quinta-feira, julho 29, 2010

Avançar para um novo modelo de gestão pública

A construção de uma plataforma democrática que “aceite” a participação popular na inauguração de um novo modelo de gestão do Estado Brasileiro não se constrói do dia para a noite e muitos dos esforços feitos para que isso se transforme em realidade no Brasil, do início de 2002 até hoje, mostram que é possível e bem mais inteligente que os gestores públicos estejam preparados para absorverem as demandas e proposições emitidas pela sociedade, seja através de consultas públicas, à exemplo do que foi feito através das conferências nacionais, realizadas nas mais diversas áreas sociais, as quais reuniram centenas de milhares de brasileiros nos últimos oito 8 anos do governo Lula ou mesmo através do plebiscito sobre o desarmamento no Brasil, por exemplo, que atingiu uma marca recorde de participação popular e mobilização de setores pró e contra o desarmamento pelo país à fora, quando o governo consultou a população brasileira sobre um polêmico artigo do Estatuto do Desarmamento que apresentava a seguinte redação: "art. 35 - É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei".

A campanha pró e contra o desarmamento checou a vontade popular sobre o porte de armas no Brasil, tendo vencido a opinião constrária a proibição do uso de arma de fogo por cívis por 55% dos votos do referendo.

Diante desta constatação, os caminhos abertos com a iniciativa do governo federal possibilitaram que os governos estaduais, independentes da concepção ideológica, partidária e/ou modelo de gestão pudessem observar, experimentar e colaborar na formulação de políticas públicas regionais e nacionais, já que todas as conferências nacionais contaram com etapas estaduais e municipais nas quais os poderes públicos nas três esferas de governo dialogaram com representantes da iniciativa privada (setor produtivo) e a sociedade civil organizada nas suas mais variadas facetas (ONG´s, Associações de Moradores, Movimento Populares, entidades ambientalistas, culturais, de gênero, etc.)

Lula com lideranças do Movimento Popular na 4ª Conferência Nacional das Cidades, a última das conferências realizadas em seu governo.

Criadas a partir da visão de que eram necessários mecanismos concretos para efetivar o resgate da dívida política e social do Estado Brasileiro com milhares de Brasileiros, as Secretarias Especiais (Igualdade da Promoção da Igualdade Racial, Promoção da Mulher, entre outras), ligadas ao gabinete da presidência da república, com status de ministério, energizaram a organização de setores historicamente marginalizados, discriminados e excluídos da sociedade brasileira e colocaram na pauta política do País os problemas e conflitos que historicamente ocorriam sem a intervenção positiva do Estado, tanto na resolutividades quanto mediação de conflitos e suas respectivas soluções.

Lula na Solenidade de Sanção do Estatuto da Igualdade Racial, feito que contou com a resistência dos setores organizados e a relação entre governo e movimento negro criada a partir da criação da Secretaria de políticas de Promoção da Igualdade Racial.

Daí em diante, outras iniciativas emergiram dos estados brasileiros e o Pará com a eleição da petista Ana Júlia como governadora, inaugura-se o instrumento de interlocução, monitoramente, fiscalização e participação popular e controle social do estado.

No Pará, o governo Ana Júlia inaugura uma nova forma de gestão pública através do Planejamento Territorial Participativo, o qual colheu demandas prioritárias apresentadas pela população do Estado em todas as regiões de integração do Estado e empoderou conselheiros no papel de agentes propositivos e fiscalizadores das mais variadas políticas públicas.

Prato de comida servido aos Conselheiros Estaduais do PTP em sua última plenária Estadual.

No entanto, a falta de reconhecimento da população desta importante ação do governo do Estado nos coloca de frente com o desafio da tomada de decisões sobre manter, alterar ou extinguir o PTP ou sua nomenclatura ou aprimorar os mecanismos de protagonismo dos conselheiros regionais e estaduais.

Zecão, Militante pestista do Movimento Popular da Marambaia, confiante do avanço no processo de participação popular.

Por fim, como sobremesa da leitura, deixo a lembrança de uma postagem que entrou para a história do blog, sendo comentada em diversas mesas de bares, secretarias de estado, partidos e trazido sátiras e anedontas simpáticas e outras nem tanto. Rangar no Hangar

quarta-feira, julho 28, 2010

Idealmente e na Prática

"Há duas maneiras de fazer política. Ou se vive para a política ou se vive da política. Nessa oposição não há nada de exclusivo. Muito ao contrário, em geral se fazem uma e outra coisa ao mesmo tempo, tanto idealmente quanto na prática." (Max Weber)

segunda-feira, julho 26, 2010

Quem foi o melhor governante do Pará?

Já está no ar (alí ao lado) a enquete que quer a opinião dos leitores do blog e vai direto ao ponto, sem direcionar as respostas, como muitos fazem por aí e pergunta: qual o governante que mais fez pelo Pará. A pergunta se refere aos político que já estiveram no poder executivo, ou seja, já foram governadores. Com exeção de Almir Gabriel e Jader Barbalho, os demais são candidatos novamente ao governo do Estado, a saber, Ana Júlia (PT) e Simão Jatene (PSDB). A votação será encerrada na próxima segunda-feira, portanto vote e acompanhe a decisão d@s minhas (meus) querid@s leitoras (es).

Pautando o Noblat pelo Twitter

Pelo twitter, pauto o famoso blogueiro Ricardo Noblat que insiste em fazer o jornalismo parcial voltado aos interesses dos grandes meios de comunicação do Brasil.

Veja, ops, Leia!

@JimmyNight @BlogdoNoblat o Sr. poderia me dizer o porque de tanto ódio do PT, MST e da esquerda?

@BlogdoNoblat @JimmyNight Eu? Nenhum.

@JimmyNight @BlogdoNoblat e porque não falas do período nefasto das privatizações do FHC, das mentiras do Serra e de tudo que a direita fez no país?

Até agora sem resposta!

Campanha pela WEB no Brasil e no Pará

Esta campanha eleitoral inaugura uso das chamadas mídias sociais e redes sociais na internet brasileira e disparadamente o PT e seus candidatos são os que mais agregam seguidores, comunidades, redes de contatos e perfis de apoio dos internautas.

Tal fenômeno pode ser explicado dado à densidade crítica e propositiva que emerge da esquerda brasileira, o que tem feito com que pessoas com opinião e disposição ao debate utilizem-se dos inúmeros recursos de comunicação na internet para expressarem-se.

De olho neste potencial militante, a campanha da ex-petista Marina Silva (PV) se lança como uma das que utiliza, e o faz de forma correta, do twitter, Facebook, Orkut e blogs, entre outras redes de relacionamento existentes.

Com o foco principalmente na juventude - mas não só - os partidos brasileiros vão aos pouco descobrindo o potencial que a internet proporciona para divulgação de suas propostas/opiniões, sem esquecer das campanhas nas ruas, mas considerando que enquanto estão em um lugar, outros apoiadores estão em outro, em muitos casos acessando fotos, depoimentos, notícias e propostas do dia-a-dia do candidato da sua própria casa, do seu trabalho ou de qualquer outro lugar que esteja conectado, até mesmo do seu próprio celular- caso possua conexão 3G.

Vale lembrar que nos EUA, onde as últimas eleições presidências contaram pela 1ª vez com as ferramentas da internet na campanha eleitoral, o atual presidente Barack Obama declarou que a internet foi fundamental para sua vitória, pois possibilitou que muitas das suas propostas.

Aqui no Pará, Ana Júlia (PT) e Simão Jatene (PSDB) vão aos poucos tateandos os recursos através de equipes contratadas, mas como voluntariado é coisa rara na ala tucana, a petista vai seguindo à dianteira na busca por sua reeleição, contando com o suporte imprescindível que emana de milhares de pessoas que hoje em dia preferem mil vezes dá uma “twitada”, do que acompanhá-la em uma de suas caminhadas pelo interior do Estado ou na periferia de Belém.

Lula Sanciona Estatudo da Igualdade Racial

Pintura do líder negro Zumbi dos Palmares
O Estatuto da igualdade racial foi sancionado ontem pelo Presidente LULA. O Estatuto tem como objetivo promover políticas públicas de combate à discriminação e igualdade de oportunidades.

O presidente também sancionou na cerimônia o projeto de lei que cria a Universidade Federal da Integração Luso-Afro-Brasileira (Unilab), que será sediada na cidade de Redenção, no Ceará. O foco da instituição será a integração do Brasil com os países da África, especialmente com os membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Lula aproveitou o ato de sanção para defender sua política social. Ele disse que programas como o ProUni, Pró-Jovem, Pronasci e Fundef promovem igualdade social no país. Ele foi muito aplaudido pela platéia, formada por lideranças do movimento negro, ao informar que batizará um navio da Transpetro com o nome de Zumbi dos Palmares. Principais ítens constantes do Estatuto: Na educação: Obriga as escolas públicas e privadas de ensino médio e fundamental a ensinar história geral da África e da população negra no Brasil. No Trabalho: Incentivo de atividades produtivas rurais para população negra e proíbe empresas de exigir "aspectos próprios de etnia" para vagas de emprego. No Esporte: Reconhece a capoeira como esporte e determina que o governo destine recursos para a prática. Na Religião: Reitera o livre exercício dos cultos religiosos e libera assistência religiosa aso seguidores em hospitais. Na Internet: Além de multa para quem praticar crime de racismo na Internet, prevê a interdição da página. Quilombos: Garante às Comunidades Quilombolas direitos de preservar costumes sobre a proteção do Estado. Garante ainda linhas de financiamento especiais para as comunidades quilombolas. Poder Público: Prevê a criação de ouvidorias permanentes em defesa da igualdade racial para acompanhar a implementação de medidas e estabelece que o Estado adote medidas para coibir a violência policial contra a população negra. O Estatuto entrará em vigor após 90 dias da sanção do presidente. Fonte: Blog Amigos de Colares

Boxe Internacional no Marajó

Do Blog Amigos de Colares Neste último sábado, dia 23 de julho, ocorreu no município de Cachoeira do Arari, na Ilha do Marajó, um sensacional evento esportivo, com a competição oficial de boxe, onde colocou-se em disputa o cinturão de Campeão Latino-Americano de pesos leves. O vencedor foi o paraense Renato, membro da academia do famoso treinador "Zéze do Boxe". Os marajoaras, exímios na arte da luta marajoara, puderam apreciar o uso de técnica e de esforço competitivo dos boxeadores. A iniciativa da Federação Brasileira e Paraense de Boxe, da Prefeitura Municipal de Cachoeira do Arari, apoiados por vários parceiros do desenvolvimento como PAULO ROCHA, deputado-federal do PT, merecem ser registradas e servir de exemplo para os municípios, que, assim como Colares, carecem de socialização do esporte e do lazer, cabendo aos administradores proporcionar as condições para que ocorram em seus municípios o exercício destes direitos e a realização de eventos como este.

quinta-feira, julho 22, 2010

Burrice, Preconceito ou Discriminação?

Na noite de quarta-feira, 21 de julho de 2010, a guarda municipal de Belém protagonizou mais um caso de racismo institucional e de intolerância contra as religiões afro-amazônicas.

Próximo das 23 horas um grupo de sacerdotes do Mansu Nangetu dirigiu-se a área do “Projeto Ver-o-rio”, nas margens da baía do Guajará, para em suas águas realizar a cerimônia de oferenda do Urupim – parte dos ritos de Candomblé de Angola –, quando foi abordado por um guarda municipal que pediu para falar com um responsável pelo grupo.

O guarda informou aos sacerdotes que naquele local era proibido e despejo de lixo, informação recebida com alegria pelo grupo que tem em sua crença o respeito a natureza e a preservação do meio ambiente, e depois identificou que os religiosos haviam desrespeitado a lei e jogado lixo no local.

Nesse momento, Arthur Leandro, conhecido pelo nome sacerdotal de Táta Kinamboji, se identificicou e falou em nome dos membros do Mansu Nangetu explicando que o representante do município havia presenciado um ritual de oferenda religiosa praticado em águas brasileiras há pelo menos cinco séculos, disse, ainda, que a constituição da república federativa do Brasil garante a liberdade de culto e de crença religiosa, e que a oferenda era composta de material orgânico e biodegradável e que tudo o que havia na oferenda poderia servir de alimento a fauna do estuário que forma o bioma local.

Irredutível em sua interpretação de despejo de lixo, o guarda municipal insistiu em caracterizar o ato como desrespeito a lei e a ordem de seus superiores de impedir o lançamento de lixo nas águas do Guajará. Novamente Táta Kinamboji explicou tratar-se de um ritual, disse que era titular do pleno do Conselho Municipal de Negros e Negras e que conhecia a lei, e que o que havia de errôneo naquele momento era a interpretação do poder municipal que havia compreendido um ritual afro-religioso como um ato criminoso.

Novamente o guarda municipal insistiu na sua interpretação e pediu que o grupo permanecesse escutando seus argumentos. Táta Kinamboji respondeu que a forma com que o guarda conduzia o debates tornava aquela conversa improdutiva e desnecessária, e forneceu endereços para continuar a debater o assunto, desde que em outros termos, pois nenhum argumento o convenceria de que uma oferenda de ritual religioso fosse lixo, e que o tratamento a ele dispensado desrespeitava sua crença religiosa.

Foi então que o guarda chamou outros de sua companhia e em atitude ameaçadora anotaram a placa do carro em que transportava os religiosos, então Táta Kinamboji fotografou os representantes do poder municipal, que escondiam suas identificações obrigatórias, e registrou o caso sob o número 00011/2010.006955-7 de um Boletim de ocorrência na delegacia da Pedreira. Nota do Mansu Nangetu:

Os fatos foram imediatamente informados ao Secretário Executivo do Conselho Municipal de Negros e Negras, sr. Antônio do Amaral Ferreira, também afro-religioso, e esperamos uma atitude enérgica da CMNN junto a Prefeitura Municipal de Belém. Agradecemos o pronto apoio, orientação e oferta de acompanhamento do caso por parte do sociólogo Domingos Conceição, Coordenador de Politicas de Promoção da Igualdade Racial da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos do Governo do Estado do Pará.

terça-feira, julho 20, 2010

Política das Filh@s da Fruta

By Folha Ilustrada

Mulheres-fruta querem disputar vagas no Legislativo

A safra de candidatos que disputam uma vaga no legislativo está recheada de nomes ligados ao mundo artístico. Desta vez, até as mulheres-fruta entraram na disputa.

Candidata a uma vaga de deputada federal por São Paulo, Mulher Pera, 23, concorre pelo PTN (Partido Trabalhista Nacional).

Natural de Guaratinguetá e com o nome de batismo de Suellem Aline Mendes Silva, ela declarou como único bem um veículo da marca Mercedes, avaliado em R$ 20 mil.

Segundo o site oficial, Mulher Pera "se destaca não só pela sua beleza, mas pela inteligência, enorme bagagem cultural e perspicácia".

Divulgação
Mulher Pêra
A candidata Mulher Pera, que disputa uma vaga de deputada federal por São Paulo

Outra que entrou da disputa como mulher-fruta foi Cristina Celia Antunes Batista, 25, que disputa uma cadeira de deputada estadual pelo PHS (Partido Humanista da Solidariedade) do Rio de Janeiro.

Ela se candidatou como Mulher Melão --não confundir com a modelo Renata Frisson, que também usa o nome da personagem.

Mulher Melão, que nasceu na capital federal, não declarou bens.

Tanto Mulher Pera quanto Mulher Melão aguardam julgamento de suas candidaturas para saber se poderão disputar as próximas eleições.

Redes Sociais x Mídias Sociais

By Midia Boom

Desde que comecei a atuar como analista de mídias sociais percebi que, em algumas ocasiões, é realmente difícil explicar o que faço e com o que trabalho. Se explico para pessoas com menos de 35 anos que sou Analista de Mídia Social, pelo menos metade solta uma frase do tipo: “Ah! Você fica no Orkut, no Twitter e no MSN o dia inteiro?! Vidão, hein!”. Já os que passaram dos 35, a maioria, incluindo minha avó e grande parte dos meus tios dizem: “Ah, trabalha com Internet, né?! Faz site?!”.

Às vezes, pra não render e não ter que ficar explicando demais acabo concordando. Neste último final de semana, tive que ouvir e explicar isso tantas vezes que resolvi usar meu post de hoje para tentar falar sobre a diferença entre Mídias Sociais x Redes Sociais e, quem sabe, tentar esclarecer o que faz um analista de mídia social, como eu.

As Redes Sociais, como define o Wikipédia são “estruturas sociais compostas por pessoas (ou organizações, territórios, etc.) – designadas como nós – que estão conectadas por um ou vários tipos de relações (de amizade, familiares, comerciais, sexuais, etc.), ou que partilham crenças, conhecimento ou prestígio.”

Há quem associe as redes sociais às ferramentas que promovem esta interação entre os usuários, como é o caso do Orkut, Facebook, LinkedIn, Twitter e de tantas outras que existem na web. Para entender melhor esta relação, sugiro que assistam ao vídeo publicado pelo Netweaver, Augusto de Franco, onde o profissional afirma que o que chamamos de rede são na verdade ferramentas que permitem aos usuários criar suas próprias redes sociais, ou seja, redes de relacionamentos que possibilitam a troca de informações e contatos sociais e profissionais.

No entanto, para integrarmos uma rede social não necessariamente precisamos de estar conectados a internet. Um grupo de estudo, uma roda de amigos e até mesmo uma turma de alunos de um mesmo curso fazem parte de uma rede social, a diferença neste caso é que os participantes estão offline.

Segundo o Wikipédia, o conceito de Mídias Sociais (Social Media) precede a internet e as ferramentas tecnológicas – ainda que o termo não fosse utilizado. Trata-se da produção de conteúdos de forma descentralizada e sem o controle editorial de grandes grupos. Significa a produção de muitos para muitos. Ainda de acordo com a enciclopédia livre, as “ferramentas de mídias sociais” são sistemas online projetados para permitir a interação social a partir do compartilhamento e da criação colaborativa de informação nos mais diversos formatos. Eles possibilitaram a publicação de conteúdos por qualquer pessoa, baixando a praticamente zero o custo de produção e distribuição ao longtail.

Há algum tempo li uma definição muito bacana que dizia: “Mídias Sociais são como a publicidade. Precisam de um anunciante, produto ou serviço, pago.” E, apesar de utilizarmos ferramentas (na maioria gratuitas) de redes sociais na internet, é justamente neste ponto que encontramos a diferença entre as redes e as mídias sociais. Mesmo tratando de ferramentas gratuitas, elas são utilizadas como mecanismos de veiculação de produtos, serviços e marcas. Ou seja, carecem de investimento em planejamento, profissionais qualificados e toda uma estrutura comunicacional a fim de lidar, atuar e monitorar o engajamento destas campanhas.

Isto é, ao contrário do que algumas pessoas ainda pensam, não adianta aumentar a mesada do filho para que ele faça um perfil no Orkut, no Twitter ou em qualquer outra ferramenta de rede social para garantir a presença online da empresa simplesmente por ele ser um usuário.

Eu, particularmente, acredito que campanhas de Mídias Sociais são campanhas de marketing online responsáveis por firmar a presença na web, disseminar conteúdo, escutar, interagir e atuar através das ferramentas de redes sociais, visando estreitar o relacionamento de uma empresa, produto ou serviço com seu público.

Sabemos que este é um assunto delicado e divergente. Existem muitas denifições e opiniões para os termos “redes sociais” e “mídias sociais”. No entanto, esta foi a melhor maneira que encontrei para evidenciar a diferença dos termos e apresentar o trabalho de um analista de mídia social.

Marketing Digital está ocupando cada vez mais espaço e importância no mix de marketing

No post do dia 07 de julho, “Boas dicas para criar um plano de Marketing Digital”, citei algumas ações muito básicas, porém, suficientes para qualquer profissional conseguir nortear suas ações de marketing na internet.

Minha intenção para esse post é de forma bem simples, dar uma repassada no contexto Mix de Marketing Digital, pois certamente esse contexto bem entendido, vai contribuir muito para o desenvolvimento do seu Plano de Marketing Digital.

Em meados da década de 60, foi criado pelo Jerome McCarthy, professor da Universidade de Michegan, os 4Ps, definidos por Produto, Preço, Promoção e Praça. Esse grupo de atividades – 4Ps – tem uma visão clara de orientação ao produto e influência nas formas de comercialização.

Raimar Richers, professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo – EAESP, na década de 80, fundamentou um modelo batizado de Sistema Integrado de Marketing, conhecido como os 4As, definidos por Analise, Adaptação, Ativação e Avaliação. Para Richers, os 4As eram um complemento do tradicional 4Ps.

Em 1990, Robert Lauterborn apresentou uma visão nova para o Marketing Mix, orientada ao cliente, denominada 4Cs, definidos por Cliente, Conveniência, Comunicação e Custo. Lauterborn considera que as empresas devem se concentrar no cliente, entende-lo e satisfazer seus desejos e necessidades no que diz respeito ao produto, pelo custo que estiver disposto a pagar.

Não me aprofundei em nenhum deles, pois não é o caso aqui, mas recomendo que um estudo mais a fundo seja bem proveitoso.

É fato que o Marketing Digital está ocupando cada vez mais espaço e importância no Mix de Marketing. O uso das ferramentas de mídias sociais por empresas e clientes está a cada dia, estreitando o relacionamento e melhorando a comunicação entre os dois lados.

Sem dúvida hoje, o foco é o cliente e é preciso entender a ótica deste consumidor, cada vez mais exigente.

Como já citado, entender esse Mix vai ser de grande ajuda para enriquecer o seu plano de Marketing Digital.

Vale lembrar!

segunda-feira, julho 19, 2010

Coligações para as eleições de 2010 no Pará

Do blog do Deputado Estadual Parsifal (PMDB-PA)

colig

Abaixo os quadros das coligações elaboradas para disputar as eleições de 2010 no Pará.

Os dados foram compilados dos registros cadastrados no Tribunal Regional Eleitoral. São meramente informativos, não servindo como base de consulta oficial.

govfedest

Os partidos que não constam nos quadros não realizaram coligações e disputarão as eleições proporcionais sozinhos.

Bêbado no Outeiro e Salinas: A mesma ressaca?!

Linkado aqui ao lado na área por mim chamada Não deixo de Ler, o blog do Jornalista Pedreirense que atende pelo twitter como @Andersonjor, Bêbado Gonzo me traz sempre uma rizada com gostinho de crítica social. Especial para quem gosta! De lá, pincei uma postagem que compara Salinas, ou melhor a praia do Atalaia com a praia grande de Outeiro (p/ íntimos), ilha de Caratareua para os pesquisadores, em Belém do Pará, relatada pela visão de um jovem lembrando com saudosismo do tempo em que não haviam carros-trio-elétricos e outras coizitas ingratas que esta geração que nos atormenta. Curta! Pra Outeiro no Chevette Azul

Mil sentarão do teu lado com farofa e frango assado e dez mil a tua direita ouvirão o tecnomelody e tu serás atingido, sim, pela bola que o grupo de solteiros e casados do piquenique está jogando no areião da Praia Grande. Não, não é nenhum salmo de uma seita demoníaca. É apenas a dura realidade de quem busca um lugar ao sol no que era para ser nosso recanto de águas doces e areias finíssimas, porém virou uma piada de extremo mau gosto separada da península de Belém por uma ponte e um acúmulo imenso de descaso e ignorância.
A imagem dos farofeiros, dos moleques com cabelo tingido de loiro e ouvintes das aparelhagens, do medo de arrastão e dos assaltos – agora inclusive com reféns – não faz parte da memória que tenho de Outeiro. É certo que os domingos na ilha são o pavor há muitos anos devido à facilidade e ao custo baixo para chegar ao distrito. Qualquer quatro contos garantem a ida e volta, sobrando troco para um picolé. Porém nem nos mais claustrofóbicos dias das minhas reminiscências aquele pedaço de terra se comparava a sucursal do inferno que é hoje.
Praia Grande, em Outeiro, em dias tranquilos.
Se você espera mais piadas sobre os atuais frequentadores de Outeiro, melhor parar por aqui. Vá arrumar suas malas e partir para Salinas onde não há praias lotadas, as pessoas são educadas, não há lixo na areia, tampouco carros com aparelhos de sons despejando excremento pelos alto-falantes. Aproveite e passe naquelas barracas em que vendem um peixe tão bem servido que um prato dá para alimentar seis pessoas e custa nada mais do que R$ 5. Esse lugar é o paraíso, não é mesmo?
No Outeiro da minha memória, tem um gordo de braço peludo no volante de um Chevette S/L azul, modelo 1989. No banco do carona, uma morena bonita de cabelos lisos, quase uma índia, diligente com as brigas da molecada que ia no banco de trás. E a viagem até a praia demorava horas, com direito a passar pela fábrica da Tramontina e ouvir minha irmã perguntar inocente: “papai, por que tem esse cheiro? É uma fábrica de merda?”. O odor dos cabos de madeira das facas sendo secados domina ainda a atmosfera do distrito. Não sei ainda se confunde as crianças de hoje, tão acostumadas a cheiros piores.
O gordo é meu pai, que continua pançudo, embora os pelos do braço estejam meio esbranquiçados. Nunca levava a gente aos domingos, porque mourejava de sol a sol, de domingo a domingo, mas tirava um tempo entre quartas e sextas e íamos felizes para esses passeios memoráveis.
Descíamos nós três, minhas duas irmãs e eu, em uma praia quase vazia, em qualquer época do ano, menos em julho, porque meu pai sabia do sofrimento que já atingia a praia dos pobres nesse mês de férias. Praia superlotada, riscos de brigas, muitos bêbados. Bons tempos em que os perigos eram esses para um pai preocupado. Outeiro era nossa e, às vezes, calhava de ir junto amigos da família com suas respectivas crianças, o que era bom também, embora eu sempre ficasse meio de lado, sentado olhando as águas do rio numa liga meio “Vento no litoral”, do Renato Russo, que na época nem tinha morrido ainda. Não me lembro de música em volume ensurdecedor nas velhas barracas de comida e venda de cerveja que ainda estão lá, na Praia Grande e na Praia do Amor, que é a mais bonita inclusive. Deve ser por causa do nome.
Um Chevettão como o nosso querido "Chevelho".
Como o pai não tinha tempo aos domingos, minha mãe inventou um passeio para lá, justamente no primeiro dia da semana e, em julho. E, claro, crianças não estão nem aí para sufoco ou qualquer coisa que atrapalhe a diversão. Pegamos o bonde, em São Brás, e partimos, porque ela não dirigia e muito menos tinha carro. Ainda assim não me lembro do desespero para sentar no coletivo, das hordas ávidas por diversão, de ter medo de estar ali. Talvez eu não percebesse essas coisas e elas estivessem no meu nariz. Talvez não existissem mesmo naquele tempo. Não posso explicar ao certo, afinal, era apenas um menino.
Ao que me parece, a ansiedade do verão era menor e bem menos visível a necessidade de ostentar um bronzeado, de pertencer a esse mundo de não sei quantas mil pessoas saindo para os balneários no fim de semana, como alardeiam os jornais, em somas duvidosas e pouco confiáveis. O contraste mais visível hoje nas areias é a predominância de gente mais jovem em detrimento das famílias.
São os solteiros buscando se adequar, ter história para contar sobre esse período fantasioso e enganador chamado férias. Não, não vou falar dos cabelos com luzes, das roupas falsificadas de marcas famosas nem da bebida barata que eles bebem. Afinal, o que isso tem de diferente dos carrões, dos óculos de grife e do uísque 12 anos bebidos Al Mare? Ok, o valor, mas o objetivo é o mesmo. De fato, são apenas modelos sendo copiados em escala e forma diferentes. Uma Outeiro querendo ser a Salinas dos pobres, enquanto a original faz de tudo para parecer o menos possível com sua cópia suburbana. Sem conseguir de todo, por sinal.
Praia do Atalaia também conhecida como Praia dos Transformers ou Outeiro dos Playbas. (Adoro essa imagem)
A população mais pé-rapada crescente da metrópole tem tomado cada vez mais a ilha distrital, que na época do Chevette S/L 89 já carecia de estrutura. Associe aí a falta de investimentos públicos e a correria da multidão para este lugar, com gente louca para copiar os padrões de Salinópolis, de consumo, de postura, de relação com o ambiente. Assim fica fácil entender como a classe A e B se assemelham à classe C, D e E: justamente na ausência de civilidade de lixo na areia, de poluição sonora, de falta de respeito com o próximo e pelo medo da criminalidade e violência. Itens cada vez mais democráticos nestes verões de agora.
Não quero aqui sofrer com a morte da Outeiro de outrora, da aurora da minha vida, da minha infância querida que os tempos não trazem mais. Mas é possível hoje ter uma praia decente a meia hora de casa, sem lixo, com estabelecimentos decentes para comer e beber, sem medo de ser roubado ou atingido por uma garrafada ou uma bala ou ainda virar refém de assalto. Transporte adequado, segurança, saúde, essas pequenas coisas que são tão pequenas, mas que aqui parecem sonhos impossíveis, sobretudo, para quem não tem grana para fugir para mais longe a caminho do sol. Temo que, em alguns anos, não haja ninguém para contar que tem saudade de Outeiro e as lembranças sejam de fato uma piada bíblica sobre o juízo final.

sexta-feira, julho 16, 2010

Bons amigos

"Querem levar Sansão, Scooby, Pretinha, Branquinha, Melissa da SEDUC. Os cachorrinhos moram na SEDUC. Dei ordem para a carrocinha não entrar."
Do secretário de Educação
@luiscavalcante em seu twitter.

Bora lá?!

Abertas as inscrições do 1º Encontro de Blogueiros Progressistas

Por Conceição Lemes*

O 1º Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas acontecerá nos dias 21 (sábado) e 22 (domingo) de agosto em São Paulo, capital. O objetivo é contribuir para a democratização dos meios de comunicação e fortalecer as mídias alternativas. As inscrições já estão abertas. Poderão se inscrever não apenas blogueiros, mas todos os interessados nas novas mídias sociais.

Nós nos esforçamos ao máximo — mesmo! — para viabilizá-lo em Brasília, mas o elevado custo de auditórios, acomodações e refeições e o prazo exíguo nos forçaram a rever o local. Ou fazíamos em São Paulo ou Encontro não sairia antes das eleições. Optamos pela sua realização, pois é fundamental para este momento que a blogosfera vive. Tentaremos fazer o segundo em Brasília. O importante, pessoal, é acontecer o 1º Encontro.

A programação está sendo montada. Por enquanto, temos apenas as linhas gerais. Na próxima semana, ela será concluída e divulgada.

O encontro começará no sábado às 9h com debate sobre o papel da blogosfera na democratização dos meios de comunicação. Participarão Luiz Carlos Azenha, Paulo Henrique Amorim, Luis Nassif, Eduardo Guimarães, Rodrigo Vianna e Leandro Fortes.

À tarde ocorrerão sessões com palestrantes para se discutir as questões legais: orientação jurídica para atuar na web, medidas contra ameaças, cerceamento à liberdade de expressão. Também ocorrerão oficinas sobre twitter, videoweb, rastreamento de trolls e debates sobre a sustentabilidade financeira dos blogs.

No domingo das 9h à 12 h, em reuniões em grupo, blogueiros dos vários estados trocarão experiências e discutirão os desafios da blogosfera. À tarde, plenária para apresentação, discussão e aprovação da Carta do 1º Encontro Nacional dos Blogueiros.

INSCRIÇÕES, PASSAGENS, ACOMODAÇÃO E REFEIÇÕES

As inscrições custam 100 reais. Quanto mais rápidas, melhor para a organização do evento. Basta enviar e-mail para contato@baraodeitarare.org.br ou telefonar para (011)3054-1829. Falar com a Daniele Penha.

Para se inscrever, serão necessários os seguintes dados

* Nome/nicknane

* E-mail

* Endereço do blog

*Twitter ou outra rede social, caso participe. Preencha com a URL completa

* Telefone

* Cidade/Estado

A comissão organizadora está buscando patrocínios para garantir a gratuidade da hospedagem. Está em contato com uma empresa aérea para garantir desconto nas tarifas. Dependendo dos recursos levantados, o Encontro também arcará com as despesas de refeições e parte das passagens para os blogueiros de outros estados.

Daremos total transparência à origem dos recursos e à prestação de contas. Os blogueiros poderão acompanhá-la online.

AMIGOS DA BLOGOSFERA

Para custear a participação de palestrantes e parte das despesas de blogueiros de outros estados, lançamos a campanha Amigos da Blogosfera. São 20 cotas de 3 mil reais.

Já confirmaram a compra de uma cota: Apeoesp, Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Viomundo , Conversa Afiada e Seja dita a verdade.

Se quiser ser mais um dos Amigos da Blogosfera, ligue para (011)3054-1829.

* Comissão Organizadora: Luiz Carlos Azenha, Altamiro Borges, Conceição Lemes, Paulo Henrique Amorim, Eduardo Guimarães, Conceição Oliveira, Renato Rovai, Rodrigo Vianna e Diego Casaes.

Apoio institucional: Instituto Barão de Itararé, Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom) e Movimento dos Sem Mídia (MSM).

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...