Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Círio. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Círio. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

quarta-feira, outubro 06, 2010

O Círio e a Síndrome do Paraensismo Agudo

Ctrl-C + Ctrl-V na cara dura do blog Bêbado Gonzo

Chegamos à época mais divertida de se morar em Belém. Ao longo do ano, a capital do Pará é um inferno: trânsito caótico, gente mal educada, lixo nas ruas, poluição sonora, absoluta falta de bom senso e o risco iminente de encontrar semi-conhecidos a toda hora, já que o núcleo principal da nossa cidade é um ovo. Um ovo de curió, para ser mais específico. Não pense que essas coisas mudam neste período. Nada muda. E ainda há dois agravantes: o tráfego piora e o aumentam as chances de esbarrar naquele colega de ensino médio que você não lembra o nome de jeito nenhum, mas se sente obrigado a cumprimentá-lo. No entanto, algo de sobrenatural deixa a Cidade das Mangueiras muito mais interessante, suplantando todos os percalços da nossa rotina de cão.

Foto: Bruno Miranda.
É, estamos no Círio. Quem não é paraense ou praticante do turismo religioso de raiz sabe pouco sobre a festa. Se for procurar no dicionário, vai aparecer que círio é uma velona, uma vela grande, ou ainda romaria, procissão, o que tem relação com o Círio com c maiúsculo. Mas, a explicação carece de mais detalhamento. Caso um forasteiro tente relatar o evento sem nenhuma contextualização, vai contar mais ou menos assim: era um mundaréu de gente espremida pelas ruas, impedindo que outra galera – essa exausta e toda suada - puxasse com uma corda a imagem de Nossa Senhora. E, enquanto uns penavam puxando, outros vestidos de branco andavam num cordão de isolamento numa boa só se abanando e protegidos por seguranças até chegar de uma igreja à outra. Mas, ainda não é isso. O Círio, de fato, é uma manifestação religiosa que iniciou católica, mas hoje reúne credos de todos os tipos. Dizem as más e boas línguas que até ateus participam para não se sentirem excluídos e depois da procissão filarem a bóia, cujo aspecto é realmente estranho, porém o sabor inigualável. Vide o caso maniçoba. É preciso andar por Belém neste tempo de devoção e sacrilégios para compreender melhor, para se inteirar e perceber que, embora haja um clima Padre Fábio de Melo way of life de ser, também há uma necessidade de extravasar a alegria e o desejo enorme de revolucionar, suprimidos ou exibidos esporadicamente ao longo do ano. No Círio, paraenses da gema e adotivos voltam à condição de sonhadores sensuais, como diz professor e paraense Fábio Castro. Paralela as tarefas cristãs e marianas, rezas, sacrifício físicos, carolices extremas, há uma força brutal que tem muito mais a ver com o carnaval do que genuinamente com os ritos da Igreja Católica. O Círio é também tempo de reencontrar velhos amores, de embates com amantes extraviados, de se apaixonar do nada no meio da rua, de passar uma semana insone pulando de festa em festa, de engordar dez quilos de tanto comer, de resolver ódios pendentes e promessas de vingança, de engravidar sem planejamento e precocemente, de morrer e matar, de deixa valer impulsos e instintos. As estatísticas apontam: gasta-se mais, transa-se mais, morre-se mais, comete-se mais crimes. O Círio transpira excessos de todos os gêneros, o que bispos, padres, beatas e todos os moralistas odeiam incluir como parte da efeméride, mas tem que engolir em seco sua evidência ou mesmo praticá-los às escondidas.
Sonhadores sensuais, mas não paraenses.
No Círio, repetimos a experiência de fartura de tantos anos atrás, quando a borracha nos servia mais para fortuna do que para evitar filhos. As mesas são tão fartas que é possível comer as sobras até chegar novembro, apesar de o auge da festa ser o segundo domingo de outubro. Até nos casebres mais pobres, milagrosamente, a comida abunda. Nos casarios e apartamentos mais abastados, os banquetes não cabem nas cozinhas e nas salas de jantar e o ar se impregna do cheiro do cianureto cozido da maniva e da acidez amarela do tucupi. Todos amam a cidade. Amam tanto que seria muito mais justo com Belém eleger prefeito no dia do Círio. Quiçá a população escolheria um alcaide verdadeiramente engajado com os anseios municipais – ou não. De tanto amor momentâneo repetiríamos a mesma insanidade quadrienal de sempre. O afeto é tanto que mesmo os que mais depredam, escarnecem e cospem, urinam, vomitam e cagam na capital, nessa época, escrevem versos, cantam, suspiram, choram e sangram pela velha morena tão sofrida nos demais onze meses. Um encantamento se sustenta no ar junto com uma flagrância secreta de flores e bons pensamentos. Aqueles que passam o réveillon no Rio de Janeiro, o carnaval na Bahia, a Semana Santa em Campos do Jordão, as férias de julho em Miami e juram diante da cruz que São Paulo é o melhor lugar para viver, milagrosamente demonstram uma adoração nunca vista na história desta Belém. Palavras cabalísticas como carimbó, Ver-o-peso, Nazaré, rios, manga, tacacá, açaí e tudo relacionado à cidade ganham um peso a mais numa dieta hipercalórica de afeição e valorização.
Foto: Breno Peck
Independente do quanto se tem no bolso ou das origens familiares, pobres, ricos e remediados, todos nós padecemos da Síndrome do Paraensismo Momentâneo Agudo, a doce patologia invasiva e contagiosa, causadora de superlativos infinitos sobre o que em setembro era mera paisagem sem importância ou hábito corriqueiro e, para alguns, até considerado coisa de gentinha. Chegamos ao Círio. Tempo de amar profundamente o que, em regra, dispensamos um amorzinho raso, sem sal. Belém, essa mulher desejosa, voluntariosa e massacrada pelo tempo, deve esperar ansiosa essa época. Lábio inferior mordido, mãos entre as coxas apertando o vestido, pés inquietos, olhos no rio, a morena olha o relógio dos meses aguardando chegar a hora de outubro, quando nós, os maridos relapsos, chegamos perfumados, de roupa e saptos novos, e doamos toda fúria do sentimento que temos por ela, mas que não demonstramos durante a nossa longa semana de trabalho, de longos outros onze meses. Um feliz Círio a todos nós.

sábado, dezembro 26, 2020

Fafá de Belém recebe do Governo 600 mil reais pela Varanda de Nazaré, no ano em que nem houve Círio

Fafá de Belém canta na Varanda de Nazaré, no Círio de 2014, quando foi acusada pelo Diário do Pará de encher o bolso de dinheiro e desafiada pelo jornal da família Barbalho a promover o Círio de graça.


Por Diógenes Brandão 

O blog do premiado jornalista Lúcio Flávio Pinto nos trouxe uma informação que merece ser debatida pela gastança de dinheiro público que se repete com força duplicada e sem explicações cabíveis.

A cantora Fafá de Belém, que antes era severamente criticada pelo jornal Diário do Pará, por shows que fazia durante o Círio de Nazaré, com o patrocínio do governo do Estado, foi premiada para receber o dobro para fazer, pasmem, uma 'Live'!

As críticas publicadas nos meios comunicação da família barbalho sempre eram reproduzidas pela militância e membros de partidos de oposição aos governos do PSDB, sobretudo os partidos de esquerda, que agora se calam diante todos contratos e desvios realizados pelo governo Barbalho. Inclusive este blog reproduzia essas críticas, admito.

Em 2014, por exemplo, a coluna Repórter Diário detonou Fafá de Belém por ela estar de amarelo (que com o branco são as cores do Círio) e ter recebido R$300 mil para duas apresentações presenciais na Varanda de Nazaré. 


Agora, sob o comando de Helder Barbalho, o Banpará repassa através de um contrato sem licitação, a bagatela de R$600 mil reais para uma empresa de São Paulo pagar uma Live da Fafá de Belém, a qual durou pouco mais de uma hora e meia, durante o Círio de Nazaré. Veja Aqui.

Como pode o estranho contrato de um evento que aconteceu há dois meses, justificado como sendo a pós-produção de uma "live", realizada em Outubro de 2020, ser publicado só agora, no último dia 23?

Enquanto isso, os artistas paraenses ficaram aí deixados ao relento, sem apoio, sem dinheiro, pra enfrentar esse  momento difícil da pandemia. A maioria deles passando até necessidade junto com as famílias por não ter dinheiro pro seu ganha pão.

Leia abaixo a matéria do blog do Lúcio Flávio Pinto Pinto:

O Banco do Estado do Pará gastará 14 milhões de reais em sete contratos, conforme atos publicados na Edição de hoje do Diário Oficial.  

A cantora Fafá de Belém, por exemplo, receberá 600 mil reais como apoio financeiro para a sua Varanda Cultural de Nazaré, que, graças ao generoso patrocínio oficial, completa uma década de existência. Neste ano não houve Círio, mas houve a versão virtual da janela. 

O apoio, com inexigibilidade de licitação, foi dado quando o projeto “encontra-se em fase de pós-produção”. 

O contrato foi assinado com a Kaiapó Produções Artísticas, Fonográficas e Publicidade, com sede no Jardim Paulista, bairro nobre de São Paulo. Continue lendo...

sábado, outubro 08, 2016

Almoço de domingo: entre o pato do círio e pato amarelo da Paulista


Por André Farias*

Amanhã boa parte dos paraenses estará em confraternização, saboreando uma deliciosa maniçoba ou um suculento pato no tucupí. 

Enquanto estivermos embebidos no espírito do Círio, o presidente golpista Temer estará almoçando com 400 deputados, ali o cardápio fora preparado pelos mesmos organizadores do pato amarelo paulistano. Temer tem almoçado com empresários e jantado com parlamentares, mas o cardápio não muda: direito do trabalhador à moda da casa.

A justificativa para o banquete deste final de semana é o tal do teto dos gastos públicos que será votado na segunda feira. O master chefe indicou uma receita neoliberal de abertura da economia, privatizações e desmonte do Estado, prato requentado com uma azeitona para dar impressão de novo. 

Nesta comilança ainda teremos os famintos pela Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista. O exagero "gastronômico" pode dar dor de barriga nas crianças, mas não se preocupem, pois a fada Marcela Temer agora tem a vara de condão para proteger os pequenos. 

Será que nos resta apenas esperar o dia das crianças e o Natal para confirmar  o espírito dócil do povo brasileiro? 

*André Farias é professor da UFPA (Universidade Federal do Pará/Núcleo de Meio Ambiente)

quinta-feira, janeiro 13, 2011

O que ela disse

Ana de Hollanda em sua posse dia 03.01.2011.

 "Visões gerais da questão cultural brasileira, discutindo estruturas e sistemas, muitas vezes obscurecem – e parecem até anular – a figura do criador e o processo criativo. Se há um pecado que não vou cometer, é este. Pelo contrário: o Ministério vai ceder a todas as tentações da criatividade cultural brasileira. A criação vai estar no centro de todas as nossas atenções. A imensa criatividade, a imensa diversidade cultural do povo mestiço do Brasil, país de todas as misturas e de todos os sincretismos. Criatividade e diversidade que, ao mesmo tempo, se entrelaçam e se resolvem num conjunto único de cultura. Este é o verdadeiro milagre brasileiro, que vai do Círio de Nazaré às colunatas do Palácio da Alvorada, passando por muitas cores e tambores."

Ana de Holanda, Ministra da Cultura em seu discurso de posse citando o Círio de Nazaré como uma das expressão cultural brasileira à ser valorizada em sua gestão.

quarta-feira, fevereiro 08, 2017

Jatene convida Papa para o Círio de Nazaré. Com que segurança?

Em visita à Roma, governador do Pará ignora a guerra em seu estado e convida Papa para o Círio. Foto: Agência Pará.

Por Diógenes Brandão

Ao ler o noticiário local de hoje foi inevitável não lembrar do filme Tropa de Elite, obra cinematográfica brasileira que conta a história real de uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, para exterminar uma gangue de traficantes em uma favela próxima à casa do arcebispo do Rio, pouco antes de uma visita do papa João Paulo ao Brasil, em 1997.


Com uma população sobressaltada com a onda de violência descomunal e totalmente fora de controle, onde até policiais armados e autoridades da segurança pública sofrem atentados, chacinas acontecem toda semana e ninguém sente-se seguro, cabe a pergunta: Se o Papa topar e o Vaticano aceitar o convite do tucano que governa o Estado pela 3ª  vez, qual seria a infraestrutura que seria articulada para garantir a segurança ao pontífice da igreja católica mundial, na maior manifestação de fé católica do mundo, que inunda as ruas da capital paraense, todo mês de Outubro?

Com a onda de greves de policiais militares, que acontece em alguns estados e já se articula para acontecer por aqui, com que condições o governador Simão Jatene se deu ao luxo de ao lado da primeira-dama, Ana Jatene ir até Roma, na Itália, propor um convite tão ousado?

A primeira e única visita do Papa Francisco ao Brasil, foi em Julho de 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude. Não seria interessante agora ver o PCC, a Família do Norte ou as milícias que agem livremente no estado, causando problema ao nosso tão carismático e ativista papa Francisco. 

Ou ninguém pensou nisso?

domingo, outubro 14, 2012

Tolerância Religiosa: Curta essa idéia!


"A Igreja Assembléia de Deus da Avenida Nazaré em Belém abriu suas portas e prestou auxilio aos promesseiros que participavam do Círio de Nossa Senhora de Nazaré... Nossos irmãos da assembléia estavam doando água, café da manha e ainda acolhendo as pessoas que passavam mau durante o Círio. "

By Daniel Santos Lima.

segunda-feira, fevereiro 11, 2013

Que o governo invista o mesmo que investiu no RJ nas escolas de samba do Pará

Pro carnaval carioca tudo, pro paraense, nadica de nada.

No blog do Etetuba - arte e resistência cultural 

 

Texto construído a partir das perguntas de Diógenes Brandão para uma entrevista para o blog "As Falas dalis", uma entrevista em que ele me pediu para comentar o financiamento do enredo da imperatriz Leopoldinense por parte do governo do Estado do Pará. 

 

Quem cria filhos dos outros é japiim....

 


Esse 'negócio' de patrocinar escolas de samba do Rio de Janerio me parece muito mais uma forma de corrupção – desvio de dinheiro público que perversamente sai dos cofres paraenses como financiamento cultural –, do que política cultural eficiente, e eu concordo plenamente com a opinião dos carnavalescos de Belém de que há equívocos na política  que se utiliza de dinheiro dos contribuintes de estados e municípios amazônidas para financiar a industria cultural carioca.

Vamos pensar um pouco, em 1970 a Portela desfilou com o enredo “Lendas e mistérios da Amazônia”, em 1974 Joãozinho Trinta veio com o Salgueiro apresentando o enredo “O rei de França na ilha da assombração” (falando de São Luís),  no mesmo ano o Império Serrano fez a “Aquarela do Brasil” e fez um passeio pelos estados de norte a sul do país, em 1975 a Estácio de Sá apresentou o enredo “Festa do Círio de Nazaré”. São exemplos de carnavais memoráveis que tiveram todo o apoio na colaboração dos intelectuais e artistas de cada um dos lugares homenageados, mas que não precisaram de financiamento público vindo dos paupérrimos estados amazônicos e nordestinos e foram realizados apenas com a subvenção anual do Município e do Estado do Rio de Janeiro.
 

Então o que mudou de lá pra cá?
 

Houve uma época em que as escolas de samba cariocas representavam a voz do morro e a voz do povo oprimido,  e nessa época o que a gente via no carnaval? A gente via crítica à política e aos governantes, via o deboche com a situação financeira, via a afirmação de identidade negra, e via esses enredos sobre as diversas regiões brasileiras como uma demonstração de multiplas identidades. Esses eram enredos que eram provocadas pro grupos migrantes dessas regiões que se tornavam parte das comunidades de samba cariocas e acabavam por despertar a curiosidade sobre seus lugares de origem e provocar enredos sobre eles.
 

A presença do sambista paraense 'Dominguinhos do Estácio' foi fundamental para que a escola apresentasse o Círio de Nazaré no desfile do Rio, assim como a presença do carnavalesco maranhense Joãozinho Trinta no Salgueiro gerou o enredo sobre São Luís, e usar esses lugares de origem era uma forma de homenageá-los também.
 

E o que se vê hoje? Ao invés dessa integração personalidade/comunidade/enredo, nós assistimos ano-após-ano, pelo menos uma escola de samba que apresenta apenas uma propaganda política, por um lado justificada pelo financiamento, e por outro justificada pela provável visibilidade que o estado/município terá com uma hora e pouco ininterruptas de transmissão televisiva na apresentação do enredo...


Para as comunidades das escolas de samba esse processo também se tornou sofrível. A diretoria das escolas passam longe das personalidades que construíram cada uma delas, da mesma forma como passam longe das comunidades que defendem as bandeiras das escolas, e não se vê personalidades das comunidades a propor enredos com ressonância social, mas “produtores culturais” e “lobbystas políticos” a negociar montantes de dinheiro com articulação de financiamento de corporações econômicas ou de verba pública de estados distantes. É visivel que as pessoas que desfilam nessas escolas não tem envolvimento nenhum com a defesa do discurso que o enredo apresenta....
 

Enquanto escrevo aqui minhas considerações escutei o também paraense Milton Cunha comentar que uma alegoria do Salgueiro só existe por imposição do patrocinador, e me veio uma outra questão.... 
Mesmo que não venhamos a fazer isso aqui, num espaço pequeno para respostas, mas não podemos desvincular esse processo de venda de enredos do processo de desterritorialização das escolas de samba como espaço resistência negra e resistência popular – e a perda do território chegou com a absorção da manifestação popular pela indústria cultural. Em 1982 com o enredo “Bumbum paticumbum prugurundum” o Império Serrano cantou num refrão a denúncia do que acontece hoje, “Super Escolas de Samba S/A/ Super-alegorias/  Escondendo gente bamba/ Que covardia!” Enfim, é isso – atualmente vivemos uma covardia! Tanto covardia com as comunidades das escolas de samba quanto com o desejo dos povos amazônidas de se verem em transmissão de televisão – mas um desejo que não se concretiza...
 

E essa propaganda dá certo?
 

Eu me lembro quando Macapá fez 250 anos e, seguindo essa mesma linha que eu considero equivocada, de propaganda e visibilidade através do carnaval carioca, o prefeito João Henrique (eleito pelo PSB e que depois migrou pro PT), e o ex-governador do Amapá Waldez Góes (PDT), também enviaram zilhões do povo amapaense pra financiar o desfile da Beija-Flor em troca de hora e meia de visibilidade na globo (ou era isso que diziam), e a primeira coisa que o comentarista dessa emissora disse quando a escola entrou na avenida foi algo como "é importante esse trabalho que as escolas de samba fazem de trazer a história dessas cidades pra gente conhecer. É! Porque pra nós Macapá é mais longe que marte....
 

Ou seja, a primeira propaganda foi negativa e pagar pra falarem bem da gente não diminui o preconceito que o "sul maravilha" dispensa pra Amazônia e vemos os comentaristas dizerem essas pérolas.
 

Porém, dando créditos pra esse equivoco, acho que para mensurar os efeitos disso precisaria de uma pesquisa mais aprofundada do que o empirismo da minha análise. Penso assim, se o governo é sério no tratamento do dinheiro público, e financiou uma escola de samba de outro estado como forma de propaganda turística, esse mesmo governo tem por obrigação apresentar para a população o resultado desse investimento e nos mostrar como foi que o desfile da Beija-flor em 98, da Viradouro em 2004, e da Imperatriz em 2013, influenciou positivamente o turismo em Belém e no Estado do Pará.
 

Mas, pra termos dados para fazer comparações sobre a relação custo benefício e dissipar qualquer dúvida de desvio de dinheiro público para interesses particulares que possa pairar sobre esses negócios, faço coro com a proposta dos carnavalescos e digo ao governo do Estado do Pará que em 2014 invista no carnaval de Belém o mesmo valor que em 2013 foi desviado para financiar uma escola carioca. Proponho que o façam como uma experiência, que usem a mesma quantidade de verba pública para estruturar a Aldeia Cabana de Cultura Popular David Miguel para que a população tenha mais conforto para assistir o espetáculo, e que também financie o espetáculo que cada uma das oito escolas do grupo especial apresenta, assim como as oito escolas do grupo de acesso, e, mais, que se faça propaganda do desfile das escolas de samba de Belém nos estados vizinhos e até nos países do Caribe e naqueles que nos fazem fronteira no platô das Guianas, pois na minha opinião, e creio que na dos carnavalescos também, isso sim será uma política cultural que trará dividendos turísticos para o estado do Pará.

Isso sim trará turistas para Belém, turistas que virão para ver um espetáculo de 5 dias (que envolve quase cem mil pessoas) e que depois poderão circular para conhecer as cidades paraenses que guardam tesouros culturais/naturais.

Arthur Leandro é Artista ou coisa parecida.
Benemérito da Embaixada de Samba do Império Pedreirense
Professor da Faculdade de Artes Visuais e Museologia/UFPA.
Membro do Colegiado Setorial de Culturas Afro-brasileiras/ Ministério da Cultura
Representante titular das culturas afro-brasileiras no Conselho Nacional de Políticas Culturais/ Ministério da Cultura.

quarta-feira, abril 22, 2015

Assim como Jatene, governador de São Paulo paga 70 mil para atacar adversários

Blogueiro recebe R$ 70 mil por mês do governo de São Paulo para atacar Dilma, o PT e adversários do PSDB.
Há quase um ano atrás, este blog replicou o fato que ficou conhecido como "O Mensalão do PSDB no Pará", onde o Brasil ficou sabendo que o jornalista Ronaldo Brasiliense recebia mensalmente R$70.000,00, segundo o próprio, para editar seu jornal “O Paraense”, mas até os turistas que vem prestigiar o Círio de Nazaré sabem que na verdade o nacional ganhava para defende o governo, o governador e seu partido, além de atacar os adversários políticos do PSDB paraense, tanto em seu panfleto, quanto em uma coluna no jornal "OLiberal".

Na semana passada, foi a vez da Folha de São Paulo descobrir que, a exemplo do governador Simão Jatene, o governador Geraldo Alckmin também utiliza-se do mesmo expediente do colega paraense. Cabe lembrar que tanto no Pará, quanto em São Paulo, os professores estão em greve e os dois governadores alegam falta de recursos para atender às reivindicações.

Fique agora com o Editorial da Folha, sob o título: Caixa-preta na internet

Há pouco mais de um mês, não chegou a causar surpresa a notícia de que o então secretário de Comunicação Social da presidente Dilma Rousseff (PT), Thomas Traumann, admitia em documento reservado o uso de robôs para multiplicar o conteúdo pró-governo nas redes sociais.

Longe de refletir a opinião de cidadãos autônomos, mensagens são disseminadas automaticamente por dispositivos eletrônicos –e, nas últimas eleições, tanto governo como oposição terão recorrido a tais amplificadores de prestígio.

Em tese, não há nenhum problema quando forças políticas organizadas se empenham na militância eletrônica. A questão é conhecer quem paga, quem produz, quem organiza a propaganda. Sabe-se pouco a esse respeito no Brasil.

Ao observar que os robôs petistas foram desligados após as eleições, Traumann não dava detalhes quanto a isso; o fato de a avaliação provir de um ministro de Estado foi suficiente, contudo, para gerar grande desconforto. Terminou, como se sabe, em sua demissão.

Mal-estar semelhante acomete, agora, setores do PSDB. Revela-se que o responsável por um popular site de oposição a Dilma recebe, pelo menos desde outubro do ano passado, R$ 70 mil mensais, oriundos da Subsecretaria de Comunicação do Estado de São Paulo.

A operação, como de praxe, não é simples. Fernando Gouveia, ou Gravataí Merengue, como assina, tem uma firma de consultoria, a qual foi contratada pela agência de publicidade Propeg, dentro dos serviços prestados por esta ao governo de Geraldo Alckmin (PSDB).

Oficialmente, a Propeg recorre ao blogueiro para serviços de "revisão, desenvolvimento e atualização das estruturas digitais". Gouveia afirma que as opiniões de seu site são dadas a título pessoal.

Quanto ao governo paulista, este declina de responsabilidades; atribui à Propeg a decisão de contratar Gouveia e demonstra um compromisso com a transparência que não pode ser levado a sério.

Após solicitação da reportagem, disponibilizou 88 caixas de documentos com gastos de publicidade, sem indicar a localização dos contratos com a empresa de Gouveia –ainda não se sabe quanto ganhou por serviços prestados desde junho de 2013. Estratégia com o claro propósito de afastar a investigação da verdadeira caixa-preta.

Anúncios oficiais de governo se justificam para campanhas de utilidade pública; no caso paulista, o combate ao desperdício de água e ao mosquito da dengue merecem recursos legítimos de propaganda.

Cabe perguntar, todavia, que parcela das verbas públicas alimenta, por baixo do pano, grupos de militância a favor dos interesses das autoridades –tucanas, petistas, peemedebistas, pouco importa. Pois, com tudo o que tem de moderno, a internet se rende à intransparência e ao arcaísmo da política brasileira.

sábado, agosto 12, 2017

Airton Faleiro (PT) nega ter aprovado título de 'Cidadão Paraense' a João Doria


O deputado estadual e membro da mesa diretora da ALEPA, Airton Faleiro (PT-PA),  usou seu perfil no Facebook para negar que tenha assinado o projeto de lei que homenageia o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), com o título de Cidadão Paraense.

O jornal Diário do Pará do dia 07 de Julho afirma que o projeto foi aprovado de forma unânime pela mesa diretora da ALEPA - Assembleia Legislativa do Pará, onde Airton Faleiro é membro, junto com o presidente da casa, o deputado estadual Márcio Miranda (DEM), a Deputada Cilene Couto (PSDB) e os deputados Miro Sanova (PDT), Cássio Andrade (PSB), Fernando Coimbra (PSL) e o Soldado Tercio (PROS).


Segundo a jornalista Franssinete Florenzano, Doria vem à Belém pela terceira vez participar do círio de Nazaré e fazer uma palestra, provavelmente na FIEPA, no dia 06 de Outubro. 

Pelas redes sociais, diversos internautas prometem jogar ovos, peixe e até fezes, caso o prefeito apareça em público. Para o radialista Luiz Cunha, o protesto se justifica: "Pra alguém que acorda moradores de rua em São Paulo, com jatos de água fria, às cinco horas da manhã. Será justo conceder título de cidadão Paraense pra um canalha que manda os Guardas Civis Metropolitanos, confiscarem cobertores de moradores de rua, justo na madrugada mais fria da capital Paulista?".

sexta-feira, abril 16, 2021

Ex-camelô comenta sobre a foto do ambulante que viralizou nas redes sociais

A foto do ambulante que agradeceu por seu filho ter conseguido passar no curso de Educação Física da UFPA.


Por Diógenes Brandão

Em um artigo contundente, o mestre em Ciência Política e ex-vendedor ambulante, Rubens Alves - também conhecido por Rubens Camelô - chama a atenção para a invisibilidade perante a sociedade, a marginalização da categoria pelo poder público e a falta de solidariedade e apoio, quando estes são retirados das ruas, por agentes públicos. 

O texto é um tapa na cara de muitos que hoje usam as redes sociais para se dizerem emocionados, mas que no dia-a-dia ignoram a dignidade de diversos pais de família que labutam pelas ruas das cidades, em busca do pão nosso de cada dia e além das dificuldades, limitações, falta de direitos, planos de saúde e até de uma aposentadoria, ainda têm que enfrentar a polícia e a guarda municipal.

Leia o artigo e se gostar, compartilhe!

O Feliz Incômodo – Por Rubens Alves

Já faz algumas horas que vejo com muita alegria, carinho e emoção essa foto. Memórias internas saltam aos meus olhos por meio de lágrimas!

O mérito é do aluno. O filho do ambulante que fez milhares de renúncias para acolher uma escolha única!

O mérito é do pai, da mãe e de outros familiares não citados, que provavelmente existam. Esses familiares também fizeram renúncias para dar total apoio a esse guerreiro, que venceu mais essa batalha!

O feliz Incômodo surge com a postura elogiosa isolada da sociedade!

O trabalhador do mercado informal da região metropolitana sofre com a “marginalização” imposta pela sociedade, sofre pelo descaso dos poderes executivo municipal, estadual e, até mesmo, federal.

Inclusive, o executivo se presta a ser aliado de primeira ordem aos CDL’s da vida em busca de base legal para “limpar” as calçadas das cidades. (Não estou me referindo a nenhum governo específico, Edmilson tem 100 dias, apenas!).

Então, você que curtiu e está fazendo sei lá o quê com essa foto e postagem, não deixe de lembrar dela.

Isso, caro leitor, não esqueça dessa foto do aluno (calouro da UFPA) de Educação Física, da sua postagem aí nas suas redes sociais (Facebook, Instagram e etc.), quando você ver outra postagem relatando o conflito entre os Camelôs (informais) e a prefeitura, beleza? (Porque sei que você vai se olhar no espelho e refletir o quanto poderia ter emitido sua opinião em defesa desses trabalhadores e não a fez ou fez?)

Engraçado que não vejo postagem na mesma proporção se (hipoteticamente) a foto fosse esse pai orgulhoso, do filho calouro, sendo retirado à força do seu lugar de trabalho!

Por que será?

Então, quando você tiver a oportunidade de ver um Camelô, Feirante, Ambulante, Flanelinha, Sinaleiro e os Camelôs DJ´s (profissionais que passam a atuar como camelôs em época de festas, como o natal, Círio e Dia das Mães), seja mais complacente com a situação.

Não estou te pedindo para brigar como o vereador de São Paulo Suplicy, não! 

Mas seja mais solidário..

Reflita a possibilidade de manifestar sua sensibilidade humana, porque por trás dessas pessoas existem filhos, como esse rapaz que quero conhecer e ser amigo!

Assim como existem muitos outros a exemplo engenheiro civil filho do Sr. Paulo Relojoeiro; do Rildo que formou, dos filhos da Josyanne Madeira, que além de se formarem, são policiais do Estado; a fisioterapeuta, filha do Ray Moraes; a Socióloga, filha do Duarte; a Pedagoga Andreia filha da Dona Vera, etc..

Quer manifestar sua sensibilidade humana, sua fraqueza por cisco ou lágrimas e defender as cotas?

Faça isso sempre que ver nossos pais sendo impedidos de gerar renda, de exercer a dignidade humana, por meio do seu trabalho, de ter satisfação em dar prazer aos filhos, que ficaram em casa, na espera da garantia de subsistência trazida por esse e milhares de outros que você talvez tenha ignorado!

quarta-feira, outubro 08, 2008

A Coisa Nossa

Segundo o presidente do Supremo Tribunal Federal, a reportagem de capa da CartaCapital que lhe desnuda as mazelas é obra de “pistolagem”. Ocorre-me uma dúvida, a seu modo atroz: será que o nosso varão de Plutarco tem familiaridade com pistolas? Creio que melhor entenda de lupara, a espingarda de cano serrado em uso na máfia siciliana. Aliás, já disse das semelhanças entre Brasil e Sicília nos blogs de Paulo Henrique Amorim e de Bob Fernandes, que me procuraram depois da reação de Mendes publicada pelo O Globo de sábado passado. Lá é Cosa Nostra, aqui Coisa Nossa. ]
A máfia siciliana conta com a lei do silêncio imposta ao povo, a trágica omertá, que engole e cancela as ações criminosas cometidas pelas famiglie malavitose. Aqui o estrondoso silêncio é praticado pela mídia, na certeza de que o fato não ocorre se não for noticiado. E depois a tigrada enche a boca, e as páginas, com suas diatribes sobre a liberdade de imprensa, que seria periodicamente ameaçada... As semelhanças com a Sicília são claras, de todo modo, mas no Brasil a omertá é praticada pelos poderosos, unidos em defesa de interesses que estão longe de coincidir com aqueles do País. Por exemplo: é admissível que Gilmar Mendes represente o poder mais alto da Justiça nativa? Coisa Nossa, sem dúvida. E o povo? Que se moa.
Mimo Carta, em seu novo blog, depois que saiu do portal IG - em solidariedade ao também jornalista Paulo Henrique Amorim - por falar a verdade e esta incomodar os poderosos de dentro e de fora do nosso país - Dirigiu as equipes criadoras do Jornal da Tarde e das revistas Quatro Rodas, Veja, IstoÉ e CartaCapital, da qual é diretor de redação.
-----------------------------------------------x__________________________________
E olha que este nacional vem à Belém assistir o círio, disq, mas me arrisco a dizer que deve ser para pagar uma promessa: a de manter-se no cargo mais importante da justiça Brasileira sem ser preso, mesmo depois de claras evidências de que o mesmo representa o interesse espúrio e financeiro de nosso páis.

quinta-feira, janeiro 07, 2021

Jornalistas da TV Liberal demitidos por conta da reportagem sobre o arcebispo de Belém, diz fonte

Simone Amaro (à esquerda) e Paulo Fernandes, com a editora Josy Maciel.

Via Dedé Mesquita

A notícia caiu feito uma bomba. Um susto que deixou a todos atordoados. Dois jornalistas da TV Liberal, de Belém, que ocupavam cargos de chefia, foram demitidos da emissora, afiliada da Rede Globo, e segundo uma fonte aqui do site, por estarem atravancando a reportagem de rede de Fabiano Vilella sobre as acusações de abuso sexual contra o arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira. 

Os que foram demitidos são Paulo Fernandes, diretor da TV Liberal, e a jornalista Simone Amaro, que estava na direção de jornalismo dessa emissora há mais de 30 anos. Ela entrou na TV Liberal como repórter. 

Sobre o Paulo Fernandes, noticiamos aqui: No final do ano, mais mudanças nas redações de BelémMuito estranho, porque Paulo estava fazendo um bom trabalho na TV Liberal. 

A saída de Simone foi muito lamentada por todos da equipe da TV Liberal, mas o fato é que ela foi desligada da empresa na manhã desta quinta-feira, 7. 

O que aconteceu - Para quem viu a reportagem de Fabiano, no último domingo, 3, no Fantástico, pode ver quando ele disse que a TV Liberal estava há dois meses na produção da reportagem. E todos devem se lembrar que a veiculação dessa reportagem foi anunciada que seria veiculada semanas antes. E não foi. 

O fato é que Fabiano finalizou essa reportagem no Rio de Janeiro. Para quem viu a reportagem, as imagens das roupas eclesiásticas foram feitas por uma cinegrafista que não é da TV Liberal, assim, como as passagens que Fabiano fez durante a matéria foram gravadas no Rio de Janeiro, em igrejas como a do Outeiro da Glória. 

O que rola nos bastidores é que Fabiano estava com muitas dificuldades para fazer o trabalho de denúncia sobre o arcebispo. Tanto demorou que o jornal El País Brasil publicou as denúncias dos quatro ex-seminaristas duas semanas antes da TV Liberal. E todos sabem que a Globo não é de levar esse tipo de furo. 

O que está sendo comentado também é que foi travada uma verdadeira guerra entre a família Maiorana e a Rede Globo, por conta da veiculação ou não da reportagem. Inclusive, Rosângela Maiorana passou a dar expediente na sede da TV Liberal, no bairro de Nazaré. Antes, ela trabalhava na sede do jornal O Liberal, na avenida Romulo Maiorana. 

Como podem ver, em uma cidade que é palco do Círio de Nazaré, mexer com a igreja católica pode ser muito ‘perigoso’. Mas ainda bem que o jornalismo se sobrepõe sobre isso. 

quarta-feira, dezembro 07, 2016

O jornalismo fofo e os governantes do Brasil


Por Diógenes Brandão

Seja no Pará ou em Brasília, as entrevistas com governantes e jornalistas escolhidos a dedo, revelam o quanto os profissionais da comunicação estão submetidos a um padrão canino de submissão da pior espécie.

A entrevista do presidente Michel Temer no Roda Viva da TV Cultura,  tem de ser exibida nos cursos de jornalismo para familiarizar os futuros profissionais com o gênero entrevista e ensinar-lhes o que não deve fazer um entrevistador. Via Jornal Correio do Brasil, em 14.11.2016.

Foi o café da manhã mais longo da história do Pará, nem no Círio fluvial dura tanto assim. Às 8:30h o governador Simão Jatene estava a postos recebendo os jornalistas convidados. Os últimos saíram (eu junto) já perto das 14h. Durante todo esse tempo, rolou uma conversa em clima informal, e pudemos, além de perguntar, sugerir, ponderar e até (sic) criticar ações. Via Frassinete Florenzano, em 05.12.2016.

quarta-feira, março 18, 2009

Todos os Médicos do Falsário

Com o título acima o jornalista Juvêncio Arruda, que assina o Blog Quinta Emenda numa parcial memória dos personas que negligênciam Saúde Pública na cidade que foram eleitos para legislar e fiscalizar o executivo, esbarram no compromisso em serem submissos aos interesses do Nefasto Prefeito de Belém.
Fiscalizar os atos do executivo, ao lado da elaboração de leis, é a mais importante função do legislativo. É claro que a degradação da atividade política, em todo o país, relegou a representação parlamentar, em grande medida, a mero apêndice do executivo.
A subserviência aos acordos políticos para formação de maiorias, não raro contra os interesses coletivos, tomou conta da ação dos edis brasileiros, que cumprem mandatos de costas para a população.
No caso da CPI da Saúde em Nova Déli, um acréscimo deixa mais revoltada ainda a sociedade: médicos que se elegeram vereadores conspiram contra a profissão, a categoria e a cidade ao envidarem esforços para impedir as investigações no setor de saúde da capital, absolutamente desmontado e com fortíssimos indícios de corrupção e inépcia adminsitrativa.
Em outras palavras, além de negarem a representação, e recusarem o cumprimento da missão, acabam por assinar embaixo da ação assassina da prefeitura na saúde.
Vamos conhecer esses nacionais, por ordem alfabética.
Abel Loureiro (DEM)
Em primeiro mandato - e espera-se que seja o último - seu lema é "Saúde e Meio Ambiente são os objetivos de nossa gestão". É presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, capítulo do Pará. Temente a Deus, embora não ao julgamento dos homens, é colaborador da Diretoria da Festa do Círio e membro, veja só quanta responsabilidade, do Núcleo de Responsabilidade Social da Unimed.
Dados para contato:
Fone-Fax: 4008-2219 PABSite:E-mail: cruzloureiro@hotmail.com
Carlos Vinagre (PTB)
Pessoa de temperamento afável e conciliador, já foi Presidente da Fundação Papa João XXIII - Fumpapa, Secretário Municipal de Saúde - SESMA, Superintendente do IAPAS (atual INSS), Vereador de Belém - (1993/1996), Presidente da LOTERPA, Presidente do IPAMB, Diretor dos Centros de Saúde: Pedreira e Tavares Bastos, Diretor do Posto de Higiene do Jurunas
Diretor do Serviço de Assistência Médica e Sanitária da capital (SAMS-SESPA) e Primeiro Assessor Especial de Saúde do Município de Belém.
Romântico, acha que reuniões entre a Comisão de Saúde da casa de Noca e a secretaria de Saúde resolvem o caos da saúde em Nova Déli. Tolinho...
Dados para contato:
Fone-Fax: 4008-2220. E-mail: antoniovinagre25@yahoo.com.br
Mário Corrêa ( PR)
Velho andarilho da política e pulador de partidos, Mário está no quarto mandato. Seu lema é "Um projeto de vida em favor do social, saúde e cidadania". Imagine se fosse contra, o que Mário não faria.
Dados para contato:
Fone-Fax: 4008-2256 PABE-mail: mariocorrea@cmb.pa.gov.br
Raimundo Castro (PTB)
Perambula pela casa de Noca desde 1994, e já trocou de partido, o PTB pelo PDT. Foi vice presidente da Comisão Técnica de Saúde e Meio Ambiente do legislativo mirím e hoje é o líder da bancada de Giovani Queiroz na casa.
Dados para contato:
Fone-fax: 3225-4749 * PABX 3242.5522 Ramal 209E-mail:drcastro@cmb.pa.gov.br
Wanderlan Quaresma ( PMDB)
Antes de se formar em Medicina foi professor de Física e Química em cursinhos. Elegeu-se pela primeira vez em 2000, e já no ano seguinte foi eleito Vereador Revelação. Trabalhou dois anos do PSM do Umarizal e cinco no Hospital de São Miguel do Guamá. Motivado pela assistência médica a pessoas carentes, tornou-se especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Bisturí velocíssimo, consta que chega a realizar dezenas de laqueaduras aos sábados, num hospital de Benevides.
Dados para contato:
Fone-fax: 3242.8309 PABX 3242.5522 Ramal 206E-mail:wanderlanquaresma@cmb.pa.gov.br
----
Também não assinaram o pedido de instalação da CPI:
Rildo Pessoa (PDT); Tereza Coimbra (PDT); Sahid Xerfan (PP); Wandick Lima (PP); Nonato Filgueiras (PV), Orlando Reis (PV); Nehemias Valentim (PSDB); Paulo Queiroz (PSDB); Gervásio Morgado (PR) ; Wanderlan Quaresma (PMDB); Henrique Soares (PMDB); Walter Arbage (PTB); Pio Neto (PTB); Nadir Neves (PTB); Miguel Rodrigues (PRB).
Assinaram o pedido:
Raul Batista (PRB); Ademir Andrade (PSB) ; Marquinhos do PT; Alfredo Costa (PT); Amaury da APPD (PT); Adalberto Aguiar (PT); Otávio Prinheiro (PT); Augusto Pantoja (PPS); Cobrador Pregador (PPS); Bispo Antônio Rocha (PMDB); José Scaff Filho (PMDB); Vanessa Vasconcelos (PMDB); Carlos Augusto Barbosa (DEM); Fernando Dourado (DEM).

domingo, maio 03, 2015

"Presidente Lula" traz São Sebastião à Belém do Pará


Imagem de São Sebastião é trazida do Marajó pelo barco "Presidente Lula".
Pelo 14º ano consecutivo, a imagem peregrina de São Sebastião vem do município de Cachoeira do Arari e desembarca em Belém do Pará, onde é recebida, ao som dos batuques do grupo de Carimbó Sancari, que anima os devotos presentes. De lá, a imagem do santo que é padroeiro do Marajó, segue para visitas e orações em quase 100 residências de católicos, além de diversos órgãos públicos, personalidades empresariais, políticos e populares que aguardam pelo santo para prestarem suas homenagens.

A festa de devoção ao santo foi tombada como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do IPHAN, em 2013, mas já era reconhecida como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado do Pará, desde 2010.

Se depender do empenho da Irmandade que foi formada para dar suporte à programação que mistura religiosidade, devoção, a prática de esportes tradicionais e festa, e que parte do município de Cachoeira do Arari rumo à Belém, a visita do santo será repleta de comoção e homenagens.

Recebida com muita festa, a imagem de São Sebastião percorrerá residências, órgãos públicos e empresas. 

Patrimônio Cultural Brasileiro

No país, há 28 bens culturais registrado como Patrimônio Cultural Brasileiro. Aprovado pelo Conselho Consultivo, as Festividades do Glorioso São Sebastião do Marajó estão inscritas no Livro de Registro das Celebrações, compondo a lista iniciada com o Círio de Nossa Senhora de Nazaré (PA), seguida pela  Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis (GO), Ritual Yaokwa do povo indígena Enawene Nawe (MT), Festa de Sant’Ana de Caicó (RN), Complexo Cultural do Bumba-meu-boi do Maranhão (MA), Festa do Divino de Paraty (RJ) e Festa do Senhor Bom Jesus do Bonfim (BA).

Festividades de São Sebastião

O culto a São Sebastião teria surgido no século IV e atingiu o auge entre os séculos XIV e XV. Em Portugal, há pelo menos 92 igrejas em sua homenagem e no Brasil é padroeiro de 144 paróquias. 

Provavelmente, essa devoção foi levada à região do Marajó no período da colonização portuguesa. No município de Cachoeira do Arari, localizado na microrregião do Arari, a festividade é realizada há mais de 150 anos e atrai milhares de visitantes.


A festividade é realizada há mais de 150 anos e atrai milhares de visitantes ao município de Cachoeira do Arari, no Marajó.
Atualmente, a Festividade em honra ao Glorioso São Sebastião acontece todos os anos entre os dias 10 e 20 de janeiro. São procissões, ladainhas, danças nos barracões, levantamento do mastro e arraiás. Também há eventos esportivos, como a luta marajoara. Nos meses que precedem a festa ocorrem as esmolações, com coleta de donativos para a realização dos festejos. Folias e ladainhas expressam o forte sentimento de fé da população local, mesclando elementos do catolicismo oficial com o popular, assim como com a pajelança cabocla.

A festividade demostra a importância deste santo para o Marajó, despontando como uma das manifestações mais importantes da região. A festa que atrai centenas de visitantes também movimenta a economia e matem viva a cultura paraense, com uma longa continuidade histórica das festividades, realizadas por mais de um século no Marajó, com a recorrência das expressões de devoção a São Sebastião.

Para mais informações sobre a peregrinação em Belém ou a festividade em Cachoeira do Arari, acesse o blog ou o perfil no Facebook da irmandade do glorioso São Sebastião.

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...