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quinta-feira, junho 18, 2020

Nota Oficial denuncia uso político de força de segurança do Estado contra jornalistas Ronaldo Brasiliense e Orly Bezerra

Orly Bezerra e Ronaldo Brasiliense foram alvo da 2ª fase de uma operação policial considerada com uma retaliação por parte do governador Helder Barbalho, por denúncias feitas em portais e blogs independentes sobre irregularidades e fraudes.



O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor/PA) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vêm a público afirmar que o combate à propagação de notícias falsas é absolutamente necessário diante da conjuntura nacional. Porém, a atuação dos agentes públicos não pode resultar em ações arbitrárias e tampouco no uso político das forças de segurança estaduais contra jornalistas.  

Na terça-feira, 16, os jornalistas Orly Bezerra e Ronaldo Brasiliense (foto) foram surpreendidos com uma investida da Polícia Civil em suas residências, para cumprir mandado de busca e apreensão em um inquérito em que, somente mais tarde, se soube que seria sobre investigação de fake news. Os policiais chegaram à residência de Orly Bezerra às 6 horas e fizeram a mesma operação na agência Griffo, também de sua propriedade.  

Às 15 horas, a Polícia Civil de Santarém fez a mesma busca na casa de Ronaldo Brasiliense, no município de Óbidos, no oeste paraense. Em ambos os casos, os policiais levaram equipamentos – celulares e computadores -, contendo os acervos de trabalho dos dois profissionais, além de documentos.  

O combate às fake news é legítimo e preciso. Porém não pode representar censura, ou intimidação, aos profissionais da comunicação no exercício de sua missão de informar à sociedade, com ética e responsabilidade social.  

Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará Federação Nacional dos Jornalistas.

domingo, abril 19, 2020

Jornalismo, enfermo, na “UTI”



Por Alex Fiúza, em seu blog

Como explicar essa “guerra de narrativas”, na imprensa brasileira, sobre a pandemia do Covid-19, com informações desencontradas e distorcidas, sem a devida comprovação e imparcialidade dos dados anunciados, em versões enviesadas e/ou desonestas das matérias publicadas, como se os órgãos de comunicação, ao invés do compromisso ético (e primordial) com o interesse público, fossem meros instrumentos partidarizados e/ou ideológicos, associados a interesses econômicos e políticos inconfessos, com o uso desavergonhado do vírus como “palanque político”?!  

Como explicar que uma carreata quilométrica no centro de São Paulo, contra as medidas do Governador João Dória – indubitavelmente o fato político mais relevante do sábado, 11 de abril –, não ganhasse manchete (sequer menção), no dia seguinte, em alguns dos principais jornais e canais de televisão do país (a exemplo da Folha de São Paulo e da Rede Globo) – ao passo que a ida do Presidente da República a uma padaria (ocorrência sem qualquer valor jornalístico significativo) auferia destaque, na mesma ocasião, em quase todos os noticiários desses órgãos?!  

Como explicar a divulgação deturpada, em vídeo, de prisão violenta de uma cidadã (que apenas caminhava na praça) por policiais, na cidade de Araraquara (SP), sob a narrativa deturpada de “descumprimento” (de sua parte) de determinação de “isolamento social” decretada pelo Prefeito da cidade, sem qualquer apuração de contraditório (depoimento da vítima) ou questionamento do ato da prisão em si – em tese, frontalmente contrário ao direito fundamental (e democrático) da liberdade de ir-e-vir, consagrado na Constituição Federal?!  

Como explicar a publicação de uma foto com centenas de covas enfileiradas num cemitério de São Paulo, em dimensões absolutamente desproporcionais às ocorrências locais dos óbitos da pandemia, com o único e aleivoso objetivo de impactar negativamente a sociedade com a imagem “plantada” e propagandear, internacionalmente, uma inverdade (fake News) forjada – servindo até de capa para o reconhecido jornal norte-americano The Washington Post?!  

Como explicar que, em plena entrevista ao vivo, durante telejornal da CNN, um reconhecido e reputado médico, com opinião divergente ao da emissora no que concerne aos protocolos pertinentes ao enfrentamento da pandemia do Covid-19, tenha sido bloqueado em seu depoimento sob a alegação de “problemas técnicos” (sic!); ou que um telefonema suspeito tenha interrompido, durante uma transmissão ao vivo, a divulgação, pelo apresentador Luiz Datena, de uma possível cura para o Covid-19 (à base de cloroquina), em seu programa diário na TV Bandeirantes ?!  

Como explicar o bloqueio sistemático (ou o menosprezo) à abordagem e divulgação do uso da hidroxicloroquina no tratamento do Covid-19 – não obstante os resultados clínicos positivos já comprovados em muitos hospitais do país e em nível internacional –, como se tal “pauta” fosse socialmente desprezível – ou viesse a “atrapalhar” as notórias e “funcionais” estratégias midiáticas de fertilização do “terrorismo pandêmico”?!  

Como explicar que uma das denúncias mais relevantes e reveladoras da Operação Lava Jato, a do ex-ministro Antônio Palocci – da mesma forma que aquela do ex-governador Sérgio Cabral – , não tenha(m) sido priorizada(s) nas manchetes da grande mídia, na proporcional e correta dimensão do fato, ou devidamente tematizada(s) – dada a sua importância política para o país – por alguns de seus principais analistas de plantão ?!  

Sim, como explicar tudo isso – e muito, muito mais – (!?), quando o “Código de Ética dos Jornalistas”, que fixa as principais diretrizes à atuação do profissional nas suas relações com a comunidade e com as fontes de informação, estabelece, dentre outros princípios e regras, que:  

– a divulgação da informação, precisa e correta, é dever dos meios de divulgação pública, independente da natureza de sua propriedade (Art. 2º.);  

– a informação divulgada pelos meios de comunicação pública se pautará pela real ocorrência dos fatos e terá por finalidade o interesse social e coletivo (Art. 3º.);  

– a obstrução direta ou indireta à livre divulgação da informação e a aplicação de censura ou autocensura são um delito contra a sociedade (Art. 5º.);  

– o compromisso fundamental do jornalista é com a verdade dos fatos, e seu trabalho se pauta pela precisa apuração dos acontecimentos e sua correta divulgação (Art. 7º.);  

– é dever do jornalista divulgar todos os fatos que sejam de interesse público (Art. 9º.);  

– o jornalista não pode submeter-se a diretrizes contrárias à divulgação correta da informação; [e] frustrar a manifestação de opiniões divergentes ou impedir o livre debate (Art. 10);  

– o jornalista deve evitar a divulgação dos fatos com interesse de favorecimento pessoal ou vantagens econômicas; ou de caráter mórbido e contrários aos valores humanos (Art. 13);  

– o jornalista deve ouvir sempre, antes da divulgação dos fatos, todas as pessoas objeto de acusações não comprovadas, feitas por terceiros e não suficientemente demostradas ou verificadas (Art. 14);  

– o jornalista deve permitir o direito de resposta às pessoas envolvidas ou mencionadas em sua matéria, quando ficar demonstrada a existência de equívocos ou incorreções (Art. 15);  

Etc. etc. etc.  

Lamentavelmente, os fatos estão a demonstrar que, no Brasil, o jornalismo, massivamente, rasgou, em definitivo, o “Código de Ética”. A (olvidada) “ética jornalística” parece que foi contaminada pela “pandemia da patifaria”, colocando em risco – de morte (!) – a única condição imunológica capaz de combater qualquer ataque “parasitário” ou “bacteriano” das costumeiras politicagens de ocasião, numa democracia: a credibilidade da informação – alicerçada na prática da isenção da narrativa e no testemunho fidedigno dos fatos.  

Sim, a transparência informativa e a honestidade profissional cederam lugar às omissões factuais, às deturpações interpretativas, quando não às mentiras deliberadas (fake News), num total e repugnante desserviço à sociedade.  

O noticiário sobre a pandemia do Covid-19 se transformou num “laboratório” por excelência para o exercício da hipocrisia e máxima ilustração de toda essa patifaria em série, cujo “roteiro” acabou por subsumir inúmeros jornalistas à condição de meros servos do furtivo patronato midiático, reduzidos ao desprezível papel de torcida infame por cadáveres em massa, sedentos por notícias mórbidas.  

Não, definitivamente isso não é jornalismo! É militância sórdida, imoral! – não importa se “de direita” ou “de esquerda”.  

Por tudo, o jornalismo brasileiro, hoje, está enfermo, ofegante, na “UTI”; de “pulmões” infectados pelo “vírus” do descrédito e do deslustre, à espera de “respiradores mecânicos” de última hora, já que o costumeiro “oxigênio” – usualmente canalizado por recursos públicos “previamente carimbados” – parece ter sido ultimamente interrompido, ameaçando de morte quem estava acostumado a “respirar” apenas artificialmente, vendendo “verdades”.

quinta-feira, agosto 29, 2019

Jornalista que denunciou “dia do fogo” é atacado em Novo Progresso, no Pará

Até agora, nenhuma entidade de Direitos Humanos ou órgão governamental se pronunciou sobre as ameaças contra o jornalista que denunciou o 'Dia da Queimada', na Amazônia.

Por Kátia Brasil, no Brasil de Fato, com informações da Amazônia Real

Ameaças circularam no Whatsapp e em panfletos distribuídos pela cidade. Um Boletim de Ocorrência foi registrado

O jornalista Adecio Piran, de 56 anos, proprietário do jornal Folha do Progresso, que denunciou o protesto de produtores rurais, denominado de “dia do fogo”, foi atacado nesta quarta-feira (28), por meio de grupos da rede social Whastsapp, com um panfleto apócrifo, que também foi distribuído em versão impressa à população de Novo Progresso, no sudoeste do Pará. O jornalista registrou um Boletim de Ocorrência na Polícia Civil. O panfleto traz uma foto montada de Adecio, na qual ele aparece de chapéu, com o símbolo da cifra do dólar no óculos preto, uma imagem de incêndio ao fundo e a frase: “Mentiroso, Estelionatário e Trambiqueiro”.

Um dos trechos do panfleto acusa o jornalista de inventar a notícia do protesto “dia do fogo” para prejudicar o desenvolvimento de Novo Progresso, município que enfrenta alta das queimadas. “Não é de hoje que este senhor [Adecio] vem prejudicando nossa região com falsas notícias que é compartilhada por ONG´s e ativistas mundo afora fazendo com que nossa cidade seja vista como vilã em queimadas e desmatamento, o que é mentira”, diz o panfleto.   

À agência Amazônia Real, o jornalista Adecio Piran revelou que sua situação de segurança estava difícil.  Ele contou que nasceu em Novo Progresso e trabalha como jornalista há 20 anos, mesmo tempo que tem o veículo. “É ameaça geral aqui. São [as ameaças] de pessoas que não aceitam a verdade e que, de uma forma ou outra, atacam para se esconder dos atos praticados”, disse ele sobre os panfletos distribuídos em Novo Progresso.   


Adecio Piran: “Estão fazendo uma corrente para retirar os patrocinadores do jornal. Nossa situação está muito complicada” / Foto: Joao Laet / AFP.

Adecio Piran afirmou que os anunciantes do jornal também estão sendo ameaçados e coagidos. “Eles [os produtores rurais] estão fazendo uma corrente para retirar os patrocinadores do jornal. Nossa situação está muito complicada”, e por isso o jornalista registrou um Boletim de Ocorrência (BO) na Unidade Polícia Civil da cidade.  

A reportagem teve acesso ao BO. No documento, o jornalista disse que é alvo de difamação, calúnia e ameaça por parte de grupos denominados de “Direita Unida Renovada” e “Caneta Desesquerdizadora”, ativos na rede social WhatsApp. Também responsabilizou Donizete Severino Duarte, que seria administrador do “Direita Unida Renovada”, em Novo Progresso, como um dos autores das ameaças. 

A reportagem não localizou Duarte para falar sobre a denúncia. Já o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Novo Progresso, Agamenon Menezes afirmou que o jornalista mente e também registrou um BO contra Adecio Piran por calúnia e difamação.

Em outro trecho do panfleto apócrifo, Piran é acusado de estelionato. “O que estamos sabendo é que esse cidadão é um estelionatário que extorque dinheiro de empresários e políticos há anos, antes de publicar suas matérias mentirosas, um fracassado que vive de maracutaias.”  

O jornalista rebateu a denúncia, dizendo que seu veículo, que tem uma página na internet, sobrevive de pequenos anúncios e não recebe recursos públicos. Segundo ele, o jornal ganhou credibilidade ao longo dos anos, denunciando crimes ambientais.   

“A imprensa na cidade não publica [as notícias dos crimes] com medo de represálias que ocorrem, principalmente sobre as causas ambientais”, afirmou Piran.  

Sobre a acusação do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Novo Progresso, Agamenon Menezes, da qual o “dia do fogo” foi uma mentira inventada pelo jornal Folha do Progresso, o jornalista Adecio Piran indagou:  “O Exército não está aqui apagando fogo? Eles [ruralistas] precisam entender que a Amazônia não é minha, é do planeta”.  

A reportagem da Amazônia Real procurou instituições como o Ministério Público Federal do Pará, Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e o Artigo 19 da Constituição, que defendem a liberdade de expressão e liberdade de imprensa. No que diz respeito às instituições, elas informaram que estão acompanhando a situação do jornalista em Novo Progresso, mas ainda não se pronunciaram.

A notícia do “dia do fogo” foi publicada no jornal Folha do Progresso em 5 de agosto e relatava que os produtores rurais estavam organizando o protesto no dia 10 de agosto para “chamar atenção das autoridades” sobre a falta de apoio do governo”, e também para demonstrar que estavam “amparados pelas palavras” do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que contestou os dados dos desmatamentos na Amazônia e prometeu perdoar as multas de ruralistas por crimes ambientais.

“Precisamos mostrar para o presidente [Jair Bolsonaro] que queremos trabalhar e o único jeito é derrubando. E para formar e limpar nossas pastagens, é com fogo”, disse um fazendeiro, ouvido pelo jornal Folha do Progresso, sob anonimato.  

Os dados do Inpe mostram que as queimadas explodiram no entorno da BR-163, justamente a partir do anúncio do “dia do fogo”, informou a reportagem do jornal Folha do Progresso, que repercutiu em nível internacional.   

No dia 14 de agosto, a Folha de S. Paulo publicou que, após o “dia do fogo”,o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou uma explosão de focos de incêndio na região de Novo Progresso, que fica a 1.643 km de distância de Belém. O aumento dos incêndios e queimadas foi de 300% no dia 10 de agosto, um sábado, em comparação com o dia anterior. “Com 124 registros, foi o recorde do ano, mas durou pouco: no domingo (11), já pulou para 203 casos. Nos últimos dias, a cidade conviveu com uma densa nuvem de fumaça”.    

A série Amazônia em Chamas publicada pela agência Amazônia Real, revelou que funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que atuam no sudoeste do Pará, solicitaram apoio da Força Nacional de Segurança (FNS), subordinada ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, para apoiar a fiscalização e deter a manifestação pelo “dia do fogo”, mas não foram atendidos, apesar de serem cobrados pelo MPF.

Ruralista registrou BO

Queimadas no Parna Jamanxim em Novo Progresso no Pará em 24 de agosto de 2019 (Foto: Victor Moriyama / Greenpeace

Em entrevista anterior à ameaça ao jornalista Adecio Piran, o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Novo Progresso, Agamenon Menezes, negou que existiu o “dia do fogo” e desclassificou o profissional.  

“É um jornalista revoltado aqui, ele não é bem certo da cabeça. Ele de vez em quando faz umas reportagens malucas desse aí, não sei dá onde ele tirou. Como ele é jornalista, e tem o direito do sigilo, ele não conta quem foi que contou. Nós queremos saber quem é que falou para ele que iria fazer isso, mas [ele] não conta, ele fica com a lei do sigilo”, disse o ruralista. 

Procurado nesta quarta-feira (28), Agamenon Menezes afirmou que registrou um Boletim de Ocorrência (BO) contra o jornalista Adecio Piran, no dia 10 de agosto. “O sindicato registrou um BO em cima do jornal e tem uma investigação em isso aí. Ele mentiu muito, inventou uma história e deu um prejuízo moral e financeiro para todo mundo”, disse o sindicalista.  

Perguntado se soube da distribuição dos panfletos apócrifos com ameaças ao jornalista, Menezes afirmou: “Tô sabendo que o pessoal aqui está revoltado com ele [o jornalista]. Mas aqui a gente é ordeira; ninguém vai fazer nada com ele, que é uma pessoa imoral. Ele inventa histórias e já inventou outras vezes”, disse.  A Amazônia Real perguntou que outras inverdades o jornalista teria publicado anteriormente e o sindicalista desconversou. “Não lembro agora.” 

A reportagem apresentou ao sindicalista o dado de que o Inpe havia detectado um aumento de 300% nas queimadas em Novo Progresso no “dia do fogo”, isto é, na data de 10 de agosto. Questionou a relação entre o aumento significativo das queimadas, no dia em que foi anunciado o protesto dos produtores rurais.   

“Isso é também mentiroso, uma calúnia, não existiu. Eles [o Inpe] pegam um fogo de calor de uma fogueira de São João, por exemplo, e dizem que é um foco de calor de derrubada de floresta, certo! ”, afirmou Menezes. “Isso interessa muito à comunidade internacional para prejudicar nosso presidente [Jair Bolsonaro]”, completou.    

Agamenon Menezes disse que está à frente do sindicato há 23 anos. Para ele, todos os anos há queimadas para a produção do pasto na região. “Muitas vezes a pessoa, por acidente, queima o pasto. O que está acontecendo agora é o clima, não é que estão tocando fogo na floresta. Aí, o Inpe coloca lá como se tudo fosse queimada”, disse o sindicalista.   

A reportagem explicou para o sindicalista que nas imagens de satélites, das quais o Inpe faz o monitoramento de queimadas desde 1989, e (nas) as fotografias que estão na região de Novo Progresso e Altamira, mostram que as queimadas aumentaram por causa dos desmatamentos. Então questionou: O que o senhor tem a dizer?   

“O desmatamento realmente existe, aquelas bolas de desmatamentos existem. Mas você sabe que na legislação brasileira na Amazônia, a pessoa pode usar 20% da área para desmatar com o plano de manejo. Se permite, o que eu posso fazer se não é proibido? ”, questiona Agamenon Menezes.   

O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Novo Progresso, contudo, reconhece que há desmatamento ilegal, mas questionou. “A maioria dos produtores trabalha na legalidade, mas não podem dizer que tudo que é madeira daqui é ilegal. Então tudo que desmata aqui é ilegal? Todo fogo é ilegal, é proibido? Então o que querem fazer com nós aqui da Amazônia? ”, finalizou Menezes.

Segundo a organização não-governamental de direitos humanos Artigo 19, a violência contra jornalistas aumentou nos últimos anos no Brasil. De janeiro até o mês de agosto de 2019, foram 26 ameaças, 1 sequestro, 4 tentativas de homicídio e 4 assassinatos. As principais vítimas foram jornalistas (17 profissionais). Em 2018 foram 35 ameaças, mesmo número de 2012 e 2015.   Na Amazônia, em 2018, foram assassinados o jornalista Ueliton Brizon, em Rondônia, e Jairo José de Sousa, da Rádio Pérola, no Pará.   

A morte de Brizon aconteceu no dia 16 de janeiro, no município de Cacoal (RO). Além dele, o radialista Hamilton Alves, da rádio Nova Jaru FM, também no Pará, sofreu um atentado no dia 20 de abril. Ninguém foi preso pelos crimes até o presente momento.   Jairo de Sousa foi assassinado em 21 de junho, em Bragança, no Pará. No programa radiofônico, ele apresentava diariamente denúncias contra a administração pública da cidade e de municípios vizinhos. O vereador Cesar Monteiro (PR), foi apontado como suspeito de ter encomendado a morte do radialista a pistoleiros, segundo informou a agência Ponte de Jornalismo.  

SINJOR E FENAJ EMITEM NOTA DE REPÚDIO E COBRAM POSIÇÃO DO GOVERNO E ÓRGÃOS DE SEGURANÇA

Em nota, o Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará (Sinjor-PA) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) manifestam repúdio, indignação e denunciam as ameaças feitas contra o jornalista ADÉCIO PIRAN, proprietário do jornal Folha do Progresso, que circula no município de Novo Progresso no sudeste do Pará.   

O jornalista publicou reportagem, denunciando o “Dia do Fogo”, ação criminosa contra a floresta amazônica praticada por produtores rurais da região. A notícia teve repercussão nacional e internacional.   

Na quarta-feira (28), Adécio Piran foi alvo de ameaças, nas redes sociais, com a postagem de um folheto que foi distribuído na cidade de Novo Progresso, onde é exibida a sua foto com um texto que o acusa de ser estelionatário e responsável por incêndio criminoso.   

O jornalista também denuncia que os anunciantes do jornal Folha do Progresso estão sendo ameaçados e coagidos a retirar o apoio ao periódico, que está em circulação há 20 anos.   

Por conta dessas ameaças, o jornalista registrou Boletim de Ocorrência (BO) na Unidade da Polícia Civil da cidade.   

O Sinjor-PA e a FENAJ repudiam mais um atentado contra o exercício do jornalismo, da liberdade de imprensa e de expressão. As entidades também pedem providências ao Governo do Estado do Pará e seus órgãos de Segurança Pública para garantir a integridade física e os direitos do jornalista ADÉCIO PIRAN e que sejam identificados e punidos os autores das ameaças.   

Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará – Sinjor/PA   

Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)

quinta-feira, novembro 29, 2018

Qual o perfil do jornalista brasileiro?



Por Diógenes Brandão

O portal Comunique-se faz uma pesquisa com 26 mil jornalistas que atuam em veículos de comunicação no Brasil. Os dados são utilizados pela Apex em suas ações de relacionamento com imprensa e influenciadores. 

Se você é um, acesse a pesquisa.


sábado, novembro 17, 2018

Bancada do Microfone: quem é o jornalista milionário que derrotou Dilma Rousseff?

Carlos Viana superou Dilma Rousseff nas urnas (Imagem: divulgação)


Indo contra os números de pesquisas eleitorais, a ex-presidente da República ficou de fora da lista de eleitos para o Senado. 


Carlos Viana, integrante do PHS e jornalista com carreira no rádio e na TV de Belo Horizonte, venceu Dilma Rousseff nas urnas.


Portal Comunique-se apresenta a primeira reportagem sobre comunicadores eleitos para o Congresso Federal. É a Bancada do Microfone 


Presidente da República que sofreu impeachment em 2016, Dilma Rousseff seria eleita senadora pelo PT de Minas Gerais. O “seria” ficou por conta de institutos de pesquisas, como o errante Datafolha. Abertas as urnas, o resultado foi diferente. A petista amargurou a quarta colocação e perdeu a oportunidade de integrar o Congresso a partir de fevereiro de 2019. Para o Senado, o atual deputado federal Rodrigo Pacheco (DEM) foi o que mais recebeu votos dos mineiros. A segunda vaga ficou com um representante da Bancada do Microfone que se formará em Brasília: o jornalista Carlos Viana (PHS).  

Integrante do Partido Humanista da Solidariedade desde abril, Carlos Viana revelou o desejo de se tornar senador desde o momento de sua filiação. Missão que para ser alcançada contou com um cabo eleitoral de peso. Ex-presidente do Atlético Mineiro e figura do PHS mais conhecida nacionalmente, Alexandre Kalil chegou a se licenciar da prefeitura de Belo Horizonte para ajudar na campanha do jornalista. Em busca de uma das cadeiras para representar Minas Gerais no Senado, o comunicador, por sua vez, teve que abrir mão de seus dois empregos. Deixou a Record TV, onde apresentava o ‘MG Record’. Também se despediu dos ouvintes da Rádio Itatiaia, veículo em que comandava o ‘Plantão da Cidade’ (mas voltou à emissora na segunda-feira, 8).

No rádio e na TV

Natural de Braúnas (MG), cidade de 5 mil habitantes no Vale do Aço, o jornalista recém-eleito senador tem vasta experiência na imprensa. Dos 55 anos de vida, 23 foram dedicados ao trabalho em veículos de comunicação. Ao longo da carreira, Carlos Viana passou por jornais e revistas, sendo, inclusive, contratado dos Diários Associados. Fora do impresso, soma passagens por emissoras de rádio e televisão. Tem no currículo serviços para Rede Minas, Globo Minas, TV Alterosa (afiliada do SBT) e a já mencionada Record TV. Fora de Minas Gerais, o jornalista trabalhou na Rede Bahia (afiliada da Globo). Em 2004, experiência internacional: foi editor-chefe do National The Brazilian Newspaper, informa o Estado de Minas. No dial, é desde 2006 uma das principais vozes da Rádio Itatiaia, emissora AM sediada em Belo Horizonte.

Carlos Viana se formou jornalista aos 32 anos. Ele decidiu cursar comunicação porque desejava ser porta-voz da empresa em que trabalhava, a Lufthansa-Linhas Aéreas Alemãs.

A formação acadêmica e a vida profissional do senador eleito não se resumem à comunicação social. Carlos Viana é especializado em estratégia pelo Centro de Pós-Graduação e Pesquisas em Administração da Universidade Federal de Minas Gerais (Cepead-UFMG). Trabalhou como professor universitário, passando por Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH) e Centro Universitário Newton Paiva. Além de tudo, ele se define como otimista. “Muita gente me pergunta quem é Carlos Viana. Eu digo, com muita sinceridade e humildade, que Carlos Viana é um otimista por natureza”, diz o jornalista em vídeo.




Jornalista milionário 

Eleito senador, Carlos Viana foge à regra da profissão. Ele é, oficialmente, um jornalista milionário. Ao registrar sua candidatura junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarou ter bens avaliados em R$ 4 milhões. Entre os itens estão quatro apartamentos, com valor venal de R$ 1,9 milhão, R$ 288 mil, R$ 152 mil e R$ 133 mil. Há, ainda, quatro terrenos, uma casa (de R$ 492 mil) e uma sala comercial (R$ 420 mil). Por outro lado, quem se deparar com as contas bancárias do político-comunicador pode se assustar com as operações. Consta, entre os bens, depósito bancário em conta corrente no valor de um centavo. Há, ainda, movimentações de R$ 99,27 e R$ 10. De aplicação de renda fixa, soma R$ 80,38. Em contato com a reportagem do Portal Comunique-se, ele avisa: também tem dívidas e muitos dos imóveis foram conquistados por meio de consórcios.  

No Senado, os eleitores podem esperar pela atuação de um defensor da “democracia, economia liberal e liberdade de imprensa”. É o que avisa o parlamentar eleito em seu perfil no Twitter. Eleito que fez questão de colocar a profissão que exerce na urna. No último domingo, 7, mais de 3,5 milhões de mineiros digitaram 310 e confirmaram. Eles foram os responsáveis por eleger o Jornalista Carlos Viana como representante do estado no Distrito Federal.  

Especial: Bancada do Microfone Antes das eleições, especial do Portal Comunique-se já apontava que 450 comunicadores galgavam um cargo político. Ao decorrer das próximas semanas, o site apresentará os perfis de alguns desses candidatos que obtiveram sucesso nas urnas. Acompanhem as próximas reportagens.

sexta-feira, outubro 12, 2018

Vote em mim como blogueiro do ano, no Prêmio Sistema FIEPA de Jornalismo



Por Diógenes Brandão

Confesso que eu sempre vi de longe e a pedido de amigos que disputaram as edições anteriores, votei algumas vezes, mas nunca havia me interessado em participar. 

Mas como esse ano fui indicado ao Prêmio Sistema Fiepa de Jornalismo, na modalidade Profissionais do Ano, onde uma comissão, integrada por representantes da FIEPA, me indicou para concorrer com outros 21 grandes profissionais da área, não tenho outra opção a não ser encarar o desafio e pedir o seu voto.

Quero frisar que só de estar entre os demais profissionais que dedicam horas, madrugadas e quase enlouquecem para manterem seus blogs atualizados, com conteúdo de qualidade, já me sinto um vencedor. 

Pelo que entendi do regulamento, se eu tiver o seu voto agora e dos amigos que compartilharem, posso ficar entre os cinco (05) mais bem votados, aí passo para outra etapa, onde serei novamente colocado em um novo processo eleitoral e de lá serei julgado por outros profissionais do mercado de comunicação, mas o júri composto por influenciadores, formadores de opinião, representantes de entidades de classe do setor produtivo, instituições do terceiro setor, MPF, MPE, além dos poderes legislativo, executivo e judiciário.

Bom, para quem iniciou a escrever este blog em dezembro de 2006 e de lá pra cá já totalizou 3.336 publicações, contando com a ajuda e inspiração de Deus, das músicas, amigos e livros que influenciaram em minha formação intelectual, que somadas à todas as fontes e profissionais de diversas áreas, como advogados, professores, técnicos, entre outros, que nutrem este espaço com suas informações e opiniões, eu já me dou por satisfeito.

Mas se eu conseguir sair vencedor do prêmio com a estatueta de blogueiro do ano, me comprometo a manter a qualidade da informação jornalística e do conteúdo opinativo, respeitando as leis e a ética profissional, que dedico a este blog e às minhas redes sociais, nestes quase 12 anos de atividades.

Por isso, minhas amigas e amigos leitores do blog AS FALAS DA PÓLIS, participe da primeira fase de votação, acessando o site www.premiosistemafiepa.com.br e procurando o nome deste seu amigo, Diógenes Brandão, na categoria BLOGUEIRO

Qualquer pessoa pode votar. Basta acessar o site e clicar no meu nome. 

Desde já, eu agradeço de montão! 

domingo, agosto 06, 2017

Márcio Miranda e a capa da discórdia do Diário do Pará

Manchete de capa do jornal Diário do Pará dispara contra presidente da ALEPA e respinga em servidora da ALEPA, que cobra retratação por 'inverdades'. 

Por Diógenes Brandão

Tal como sugere o título, o assunto desta postagem é a manchete de capa do jornal Diário do Pará deste domingo (06), exatamente há um ano antes do início da campanha eleitoral de 2018, quando os paraenses irão às urnas votar para presidente, governador, senadores, deputados federais e estaduais. 

Talvez por essa coincidência, o jornal da família Barbalho que tem um dos seus membros como pré-candidato ao governo do Pará, Helder Barbalho (PMDB), tenha resolvido substituir o nome do governador Simão Jatene - ou falado da derrota do Paysandu e dos números da violência - e ter carimbado o nome de um possível futuro oponente: Márcio Miranda (DEM).
 
Mesmo que esteja implícito, o objetivo de desgastar a imagem do presidente da ALEPA já está em curso há alguns meses. Iniciou com notinhas capciosas e meticulosamente pensadas com o intuito de preparar o terreno para a guerra, que pelo visto já começou e agora foi dado um disparo do principal canhão do PMDB no Pará, o jornal. Não demora muito para vermos o nome de Márcio Miranda sendo citado ao lado de notícias policialescas, nos programas 'Barra Pesada' e 'Metendo Bronca'.

As viagens do bloco da 3ª via

Os 'tiros' aumentaram por algum destes dois motivos: Ou pesquisas encomendadas pelo PMDB revelam que a candidatura de Márcio Miranda tem viabilidade para o governo e/ou senado, ou o presidente da ALEPA está em débito com a bancada do PMDB. 

No caso da primeira hipótese ser a mais plausível, Márcio Miranda, que anda pra cima e pra baixo, conversando com prefeitos, empresários, deputados, vereadores e dirigentes de diversos setores da economia paraense, talvez já apareça com uma boa ou razoável margem de aprovação nos gráficos das aferições estatísticas feitas depois da última pesquisa realizada no Pará.


Se o sintoma revelado pelo jornal for débitos de alguma espécie com os deputados do PMDB, o problema tende a ser de fácil solução para o presidente da casa, já que Mário Miranda foi eleito por 03 mandatos consecutivos, mas se for a disputa pelo governo ou uma das duas vagas ao senado, que serão disputadas no tapa em 2018, aí o negócio vai esquentar.

Os mais atentos já perceberam que a sucessão de Simão Jatene é altamente disputada não só no seu próprio partido, como em sua vacilante e cada dia mais rachada base aliada. DEM, PSB e PSC, por exemplo, já iniciaram diversas conversas para a formação de um 'bloco', que mesmo não tendo avisado ao governador, já emitem sinais de que não irão seguir outro tucano nas eleições de 2018. 


A fila anda e os deputados destes partidos tem andando o Pará freneticamente. Basta olhar as redes sociais deles e percebe-se que a pré-campanha, embora muito mal feita, está de vento em popa nas ruas e nas redes.

Jornal e jornalista são criticados por blogueira que espera retratação

A jornalista, advogada, blogueira e servidora da ALEPA, Franssinte Florenzano, assim que viu seu nome na referida matéria de capa do jornal Diário do Pará, usou seu blog para 'soltar os cachorros' em cima do jornalista Mauro Neto, que redigiu a matéria e contra o próprio jornal, dizendo que ele atacou Mário Miranda, de quem ela é assessora.

Franssinete chega a afirmar que o jornal faltou com a verdade ao dizer que ela recebe o supersalário de R$52,6 mil, tal como consta na matéria, o que segundo ela própria afirmou, "estaria acima do teto constitucional e, portanto, fora da lei". Logo em seguida ela conclui o primeiro parágrafo do post, também compartilhado em seu perfil no Facebook, dizendo: "A verdade, a justiça e o jornalismo passaram longe do texto".

Mostrando o contra-cheque com o salário de R$20.440,85 e explicando ser servidora de carreira, com o cargo de confiança como a assessora DAS.6 da Secretaria Legislativa, onde Márcio Miranda é seu chefe direito, Franssinete mostra-se indignada com o envolvimento do seu nome no imbróglio e finaliza cobrando a retratação do jornal e do jornalista que assinou o texto, dizendo: "Aguardo a devida retratação por parte do jornal Diário do Pará e de Mauro Neto, a fim de que prevaleça a verdade, a ética e o verdadeiro jornalismo, com "J" maiúsculo, como merecem os paraenses."

O blog ainda vai publicar a matéria do jornal Diário do Pará que traz como manchete: Márcio Miranda gasta 129 milhões com assessores.


terça-feira, julho 25, 2017

Roda Viva histórico: Reinaldo Azevedo desmascara Moro e os promotores da Lava Jato



Por Diógenes Brandão

O blog lamenta por só agora ter visto e trazido à ribalta o programa "Roda Viva", que avalio ter entrado para a história, pelo fato do jornalista Reinaldo Azevedo ter feito comentários contundentes sobre a condenação em primeira instância, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Autor dos livros "O país dos Petralhas I", "O país dos Petralhas II" e do termo "Esquerdopata", o ex-jornalista da VEJA, detonou as avaliações de Thaméa Danelon, procuradora da República e coordenadora do Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal em São Paulo, que também participou do programa como debatedora e elogiou o juiz Sérgio Moro e a operação Lava Jato, mas levou uma verdadeira "surra" de Reinaldo Azevedo.

Logo em sua primeira fala, Reinaldo Azevedo chega a dizer que o juiz Sérgio Moro cometeu diversas piruetas e conclui uma avaliação sobre a turma acusatória da Lava Jato: "Quando eu vejo um Procurador da República pedindo cadeia para este político, ou aquele. Ou contestando ao vivo e em cores uma decisão que está sendo tomada no Supremo, eu vejo um homem de Estado se exacerbando e tomando uma posição que não lhe cabe(...) Infelizmente, o Ministério Público hoje transgride a lei de maneira clara, objetiva, indisfarçável". 

Os tucanos devem ter ficado pasmos ao ouvirem Reinaldo Azevedo preconizar: "O PSDB talvez seja extinto agora no processo do Petrolão". 

Outra coisa que chama atenção no vídeo é o chilique do jornalista José Nêumanne - editorialista do jornal O Estado de S. Paulo e comentarista da TV Gazeta e da Rádio Eldorado - reclamando por ter, segundo ele, ter sido chamado de ignorante por Reinaldo Azevedo.

Além do caso de Lula, o programa também abordou a crise política em decorrência da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer.

Assista abaixo os trechos citados acima e logo em seguida, a versão completa do programa:


Aqui, você assiste a versão completa do programa Roda Viva:


sábado, maio 13, 2017

Baixaria News: Jornalistas ligam o ventilador no esgoto da mídia



Por Altamiro Borges, em seu blog, sob o título Mainardi para Reinaldo: “Vai dar a bunda”

Esta turma de “calunistas” da chamada grande imprensa é realmente muito baixo nível. É bem xucra! Na cavalgada golpista para derrubar Dilma, ela esteve unida e excitada. Conclamou os seu fanáticos seguidores a ocuparem às ruas para depor uma presidenta eleita pela maioria dos brasileiros. Atiçou o ódio fascista na sociedade. Porém, passado o “golpe dos corruptos”, que alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, ela agora está dividida. E não faltam baixarias. Dois dos principais mentores da direita nativa – Diogo Mainardi, a anta que obra na GloboNews, e Reinaldo Azevedo, que trabalha na Veja e Folha – estão em guerra e ligaram o ventilador no esgoto. 

Diogo Mainardi, que fugiu do Brasil aparentemente para escapar de processos judiciais, está doente. Ele aposta no caos político como forma de viabilizar uma candidatura fascista no país. Deve morrer de amores pelo facínora Jair Bolsonaro, o apologista dos estupros e das torturas. Já Reinaldo Azevedo não esconde sua plumagem tucana. Desde a época da falida revista ‘Primeira Leitura’, ele mantém relações carnais com os caciques do PSDB. Após atiçar as marchas golpistas contra Dilma, ele agora está preocupado com os abusos da midiática Operação Lava-Jato, que ameaçou – apenas ameaçou – atingir alguns tucanos para manter as aparências de imparcialidade. 

Nesta semana, a guerra entre os dois egocêntricos atingiu o ápice – ou melhor, o esgoto. Reinaldo Azevedo publicou na Folha uma dura crítica ao “justiceiro” Sergio Moro. De forma certeira – e difícil constatar esta verdade –, ele afirmou que no depoimento de Lula, ocorrido na quarta-feira (10) em Curitiba, o juiz “esmagou o devido processo legal com um desassombro inédito em tempos democráticos”. De imediato, o criador do termo “petralha” foi acusado por seus antigos seguidores de “petralha”, de “traidor” e de outros adjetivos impublicáveis num site bem comportado como este. Diogo Mainardi seguiu as antas fascistas das redes sociais. 

Nesta sexta-feira (12), Reinaldo Azevedo provocou seu antigo comparsa da revista do esgoto – atual comentarista do asqueroso Manhattan Connection, da GloboNews, e um dos editores do site fascista O Antagonista. Em postagem na Veja, ele perguntou ao “Oráculo de Veneza”: “Quando é que o Lula vai ser preso amanhã? Vá buscar uma ocupação, meu velho”. A ironia irritou o ricaço que reside em Veneza e tem “preguiça de escrever”. Pelo Twitter, Diogo Mainardi respondeu de forma elegante: “Vai dar a bunda, Reinaldo”. Alto nível dos colunistas da chamada grande imprensa! Um exemplo para o jornalismo mundial. Coisa bem apropriada para os tempos do bordel golpista de Michel Temer. 

domingo, fevereiro 26, 2017

Jornais paraenses encalham nas bancas



Sucessivas edições dos dois jornalões paraenses, Diário do Pará e O Liberal, encalham nas bancas de revistas e pontos de vendas espalhados por Belém. Nem o tablóide Amazônia, "filho" caçula das ORMs, que mesmo sendo vendido a preço de bombom, consegue esgotar suas vendas. Em Abril, o "Amazoninha", como é chamado pelos jornalistas que lá trabalham, completa 17 anos de existência e não terá muito a comemorar.

Mesmo reduzindo o número de impressos, os barões da mídia paraoara, assistem dia após dia, grande parte das suas edições serem devolvidas para as empresas das famílias Maiorana e Barbalho. 

Em compensação, as versões digitais ampliam seus acessos paulatinamente. 

O jornal Diário do Pará criou sua versão online, deixando todas as edições liberadas para os internautas, enquanto o concorrente ainda cobra assinatura para que os leitores tenham acesso ao seu conteúdo na web.

sexta-feira, agosto 19, 2016

Investigações da PF concluem que Lula nunca foi dono do tripex do Guarujá. Barões da mídia podem ter envolvimento


No UOL, com a manchete editada, já que escondeu que a mentira espalhada há meses pela mídia brasileira, finalmente foi desmascarada. Lula sempre disse que o apartamento que era atribuído como sendo de sua propriedade, não era dele. Empresa suspeita de reunir investimentos de 14 donos de veículos de comunicação no Brasil, o famoso Panamá Pepers está envolvida com a verdadeira proprietária do imóvel. Ou seja, os ladrões estavam distraindo a vítima, dizendo: pega ladrão!

A Polícia Federal entregou à Justiça na 6ª feira (12.ago) o relatório final sobre a fase Triplo X da Lava Jato, deflagrada em 27.jan.2016. Foram indiciados a publicitária Nelci Warken (que admitiu ser a verdadeira dona de um tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá) e funcionários da Mossack Fonseca no Brasil.

As informações são do repórter do UOL André Shalders.

O relatório final da PF foi tornado público pelo juiz Sérgio Moro no final da tarde de hoje (18.ago). Leia a íntegra aqui.

Além de Nelci, são arroladas Maria Mercedes Riaño (chefe do escritório da Mossack no Brasil), Luis Fernando Hernandez, Rodrigo Andrés Cuesta Hernandez, Ricardo Honório Neto e Renata Pereira Britto, que trabalhavam para a Mossack. Também é indiciado o empresário Ademir Auada, que intermediava negócios para a Mossack.

O ex-presidente Lula e seus familiares não foram indiciados. A real propriedade do apartamento do Guarujá, porém, é apurada em uma investigação à parte. A defesa do ex-presidente pediu a Sérgio Moro acesso à essa apuração na tarde de hoje (18.ago). Ainda não há decisão.

A Mossack Fonseca se tornou conhecida no Brasil após a divulgação da série jornalística Panama Papers, em abril deste ano. A série baseou-se em um acervo de 11,5 milhões de documentos internos da Mossack, obtido pelo jornal alemão “Süddeutsche Zeitung'' e compartilhado com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ). No Brasil, participaram da apuração o UOL, o jornal “O Estado de S. Paulo'' e a “RedeTV!''.

“ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA TRANSNACIONAL”

No documento de cinco páginas, a PF descreve a Mossack Fonseca como uma “organização criminosa de caráter transnacional, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, voltada para a prática do crime de lavagem de dinheiro”.

“As diligências efetuadas revelaram que a atividade principal da Mossack guardava relação com a abertura de empresas offshore, de forma a ocultar seus verdadeiros sócios e responsáveis. Nesse sentido, todos os que trabalhavam na empresa tinham plena ciência de que atuavam em um mercado voltado à demanda do trânsito de valores e bens de origem suspeita e duvidosa. Por tal motivo, foram indiciados como incursos no art. 1, par. 2º, inciso II da Lei 9.613/98”, diz outro trecho do relatório. A lei mencionada é a que trata de lavagem de dinheiro.

PANAMA PAPERS

A investigação jornalística dos Panama Papers é citada em vários momentos nos relatórios produzidos pela Polícia Federal. Em alguns trechos, os peritos da Polícia utilizaram-se de reportagens para analisar documentos apreendidos na sede da Mossack Fonseca e na casa das pessoas que foram alvo da fase Triplo X.








quinta-feira, março 24, 2016

Globo brinca com fogo. Pode se queimar!


Por Altamiro Borges, em seu blog

Nesta quinta-feira (24), a Frente Povo Sem Medo, que reúne diversos movimentos sociais, fará um ato em São Paulo com o slogan "Em defesa da democracia. A saída é pela esquerda". Segundo Guilherme Boulos, da coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a marcha deverá reunir mais de 50 mil pessoas e terá o seu desfecho na porta da Rede Globo, na zona sul da capital paulista. "Este monopólio midiático comanda o golpe e o retrocesso no Brasil", afirmou durante entrevista coletiva concedida na sede do Centro de Estudos Barão de Itararé nesta terça-feira.

A empresa da bilionária famiglia Marinho, que explora concessões públicas de rádio e televisão, está brincando com fogo e pode se queimar. Nos últimos dias, cresceram os protestos contra a TV Globo, que assumiu o papel de liderança da conspiração pelo impeachment de Dilma. No gigantesco ato pela democracia na última sexta-feira (18), que tomou a Avenida Paulista, duas palavras de ordem foram as mais gritadas pelos participantes: "Não vai ter golpe" e "Fora Rede Globo". Em outras capitais, os mesmos bordões foram entoados por centenas de milhares de pessoas.   

Segundo relato terrorista da Folha - que tem um pacto mafioso com a famiglia Marinho e, inclusive, é sua sócia no jornal Valor - "em Brasília, manifestantes chutaram e bateram em um carro da emissora que parou em frente ao museu Nacional. Alguns militantes pediram para que os outros parassem o ataque... ⁠⁠⁠⁠Em Vitória, Aracaju, Belém e Campo Grande, os manifestantes protestaram em frente às afiliadas da Globo, e uma equipe da emissora TV Verdes Mares, uma dessas afiliadas, foi hostilizada durante protestos em Fortaleza. Na avenida Paulista, em São Paulo, foram distribuídos panfletos em que um quepe militar aparece sobre o logo da emissora, onde está escrito 'TV Golpe'".

Com o agravamento da crise política, a manipulação do império global se tornou ainda mais explícito e agressivo. Ela usou todo seu aparato e seus jagunços de plantão para insuflar as manifestações pelo impeachment de Dilma no domingo retrasado (13) - conforme provaram as jornalistas Bia Barbosa e Helena Martins em reportagem imperdível na revista CartaCapital. Já no ato contra o golpe, na sexta-feira (18), ela se recusou a transmitir a Avenida Paulista ocupada por milhares de manifestantes. Na sequência, as emissoras de rádio e televisão do Grupo Globo deram guarita para os inúmeros atos de intolerância de grupelhos fascistas que espalham o ódio na sociedade.

Este "jornalismo do esgoto" gerou desconforto entre os próprios profissionais da empresa, que não se acovardaram diante do assédio moral da famiglia Marinho. Artistas vieram a público para criticar a cobertura distorcida e partidarizada. A atriz Monica Iozzi, por exemplo, ironizou "os que se informam apenas pelas manchetes do JN". Jornalistas relataram ao blog DCM que as redações do império estão tomadas por partidários do golpe, que não têm qualquer compromisso com a ética e com o verdadeiro jornalismo. O clima é de terror, o que indica que a famiglia Marinho decidiu apostar todas suas fichas na desestabilização econômica e política do país. Seria um caminho sem retorno!

Em outros momentos dramáticos da história do Brasil, como no golpe militar de 1964, o império de comunicação da famiglia Marinho já havia adotado a mesma postura irresponsável e criminosa. Nas ruas de várias cidades, pessoas indignadas com as manipulações queimaram os veículos da empresa. Agora o clima é novamente de revolta contra o golpismo. Além do protesto de quinta-feira, agendado pela Frente Povo Sem Medo, outros atos já estão sendo marcados diante das sedes da emissora e das suas afiliadas no país. Espontaneamente, internautas inclusive já propõem o boicote aos anunciantes da emissora. A Rede Globo está brincando com fogo e pode se queimar!

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...