Mostrando postagens classificadas por data para a consulta ALEPA. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta ALEPA. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

domingo, fevereiro 07, 2021

A cultura do PODEMOS tudo no governo do Pará

O deputado estadual Igor Normando, primo do atual governador, seria o “padrinho” político da Fundação Cultural do Pará, hoje aparelhada pelo PODEMOS e familiares do parlamentar.


Por Diógenes Brandão 

O deputado estadual e líder do PODEMOS no Pará, Igor Normando tentou de forma atabalhoada - junto com a deputada estadual Dilvanda Faro (PT) - implementar uma lei estadual que tinha como pretensão a audaciosa ideia de censurar previamente a publicação de notícias e denúncias contra gestores públicos e políticos, chamados de autoridades. 

Com a repercussão extremamente negativa, do que foi considerado o projeto de "lei da mordaça", a canalhice foi abortada e desde então ninguém mais falou nela, após ser linchada e vergonhosamente descartada na ALEPA. 

Antes disso, este blog recebeu um dossiê elaborado por servidores públicos da Fundação Cultural do Pará, mas covardemente, eu assumo, não publicamos.

Entre as denúncias, haviam as que mostravam que autarquia estadual estava sendo usada como uma verdadeira máquina partidária do PODEMOS, onde absurdos eram cometidos a torto e à direita, em benefício de membros do partido e do círculo familiar e de amizade do deputado estadual Igor Normando.

O youtuber David Mafra abriu a caixinha de segredos e revelou o cabide de empregos da família Normando, que vai aos poucos se apropriando de espaços e cargos públicos no governo dos parentes: a família Barbalho.

Assista:


Eis que agora um novo documento chegou às mãos do jornalista Lúcio Flávio Pinto, que o publicou e tá gerando um imenso bafafá na área cultural e artística paraense, que de forma sofrida enfrenta a pandemia e suas consequências e ainda tem que aturar a ingerência negativa e o aparelhamento partidário da Fundação Cultural do Pará, hoje conduzida por parentes e amigos do deputado estadual, primo do governador Helder Barbalho.

Leia abaixo a matéria "Tem politicagem na cultura", do jornalista Lúcio Flávio Pinto:

O documento que reproduzo abaixo, com o título Indícios de aparelhamento e uso da máquina pública pelo Podemos-PA, não veio assinado. Decidi publicá-lo mesmo assim por vários motivos. O documento começou a circular pelas redes sociais. Algumas das denúncias foram feitas reiteradamente neste blog. Nenhuma mereceu resposta dos órgãos culturais da administração estadual.

Os fatos apontados são extremamente graves, caracterizando o uso indevido e irregular de dinheiro público para fins políticos disfarçados. Essas informações precisam se tornar públicas para que os órgãos citados se expliquem. E as entidades de controle externo se mexam.

___________________

Os artistas e fazedores de cultura do Pará foram surpreendidos, em 2019, com a informação de que o deputado estadual Igor Normando, primo do atual Governador, seria o “padrinho” político da Fundação Cultural do Pará. A partir daí, ele passou a indicar os principais cargos da instituição – Presidente, Diretores e Coordenadores, quase todos, seus colegas e amigos do ensino médio, interferindo acintosamente nas decisões da gestão.

O Deputado impunha sua presença ostensivamente nas ações e dependências da FCP. Ao ser questionado sobre a ingerência tão explícita, o mesmo respondeu que tinha as prerrogativas do cargo, que lhe davam direito para as interferências.

Assim, para a presidência, foi indicado seu amigo, o advogado João Marques, fato que causou estranheza para alguns servidores. Um advogado na presidência, que não tinha em sua trajetória profissional, nenhuma relação com o setor cultural. No entanto, a justificativa apresentada era de que ele daria celeridade à gestão e faria a “máquina” pública funcionar.

Não satisfeito, o deputado Igor Normando, Indicou a sua noiva, Betsy Lee Acatauassu Nunes, como coordenadora de oficinas, sem que ela tivesse nenhuma experiência na área cultural. A jovem passou alguns meses no Curro Velho. Depois, um brevíssimo período no Centur.

Em menos de um ano de sua nomeação, ela não foi mais vista na FCP. Nenhum funcionário sabe em que espaço Betsy estaria exercendo a função de coordenadora, já que, supostamente, os técnicos ligados à sua coordenação, estariam no Curro Velho e Casa da Linguagem.

No primeiro semestre da nova gestão, não foram oferecidas as tradicionais oficinas no Curro Velho e Casa da Linguagem. Pela primeira vez na história, o espaço (antes Fundação Curro Velho) ficou um semestre inteiro sem oficinas.

Havia um questionamento, por parte dos atuais gestores, de que as contratações de oficineiros deveriam ser realizadas por meio de edital (lei 866) ou um chamamento público. Os técnicos em Gestão Cultural, chegaram a contribuir na elaboração de um edital de contratação de oficineiros, mas a gestão não levou adiante esse procedimento e, no segundo semestre de 2019, as contratações foram feitas sem o edital.

Nesse ínterim, foi feita a nomeação do irmão mais novo do Deputado Igor, Renan Normando, para a coordenação de Cultura Popular. O rapaz, como era do conhecimento de todos, seria candidato a vereador pelo PODEMOS em 2020.

O jovem passou a ser uma espécie de porta-voz da Fundação. Em várias entrevistas para TV e rádio, ou ao se apresentar em abertura dos módulos de oficinas, no Curro Velho, assim como em aberturas de oficinas de extensão em diversos bairros de Belém, agia como se tivesse participado da organização das mesmas, usando o momento como palco para a sua promoção como candidato a vereador.

No final de 2019, as insatisfações com a gestão em função do atrelamento das ações, principalmente da Diretoria de oficinas, a objetivos eleitoreiros, atrelados ao fisiologismo do PODEMOS, motivaram uma série de protestos, organizados por moradores da Vila da Barca, que reclamavam do descaso da Coordenação de Iniciação artística, e da negligência com os ensaios teatrais das crianças, que fazem parte do grupo “Crias do Curro Velho”.

Esta ação de educação e inclusão social, realizada há 30 anos, é de grande relevância para a comunidade do entorno do Curro, no bairro do Telégrafo.

Foram 2 protestos em que os participantes bradavam pelas ruas do Telégrafo: “O Curro Velho não pode parar”, que acabou se tornando o nome do movimento.

Os protestos provocaram uma maior atenção da gestão, que passou a dar prioridade a essa ação, devido à repercussão negativa gerada, inclusive, pela falta de justificativas pertinentes, para a paralisação das ações, no primeiro semestre daquele ano.

Outro fato relevante foi a desestabilização da equipe técnica da área de Artes Cênicas, responsável pelas ações da Iniciação artística. Quando questionavam a descontinuidade das atividades e a falta de estrutura, sofriam assédio moral. A equipe foi esfacelada. Alguns técnicos pediram transferência para outros setores e até para outras Instituições, e preferiram não denunciar temendo alguma retaliação.

Na distribuição de outros cargos, a aproximação com o deputado Igor foi determinante para as indicações como chefe de gabinete e outros filiados ao Podemos. Na condução do Processo Seletivo Simplificado/PSS – Edital Nº001/2019, realizado em outubro de 2019 para contratação de 20 funcionários temporários, a Comissão de Seleção foi formada exclusivamente por funcionários comissionados, filiados ao PODEMOS, como:

a-Almir José Ferreira Dos Santos, Diretor de Interação Cultural – candidato a vereador pelo PODEMOS Ananindeua

b- Lucilayne Oliveira Sereni, Coordenador de Gestão de Pessoas – candidata à prefeitura pelo PODEMOS Santarém Novo

c- Humberto Bozi Spindola, Coordenador de Material e Patrimônio – filiado ao PODEMOS Belém

d- Bruno De Araujo Reis, Coordenador Núcleo de Licitação de Contratos e

Convênio – filiado ao PODEMOS Ananindeua

e- Solange Rodrigues Santos, Coordenadora de Iniciação Artística – filiada ao PODEMOS Belém

Como resultado deste PSS, foram contratados os seguintes funcionários filiados ao PODEMOS Ananindeua:

a- Ilzileia Ferreira Da Costa – Assistente Administrativo

b- Alyne Cristine Dos Santos Da Silva – Assistente Administrativo

Como funcionários contratados com parentesco de ocupantes de cargos comissionados:

a- Amanda Alves Gonçalves, Técnica em Administração e Finanças – filha da

b-Elizabeth Cristina da Rocha Alves, Coordenadora de Gestão de Pessoas

c- Maria do Perpetuo Socorro Flexa de Melo, Assistente Administrativo – mãe do

d- João Clovis Melo de Oliveira, Diretor de Oficinas – ambos filiados ao PODEMOS Belém.

Diante do exposto, ficam as questões: Esse tipo de processo é legal? É lícito, do ponto de vista ético, uma comissão de funcionários comissionados ligados ao PODEMOS, avaliar currículos para contratação de funcionários temporários? Essa mesma equipe, poderia habilitar a admissão de candidatos filiados ao PODEMOS e outros parentes de funcionários comissionados?

Fontes:

– Portaria nº 555/2019, publicada no DOE de 17/10/2019

– Sistema de Filiação Partidária – Consulta do Tribunal Superior Eleitoral.

Outra ação que consta no Portal da Transparência e que causa grande espanto, aconteceu entre o período de 20/07 a 07/12/2020. A FCP fez 147 pagamentos para pessoas físicas na rubrica SERV. DE INSTRUÇÃO,ORIENTAÇÃO PROFISSSIONAL,TREINAMENTO , com valor médio de R$7.200,00 (Sete Mil e Duzentos Reais) de pagamento por esses “serviços”; totalizando R$ 1.253.000,00 (Um Milhão, Duzentos e Cinquenta e Três Mil Reais), incluindo impostos;

Não houve nenhum tipo de divulgação das ações acima que justifiquem R$ 1.253.000,00 (Um Milhão, Duzentos e Cinquenta e Três Mil Reais) destinados aos 147 pagamentos citados, e sua aplicação permanece desconhecida.

Este orçamento é próximo do valor total para pagamentos das oficinas Curro velho e Casa da Linguagem por 1 ano inteiro.

A questão aqui é saber: Quais SERVIÇOS DE INSTRUÇÃO,ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL TREINAMENTO (rubrica usada para oficinas e workshops) foram ofertados? Onde aconteceram?

Onde e como foram divulgados? Qual a qualificação dos instrutores contratados? Quais técnicos da FCP acompanharam e assinaram os relatórios? Quem foram os participantes?

Reiteramos que os servidores da FCP desconhecem essa ação que coincide justamente com o período eleitoral.

Para se ter uma ideia do que significam os pagamentos de cachês no valor de R$7.200,00, bastaria fazer um levantamento no Portal da Transparência, sobre o total pago para oficinas regulares e workshops realizados pela instituição ao longo dos últimos 5 anos.

Se fizermos uma comparação mais recente, com os 02 módulos de Oficinas Virtuais, realizados pelo Curro Velho e Casa da Linguagem, no segundo semestre de 2020, verificamos um desnível considerável.

Foram efetuados 52 pagamentos de R$1.200,00 (Um Mil e Duzentos Reais) cada; somando R$ 74.880,00 (Setenta e Quatro Mil, Oitocentos e Oitenta Reais).

Nestes 2 módulos, estavam envolvidos no planejamento e execução da ação, mais de 25 técnicos em gestão cultural que também acompanharam todo o processo, desde as inscrições on line, realizadas em um site exclusivo para tal, com ampla chamada pública, divulgação na imprensa, redes sociais e sites de notícias.

Outra possível comparação, de valores e processo de realização, pode ser feito com Edital de Seleção Pública Prêmio Rede Virtual de Arte e Cultura 2020. Nele, foram contemplados 80 participantes, com pagamentos de R$ 5.000,00 (Cinco Mil Reais) cada, somando um total de R$ 400.000,00 (Quatrocentos Mil Reais).

Curioso como o nível de exigência documental neste processo é muito criterioso. Os projetos selecionados passam por um júri e pela fiscalização da sua conclusão, com acompanhamento de técnicos especializados na área do Premiado. Por outro lado, vemos que, em circunstâncias desconhecidas, uma grande quantidade de cachês, com valores fora do padrão usual da Fundação, foram pagos sem o menor conhecimento do corpo técnico da instituição, num processo, no mínimo, obscuro.

Nas relações de pagamentos dessas 147 qualificações (oficinas/workshops) é possível destacar, numa pesquisa preliminar, as seguintes pessoas físicas filiadas ao PODEMOS-PA:

– ALANNA PAULA CUNHA DA FONSECA – R$ 7.200,00 – PODEMOS Santarém

– CARLOS ANDRÉ BRANDÃO DE OLIVEIRA – R$ 7.200,00 – PODEMOS Breves

– CHARLES PINHEIRO FIGUEIREDO – R$ 7.200,00 – PODEMOS Chaves

– DANIELLE PATRICIA DA SILVA MELO – R$ 7.200,00 – PODEMOS Santa Bárbara

– DENIS DE SOUZA CARNEIRO – R$ 7.200,00 – PODEMOS Itupiranga

– DENISE SOARES – R$ 7.200,00 – PODEMOS Itupiranga

– DEUZENILCE DA CONCEIÇÃO SILVA – R$ 7.200,00 – PODEMOS Itupiranga

– GERCIENE CARMONA DA SILVA – R$ 7.200,00 – PODEMOS Chaves

– JOSÉ ELOI IGLESIAS COMESANHA – R$ 8.400,00 – PODEMOS Belém

– MARIA NILZA DE SOUZA CARNEIRO – R$ 7.200,00 – PODEMOS Itupiranga

– MARILIA PINHEIRO GUIMARÃES – R$ 7.200,00 – PODEMOS Santa Isabel do Pará

Fontes:

– Portal da transparência do Pará

– Sistema de Filiação Partidária – Consulta do Tribunal Superior Eleitoral.

A mais recente novidade desta gestão foi a divulgação de que haveria mudança na presidência da fundação. O então Presidente, João Marques, está sendo substituído por Lorena Marçal, atual namorada do recém eleito vereador Renan Normando.

Mais uma vez, uma indicação sem critérios técnicos ou comprovação de qualquer envolvimento com o setor cultural, agora, com o agravante motivo: “indicação por envolvimento familiar” com o deputado Igor Normando, o “padrinho” político da FCP.

A moça já assumiu a presidência informalmente, desde o dia 02 de fevereiro. Fez mudanças na decoração do Gabinete e faz entrevistas individuais com os técnicos. Por enquanto, quem assina por ela, é o Diretor Administrativo.

É importante destacar que, para os profissionais da arte e educadores participarem de editais de patrocínio cultural, é exigida a comprovação de trajetória artística e profissional de no mínimo 2 anos. Para ministrar oficinas ou workshop é necessário apresentar certificados de atuação na área.

Porém, pelo que estamos vivenciando, o mesmo rigor e critério não é exigido para exercer o cargo de Presidente de uma Fundação Cultural Estadual. Para este fim, não é necessário comprovar nenhum envolvimento na área artística e cultural. 

sábado, fevereiro 06, 2021

Família Barbalho não comentou nada sobre Priante ser o novo presidente do MDB no Pará

 José Priante é o vice-presidente estadual do MDB e deveria ser anunciado como sucessor de Jader Filho, ou por alguém do comando partidário, ou até da família Barbalho, da qual Priante também faz parte, mas até agora nada disso aconteceu.

Por Diógenes Brandão

O anúncio de que Jader Filho deixou a presidência do MDB no Pará não veio seguida da notícia de que o deputado federal José Priante (MDB) assumirá o comando do partido. Foi este blog que teve que ir em busca da informação de que o vice-presidente do partido é o primo do ex-presidente, que pediu a licença temporária  do cargo, alegando problemas pessoais para tal.

A decisão é cercada de estranhezas, dúvidas e falta de esclarecimentos, mas o pior mesmo é que após o anúncio feito pelo irmão do governador Helder Barbalho,  o nome do novo presidente da legenda não foi revelado pelos veículos de comunicação da família Barbalho e nem por nenhum de seus membros, os quais sempre utilizam rapidamente as redes sociais, quando a informação é do seu interesse.

Para muitos leitores do blog, tem muita coisa estranha e complexa, não revelada nessa história.

A saída do irmão do comando do partido, logo após Helder ter decidido sozinho, apontar a deputada tucana, Cilene Couto para ser a nova líder do governo na ALEPA, não agradou ninguém no MBD, nem mesmo o pai e o irmão. Ninguém do partido ou da família Barbalho a parabenizou, como geralmente acontece.

O blog continuará tentando entender a crise no seio do maior partido do estado, o qual é controlado sob mãos de ferro pela família mais poderosa do Pará, a qual trocou o comando estadual partidário e ainda não comentou nada a respeito, mesmo tendo diversos assessores, funcionários e jornalistas muito bem pagos na imprensa paraense para darem uma satisfação e transparência sobre o que ocorreu e quais os motivos. 

Ou pelo menos apresentar o nome comandante deste navio, se é que ele não está acéfalo.

Leia também: Jader Filho pede licença do comando do MDB e não diz se fará o mesmo nas empresas de comunicação da família Barbalho





terça-feira, fevereiro 02, 2021

A tucana Cilene Couto é a nova lider do governo na ALEPA

 


Por Diógenes Brandão 

Filha do ex-senador Mário Couto, a deputada estadual Cilene Couto (PSDB) acabou de ser referendada como a nova líder do governo Helder Barbalho na ALEPA. A decisão teve apoio entre todas as bancadas, inclusive de esquerda.

O governador esteve presente no ato de posse da nova mesa diretora da ALEPA.

Está matéria está sendo atualizada.


domingo, janeiro 24, 2021

Populares impedem PMs de prender jovem negro em Ananindeua

O jovem foi engravatado, jogado ao chão por PMs, mas recebeu o apoio de populares que reclamaram e exigiram a libertação do mesmo, alegando ser um pai de família e trabalhador.

Por Diógenes Brandão 

Populares criticaram a violência policial e tentaram impedir a prisão de um jovem negro, por que segundo relatos apanhou de policiais militares, no bairro do Icuí, em Ananindeua.

No vídeo enviado ao blog AS FALAS DA PÓLIS é possível ver diversas pessoas que tentaram evitar a prisão do cidadão que não foi identificado. 

Além de levar uma gravata, o jovem foi jogado ao chão, mas conseguiu desvencilhar-se de três policiais, que até onde foi possível ver acabaram cedendo à pressão dos populares, que também denunciaram que a viatura da PM estava sem a placa e que os policiais estavam batendo em um pai de família e trabalhador.

 

"Tem que conversar direito com a pessoa. Os caras chegam e querem jogar spray de pimenta na cara das pessoas. O cara tava sentado de boa aqui, não tava mexendo com ninguém. O cara é pai de família, trabalhador, aí os caras chegam desse jeito. Isso que é a polícia de Ananindeua?", indaga o homem que gravou as cenas da confusão.


"Cadê a Comissão dos Direitos Humanos da ALEPA e da OAB-PA, que eram tão atuantes até a chegada deste governo?", indagou a fonte que enviou o vídeo e as informações ao blog.

Diário do Pará insinua que família de Nilson Pinto tenha sido vacinada irregularmente, em hospital da família de Jaques Neves (PSC)

Jaques Neves (PSC) é deputado estadual e irmão da proprietária de um hospital particular (que tem registro de filantrópico) em Capanema.

 

Por Diógenes Brandão

Uma notícia capiciosa publicada na coluna Repórter Diário, do jornal Diário do Pará deste domingo, 24, caiu como uma bomba nos bastidores da política paraense. 

O jornalista e advogado Zé Carlos, que também é presidente do PV, em sua já tradicional Live "Papo de Jornais de Domingo", questionou a veracidade do conteúdo escrito no jornal da família Barbalho e cobrou explicações dos envolvidos.

"Se isso é verdade é grave. Agora se não for verdade, é grave também!", vaticina Zé Carlos, interpretando que os nomes envolvidos na indireta do jornal sejam: Lena Ribeiro, a "esposa socialite", o "deputado federal emplumado" Nilson Pinto (PSDB) e o hospital particular seja de familiares do deputado Jaques Neves (PSC).

Segundo o que o blog apurou com moradores de Capanema, o referido hospital tem o CNPJ como sendo a "Associação Guiomar de Jesus", uma entidade filantrópica que não paga uma série de impostos, mas recebe recursos do SUS. Mais conhecido como SAUDECENTER, o hospital é de propriedade de familiares do deputado Jaques Neves (PSC), sendo que o nome do estabelecimento leva o nome da matriarca da família.

Assista o comentário de Zé Carlos sobre o fato que ele cobra apuração do Ministério Público do Estado do Pará, ALEPA entre outras instituições:

terça-feira, dezembro 29, 2020

Fogo e destruição no Aurá, um dos bairros mais pobres e abandonados de Ananindeua




Por Diógenes Brandão 

As imagens de um incêndio no bairro do Aurá, circularam na noite desta segunda-feira, 29. As chamas atingiram diversos estacionamentos, entre eles, uma Unidade Básica de Saúde e um Mercado.

Assista o vídeo:

Prestes  assumir a prefeitura, o prefeito eleito Daniel Santos (MDB) fez a seguinte postagem em suas redes sociais: 


Sendo o município entrecortado pela Rodovia Br 316, a população que mora do lado direto de Ananindeua sofreu com a prioridade dada ao lado esquerdo, onde ficam os conjuntos Cidade Nova, o shopping Metrópole e condomínios de luxo, como o Lago Azul, onde moram alguns figurões da política, entre os quais, o atual prefeito, Manoel Pioneiro e o governador do Estado, Helder Barbalho, que teve a casa visitada por duas vezes pela PF, só esse ano.

A soma de 8 anos de Helder Barbalho na prefeitura e os 16 anos (que terminam agora dia 31) de Manoel Pioneiro, à frente da prefeitura de Ananindeua, mostraram para quem eles governaram e quais foram suas prioridades.

O Aurá e tantos outros bairros, conjuntos e ocupações, que ficam do outro lado da BR 316, sofrem uma espécie de apartheid social, pois permanecem excluídos de água tratada, esgoto, asfalto e tudo que os moradores destes condomínios e conjuntos que a classe média e alta habita e usufrui, daquilo que podemos chamar que foi o planejamento urbano excludente e desigual que estes ricos gestores pusseram em prática. E olha que nenhum deles pode reclamar de falta de apoio, pois os dois tiveram isso, tanto dos governos estaduais e federais, mas não canalizaram todos os esforços necessários para priorizar as áreas mais pobres.

Agora, urge a inversão de prioridades, pois é nessas áreas, consideradas como bolsões de pobreza, onde sobrevive abandonada em situação precária e humilhante, boa parte dos eleitores de Ananindeua.

Não é novidade para ninguém que o município estancou na liderança dos piores índices de saneamento do país, justamente no período em que a dobradinha Helder e Pioneiro somaram 24 anos no poder. 

Nesse tempo já daria para o 2° município mais populoso do Pará ter menos miseráveis e oferecer mais qualidade de vida aos seus moradores, para que estes pudessem ser considerados como cidadãos, mas o que vemos são os prefeitos imensamente mais ricos e a maioria da população sem acesso aos seus direitos básicos.  

O prefeito eleito contou e conta com o apoio de Manoel Pioneiro, que continua no PSDB, sendo que Daniel Santos se filiou ao MDB, após ter se aliado à família Barbalho, no segundo turno das eleições de 2018, quando chegou inclusive a ser expulso do seu partido até então, o PSDB.

Mesmo assim, após dois mandatos de vereador em Ananindeua, Daniel Santos foi eleito deputado estadual e foi apontado por Helder Barbalho como presidente da ALEPA cargo que termina agora seu mandato. 

Em 2020, Daniel Santos fez uma campanha baseada em uma estratégia de marketing que falou em amar Ananindeua e seu povo. 

Vamos cobrar esse amor aos mais pobres e áreas mais necessita desse olhar prometido de humanidade do novo gestor.

No entanto, precisamos ser justos ao lembrarmos que até agora não foi apresentado nenhum plano efetivo para que o amor saia do discurso e chegue onde mais precisa. 



quinta-feira, dezembro 17, 2020

Policiais espancam e humilham mulheres em viagem para tratar da saúde em Belém

Depois de espancar e humilhar suas vítimas, os dois policias levaram as vítimas para a delegacia do município de Breves e lá, sob tortura, uma delas foi obrigada a encenar um pedido de desculpas para os agressores. Eles continuam livres e mostrando que a impunidade no Pará anda de braços dados com a omissão das autoridades.


Por Diógenes Brandão

A violência cometida por dois policiais civis, contra duas senhoras que viajam em uma embarcação da Ilha do Marajó à Belém, indignou diversas pessoas que presenciaram a cena e as que depois assistiram os vídeos gravados por passageiros, onde mostram tapas, socos, empurrões e muitos gritos, humilhações e abuso de autoridade, um crime que deve ser repreendido com rigor, mas ainda não foi. 

Os policiais continuam livres e se deram ao luxo de gravar uma encenação, na delegacia de Breves, logo após o ocorrido, onde as vítimas visivelmente abaladas psicologicamente, pediram desculpas aos agressores, após possivelmente serem obrigadas a falar em uma gravação feita no celular de um deles.

Assista:


Só hoje - muitas horas depois do ocorrido e com o fato amplamente divulgado pelo Whatsapp e em uma matéria jornalística feita pelo portal Roma News - é que o Twitter pessoal do governador Helder Barbalho limitou-se a reproduzir o que as redes sociais da Polícia Civil já haviam dito em uma mensagem curta, sem muitas explicações e sem citar os nomes dos agressores e muito menos informando se eles já estavam presos. Apenas prometendo que eles serão responsabilizados.



Apesar do desprezo por parte da maior autoridade do Estado, o caso é gravíssimo e levanta muitas dúvidas e questionamentos, entre os quais destacamos: 

Por que a autoridade policial civil, onde o caso foi parar, não considerou o depoimento das vítimas e autuou os policiais autores da agressão, que ainda usaram as dependências do prédio da delegacia para forjar uma encenação, afim de adulterar a realidade dos fatos e enganar a justiça?

Por que a Polícia Militar de Breves não recebeu ordens imediatas do comando da PM ou da SEGUP para prender os agressores em flagrante delito, já que desde ontem há provas provas que indicam os crimes por eles cometidos? 



Será que o governador Helder Barbalho não considera a gravidade do ocorrido com as vítimas destes dois policiais civis, que já deveriam ter sido detidos e suas vítimas sendo atendidas por uma equipe de médicos e psicólogos? 

O helicóptero do governo do Estado onde a deputada federal Elcione Barbalho (MDB) foi flagrada pegando carona em Setembro passado, em plena campanha eleitoral, não estava em condições de atender as vítimas destes policiais, que as impediram de chegar em Belém e deverão perder a consulta para a qual estavam programada, já que uma delas está adoentada e é paciente de TFD (Tratamento Fora do Domicílio)?

Dentro da embarcação, a autoridade máxima é o comandante do navio. A omissão deste não deveria ser apurada?

CADÊ OS DIREITOS HUMANOS?

Na foto, o deputado estadual Carlos Bordalo (PT) abraça o governador Helder Barbalho que exibe um exemplar do livro "Paulo Fonteles, sem ponto final", que narra a história do comunista eleito deputado estadual e assassinado por pistoleiros em 1987.

Até o fechamento desta matéria, nenhuma entidade defensora dos Direitos Humanos no Pará havia se pronunciado. 

A OAB-PA está em silêncio e mesmo a Comissão de Direitos Humanos da ALEPA, que antes era ativa e vigilante em relação aos casos de violações dos direitos da população, por parte de agentes públicos em outros governos, mas que depois que o atual governador assumiu o poder, a entidade passou a ser chamada de "peça de decoração", sob a tutela de seu presidente, o deputado estadual Carlos Bordalo (PT). 

QUEM SÃO OS AGRESSORES QUE O GOVERNO NÃO QUIS IDENTIFICAR?

Segundo um leitor do blog, que iremos preservar a identidade por motivos óbvios, os agressores são Rodrigo Oliveira (Investigador) e Anderson das Neves (Escrivão), sendo que ambos tem uma longa ficha com denúncias na Corregedoria da Polícia Civil do Pará. 

O investigador Rodrigo Oliveira é natural do Rio de Janeiro, de família classe média alta e o escrivão Anderson das Neves é do Mato Grosso. Ambos compõem a equipe do delegado Raul Castro, da delegacia de Portel, de onde vinham em viagem no Navio Custódio, quando resolveram se meter em uma discussão entre as vítimas e uma mulher que supostamente era uma Policial Militar.


Mas segundo apuramos, a pivô de toda a confusão chama-se Elisa Monteiro, que seria namorada de Anderson das Neves e que não queria ninguém ao lado de sua rede e chamou os policiais, que prontamente foram agredir as passageiras que queriam simplesmente armar suas redes e descansar durante a viagem. Elisa nega que seja namorada do policial.

Elisa Monteiro teria sido orientada a dizer que era Policial Militar e foi a pivô da confusão que resultou na covarde agressão das duas vítimas, por parte do suposto namorado da mesma. Ela nega que tenha alguma relação com o policial.

Em vídeo possivelmente gravado por um dos policiais, Elisa diz que foi mordida por uma das mulheres agredidas e mostra um dedo com um pequeno sangramento. Não há, no entanto, nenhuma imagem ou testemunha que confirme sua versão.


Nas imagens é possível ver outro homem, ainda não identificado, que participou das agressões, dando apoio aos dois policiais. Todos agiram de forma covarde e com requintes de crueldade.

Para piorar, toda a violência dos policiais foi acompanhada pela Superintendente Regional da Polícia Civil do Marajó Ocidental, a delegada Vanessa Macedo Corrêa de Souza, que estava a bordo do navio e além de acompanhar as cenas das agressões, nada fez para conter seus subordinados. 

POLICIAL TRANSFERIDO POR "PROBLEMAS"

A delegada Vanessa já teria transferido o investigador Rodrigo Oliveira, de Breves para Portel, depois dele ter tido "problemas", e estavam todos indo à Belém, quando o navio parou em Breves e as suas vítimas embarcaram. 

Ouça o áudio que foi enviado ao blog, que seria de Anderson, irmão de uma das vítimas, que revela detalhes inéditos sobre o caso:

A REVOLTA DAS TESTEMUNHAS E O MODUS OPERANDI DOS MAUS POLICIAIS

"Ambos são mais um daqueles que acham que estão acima da lei, que fazem a lei. Forjam fatos para se autobeneficiar e receber "medalha de ouro". Sempre colocam em seus textos "A PC chegou ao local e foi recebido a tiros pelo elemento. A PC (ou similar) reagiu em legitima defesa e o fulano de tal foi alvejado. A PC (ou a guarnição) prestou socorro, mas, no percurso do hospital, o elemento não resistiu aos ferimentos e foi a óbito.

Precisa-se fazer justiça urgentemente! 

Esses "cidadãos" precisam responder por este ato de crueldade e que sirva de exemplo (práticas como essa cresceram consideravelmente nos últimos anos), crime contra mulher, trabalhadora, marajoara, cidadã, passageira no navio, mãe, filha e tantos outros adjetivos. É claro e notório que teve seus direitos violados, lesados, por quem deveria garanti-los, sendo submetida ao constrangimento, com abuso de autoridade por pessoas escondidas atrás de um distintivo, se prevalecendo de cargo público para vantagens particulares, etc. 

Eles sim, mereciam e merecem sair presos deste navio!!!

Quem eles pensam que são? Acham que estão acima da lei? São em suas mãos que surgem novas leis? Acham que continuarão sendo privilegiados? Acham que são intocáveis? 

E quantos casos como esse aconteceram e acontecem por aí que não foram registrados? 

A justiça tem o dever imediato de dar uma resposta à sociedade." finaliza, a fonte que pediu para não ser identificada.

A NOTÍCIA QUE FEZ O GOVERNO SE PRONUCIAR

Segundo a Roma News, as cenas de violência começaram depois que a senhora que sofreu as agressões "tentou atar uma rede para descansar durante a viagem, quando uma policial, que já estava na embarcação, impediu que a mesma se deitasse próxima a ela. Durante discussão, uma briga entre as duas iniciou. Outras pessoas que também estavam no local tentaram separar as duas, quando um homem, com a arma na mão, se identificou como policial civil e separou as duas. 

A policial que estava no barco, não queria que a senhora perto dela, aí elas começaram a brigar e a PM chamou outros policiais que entraram armados e agrediram a senhora, tirando ela do barco", disse uma passageira, sem querer se identificar. Um dos policiais presentes, exigiu que a mulher saísse do barco. Sem pedir explicações para ela sobre o ocorrido, ele a obrigou a sair do barco. A mulher, pede ajuda a ele para retirar suas coisas do local e ele se nega. Ela explica que "está doente" e ele, sem se importar, disse que não queria saber da história dela, mas, utilizando de vocabulário impróprio.

Quando ela se abaixa para pegar seus pertences, as agressões contra ela começam. Socos, tapas, empurrões são dirigidos contra ela, que pede, incontáveis vezes que ele não faça isso, pois ela está doente. "Por favor senhor, não faça isso. Eu não fiz nada. Eu não sou ladra. Eu não roubei ninguém. Eu estou doente. Não faça isso senhor, por favor. Eu não estou lhe agredindo", implora a vítima enquanto é agredida pelo policial, que deveria estar ali para garantir a ordem e a segurança de todos.

Uma outra mulher tenta ajudá-la e também é agredida, mas, depois, a sessão de agressão continua até a retirada da senhora do local", noticiou o Portal Roma News.

O blog continuará em busca de mais informações sobre esse fato que revela o quanto a população que utiliza o transporte fluvial nos rios do Pará estão submetidas ao descaso por parte das autoridades. 

Já não bastam ficarmos à mercê dos "piratas", que atacam as embarcações para assaltar os passageiros e a tripulação, agora é são agentes da Polícia Civil do Estado do Pará, que ao invés de proteger, acaba cometendo crimes e atentando contra a segurança e a dignidade do povo paraense que paga seus salários e dos governantes por eles responsáveis?

quarta-feira, dezembro 16, 2020

Prisão de rico dura pouco: Samir Chamon já está solto

A prisão do empresário Samir Chamon, irmão do deputado Chamonzinho (MDB) foi relaxada e ele ficou preso por menos de 24 horas. O processo continua e as investigações também. 


Por Diógenes Brandão 

O empresário preso nesta terça-feira, 15, em uma operação da Polícia Federal em uma empresa mineralogia, onde é um dos donos, no município de Curionópolis-PA, foi relaxada na tarde desta quarta-feira, 16.

O caso repercutiu em todo o Pará e fora do Estado, sobretudo pelo fato do acusado de ser um dos chefões de uma Organização Criminosa é irmão do deputado estadual Chamonzinho (MDB) e filho de João Chamon, secretário Regional do Sul e Sudeste do governo de Helder Barbalho (MDB).

A família Chamon é uma das mais ricas e poderosas e a principal aliada da família Barbalho, na região onde controlam emissoras de rádio e TV, jornais e possuem diversas fazendas e propriedades, ostentando veículos de luxo e aeronaves, como aviões e helicópteros. 

O patrimônio surgiu em poucos anos e de forma assustadora, afirmam fontes do blog, que faz um levantamento minucioso sobre as empresas do investigado, que pode ter como sócio o irmão, o deputado chamonzinho, que é presidente da Comissão Comissão de Ecologia, Meio Ambiente, Geologia, Mineração e Energia.

Segundo fontes do blog, a presidência da comissão na ALEPA, coloca Chamonzinho em posição privilegiada e facilita a relação com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, que deveria fiscalizar empresas como a do irmão do deputado, mas não o fez, o que acabou sendo percebido pela justiça federal que determinou a operação da Polícia Federal contra o que chamou de organização criminosa.

O poder político e financeiro da família Chamon e Barbalho é tão grande, que apesar de relevante, o caso teve pouca repercussão entre a maioria dos jornalistas e na imprensa paraense, mas em menos de 24 horas no ar, a matéria já é uma das mais lidas do ano, no blog AS FALAS DA PÓLIS.

Leia também: PF prende irmão de deputado Chamonzinho (MDB), acusado de chefiar organização criminosa no sudeste do Pará

domingo, dezembro 06, 2020

Márcio Miranda diz que enfrentará Helder novamente em 2022

 

Tendo saído de 2% e recebido quase 45% dos votos nas eleições de 2018, Márcio Miranda fala em enfrentar Helder Barbalho em 2022, quando este se apresentará para a reeleição.

Por Diógenes Brandão 

O único deputado estadual que conseguiu se eleger por três vezes consecutivas como presidente da Assembleia Legislativa do Pará, Márcio Miranda (DEM) disputou o governo do Estado com Helder Barbalho (MDB), o candidato que quase todos os institutos de pesquisa apontavam na época, que seria eleito ainda no 1° turno. 

Tal como acertou a pesquisa DOXA, Márcio Miranda não só disputou o 2° turno com Helder, obtendo 44,57% dos votos validos, o que representou 1.663.045 eleitores, como ameaçou o todo poderoso filho de Jader Barbalho, que possui um império de comunicação e utilizou-se de uma campanha repleta de Fake News e promessas até hoje não cumpridas.

Apesar de não ter vencido, muitos analistas políticos consideram que Márcio Miranda chegou muito perto disso e possui potencial para conseguir a vitória em 2022. 

Se em 2018, como um político desconhecido do grande público, ele saiu de 2% das pesquisas a alguns meses antes das eleições e nas urnas o eleitorado lhe garantiu quase 45% dos votos válidos, podemos dizer que Márcio Miranda não só é um candidato que coloca Helder Barbalho em estado de temor, como pode representar uma alternativa para o governo incapaz de resolver os problemas sociais e econômicos, como vemos na atual gestão, repleta de denúncias e desvios. 

A afirmação de que voltará a disputar o governo do Pará veio em primeira-mão na entrevista em que Márcio Miranda deu na coluna do jornalista Ronaldo Brasiliense, em O Liberal, onde revela o plano do ex-presidente da ALEPA, em disputar o governo do Estado novamente. 

Ronaldo Brasiliense – O senhor se ausentou da campanha nas eleições municipais?

MÁRCIO MIRANDA - Não. Esta foi uma campanha atípica, totalmente diferente das anteriores em que os atos e manifestações políticas foram bem menores por conta da pandemia da COVID-19. Ainda assim, fui em diversos eventos públicos em vários municípios, com segurança e respeitando os protocolos de preservação da vida. Gravei muitas mensagens de apoio em áudio e vídeo, além de outras lives com vários candidatos.

Ronaldo Brasiliense – Em 2.022 o senhor volta às urnas paraenses?

MÁRCIO MIRANDA - Sim. Iniciei a última campanha convicto que estava apresentando um excelente projeto para o desenvolvimento do Pará, saímos com 2% das intenções de voto e atingimos 44,5% do eleitorado, aproximadamente 1.7 milhão de eleitores que aceitaram que tínhamos condições de conduzir o Estado de uma forma positiva. Ao longo desses dois anos tenho recebido várias manifestações de apoio, estímulo, incentivo e até de cobranças para não desistir do projeto de construção de uma sociedade progressista, que tenha orgulho da sua terra e da sua gente.

Ronaldo Brasiliense – Como o senhor vê o Pará na atual gestão?

MÁRCIO MIRANDA - Ao assumir o governo em 2019, o atual governador encontrou a casa arrumada, com muitas obras em fase de conclusão, o que facilitou muito a condução do governo.

Em 2.020, iniciaram as frustrações das promessas não cumpridas, como o não pagamento do piso nacional da educação, o nivelamento do soldo ao salário mínimo no caso dos militares, a ausências das obras estruturantes, a não inauguração dos hospitais regionais prontos, que ainda estão fechados e/ou subutilizados, como é o caso do Hospital Regional de Castanhal e o desgaste do Estado no nível nacional por conta das diversas ações da Polícia Federal no Pará. Com o início da pandemia, começa outra sucessão de erros gravíssimos e irreparáveis o que levou à morte de milhares de paraenses, denotando da falta de humildade nas tomadas de decisões.

Atribuo muito disso ao sentimento de monarquia que reinava no governo, um otimismo exacerbado que levou à ideia de que “está tudo dominado”, ideia essa que criou corpo, ampliando para “os senhores da razão”, “podemos tudo”, “está tudo bem”, com tentáculos por todos as esferas do governo, que fez muito mal à gestão. O que levou a um relaxamento que teve como consequência: a anulação de vários atos do governo, revisão de outros e muitas explicações, o governo teve que ficar se explicando o tempo todo.

Ronaldo Brasiliense - As denúncias de corrupção precisam ser apuradas e também explicadas.  Pode piorar? 

MÁRCIO MIRANDA - Sim. Esse sentimento precisa ser freado. No entanto, ainda faltam dois anos para o fim do governo, tempo este que pode ser usado de outra forma; com equilíbrio, com humildade e sobretudo honrando o compromisso feito com os paraenses.

quinta-feira, dezembro 03, 2020

Quem poderá deter Helder mantendo a ALEPA sob seu controle e sem oposição e concorrentes?

A saga de Helder Barbalho em dominar a política segue sem adversários. Sua reeleição é tida como certa e sem desafiadores. Só a Justiça Federal pode detê-lo. Será que a tempo de impedi-lo de concorrer à presidência da República?

Por Diógenes Brandão 

A sucessão do Dr. Daniel Santos (MDB), atual presidente da ALEPA e que foi eleito prefeito de Ananindeua nas eleições deste ano, tende a manter a casa sob o controle do MDB e do governador Helder Barbalho

A esmagadora maioria que Helder tem na ALEPA fará com que eleja o Deputado Chicão, atual líder do governo na casa, para ser o novo presidente da casa pelo biênio 2020/2022. Nenhum outro partido oferece qualquer ameaça de abrir uma disputa e a estratégia do governador de contar com o controle do legislativo para sua reeleição é dado como certo.

Mas, o blog AS FALAS DA PÓLIS não poderia deixar de resgatar que antes de Helder ser eleito governador, Chicão era o deputado mais próximo e devoto da família Barbalho e por isso, o mais cotado para ser o presidente da ALEPA, mas isso mudou com a necessidade do "tudo ou nada", no segundo turno das eleições de 2018, quando Helder viu a possibilidade de perder sua segunda eleição consecutiva. 

Ainda vereador, Dr. Daniel Santos estava no PSDB com o prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro apoiando o candidato apontado por Simão Jatene para ser seu sucessor, mas logo depois do 1º turno, abraçou a campanha de Helder Barbalho e tornou-se o presidente da ALEPA. Dois anos depois, Daniel é prefeito de Ananindeua.


Foi então que pediu e obteve o apoio de Dr. Daniel Santos, no final do primeiro turno, quando este deixou a campanha de Márcio Miranda (DEM), candidato apoiado pelo governador Simão Jatene, do PSDB, o mesmo partido de Daniel, que por sua vez criou um imbróglio, que resultou até em sua expulsão, anulada e reiterada por este ter aderido à campanha de Helder no 2º turno, que foi eleito a partir de uma estratégia fulminante, iniciada e consolidada em Ananindeua e que acabou contaminando o estado como um todo, com uma revoada de tucanos e outras figuras políticas aliadas do tucanato, já desgastado pelo tempo, rachas e muitos impropérios. 

Eleito governador, Helder Barbalho chamou Chicão pro canto e avisou-lhe que aguardasse mais um pouco, pois ele, o governador precisaria cumprir o acordo feito com Daniel: A presidência da ALEPA em troca do apoio, no momento decisivo das eleições de 2018.

Na época, Chicão se isolou e ficou alguns dias sem participar de reuniões, aborrecido por ter sido novamente preterido, já que em 2016 havia sido convencido a recuar de sua intenção de disputar a prefeitura e acabou apoiando Jefferson Lima, como candidato a prefeito de Ananindeua, pelo então PMDB, no qual Jader e Helder mandam e ponto final. 

Jefferson Lima apoiou Helder Barbalho no 2º turno das eleições de 2014 e em 2016 foi lançado candidato a prefeito de Ananindeua, quando foi derrotado por Manoel Pioneiro. Chicão queria ser o candidato, mas foi preterido pela estratégia de Jader e Helder.

Fiel e tido como homem de confiança e da cozinha da família Barbalho, Chicão acabou aceitando dar a vez e ser ultrapassado pelo apresentador de TV e só voltou à mesa de negociação, após Helder oferecer-lhe a liderança do governo, com a promessa de ser presidente da ALEPA, dois anos depois, o que se dá agora, com a eleição municipal finalizada, onde Dr. Daniel conseguiu o que pretendia: A prefeitura de Ananindeua. 

Setores evangélicos e partidos da base aliada estão insatisfeitos com o tratamento dado pelo governador, nesses dois anos de mandato. A falta de espaços prometidos em secretarias, autarquias e até para prefeitos ligados a esses partidos, tem criado um embaraço e tensionado a articulação do governo, mas tudo parece não atrapalhar com que Helder siga em seu mandato de "Rei do Norte". 

Pelo menos entre a classe política e seus partidos, incluindo aí um destaque especial ao PSDB, que com sua bancada de 4 deputados estaduais - Ana Cunha, Luth Rebelo, Cilene Couto e Victor Dias - votou a favor da reprovação das contas do ex-governador Simão Jatene, no dia 1º de Setembro deste ano. Leia em Tal como previsto, Deputados reprovam contas de Simão Jatene

PRESENÇA, NEGOCIAÇÃO DIRETA E PRAGMÁTICA

Uma das diferenças cruciais apontada pelos deputados estaduais, em uma comparação do tratamento do governador Simão Jatene e de Helder Barbalho é a recepção e escuta, seja por telefone ou em encontros pessoais. 

Segundo alguns parlamentares relataram ao blog, Jatene era muito "estrela", não gostava de receber prefeitos e viaja muito pouco ao interior do estado, deixando prefeitos e deputados sem a interlocução para debater problemas, demandas e até pedidos de cargos e empregos para suas bases.

Helder é bem mais ativo e pragmático. Senta, dialoga, acolhe pedidos - dos mais variados - e faz o que pode para manter seus aliados em estado de letargia política, para que não o oferecem qualquer tipo de ameaça e, nem tão pouco, concorrerem em áreas que ele julga serem dele, como a de líder supremo do Pará. 

O mesmo ocorre com seu secretariado: Nenhum secretário estadual pode aparece muito e nem sequer ousar tomar qualquer atitude de divulgação de políticas públicas, em suas referidas pastas, sem que ele, Helder, seja consultado, apresente e ganhe os louros por elas.

Quem lembra dele coordenando todas as coletivas de imprensa durante a Pandemia? 

E a recepção dos respiradores chineses que nunca funcionaram, ao contrário do que a SESPA mentiu, afirmando que estavam sendo usados no Hospital de Campanha do Hangar? Leia em Governo Helder torra dinheiro público para se defender na mídia, mas não explica irregularidades 

Se Hélio Gueiros ficou famoso por dizer que era tarado pela Doca, Helder já pode ser considerado tarado por placas de inauguração em obras e por holofotes da mídia. Leia em Helder Barbalho: Tarado por placas de reinauguração de obras já inauguradas.

A "fissura" do jovem, que desde criança frequenta palanques políticos, é tanta, que antes de ser processado pelo STJ e investigado pela Polícia Federal - acusado de chefiar uma organização criminosa - ainda alimentava o sonho, considerado por alguns como megalomaníaco, de ser candidato a presidente da República. Leia +

Se desistiu, ninguém sabe, mas o certo é que depois destas eleições municipais, se nada ocorrer nas instâncias superiores, ou, para ser mais claro, se a Justiça Federal não for célere, Helder Barbalho deverá ser o candidato favorito em 2022, quando disputará a reeleição ao governo do Pará. 

Neste momento ainda sem nenhum outro adversário apresentado e com chances de enfrentá-lo e derrotá-lo, Helder controla também praticamente todos os veículos de imprensa e mantém jornalistas e líderes políticos e religiosos, tanto da direita, quanto da esquerda, de joelhos.

Leia também: Helder Barbalho e seu governo de coalizão e sem oposição. Até quando?

quinta-feira, novembro 26, 2020

A bomba entre Helder Barbalho, a Assembleia de Deus e o PROS, por causa de Edmilson do PSOL

Helder teria pedido o apoio do PROS para Edmilson Rodrigues (PSOL) e como não foi atendido, retaliou com a exoneração de mais de 30 pessoas que eram lotadas no governo do Pará, indicadas pelo partido e pelo deputado Olival Marques (DEM), que nem sua mãe e seu irmão foram poupados da guilhotina. O parlamentar confirmou que irá reunir ainda hoje, pela manhã, para decidir o que o seu grupo político e religioso pretende fazer de agora em diante.  


Por Diógenes Brandão

Chegando à metade do seu mandato de governador, Helder Barbalho enfrenta seu pior inferno astral e o clima de tensão, que só aumenta, não é causado por nenhum opositor, já que ele praticamente não os tem. 

Trata-se de um reação em cadeia, provocada por ação e omissão dele próprio, que vai desde a deliberada orquestração de um processo de corrupção intenso, voraz e recorrente, que fez com que o STJ, o MPF e o MPE concluam que ele é o chefe de uma organização criminosa, que se instalou no governo do Pará, até o desgaste daquele que vestiu e gostou da fantasia de "Rei do Norte", achando que tudo pode e ninguém o freia.

AS ELEIÇÕES EM BELÉM

A bomba que Helder acionou desta vez e está prestes a explodir, tem efeitos catastróficos em sua articulação para a pretensa reeleição em 2022, mas os sinais emitidos até agora mostram que ele ignora os efeitos da explosão que sua atitude pode causar em sua base aliada, tanto na ALEPA, quanto na bancada federal paraense e por isso preferiu passar a guilhotina em aliados, por causa das eleições em Belém, onde Helder acaba de assumir, não com palavras, mas com atitudes, de que Edmilson Rodrigues (PSOL) é seu candidato favorito.

O blog recebeu a informação e confirmou no Diário Oficial do Estado e com o deputado federal Olival Marques (DEM) de que seu grupo político foi retaliado pelo governador Helder Barbalho. 

Segundo o blog apurou, a retaliação se deu após Helder ter tentado convencer o PROS de apoiar a candidatura de Edmilson Rodrigues (PSOL) a prefeito de Belém e na condição de presidente do partido, Joyce Marques - esposa de Olival Marques - consultou seu grupo político -o qual tem lideranças política e evangélicas ligados à Assembleia de Deus - e decidiu não acatar o pedido do governador. 

Isso teria sido suficiente para que Helder determinasse a exoneração da lista de indicados por ela e seu marido, o deputado federal Olival Marques.

Na lista, a mãe de Olival Marques, Maria Alice Morais de Souza, seu irmão, Ritter José Marques de Souza e mais cerca de 30 outras pessoas que estavam lotadas no governo do estado, indicadas pelo deputado e que foram exoneradas. A maioria estava lotada na Casa Civil, como assessores especiais.

Veja abaixo os decretos de exoneração da mãe e do irmão do deputado federal Olival Marques:



O blog aguarda a confirmação se o PROS irá declarar apoio ao candidato Eguchi, mas o efeito dessa determinação de Helder será avaliado amanhã de manhã, após uma reunião que definirá o destino do grupo político ligado ao deputado Olival Marques, que envolve o senador Zequinha Marinho, entre outras lideranças políticas e religiosas.

Tudo caminha para a ruptura deste setor político-evangélico ligado à Assembleia de Deus, que não aceita votar em Edmilson e em nenhum outro candidato de partidos de esquerda, dada a diferença abismal de bandeiras e visões de mundo entre estas instituições.  

O PRB, que tem um forte laço com a igreja Universal também tem dificuldade de aceitar uma determinação desta, caso seja feita por Helder Barbalho, para que o deputado federal Vavá e o deputado estadual Fábio Freitas, também inclinem o partido para uma aliança com o PSOL de Edmilson Rodrigues, que tem como vice, Edilson Moura do PT.

Em recente campanha eleitoral no primeiro turno, Vavá gravou vídeos, fez lives e diversas manifestações em suas redes sociais, sobre as diferenças e distância que pretende manter de partidos e do pensamento de esquerda. 

Resta saber se o PRB dos deputados Vavá e Fábio Freitas também será retaliado por Helder Barbalho e se a SEEL será tomada deles.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...