terça-feira, setembro 30, 2014

Sete dias para as eleições: o que o futuro reserva para Aécio

Mal nas pesquisas, Aécio Neves (PSDB) busca em São Paulo o início da recuperação de sua campanha.
Por Ana Flávia Oliveira, no portal IG.

Com leve alta nas pesquisas, tucano corre contra o tempo para passar Marina e chegar ao 2° turno com Dilma. Se ficar fora da disputa, Aécio terá poder reduzido dentro e fora do PSDB.


O tempo é curto e Aécio Neves, o candidato à Presidência do PSDB, tem uma semana para reverter a distância que o separa das concorrentes - Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) -  e assim seguir vivo nestas eleições. Caso não consiga, ele sairá do embate menor do que entrou e as suas pretensões de ser um dia presidente do Brasil podem ir para o ralo.

Além disso, caso se confirmem, no próximo dia 5, os resultados atuais das pesquisas, ele será o primeiro tucano fora do segundo turno na corrida para a  Presidência desde 1989.  Consequentemente, Aécio perderá força política e prestígio dentro do partido e também em Minas Gerais, Estado que governou por dois mandatos e de onde saiu com altos índices de aprovação.

O ex-governador mineiro entrou nas eleições como o nome com força para tirar a candidata à releição e seu partido do poder. Tudo estava indo conforme o planejado até que um trágico acidente aéreo, em 13 de agosto, tirou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos do jogo e o PSB colocou em seu lugar a ex-senadora Marina Silva.

A comoção por causa da morte de Campos, que alçou Marina como representante de uma  “nova política” capaz de romper a polarização histórica entre PT e PSDB, renderam a ela um salto nas pesquisas que assustou até mesmo a primeira colocada, a presidente Dilma. Neste jogo, Aécio viu suas intenções de votos despencarem e virou um coadjuvante no embate as duas ex-ministras do governo Lula.

Enquanto Dilma, que também se viu ameaçada por Marina, tentou desqualificá-la como gestora, o tucano assistiu ao embate entre as duas e reafirmou que faria uma campanha de ideias, citando em diversas ocasiões o avô, Tancredo Neves. O candidato também chegou a chamar de “onda da emoção” o crescimento vertiginoso de Marina, apostando que o movimento depois refluiria.

Mas nos últimos dias, o jogo político parece soprar bons ventos ao tucano, que voltou a subir nas pesquisas. Segundo o Ibope divulgado no dia 23, Aécio manteve os 19% das intenções de voto, conquistados no levantamento anterior.

Já no Datafolha da última sexta-feira (26), Aécio passou de 17 para 18%. Paralelamente, Marina perdeu pontos e aparece com 27% neste instituto e 29% no Ibope. Dilma tem 40% e 38%, no levantamento de hoje e no do início desta semana, respectivamente O crescimento, que o tucano chama de “onda da razão”, no entanto, ainda não é suficiente para tirá-lo da incomoda terceira posição e levá-lo ao segundo turno.

Para chegar ao segundo turno, o mineiro terá que tirar a diferença que tem para a candidata do PSB, que é de cerca de 6,4 milhões de votos (cada ponto nas pesquisas equivale a 641.286 eleitores), segundo o Ibope, e não deixar a atual presidente deslanchar e fechar a fatura já no primeiro turno.

Carlos Alberto Vasconcelos Rocha, cientista político e professor da PUC-Minas, aponta que o crescimento do tucano nos últimos levantamentos tem sido usado nos discursos dele para viabilizar a passagem ao segundo turno. Mas para o especialista, o ganho não parece ser suficiente para tirá-lo da incomoda situação.

“Marina está perdendo pontos e está em uma situação progressiva de perda de votos, pode ser uma tendência para essa reta final. Mas, tendencialmente, isso não é suficiente para ele chegar ao segundo turno”, sentencia.

Volta às raízes.

Para continuar na curva ascendente, uma das estratégias tem sido priorizar a região sudeste e principalmente Minas Gerais, o principal reduto eleitoral de Aécio e segundo colégio eleitoral do País, com 15 milhões de votantes. 

Entre o dia 4 de setembro e o último dia 24, ele viajou para sete cidades mineiras diferentes - e esteve três vezes em Belo Horizonte. Neste fim de semana, a agenda inclui mais duas viagens ao Estado. Entre o dia 4 de setembro e o último dia 24, ele viajou para sete cidades mineiras diferentes - e esteve três vezes na capital. Neste fim de semana, a agenda incluiu mais duas viagens para Minas.

A agenda intensa na terra natal surtiu efeito. O candidato, que já foi líder no Estado e perdeu preferência ao longo do embate, voltou a cair no gosto dos mineiro e encostou nas intenções de voto da presidente. Segundo o último levantamento do Ibope, Dilma tem 32% dos votos por lá, seguido de perto pelo tucano, que tem 31%. Marina é mencionada por 20% dos eleitores. 

Curiosamente, Aécio não tem conseguido transferir votos ao seu aliado para o governo do Estado. Pimenta da Veiga tem 25% das intenções de voto, contra 44% do seu principal oponente, o petista Fernando Pimentel, que deve ser eleito já no primeiro turno, segundo o Ibope. 

Especialistas afirmam que uma possível vitória petista em Minas também é desastrosa até mesmo para manter o tucano como uma força regional. As projeções mais pessimistas veem seu nome até mesmo fora do PSDB, que deve ser transformado em um partido puramente paulista, com o governador Geraldo Alckmin e  e o candidato ao Senado José Serra, como os principais expoentes.

Os dois disputaram as eleições presidenciais e foram ao segundo turno. Serra disputou com Lula, em 2002, e com Dilma, em 2010, e Alckmin também foi derrotado pelo ex-presidente, que tentava a reeleição, em 2006. 

"O futuro de Aécio dentro do PSDB é sombrio e o futuro do próprio partido também é. Se a Marina ganhar, o PSDB não vai ter espaço como partido de oposição. Para isso, o PT é mais competente. Vai restar ao PSDB integrar a base de sustentação do governo e ser um coadjuvante", opina Marco Antonio Carvalho Teixeira, professor de Ciência Política da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que aposta no governador paulista para disputar a Presidência pela sigla em 2018.


segunda-feira, setembro 29, 2014

Helder x Jatene: A influência - e o striptease - dos jornais e das pesquisas na escolha do eleitorado

As eleições deste ano no Pará estão servindo como palco para o striptease político dos dois principais jornais paraenses e dos institutos de pesquisa.

Já não é de hoje que a rivalidade comercial entre a família Maiorana (ORM) e a família Barbalho (RBA) respinga nas disputas eleitorais e torna os partidos meros coadjuvantes de um processo que se mantem refém do poder midiático que influencia os eleitores a elegerem aqueles que são primeiramente ungidos pelos impérios comunicacionais e só depois tem seus nomes disponibilizados nas cédulas eleitorais para a aferição popular.

Com a divulgação das últimas pesquisas eleitorais realizadas pelos jornais O Liberal e o Diário do Pará neste fim de semana, a tese do parágrafo anterior se confirma com um tom amargo para os partidos que dizem ter projetos políticos de poder.

Passei o sábado lendo nas redes sociais, que o jornal O Liberal estava sendo distribuído de forma gratuita pelas ruas de Belém e a noite, ao sair de uma pizzaria do centro de Belém, recebi gratuitamente de uma funcionária, um exemplar do jornal Diário do Pará

Não preciso dizer que a manchete de O Liberal trazia o governador Simão Jatene reeleito já no primeiro turno, informação aferida pelo IBOPE e onde o jornal divulgou a seguinte notícia: “O juiz federal Antônio Carlos de Almeida Campelo deferiu liminar solicitada pela coligação Juntos com o Povo, do candidato ao governo Simão Jatene (PSDB), e mandou suspender a veiculação de todos os trechos de propaganda eleitoral do candidato Helder Barbalho (PMDB) em seu horário eleitoral no rádio, atacando a filha do governador, Izabela Jatene, e “proibindo de veicular na propaganda eleitoral gratuita na rádio novas ofensas, calúnias ou mensagens ridicularizantes desprovidas e divorciadas de crítica política”, sob pena de multa cominatória de R$ 100 mil para cada veiculação que descumpra a ordem judicial, sem prejuízo das demais sanções pertinentes, inclusive de ordem penal por desobediência à ordem judicial.”

Já o Diário do Pará, além de reafirmar a vitória de Helder Barbalho também no primeiro turno, trouxe a seguinte informação: 

“Após divulgar de forma ilegal pesquisa do Ibope neste domingo (28), não somente o jornal O Liberal como também o Portal ORM, apoiadores da campanha de Simão Jatene (PSDB) ao governo, terão que pagar multa de R$1 milhão, cada um. A decisão foi tomada na última sexta-feira (26), pelo juiz eleitoral Marco Antonio Lobo Castelo Branco.

Como já havia sido antecipado pelo Diário do Pará, o juiz eleitoral já questionara a validade e procedência da pesquisa, afirmando que “É a boa-fé do eleitor que está em jogo e isto é de fundamental importância no processo democrático. Em pesquisa anterior, noticiam os autos, há incongruência na coleta de dados. Tal fato está sendo apurado na esfera competente”. Como se vê, para a Justiça Eleitoral, a pesquisa do Ibope tem fortes sinais de fraude e por isso não deveria ter sido publicada”.

Hoje, a propaganda eleitoral na TV mostrou que a disputa por ser ainda mais sangrenta, mas não deixará de ser disputada nas ruas, nos institutos de pesquisa e nas capas dos jornais, é claro!

Quanto aos partidos e eleitores, deixa pra lá..

terça-feira, setembro 23, 2014

Grilagem, sangue e impunidade: Mais uma liderança é morte na Amazônia

No velório de Jair, muita comoção e sentimentos de injustiça e impunidade.
Via Organização dos Trabalhadores Rurais do Pará.

Violência no Pará: UM TRABALHADOR É ASSASSINADO E OUTROS QUATRO SAEM FERIDOS EM FAZENDA NO MUNICÍPIO DE BOM JESUS DO TOCANTINS, SUDESTE DO PARA.

No final da tarde de ontem, o trabalhador rural JAIR CLEBER DOS SANTOS, foi assassinado a tiros no interior da Fazenda Gaúcha, no município de Bom Jesus do Tocantins, sudeste do Pará. Outros quatro trabalhadores, Mateus Sousa Oliveira (Sindicalista do STR de Bom Jesus), Antônio aves, Daniel e outro foram feridos com vários tiros e se encontram internados no hospital de Bom Jesus do Tocantins.

JAIR era casado, pai de 02 filhos e tinha 50 anos. Era a principal liderança do grupo de 300 famílias que há 6 (seis) anos ocupam a área. O grupo é ligado à FETAGRI. Nos seis anos de ocupação as famílias plantaram roças e passaram a produzir grande quantidade de alimentos que comercializam no município de Bom Jesus. Há também uma escola com mais de 100 alunos funcionando no local. 

Devido às péssimas condições das vias de acesso o prefeito de Bom Jesus liberou um trator para fazer a recuperação da estrada usada pelas famílias. Quando o trator passava nas proximidades da sede da fazenda o gerente Reginaldo Aparecido Augusto, conhecido como "Neném" atravessou uma caminhonete no meio da estrada e impediu que a máquina passasse. Inúmeros agricultores, entre homens, mulheres e crianças, se dirigiram ao local, para convencerem o gerente a liberar a estrada. Liderados por JAIR e Mateus, o grupo se aproximou da casa sede onde o gerente se encontrava para conversar com ele. Ao se aproximarem da residência foram recebidos a tiros.

Momento antes do conflito, policiais civis e militares de Bom Jesus, estiveram no local mas nada fizeram para desinterditar a estrada e desarmar o gerente e seu grupo. Os trabalhadores que permaneceram no local acusam a polícia de Bom Jesus de ter facilitado a fuga do gerente e de outros pistoleiros logo após o crime. Apenas um funcionário da fazenda conhecido por “Neguinho” foi preso e flagrante.

Em menos de um ano (10/2013 a 09/2014), foram registradas 10 ocorrências na Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá - DECA - por trabalhadores que residem na área, todas contra o gerente Reginaldo Aparecido Augusto, conhecido como “Neném”. As ocorrências relatam ameaças, abordagens violentas, porte de armas e outros crimes. Não há informação se a DECA tenha investigado as denuncias feitas.

A fazenda Gaúcha possui 17 mi hectares, é constituída na sua totalidade de terra púbica federal. A área foi arrecadada e matriculada pelo INCRA, no entanto, somente três anos após a ocupação (2010), foi que o INCRA decidiu ingressar com uma Ação na Justiça Federal de Marabá para retirar o fazendeiro que ocupava ilegalmente o imóvel. A Vara Agrária de Marabá e o Tribunal de Justiça do Pará negaram por duas vezes o pedido de liminar feito pelo fazendeiro para despejar as famílias. Tanto a Vara Agrária quanto o Tribunal entenderam que o a terra era púbica por isso as famílias não podiam ser despejadas.

O processo que o INCRA ingressou contra o fazendeiro, tramita na 2ª Vara Federa de Marabá, há 04 anos, sem uma decisão final. Inconformados com a demora da Justiça, a FETAGRI e a CPT, solicitaram por duas vezes, reunião do Ouvidor Agrário Nacional com o juiz federal de Marabá, mas, mesmo assim, até a presente data não houve decisão. A morosidade da Justiça contribuiu com o agravamento da situação, culminando com o assassinato de uma liderança e no baleamento de outros quatro trabalhadores.

Para o FETAGRI, a CPT e o STR de Bom Jesus, não há dúvidas de que a morosidade do INCRA, da DECA e da Justiça Federal foi a causa principal do conflito, resultando na morte e no baleamento dos trabalhadores.

Marabá, 23 de setembro de 2014.

Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará – FETAGRI.
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bom Jesus do Tocantins.
Comissão Pastoral da Terra – CPT – Diocese de Marabá.

terça-feira, setembro 16, 2014

Randolfe Rodrigues deixa o PSOL e vai pro PCdoB.

Depois de escrever A Carta ao povo Brasileiro, Randofe Rodrigues deixa o PSOL e ruma para o PCdoB

A ida do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) para a Rede Sustentabilidade, já era dada como certa, por alguns sites e blogs, desde o início deste mês.

Na verdade, o descontentamento do único senador do PSOL com parte significativa de seu partido e o descontentamento de parte significativa do partido, com seu único senador, já era uma "novela" antiga. 

No entanto, foi em meados de Junho deste ano que a relação entre o partido e seu parlamentar tornou-se insustentável. Tanto que Randolfe escreveu "A Carta ao Povo Brasileiro", onde expôs o lado sectário e conservador de uma ala em ascensão em seu partido.

Depois disso, o prenuncio de sua saída foi comentado pelo atual presidente do PSOL, como um prejuízo nas vésperas das eleições. Ou seja, o Partido já se despedia mesmo dele, mas o queria só mais um pouquinho para ter holofote e trincheira na CPI da Petrobrás.

Randolfe então resolveu acabar com a brincadeira e anunciou a entrada no PCdoB, partido aliado do PT e na base da presidenta Dilma.

O PSOL deverá reclamar e quem sabe até pedir o mandato do senador, mas não há mais volta, me informa uma fonte que presenciou a reunião entre o senador e o Comitê Central do partido em Brasília, no fim da noite desta segunda-feira, 15.

Especulava-se que o senador teria dito a interlocutores que atenderia ao convite da presidenciável Marina Silva (PSB), para trabalhar na formalização da nova sigla ao lado da ex-senadora Heloísa Helena, também do PSOL. 

Cada vez mais isolado no partido desde que anunciou sua desistência em concorrer à Presidência da República, em junho deste ano, Randolfe ainda não formalizou a decisão, mas levará consigo seu suplente no senado, evitando assim qualquer possibilidade do PSOL enquadrá-lo e requerer o mandato.

O presidente do PSOL, Luiz Araújo, que já havia lamentado a saída de Randolfe, também faz parte da mesma "tendência" deste e pode ter sido complacente com a decisão, ao contrário do que as aparências podem nos levar a concluir.

A suspeita é reforçada com o crescimento interno do grupo ligado à Luciana Genro, candidata a presidente pelo PSOL e que reúne os setores mais radicais do partido, os quais mantém a linha conservadora de não ampliar a política de alianças eleitorais, o que acaba inviabilizando eleitoralmente várias candidaturas promissoras, como aconteceu com Randolfe Rodrigues e Edmilson Rodrigues em Belém do Pará, nas eleições municipais de 2012. 

Mas isso é assunto para outra postagem, captou?

Tens Twitter? o meu é @JimmyNight


Blogueiro é condenado a indenizar vereador do Marajó com problemas no TCM

É comum vermos na justiça, processos de políticos contra jornalistas e hoje, principalmente contra blogueiros que acabaram tomando o lugar de muitos profissionais da imprensa - que abdicaram deste ofício para tornarem-se meros bajuladores, colunistas banais ou Relações Públicas e Assessores de Imprensa - na ousada tarefa de denunciar malfeitores e usurpadores do dinheiro público.

Passei anos vendo uma briga rolar nas redes sociais entre um jornalista blogueiro e um ex-secretário municipal de Saúde, que notabilizou-se com a divulgação de seus trabalhos em blogs e redes sociais e tornou-se vereador no Município de São Sebastião da Boa Vista. Com eles, mantenho amizade virtual e acompanho o conflito de forma imparcial.

Nos diálogos, acusações de falta de pagamento e de falta de prestação de contas de um lado e do outro, de falta de execução de serviços na área de comunicação, mais precisamente na divulgação de ações da Secretaria Municipal de Saúde no jornal/blog do jornalista, além de calúnia e difamação por este, segundo o ex-secretário.

Pra este blog, as coisas nunca ficaram esclarecidas, mas acabaram indo pra justiça a pedido do Secretário Del Viana, que foi eleito vereador em 2012, mas tem uma prestação de contas sendo contestada no Tribunal de Contas dos Municípios, por conta de seu mandado como Secretário Municipal de Saúde.

Acontece que Del ganhou na justiça o direito de ser indenizado pelo blogueiro Flávio Costa - Marajó Notícias, com a quantia de R$ 1.300,00, acrescido de juros e correções.

Pela decisão da justiça paraense, o blogueiro tido como réu no processo n.º: 0005208-63.2012.814.0006 da Comarca de Ananindeua, deverá ainda, ter que desembolsar as custas e honorários, estes em 10% (dez por cento) do valor da condenação, a serem corrigidos da mesma forma que a verba principal, segundo determinação do Sr. Raimundo Rodrigues Santana, Juiz de Direito da 10ª Vara Cível de Ananindeua.

O mais interessante de tudo neste caso, é que quase tudo aconteceu nas redes sociais: A contratação, os serviços, o conflito, as provas do processo e agora a contestação da decisão do mesmo.

Veja o despacho da justiça do Estado:


Ao tomar conhecimento da decisão do juiz, o blogueiro réu no processo publicou em seu Facebook a seguinte afirmação:

REPUBLICADO HOJE ACÓRDÃO DE REPROVAÇÃO DE CONTAS DO FUNDO MUNICIPAL DE SAÚDE DE SSBV EXERCÍCIO 2006.

"DESPESAS SEM PROCESSO LICITATÓRIO"

Foi aqui que tudo começou... Por saber que essas coisas aconteceriam, pulei do barco e hoje sou cobrado judicialmente até por favor pessoal... Adivinhem quem era o ordenador em 2006?


O filme mais esperado do ano: Helicoca - O helicóptero de 50 milhões de reais

O caso do helicóptero que foi apreendido com quase meia tonelada de cocaína até hoje não teve a devida investigação pela polícia, pela justiça e pela mídia brasileira. Não seria essa a chance de desnudar o narcotráfico no Brasil?


Você conhece a história. Em novembro de 2013, 445 quilos de pasta base de cocaína foram apreendidos numa fazenda de Afonso Cláudio, no Espírito Santo.

A droga fora transportada num helicóptero da família Perrella, de Minas Gerais. Em menos dois meses, Zezé e Gustavo Perrella — pai e filho amigos e aliados de Aécio Neves — foram isentados de responsabilidade sobre o crime, segundo um delegado da Polícia Federal bastante apressado. Em seis, todas as pessoas autuadas em flagrante foram inocentadas.

O DCM contou as imbricações do escândalo em uma série de reportagens que batizamos de “O Helicóptero de 50 milhões de reais”. As matérias foram financiadas por nossos leitores num esquema de crowdfinding com a plataforma Catarse.

O experiente jornalista Joaquim de Carvalho realizou um trabalho notável. Conversou com juízes, advogados, promotores, políticos etc. Revelou que, na rota do chamado Helicoca (o apelido carinhoso que o processo ganhou na Justiça), houve uma parada num hotel fazendo em Jarinu, interior de São Paulo. Parte da carga pesada teria ficado ali. A polícia não deu prosseguimento à investigação.

Entrevistou o piloto da aeronave, Alexandre José de Oliveira Júnior, que trocou mensagens de celular, no dia da ocorrência, com Gustavo Perrella. Num encontro tenso, Alexandre contou que fora contratado para trazer “eletrônicos e medicamentos veterinários do Paraguai”. Para ele, “era contrabando de mercadorias, não tráfico de drogas”.

Em Minas, JC visitou a fazenda dos Perrellas. Antecipamos, com exclusividade, que o Ministério Público do Estado denunciou o deputado federal Gustavo Perrella por uso indevido de verbas da Assembleia Legislativa.

Lançamos agora o nosso documentário sobre o Helicoca. A direção é de Alice Riff, de “Dr. Melgaço”, o primeiro projeto de crowdfunding do DCM.

O vídeo levanta várias questões sobre a impunidade, sobre a guerra às drogas, sobre as relações promíscuas entre poder, justiça e polícia no país. Um capítulo pode ter chegado ao fim, mas o caso está longe de ser encerrado. Nosso compromisso continua sendo, como sempre, manter você a par de tudo.




Já falta água em SP. A mídia esconde!

Com a grande imprensa muito bem paga, o governador Geraldo Alckmin comemora os 20 anos do PSDB no poder de SP sem água, mas também sem escândalos divulgados pelos amigos que atuam na mídia brasileira.

No antenadíssimo blog do Miro

Nesta segunda-feira (15), a Sabesp divulgou mais um balanço alarmante sobre a situação do Sistema Canteira – que abastece mais de 8,8 milhões de pessoas da região metropolitana de São Paulo. Ele atingiu seu nível mais baixo na história: 9,2% de capacidade, incluindo o chamado “volume morto”. O resultado é que vários bairros da capital e das cidades próximas já não têm água na torneira. Até os donos de lava-jatos relatam que serão obrigados a fechar seus estabelecimentos. O racionamento de água – que a mídia tucana insiste em chamar de rodízio – atinge inclusive as áreas nobres da cidade. Restaurantes do bairro boêmio da Vila Madalena não têm sequer como atender os seus clientes.

Apesar deste verdadeiro caos, os jornalões e as emissoras de tevê e rádio evitam destacar o assunto. Eles não querem criar um clima de pânico na sociedade. Os barões da mídia sabem que a atual crise pode afetar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Além das afinidades políticas com o tucanato, eles dependem dos milhões em verbas publicitárias e compra de assinaturas que o Palácio dos Bandeirantes despeja mensalmente em seus cofres. Os “calunistas”, que recebem régios salários e mamam nas tetas do Estado, nem sequer mencionam a tragédia – no pior tipo de jornalismo chapa-branca, desonesto e manipulador.

Neste domingo, a Folha tucana teve o desplante de cravar a manchete garrafal: “Desperdício de água de SP é quatro vezes volume poupado”. Como a maioria das pessoas só lê a capa do jornal nas bancas – o diário da famiglia Frias está em decadência, como menos de 300 mil exemplares de tiragem –, a mensagem repassada é a de que o povo é culpado pela crise de abastecimento. Já na chamada de capa mais sacanagem: “Maior cidade do país exemplifica o despreparo do Brasil para a crise hídrica”. Cidade! Brasil! Ambos administrados pelo PT, que não têm qualquer culpa no cartório. Nada sobre o PSDB que hegemoniza o Estado há quase duas décadas e é o maior responsável pelo atual desastre.

A edição de domingo da Folha foi uma bofetada na cara dos paulistas que ainda votam nos tucanos em São Paulo. Acorda otário! Ela deve ter, inclusive, gerado críticas de alguns leitores menos tapados. Tanto que nesta segunda-feira o jornal voltou a tratar do tema em editorial. Mas a famiglia Frias não recua, não faz autocrítica – nem sequer do seu apoio à ditadura militar, já descrita pelo diário como “ditabranda”. Sem citar novamente o PSDB, a Folha preferiu culpar a “falta de planejamento” do governo federal pela crise no setor. “O Planalto mal consegue tirar do chão as hidrelétricas necessárias para evitar novos apagões”. 

Nada, nadinha, sobre o racionamento real, que já afeta milhões de pessoas, em São Paulo. Haja cinismo deste diário “chapa branca”, que tem o rabo preso com os tucanos – ou será o contrário? Na atual situação no mundo e no Brasil, não são os partidos da direita que determinam a linha editorial da velha imprensa. Pelo contrário. É a mídia monopolizada e manipuladora que orienta as forças partidárias da direita, que define suas agendas e pautas, que interfere nos rumos de um país. Sem esta força hegemônica, muitas organizações conservadoras inclusive já teriam falido. Como já teorizou o intelectual italiano Antonio Gramsci, a imprensa se transformou no verdadeiro partido da direita!

terça-feira, setembro 09, 2014

O acordo de Helder e Jatene para governarem o Pará

Ex-aliados e agora em disputa visceral, Helder e Jatene podem reatar politicamente e selar uma aliança pragmática. 

Muitos irão esbravejar sobre essas conjecturas, outros rotularão como mais uma teoria da conspiração, tal como a do documentarista Michael More, de que o atentado das torres gêmeas foi combinado entre Osama Bin Laden e George W. Bush, ou a do jornalista investigativo Wayne Madsen que afirma que a CIA tenha sabotado o avião de Eduardo Campos, mas a que eu vou contar é perto de nós.

Trata-se de uma observação que pode não ser verdadeira, mas que martela em minha cabeça e a única forma que encontrei para aliviar as batidas que recebo na cachola é compartilhando-as com quem acompanha este blog.

Há menos de um mês das eleições no Estado do Pará, os dois maiores partidos em disputa, parecem ter assinado um acordo de cessar-fogo, igual aqueles que Israel assina com o Hamas, depois de fortes bombardeios na faixa de Gaza.

Como todos sabem, o PSDB surgiu de um racha do PMDB e aqui no Pará, o principal dirigente do partido-mãe tem seu filho, o ex-prefeito Helder Barbalho como candidato ao governo, em oposição ao atual governador Simão Jatene, o qual é cria de Jader Barbalho, o pai e mentor de 07 entre 09 das últimas candidaturas ao governo do Estado.

Jader que já foi vereador, senador, deputado, governador e ministro, confessou ao ex-presidente Lula, durante a convenção do PMDB que lançou Helder Barbalho como candidato a governador, realizada no dia 30 de Junho deste ano, na AABB de Belém do Pará, que em sua trajetória política já tinha sido tudo que quis, só lhe restava ser pai de um governador.


O sonho do cacique dos caciques da política paraense parece que já foi selado com a cúpula tucana do Pará, que deverá fazer parte do governo Helder Barbalho e levarão a campanha com leves e pacatas investidas uns contra os outros, num faz de contas que há muito se vê na política brasileira, só que dessa vez será mais dissimulado e bem feito do que outrora.

Acordos políticos e comerciais com a divisão do poder, estariam em destaque nas negociações entre os dois partidos para evitar a sangria de recursos num eventual segundo turno e o aceno de um governo pacificado e extremamente pragmático, seriam o elemento condutor da estratégia extremamente reservada a pouco e privilegiados interlocutores.

Vale lembrar que Simão Jatene só foi reeleito governador do Estado depois de beijar a mão de Jader Barbalho, que por sua vez havia apoiado Ana Júlia em sua eleição como governadora e retirou o PMDB da base de apoio no meio do governo petista, passando a torna-se oposição severa e contundente até recolocar o PSDB no governo e fazer o mesmo com o partido do atual governador.

Charles Alcântara, ex-Rede Sustentabilidade no Pará confirma voto em Dilma

Depois de abandonar Marina Silva, Charles Alcântara ex-dirigente da Rede Pará, declara voto em Dilma Rousseff.

Tudo começou com uma postagem em sua linha do tempo no Facebook, dizendo os motivos de não seguir com Marina Silva. Não perdemos tempo e logo publicamos uma postagem com o título: "Marina perde o apoio do líder da Rede Sustentabilidade no Pará", compartilhando-a nas redes sociais.

Bastou. Depois disso, vários sites e blogs renomados nacionalmente usaram o conteúdo e pediram o contato do mesmo. Até que ele foi entrevistado pelo Muda Mais e Carta Maior, onde além de confirmar sua insatisfação com os rumos de Marina, acabou declarando voto em Dilma Rousseff.

Essa é a manifestação de Charles Alcântara que mexeu com a campanha da ex-petista que sonha sentar na cadeira de presidente, depois da morte prematura - e até hoje inexplicada - de Eduardo Campos, mas que perde apoios importantes e muda de opinião a cada dia que passa.

No MudaMais



"Voto em Dilma sim, ela é minha candidata!", disse o auditor fiscal Charles Alcântara por telefone em entrevista ao Muda Mais nesta segunda-feira (8). Na semana passada, ele confirmou que tinha deixado a Rede Sustentabilidade. Ele havia tentado coletar assinatura para que o TSE considerasse a Rede Sustentabilidade como partido político. No entanto, por questões de ética e convicção política, já que não concorda com o andamento da postura política adotada pela candidata à presidência do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Marina Silva, deixou de apoiá-la.

"Não estou decepcionado com a Marina, mas sim com o ato político que ela cometeu, quando aceitou ser candidata à Presidência da República pelo PSB e também pela proposta neoliberalista que ela pretende implementar se for eleita. Acho que isso vai aumentar a desigualdade social no Brasil. E isso não é bom! Aprendi com a própria Marina, ela sempre falava, 'melhor perder ganhando do que ganhar perdendo'".

Sem partido político, Alcântara segue como auditor fiscal da Secretaria de Estado da Fazenda do Pará (SEFA) e diretor de Comunicação da Federação Nacional do Fisco (Fenafisco). Ele tem uma trajetória política de muito tempo: foi membro do Partido dos Trabalhadores (PT) por 25 anos, saiu em 2010. Quando era militante do PT ajudou a eleger e foi chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia (2006-2010) no Pará. Agora, por coerência à sua história política, vota em Dilma, assim como tantos outras pessoas que já mostraram sua cara e declararam voto pela reeleição da presidenta. 


Veja como tudo começou http://zip.net/bypthd

E a repercussão nacional que a matéria ganhou:









segunda-feira, setembro 08, 2014

Eleições 2014: Os que sabem ler e interpretar textos

Matéria de capa do Jornal Oliberal mas parece um panfleto de Simão Jatene contra seus principais opositores.

Ao observar a capa do jornal "O Liberal" (07), percebi o quanto a família Maiorana está desesperada com a provável derrota dos tucanos no Pará.

O medo de um vitória de Helder Barbalho como governador e Paulo Rocha senador é tamanho que a matéria repete a "notícia" de que a chapa PT-PMDB tem apoio de lideranças pró-emancipação das regiões de Carajás e Tapajós, sendo que o próprio candidato a vice-governador de Jatene é separatista e seu candidato favorito para o senador idem.

Quem o panfleto tucano pensa que engana?

Com a resposta, as pessoas interessadas no assunto e todos aqueles que sabem ler e interpretar textos.

Como disse um dia, o jornalista Lúcio Flávio Pinto: "O grupo Liberal é mais poderoso do que o Estado no qual atua. Mais do que um título, esse é um epitáfio: o que lhe dá força é o que enfraquece o Pará."

quarta-feira, setembro 03, 2014

Ministério Público do Pará: o mais novo cabide de empregos e do nepotismo

Em plena campanha eleitoral, MPE-PA ganha 206 ASPONES dos deputados estaduais. Quem irá nos proteger?


A Alepa, a Assembleia Legislativa do Pará, votou em 2º turno nesta terça-feira, 2, o projeto de lei que institui um ruidoso trem da alegria no MPE, o Ministério Público do Estado do Pará, com a criação de 206 cargos comissionados, sem que tenham sequer atribuições claramente definidas, o que reforça as suspeitas de que se tratem de aprazíveis sinecuras. O projeto foi inspirado pelo próprio procurador-geral de Justiça, Marco Antônio Ferreira das Neves, que postula a recondução ao cargo e repeliu peremptoriamente, no colégio de procuradores, a proposta de que os novos cargos fossem preenchidos mediante concurso público. Nos bastidores circula a versão de acordo com a qual uma parcela da avalanche de cargos comissionados será destinada a indicados pelos deputados que aprovaram a matéria.

O trem da alegria de Neves, também conhecido como Napoleão de Hospício, por sua postura autoritária, enfrentou severas críticas da Asmip e do Sisemppa, respectivamente, a Associação dos Servidores do Ministério Público do Estado do Pará e o Sindicato dos Servidores Públicos do Estado do Pará. O projeto de lei foi votado a pedra-de-toque, em primeiro turno, na terça-feira passada, 26 de agosto, em lambança orquestrada pelo próprio presidente da Alepa, deputado Márcio Miranda (DEM). O empenho de Márcio Miranda e seus cúmplices, na aprovação da matéria, teria como contrapartida o compromisso do procurador-geral de Justiça, Marco Antônio Ferreira das Neves, em manter incólume o PCCR da Alepa, o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração do Palácio Cabanagem, flagrantemente inconstitucional.


Helder ajusta em SP a aliança com o PT paraense

Em SP, Lula recebe Helder Barbalho candidato do PMDB ao governo do Pará.

A foto postada na fanpage de +Helder Barbalho no fim da tarde de ontem, (02) provocou enorme curiosidade na militância petista que assiste de longe os desdobramentos da coligação PT/PMDB, que tem como cabeça de chapa Helder Barbalho candidato ao governo e Paulo Rocha ao senado. 

Com pesquisas que comemoram o empate técnico divergindo sobre quem está na dianteira da disputa eleitoral no Pará, Lula ainda não sinalizou quando estará de volta à Belém para reforçar a campanha eleitoral junto com Dilma, mas muitos petistas especulam que a aliança deva manter-se nestes 32 dias que restam para o 1º turno das eleições, do mesmo jeito que começou: fria e restrita aos caciques de ambos os partidos, os quais cada qual fala uma língua e os ouvidos de Helder Barbalho os escutam individualmente, já que não há unidade no PT desde que a aliança foi cogitada. Uma torre de babel, reclama inbox um dirigente escanteado.

Por parte deste blogueiro, a leitura é diferente. Com a ascensão de Marina Silva, a agenda de Helder Barbalho deve sinalizar uma ofensiva e reforço à campanha de Dilma no Estado do Pará, onde falta material e recursos humanos para efetivá-la nas ruas, já que as esquinas contam apenas com as famosas formiguinhas contratadas por um dirigente petista que as veste de azul do PMDB e não o vermelho do PT de Dilma e demais companheiros do Estado.

Quem viver, verá!

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FUNTELPA e a política de balcão do governo Jatene

Adelaide Oliveira, presidente da FUNTELPA abre processo contra servidor que pede transparência na emissora pública.

O Produtor e apresentador da rádio cultura Fabrício Rocha estará na manhã desta quarta-feira (03) em reunião com a direção da FUNTELPA, atendendo a notificação oficial da procuradoria jurídica da emissora para prestar esclarecimentos sobre "fatos corridos durante o mês de agosto", quando este se manifestou publicamente em uma rede social criticando e indagando os métodos e critérios para o patrocínio de artistas e grupos culturais.

A reunião acontecerá às 10h, na sala da procuradoria da emissora e foi motivada pelo fato do servidor concursado ter divulgado informações públicas, criticando a forma como estão sendo utilizados os recursos de incentivo cultural e cachês pela atual gestão.

Ao invés da direção da FUNTELPA fazer seu papel democrático de vir a público esclarecer os mecanismos de acesso aos recursos públicos à ela destinados para o fomento à arte e a cultura regional, tudo leva a crer que foram escalados diversos DAS´s (cargos comissionados de confiança do atual governo) para um ataque sistemático ao servidor, imputando-lhe rótulos e praticando Assédio Moral em retaliação por sua ousadia e coragem de questionar a forma com que o dinheiro público do órgão onde trabalha é usado.

A punição, afastamento de funções à revelia e a instalação de processo administrativo disciplinar contra o radialista Fabrício Rocha só demonstrarão que há privilégios e tratamento diferenciado à classe artística que precisa e tem todo o direito de ser atendida pela emissora criada em 1977 com a missão de ser um veículo de difusão e valorização da cultura amazônica.

Vários artistas já manifestam total apoio a divulgação de dados públicos sobre investimentos feitos neste ou naquele artista ou grupo cultural, cobrando transparência e seriedade por parte do governo do Estado.

Veja as imagens abaixo ou clique aqui e aqui para ler o debate ocorrido nas redes sociais.
Clique na imagem acima para acessar o conteúdo.
Ao ser criticado por DAS´s, artistas e formadores de opinião defenderam o servidor e a transparência para o órgão e seus recursos financeiros.




A TV Cultura do Pará integra a Televisão América Latina (TAL) e a Associação Brasileira de Emissoras Educativas e Culturais (ABEPEC), que mantém a Rede Pública de TVs no Brasil (RPTV). 


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Marina perde o apoio do líder da Rede Sustentabilidade no Pará

Charles Alcântara seria o candidato de Marina ao governo do Estado do Pará.

Ele não é qualquer um e seu depoimento há de ecoar pelos quatros cantos do Brasil como um grito de alerta para aqueles que pensam que Marina ainda é a mesma Marina de outrora.


Charles Alcântara seria o candidato natural do partido Rede Sustentabilidade ao governo do Pará nas eleições de Outubro, mas ficou sem partido pelo fato dos sonháticos não terem conseguido arrecadar o número mínimo de assinaturas para tornarem-se um partido. Na época, Charles havia dado um depoimento a um blog dizendo: "Cogitei uma candidatura [ao governo] dentro de uma estratégia, de um contexto, o da criação do Rede Sustentabilidade. Se esse contexto foi alterado, a minha candidatura perde o sentido".

De lá prá cá, a última vez que conversei com o ex-chefe da Casa Civil do primeiro e único governo do PT no Estado do Pará, o agora presidente do SINDFISCO - que está sem partido - foi através de uma troca de mensagens via a rede social Facebook, que fiz questão de blogar e disponibilizo aqui.

Charles, amadurecendo sua capacidade crítica e fazendo jus ao seu passado, faz uma declaração no mínimo sensata e coerente sobre seu posicionamento diante da candidatura de Marina Silva, com quem se juntou num projeto político sonhático e agora acordou diante de uma nova e dura realidade imposta pelo pragmatismo em que a ex-ministra de Lula e hoje candidata à sucessão de Dilma está envolvida. 


Há virtudes no velho, como há vícios no novo.

Imerso em minhas reflexões sobre a conjuntura político-eleitoral, decidi agora abandonar o recesso que me impus desde o meu afastamento da coordenação nacional da Rede, que se deu quando esta embarcou provisoriamente no PSB.

Também fui - e ainda estou - tocado pela ideia de que o exercício da política precisa ser radicalmente mais democrático e de que os partidos políticos, tal como funcionam, tomam suas decisões e disputam o poder, precisam reinventar-se porque se tornaram instituições anacrônicas e voltadas para si mesmas.

Somado a isso, fui atraído pelo magnetismo de um novo (chamemos assim) campo político sob a liderança de Marina Silva, a quem admiro e respeito por sua história e trajetória e também por atributos que andam em falta na seara política.

Levado pelo sopro inspirador de Marina e pela concordância quanto à saturação e inutilidade para o Brasil da polarização entre PT e PSDB, inclinei-me a apoiar Eduardo Campos - malgrado minhas críticas em relação à aliança PSB/Rede - quando veio o fatídico acontecimento que lhe ceifou a vida.

Até o presente momento, desde que se tornou candidata presidencial, as declarações mais explícitas e compreensíveis de Marina Silva foram em direção aos mercados, em especial o financeiro. Os que vivem da especulação financeira e que faturam bilhões com a dívida pública brasileira estão eufóricos com as declarações de Marina, reveladoras de uma crença quase religiosa nos fundamentos mais caros ao velho receituário neoliberal, fundamentos estes que colocam no centro das preocupações e da ação estatal os interesses do mercado e na periferia os interesses da sociedade brasileira, com o cínico argumento de que esses interesses são convergentes - e, mais ainda - que os interesses da sociedade tendem a ser satisfeitos se o mercado estiver satisfeito.

Institucionalização da autonomia do banco central e obediência incondicional ao tripé macroeconômico neoliberal são os compromissos mais enfáticos que Marina oferece aos brasileiros para acabar com a velha política e para mudar o Brasil.

Se não em nome de uma nova política (até porque se trata da velha solução neoliberal), mas ao menos em razão das virtudes próprias de sua formação religiosa, Marina tinha e tem o dever de dizer ao povo brasileiro as prováveis consequências de seu programa econômico.

Marina dá sinais de conversão ao fundamentalismo neoliberal como sinônimo de desenvolvimento, estabilidade econômica e inflação baixa, como se os índices inflacionários pudessem ser combatidos com a mera alta dos juros; como se a inflação no último período do governo de FHC - de fidelidade canina à sacrossanta fórmula neoliberal - não tenha sido ainda maior que a verificada nos dias atuais; como se o maior e mais indecente gasto público não fosse exatamente o pagamento de juros da dívida pública.

Pouco importa para os agentes de mercado os custos sociais do tal tripé macroeconômico: menos recursos públicos para as áreas sociais; arrocho salarial e ameaça de mais desemprego.

O tal tripé macroeconômico é uma boa maneira de manter os lucros do mercado financeiro de pé e o Brasil socialmente manco.

Não, Marina, não posso acompanhá-la nessa jornada, apesar que querê-la bem; apesar de admirá-la; apesar de considerá-la uma pessoa de bem e de bons propósitos.

Não posso acompanhá-la, porque o faria por mera crença nos seus bons propósitos e no seu carisma pessoal e porque isto é absolutamente insuficiente para considerá-la a melhor alternativa para o Brasil, principalmente depois do caminho que escolheste trilhar.

Não vou acompanhá-la porque considero uma fraude a pregação de que todos os interesses e todas as forças políticas podem ser conciliados sem conflitos e sem escolhas que desatendam e contrariem os que sempre se beneficiaram da desigualdade em favor dos que sempre foram as vítimas dessa mesma desigualdade.

Conheço pessoalmente Marina, com ela tive boas conversas e dela escutei muita generosidade e sabedoria. 

Marina está crescendo nas pesquisas eleitorais e pode vir a comandar a República Federativa do Brasil; momento propício, portanto, para eu declarar a minha posição, que o faço baseado num conselho que escutei da própria Marina de que a boa (nova) política não se deve alicerçar no carisma pessoal. 

Outra lição que aprendi com Marina é que muitas vezes é preferível perder ganhando a ganhar perdendo.

Resolvi, então, seguir os conselhos de Marina, não a apoiando nestas eleições, por convicção de que a sua candidatura não está oferecendo ao Brasil um caminho alternativo.

Votar por convicção, penso, é uma das coisas tradicionais da velha e boa política (sim, porque também há virtudes no velho e há vícios no novo) que eu não me disponho a abrir mão.

sábado, agosto 30, 2014

Paulo Rocha cresce 7 pontos e isola-se na liderança pela vaga ao senado

Há duas semanas atrás Paulo Rocha estava empatado com Duciomar com 16%. Agora tem 23% e isola-se na liderança.

Paulo Rocha cresce 7 pontos e agora lidera sozinho a corrida pela única vaga ao Senado Federal nestas eleições, conforme os dados da 2ª pesquisa IBOPE realizada no Estado do Pará.

Na 1ª pesquisa divulgada há duas semanas atrás, os candidatos Paulo Rocha, do PT, e Mário Couto, do PSDB, estavam empatados com 16% a intenção dos votos. Em seguida apareciam Duciomar Costa (PTB), com 14% dos votos e Jefferson Lima (PP), com 13%.

Ou seja, Paulo Rocha cresceu 7 pontos, Mário Couto apenas 1, enquanto Duciomar Costa perdeu 7 pontos percentuais e Jefferson Lima manteve os 13% da pesquisa anterior, sendo que o atual vice-governador não passa dos 4% junto com os demais candidatos.

Vejam os números divulgados pelo portal G1:

Paulo Rocha (PT) - 23% das intenções de voto.
Mario Couto (PSDB) - 17%
Jefferson Lima (PP) - 13%
Duciomar Costa (PTB) - 7%
Outros com menos de 1% - 4%
Brancos e nulos - 8%
Não sabem ou não respondeu - 21%

A pesquisa foi realizada entre os dias 24 e 27 de agosto. Foram entrevistados 812 eleitores em 43 municípios do estado. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levada em conta a margem de erro de três pontos para mais ou para menos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%.
A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) sob o número 00008/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR- 00459/2014.

As pesquisas e a comemoração pelo empate técnico


No dia 17/08 Jatene estava em desvantagem de 1% e o empate técnico foi o destaque.. 

No dia 31, Jatene está em vantagem de 1% e o empate técnico vira liderança.  

Com o resultado das pesquisas eleitorais nestas e em todas as demais eleições, os partidos sempre dão um jeito de interpretar e divulgar seus pontos de vista sobre esse e aquele resultado. Dados viram peças publicitárias e todos tentam vender ou desqualificar as informações de acordo com suas conveniências. 

Isso é normal e faz parte da democracia. Um fato, não pode ter apenas um ponto de vista ou ser visto apenas de um ângulo. No entanto, no Pará a grande imprensa está na dianteira dos partidos quando se trata de "puxar a sardinha pra sua frigideira" - como diz o ditado popular. Com a disputa acirrada entre PSDB e PMDB, as duas maiores empresas de comunicação do Estado também estão a cada dia mais vorazes em defender e atacar seus candidatos. Mas isso não é tudo. 

Há uma regra velada que é corriqueiramente usada pelos marketeiros e coordenadores das campanhas em disputa, para interpretar os dados coletados pelos institutos de pesquisa ao bel prazer dos seus candidatos. 

As pesquisas eleitorais no Pará e a informação manipulada

Na penúltima pesquisa divulgada pelo IBOPE, Helder Barbalho estava empatado tecnicamente com o atual governador Simão Jatene com uma ligeira liderança de 1%.

A manchete do jornal OLiberal era fatal: Eleições emboladas no Pará. Já na capa do principal concorrente, a diferença era comemorada como liderança.

A capa do jornal Diário do Pará de 18.08 comemorou a "liderança" de 1% de Helder contra Jatene.
Pronto: O resultado foi o ingrediente que faltava para as equipes de marketing mandarem as formiguinhas eleitorais com suas bandeiras e kombis caindo aos pedaços para a Doca de Souza Franco, o canal preferido das torcidas organizadas de Belém, em momentos de bebemorações efêmeras.

Desta vez, com o mesmo percentual de diferença, o resultado inverso e Jatene ligeiramente a frente, o empate técnico se transforma em liderança e a família que controla o jornal OLiberal, demostra novamente sua relação comercial e política com o PSDB e induz a comemoração tucana.

Veja aqui a pesquisa IBOPE para o cargo de governador e aqui para Senador.

A informação de acordo com seus interesses comerciais. 

As relações comerciais entre as Organizações Rômulo Maiorana, proprietários das rádios, TVs e do próprio do Jornal OLiberal sempre foram objeto de estudo por parte deste autodidata da comunicação. 

Uma delas, a mais recente intitulada ORM e PSDB: A relação umbilical entre a imprensa e a política, divulgou a foto de um dos caminhões de distribuição de jornais, descarregando material até hoje misteriosamente não esclarecido, dentro do comitê de campanha do PSDB.

Além disso, em respeito à inteligência e senso críticos de nossas leitoras(es), este blog já publicou várias postagens sobre as manipulações e interpretações das pesquisas e na última que tem como título: Eleições 2014: IBOPE diz uma coisa, marketeiro diz outrapodemos relembrar a seguinte frase: Seguindo o rito eleitoral que se repete de dois em dois anos, sempre que uma pesquisa eleitoral for publicada, dependendo da posição dos candidatos, devido as paixões partidárias e estratégias de marketing eleitoral, ela poderá ser comemorada ou desacreditada, tal como aconteceu agora e se repetirá até quando Deus quiser, ou a tal margem de erro deixar.

Acesse a página As Falas da Pólis no Facebbok e se quiser me seguir no twitter, lá você me encontra como @JimmyNight.

Tenham tod@s um excelente final de semana!

quinta-feira, agosto 21, 2014

'Ela que vá mandar na Rede dela', diz dirigente do PSB sobre Marina Silva

Marina chama de 'mal entendido' o rompimento do coordenador da campanha de Eduardo Campos que a chamou de hospedeira e disse que no PSB ela não manda.

Um dia após o PSB oficializar a candidatura de Marina Silva para a Presidência, o coordenador-geral da campanha de Eduardo Campos, Carlos Siqueira, anunciou nesta quinta-feira (21) seu desligamento do posto alegando divergências com a ex-senadora. Ao sair de reunião do PSB, Siqueira – que é secretário-geral do partido –, mandou um recado para Marina: “ela que vá mandar na Rede dela”, disse o dirigente, referindo-se ao grupo político da presidenciável, a Rede Sustentabilidade. 

Tentando evitar polêmicas com a cúpula do PSB, Marina disse que a divergência era motivada por um "mal entendido".

Quadro histórico do PSB, Siqueira confirmou sua saída da coordenação da campanha na manhã desta quinta, pouco antes de os dirigentes socialistas se reunirem, em Brasília, com os demais partidos da coligação. Indagado por repórteres se estava magoado com a candidata ao Planalto, o secretário-geral criticou o fato de Marina ter feito indicações para cargos-chave da campanha sem consultar o PSB.

“Magoado, eu não estou, não. Não tenho mágoa nenhuma dela. Apenas acho que quando se está numa instituição como hospedeira, como ela [Marina] é, tem que se respeitar a instituição, não se pode querer mandar na instituição. Ela que vá mandar na Rede dela porque no PSB mandamos nós”, disse Siqueira.

O ex-coordenador da campanha disse ainda que Marina não representa o legado de Eduardo Campos e que, por isso, não vai fazer campanha para ela.

“Acho que ela não representa o legado dele [Eduardo Campos] e está muito longe de representar o legado dele. Eu não vou fazer campanha para ela porque eles eram muito diferentes, politicamente, ideologicamente, em todos os sentidos”, afirmou Siqueira.

O ex-coordenador também criticou o fato de, na opinião dele, Marina ter feito alterações na equipe da campanha sem consultar o PSB.

“Ora, ela nomeou o presidente do comitê financeiro da campanha, cuja responsabilidade da prestação de contas é do partido. Ela não perguntou nada ao PSB, ao invés de discutir o assunto com o partido […] Nós não podemos oferecer o partido a uma candidatura que procede dessas maneiras”, disse.

Segundo o Blog do Camarotti, o mal-estar público entre Siqueira e Marina preocupou dirigentes do PSB. A cúpula do partido teme que as críticas do ex-coordenador possam gerar novas baixas na campanha presidencial.

'Equívoco'

Pouco depois das declarações de Siqueira, Marina deixou a reunião que estava fazendo com os demais partidos da coligação e foi questionada por jornalistas sobre a reação do secretário. Ela classificou a fala como “equívoco” e “incompreensão” e a atribuiu à “gravidade do momento, ao tensionamento”.
“Há que ter compreensão com as sensibilidades das pessoas e essa compreensão, essa capacidade eu tenho. Sempre digo que prefiro sofrer uma injustiça a praticar uma injustiça”, disse. Ela ainda acrescentou que tem “profundo respeito” pelas pessoas. “Ainda mais nesse momento de dor”, disse em referência à morte de Eduardo Campos.

Trocas na campanha

Durante longa reunião dos dirigentes do PSB e da Rede nesta quarta-feira (20), Marina acertou algumas trocas entre os integrantes da coordenação da campanha. Ela deu mais poderes a dois integrantes da Rede que são de sua confiança.

O deputado federal Walter Feldman, que era o porta-voz da Rede, foi colocado como coordenador-geral adjunto para atuar ao lado de Siqueira. Bazileu Margarido, um dos militantes que trabalharam pela fundação da Rede, foi nomeado titular do comitê financeiro da campanha. Ele ocupava o lugar que foi designado a Feldman.

O gesto de Marina foi interpretado por Siqueira como uma demissão, segundo avaliaram pessoas ligadas a candidata. O secretário gostaria de ter sido indicado pessoalmente pela ex-senadora e não gostou do fato de ela ter designado ao PSB a tarefa de escolher seus integrantes na coordenação.

“Ele me disse que foi uma maneira elegante de a Marina o destituir do cargo”, relatou Bazileu Margarido. Durante a reunião, a senadora chegou a pedir desculpas a Siqueira, mas ele não voltou atrás e decidiu romper com a candidata.

Novo coordenador-geral

O presidente do PSB, Roberto Amaral, concedeu entrevista ao lado candidata e reiterou que “não há nenhum ruído entre o PSB e a Rede”. A declaração de Siqueira, segundo Amaral, é um “mal entendido”. “Uma reação puramente pessoal que eu respeito sem nenhum conteúdo político”, concluiu.

Ele também disse que o partido indicará um novo coordenador-geral para a campanha ainda nesta tarde. Ele disse ainda que Siqueira – que é primeiro-secretário da legenda - trabalhará ao seu lado no comando do partido.

No Portal G1.

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...