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terça-feira, fevereiro 09, 2021

A política do Pão e Circo em Belém

Uma moradora segura a cesta básica entregue pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) e o presidente da FUNPAPA, Alfredo Costa (PT), após um incêndio que desalojou cerca de 50 pessoas em um bairro da periferia de Belém. Foto: Mácio Ferreira/Comus.

Por Diógenes Brandão 

"A cena é uma verdadeira humilhação, misturada com o que temos de pior na política assistencialista: Edmilson Rodrigues (PSOL) se auto parabeniza ao entregar uma esmirrada cesta básica, com pouquíssimos itens alimentícios". O desabafo de um leitor do blog é sobre a entrega de cestas básicas entregues às famílias atingidas pelo incêndio ocorrido na noite do último sábado, 6, na vila Goiabeira, no bairro do Cremação, periferia de Belém. O incêndio atingiu 15 casas, sendo dez com perda total e cinco com perdas parciais.

Sob os escombros, moradores só não ficaram sem ter o que comer e nem onde dormir pela ajuda de vizinhos e doações de alimentos, roupas, eletrodomésticos, material de higiene pessoal e outros itens, que serviram para acudir, de forma emergencial, os que passaram pelo transtorno de perdas tão grandes, pois as famílias perderam tudo que tinham no sábado e a solidariedade de pessoas físicas foi imprescindível.

O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues apareceu no local do sinistro, na segunda-feira, 8, quando muitos moradores prejudicados esperavam bem mais do que foi deixado. O clima de desolação entre os moradores era e continua dramático.

Em nota, a prefeitura de Belém informou que por meio da Defesa Civil e a Funpapa, vai prestar assistência alimentar às pessoas e informar sobre direitos ao auxílio aluguel e Policia Civil sobre a emissão de documentos. 

"A Defesa Civil montou dois pontos de arrecadação de doações para as famílias desabrigadas. O primeiro fica na Comunidade Nossa Senhora das Graças Passagem Francisco Lobato n°140, entre Fernando Guilhon e Caripunas, bairro da Cremação. E o segundo fica na sede da Defesa Civil Municipal, localizada na Aldeia Amazônica, Av. Pedro Miranda esquina com Travessa Pirajá, segundo andar, bairro da Pedreira. O horário de funcionamento é de 8h às 15h".

Ainda ontem, Edmilson Rodrigues anunciou que a prefeitura de Belém destinará R$2,2 milhões para as escolas de samba de Belém, Mosqueiro e Outeiro, mesmo sem os desfiles ou apresentação dos blocos de Carnaval esse ano, devido a pandemia da COVID-19.

Assista o vídeo que viralizou e trouxe muitas críticas nas redes sociais:




segunda-feira, fevereiro 08, 2021

Gerente do DETRAN é gravado pedindo propina

 
Jorge Oliveira Melo é gerente da agência do DETRAN-PA em Paragominas e foi gravado pedindo uma "ajudinha", para um dono de uma auto-escola.

Por Diógenes Brandão 

Um vídeo gravado por um proprietário de uma auto-escola em Paragominas revela o momento em que o gerente do Detran naquele município pede uma "ajudinha" para poder ajudar o empresário em suas demandas junto ao órgão estadual.

Segunda a denúncia recebida com exclusividade pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, a gerência da Ciretran - Paragominas é cota política do MDB municipal e o diretor que pede a propina foi nomeado pelo Diretor-geral do DETRAN-PA e tem por indicação do ex-vereador e presidente Municipal do MDB, em Paragominas, o sr. Leomarino Andrade.

"A denúncia já foi feita à Diretoria do Detran-PA, ainda na semana passada, mas até agora nada havia sido divulgado. Entre servidores de carreira, o escândalo gera indignação e revolta, já que a maioria dos funcionários é formada de pessoas honestas.  Outros donos de auto-escola também denunciarão o gerente do SIRETRAN na policia,  já que até agora ele não foi afastado", informa a fonte que nos enviou o vídeo. 


O Diretor-Geral do DETRAN no Pará, Marcelo Guedes é indicado político de Jader Filho, irmão do governador Helder Barbalho, que provavelmente não sabe do que acontece por lá e deverá exonerar o gerente gravado em uma conversa repleta de irregularidades e e indícios de corrupção.

Assista:


Leia também:


Esposa de Edmilson Rodrigues é nomeada no Detran



quarta-feira, fevereiro 03, 2021

Edmilson Rodrigues despreza concursados e contrata temporários

A prefeitura de Belém será denunciada no Ministério Público pela entidade que representa os concursados do Pará, a qual é dirigida por um membro do PSOL, partido de Edmilson Rodrigues.


Por Diógenes Brandão 

Presidida pelo militante do PSOL, Emílio Almeida, a Associação dos Concursados do Pará denúncia que a Sesma faz chamada para contratação de temporários, sem considerar aprovados em concurso público.

Leia:

A Associação dos Concursados do Pará pedirá ao Ministério Público do Estado que cobre explicações da Secretaria Municipal de Saúde de Belém, quanto a contratação de 127 trabalhadores temporários para a Secretaria, sob a justificativa de "auxílio no combate ao novo Coronavirus".

A denúncia terá por base a existência de centenas de cidadãos e cidadãs aprovados no último concurso, à espera de nomeação. Entre eles: 11 biomédicos, 93 enfermeiros, 4 farmacêuticos, 3 farm. bioquímicos, 32 fisioterapeutas, 22 nutricionista, 59 psicólogos, 40 terapeutas ocupacionais, 2  técnicos em Radiologia e 17 técnicos em Laboratório.

A ida da Asconpa ao Ministério Público ocorrerá em vista da negativa do atual secretário municipal de Saúde, em considerar a importância do diálogo com a nossa Associação, da mesma maneira como fizeram os secretários de Saúde de Duciomar Costa e de Zenaldo Coutinho.

Desde já informamos que, caso ocorra a contratação de temporários na Sesma, sem que seja feita a nomeação dos concursados, ajuizaremos de imediato Acão Civil Pública por improbidade, no Tribunal de Justiça do Estado, contra a administração municipal na Sesma.

Com nome de solteira, ex-mulher de Edmilson Rodrigues é renomeada no governo de Helder Barbalho

Em menos de uma semana, a ex-mulher do prefeito de Belém foi nomeada, exonerada e renomeada no DETRAN-PA, órgão comandado por Marcelo Guedes, indicado pelo irmão do governador do Pará, Helder Barbalho.


Por Diógenes Brandão

Quinta-feira passada, 28, este blog noticiou a nomeação para um cargo de confiança no governo de Helder Barbalho, Josiane Belém da Costa Rodrigues. Mais conhecida como Bianca Belém, Josiane foi a última esposa do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL).

Passada uma semana, eis que o blog encontra a publicação da portaria que tornou sem efeito a nomeação de Josiane com o sobrenome do ex-marido, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues. 



Até aí tudo bem. Pensamos que a medida seria para moralizar as coisas e mostrar que o governo estava corrigindo o que muitos consideram uma forma de praticar o chamado "toma lá dá cá", ou o nepotismo cruzado.

Mas logo em seguida, observamos que Josiane foi nomeada novamente, agora com o nome de solteira, sem o sobrenome do ex-marido.


Como já dissemos na matéria anterior, Edmilson Rodrigues deixou o PT e foi pro PSOL com fortes críticas às alianças petistas, sobretudo com o MDB, partido do governador Helder Barbalho, quem hoje Edmilson Rodrigues vive agradecendo e reverenciando, quase todos os dias, de forma exagerada e submissa.

Nas redes sociais, populares ironizam o fato da nomeação da ex-companheira de Edmilson Rodrigues ter saído primeiro que o auxílio emergencial de até R$450,00, prometido para famílias de baixa renda e que ninguém ainda viu em suas contas.

Leia também: Esposa de Edmilson Rodrigues é nomeada no governo de Helder Barbalho

sexta-feira, janeiro 29, 2021

Deputado socialista nega ter negociado com candidato de Bolsonaro, três emendas para Edmilson Rodrigues

Segundo a Crusoé, Cássio Andrade (PSB) negociou emendas parlamentares junto ao deputado Lira Maia (PP) para prefeitura de Belém e outros municípios paraenses.
 

Por Diógenes Brandão

A Revista Crusoé revelou uma lista onde se encontram nomes de deputados federais, entre eles, o paraense Cássio Andrade (PSB), que teria feito um acordo com o deputado Artur Lira em apoio à sua eleição para presidente da Câmara, em troca de emendas para municípios paraenses. Para Belém, onde Edmilson Rodrigues (PSOL) é prefeito aparecem 3 emendas. 

Artur Lira é o candidato de Bolsonaro para presidente da Câmara dos Deputados e caso seja eleito, pode evitar o impeachment do presidente, coisa que os partidos de esquerda articulam nacionalmente.

Na lista de emendas negociadas com o governo Bolsonaro, a prefeitura de Belém está como possível beneficiada com três emendas federais, negociadas por Artur Lira com o deputado federal Cássio Andrade (PSB), que disputou a prefeitura de Belém nas eleições de 2020, tendo recebido menos de 50 mil votos e ficando em 5º lugar e vindo depois apoiar o então candidato a  prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL), que foi eleito no 2º turno. 

Como prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues é o principal beneficiado pela negociação com o candidato de Bolsonaro, que usa verbas federais para compra de apoio de deputados para sua eleição pela presidência da Câmara dos Deputados.

Como o mundo dá voltas, Edmilson, que sempre detonava com Bolsonaro, poderá receber recursos de emendas negociadas com o candidato dele a presidente da Câmara dos Deputados e pode assim ajudar a evitar o impeachment daquele que tanto ele, quanto seu partido e demais legendas de esquerda chamavam de "Bozo".

O blog AS FALAS DA PÓLIS tentou falar com o deputado federal Cássio Andrade, mas ele não atendeu e nem respondeu a ligação.

A informação caiu como uma bomba nos bastidores da política paraense e foi trazida pelo jornalista Carlos Mendes, em matéria publicada no Ver-o-Fato. 

Leia abaixo:

Apoio socialista, Arthur Lira e as emendas para a prefeitura de Edmilson

O inimigo do meu inimigo é meu amigo? Depende, e muito, de alguns fatores. Por exemplo, se um desses fatores for a eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, o meu inimigo pode se aliar a mim, mesmo que eu não precise tratar diretamente com ele, mas com seus intermediários.

O poder que nos separa, em todo caso, pode ser o mesmo que nos une, até episodicamente. E às favas os escrúpulos, incluindo os ideológicos.

Pois vejam essa matéria da revista eletrônica Crusoé, ligada ao site “O Antagonista”, e tirem suas próprias conclusões. “No balcão de negócios do Congresso, parlamentares de esquerda também entraram no espírito do toma lá dá cá”, diz Crusoé.  

“Cássio Andrade, do PSB do Pará, obteve recursos para vários municípios do estado, como a capital, Belém. A cidade terá ao menos duas emendas negociadas por Arthur Lira, nos valores de 1,9 milhão de reais e 2,3 milhões de reais. O voto pró-Lira de Cássio Andrade está em todas as planilhas de aliados do candidato do Progressistas. O deputado Robério Monteiro, do PDT do Ceará, também está na conta de eleitores de Lira. A mulher dele, Ana Flávia Monteiro, do PSB, é prefeita do município de Acaraú, uma das 12 cidades cearenses que já têm previsão de liberação de emendas. O valor para a cidade é o maior do estado: 6,4 milhões.”  

O prefeito Edmilson Rodrigues deve bater palmas para o socialista pragmático Cássio Andrade. E dizer que emenda é emenda. Mesmo que negociada em tempos de eleição na Câmara e ainda mais com bolsonarista. Mas, o que fazer? Enfim, o mundo ensina que a prática supera o discurso. Para variar.  

Arthur Lira é Bolsonaro e Bolsonaro é Arthur Lira. 

E daí, não é mesmo?  

A “conta da vergonha” é pluripartidária, diz a revista.


Em resposta ao blog, a assessoria de comunicação do deputado federal Cássio Andrade enviou a seguinte mensagem, atribuída ao parlamentar?

Desconheço essas informações. Elas são plantadas. 

E isso é mentira. Nunca fui contemplado por um único real em verbas federais para investimentos no Pará e nenhum cargo do governo federal.



quinta-feira, janeiro 28, 2021

Esposa de Edmilson Rodrigues é nomeada no governo de Helder Barbalho

Mais conhecida como Bianca Belém, Josiane Rodrigues é esposa do prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, que deixou o PT e foi pro PSOL com fortes críticas às alianças petistas, sobretudo com o PMDB, hoje aliado de primeira ordem da esquerda paraense.

 Por Diógenes Brandão 

A nomeação de Josiane Belém da Costa Rodrigues publicada no Diário Oficial do Estado do Pará causou estranheza entre servidores públicos do DETRAN-PA.

Segundo informações que nos foram enviadas de dentro do órgão, a primeira-dama de Belém foi nomeada no cargo antes ocupado pelo advogado Bruno Batista, que deixou a equipe de assessores do DETRAN para integrar a equipe de transição do Prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL) e posteriormente designado para assumir a Presidência da Companhia de Tecnologia e Informação de Belém-CINBESA.

A portaria de nomeação da primeira-dama de Belém como assessora do DETRAN-PA está publicada no Diário Oficial do Estado do Pará, desta quarta-feira, 27.


Leia a mensagem enviada ao blog:

"A relação política entre o Prefeito de Belém Edmilson Rodrigues (PSOL) os Barbalhos (MDB) está forte mesmo.

Hoje a primeira dama de Belém, Josiane Rodrigues foi nomeada Assessora do DETRAN.

Todos sabem que o DETRAN é um feudo do Presidente Estadual do MDB Jader Barbalho Filho.

A mulher do Prefeito de Belém passa a compor o Staff pessoal do Diretor Geral Marcelo Guedes. É de conhecimento dos bastidores políticos, que só compõem a assessoria do DETRAN no atual governo, aqueles previamente aprovados por Jader Filho".

PROTESTOS

Músicos, artistas, garçons, seguranças, cozinheiras(os), produtores culturais e demais profissionais que atuam em estabelecimentos que foram proibidos de trabalhar por ordem dos decretos do governo do estado e da prefeitura de Belém, que foram anunciados e passam a valer a partir de hoje, se mostram indignados com a notícia da nomeação da primeira-dama de Belém. 

Um protesto em frente ao gabinete do prefeito, localizado na Avenida Nazaré reúne cerca de 300 manifestantes que cobram do prefeito Edmilson Rodrigues, uma solução para o tempo em quem milhares de profissionais ficaram sem trabalhar e por consequência, sem condições de sustentar suas famílias.

Atualização 

O blog foi informado de que Josiane Belém, também conhecida por Bianca Belém já não está convivendo com Edmilson Rodrigues.

 



sexta-feira, janeiro 15, 2021

Ônibus de graça para o Enem: Em 2019 teve e esse ano?

Será que haverá aumento da frota de ônibus em Belém? Terá gratuidade, como no ENEM passado na capital paraense? O que a Belém de Novas Ideais planejou para os estudantes de famílias pobres?


Por Diógenes Brandão 

Leitor do blog enviou uma pergunta interessante para a redação do blog AS FALAS DA PÓLIS: "Será que esse ano o governador vai fazer um novo acordo com os empresários de ônibus para disponibilizar o transporte para o Enem e assim beneficiar os estudantes que farão a primeira prova do Enem?" 

Em 2019, o governador Helder Barbalho anunciou em suas redes sociais que segundo o exemplo do governador comunista do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), iria negociar com os empresários de ônibus que exploram o transporte urbano na capital para que eles disponibilizassem ônibus para os alunos que prestassem a 2ª prova do Enem.

Assista:


A primeira do Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM 2020 - será realizada no próximo domingo, 17.

Na capital cearense, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), órgão da prefeitura organiza uma programação especial com reforço de 50 veículos extras na Frota de Ônibus. Os usuários poderão usufruir da Tarifa Social, pagando R$ 3,00 (Inteira) e R$ 1,30 (Tarifa Estudantil).

Órgão ligado à prefeitura de Fortaleza disponibilizará 50 ônibus com descontos para estudantes e tarifa social. "E em Belém", indaga leitor do blog.


Na capital paraense, onde o povo elegeu Edmilson Rodrigues (PSOL) que usou o slogan "Belém de Novas Ideias", não temos conhecimento de nenhuma iniciativa dos atuais governantes para ajudar os estudantes de baixa renda, nesse momento tão importante de suas vidas, onde muitas famílias pobres passam por dificuldades e não estão tendo o devido apoio que a classe política tanto promete, sobretudo durante a caça aos votos, na campanha eleitoral.


quinta-feira, janeiro 14, 2021

Vivi do PSOL-PA: Que juventude é essa que já nasce agarrada com o velho?

Jornalista de esquerda questiona o voto de Vivi Reis, deputada federal do PSOL, que assumiu a vaga deixada pelo ex-deputado federal e hoje prefeito de Belém.


Por Fabrício Rocha, jornalista de Belém do Pará

Tô passado para a Vivi Reis (PSOL/PA). A primeira participação dela na Câmara Federal está sendo defender um bloco com a direita Neoliberal, desde o primeiro turno,  para composição da mesa diretora. Uma Candidatura arrajanda por Rodrigo Maia (DEM).

Nunca é demais lembrar que existe segundo turno. Estou lendo a nota dela e parece que não existe centrão/direita liberal/Rodrigo Maia/DEM/MDB. 

Com toda toda certeza, essa não seria a posição do Edmilson Rodrigues. A colega assumiu falando na luta, no povo LGBTQIA+ , na resistência e parece que não percebe que a turma do Rodrigo Maia, MDB e centrão em.geral foi quem sustentou a política econômica do governo Bolsonaro/Guedes + reforma da previdência/trabalhista.

 Inclusive na última entrevista para a folha deixou claro que Baleia Rossi não é de oposição e que não será um entrave para a política econômica liberal. Por isso a esquerda tem que ter uma candidatura própria. 

Que juventude é essa que já nasce agarrada com o velho? Olhem para Luiza Erundina, com seus mais de 80 anos, e veja o que é coerência. 

Abaixo a nota dos parlamentares federais do PSOL contrários ao bloco com a direita neoliberal desde o primeiro turno. 

A ESQUERDA PRECISA TER VOZ NA ELEIÇÃO PARA A PRESIDÊNCIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Está aberto, em nosso partido e na esquerda brasileira, um importante debate sobre a tática para, ao mesmo tempo, derrotar Jair Bolsonaro e fortalecer as propostas da esquerda na disputa para a presidência da Câmara dos Deputados. De antemão, reconhecemos como legítimas as posições em debate. O momento é grave e pede serenidade e respeito entre nós.

A maioria dos partidos de oposição optou pelo apoio ao do bloco liderado por DEM, PSDB e MDB, encabeçado pelo deputado Baleia Rossi, candidato do atual presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Embora legítima, identificamos nessa escolha um enorme risco para o nosso campo: prejudicar o avanço e a presença das propostas da esquerda no debate sobre o papel da Câmara dos Deputados na defesa da democracia e no enfrentamento à crise brasileira.

Por essa razão, consideramos fundamental a apresentação – no primeiro turno – de uma candidatura de esquerda para a presidência da Câmara dos Deputados. Sem isso, propostas como a prorrogação do Auxílio Emergencial, a proteção às empresas públicas sob ameaça de privatização, a necessária revogação da criminosa Emenda Constitucional 95 (Teto de Gastos), a ampliação dos direitos de mulheres, negros e negras, indígenas, LGBTIs, a garantia de imunização de toda a população, a proteção do meio ambiente, o fim da violência de Estado contra a maioria mais pobre e – a mais urgente neste momento – a abertura do processo de impeachment de Jair Bolsonaro, não serão empunhadas por nenhum dos postulantes que até aqui se apresentaram. Todos eles participaram, direta ou indiretamente, do golpe parlamentar que trouxe o Brasil à crise que vivemos e, portanto, não têm condições de assumir esses compromissos por serem adversários da mudança. Embora se portem de maneira distinta em relação ao governo Bolsonaro, todos são artífices do "Centrão" e defensores da agenda ultraliberal de desmonte do Estado e degradação sistêmica das políticas de proteção social.

Derrotar o candidato de Jair Bolsonaro é uma das tarefas indispensáveis desta eleição. Mas isso pode ser feito no segundo turno, optando por apoiar – em melhores condições para afirmar elementos de uma agenda de esquerda – o candidato que contra ele disputar. Arthur Lira não terá nenhum voto da bancada do PSOL, razão pela qual o argumento de que uma candidatura de esquerda ajudaria o candidato de Bolsonaro é falso. O compromisso de nosso partido, como tem sido até aqui, é com a democracia, a ampliação de direitos, a soberania nacional, as lutas dos setores historicamente oprimidos, o meio ambiente e um novo modelo econômico para o Brasil. Também a defesa da unidade da oposição – não obstante existam diferenças táticas, como demonstra esse episódio – é objetivo permanente.

Diante de um momento tão dramático, com a pandemia dando sinais de resiliência graças ao negacionismo criminoso de Bolsonaro, acreditamos que não devemos abrir mão de apresentar bandeiras tão caras à nossa história aderindo a uma frágil promessa de independência em relação ao Palácio do Planalto. Aqueles que sustentam a agenda ultraliberal de Paulo Guedes não merecem esse voto de confiança. É preciso dar voz e fisionomia à esquerda brasileira na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Por essa razão, defendemos a construção de uma candidatura independente, com compromissos nítidos em favor do impeachment e do enfrentamento à crise, combatendo o bolsonarismo e o ultraliberalismo. Certamente, saberemos encontrar aliados nesta tarefa tão importante dentro da Câmara dos Deputados.

Áurea Carolina (PSOL/MG)

Glauber Braga (PSOL/RJ)

Ivan Valente (PSOL/SP)

Luiza Erundina (PSOL/SP)

Talíria Petrone (PSOL/RJ)

Ex-servidores de Zenaldo cobram dias trabalhados na gestão de Edmilson

Presidente do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Público do Município de Belém, Dr. Chiquinho (PSOL) não quer pagar servidores que fizeram a transição no órgão da prefeitura e é acusado de só passar duas horas no ambiente de trabalho.


Por Diógenes Brandão 

Servidores e ex-servidores públicos de Belém denunciam a nova gestão do IASB (antigo IPAMB) de não pagar servidores da gestão anterior (Zenaldo Coutinho) que trabalharam nos primeiros dias da nova gestão (Edmilson Rodrigues). Ou seja, os servidores que fizeram a transição governamental.

Segundo informam, estes servidores foram os responsáveis pela manutenção do atendimento no instituto, nos primeiros dias da nova gestão, pois não haviam portarias com novos nomeados para cargos de chefia e operacionais, ou seja, não havia funcionários para assinar os procedimentos de internação, quimioterapia e hemodiálise, feitas pelo órgão.

Ainda segundo estes servidores, o presidente do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Público do Município de Belém (IASB) Francisco Antônio Guimarães de Almeida, mais conhecido como "Doutor Chiquinho", só chega no órgão às 10h e fica até o meio-dia, deixando a responsabilidade da gestão nas mãos do diretor Israel Pereira Corrêa, pois o titular possui uma clínica particular, onde atua como médico e proprietário e ainda leciona em escolas do Estado.

Chiquinho foi vereador pelo PSOL por dois mandatos e não conseguiu se reeleger nas eleições de 2020. Na Câmara Municipal ganhou o apelido de gazeteiro.


quarta-feira, janeiro 13, 2021

Prefeito de Belém dá medalha à comunista que articula acordos com a família Barbalho

Expulsa do governo de Ana Júlia, de quem é comadre, por Cláudio Puty, Edilza Fontes recebeu uma medalha das mãos do prefeito e seu vice.


Por Diógenes Brandão 

O prefeito Edmilson Rodrigues (PSOL) e seu vice, Edilson Moura (PT) prestigiaram ex-petista Edilza Fontes, com a entrega da Medalha do Mérito Francisco Caldeira Castelo Branco.

Segundo o próprio prefeito, a medalha é entregue às pessoas que prestaram serviços relevantes ao município no âmbito da educação, cultura e serviço social.  

"Escolhemos alguns homenageados, entre tantos belenenses que contribuem e contribuíram com a nossa história nos mais diversos aspectos", escreveu Edmilson.

Edilza Fontes é uma das responsáveis pela longevidade do acordo político entre a esquerda e a família Barbalho, onde atua como uma espécie de conselheira de Helder Barbalho, a pedido do seu pai, o senador Jader Barbalho, além de ser fundadora do PT, tendo deixado o partido após ser defenestrada do governo Ana Júlia, pelo então Chefe da Casa Civil, Cláudio Puty, que por sua vez também deixou o PT e hoje é Secretário de Planejamento da Prefeitura de Belém.

Na época em que foi Chefe da Casa Civil do governo do PT, Puty foi acusado por militantes e dirigentes do PSOL de ser o responsável pela ordem para que a Tropa de Choque metesse a porrada em professores grevistas, em uma manifestação realizada em frente à governadoria do Estado do Pará.

Hoje Puty está filiado ao PSOL e Edilza Fontes no PCdoB, onde Ana Júlia também milita.

Segundo as redes sociais de Edmilson Rodrigues, também foram entregue medalhas para Maria Cleide Sousa Morais  (In memoriam); Dona Clotilde Melo de Sousa (Dona Coló); Edgar Augusto Camarão Proença; Edilza Joana Oliveira Fonte; Egídio Machado Sales Filho (In memoriam); Emmanuel Zagury Tourinho; Joelma Kláudia; José de Andrade Raiol; Luiz Arnaldo Dias Campos; Maricila do Socorro Brito Gomes; Marco Aurélio Arbage Lobo; Raimundo Alberto Figueiredo Damasceno.

Leia também: Edilza Fontes desfilia-se do PT

domingo, janeiro 10, 2021

O que tivemos na 1ª semana da "Belém de novas ideias"?

Edmilson Rodrigues (PSOL) e Helder Barbalho (MDB) reaparecem juntos e anunciando a união na execução do programa "Bora Belém", que serviu para eleger o prefeito e deve ser usado para reeleger o governador.

Por Diógenes Brandão

A primeira semana dos prefeitos eleitos em 2020 no Pará, trouxe-nos um choque de realidade e nos mostrou quem realmente chegou chegando e afim de trabalhar, e quem veio fazer firula. 

Impossibilitado de comentar sobre todos os 144 municípios, o blog inicia uma análise pelas gestões da Região Metropolitana e continua com mais alguns, onde tenhamos conhecimento dos fatos políticos durante o decorrer da semana.

Belém e a Herança Maldita

Na capital, o prefeito Edmilson Rodrigues encastelou-se, literalmente e ativou seus secretários e assessores para reclamar da gestão passada. É o velho macete da "Herança Maldita", subterfúgio retórico que serve para atacar o adversário e amplamente utilizado pelas estratégias do velho marketing político-eleitoral, que os criadores do slogan "Belém de Novas Ideias" resolveram manter vivo no imaginário popular.

POTOCA I

Militantes da ex-querda paraense alegaram que a eleição de Zeca Pirão (MDB) como presidente da Câmara Municipal de Belém foi natural, por ele ter sido o mais votado. 

Balela! 

Ou melhor: Potoca!


Em Ananindeua, Rui Begot (PROS) foi eleito por unanimidade para a presidência da Câmara, sendo que já era presidente na gestão anterior, de Manoel Pioneiro (PSDB) e não foi o mais votado. 

Com a potoca de que Zeca Pirão foi escolhido por seus pares, inclusive com o voto das novatas e aguerridas vereadoras, Lívia Duarte (PSOL) Bia Caminha (PT) e demais parlamentares e militantes de esquerda, que tentam esconder a cada vez mais óbvia e descarada aliança da cúpula do PSOL com a família Barbalho, os verdadeiros responsáveis pela negociação que levou à escolha do novo presidente da CMB. 

Antes de dizerem que a citação dos nome das vereadoras de esquerda é demonstração de machismo, sexismo e misoginia, o blog ressalta que espera que as parlamentares realmente façam excelentes mandatos, mantendo suas bandeiras de luta contra a violência e preconceitos contra as mulheres, sobretudo negras e pelos seus direitos, ainda bastante violados e negados em nosso país, inclusive dentro dos seus respectivos partidos, repletos de esquerdo-machos e mulheres submissas.

Bora Belém: O programa para eleger Edmilson e reeleger Helder

A estratégia de prometer um auxílio emergencial de até R$ 450,00 para famílias pobres deu certo e elegeu Edmilson Rodrigues para seu terceiro mandato como prefeito. No entanto, o anúncio de que o programa seria implantado já no dia 1º de Janeiro, como seu primeiro ato político como prefeito eleito, não aconteceu. 

Edmilson não assinou o Decreto Municipal tal como prometido e dito pelo então candidato: "podem esperar". Ao invés disso, empossado, o prefeito enviou um projeto de Lei para ser avaliado, debatido e aprovado pelos vereadores, na Câmara Municipal de Belém. 

Sob o comando no novo presidente da casa legislativa, Zeca Pirão (MDB), o projeto foi aprovado por unanimidade e todas as emendas apresentadas por quatro bancadas, foram derrotadas fragorosamente pela base aliada do prefeito, mostrando e provando que o acordo feito com a família Barbalho, está mantido e reforçado com o governador Helder Barbalho (MDB), que por sua vez deu indícios de que votou e que apoiou o candidato do PSOL na disputa pela prefeitura de Belém. 

O preço desse acordo estão  confirmar nos próximos meses e até 2022, quando tivemos clareza de que assim como Edmilson, toda a esquerda paraense não se oporá à reeleição de Helder, no máximo apresentando candidaturas "laranjas" para fazer o oba-oba e manter a militância acreditando que PSOL, PT, PCdoB e demais são partidos independentes da dinastia que reina no Pará.

Tucanos x Militância

A ex-querda paraense se estapeia na composição do governo de Edmilson Rodrigues. Enquanto ex-tucanos são nomeados para o 1° escalão da prefeitura, velhos militantes do PSOL e do PT são excluídos e limados para dar espaço a partidos que vieram apoiar Ed50, no 2° turno das eleições de 2020. É o caso de partido com o PSB que esteve com seus quadros em governos tucano, como de Simão Jatene e Zenaldo Coutinho e os mantém, no novo governo de Edmilson. A militância de esquerda chia nas reuniões fechadas e grupos de Whatsapp, mas sempre vaza e muitos morrem negando e dizem que está tudo normal.

Encastelado

A prefeitura de Belém suspendeu por alguns dias, o boletim sobre a COVID-19 e Edmilson encastelou-se durante a 1ª semana no cargo de prefeito, limitando-se a reclamar e participar de eventos com a esquerda. Outros gestores acompanharam limpeza de ruas e ações de combate à COVID.

BLACKOUT

Pelas rede sociais e depois pelos telejornais, assistimos diversas cenas de abandono por parte dos órgão municipais em diversa áreas, o que revela uma incompetência da equipe de transição em receber a prefeitura e mantê-la funcionando em normalidade. O roubo dos Pirarucus da praça Batista Campos revelou o sumiço do guardas municipais que mesmo em pequena quantidade, evitavam o pior por lá. 

Nas ruas, o sumiço dos agentes de trânsito também gerou muitos comentários. 

Há quem diga que a troca do comando dos órgãos e a briga pelos cargos - por parte dos partidos que apoiaram o prefeito eleito - consome a maior parte do tempo de quem deveria estar cuidando da cidade, conforme prometeram, mas priorizam o loteamento dos cabide de empregos, gerado com a troca dos famosos DAS's.

sábado, janeiro 09, 2021

PSOL acusa Zenaldo de um rombo de mais de R$ 51 milhões na prefeitura de Belém

 

O secretário de Planejamento e Gestão, Cláudio Puty (PSOL) foi um dos que apresentou os dados financeiros que a gestão de Edmilson Rodrigues (PSOL) considera como um rombo deixado pela gestão de Zenaldo Coutinho (PSDB).

Via o blog Ponto de Pauta, sob o título  Zenaldo deixa um rombo de mais de R$ 51 milhões nas contas municipais de Belém

O déficit financeiro de R$ 51 milhões (exatos R$ 51.661.560,56) foi deixado pela administração do ex-prefeito Zenaldo Coutinho para a nova gestão de Edmilson Rodrigues, que assumiu no dia 1º de janeiro. As cifras fazem referência ao caixa da Prefeitura de Belém na data de 31 de dezembro de 2020. Essa dívida ainda pode ser maior à medida que os órgãos municipais forem concluindo os levantamentos de débitos e saldos.

Os números foram divulgados em coletiva à imprensa, realizada na tarde desta sexta-feira (8), pelos secretários de Planejamento e Gestão, Cláudio Puty, e de Finanças, Káritas Ferreira, e pelos membros da Comissão de Transição Sylmara Leite, Bruno Batista, Ana Maria Beltrão e Júlia Ramos.

Apesar de preocupante, Cláudio Puty e Káritas Rodrigues asseguram que é possível negociar o pagamento das dívidas e estimular a arrecadação, facilitando o acesso dos contribuintes. “O que temos que fazer agora é organizar a casa, eleger prioridades, tratar as contas com probidade e incrementar a arrecadação para que os compromissos assumidos pelo prefeito Edmilson Rodrigues sejam cumpridos, mas sem aumentar impostos. Uma das medidas será facilitar o acesso da população ao pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)”, disse a secretária.

Ainda, apesar do rombo nas contas municipais, eles asseguraram que o programa de renda cidadã “Bora Belém”, aprovado nesta sexta-feira (8) pela Câmara Municipal, não será afetado, já que os recursos para custear o benefício de até R$ 450 para famílias em situação de extrema pobreza virão de remanejamentos do orçamento de 2021 e de convênios com o governo do Estado.

Rombo

O cálculo divulgado pela nova gestão considerou o total do saldo financeiro encontrado em 31 de dezembro de 2020, oriundo de todas as fontes de recursos no valor de R$154 milhões (R$ 154.686.321,52), do qual foram abatidos R$ 78 milhões (R$78.611.468,66), que é o montante de restos a pagar de 2020 e de anos anteriores até 2019, e R$130 milhões (R$130.273.029,22) correspondente às despesas de exercícios passados. Restos a pagar são gastos empenhados e não pagos, e despesas de exercícios anteriores são serviços prestados à prefeitura que não tiveram empenho para pagamento.

“Nos impressionou esse valor astronômico das despesa de exercícios anteriores de 2020. São quase R$ 100 milhões (R$ 92.512.139,10). Somente na Sesan (Secretaria Municipal de Saneamento) o valor é de mais de R$ 31 milhões em obras realizadas e não empenhadas”, destacou Cláudio Puty. “São serviços que foram prestados por empresas e reconhecidos pela prefeitura, só que não houve trâmite administrativo para o pagamento das dívidas, isto é, não houve o empenho e muito menos a liquidação. E como essa dívida não foi empenhada no período anterior, ela vai corroer o orçamento do prefeito que entra em 2021. Então, são R$ 130 milhões de despesas de exercícios anteriores”.

No detalhamento das análises, o déficit encontrado nas contas do tesouro municipal é de R$12 milhões (R$12.022.747,45), considerando os empenhos não pagos e despesas de 2020 e anos anteriores. Já quanto aos gastos por setores, a Secretaria Municipal de Educação (Semec) apresenta um déficit de R$ 33.466 mil (R$33.466,03) e a secretaria municipal de Saúde (Sesma) o total de R$ 547.230 mil (R$547.230,37).

Até os órgãos municipais que possuem arrecadação própria, como a Semob (Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana), Codem (Companhia de Desenvolvimento da Área Metropolitana de Belém) e IASB (Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores de Belém) apresentaram déficit financeiro. A soma dos gastos, incluindo restos a pagar e despesas de 2020 e anos anteriores, é de R$39 milhões (R$39.058.116,71).

Ainda segundo Puty, os dados levantados até o momento contrariam a informação repassada pela gestão de Zenaldo Coutinho à comissão de transição de que ficariam R$ 30 milhões em caixa. “Na verdade, o saldo financeiro é negativo de R$ 51,661 milhões”, ressaltou o titular da Segep.

Texto: Álvaro Vinente/ Segep-PMB

sexta-feira, janeiro 08, 2021

Crise no PT afeta aliança com PSOL e na negociação de cargos da prefeitura

 

Por Diógenes Brandão 

A informação trazida pela página Política Pará revela o clima de hostilidade e guerra interna na negociação e divisão de cargos entre PT e o PSOL, na prefeitura de Belém.

Indicada pelo PT para ser a Diretora Geral da FUNPAPA, Milene Lauande nem chegou a ser nomeada no governo de Edmilson Rodrigues e já foi defenestrada do cargo que lhe haviam prometido. Antes de ser nomeada, uma crise surgiu em relação ao seu nome e sua substituta deve ser Sandra Valente, pessoa da confiança de Alfredo Costa, o presidente da FUNPAPA.

Em uma nota reveladora, o grupo interno de Milene Lauande no PT, dá sua versão sobre os fatos que abalam a relação entre petistas e sua negociação com o PSOL.

Há quem diga que funcionários efetivos da FUNPAPA tenham pressionado pela não nomeação de Milene, já que a fundação que lida com programas de Assistência Social precisam ser dirigidos por profissionais da área, coisa que ela e nem Alfredo Costa - recém-nomeado presidente da FUNPAPA - são

Leia a nota de repúdio do grupo interno do PT, do qual Milene Lauande faz parte:

A RS REPUDIA O GOLPE DO PRESIDENTE DA FUNPAPA

A Resistência Socialista do Pará - RS manifesta o seu repúdio e exige do Partido dos Trabalhadores reparação ao golpe sofrido pela companheira Milene Lauande que se viu exposta a uma situação vexatória depois de ter sido indicada pela comissão de negociação do partido junto ao novo governo municipal para assumir a direção Geral da Fundação Papa João XXIII – FUNPAPA e ter sofrido golpe pelo novo presidente do órgão, Alfredo Costa, que articulou por trás dos panos para indicar outra pessoa para o cargo.

Alfredo Costa não teve a hombridade sequer de procurar a RS e assumir seu ato e colocou toda a culpa pela situação criada nos companheiros do PSOL, afirmando que foi pressionado a tomar tal atitude ou poderia até perder também o cargo, numa tentativa de se justificar perante os companheiros da RS que foram até ele exigir explicações. Mas ficou claro que com esse argumento ele não conseguiu convencer nem a ele mesmo que indicou uma pessoa, contra a qual não pesa qualquer dúvida sobre sua competência, numa demonstração inegável do acordo feito sem o nosso conhecimento e sem a participação do PT.

Usou para se justificar também o fato dos servidores terem se mobilizado para que fossem indicadas pessoas da área e de preferência da própria FUNPAPA para os cargos naquele órgão, uma pressão que reputamos legítima, frise -se da qual o próprio Alfredo foi alvo - e que não se justifica, uma vez que a Milene tem experiência de gestão, é professora, formada em Geografia, com curso de Mestrado e, principalmente, com uma militância junto aos grupos sociais mais fragilizados de nossa sociedade que foram por ela priorizados durante o seu mandato na Câmara Municipal de Belém e com os quais trabalha há quatro (04) anos na Assessoria da Diversidade e Inclusão Social da Universidade Federal do Pará-UFPA, cuja atribuição é elaborar e executar as políticas de ações afirmativas de sorte a garantir o acesso e a permanência de quilombolas, indígenas e estudantes estrangeiros naquela instituição. 

Tendo obtido, nesta eleição, mais votos do que o Alfredo Costa, ficando como a primeira suplente do PT, Milene seria inclusive o nome natural para assumir uma secretaria. A RS democraticamente aceitou assumir somente uma Diretoria.

Com essa atitude, Alfredo Costa atingiu não somente a RS e principalmente a companheira Milene Lauande, mas descredenciou a comissão de negociação e ao próprio PT. Na audiência que tivemos com ele, fez questão de deixar claro, que ao contrário das Secretarias Municipais que tem seus cargos nomeados pelo prefeito, na FUNPAPA é o próprio presidente que nomeia e que ele já havia indicado o nome de uma servidora para a Direção Geral do órgão, passando por cima de todo mundo, em completo desrespeito à RS e ao próprio partido.

A RS agradece a indicação do PT, mas repudia veementemente a atitude de Alfredo Costa que atravessou a instância partidária e foi à porta do PSOL, de forma rasteira, pedir a substituição da companheira Milene.

Continuamos confiando e acreditando na instância partidária para resolver essa situação, que, para nós, é fruto de um golpe.

Belém do Pará, 08 de janeiro de 2021.

Coordenação Estadual da RESISTÊNCIA SOCIALISTA

Tendência Interna do PT

quarta-feira, janeiro 06, 2021

Edmilson agora diz que Bora Belém é projeto combinado com Helder

 


Por Diógenes Brandão 

Em entrevista ao programa Barra Pesada, nesta terça-feira, 5, o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) cometeu o que chamamos de ato falho, ao declarar que o programa "Bora Belém" é uma parceria entre a prefeitura e o governo do Estado e que terá  uma marca conjunta. 

Na entrevista, Edmilson declarou: "O Bora Belém é uma parceria. Vai ter uma marca conjunta, por que? Porque recursos do Estado, que bom! Que tem um governador do estado que dialoga com o prefeito", assumiu.

Líder de um partido de esquerda que jura que não faz alianças com partidos de direita e nem de centro, muito menos com dinastias, que representam a velha política brasileira, ao visitar a sede do império de comunicação de seus aliados, o "comandante cabano" acabou traindo seu próprio discurso e história, ao bajular a família Barbalho com demonstração de submissão política.

O lapso ocorre depois que o projeto "Bora Belém" foi apresentado na Câmara Municipal para apreciação e aprovação em caráter de urgência pelos vereadores. Tal decisão precisa da colaboração do presidente da Câmara, o vereador Zeca Pirão (MDB), o qual também não move um dedo sem a autorização e mando da família Barbalho.

A confissão contradiz e revela o que Edmilson e a cúpula do PSOL negam até sob tortura: A aliança e o acordo político-eleitoral com a família barbalho vem de longas datas e juntos criam estratégias de marketing e manipulação para ludibriar os eleitores e a militância do seu partido e dos demais aliados.

Com a declaração, fica claro o interesse de Helder Barbalho em apoiar Edmilson e alocar recursos para que a prefeitura consiga cumprir minimamente a proposta que ajudou a eleger o candidato do PSOL: Os novos mandatários da prefeitura de Belém serão aliados na reeleição de Helder Barbalho em 2022 e continuarão calados e pacatos, diante de toda e qualquer improbidade administrativa e desvios éticos por parte da administração estadual.

O silêncio do SINTEPP e demais sindicatos ligados ao PSOL, PT e PCdoB já sinalizavam a relação tática que Edmilson agora deixou evidente.

Assista: 



Bora Belém: A promessa de Edmilson vira um cheque sem fundo nas mãos dos vereadores de Belém

Em uma sessão fechada e sem a presença de populares, Edmilson apresentou o projeto de Lei do Programa "Bora Belém", ao presidente da Câmara Municipal de Belém, Zeca Pirão e pediu aos vereadores e vereadoras que o projeto tramite em caráter de urgência, sem dizer quanto, quando e nem de onde pretende tirar os recursos para viabilizá-lo.
Foto: Mácio Ferreira.


Por Diógenes Brandão 

Ao prometer que seu primeiro ato de governo seria assinar um decreto municipal de auxílio emergencial instituindo o programa "Bora Belém", o deputado federal e então candidato a prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) sabia que esse compromisso lhe traria votos suficientes para afastar a ameaça trazida por seu adversário, no 2° turno das eleições de 2020. Além disso, a possibilidade de ter sua 3ª derrota consecutiva na disputa pela prefeitura de Belém fez o antes chamado "Prefeito Criança" apelar para algo que ele sabia que não seria fácil de ser entregue. 

Em linhas gerais, o que o eleitorado de Belém imaginou foi que Edmilson faria o repasse mensal de R$ 450,00 para casa família de baixa renda, mas não é bem assim.

Ao dizer que as famílias carentes teriam sua assinatura em um projeto de lei como seu primeiro ato enquanto prefeito, Edmilson iludiu não só aqueles que precisam de auxílios, como toda uma cidade que espera bem mais que um programa assistencialista para enfrentar os graves problemas que Belém ainda possui, nestes 405 anos de sua descoberta pelos Europeus.

Assim que tomou posse, Edmilson mudou o discurso e declarou que enviaria um projeto de lei para que a Câmara dos Vereadores aprovasse o tal do "Bora Belém". Bastou isso para que Edmilson e seus seguidores passassem a ser cobrados por milhares de pessoas nas redes sociais.

O blog recebeu trechos do projeto de Lei enviado por Edmilson aos vereadores de Belém. O documento bem que poderia ser colocado de forma pública, para que a população tivesse acesso ao seu conteúdo, mas a "Belém de Nova Ideias" ficou só no slogan de campanha do PSOL e hoje o que temos é a principal promessa de Edmilson Rodrigues envolta a um projeto sem transparência e conhecimento do público. Nele, não é informado quantas famílias serão beneficiadas, muito menos quantas receberão R$ 50 ou R$ 450 reais. 

Também não há nenhuma informação de quando e nem quem serão os beneficiados. Uma comissão de notáveis, que o projeto de lei também não informa quem irá compor é que está projetada para decidir todos os prazos, valores e critérios. Tudo muito sombrio e sem a mínima transparência, controle social ou participação popular, bandeiras que Edmilson Rodrigues tanto defende em seus longos e utópicos discursos.  

INVIÁVEL

Segundo o pesquisador André Santos, Belém tem 265 mil famílias elegíveis a esses R$ 450 reais. O impacto mensal dessa promessa, caso o critério adotado seja o banco de dados do CadÚnico, do Ministério do Desenvolvimento Social, o custo do Bora Belém será de 120 milhões e em 3 meses, geraria impacto de 10% sobre a arrecadação do ano inteiro. A conta é inviável para uma cidade que possuí outras despesas. 

Caso o critério utilizado pela prefeitura de Belém seja o números de famílias inscritas na base de dados do Bolsa Família, o impacto diminui bastante, pois serão 119 mil famílias belenenses elegíveis para o recebimento do auxílio emergencial e não 265 mil do CadÚnico.

Passada a eleição, o prefeito eleito resolveu falar a verdade e a realidade veio à tona: Edmilson só vai destinar 30 milhões. Trinta milhões não significa só 25% do que seria necessário para cumprir sua promessa e por isso nem todos receberão os R$450, pois como ele mesmo deixou claro: o Bora Belém vai destinar até R$450. 

Deu pra entender a malandragem na promessa?

A PROMESSA FOI UMA "POTOCA" É O QUE MAIS SE DIZ NAS REDES SOCIAIS

O portal Ver-O-Fato, noticiou e registrou na história o fato político que marcou o início do terceiro mandato de Edmilson Rodrigues como prefeito de Belém.

”Temos já os recursos garantidos, em cooperação com o governo do Estado”, anunciou. O prefeito, porém, não ratificou o valor prometido de R$ 450 durante a campanha, nem disse quantas famílias da capital serão beneficiadas pelo projeto “Bora Belém”. Após o fim do auxílio emergencial, decretado pelo governo Bolsonaro, muitos que votaram em Edmilson apostam que ele irá cumprir a promessa e ampará-los, já que para milhares restou apenas o Bolsa Família.  Segundo o prefeito, ele havia anunciado que esse seria o primeiro ato de seu governo, mas resolveu ouvir os vereadores. Ou seja, dividirá com eles a responsabilidade pelo Bora Belém, o que não constava da promessa eleitoral.

Dois dias depois, o presidente da Câmara Municipal de Belém, vereador Zeca Pirão (MDB) foi entrevistado pelo Ver-O-Fato, que noticiou a desdobramento da negociação política entre o prefeito Edmilson Rodrigues e o representante do parlamento, agora envolvido até o pescoço no cumprimento da promessa eleitoral.

"O prefeito mudou de ideia e preferiu apresentar um projeto de autoria do executivo. Não se sabe, porém, o que diz o texto do projeto, quantas famílias serão beneficiadas, datas dos pagamentos, fonte de custeio e como os beneficiários serão habilitados. Durante reunião com o governador Helder Barbalho, no começo de dezembro passado, ficou decidido que o governo estadual e a prefeitura fecharão uma parceria. O que se sabe apenas é que a maior parte dos recursos virá dos cofres estaduais.  

Procurado pelo Ver-o-Fato, Zeca Pirão concedeu entrevista por telefone, garantindo que possivelmente “até quinta-feira o projeto estará discutido e aprovado” para o prefeito sancioná-lo no dia 12, data em que Belém completa 405 anos de fundação. Por ocasião de seu discurso de posse, no plenário da Câmara Municipal, na última sexta-feira, Edmilson afirmou que na data do aniversário irá “dar o presente” aos moradores sem renda mínima da cidade. 

 “O Edmilson já mostrou o projeto para mim, vi rapidamente, mas pedi a ele para apresentá-lo nesta segunda-feira, 4. É ele quem vai fazer a convocação dos vereadores. Se eu convocar, vou chamar 24 vereadores, porque estamos em recesso parlamentar. Mas como é o prefeito quem vai provocar a convocação, então teremos 18 vereadores, o quorum mínimo para a aprovação do projeto”, explicou Pirão.  Segundo Pirão, “o que nós queremos é aprovar o mais rápido esse projeto. A gente vota e resolve o problema”. Sobre a fonte de custeio da verba para o pagamento aos carentes e perguntado a respeito da parceria entre Estado e Município, o vereador respondeu que não sabe dizer se o governo de Helder entrará com todo o dinheiro ou parte desses recursos. “Saberei desses detalhes apenas na segunda-feira”, resumiu, reiterando que viu o projeto “muito rapidamente”.

A mudança entre o dito e o feito gerou milhares de críticas nas redes sociais e a polêmica persiste, pois o projeto de lei entregue à Câmara Municipal de Belém é um "projeto sem pé nem cabeça", segundo o estudante de Direito, Marivaldo Figueiró, que analisou o documento e enviou ao blog seu parecer: "Mais do que um cheque em branco, esse projeto é um cheque sem fundo. Não diz quanto será destinado para cada família, nem quantas famílias serão atendidas. Além disso, um Conselho que sabe-se lá por quem será formado é que terá "carta branca" para tomar decisões sobre quem deverá receber, quanto e quando.

Veja trechos do ofício e do projeto de Lei que o prefeito enviou para aprovação em caráter de urgência pela CMB e que o blog teve acesso:











sábado, dezembro 12, 2020

PT quer indicar condenada pelo TJE para ser secretária de Edmilson Rodrigues

A ex-vice de Edmilson, que mesmo condenada pelo TJ-PA pode ser novamente secretária municipal de Belém. Imagem coletada das redes sociais de Ivanise Gasparim.


Por Diógenes Brandão  

Em todo o Pará, diversos prefeitos eleitos e reeleitos já definiram todos os seus secretários municipais, alguns apenas uma parte e em Belém, Edmilson Rodrigues (PSOL) ainda não anunciou nenhum, mas a lista de pretensões é grande. 

O PT, que teve a promessa de ter 4 secretarias, agora tá sendo informado de que pode ter 3. 

Em linhas gerais, o PT-PA indicou Ivanise Gasparim, ex-vereadora de Belém, ligada ao grupo dos deputados Beto Faro (federal) e Carlos Bordalo (estadual) para ser Secretária Municipal de Saneamento. 

O pedido vem com a chancela do presidente estadual do partido, o próprio Beto Faro.

Seus próprios companheiros de partido questionam a indicação, já que Ivanise foi lançada para ser vice de Edmilson Rodrigues, na disputa pela prefeitura de Belém e logo em seguida foi substituída por Edilson Moura, eleito vice-prefeito. 

Na época, em setembro deste ano, a saída de Ivanise Gasparim foi justificada por ela, em nota publicada em suas redes sociais, onde disse o seguinte:

"Em junho deste ano, assumi a tarefa de ser pré-candidata a vice prefeita em Belém, indicada pelo PT na chapa com Edmilson Rodrigues (PSOL). Participei de dezenas de lives, plenárias, debates, encontros com a militância e juntos abrimos caminhos para construir a Belém que sonhamos e sabemos como concretizar, devido a experiência que adquirimos quando governamos a cidade. Mas comunico a todos que, por motivos de saúde, infelizmente não poderei disputar esta eleição", escreveu Ivanise Gasparim em suas redes sociais. 

Passados três meses, petistas se perguntam se a ex-secretária de Ana Júlia já está curada?

Em uma mensagem recebida pelo blog, tivemos a seguinte informação: "Há informações fidedignas de que o PT, a partir da Articulação Socialista (AS), tendência do Beto Faro, irá indicar Ivanise Gasparim, para ser Secretária da Sesan. Ivanise está condenada pelo TJPA por improbidade administrativa no governo Ana Júlia e exatamente por isso não foi vice do ED.

Naquele momento, este blog publicou a matéria O PT e a súbita troca da vice de Edmilson Rodrigues com a seguinte explicação: Segundo uma matéria do portal Roma News, os motivos seriam outros: "Por responder a processos judiciais por conta do escândalo da suposta fraude em kits escolares durante o governo da Ana Júlia, em 2009, não será mais a candidata do PT", afirma a notícia.  

Pelo que o blog apurou no tribunal de Justiça  do Estado do Pará, Ivanise responde como ré em 3 processos, que não estão sob segredo de justiça. Ela foi Secretária de Trabalho, Emprego e Renda no governo de Ana Júlia e hoje é tesoureira do PT estadual, onde o problema de saúde não lhe impede de continuar no cargo.

FARINHA POUCA, MEU PIRÃO PRIMEIRO

Com tantos grupos internos no PT querendo indicar seus nomes para compor o governo de Edmilson Rodrigues, por que Beto Faro insiste em querer emplacar Ivanise, que alegou problemas de saúde para ser vice de Edmilson e agora já está curada para ser secretária dele?

Na lista de outros pretendentes ao cargo de Secretário Municipal no governo de Edmilson Rodrigues, estão na disputa: o presidente do PT Belém, Bira Rodrigues para a SECOM - Secretaria de Economia, Milene Lauande para a Secretaria de Habitação e Alfredo Costa para a FUNPAPA.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...