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segunda-feira, maio 17, 2021

O adeus à Heliana Jatene

 

Por Orly Bezerra

Faleceu hoje em sua própria casa, às 5:45 h, a socióloga Heliana Jatene, depois de travar uma luta por muitos anos contra um câncer. 

Heliana era ex-esposa do ex-governador Simão Jatene e deixa dois filhos: Isabela e Alberto Jatene. 

Formou-se em sociologia na UFPa., com mestrado e doutorado na Unicamp. Publicou um livro com a sua tese de mestrado: Reabertura da fronteira  sob controle: a colonização particular dirigida de Alta Floresta. 

Na vida pública, exerceu importantes cargos, entre os quais a direção no Pará do CBIA, Centro Brasileiro da Infância e Adolescência, com trabalhos destacados na defesa das crianças e da juventude. Foi também diretora da Escola de Governo do Estado e presidente da Fumbel em Belém. 

Implantou e foi a primeira presidente da APACOM- Associação Paraense de Combate ao Câncer de Mama, entidade de 23 anos que defende políticas públicas visando melhor saúde das mulheres. 

Na  juventude foi grande ativista da cultura paraense, participando com destaque de festivais de música e outros movimentos artísticos.

terça-feira, abril 20, 2021

Em meio à polêmicas, Gilberto Martins foi o único paraense a receber a "Medalha do Exército Brasileiro"

Gilberto Martins é um dos principais protagonistas de uma série de denúncias contra membros do governo do Pará e ao mesmo tempo, alvo de diversas acusações que polemizam na imprensa e na opinião pública paraense.



Por Diógenes Brandão

Gilberto Martins, que até semana passada era o Procurador-Geral de Justiça do Estado do Pará, recebeu na noite desta segunda-feira, 19, em Brasília a “Medalha Exército Brasileiro”. 

A distinção é concedida a quem praticou ação destacada ou serviço relevante em prol do interesse e do bom nome do Exército. As medalhas foram entregues pelo comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, em solenidade com participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Em uma série de matérias publicadas pelo jornal Diário do Pará - assinadas pela jornalista Ana Célia Pinheiro, ex-colaboradora do publicitário Orly Bezerra, em campanhas para o PSDB - Gilberto Martins é apontado por desvios éticos e por isso, foi denunciado ao CNMP - Conselho Nacional do Ministério Público, onde a denúncia pede a abertura de investigação contra o procurador geral de Justiça, por supostamente, "ter fornecido informações falsas à PGR, sobre equipamento adquirido pela Polícia Civil para combate ao crime organizado".

Gilberto é um dos responsáveis por diversas denúncias e pedidos de investigações contra membros do governo do Pará, na gestão de Helder Barbalho, inclusive o próprio governador.

OUTROS CONDECORADOS 

A Comenda comemorativa ao dia do Exército, 19 de Abril foi também entregue ao Ministro Presidente do STF, Luiz Fux, ao Procurador-Geral da República, Augusto Aras, ao Procurador-geral da Justiça Militar, o ministro Nunes Marques, também integrante da Corte, e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Além destes, o Ministro Presidente do STJ, Humberto Martins, aos Ministros Francisco Falcão, João Otávio Noronha, Herman Benjamim, André Mendonça, entre outras autoridades. 

Prestigiaram a cerimônia o vice-presidente, Hamilton Mourão, o ministro da Defesa, General de Exército Walter Souza Braga Netto, o comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, o comandante da Força Aérea Brasileira, tenente-brigadeiro do ar Carlos de Almeida Baptista Junior, o comandante designado do Exército, general de Exército Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, além de membros do Alto Comando do Exército e ministros de Estado.


Leia também: 

MP denuncia e pede indisponibilidade de bens do chefe da Casa Militar, do ex-secretário Alberto Beltrame e mais 13

Procurador-Geral do Estado se manifesta favoravelmente a Mandado de Segurança contra Márcio Miranda

Guerra de acusações no MP do Pará


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quinta-feira, julho 23, 2020

Helder pede e Maiorana demite jornalista por notícia de contrato de espionagem no Pará

Helder Barbalho pediu e Ronaldo Maiorana demitiu jornalista por notícia sobre a contratação de um sistema de espionagem, no valor de R$6,5 milhões de reais. 

Por Diógenes Brandão



O relato bíblico da decapitação de João Batista, está em Mateus 14:1-12, Marcos 6:14-29 e Lucas 9:7-9, que revelam que Herodes Antipas mandou decapitar João. O assassinato seria a pedido de Salomé, após uma festa entre a nobreza da época, onde dançou perante o rei e seus convidados. Sua dança agradou tanto Herodes que, bêbado, ele prometeu a ela qualquer coisa que desejasse, limitando a promessa em metade de seu reino. Quando Salomé perguntou à mãe o que deveria pedir, esta pediu que ela pedisse a cabeça de João Batista numa bandeja. Mesmo chocado com o pedido, Herodes relutantemente concordou e mandou executar João na prisão. A mãe de Salomé sentiu-se vingada com a morte de João Batista, já que ele a acusava de adultério, por ter deixado seu esposo, Herodes Filipe, para juntar-se ao irmão dele, Antipas.





A demissão do jornalista Olavo Dutra, do jornal O Liberal lembra a história da era Apostólica, haja vista que Ronaldo Maiorana, no lugar de Herodes mandou decapitar o "João Batista" de O Liberal, nesta quarta-feira, 22, por este ter trazido uma notícia que já corria desde terça-feira retrasada, quando a página Política Pará revelou a contratação por R$6 milhões e meio de reais, para instalação de um sistema de espionagem pelo governo do Pará.

Olavo Dutra é um veterano do jornalismo paraense, tendo trabalhado nos jornais A Província do Pará, no Diário do Pará e há mais de 20 anos escreve a coluna Repórter 70, no jornal da família Maiorana, O Liberal, hoje sob o comando de Ronaldo Maiorana, que ajoelhou os veículos de comunicação das Organizações Rômulo Maiorana, aos pés do governador Helder Barbalho.

Beirando os 70 anos, jornalista Olavo Dutra foi demitido após publicar uma pequena nota no bloco Entre Linhas, da coluna Repórter 70, sobre a contratação de uma empresa para instalação de um sistema de espionagem. 

Cabe lembrar, que antes de ser publicado, o jornal é lido pelo editor chefe e pelo próprio Ronaldo Maiorana, mas quem acabou pagando o pato foi o jornalista, pelo simples fato de cumprir seu dever profissional: informar a sociedade sobre as notícias do cotidiano.


Antes de Olavo publicar a pequena nota, outros jornalistas já haviam revelado a informação, disponibilizada no Diário Oficial do Estado, onde os governantes são obrigados a publicar as contratações e demais atos do poder público.

Veja a primeira publicação sobre o fato:



O jornalista Ronaldo Brasiliense também escreveu matéria sobre o fato, em seu portal Amazônia Notícias:

O estranho é a Segup comprar esse equipamento por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (SIAC), algo inédito no Pará. Com isso, a Segup será transformada em órgão de investigação criminal, atribuição que é da Polícia Civil, deixando de ser órgão gestor da Segurança Pública no Pará. E o que é pior: pode ser transformada em instrumento político do governo, isto é, a Gestapo – polícia política nazista – do Pará. Leia+.

Leia também:




domingo, junho 21, 2020

Minha solidariedade a Orly Bezerra!



Por João Salame


Pensei muito se escreveria essa nota de solidariedade.  


Muitos podem imaginar que não a escrevi antes porque apoiei Helder Barbalho para governador e, como a ação contra Orly e outros jornalistas era de interesse do governo, seria o motivo para não ter me manifestado. 


Não! 


O motivo da demora é mais mesquinho, confesso! 


Mantive com Orly o que considero uma boa amizade. Ele me ajudou muito e tenho certeza que o ajudei também. Devo a ele meus primeiros passos como empresário de comunicação no Pará. Sou grato a ajuda que me deu no início de minha caminhada política como deputado, inclusive sendo meu eleitor, como me assegurava. 


Fui um diligente amigo no apoio ao seu trabalho. Mais ainda quando Ana Júlia Carepa ganhou o governo e Orly se tornou um deserdado do poder. Ajudei-o como pude. Eleito deputado, no momento que ele era mais hostilizado, fazia questão de sair com ele pelas ruas de Belém para demonstrar meu carinho e amizade. 


Ao me afastar do governo Jatene (que ajudei a eleger), na esteira da polêmica sobre a divisão do Estado e depois na disputa pela prefeitura de Marabá, onde ficamos em polos opostos, acabamos por nos distanciar. Mas o respeito e o carinho se manteve guardado. 


Quando passei pelo momento mais difícil da minha vida, também com a polícia batendo à minha porta e, mais grave, me retirando do seio da minha família para cumprir um mandado a partir de acusação que considero absurda, a suposta amizade foi colocada à prova da pior maneira. 


Um silêncio sepulcral foi emitido de quem esperava alguma manifestação de solidariedade, ainda que privada. Pior: o lastimável episódio virou peça de propaganda na campanha de Márcio Miranda (outra decepção por também considerá-lo amigo) para tentar a vitória sobre Helder Barbalho. 


Márcio e Orly me conhecem. Sabem do meu caráter e minha decência. Mas isso não importava. O que importava era ganhar a eleição. Às favas os escrúpulos, como diria Jarbas Passarinho no seu pior momento. Não sei se Orly participou da confecção dessa peça de propaganda, apesar de saber que numa campanha eleitoral que ele comanda tudo passa por ele. Concedo o benefício da dúvida.  


Quando aconteceu esse episódio com o Orly tudo isso me veio à mente. 


Pensei com meus botões: "agora ele sabe o que eu senti".  


Com o passar dos dias fui me envergonhando. 


Não sou assim. 


Nunca o rancor foi o motor da minha relação com as pessoas. Sempre preferi valorizar nelas o que tem de bom e nunca o que depõe contra sua personalidade. Travo o bom combate, de forma dura quando necessário, mas reconheço valor nos meus adversários. E os respeito. Mais que isso: não consigo comemorar a desgraça de ninguém, sobretudo quando o motivo de sua tragédia for injusto. Com base nessas duas premissas manifesto minha solidariedade.  


O Orly é uma pessoa generosa. Apaixonado pelo que faz. Correto na relação com as pessoas com quem convive. Respeitado por quem trabalha com ele. Honesto nas relações econômicas que estabelece. Sou testemunha de tudo isso. 


Sobre o episódio considero um exagero. 


Sou radicalmente contra as chamadas fake news. 


Considero um atentado contra a democracia e devem ser duramente combatidas. 


Até onde conheci o Orly não consigo vê-lo na condição de comandante de operações fakes. 


Espero estar certo.  


Chego ao final dessa manifestação de solidariedade me sentindo mais leve. Me encontrando com minha alma. Me libertando de um sentimento menor. Ao mesmo tempo deixando claro que nenhum interesse político vai condicionar o que sinto pelas pessoas e meu compromisso com o que é justo. 


A vida é curta. 


A covardia de sentimentos é algo muito grande e vil para tão pouco tempo que a gente passa por esse mundo.

quinta-feira, junho 18, 2020

Nota Oficial denuncia uso político de força de segurança do Estado contra jornalistas Ronaldo Brasiliense e Orly Bezerra

Orly Bezerra e Ronaldo Brasiliense foram alvo da 2ª fase de uma operação policial considerada com uma retaliação por parte do governador Helder Barbalho, por denúncias feitas em portais e blogs independentes sobre irregularidades e fraudes.



O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor/PA) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vêm a público afirmar que o combate à propagação de notícias falsas é absolutamente necessário diante da conjuntura nacional. Porém, a atuação dos agentes públicos não pode resultar em ações arbitrárias e tampouco no uso político das forças de segurança estaduais contra jornalistas.  

Na terça-feira, 16, os jornalistas Orly Bezerra e Ronaldo Brasiliense (foto) foram surpreendidos com uma investida da Polícia Civil em suas residências, para cumprir mandado de busca e apreensão em um inquérito em que, somente mais tarde, se soube que seria sobre investigação de fake news. Os policiais chegaram à residência de Orly Bezerra às 6 horas e fizeram a mesma operação na agência Griffo, também de sua propriedade.  

Às 15 horas, a Polícia Civil de Santarém fez a mesma busca na casa de Ronaldo Brasiliense, no município de Óbidos, no oeste paraense. Em ambos os casos, os policiais levaram equipamentos – celulares e computadores -, contendo os acervos de trabalho dos dois profissionais, além de documentos.  

O combate às fake news é legítimo e preciso. Porém não pode representar censura, ou intimidação, aos profissionais da comunicação no exercício de sua missão de informar à sociedade, com ética e responsabilidade social.  

Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará Federação Nacional dos Jornalistas.

sábado, setembro 01, 2018

A quem interessa clonar meu blog para atacar um lado da disputa eleitoral no Pará?



Por Diógenes Brandão

Há 12 anos em atividade, o blog AS FALAS DA PÓLIS tem como endereço na internet, o meu nome e sobrenome, fazendo parte da família de produtos oferecidos pela Google, através da plataforma blogspot.com.

Neste período, atuo com seriedade e zelo no trato das informações e notícias veiculadas, buscando apurar com rigor cada informação publicada, seja nas matérias, artigos, notas, vídeos ou qualquer outro conteúdo digital.

Além disso, todos que me lêem e conhecem, sabem que não sou de esconder de ninguém o que penso e tudo que quero falar ou escrever, faço sem o uso de  fakes ou intermediários.  

Lamento que mesmo com toda a legislação eleitoral e os sistemas que buscam evitar a proliferação de mentiras e artimanhas deste jogo sujo tenham usado o meu nome e o meu blog, em mais uma fake news, diga-se de passagem, muito mal feita.

Como medida protetiva e em respeito aos meus leitores, amigos e eleitores do Estado do Pará, informo que estarei ingressando com uma representação no Ministério Público Eleitoral, afim de apurar os fatos e buscar os responsáveis pela criação do blog (clone), que consta no endereço http://asfalasdapolis.blogspot.com/, o qual comete diversos crime e por eles precisam responder nos tribunais da justiça.

Como todos sabem, o blog AS FALAS DA PÓLIS está sob o domínio, no seguinte endereço http://diogenesbrandao.blogspot.com

Chamo a atenção desde já, que causa estranheza, o fato de que todas as postagens deste blog (clone), sejam contra o candidato Márcio Miranda (DEM), Flexa Ribeiro (PSDB) e o publicitário Orly Bezerra.

A quem interessa, clonar o meu blog para atacar estes acima citados, utilizando-se do meu nome?





domingo, maio 28, 2017

Edmilson saiu do PT, mas o PT continua com Edmilson

Edmilson Rodrigues (PSOL) ao lado de seu fusquinha, na campanha eleitoral de 2016.

Por Diógenes Brandão

"Enquanto o Paulo Rocha era vaiado e impedido de falar, o "Ed" tirava selfies e falou o que queria, o tempo que quis".

Foi exatamente assim que o blog foi informado (e confirmou com diversas outras pessoas presentes, a veracidade dos fatos) sobre um acontecimento histórico, ocorrido durante a última Greve Geral, realizada em Belém e no restante do país, no dia 28/04. 

Digo que é um acontecimento histórico, pelo fato de nunca termos presenciado uma liderança da esquerda paraense ser vaiada em público. Ainda mais em uma manifestação convocada pela própria esquerda, leia-se: PT, PCdoB, PSOL, CUT, CTB e outras centrais sindicais e seus sindicatos filiados, sob a égide da "Frente Brasil Popular" e "Frente Povo Sem Medo".

A demonstração de insatisfação com o senador Paulo Rocha (PT), hoje o maior representante político da esquerda paraense contrasta com a empatia com que o "Ed" - abreviação do nome do deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL) nutre entre o mesmo público.

O que construiu essa diferença no imaginário e receptividade popular? 

Cabe lembrar que Edmilson Rodrigues, quando petista, sempre teve um grupo que embora pequeno em número, era potente em capacidade intelectual, o que garantia formulação de estratégias arrojadas, o que o levou a indicá-lo a bater chapa contra Lula, para as prévias em 2002, onde o ex-metalúrgico que tornou-se ícone da esquerda latino-americana foi escolhido candidato a presidente e elegeu-se pela primeira vez, após três tentativas para chegar ao cargo máximo de representatividade na República brasileira.

Se disputou a liderança do país com Lula, quando este vivenciava seu auge político e carismático, o que impediria de Edmilson e seu grupo arquitetarem um "chega pra lá" em Paulo Rocha, que foi eleito em 2014 com mais de 1 milhão e meio de votos, enquanto Edmilson Rodrigues recebeu nesta mesma eleição apenas 11% dos votos do senador petista, ou para ser exato, 170.604 votos? 

Seria esse o resultado de uma investida muito bem formulada de fora para dentro do PT, que fez com que em pouco mais de dois anos, Paulo Rocha seja hostilizado nas manifestações e nas redes sociais, enquanto Edmilson é abraçado pela militância e simpatizantes de todos os partidos da esquerda local?  
É em busca destas respostas que o blog suspeita de uma confirmação que muitos teimam em não admitir: 12 anos depois de sua saída do PT - após o "mensalão", dirigentes petistas e cutistas continuam venerando e idolatrando, aquele que foi durante 8 anos, o chefe dos que atuaram em seus dois mandatos como prefeito de Belém e talvez por isso, muitos destes até hoje sonham em voltar a ter o "micropoder" que um dia tiveram.

Não que devamos achar essa admiração pela liderança que Edmilson representa para a esquerda paraense, seja como um todo descabida ou fruto de interesses pessoais de todos os seus seguidores. Depois dele, quem surgiu ou se destacou com o seu preparo intelectual e sua oratória?

No entanto, lembro da campanha eleitoral da então candidata Maria do Carmo (PT), quando esta disputou com Simão Jatene (PSDB) e quase é eleita como a primeira governadora do estado em 2002, perdendo por R$0,05 centavos - Em uma pegadinha do marketing eleitoral, Jatene perguntou à sua adversária santarena, se ela sabia quanto custava o preço da tarifa urbana do transporte público em Belém e ela respondeu que era R$0,60, sendo que era R$0,65.   

Desde ali, tornou-se perceptível que o discurso inflamado e prolongado de Edmilson havia sido superado pela firmeza daquela voz feminina, vinda do interior do estado e que argumentava com destreza sobre os problemas sociais, enfatizando as diferenças regionais e o abismo geopolítico que se configura neste estado de dimensões continentais. 

Edmilson sempre lançou mão de elementos retóricos revolucionários, evocando para si a herança dos líderes dos combatentes cabanos, mas aquela mulher simples, porém estudiosa, bem vestida e com um poder de síntese incomparável ao ainda colega de partido, revelou-se muito mais preparada para aquele cargo de governadora e até outros, que depois de ser eleita e reeleita prefeita de Santarém, ela não quis disputar. Cabe lembrar que Maria do Carmo é do mesmo grupo do senador Paulo Rocha.

No entanto, a pegadinha criada pelo marqueteiro Orly Bezerra e utilizada pelo tucano Simão Jatene naquele ano, garantiu sua primeira vitória eleitoral e depois disso ele venceu mais três eleições como governador, sempre a peso de muito dinheiro, hoje sabidamente oriundo de "doações" que envolveram empresas como a CERPASA, Odebrechet e a Friboi.  

Mas voltando ao cerne do post, Edmilson segue como deputado federal do PSOL, abraçado por “votos petistas” em todas as eleições que disputa, tanto proporcionais, quantos as duas majoritárias em que disputou com Zenaldo Coutinho (PSDB) e foi derrotado, mesmo com votos oriundos da imensa maioria dos filiados, simpatizantes, eleitorado petista e da esquerda paraense como um todo.  

E esse carisma, embora continue contaminando a maioria esmagadora do PT, não consegue retomar os votos que ele já teve e fazer com que Edmilson tenha êxito nas disputas majoritárias e acaba impedindo que novos nomes se apresentem, tanto no PSOL, quanto no PCdoB, PSTU e no próprio PT, de onde ele saiu e continua alimentando o imaginário de que seja o único nome capaz de retomar a prefeitura de Belém para a esquerda. Tal fenômeno pode ser justificado pela falta de preparo de e nos quadros dos demais partidos?

Marinor Brito (PSOL) é uma excessão, principalmente quando falamos em potencial de votos? 

Ao alcançar a terceira maior votação para o senado em 2010, Marinor tornou-se senadora após o senador Jader Barbalho (PMDB) ter sido impedido de ser diplomado, logo depois de ter sido o mais votado entre os candidatos ao senado, mas foi impedido por uma interpretação equivocada da Lei da Ficha Limpa, retornando para assumir sua vaga dois anos depois, já que o STF decidiu que a lei não poderia retroagir e atingir os eleitos em 2010.

Marinor, que ficou dois anos no senador, esbravejou mas voltou à Belém e em 2016 conseguiu ser reeleita como a vereadora mais votada na capital do estado. 

Seus aliados dizem que em 2018, Marinor possa tentar novamente uma vaga ao senado e ter êxito, tendo para tal um campo aberto pela maior crise política já existente no Brasil, após as delações feitas contra seus principais adversários do PMDB e PSDB.  

Edmilson por sua vez não deverá arriscar sua permanência na Câmara dos Deputados e seu grupo político no interior do PSOL, já cogita que com ele mantido na disputa como deputado federal e Marinor disputando o senado, o partido poderia voltar a ter uma cadeira, ou duas, na ALEPA.  

Essa possibilidade pode ser considera prematura, mas pelo que temos visto nas ruas, toda vez que Edmilson e Marinor se apresentam, diante do público presente nas manifestações que agregam os partidos, centrais sindicais e movimentos sociais e populares, são eles que brilham. Com destaque muito maior para Edmilson.

Entre um selfie e outro, o deputado do PSOL surfa em meio aos seus fãs que controlam o microfone dos atos políticos, tendo o tempo e o momento estratégico que bem entender para discorrer seus famosos discursos intermináveis. Embora esse comportamento seja criticado por algumas lideranças, para a grande parte da nata burocrata, isso não lhe retira o direito de falar mais do que os demais.

Conforme afirmei no título, a falta de preparo de outras lideranças petistas e a manutenção desta áurea de superioridade que insistem em manter sobre a cabeça de Edmilson, como o nome mor da esquerda para disputar as últimas eleições para a prefeitura de Belém e tem sacrificado o PT e este vem sendo desidratado ano a ano.

A tese se confirma ao olharmos as duas últimas eleições onde o partido obteve apenas 3% e 1,5% de votos válidos, quando disputou a prefeitura de Belém com Alfredo Costa (2012) e Regina Barata (2016), respectivamente. Isso sem falar que após as eleições de 2014, onde o PT apoiou o PMDB ao governo do Pará e perdeu 02 dos 04 deputados federais que tinha em Brasília e dos oito (08) deputados estaduais eleitos, ficou apenas com três (03).

segunda-feira, janeiro 23, 2017

Do jeito certo: MP Eleitoral defende cassação de Zenaldo Coutinho no TRE

O MP Eleitoral também enviou ao TRE denúncia de crime eleitoral contra Zenaldo e o coordenador de marketing da campanha, Orly Bezerra. Os dois podem ser condenados a penas de seis meses a um ano. 

Via MPF

Ministério Público Eleitoral enviou parecer ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Pará opinando pela cassação do diploma do prefeito eleito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB). O parecer trata de processo em que o político já teve o diploma cassado na primeira instância da justiça eleitoral, por abuso de poder econômico e político durante a campanha de 2016.

O prefeito foi condenado por veicular propaganda institucional em período proibido, com conteúdo vedado, nas páginas  da prefeitura no facebook, youtube e outros veículos oficiais do município de Belém na internet. As propagandas denunciadas continham promoção pessoal do então candidato. As irregularidades também foram encontradas em placas de obras espalhadas pela cidade. O caso mais grave foi da obra do sistema BRT, inaugurada pelo prefeito sem estar concluído, em caráter experimental, oferecendo milhares de viagens gratuitas durante o período de campanha eleitoral. 

Pela legislação que rege a eleição brasileira, durante todo o ano em que se realizam as eleições fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da administração pública, exceto em casos de calamidade pública, estado de emergência ou programas sociais autorizados em lei. Nenhuma das exceções se aplica à inauguração do BRT em Belém durante as eleições de 2016.

O procurador eleitoral, Bruno Valente, refutou alegações da defesa do prefeito de Belém no processo, de que não tinha conhecimento prévio ou não teria dado prévia autorização para a divulgação de publicidade institucional na internet. 

“Considerando a circunstância fática de que o investigado é o atual prefeito de Belém e que as inúmeras publicidades não só foram realizadas pela assessoria de imprensa da prefeitura municipal, como o foi no site e na rede social facebook institucionais, não há como negar que tinha, sim, prévio conhecimento das propagandas institucionais em período vedado que lhe garantiram capital eleitoral no pleito de 2016 para conseguir a reeleição”, diz o parecer.

O MP Eleitoral também enviou ao TRE uma denúncia de crime eleitoral contra Zenaldo e o coordenador de marketing da campanha, Orly Bezerra. Eles são acusados de repetir o mesmo slogan da propaganda institucional da prefeitura, “Fazendo do jeito certo”, como slogan de campanha do candidato nas eleições passadas, “Belém no rumo certo, do jeito certo”. 

Para o MP Eleitoral, ficou evidente a associação e semelhança semântica e fonética entre os slogans ao usar a frase “do jeito certo”, com a finalidade de interiorizar nos cidadãos e eleitores de Belém a necessidade de dar continuidade à gestão do prefeito e candidato Zenaldo Coutinho. A prática de confundir publicidade institucional, que é permitida pela Constituição, com propaganda eleitoral, é considerada crime pela legislação brasileira. 

O candidato e seu marqueteiro podem ser condenados a penas de seis meses a um ano. Como se tratam de punições menores e um crime de menor potencial ofensivo, o Ministério Público defende que os acusados sejam condenados a prestação de serviços à comunidade e pagamento de multa, que pode chegar a R$ 20 mil para cada réu.

Confira o parecer completo aqui: https://goo.gl/fNJdAW

sexta-feira, novembro 04, 2016

Blogueira denuncia publicitário, governador, prefeito e membros da justiça paraense


Jornalista que mantêm um dos blog mais acessados no Pará, Ana Célia Pinheiro declarou guerra aos tucanos e membros da justiça paraense, quem acusa de comporem uma quadrilha no Pará. Seu blog, tem a esperança de uma intervenção do Conselho Nacional de Justiça, mas pode ser retaliada por sua destemida ousadia de desafiar de uma só vez, o poder executivo, o judiciário e alguns empresários que controlam a mídia paraense.
Por Diógenes Brandão

A jornalista Ana Célia Pinheiro sempre se notabilizou pela sagacidade de seus textos, tanto jornalísticos, na grande imprensa local, quanto de cunho pessoal, o qual exercita com mais frequência e eloquência, em seu blog, A Perereca da Vizinha e redes sociais. Mas desse vez, ela superou-se e promete surpreender cada vez mais.

Considerada uma das principais jornalistas investigativas, Ana Célia já atuou em diversos espaços institucionais, empresas de propaganda e ambientes políticos, tendo inclusive participado ativamente de campanhas eleitorais, dos mais diversos partidos e matrizes ideológicas. Da esquerda à direita, acumula rancores e elogios, aplausos e vaias, tal como acontece com todos que se destacam em algum campo profissional de nossa sociedade provinciana.

Mas essa semana, que ainda pode nos trazer muitas e fortes emoções, em tom beligerante de uma legítima Kamikaze, Ana Célia superou-se ao "chamar pra porrada" de uma só vez, o marqueteiro do PSDB no Pará, Orly Bezerra, o governador do Pará, Simão Jatene, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho e nada mais, nada menos do que o desembargador do Estado, a quem todos chamam de Dr. Milton Nobre.

Sem se fingir de surdo, cego e morto, como muitos outros blogs e colunistas da cena política paraense e nacional, o blog AS FALAS DA PÓLIS traz uma coletânea de cinco (05) publicações realizadas essa semana, tanto pela jornalista, quanto por seu colega de profissão, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, além de uma nota da Associação dos Magistrados do Pará e uma segunda publicação da jornalista que responde ao comentário do também jornalista Walber Monteiro, amigo do desembargador e membro da Academia Paraense de Jornalismo.

Leiam como tudo começou:



Orly e o Lobo de Wall Street.  (Via o blog A Perereca da Vizinha, dia 31.10.2016)

Sabes, Orly, estava olhando, há pouco, a postagem que fizeste, na qual tentavas bancar o humilde, o manso, o “coitadinho”.

Aí, lembrei-me daquela ocasião, em 2010, em que gritavas histericamente, ameaçando até bater em um deficiente físico, que não fizera o trabalho do jeito que havias mandado.

E pensei comigo: só mesmo quem não conhece de perto o Orly, pra acreditar em toda essa “mansidão” e “humildade”...

É claro que o sujeito nunca dirá nada, né Orly?, já que depende de ti, pra manter o DAS. Mas todos sabemos – eu, tu, ele e os poucos que se encontravam na Griffo, naquele dia, um deles já até agoniado com tamanha violência – que isso aconteceu, sim.

E não só com aquele deficiente: mas com várias outras pessoas, que foram alvo da tua histeria.

Pensei, também, nessa tua estratégia de bancares o “coitadinho”, até usando a doença da tua irmã (se é que isso é verdade, vindo de um mitômano como tu).

Tal estratégia nem poderia ser diferente, né Orly?, já que a tua base é a propaganda nazista.

Buscas sempre a “santificação”, aos olhos públicos, para “satanizar” o outro.

És sempre a “vítima” de algum “monstro cruel”...

O bom, o indefeso, o honestíssimo Orly...

Honestíssimo???!!!

Orly, tu enriqueceste aplicando estelionato eleitoral, na população do Pará.

Ajudaste a eleger alguns dos piores bandidos que este estado já viu.

Milhares de pessoas estão morrendo, por causa dessa enganação, desse 171,  a que chamas de “trabalho”.

E esses jovens que estão matando e morrendo nas nossas ruas é que são as verdadeiras vítimas, meu caro.

Ao passo que tu, Orly, és muito mais um vampiro, do que qualquer outra coisa.

Há mais de vinte anos, fraudas licitações.

Há mais de vinte anos, ajudas a assaltar o erário.

Nem mesmo o dinheiro da Saúde, em um estado como o Pará, escapou a tua pilhagem.

E se a população paraense tivesse consciência de todo o mal que fazes, já não poderias nem mesmo andar pelas ruas desta cidade.

No entanto, ainda há quem elogie o teu “talento”...

E é por isso que o teu caso me lembra a sensação que tive, ao assistir aquele filme “O Lobo de Wall Street”.

O sujeito era um tremendo vigarista, um pilantra, que enriqueceu enganando um monte de gente, inclusive, velhinhos.

Mas, ao final do filme, muitos ainda diziam: “ah, como ele é inteligente!”; “ah, como ele é esperto!”, “ah, como ele merece todo o dinheiro que ganhou!”.

No fundo, era a perversão moral da sociedade brasileira se manifestando: o bandido é que é o “inteligente”; o bandido é que é o “bacana”.

Confesso que até eu já caí nesse raciocínio enviesado, elogiando o teu “talento”.

E só quando fiquei a pensar sobre esse filme e a reação de muitos,  é que percebi o quanto aquele caso se assemelha ao teu.

Estás com medo, Orly, da investigação do MPF?

Aí, meu caro, só posso é te dizer: deves, sim, ter muito, mas muito medo.

Até porque, como ambos sabemos, tu e os teus companheiros não resistem a uma investigação de verdade.

Quanto a mim, Orly, não tenho rigorosamente nada a perder e já nem me importo de pagar pelos erros que cometi.

Pra mim, o urgente, mesmo, é frear essa matança que tomou conta do Pará. E para isso é fundamental desarticular essa quadrilha, que se instalou no poder e corrompeu todas as instituições.

Lembras, em 2010, quando recusei o emprego que me ofereceste, e tu ironizaste dizendo que eu me sentia uma “pecadora”?

Pois é, Orly, a questão não é a de me sentir “pecadora”: é a de ter uma consciência e uma empatia com aqueles que sofrem, coisas cujo significado, infelizmente, desconheces.

Daí que estou a refletir se vale a pena perder meu tempo com um capacho da tua marca (porque é isso o que és, quando estás diante do teu chefe, o Jatene), ou se o melhor é mirar bem mais acima, dando até uma de camicase, para acabar com essa rede de corrupção e de tráfico de influência do teu governador.

Ainda assim, podes ter certeza, meu caro: é chegada a hora de pagares por todos os crimes que vens cometendo, ao longo dos últimos 20 anos.

E de nada te valerá, Orly, toda essa tua "performance de ovelhinha”.

FUUUIIIIII!!!!!

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Carta aberta ao desembargador Milton Nobre (Via o blog A Perereca da Vizinha, dia 03.11.2016)
Em primeiro lugar, eu queria lhe parabenizar, doutor Milton Nobre, porque o senhor conseguiu, de fato, uma proeza: transformar o Judiciário paraense no prostíbulo mais arreganhado de todos os tempos. Sob o seu comando, esse Poder magnífico, que é o Judiciário, transformou-se em mero capacho desse chefe de quadrilha que é o governador Simão Jatene. Tornou-se, portanto, um mero fantoche da corrupção política e do crime organizado. Nenhum processo contra essa quadrilha, por maior que seja o crime que cometa, consegue prosperar neste estado, devido a sua ação nefasta. No entanto, todos os cidadãos mais bem informados sabem que é o senhor quem coordena essa rede de corrupção e tráfico de influência que hoje domina o Judiciário paraense, através da distribuição de benesses aos bandidos togados da sua marca, pelo governador. Todos sabem que o senhor manipula a distribuição de processos, para que eles acabem nas mãos dos meliantes que integram a sua organização criminosa. Todos sabem, mas ninguém fala, já que todos morrem de medo do senhor. Porque de nada adiantarão provas, advogados ou o que quer que seja: ao fim e ao cabo, a sentença em um eventual processo será escrita pelo senhor, e alguma magistrado de quinta categoria apenas a assinará. Hoje, o Judiciário paraense, sustentado pelos milhões de impostos dos cidadãos, serve apenas aos seus interesses e às quadrilhas que dominam este estado. Os processos que o senhor determina, tramitam com celeridade impressionante, digna de uma Suécia. Já aqueles que o senhor não quer que andem, são simplesmente travados por algum de seus comparsas. Corajosos e honrados juízes de primeiro grau, ainda tentam fazer Justiça, insurgindo-se contra a sua máfia. Mas no Desembargo, o seu controle é quase total: um ou outro desembargador é que ainda busca, cada vez mais solitariamente, honrar a toga que veste. Imagino como tamanho poder não lhe provoca quase um orgasmo, não é, doutor? Imagino como o senhor se imagina “bom” e “puro”, ao papar uma hóstia, enquanto milhares de pessoas são assassinadas em nossas ruas, devido a sua psicopatia. E eu creio que ao ver religiosos como o senhor, a papar hóstias ou a gritar aleluias, Deus deve é sentir uma tremenda ânsia de vômito. Sei que ao publicar esta carta, doutor Milton, o senhor e a sua gangue transformarão a minha vida em um miserável inferno, até o fim dos meus dias. Sei, também, que estarei sozinha; que muitos se afastarão de mim, como se portadora de algum vírus; e que outros tantos, a seu serviço, farão de tudo para destruir a minha reputação. No entanto, depois de muito pensar, acabei concluindo que não há maneira de acabar com as quadrilhas que se apoderaram deste estado, sem antes desarticular a organização criminosa que o senhor comanda. Nunca tive “vocação” para heroína, doutor Milton. Sou é uma sobrevivente – e me orgulho disso. Mas nestes últimos dias, ao refletir sobre a minha vida, percebi que não tenho rigorosamente nada a perder, ao enfrentar abertamente a sua gangue. Vou fazer 56 anos. E como vivi desbragadamente, se Deus me conceder mais quatro, terei é que me dar por satisfeita. Além disso, quando o Senhor meu Deus me chamar, voltarei pra Ele apenas com o meu espírito, que, por sinal, nem sequer me pertence, mas a Ele, como tudo o mais no Universo. Processe-me, doutor Milton, como, aliás, já o fez, e o senhor me arrancará quase nada, já que o pouco que acumulei ao longo da vida não vale nem R$ 2 mil. Mande me prender, e eu continuarei a pensar e a escrever, para que todos saibam, no presente e o futuro, o bandido que é o senhor. Mande me matar através dos jagunços da quadrilha do seu comparsa, Simão Jatene. Mas tenha certeza de uma coisa: só partirei daqui quando Aquele lá em cima determinar, porque nem o senhor nem ninguém é mais poderoso do que Ele. Vamos, portanto, jogar o “phoda-se”, doutor Milton, até o derradeiro fôlego de cada qual. Eu contra o senhor e toda essa bandidagem togada que empesta este estado. Desta feita, sem acordos, sem sorrisos, sem dissimulações. Vamos jogar de maneira crua, tratando o senhor da maneira que merece, porque assim, quem sabe, desperte o sonolento CNJ. O que não dá mais é pra suportar o triunfo dos seus crimes, à custa de milhares de vidas, em todo o estado do Pará.

FUUUIIIIII!!!!!!

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A sujeira pública (Via o blog de Lúcio Flávio Pinto em 03.11.2016)

A jornalista Ana Célia Pinheiro acaba de divulgar no seu blog, A Perereca da Vizinha, uma carta aberta ao desembargador Milton Nobre.

Reproduzo esse texto não porque concorde com o que Ana Célia escreveu. Discordo frontalmente. Não é um texto jornalístico. Repórter das boas, que sempre admirei por sua tenacidade e compromisso com a busca dos fatos, Ana nega essa condição nesse libelo – tão contundente quanto desarvorado, tão inflamado quanto desrespeitoso, tão pouco a Ana Célia Pinheiro, que eu lia com prazer e absorvendo as informações e ensinamentos que ela me proporcionava. Lamento muito, mais como seu leitor do que como seu amigo, que ela tenha produzido a obra que se vai ler abaixo.

Não a transcrevo para me aproveitar da algaravia da jornalista e assim realizar meus interesses sem me comprometer diretamente, como faz agora o Diário do Pará, de Jader Barbalho. Ele se serve dela, estimulando seus impulsos justiceiros, que não constituem missão de uma grande repórter, como ela foi.

Ana devia traduzir cada acusação que faz ao desembargador Milton Nobre em fatos, se possível fundamentados em provas válidos, ou na citação de acontecimentos. Onde está um adjetivo contundente, deviam estar relacionados acontecimentos e situações concretas que lhes dessem embasamento.

A utilização do que devia ser o produto de apuração jornalística em editorial, como fez o Diário, é uma anomalia, uma acusação à repórter desnaturada. Se fizesse jornalismo de verdade, e não estivesse em pleno retrocesso editorial, de volta à condição de partido político, o jornal da família Barbalho deveria ter usado o desabafo da jornalista como pauta para a devida apuração das informações. Como o jornal não quer chegar a tanto, ecoa maliciosamente o texto, na certeza de que, se houver reação, escapará do alcance da represália. Ana Célia pagará o pato.

O desembargador Milton Nobre já foi corregedor, vice-presidente e presidente do Tribunal de Justiça do Estado, além de membro do Conselho Nacional de Justiça. Chegou ao topo da corte sem fazer carreira na magistratura, graças a uma anomalia, inaceitável numa sociedade verdadeiramente democrática (da qual um dos pilares é a completa independência entre os poderes institucionais da república), que permite à OAB (e ao Ministério Público) ocupar um quinto das cadeiras de desembargadores.

Com esse currículo, ele deve seguir a sugestão da sua feroz acusadora: não deve processá-la nem intimidá-la nem persegui-la e, muito menos, recorrer a qualquer medida de força. Se a catilinária o ofende, deve atribuí-la aos ossos do ofício do serviço público, embora a lei ampare o servidor público nessas situações, punindo exemplarmente o alegado ofensor. Diante de um poder geralmente corporativo, essa atitude equivalerá a um tiro no pé.

O que ele pode fazer melhor à sociedade, diante dos ataques da jornalista (e de outros, como os que fundamentaram críticas – com outra configuração – que fiz ao seu desenho, do qual esperei inicialmente que fosse exemplar), é prestar contas à opinião pública – se possível, desfazendo cada um dos pontos abordados no texto.

Talvez ele se recuse a seguir esse caminho, a pretexto de que é melhor deixar que um texto desse tipo se desfaça por si mesmo. Mas o desembargador tem muitos inimigos (além de falsos amigos), que deverão estar reproduzindo o produto explosivo.

Se Ana Célia Pinheiro errou a mão (e como errou) neste texto, o judiciário paraense tem errado tanto que perdeu a premissa da inocência. Foi condenado ao enquadramento no oposto da regra da lei: é culpado até prova em contrário.

Meu objetivo é também colocar os dois grupos que dominam a comunicação no Pará, das famílias Maiorana e Barbalho, a meditarem um pouco sobre o mal que estão fazendo ao Estado com esse jornalismo faccioso e venal que têm praticado. A queda do nível a um limite abissal de desrespeito às pessoas e descompromisso com a sociedade está fomentando um clima de paixão, radicalismo e fanatismo que acabará resultando em alguma tragédia.

Em 1991 decidi publicar um texto pornográfico que Hélio Gueiros me mandou, apenas dois meses depois de deixar o governo do Pará, para mostrar a que ponto se deterioraram as lideranças políticas do Estado. Elas travaram uma luta imoral no ano anterior, da qual Jader Barbalho saiu vitorioso contra a máquina estadual, mobilizada para produzir votos em favor do candidato do governador, o iludido (e, depois, abandonado, tendo que pagar sozinho a conta da campanha eleitoral) Sahid Xerfan. Uma sujeira maior do que a da eleição deste ano em Belém.

O ex-governador cometeu aquela “coisa” achando que eu jamais a tornaria pública. Ao transcrevê-la, tive a mesma intenção que agora repito: mostrar a que ponto chegamos em degeneração da coisa pública neste tão maltratado Estado.

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NOTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE (Via Associação dos Magistrados Paraenses)
"Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor. Porque o amor resultou inútil. E os olhos não choram. E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco"
(Carlos Drummond de Andrade)
A Associação dos Magistrados do estado do Pará – AMEPA, entidade que congrega os juízes estaduais, por meio de seu presidente, vem externar irrestrita solidariedade ao Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre, ao tempo em que demonstra veemente REPULSA à ignóbil carta aberta subscrita por uma pessoa identificada como Ana Célia Pinheiro, espalhada em rede social na presente data:
A descabida enxurrada de falsas acusações e alucinações desmedidas assacadas a um Desembargador como se deu nessa missiva, demonstra que vivemos tempos de absoluto desrespeito com a coisa pública e com os que sacrificam suas vidas para o exercício funcional, em especial à magistratura.
Na atualidade, pessoas que se escondem no anonimato das redes de computadores ou mesmo expõem seus nomes, certamente porque salvaguardadas pelo crime organizado ou por um destempero que beira a insanidade, não vislumbram limites para despejar um sem número de xingamentos e impropérios, como se estivessem no livre exercício de um direito. As palavras contidas no verdadeiro arrazoado do crime subscrito por essa pessoa maculam não apenas a imagem de um magistrado, mas toda a magistratura paraense.
Uma nota somente da Associação dos Magistrados não poderia resumir a relevância pública do Des. Milton Nobre e toda sua contribuição ao Poder Judiciário, como também ao estado do Pará e na divulgação nacional dessa unidade da federação.
O Desembargador Milton Nobre é o decano da corte paraense. Ex-Conselheiro Federal da OAB. Ex-Presidente do Tribunal de Justiça, Ex-Presidente do Conselho de Presidentes dos
Tribunais de Justiça do Brasil e Ex-Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, entre outras tantas funções que já ocupou em sua extensa e promissora carreira jurídica, incluindo o magistério.
Em décadas dos mais relevantes serviços prestados jamais registrou qualquer desvio de conduta, tampouco fora ofendido de maneira tão abjeta.
As afirmações feitas contra o Desembargador representam profundo golpe no respeito ao Poder Judiciário. A apuração do caso deverá ser a mais rígida possível e todas as alegações desta desequilibrada hão de sujeitá-la à responsabilidade nos termos da lei civil e criminal.
Aliás, que esse episódio de agressão indevida, gratuita e desnecessária a um magistrado sirva para alertar à sociedade de que o exercício da judicância é uma atividade de extremo risco e sujeita quem a escolhe a sofrer dissabores que machucam a alma.
Tornou-se rotineiro qualquer pessoa apontar o dedo em riste e desqualificar juízes, como se ouvir falsas acusações fizesse parte das condições para o exercício laboral. Não o são e tais calúnias devem desafiar a mais exemplar punição.
A AMEPA lamentando de forma profunda esse triste acontecimento e como tem feito a cada ataque à magistratura estadual, faz a defesa de seu associado e atuará para coibir atos atentatórios à honra do Desembargador que construiu sua honrosa carreira à custa de dedicação e estudo.
Belém, 03 de novembro de 2016
HEYDER TAVARES DA SILVA FERREIRA
Presidente da AMEPA

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Amigo de Milton Nobre responde ao blog. E ameaça com “medidas restritivas”.  (Via o blog A Perereca da Vizinha, em 04.11.2016).

Recebi o comentário abaixo, do Walber Monteiro, de há muito ligadíssimo ao desembargador Milton Nobre. Já está liberado na caixinha que acompanha a postagem anterior, mas resolvi trazê-lo à berlinda:  “Depois de ler as sandices que escrevestes sobre o Milton Nobre, só posso depreender que enlouquecestes de vez. Sempre te vi como anormal, pelos comportamentos inusitados que costumas ter com as pessoas, inclusive as que procuraram, no passado, te ajudar (como o Orly Bezerra).
Creio que deverias ser internada e com “camisa-de-força”, em razão dos despautérios que assacas contra não apenas um homem que construiu sua vida e seu sucesso exclusivamente por seus méritos, entre os quais a honradez e a honestidade, mas contra todo o Poder Judiciário do Pará a quem rotulas de “prostíbulo” e de “quadrilha”.
Não tenho pena de ti, nem compaixão. Necessitas de urgentes cuidados médicos e de psquiatras e de providências acauteladoras que evitem, de futuro, que os meios de comunicação social de que usas para tuas infâmias e calúnias sejam utilizados para denegrir imagens e criar, junto ao público que ainda te prestigia, falsos conceitos sobre pessoas e instituições que merecem respeito.

WALBERT MONTEIRO”.  A minha resposta:  Não entendi, Walber: se tudo o que escrevi são “sandices”, “calúnias”, “infâmias”, por que o alvoroço? Ora, como dizia a minha finada mãe, quem se mete com doido acaba é na camisa-de-força, e o doido, na porta do hospício, rindo da cara do sujeito. Então, estou perplexa com a tua reação. E, especialmente, com a tua ameaça velada de “medidas restritivas” contra mim. O que é que vocês vão fazer: tirar meu blog do ar? Tentar me impedir, judicialmente, de acessar a internet? É bobagem, meu amigo! Como já disse, agora não tem acordo, não tem dissimulação, não tem lári-lári, não tem nada. Se tentarem me impedir de acessar a internet em casa, vou pra um ciber ou pra casa de um amigo; crio um site no exterior. Vai ser até bacana porque vai todo mundo acessar a Perereca da Vizinha, pra ver o que é que este blog tem de tão impressionante, que fez até tremer nas bases o mais poderoso magistrado do Pará. O problema é que coloquei o dedo na ferida, né, Walber? O meu voo de camicase acertou bem no centro desse esquema de corrupção e tráfico de influência no TJE, né? Não tenho nenhuma expectativa de escapar ilesa, meu amigo – até porque, como já disse, foi um voo de camicase. Sei o que me espera, mas vou logo avisando: vocês vão ter que me prender ou me matar. Se me prenderem, vou ser presa política, de consciência. Estarei, portanto, na belíssima companhia de muitos dos que lutaram por Democracia, Justiça, Liberdade, em todo o mundo. Se me matarem... Mano, isso aí é com Deus, porque maior do que Ele, ninguém. Se Ele achar que já deu pra mim, Ele vai dizer: vem-te embora! E eu irei toda feliz, pros braços Dele. Mas se Ele achar que ainda tenho que permanecer por aqui, vocês podem mandar os seus melhores pistoleiros, que não me acontecerá coisa alguma. Ao contrário de vocês, que falam tanto por aí no nome Dele, eu quase nem falo Nele. Mas a minha fé no Senhor meu Deus é inabalável! Portanto, façam o que bem entenderem. E sei que vai ser rápido, né? Porque amanhã mesmo, quem sabe, o teu patrão, o Milton Nobre, já esteja com uma liminar encomendada nas mãos. O que, aliás, só vai é confirmar tudo o que escrevi. E vai virar um caso com repercussão nacional, meu caro. E quem sabe assim, finalmente, o CNJ faça alguma coisa, pra acabar com essa corrupção que tomou conta do Judiciário paraense. E só lamento é que não tenham sido os muitos e honrados magistrados desta terra, a dar um pontapé no teu patrão. E antes que me esqueça, Walber, explica aí a história da Vivenda. Abs

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...