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domingo, novembro 01, 2020

Edmilson segue na liderança e com folga em Belém, aponta pesquisa DOXA

Edmilson mantém a liderança em Belém, seguido por Priante, Thiago Araújo, Cássio Andrade, Vavá Martins, Delegado Eguchi, Gustavo Sefer, Mário Couto, Jair Lopes, Guilherme Lessa, Cleber Rabelo e Dr. Jerônimo.
 

Por Diógenes Brandão, com informações da DOXA Pesquisas

O instituto DOXA realizou duas pesquisas na Região Metropolitana de Belém: Uma na capital e outra em Ananindeua, segundo maior e mais populoso município paraense. 

Em Belém, a quarta pesquisa registrada pelo instituto DOXA mostra que a disputa está acirrada pelo no segundo lugar entre o deputado federal Priante (MDB) e o deputado estadual Thiago Araújo (Cidadania). Priante alcançou 15,1% e Thiago, 14,3% das intenções de voto. 

O deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL) se mantém à frente da disputa com 30,2%. A pesquisa está registrada no T.R.E sob o nº 00025/2020; e foi realizada entre os dias 29 a 31 de outubro de 2020, com uma amostra de 1.000 entrevistas, tendo uma margem de erro de 3,5 pontos percentuais para mais, ou para menos. A pesquisa foi realizada em todos os distritos administrativos de Belém. O levantamento teve o objetivo de avaliar a corrida eleitoral no município.






domingo, setembro 20, 2020

Eleições 2020: sociedade que deu origem ao PT não existe mais, diz Pochmann

Edmilson perdeu as duas últimas eleições em que tentou ser novamente prefeito de Belém sem o PT, partido que rejeitou após este ser bombardeado pelo envolvimento com sucessivos escândalos e agora o tem como vice, retornando um programa de governo antigo, pintado com novas cores, mas que dificilmente o farão superar seu teto eleitoral, o qual não consegue ultrapassar desde que deixou a prefeitura de Belém, há 16 anos.

Por Diógenes Brandão

O PT não lidera as pesquisas em nenhuma das principais capitais do país. Em Belém, o partido que que venceu quatro eleições presidenciais consecutivas neste século e governou o país até quatro anos atrás, vem a reboque do PSOL, que tem como candidato único, em sua quinta disputa pela capital paraense, Edmilson Rodrigues, com um programa que se diz novo e moderno, mas que só reedita a velha fórmula da esquerda que o PT inaugurou há décadas e que já não é mais aceita pela maioria da sociedade, como revelaram os resultados das últimas eleições.

Falo isso sem nenhum prazer, pois contribuí por muitos anos com o partido, analisando erros e acertos, pontuando sempre as críticas pelas contradições existentes e que distancia a teorias, da prática, daquela que chamo agora de ex-querda paraense.

É com essa lógica que o blog AS FALAS DA PÓLIS sustenta sua tese de que a esquerda paraense, mesmo com um candidato liderando todas as pesquisas, como aconteceu nas duas últimas eleições, se aproxima de sua terceira derrota consecutiva.

O raciocínio pode incomodar meus ex-companheiros de partido e dirigentes de movimentos sociais que ainda não se deram conta de que precisam evoluir, se conetar com a realidade e passarem a dar ouvidos críticas de outros intelectuais, como o Pochmann, que a matéria de Ricardo Kotschono UOL lembrou muito bem. 

Leia abaixo:

Onde foi parar o Brasil que estava aqui quando o PT foi fundado, 40 anos atrás, ainda em plena ditadura? "Precisamos prestar muita atenção neste momento, pois estamos definindo o país que teremos nos próximos 40 ou 50 anos", alertou o economista Marcio Pochmann, ex-presidente da Fundação Perseu Abramo, em palestra profética que fez em Porto Alegre um ano atrás, ao analisar as perspectivas da esquerda para as eleições municipais deste ano, que não são nada animadoras. 

Para Pochmann, o PT perdeu o bonde da história e não percebeu as profundas mudanças que passaram pela janela nos últimos anos até a chegada da extrema-direita do capitão Bolsonaro ao poder. 

A dois meses da eleição, perdido em seu labirinto, o PT não lidera as pesquisas em nenhuma das principais capitais do país. 

É mais dramática a situação em São Paulo, onde o partido corre o risco de não ir para o segundo turno e ainda perder a hegemonia na esquerda para o PSOL, mas nas outras regiões do país o quadro não é mais favorável. O que aconteceu com o partido que venceu quatro eleições presidenciais consecutivas neste século e governou o país até quatro anos atrás? 

"A sociedade do final dos anos 70 e início dos anos 80, que deu origem ao PT, não existe mais. Se seguirmos fazendo as coisas do jeito que fizemos até aqui não teremos melhores resultados do que os que já obtivemos", constata Pochman, que foi candidato derrotado do partido a prefeito de Campinas, em 2016. 

A pá de cal naquela sociedade civil organizada, que surgiu na Campanha das Diretas, em 1984, da qual o PT se tornou a maior expressão partidária, foi dada com a reforma trabalhista de Michel Temer, após o golpe de 2016, uma sentença de morte para os sindicatos que deram origem ao PT e à CUT. 

Quando Lula fala em defesa da classe dos trabalhadores, como fez no 7 de setembro, é o caso de perguntar de quem estamos falando. Quatro entre cada cinco trabalhadores não estão mais na indústria, que hoje representa menos de 10% do PIB (menos do que em 1910), mas nas diversas áreas de serviços.

Sem lideranças e sem condições de reagir ao massacre da nova legislação trabalhista, que praticamente acabou também com a Justiça do Trabalho, eles não se engajam mais em lutas coletivas. Vigora a lei do salve-se quem puder. 

O grosso do eleitorado não está mais nas fábricas, mas nos shoppings, call-centers e no Uber ou trabalhando por conta própria. 

Carteira assinada virou coisa do passado e quem ainda tem emprego morre de medo de perder o salário no fim do mês. Passa longe dos sindicatos. 

"Essa nova realidade não faz parte do discurso dos sindicatos e dos nossos partidos. Estamos com uma retórica envelhecida", afirma o ex-presidente da Fundação Perseu Abramo, um centro de estudos e pesquisas do PT. 

Envelheceram as lideranças e os discursos. A esquerda já não sabe como chegar e o que falar para esse eleitorado individualista, conquistado pela teologia da prosperidade das igrejas evangélicas dos Edires e Malafaias, em lugar da teologia da libertação, de católicos como Frei Betto, meu guru.

Ao mesmo tempo, as seitas neopentecostais e as milícias avançaram no espaço deixado aberto por movimentos sociais criados pelas pastorais da ala progressista da Igreja católica, que teve um papel fundamental na formação do partido. 

Sem uma organização pela base, nos locais de trabalho e nas universidades, o eleitorado ficou solto no espaço à mercê dos líderes da "nova política", que prometem a salvação aqui e agora, do "deixa que eu resolvo, contra tudo isso que está aí".

De que jeito? Liberando armas e munições para todos, abrindo as porteiras para "passar a boiada" e cada um que se vire. 

Com bala, porrada e bomba, a ordem é atropelar quem se puser no caminho - o Congresso, o STF, as ONGs, as entidades que restaram na sociedade civil (ABI, OAB, CNBB). Quem não é aniquilado, é cooptado com gordas verbas federais, como está acontecendo com boa parte da mídia.

Em lugar de assembleias de trabalhadores, nos sindicatos e nos movimentos estudantis, o povo começou a ir cada vez mais às assembleias de Deus para buscar ajuda em territórios dominados pela milícia. 

É com essas novas forças políticas, que dominam as redes sociais, unindo governo com mercado financeiro, igrejas evangélicas, policiais e militares, marombados de academias e invasores de terras indígenas, destruidores da Amazônia e do Pantanal, que o país segue em direção ao glorioso passado da ditadura.

Elio Gaspari poderia escrever um novo volume da sua coleção sobre aquele período, agora revivido: " A ditadura esculachada". 

Enquanto o atraso avança, o PT, primeiro partido a abrir espaço para as mulheres na política, não é capaz de encontrar nenhuma negra para formar chapa com Jilmar Tatto, seu candidato oficial em São Paulo, neste momento de luta contra o racismo e o machismo.

E acabou formando uma chapa de dois homens brancos, de meia idade, sem nenhuma expressão popular e sem ter uma bandeira para empunhar na campanha. É a vitória do aparelho do partido, que será derrotado nas urnas. 

A classe trabalhadora que deu origem ao PT não existe mais. A sociedade civil organizada está hibernando. A classe média assalariada deu lugar a PJs, pessoas jurídicas, e consultores sem vínculo empregatício.

Esta semana, por um desses acasos do destino, se estivessem vivos, d. Paulo e Paulo Freire completariam 99 anos. 

Símbolos da resistência à ditadura, eles estariam tristes ao ver que aquele Brasil solidário e justo, com o qual sonharam e ao qual dedicaram suas vidas, perdeu-se no horizonte. 

Em seu discurso de Porto Alegre, um antigo reduto do PT de outros tempos, Pochmann lembrou Habermas: "Toda vez que perdemos a referência no horizonte, a gente se debruça sobre amenidades. Temos hoje uma narrativa inapropriada que nos leva à acomodação e a saídas individuais".

"E daí?", perguntaria Bolsonaro. 

Confesso que também não saberia o que responder. 

Neste momento, em que a luta coletiva por um Brasil para todos, que marcou a história do PT, está numa encruzilhada da vida sem encontrar saídas, se eu votasse em São Paulo não teria dúvidas em apoiar Boulos e Erundina, que pelo menos representam uma esperança. 

Ninguém vive sem esperança. Eleição é sempre uma oportunidade para mudar a realidade, por mais adverso que seja o cenário. Foi assim que o PT chegou ao poder, depois de muitas derrotas. 

Amanhã será outro dia. 

Vida que segue.


quinta-feira, setembro 17, 2020

Favorecendo Priante, família Barbalho operou golpes nas candidaturas de Éder Mauro e Jefferson Lima

Os golpes da família Barbalho pavimentaram o caminho de Priante, mas até onde ele vai? 


Por Diógenes Brandão

As previsões do blog em relação à interferência da poderosa família Barbalho no tabuleiro eleitoral de Belém se confirmou e entre os 10 candidatos definidos para as eleições municipais deste ano, na capital do estado não terão dois nomes que Helder Barbalho (MDB) fez questão de tirar do páreo: Éder Mauro (PSD) e Jefferson Lima (PP).

Com Éder Mauro, Helder agiu de forma sorrateira e silenciosa. Bastou negocia com os donos do PSD e seus capangas, entre eles o vereador Sargento Silvano, para votarem todos na candidatura do deputado estadual Gustavo Sefer, que disse aos mais próximos que sua candidatura faz parte de uma exigência do governador. Ora, exigência ou um acordo bem pago?

Já com Jefferson Lima o negócio foi na baixaria mesmo. Em vídeos que circulam na internet, podemos ver que o governador, na calada da noite ligou para o pai de Gustavo Sefer, que é presidente do diretório municipal do PP em Belém, obrigando-o a tirar o nome de Jefferson Lima da chapa e levar os "Progressistas" para a chapa do seu filho, que é do PSD, o qual já havia proclamado Gustavo Sefer como candidato, derrotando Éder Mauro por 10 x 1, na votação da convenção do PSD, que acontecera minutos antes do final da convenção do PP.

Ou seja, aquilo que este blog disse na matéria A operação na torre da RBA é intensa para os barbalho terem o cofre de Belém em suas mãos aconteceu de fato e o trator dos Barbalho removeu os últimos empecilhos para pavimentar a candidatura de Priante (MDB), rumo à prefeitura de Belém. 

Acontece que até os ratos do esgoto da RBA sabem o quanto Priante não é toda essa coca-cola para Jader, Jader Filho, Elcione e Helder Barbalho. Ou seja, mesmo fazendo parte da família, o clã barbalho não confia piamente no primo do governador, mas Priante sabe disso e manteve sempre o MDB de Belém sob sua tutela. Além disso, Priante conhece os podres da família e dessa vez cobrou com veemência o apoio que sempre dedica aos seus parentes.

E assim foi cumprido o que havia sido premeditado e cuidadosamente planejado. É certo que o PP dos Salames aparentemente se dividiu em relação às chandes do partido ter Jefferson Lima no páreo, mas tudo deve ser rearrumado em acordos futuros.  

Enquanto isso não acontece, resta-nos ver e analisar os vídeos que circulam nos grupos de Whatsapp e no Youtube, com a baixaria e as acusações que vão de "golpistas" a "pedófilos", passando por corruptos e tudo que os eleitores ouvem a cada eleição nesse Estado governado por uma dinastia que controla partidos de direita e de esquerda, sob o chicote do dinheiro e do poder que estes tanto gostam.

A questão de agora em diante é: Quais as chances de Priante ir ao segundo turno? E se for, com quem será? Sendo contra Edmilson Rodrigues, que lidera as pesquisas, qual será o próximo golpe pensando pelo clã barbalho? Até quando a esquerda continuará submissa e aceitando calados e inertes a tudo que Helder e seu pai, o senador Jader Barbalho fazem?

A caixinha de comentários do blog está aberta para a sua opinião. Use-a à vontade!

sábado, setembro 12, 2020

Recém-condenada na justiça, vice de Edmilson desistiu da campanha alegando problemas de saúde

Ivanise Gasparim foi indicada pelo PT para ser vice de Edmilson Rodrigues, que a considerava uma ótima candidata e parabenizou o partido pela indicação, que agora é revista sem que tenham dito o verdadeiro motivo.

Por Diógenes Brandão

O PT e o PSOL fazem um discurso cobrando transparência, mas precisam parar de enganar seus militantes e a sociedade em geral. A falta de uma explicação verdadeira e transparente, causa muita indignação em que percebe a manobra por de trás de cada argumento ou notícia falsa, como a que vimos ser emitida desde ontem, quando a pré-candidata a vice-prefeita de Edmilson Rodrigues anunciou que não seria mais candidata por motivos de saúde. 

Hoje em dia, com a Internet, chega até ser burrice e pega muito mal passar uma mentira em frente ou sonegar informações sem levar em consideração a quantidade de ferramentas e instrumentos de comunicação que a Era da Informação nos oferece. O certo seria que a ex-querda paraense tivesse explicado melhor essa troca, da vice de Edmilson, que chegou a se vangloriar, dizendo ter acertado ter uma mulher em sua chapa e agora surge com um homem, no caso, o petista Edilson Moura. 

Nada de errado em ter um homem como vice, ou troca o mesmo, mas a falta de transparência dos partidos em suas tomadas de decisão, agora são amplamente debatidas nas mídias sociais.

Se mentem e escondem informações imprescindíveis e de fácil acesso e conhecimento público, imaginem se estiveram no poder, com condições de ocultar o que pretendem fazer de errado!

Para ilustrar o que digo, usarei a informação que a jornalista Franssinete Florenzano, publicou em seu blog, logo após a matéria do blog AS FALAS DA PÓLIS, que trouxe luz à recente decisão de condenação por parte do TCE-PA (Tribunal de Contas do Estado do Pará), um dos processos que Ivanise Gasparim responde como ré em um processo judicial e que motivou a retirada abrupta e em tempo record, da pré-candidata a vice-prefeita na chapa de Edmilson Rodrigues (PSOL). 

A petista, como já dissemos na matéria O PT e a súbita troca da vice de Edmilson Rodrigues, se complicou essa semana com a decisão do TCE-PA, que a multou por um dos três processos que ela responde na justiça estadual. 

"Ivanise Gasparim alegou problemas de saúde, mas, coincidentemente, seu processo cujas contas foram rejeitadas em condição irrecorrível foi ontem, no final da manhã, para a Coordenadoria de Informação e Documentação do Tribunal de Contas do Estado do Pará, conforme se observa na tramitação processual do TCE-PA (cliquem aqui para acessar). Trata-se de condenação, à unanimidade, em Tomada de Contas Especial, relativa ao Convênio Seter nº 013/2010, cujo relator foi o conselheiro Nelson Chaves, o que a torna inelegível, além da aplicação de multas e devolução de recursos ao erário. O Acórdão transitou em julgado em 25 de janeiro deste ano e seu nome está na lista suja do TCE-PA. Sem dúvida, seria um peso enorme na candidatura de Edmilson.

Ivanise foi secretária municipal de Economia de Belém na gestão de Edmilson Rodrigues. No governo de Lula, atuou no Instituto Interamericano de Combate a Pobreza Rural -IICA e na Secretaria Nacional de Reordenamento Agrário. E no governo de Ana Júlia exerceu a função de Secretária de Estado de Trabalho, Emprego e Renda", informou o blog da Franssinete.

"A indicada do Beto Faro (deputado federal e presidente estadual do PT) foi "limada" pelo PSOL, para não comprometer a campanha do Ed50, o qual já tem dezenas de processos para explicar e ainda vinha com uma vice com problemas? Eles foram rápidos e chamaram o PT para tratar da substituição da vice e assim foi feito", informou ao blog AS FALAS DA PÓLIS, uma fonte do Partido dos Trabalhadores.

A condenação de Ivanise Gasparim e de Eduardo Correa e Silva, ambos na época da SEATER, durante o governo de Ana Júlia Carepa (PT) se deu pelo desleixo na fiscalização de um convênio entre o governo e uma ONG, no valor de mais de 46 mil reais, que hoje em valores corrigidos representam mais de 161 mil reais, os quais ambos terão que devolver aos cofres públicos, segundo decretou o Tribunal de Contas do Pará.

O PT e a súbita troca da vice de Edmilson Rodrigues

Edilson Moura derrotou Regina Barata e Telma Saraiva que entraram em disputa pela indicação do PT para a vice-prefeitura de Edmilson Rodrigues (PSOL), após Ivanise Gasparim alegar problemas de saúde e deixar a campanha, sem deixar as finanças do PT.

Por Diógenes Brandão 

O Diretório Municipal do PT Belém dispensou a sua indicada para ser a vice-prefeita na chapa de Edmilson Rodrigues (PSOL) faltando apenas cinco dias para o prazo final das convenções partidárias, onde se define as candidaturas para as eleições municipais deste ano.

Trata-se de Ivanise Gasparim, ex-vereadora de Belém, ligada ao grupo do senador Paulo Rocha e dos deputados Beto Faro (federal) e Carlos Bordalo (estadual). A troca de Ivanise Gasparim foi justificada por ela em nota publicada em suas redes sociais, onde disse o seguinte:

"Em junho deste ano, assumi a tarefa de ser pré-candidata a vice prefeita em Belém, indicada pelo PT na chapa com Edmilson Rodrigues (PSOL). Participei de dezenas de lives, plenárias, debates, encontros com a militância e juntos abrimos caminhos para construir a Belém que sonhamos e sabemos como concretizar, devido a experiência que adquirimos quando governamos a cidade. Mas comunico a todos que, por motivos de saúde, infelizmente não poderei disputar esta eleição", escreveu Ivanise Gasparim. 

Mas segundo uma matéria do portal Roma News, os motivos seriam outros: "Por responder a processos judiciais por conta do escândalo da suposta fraude em kits escolares durante o governo da Ana Júlia, em 2009, não será mais a candidata do PT", afirma a notícia.

Pelo que o blog apurou no tribunal de Justiça  do Estado do Pará, Ivanise responde como ré em 3 processos, que não estão sob segredo de justiça. Ela foi Secretária de Trabalho, Emprego e Renda no governo de Ana Júlia e hoje é tesoureira do PT estadual, onde o problema de saúde não lhe impede de continuar no cargo.

Com o avanço das discussões internas no PSOL, o qual lidera a chapa com Edmilson Rodrigues, o partido pressionou pela troca de Ivanise para evitar maiores desgastes quando a campanha começar a revelar a ficha dos candidatos na TV e nas redes sociais.

O ex-petista Cláudio Paty, hoje no PSOL, teria sido o principal articulador da pressão para a troca de Ivanise, e operou com sucesso, a indicação de Edilson Moura, seu companheiro de tendência no PT, o qual é professor de História e foi secretário de Cultura do governo de Ana Júlia. Integrante do grupo político da governadora, junto com Puty, Edilson conseguiu se eleger deputado estadual em 2010, mas com Ana Júlia fora do poder, ele não conseguiu a reeleição em 2014.

Enquanto foi deputado estadual, Edilson Moura fez fortes amizades na ALEPA, entre elas com o ex-deputado estadual Márcio Miranda (DEM), que segundo dizem pelos corredores do parlamento estadual, lhe ajudou bastante após o petista ter perdido seu mandato.

Regina Barata já foi deputada, vereadora e concorreu nas últimas eleições à prefeitura de Belém pelo PT. 

O resultado de sua votação em 2016 foi o pior da história do partido: Apenas 13.332 votos, o que correspondeu a 1,71% do total de votos válidos (de mais de um milhão de eleitores aptos) no primeiro turno. 

Seu marketeiro naquela campanha, o também petista Patrick Paraense usou as redes sociais, após as eleições, para denunciar que não havia recebido o valor de seu trabalho, nesta  campanha que teve o pior resultado eleitoral na história do Partido dos Trabalhadores na capital paraense, quiçá nas capitais brasileiras, durante os 40 anos de história da legenda.

Já a novata nessa disputa era Telma Batista. Artista, produtora e ativista cultural, tendo se candidatado ao cargo de deputada estadual pelo PT em 2018 e já disputado outros cargos internos no PT, sem nunca ter sido eleita, Telma aposta na renovação dos nomes que se revezam no comando do partido, mas suas chances, junto com Regina já eram consideradas mínimas e Edilson Moura foi eleito como pré-candidato a vice na chapa de Edmilson Rodrigues, na tarde deste sábado, 12.

Em uma reunião às portas fechadas, com 13 membros da executiva municipal do PT, Edilson Moura foi eleito com 8 votos, sendo que Regina recebeu 1 e Telma também 1. 3 abstenções foram registradas e encerrou-se o processo "democrático" do PT Belém.

No entanto, a pergunta que não quer calar é: por que PT e PSOL deixaram de debater internamente com seus filiados, de forma ampla e democrática, quem seria o candidato a prefeito e vice-prefeito de Belém? 

É importante lembrar que o PSOL já lançou Edmilson como candidato duas vezes e nas duas vezes foi derrotado, por coincidência,  nas duas últimas eleições consecutivas e este negava a aliança com o PT. Agora a quis de qualquer jeito e sem consulta às bases dos partidos de esquerda, que antes se vangloriam de não terem donos e nem patrões e hoje estão com seus feudos, onde filhos, esposas e familiares se revezam nas candidaturas dos caciques que comandam estes que hoje são considerados a ex-querda paraense.

A convenção multi-partidária que confirmará os nomes para a disputa pela chapa formada pelos partidos de esquerda está marcada para a próxima quarta-feira, 16, onde será lançada a chapa de Edmilson Rodrigues para sua quinta eleição para a prefeitura de Belém,  agora  com o apoio do PT, Rede, UP, PCB, PCdoB e PDT, além do seu próprio partido, o PSOL, onde alguns setores se ressentem pela reaproximação com o PT e demais partidos que militantes do PSOL acusam de aliados da burguesia e de carreia de transmissão das elites e dos empresários corruptos de Belém e do Pará. 

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quarta-feira, agosto 19, 2020

Pré-candidatos disputam a decisão de seus partidos para as eleições pela prefeitura de Belém

A disputa pela Prefeitura de Belém começa dentro dos partidos, onde os pré-candidatos lutam pela indicação dos seus pares. 

Por Diógenes Brandão

Entre os principais nomes apresentados até agora para a disputa eleitoral pela prefeitura de Belém, nas eleições deste ano, há partidos que apresentam mais de um pretendente, enquanto outros relutam para definir quem representará suas legendas. O prazo vai até meados de Setembro, quando todos devem bater martelo em relação aos seus representante. 

Liderando todas as pesquisas, tal como aconteceu nas últimas eleições municipais, embora amargue duas derrotas consecutivas, o deputado federal Edmilson Rodrigues (PSOL), segue como o único candidato dos partidos de esquerda (PT, PCdoB, PCB e PDT), já seus principais adversários estão indecisos. 

Embora o PSDB ainda não tenha apresentado nomes para a sucessão do atual prefeito Zenaldo Coutinho, o deputado federal Celso Sabino não esconde o desejo de ser o candidato do partido, embora esteja ameaçado de ser expulso por ter sido indicado para a Liderança da Maioria na Câmara dos Deputados, o que serviu de pretexto para que alas tucanas o acusassem de flertar com o governo Bolsonaro, o qual muitos caciques tucanos tentam se distanciar.

Mesmo ainda sem candidato certo, há diversos nomes na disputa pelo apoio dos tucanos. Entre eles, destacam-se o deputado federal Cássio Andrade (PSB), o deputado estadual Thiago Araújo (Cidadania) e o ex-senador Mário Couto. A decisão de quem representará este bloco político, que tem em comum a perspectiva de fazer oposição ao governo de Helder Barbalho, será anunciada até o fim deste mês, mas nos bastidores circula a informação de que o nome já está definido e pode ser antecipado nos próximos dias.


Já na ala barbalhista, nomes como o do vice-prefeito de Belém, Orlando Reis (PSC), do deputado federal José Priante são mantidos, após o vice-governador Lúcio Vale (PR) e a Secretária de Cultura do Pará, Ursula Vidal (PODEMOS) terem ficado pelo caminho, por motivos distintos: O primeiro, pelo escândalo do desvio de recursos da Merenda Escolar que vieram à tona com as investigações da Polícia Federal e a outra pela suposta má interpretação da legislação e a perda do prazo para sua desincompatibilização do cargo público.

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A pré-candidatura do deputado federal delegado Eder Mauro (PSD) é a grande incógnita do momento. Considerado o principal apoiador do presidente Jair Bolsonaro no Pará, o parlamentar está sob risco de não ter o apoio e indicação do próprio partido para a disputa deste pleito. É que o presidente nacional do PSD, no qual Eder Mauro se mantém filiado, indicou o nome do deputado estadual Gustavo Sefer como pré-candidato.

Jefferson Lima foi escolhido para representar o PP, partido dirigido por Beto Salame, que junto com a executiva estadual e municipal, bateu martelo em seu nome, na noite desta terça-feira, 18, conforme este blog revelou em primeira mão. O presidente - afastado para a disputa eleitoral - da Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Pará, Delegado João Moraes, reclamou que foi pego de surpresa sobre a decisão, já que também está em pré-campanha para representar o PP na disputa eleitoral deste ano.

Outros nomes ainda tentam emplacar e serão apresentados em outra matéria deste blog.

quinta-feira, julho 16, 2020

PSOL recebe apoio do PT em Belém, mas não retribui em Santarém



Por Diógenes Brandão

Mesmo com Maria do Carmo (PT) liderando todas as pesquisas e com chances reais de vencer as eleições e derrotar os demais candidatos da direita em Santarém, município do Oeste paraense, o PSOL decidiu nesta quinta-feira, 16, lançar candidatura própria. A candidatura da petista é considerada a mais importante para o PT e a mais provável de ter êxito nas urnas.

Em Belém, o PT aceitou o pedido do PSOL e apoiará oficialmente o pré-candidato do partido, o deputado federal Edmilson Rodrigues, que disputa pela 5ª vez a cadeira de prefeito e que já governou a capital paraense por dois mandatos consecutivos (1997-2004), mas também foi derrotado nas duas últimas eleições municipais (2012 e 2016).  A candidatura do psolista é considerada a mais importante para o PSOL e a mais provável de ter êxito nas urnas.

Morador da região do Tapajós, onde fica Santarém, o jornalista Ronaldo Brasiliense comentou a decisão do PSOL: "Deu uma rasteira na Maria do Carmo Martins em Santarém. O PSOL racha a esquerda e ajuda o Nélio Aguiar, que concorre à reeleição com a máquina da prefeitura na mão".

ACORDO PSOL - MDB

Segundo rumores que circulam nos bastidores da política paraense, um dos motivos que tenha pesado na decisão do PSOL, em não apoiar a candidata do PT em Santarém, seja o acordo velado de Edmilson Rodrigues e Helder Barbalho, que teme que Maria eleita prefeita em Santarém, cresça eleitoralmente e venha a ser sua potencial concorrente em 2022, quando o atual governador estará concorrendo à reeleição. O PSOL por sua vez, espera ter apoio financeiro e dos meios de comunicação da família barbalho para vencer a disputa eleitoral em Belém, onde o partido aposta todas as suas fichas.

A classe política paraense lembra que em 2002, Maria do Carmo concorreu ao governo do Pará com Simão Jatene (PSDB), com quem foi para o segundo turno e quase foi eleita a primeira mulher a governar o Pará. Naquela eleição, Maria recebeu 48,28% dos votos e chegou a liderar todas as pesquisas eleitorais, mas a máquina do Estado conseguiu levar Jatene à vitória, com grande ajuda do então Governador Almir Gabriel (PSDB), que tinha forte apoio popular e alta aprovação após seus dois mandatos como governador, mas que mesmo assim levou um baita susto.

Em Santarém, cidade que Maria do Carmo já governou por dois mandatos (2004-2012), o clima entre os petista em relação ao PSOL é o pior possível.

PESQUISA APONTA PARA VITÓRIA DO PT EM SANTARÉM

Na última pesquisa registrada realizada em Santarém pelo Instituto Destak, em um cenário em que foram listados 10 pré-candidatos a prefeito, Maria do Carmo (PT) lidera de forma absoluta com 50% da preferência do eleitor. Na sequência, Nélio Aguiar aparece com 19%, Ney Santana com 13%, Coronel Tomaso (Patriota) vem com 4%, seguido do vereador Valdir Matias Jr., do PV, com 2%. Os demais cravaram 1% — Birinha (PSB), João da Massamix (PSC) , Jota Ninos (PCdoB), Jackson do Folclore (PSL) e Jarsen Guimarães (PDT).

Segundo o blog do Jeso, a proposta de apoio à candidatura da petista Maria do Carmo ao cargo foi derrotada pela maioria dos integrantes do diretório. "A estratégia de lançar nome próprio a prefeito é adotada pelo PSOL desde as eleições de 2008, quando lançou Márcio Pinto, e se repetiu em 2012 e 2016 – sempre com o mesmo candidato. Neste ano, Márcio Pinto concorrerá por vaga à Câmara de Vereadores".

PSOL x PT

Mesmo sem o apoio oficial, filiados e simpatizantes do PT em Belém, sempre votam em massa em Edmilson Rodrigues, quem consideram "o melhor prefeito que Belém já teve". Tendo sido fundado após um racha do PT, o PSOL nasceu chamando o PT de partido de traidores e correia de transmissão da burguesia e não aceitava apoiar os candidatos do partido, mantendo distância de suas campanhas, até mesmo em locais onde o PT passava para o segundo turno, o PSOL não abria mão de manter-se neutro, fazendo com que muitos optassem pelo voto nulo. A exceção foi na primeira campanha eleitoral de Dilma Rousseff, quando Lula terminava um ciclo de 08 anos no poder e mesmo com uma série de escândalos, sobretudo aquele que ficou conhecido como "Mensalão", sua aprovação popular era alta e apontava a candidata que liderava as pesquisas. 

Depois da vitória de Dilma, o PSOL voltou a rejeitar o PT nos estados e municípios. Esse ano é diferente. O tempo de TV pesou na decisão do PSOL em ter o PT como um aliado oficial, por isso, o partido ofereceu a vaga de vice para o partido que em Belém está com uma péssima avaliação popular e acumula as duas últimas eleições com derrotas expressivas e consideradas até humilhantes: Em 2012, com Alfredo Costa como candidato, o PT recebeu 3% dos votos válidos para prefeito. Já em 2016, com Regina Barata, o PT obteve 1,7% dos votos nas urnas. 

Há quem diga que o que levou Beto Faro, deputado federal e presidente do PT no Pará a ter negociado apoio a Edmilson Rodrigues, foi a promessa deste que em uma possível vitória do candidato do PSOL, o partido de Lula e Dilma ficará com 30% dos cargos da prefeitura, podendo inclusive escolher secretarias municipais de peso, como as maiores: SEMEC e SESMA. 

Mais ainda, Edmilson se encarregaria de convencer o PSOL de apoiar a candidatura de Beto Faro ao senado, em 2020, quando o atual senador do PT, Paulo Rocha deve se aposentar da política.

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terça-feira, julho 14, 2020

A polêmica "desistência" de Ursula Vidal de disputar a prefeitura de Belém

O senador Jader Barbalho (MDB) e Ursula Vidal (PODEMOS), em um evento de inauguração de uma obra em Belém do Pará.

Por Diógenes Brandão

A notícia da suposta desistência de Ursula Vidal de concorrer às eleições municipais pela prefeitura de Belém não surpreendeu a todos, como alguns imaginam. O blog AS FALAS DA PÓLIS já registrando os movimentos que indicavam o que agora se confirmou. 

Através de diversas matérias e artigos alertamos que no dia 04 de Junho venceria o prazo para que a pré-candidata deixasse o cargo que ocupa no governo de Helder Barbalho, como Secretária de Cultura do Estado do Pará. 

A jornalista que em pouco mais de cinco anos já passou pelo PPS, REDE, PSOL e agora está filiada no PODEMOS, anunciou de forma privada para jornalistas do Diário do Pará, a declaração de que não iria mais manter a pré-candidatura.

Ainda ontem, 13, o jornalista e apresentador da RBA, Mauro Bonna, tuitou:


Hoje, a coluna Repórter Diário, do jornal Diário do Pará, veio complementar a narrativa de Ursula Vidal, publicada apenas por jornalistas que trabalham nos veículos de imprensa da família Barbalho, já que embora tenha nome de Nota Oficial, nenhum outro veículo de comunicação ou jornalista alega ter recebido o comunicado. Nem mesmo nas redes sociais da desertora é possível ler a tal nota.



Em um grupo de jornalistas no Whatsapp, várias indagações e considerações foram feitas sobre essa notícia cabulosa.

Entre os comentários, destacamos alguns:

"Eu já tinha cantado essa pedra aqui no grupo com antecipação: a Úrsula perdeu o prazo para sair e quando quis sair já era tarde. Foi mal assessorada e, na dúvida, dormiu, em vez de se afastar. A justificativa dela apresentada na coluna "Repórter Diário", não explica nem justifica nada. Apenas corrobora o que ela não admite: vacilou, dançou, para ficar na linguagem popular."

"Esse negócio de dizer que resolveu sair da disputa um mês e meio atrás é desculpa pueril. Se havia desistido, por que não disse aos quatro cantos, ou ventos?"

"Uma mulher dita experiente vacila desse jeito."

"A pergunta é: Foi vacilo ou caso pensando/orientado?"

"Vem cá, o Helder Barbalho tá cheio de assessor aspone... Nenhum falou pra ele sobre o prazo de desincompatibilização da Úrsula Vidal da Secult, se ela era de fato a candidata favorita dele?"

A questão que merece ser respondida é: Como é que Ursula Vidal aparece agora dizendo que decidiu há um mês e meio atrás desistir de sua candidatura, se há pouco mais de três semanas, ela estava pleiteando o apoio do PT Belém, que a rejeitou e elegeu Edmilson Rodrigues como candidato dos petistas?

Conforme este blog já havia noticiado, o Encontro do Diretório Municipal do PT Belém ocorreu no sábado, 27 de Junho. Dois nomes foram apontados para que o PT decidisse quem apoiaria para prefeito: Edmilson Rodrigues, que recebeu 35 votos e Ursula Vidal, que ficou com 10 votos dos membros do diretório petista.

Na mesma reunião, realizada via internet, o PT decidiu apontar o nome da ex-vereadora Ivanise Gasparim na chapa de Edmilson, como sua vice.

Este blog também noticiou, que nos últimos meses, Ursula estava em campo, em plena pré-campanha, tanto partidária, quanto pública. Em sua peregrinação para ter um partido, procurou o PT. Assim, a máquina pública do governo do estado passou a ser usada a favor disso. A nomeação do petista Aristides Ganzer foi divulgada no Diário Oficial do Estado, logo após Valdir Ganzer reaparecer com sua esposa e filho, recepcionando Ursula Vidal em sua fazenda, que chamam de sítio. 

O grupo controlado pela família Ganzer, que inclui o deputado estadual Dirceu Ten Caten, se jogou em peso em campanha interna no PT para que Ursula fosse a candidata do partido, ao invés de Edmilson. Além deste grupo, outros menores e sem parlamentares, também fizeram parte da estratégia de levar o PT para o apoio de Ursula. O publicitário Francisco Cavalcante - mais conhecido como Chiquinho da Vanguarda, seria o mentor dessa construção. Chiquinho é o atual companheiro de Ursula e ao mesmo tempo é o nome de Edmilson Rodrigues em todas as suas campanhas eleitorais. O assunto será tratado em uma nova publicação.

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segunda-feira, julho 13, 2020

Psolistas travam guerra com Edmilson por aliança com petistas e barbalhistas

Edmilson Rodrigues, ao lado de Carlos Bordalo e Ana Júlia. O pré-candidato a prefeito de Belém vai disputar sua quinta eleição pela prefeitura de Belém e tem gerado uma crise interna em seu partido, onde é acusado de não ser democrático, ao decidir coligar com o PT nas eleições municipais deste ano.


Edmilson Prefeito, em aliança com o povo pobre e trabalhador de Belém.  

Quando realizamos o encontro de fundação do PSOL, em junho/2004, meses após o Partido dos Trabalhadores expulsar quatro de seus parlamentares, por terem votado contra a “reforma” da Previdência do governo Lula, deixamos registrado em nosso programa de fundação: “Lula entregou-se aos antigos adversários, e voltou as costas às suas combativas bases sociais históricas. Transformou-se num agente na defesa dos interesses do grande capital financeiro”. E avaliamos que o PT havia se transformado em “correia de transmissão” desse governo. 

Quando fundamos o PSOL, deixamos claro que o PT, traidor da classe trabalhadora, havia deixado de ser nosso aliado. Criamos o PSOL para ser oposição de esquerda à política de conciliação de classes do PT, e não para ser seu partido-satélite, subserviente e bem comportado. Um ano depois, quando estoura o escândalo de corrupção do mensalão, Edmilson Rodrigues rompe com o PT e se filia no PSOL.  

Aliança com o PT: desnecessária e perigosa  

Qual a justificativa para nos aliarmos com um partido que fez a opção em governar para e com a burguesia? Nos quatorze anos em que esteve à frente do Poder Executivo nacional o PT deu um giro à direita e selou um pacto de governabilidade com setores da patronal que circularam com frequência nas páginas policiais: de Fernando Collor a Jader Barbalho, passando por José Sarney, Paulo Maluf e Gilberto Kassab. O PT fez a opção em governar com os latifundiários e os banqueiros, representados por Kátia Abreu, José Carlos Bumlai, Henrique Meirelles

O PT ultrapassou o limite da decência e foi buscar aliados na antiga ARENA, da ditadura militar, chegando a ressuscitar Delfim Netto, ministro da Fazenda (Economia) no governo Médici, o qual se tornou conselheiro econômico de Lula. Defensor ferrenho do regime militar, não se envergonha em afirmar que “o AI-5 foi uma necessidade” e que “se as condições fossem as mesmas, assinaria de novo”. Sobre seu novo amigo, foi taxativo: “Lula salvou o capitalismo nacional”, afirmou em entrevista publicada em 2008. Por que a direção majoritária do PSOL/Belém se presta a buscar um acordo de cúpula com um partido assim?

A base petista já iria fazer campanha para Edmilson, como já fez antes, independente de acordos feitos entre as direções partidárias. Fazer um acordo superestrutural com a direção petista é completamente desnecessário. E considerando o trânsito dos dirigentes petistas entre políticos e empresários acusados de corrupção, esse acordo é um enorme perigo que pode desconstruir a imagem que nosso PSOL goza diante da população: um partido limpo, que não está metido em esquemas de corrupção; um partido que está ao lado da classe trabalhadora e não se vende a empresários e patrões. 

Ao privilegiar os acordos de cúpula, sem debates internos, sem plenárias, sem reuniões, a direção majoritária do PSOL opta em seguir por um caminho antidemocrático, pelo qual as instâncias partidárias e a base psolista tomam conhecimento das articulações pela imprensa e pelas postagens em redes sociais. Uma tática perversa, que agride ainda mais a nossa frágil democracia interna. Uma tática antidemocrática, que se utiliza da pressão de fora para determinar a política eleitoral do PSOL. Unidades podem até ser construídas em meio à divergências e diversidades, mas não se constrói unidade, sem confiança mútua.  

O PT irá romper com Helder Barbalho?  

Os setores do PT que estão no governo dos Barbalho, e foram contra o apoio à candidatura de Edmilson, irão fazer campanha para o PSOL? Irão romper com a família Barbalho, ou farão campanha para seus candidatos? O deputado estadual Carlos Bordalo/PT, que votou a favor da “reforma” da Previdência de Helder/Bolsonaro e, com o dedo em riste, mandou um cotoco para os professores e outros servidores públicos durante as manifestações nas galerias da ALEPA, irá fazer campanha para Edmilson? Ou vai mandar um cotoco para o PSOL, também? 

Se esse acordo eleitoral se mantiver, nosso PSOL estará perdendo mais uma oportunidade em ocupar politicamente um espaço privilegiado à esquerda, como principal porta-voz das demandas da classe trabalhadora, do povo pobre, dos explorados e oprimidos. E ocupar esse espaço, abandonado pelo PT, é fundamental para superarmos a desastrosa experiência do “modo petista de governar”, que privilegiou os acordos com setores da burguesia e retirou direitos dos trabalhadores da cidade, do campo, e dos povos das florestas, negando diversas de suas reivindicações.  

Quem rompe com a “unidade das esquerdas”?  

Rejeitar a aliança eleitoral com o PT, para alguns, significaria “romper a unidade das esquerdas e fragilizar a campanha de Edmilson”. Refutamos isso. O que irá fragilizar a candidatura de Edmilson é justamente ter como vice-prefeito um partido envolvido em esquemas de corrupção; que é base aliada do governo Helder Barbalho; que construiu Belo Monte; que retirou direitos dos servidores públicos; que deu prosseguimento ao projeto de privatizações de FHC/PSDB. 

Quem rompe com a “unidade das esquerdas” é o PT, quando Lula diz publicamente que não é hora do “Fora Bolsonaro”, pois teríamos que esperar até 2022 para mudar o país somente nas próximas eleições. Quem rompe com a “unidade das esquerdas” é o PT, que orientou seus três deputados estaduais a votarem a favor da “reforma” da Previdência estadual de Helder Barbalho, seguindo as diretrizes impostas pelo governo Bolsonaro; Quem rompe com a “unidade das esquerdas” é o PT, cujo governador Camilo Santana, do Ceará, manda helicópteros e a tropa de choque da PM para impedir a realização de atos antifascistas, jogando bombas de gás e balas de borracha. 

Quem rompe com a “unidade das esquerdas” é o PT, que com sua política de conciliação com a burguesia causou um retrocesso na consciência de classe dos trabalhadores.  

Por um governo do PSOL com os movimentos sociais 

Nossos principais aliados não tem que ser os partidos da ordem. Queremos aliança com os sindicatos de trabalhadores; com o movimento popular; com as entidades estudantis; com o movimento sem-terra; com as comunidades quilombolas; com os povos indígenas; com o movimento feminista; com as associações de bairros; com as agremiações culturais. 

Queremos a aliança do PSOL com o Povo, não com os poderosos. Conquistaremos a governabilidade com a mobilização e pressão popular. Governaremos com o Povo na rua, lutando por seus direitos. 

A pressão que os empresários e lobistas fazem sobre os vereadores, para aprovarem projetos de seu interesse, faremos com os trabalhadores mobilizados. A pressão que os patrões fazem, nas sombras, nos gabinetes, às escondidas na calada da noite, faremos ao ar livre, sob o sol pleno, ocupando ruas e praças para fazer valer a vontade popular. Os debates e deliberações faremos nos Conselhos Populares, que governarão juntos com Edmilson e o PSOL. 

Em tempos de pandemia e crise na Saúde pública, queremos Edmilson prefeito, com uma vice-prefeita indicada pelos trabalhadores da Saúde, que levante um programa onde estejam incluídas: a garantia da gestão democrática nas escolas e creches municipais; a garantia de condições dignas de trabalho para os profissionais da Saúde; a regularização das ocupações urbanas; a isenção do IPTU para a população com menor poder aquisitivo; a criação de uma frota municipal, rumo à estatização do transporte coletivo urbano; a eleição dos secretários municipais pelos servidores de carreira; a proteção ao meio ambiente e a implantação de um sistema de coleta seletiva; além de diversas outras demandas que atendam as necessidades do povo trabalhador. 

É possível dar continuidade à construção de uma nova Belém, dando sequência às tarefas da Revolução Cabana, interrompida que foi, com sangue e traições. Mas somente seremos vitoriosos se aprendermos com os erros do passado e o povo assumir o poder, junto com o PSOL.

segunda-feira, junho 29, 2020

A regra é clara. E pela regra, Ursula Vidal não pode mais disputar a eleição para prefeito de Belém

Por Paulo Bemerguy, no seu Blog do Espaço Aberto

Ursula: a menos que as regras mudem, ela já perdeu o prazo de
desincompatibilização para as eleições municipais deste ano

A menos que mar vire sertão e o sertão vire mar, a secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal, a grande aposta do Podemos para disputar a Prefeitura de Belém, está fora das eleições municipais deste ano, ainda que o Congresso venha a aprovar o adiamento para novembro.

Três especialistas em legislação eleitoral, além de leitores do Espaço Aberto bem inteirados dos prazos que devem ser observados para o pleito deste ano, garantem que Ursula perdeu o prazo de desincompatibilização e, portanto, não poderá participar da disputa, que se realizará em novembro, isso se a Câmara aprovar a PEC 18/2020, o que até este momento está se mostrando difícil.

Essa PEC, como se sabe, dispõe sobre o adiamento, para novembro, das eleições municipais para prefeito, vice-prefeito e vereador, previstas para 4 de outubro, em decorrência das medidas para o enfrentamento da pandemia do Covid-19.

Pois mesmo que essa PEC, já aprovada no Senado, venha a passar na Câmara, Úrsula não poderia concorrer, porque os prazos de desincompatibilização continuam inalterados. Isso significa que a secretária já deveria ter saído do cargo há quase um mês, ou seja, no dia 4 de junho.

Por que, então, o PSOL de Edmilson Rodrigues comemorou tanto a deliberação do Diretório Estadual do PT de apoiá-lo, em vez de apoiar a suposta candidatura de Ursula? Por que comemorou tanto o PSOL, sabendo que, em tese, a candidatura de Ursula é uma ficção legal?

Sabe-se lá.


O certo é que, como diria o Arnaldo, a regra é clara: os prazos de desincompatibilização vencidos não serão reabertos, mesmo se as eleições forem adiadas. E outros prazos eleitorais que não tenham transcorrido na data da promulgação da PEC deverão ser ajustados pelo TSE considerando-se a nova data das eleições.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...