ex-senador tucano, que já foi preso por porte de armas de grosso calibre  e por comandar bancas do jogo do bicho no Pará (leia aqui), Mário Couto sempre falou a palavra "ética", mas é réu em 11 processos de corrupção. (leia aqui).



O estranhamento é tanto, que militantes do PSOL, me enviaram o link da publicação acima, encontrada no site de Edmilson Rodrigues, que noticia uma condenação judicial contra Mário Couto, agora aliado de Edmilson.

A campanha de Edmilson foge do assunto, mas um vídeo (clique aqui ou assista abaixo) que circula pela internet, mostra o professor Maneschy, ex-candidato do PMDB, que disputou o primeiro turno das eleições, apresentando o ex-tucano em uma plenária do seu partido, na presença da ex-deputada estadual Araceli Lemos, hoje presidente estadual e coordenadora geral da campanha do PSOL.

Ao verem o vídeo nas mídias sociais, já que a campanha lilás (PSOL) não mostra o antigo adversário, inimigo mortal da esquerda paraense e nacional, a militância do PT, PCdoB, REDE, PDT, PV e do próprio PSOL, fica sem entender que tipo de acordo teria trazido Mário Couto, também conhecido como Tapiocouto, para o lado de Edmilson Rodrigues.

Por isso, muitos militantes da esquerda local, se unem aos que já vinham anunciando o voto nulo ou que iriam viajar e depois justificar o voto, para não reforçarem a eleição de Zenaldo, nem de Edmilson.

Aumente o volume e assista o vídeo abaixo, que entra para a história da política paraense, onde boi "avuá", sob o comando do senador Jader Barbalho (PMDB), o maior estrategista de oito (08) das últimas dez (10) campanhas eleitorais do Pará.


Para saber mais sobre Mário Couto, digite seu nome no espaço de buscar acima desta postagem. O acervo é grande.

quarta-feira, outubro 26, 2016

Barbalhos e Maioranas brigam, os partidos disputam o poder e o povo não pode ter sua opinião publicada?


Por Diógenes Brandão

Com mais uma eleição polarizada entre os interesses do PSDB e do PMDB, as famílias que controlam a mídia no Pará, Maioranas e Barbalhos, travam uma nova guerra no campo político, onde muitas vezes “balas perdidas” acabam atingindo quem não tem nada a ver com a disputa.

Tal como nas eleições de 2014, as duas maiores empresas de comunicação do Pará travam uma disputa visceral e o instituto DOXA volta a ser atacado e conta apenas com as mídias sociais para se defender e fazer valer seu direito de pesquisar e revelar a opinião pública.
Leia um trecho da entrevista com Dornélio Silva, cientista político da DOXA, que foi entrevistado pelo blog em 2014, logo depois do resultado do 2º turno das eleições, onde foi o único pesquisador a acertar o resultado das urnas.
No trecho abaixo, ele conta como tudo aconteceu em 2014 e como volta a acontecer novamente nestas eleições municipais de 2016, onde o PSOL e o PSDB são meros coadjuvantes dos interesses comerciais dos barões da mídia paraense.
AS FALAS DA PÓLIS: A DOXA foi muito perseguida tanto no primeiro, quanto no segundo turno, porque aconteceu isso? Como você explica e a quem atribuiu essa perseguição?
Dornélio Silva: É importante observarmos essa situação para entendermos a participação e o poder de alguns atores nesse campo jurídico: juízes auxiliares, advogados, promotores, isto é, o próprio TRE.
Tudo começou depois que a DOXA foi contatada através de um interlocutor para fazer uma pesquisa e publicar no jornal Diário do Pará. O resultado vindo de campo não foi favorável a Helder Barbalho. Em função disso, o interlocutor queria que a DOXA mudasse o resultado. O que obviamente não foi feito.
Na pesquisa, Simão Jatene ficou com 41% e Helder com 38%. Queriam "apenas" que a DOXA invertesse os resultados. Como não aceitamos, em hipótese alguma, tivemos um prejuízo de R$ 25.000,00. E como tínhamos uma pesquisa atualizada, resolvemos publicar no blog da DOXA e de alguns blogs amigos como do Diógenes Brandão, Hiroshi Bogéa, Jeso Carneiro e Manoel Dutra. Depois outros veículos pegaram e foram publicando, óbvio.
AS FALAS DA PÓLIS: A partir de então, a DOXA tornou-se persona non grata à coligação “Todos Pelo Pará”?
Dornélio Silva: Não conseguimos mais publicar nossas pesquisas. Parecia que havia um complô, algo combinado: quando registrávamos uma pesquisa, os advogados da coligação entravam com o pedido e só caia na mão de um juiz auxiliar, muita coincidência. Chegamos a ser manchete de capa do Diário do Pará, como se fossemos criminosos. O MPE, através do dr. Alan Mansur, depois de “investigado o crime eleitoral” mandou arquivar o processo. Mas até hoje o juiz não deu a sentença.
Matéria requentada de 2014, volta a circular neste segundo turno das eleições de 2016, através das mídias sociais. 
No segundo turno, conseguimos publicar uma pesquisa.
Havia sido feito um acordo entre os advogados das duas coligações de que “ninguém impugna ninguém, deixa o mercado regulamentar”. Era a decisão mais sábia até então. Só que esse acordo não foi cumprido na última pesquisa DOXA. As 19:20hs do dia 24, sexta-feira, o juiz induzido pelas justificativas dos advogados da coligação "Todos Pelo Pará" acata e manda suspender a publicação da pesquisa.
Sabíamos que o Diário do Pará viria já na edição de sábado, com pesquisa com números alarmantes, querendo ficar sozinho no pleito, passando apenas sua verdade, passando ao eleitor como fato consumado, a eleição de Helder; e que essa mesma pesquisa viria repaginada no domingo, dia da eleição.
Diante dessa situação, o jornal O Liberal publica a pesquisa da DOXA, do domingo anterior, como forma de contrapor ao Diário, e dizer para o eleitor que ele merecia outra informação para tomar sua decisão no dia seguinte.
A pesquisa Doxa, finalizada na sexta-feira, antevéspera do segundo turno das eleições de 2014, deu 51,5% Jatene e 48,5% Helder (votos válidos).
O resultado das urnas foi de 51,92% para Jatene e 48,08% para Helder. Exatamente o que a nossa última pesquisa mostrou.
Ou seja, fomos o único instituto de pesquisa que acertou o resultado.
Essa era a verdade que o Diário do Pará não queria que a opinião pública soubesse.

AS FALAS DA PÓLIS: Como você explica essa tamanha disparidade entre os dados dos institutos de pesquisa nessa campanha?
Dornélio Silva: Se for observar bem, a disparidade era do nosso instituto para com os demais. O Jornal Diário do Pará publicava a pesquisa que dava sempre o Helder na frente e dizia que a metodologia da pesquisa era domiciliar. No entanto, analisando a metodologia e o questionário detectamos que os pesquisadores pegavam apenas o telefone do entrevistado.
A estratégia do Diário do Pará e todo o grupo de comunicação era passar a ideia de Helder como fato consumado, utilizando-se de pesquisa para induzir, manipular o eleitor.

Incrível: Há dois meses antes da pesquisa, cartomantes do PSOL já sabiam do resultado da DOXA




Por Diógenes Brandão

O blog recebeu uma cópia do Mandado de Notificação expedido pelo juiz Antônio Cláudio Von Lohrmann Cruz, a pedido da Coligação “Juntos Pela Mudança”, a qual pede que o PSOL tenha acesso aos dados e documentos da pesquisa DOXA, publicada no domingo passado (23), em O Liberal.


Na pesquisa, Zenaldo Coutinho (PSDB) aparece com 12,5% de vantagem sobre Edmilson Rodrigues (PSOL).

O instituto DOXA informou ao blog, que tal como qualquer outro instituto de pesquisa sério, tem tudo à disposição e aguarda pela visita, em horário a ser marcado, para apresentar aos enviados do PSOL, tudo que for necessário e que comprove a legitimidade dos dados apresentados na pesquisa.

A sede da empresa, os advogados e dirigentes do PSOL sabem onde fica, afirma o cientista político Dornélio Silva, pois segundo ele, já prestou muitos serviços ao partido, inclusive na eleição passada, em 2012, onde Edmilson Rodrigues também disputou com Zenaldo Coutinho, assim como ano passado (2015), para aferições das perspectivas para o cenário eleitoral de 2016.


Ao invés de melhorarem na campanha e evitarem vazamentos, como o que ocorreu outro dia, quando o renomado advogado Egídio Sales, orientou a sua equipe de advogados para que dissessem para o povão que o “Zenada” estava cassado, sendo que não estava, a coordenação da campanha de Edmilson Rodrigues escala agora o advogado Lucas Martins Sales, filho de Egídio Sales, o qual demostra ter desenvolvido uma visão futurista, pois fez a representação com pedido de liminar, no dia 26 de Agosto de 2016, quando já sabia do resultado da pesquisa que ia ser divulgada em O Liberal, no último domingo, 23 de Outubro de 2016.

As cartomantes de Belém ganharam um novo concorrente.

Veja o vídeo que circula pelas mídias sociais, com o vazamento da conversa dos advogados do PSOL.




terça-feira, outubro 25, 2016

Cunha, Mabel e o lobby farmacêutico

Enquanto serviu ao projeto das elites de derrubada da presidenta Dilma, o lobista Eduardo Cunha era um santo. "Todos somos Cunha", berravam os 'coxinhas' manipulados pela imprensa. Até reportagens antigas, que mostravam a sua trajetória de falcatruas, foram arquivadas. Agora, feito o trabalho sujo, a mídia venal passa a publicar matérias que mostram como o correntista suíço construiu sua fortuna e seu enorme poder político. Na edição desta semana, a revista Época – da mafiosa famiglia Marinho – traz um relato que evidencia os métodos do atual presidiário. O objetivo talvez seja o de desqualificar a sua possível “delação premiada”, que pode implodir o covil golpista de Michel Temer.
Segundo a denúncia, que já devia ser conhecida há muito tempo, Eduardo Cunha agiu como lobista da poderosa indústria farmacêutica – entre outros setores da “ética” iniciativa privada. Esta foi uma das fontes de seus milionários recursos – parte deles enviados para as contas secretas da Suíça. Nesta bem-sucedida operação, ele contou com a ajuda de outro político mais sujo do que pau de galinheiro, o empresário Sandro Mabel, que hoje ocupa um posto de destaque no Palácio do Planalto. Vale conferir alguns trechos da reportagem da Época, assinada por Filipe Coutinho e Talita Fernandes:
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Do 3º andar do Palácio do Planalto, mesmo piso em que fica a sala do presidente da República, Michel Temer, despacha o ex-deputado Sandro Mabel, do PMDB. Empresário milionário, o veterano Mabel atua como assessor especial de Temer para assuntos relacionados à Câmara dos Deputados, que conhece como poucos. Ele é presença frequente e prestigiada ali. Neste ano, já articulou, a mando do governo, votos para tentar salvar o colega de partido, Eduardo Cunha, atuou na escolha do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do DEM, e compareceu às votações decisivas do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Quem fala com Mabel sabe que ele é uma das vozes do governo Temer. Sabe, também, que é próximo de Eduardo Cunha – um elo que pode atrapalhar o trabalho de Mabel e constranger o Palácio do Planalto nos próximos dias, após a prisão do ex-presidente da Câmara.
Em trecho de uma delação premiada obtida por Época, Sandro Mabel aparece como o responsável por inserir uma emenda em uma Medida Provisória para atender aos interesses de um empresário, prática comum e lucrativa, um derivativo do poder das assinaturas em Brasília. Em 2012 Nelson Mello era diretor de Relações Institucionais da Hypermarcas, uma das maiores fabricantes de produtos farmacêuticos do país, quando conheceu o então líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha. O doleiro Lúcio Funaro, operador de Cunha, arranjou um encontro no apartamento funcional do deputado em Brasília. Mello disse a Cunha que queria introduzir uma mudança na lei, para permitir a venda de medicamentos sem receita médica. Entregou recortes de jornais e documentos que, segundo ele, mostravam como tal prática era comum em alguns países. “Eduardo Cunha recebeu esses documentos e fez algumas perguntas; que meses depois houve votação na Câmara e o projeto dos medicamentos isentos de prescrição foi aprovado”, diz o depoimento de Mello.
A tal emenda foi feita em um projeto de lei cujo objetivo era desonerar de impostos a compra de alguns produtos por pessoas com deficiência – ou seja, nada tinha a ver com o tema principal. Essa prática, conhecida como “jabuti”, era uma marca registrada da atuação parlamentar de Eduardo Cunha. O autor da mudança que beneficiava a Hypermarcas era o então deputado Sandro Mabel, do PMDB de Goiás. “Não sabia então que a emenda era de Sandro Mabel, apenas ficou implícito que pela força do Eduardo Cunha, ele estava por trás da emenda”, diz trecho do depoimento. Com a mudança, medicamentos poderiam ser vendidos sem receita em supermercados, armazéns e hotéis. O texto só não entrou em vigor devido ao veto da então presidente Dilma Rousseff. Ainda assim, a manobra permitiu a Mello medir o poder de Cunha: ele tinha comando, influência e conhecimento suficientes para mudar leis, de acordo com os interesses de empresários, em troca de dinheiro. Era útil.
O relato de Mello causa incômodo a Sandro Mabel por ele figurar como um soldado de Eduardo Cunha no Congresso, com a materialidade de uma operação suspeita. Não é a primeira vez. Em troca de mensagens com Leo Pinheiro, um dos sócios da OAS, Eduardo Cunha indica Mabel como nome ideal para apresentar uma emenda que atendia aos interesses da empreiteira. Escolhido o autor da emenda, que seria juntada à Medida Provisória 582, que tratava da desoneração da mão de obra, indicou um gabinete para a entrega do texto redigido. Escolheu o de número 510, o seu, apesar de a emenda, oficialmente, não ter nenhum indicativo de que era de sua autoria.
Procurado no Planalto, Sandro Mabel não respondeu. “O Ministério Público construiu ilações a partir de documentos, aos quais a defesa de Eduardo Cunha não teve acesso”, diz em nota a defesa de Cunha. “Desde já, a defesa refuta que Eduardo Cunha tenha praticado alguma conduta ilegal no exercício do seu mandato. Eduardo Cunha está à disposição das autoridades para esclarecer essas suspeitas infundadas.” Uma das frentes de investigação do Ministério Público Federal incide sobre a atuação de Cunha no ramo da negociação de emendas com empresários. Os investigadores têm avançado na pesquisa para descobrir a rede de aliados que Cunha usava para não se expor, não aparecer sempre como autor dos textos. Por isso, a prisão do ex-presidente da Câmara desperta entre seus aliados o pânico de serem arrastados para as investigações de corrupção. O Palácio do Planalto está sem dormir.
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É esta turma de lobistas que hoje comanda o governo. Eduardo Cunha está preso – não se sabe por quanto tempo. Já os outros Cunhas dão as cartas nos rumos do país, operando direto do Palácio do Planalto. E ainda tem “midiota” que acredita que o golpe foi dado para salvar o Brasil da corrupção. Só mesmo com muito medicamento pesado das “éticas” indústrias do setor farmacêutico!

segunda-feira, outubro 24, 2016

Para onde vão os votos dos candidatos que concorreram no 1º turno em Belém?


Por Dornélio Silva*

O cruzamento dos números da intenção do voto da última pesquisa DOXA, com o resultado eleitoral do 1º turno, nos mostram que os votos de Edmilson Rodrigues (PSOL) e Zenaldo Coutinho (PSDB) estão bem consolidados.
Os eleitores que votaram em Eder Mauro (PSD), estão migrando mais para Zenaldo do que para Edmilson.
Destes, 35,4% vão para Zenaldo e 31,0% para Edmilson; 18,1% pretendem anular o voto e outros 15,5% estão indecisos.
Quanto aos eleitores que votaram em Carlos Maneschy (PMDB), 27,3% estão votando em Edmilson, enquanto 43,2% votam em Zenaldo.
Em relação aos eleitores que votaram em Regina Barata (PT), a intenções de votos está dividida ao meio: 38,5% estão votando em Edmilson e 38,4% em Zenaldo; enquanto 15,4% pretendem anular o voto e 7,7% estão indecisos.
Os eleitores que votaram em Ursula Vidal (REDE) estão migrando mais para Edmilson: 38,3% estão votando em Edmilson e 27,7% em Zenaldo.
Outros 23,4% pretendem anular o voto, e 10,6% estão indecisos.
*Dornélio Silva é mestre em ciência política pela UFPA e responsável pela DOXA pesquisas.

2º Turno de 2012 e a pesquisa DOXA 2016


Por Dornélio Silva*

Em 2012, foram para o 2º turno os mesmos competidores de 2016, Edmilson Rodrigues (PSOL) e Zenaldo Coutinho (PSDB).
Zenaldo ganhou com 56,6% dos votos válidos.
Edmilson ficou com 43,4%.
Neste sábado (22), há uma semana do segundo turno das eleições 2016, a DOXA publica sua penúltima pesquisa, aferindo percentual idêntico ao resultado das eleições 2012.
Edmilson aparece com 43,8% e Zenaldo 56,2%. A diferença dos números de 2012 (T.R.E) e da pesquisa DOXA é idêntica, com o único e quase imperceptivel detalhe: menos de meio porcento no resultado de Edmilson.
*Dornélio Silva é mestre em cientista política pela UFPA e responsável pela DOXA pesquisas.

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...