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sexta-feira, maio 29, 2015

Professores chamam o governador de ladrão e conseguem a promessa de suspensão dos descontos em folha

Há 80 dias sem energia elétrica, os estudantes e professores de uma escola estadual protestaram durante evento, que teria a presença do governador Simão Jatene, que desistiu de ir por causa de uma manifestação da greve, que já dura mais de 2 meses.

No início da noite desta sexta-feira (29), professores e estudantes paraenses ocuparam a entrada do Centro de Convenções e Eventos da Amazônia - Hangar, onde realizaram um protesto contra o governador do Estado do ParáSimão Jatene, o qual foi chamado de ladrão por centenas de alunos e professores da rede pública estadual de ensino.

A manifestação pacífica, ocorreu na abertura da XIX Feira Pan-Amazônica do Livro e o local foi por alguns momentos, o lugar mais protegido e seguro de Belém. Avisado da presença dos manifestantes, o comandado da Polícia Militar ordenou o envio de dezenas de viaturas  para protegerem a chegada e saída do governador. 

Segundo uma fonte do blog, o governador chegou a planejar que faria a abertura da Feira e partiria rapidamente para sua residência, escoltado por um forte aparato policial, com a cobertura de dezenas de viaturas e até de um helicóptero da polícia militar, mas minutos antes de ir, orientado por assessores que informavam a situação que lhe aguardava, desistiu do intento. Em meio à indecisão e várias informações desencontradas, este blog e outros veículos de comunicação, foram levados ao erro de noticiar que Simão Jatene teria ido e sido vaiado, mas não foi.


Mesmo assim, o constrangimento não pôde ser evitado e centenas de manifestantes passaram mais de duas horas entoando palavras de ordem, entre as quais, destacaram-se as seguintes"Essa feira vai parar, se o Jatene não pagar", "Jatene seu caloreiro, devolve o meu dinheiro" , Não é mole não, ter um governador chamado de ladrão.

Pressionado, ciente da revolta e possível radicalização dos grevistas, motivada pelos altos descontos nos contra-cheques dos professores, o governador Simão Jatene propôs uma inédita reunião com uma comissão formada por três (03) dirigentes do SINTEPP, onde se comprometeu em rever os descontos que deu nos salários da categoria, em uma folha suplementar, prometida para ser paga até o dia 05 de Junho.

Como o seguro morreu de velho e já tiveram outras promessas quebradas, os educadores aprovaram em assembleia fazer a ocupação do Hangar, das 10h da manhã, até às 10h da noite, a partir da próxima segunda-feira (01), até verem o cumprimento do acordo selado hoje. A próxima assembleia geral da categoria ficou agendada para o dia 5, às 16h, no Hangar.

Após o pedido de abusividade da greve, os professores pedem a saía do atual secretário de Educação, Helenilson Pontes.

No mesmo momento em que o vexame ocorria, a assessoria de comunicação do governador, usou sua página no Facebook para emitir uma nota, na qual diz ter ocorrido um erro na impressão de milhares de contra-cheques, os quais deixaram os professores estarrecidos com os valores descontados. Houve professores que ganham cerca de três mil reais, que quase infartam, ao verem seu contra-cheque com míseros R$54,00.


Propostas do Governo - via Portal G1-PA.

A proposta prevê um reajuste de 13,01% no vencimento-base da categoria, obedecendo à variação no valor do novo Piso Salarial da Educação, a partir da folha de pagamento do mês de abril. Segundo o Governo do Estado, um professor em início de carreira, lotado com 220 horas em regência e 70 horas suplementares, vai receber R$ 5.520 por mês. O pagamento de piso retroativo será feito em quatro parcelas, duas em ainda em 2015 e duas em 2016.

A versão do SINTEPP

Por sua vez, o SINTEPP alega que o governo rejeitou a proposta do sindicato, que trata da reposição das aulas durante este período e inviabiliza a execução dos 200 dias letivos obrigatórios, segundo a LDB, e age de forma intransigente cortando o ponto dos grevistas e não grevistas. Em assembleia geral, realizada no Hangar os professores mantiveram a greve e denunciaram a falta de salas climatizadas, a má qualidade a merenda escolar servida nas escolas, os banheiros sujos, bebedouros anti higiênicos e a manobra do governo querer pagar parceladamente as dívidas do piso 2011 - que o sindicato diz sr fruto de uma de suas vitórias da greve de 2013, além de querer estender para 2016, o pagamento do retroativo de 2015. Uma verdadeira bola de neve, alegam os dirigentes sindicais.

Em uma Carta Aberta, o sindicato dá sua versão sobre a manutenção da greve, aprovada em assembleia realizada na quarta-feira (28), que também decidiu pelo ato de protesto e outra assembleia no Hangar.

Uma vitória a comemorar

Paralelo à assembleia geral, parte da direção do sindicato, finaliza a totalização dos votos da eleição que reelegeu para outro mandato, os atuais  dirigentes. Ou seja, os 700 mil alunos e os professores perderam, mas já teve quem tenha ganhado alguma coisa com a greve estadual que se arrasta por mais de 2 meses. Detalhe: O grupo vitorioso coordena o sindicato há quase 30 anos.


Que tal me seguir no twitter? @JimmyNight

domingo, maio 24, 2015

Pará inicia a terceirização e o sucateamento da Educação Pública



Em matéria publicada na folha de São Paulo, de hoje, soubemos que o governo do Estado do Pará anuncia que estará aceitando propostas para a construção de 50 escolas de tempo integral, que serão geridas por empresas, que definirão o currículo, farão a contratação de pessoal e receberão o pagamento pelo serviço prestado. 

O governador Simão Jatene é do PSDB e tem mantém uma greve de 2 meses na rede pública de ensino, sem sinalizar negociar seu fim e cortando os dias parados do salário dos grevistas.

Espero sinceramente que os partidos, centrais sindicais e demais lideranças dos movimentos sociais não demorem para se manifestarem e reagirem contra esta medida. assumindo o papel de defesa dos interesses dos servidores públicos e do povo do Estado do Estado.

quarta-feira, maio 13, 2015

Radialista prega demissão de professores em greve



No dia em que a greve dos educadores do Estado do Pará completa 50 dias, o Centro de Integrado de Governo - CGI foi ocupado e um grupo de professores que pernoitaram no órgão. A iniciativa ganhou repercussão na mídia nacional e o local se transformou no novo“ringue” para um possível conflito entre o governo e manifestantes. Diante deste quadro, há quem suponha que a ocupação termine com a desocupação do prédio, através da força policial, tal como aconteceu em Curitiba-PR, enquanto que outros torcem para que o cansaço leve os professores para casa e a greve chegue ao fim de forma favorável ao governo.

Mesmo com os ânimos mais exaltados com as provocações, que tanto o governo, quanto o sindicato recebem de certos setores da mídia local, pude notar que hoje pela manhã, por exemplo, o radialista Nonato Pereira, do Sistema Marajoara de Comunicação, de propriedade do ex-governador Carlos Santos, entrevistou a secretária-adjunta da SEDUC, Ana Cláudia Hage que foi atiçada para que “radicalizasse” e “demitisse” os manifestantes grevistas, que segundo ele, estão “radicalizando” ao resistirem em voltar às salas de aula e ocupam prédios do governo.

Em certo trecho da entrevista o radialista alfineta: “O governo está demorando muito para tomar uma medida mais radical e até onde vai aguentar essa radicalização”. Por sua vez, a secretária chega a dizer que não pode radicalizar com eles (sindicato) e Nonato Pereira provoca: “Mas demitir não é radicalizar. É um medida enérgica. Não é como eles”. 

Com isso, Nonato Pereira demostra sua total ignorância sobre o fato legal de que servidores públicos que aderem às greves e faltam ao trabalho, não podem ser demitidos.

Por sua vez, a secretária-adjunta tenta justificar que há reação por parte do governo, que já está descontando os dias parados e ironiza: “Como é que eles vão conviver com o desconto que agora está judicializado"

Ao falar de judicialização, a representante do governo do Estado do Pará se referiu ao resultado da decisão da desembargadora Célia Regina Pinheiro, do Tribunal de Justiça do Estado, que indeferiu em decisão publicada nesta segunda-feira, 11, o pedido de liminar solicitado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), sobre os descontos de dias parados de servidores em greve e a contratação de professores temporários pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc)

Com isso, a Justiça dá ganho de causa para a SEDUC e a SEAD, que descontou os dias parados dos grevistas e vem contratando profissionais de uma empresa terceirizada, alegando que precisa garantir as aulas aos alunos da rede pública de ensino.

Segundo a assessoria de imprensa do TJE, o mérito do pedido de abusividade da greve será apreciado posteriormente. A decisão das Câmaras Cíveis Reunidas manteve a ordem de retorno dos professores ao trabalho e a aplicação de multas, em caso de descumprimento da medida judicial em vigor desde o dia 14 deste mês, data em que a desembargadora Gleide Moura concedeu a liminar em favor do governo do Estado. No entanto, o SINTEPP recorreu e manteve a greve.

Sobre isso, o site da SEDUC traz a seguinte informação:

“A Procuradoria Geral do Estado entrou com ação de abusividade de greve alegando que o movimento havia sido deflagrado em meio ao processo de negociação entre o Estado e a categoria. Na sustentação, o procurador geral do Estado afirma que "a greve seria ilegal e abusiva à medida em que o Sintepp, além de aumentar as reivindicações a cada rodada de negociação e ter deflagrado a paralização em meio ao processo de negociação, ainda ocuparia ilegalmente prédios públicos e impediria os demais servidores estaduais de exercerem normalmente as atividades laborais, impossibilitando a sociedade paraense de fazer regular uso dos serviços públicos estaduais.

Os professores da educação pública estadual estão em greve desde o dia 25 de março deste ano. Eles reivindicam as lotações dos profissionais da educação na forma da legislação vigente, a retomada das discussões sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações, além de publicação de cronograma das obras das 29 escolas que estão em reforma”.

Já o site do SINTEPP afirma que a categoria manterá a ocupação do prédio e que pretendem permanecer no local, até que o governo Jatene volte a negociar e dessa forma os 26 mil trabalhadores que permanecem em greve, nos mais de 100 municípios paralisados, voltem à normalidade. 

O sindicato realizará ainda na manhã desta quarta-feira (13), uma assembleia no local, onde pretende manter a ocupação do órgão.

Consultas feitas pelo blog à sindicalistas experientes, fazem-nos concluir que o SINTEPP perdeu o "timer" e está próximo de mais uma amarga derrota para o 3º governo de Simão Jatene.

Professores em greve passam a madrugada em prédio público em Belém

Em greve há 50 dias, professores ocupam o Centro Integrado de Governo e dormem no interior do órgão. Governo não os atende.
O governador Simão Jatene e seu Secretário de Educação estão desaparecidos e 700 mil estudantes da rede pública de ensino, continuam sem aula, após 50 dias da nova greve dos professores do Estado do Pará, um dos piores na oferta de ensino no Brasil. Por sua vez, o sindicato da categoria está em disputa eleitoral e parte do que deveria ser luta, vira palanque.

Diante do impasse, um grupo de professores iniciaram uma ocupação do Centro Integrado de Governo (CGI) para pressionar Simão Jatene a negociar o fim da greve. Pelo que se percebe, a ocupação pode ser o último ringe, pois o órgão concentra as secretarias especiais de governo. 

Resta saber se a categoria vai radicalizar para ser recebida pelo governador, que nem lá pisa, ou se o desgaste e o cansaço, farão com que o sindicato seja obrigado a recuar e aceitar as propostas apresentada pelo governo para o fim da greve.

Veja a matéria da Folha, sobre o acampamento dos professores no CIG.

Um grupo de professores da rede estadual de ensino do Pará passa a madrugada acampado na sede do CIG (Centro Integrado de Governo), prédio público no bairro de Nazaré, em Belém, onde trabalham 330 servidores e que também abriga documentos e equipamentos do governo.

Em greve há 45 dias, eles invadiram o local na manhã desta terça-feira (12) e, segundo o sindicato da categoria, ficarão acampados no prédio público até que o governador Simão Jatene (PSDB) reabra a negociação, interrompida no final de abril.

Entre as reivindicações dos servidores estão a garantia de aulas suplementares, jornada de um terço de hora atividade, eleições para direção de escolas e realização de concurso público para contratação de novos funcionários.

O governo do Pará informa que já apresentou propostas para o fim da greve dos professores durante seis reuniões realizadas entre as secretarias de Educação e Administração e o sindicato da categoria.

Também de acordo com o governo, a invasão do prédio do CIG ocorreu de forma violenta, com o arrombamento de um portão do estacionamento e gritos de palavras de ordem no momento em que era realizada uma audiência pública sobre o Plano Estadual de Educação.

De acordo com o sindicato, o acampamento é uma ação pacífica e tem o objetivo de abrir negociação com o governo. A entidade diz ainda que não há indícios de depredação do patrimônio público.

A próxima assembleia dos professores será realizada no local do acampamento. 

quarta-feira, maio 06, 2015

A desacreditada justiça paraense



A justiça paraense determinou que os professores terminassem a greve estadual, desde o dia 14 do mês passado e depois de duas semanas, a greve continua. 

Ontem, a mesma a justiça determinou que 80% da frotas dos ônibus rodassem durante a greve dos rodoviários que iniciou a partir de meia-noite e advinha o que aconteceu. 

Nada, é claro.

Resultado: Estudantes continuam sem aula e trabalhadores que necessitam de transportes coletivos, estão sem ônibus.

sexta-feira, abril 03, 2015

Sindicato processará novamente o grupo Liberal (Rede Globo)

A repercussão de um programa de rádio, onde o locutor entrevistava o secretário de educação do Estado do Pará e o assunto era a greve dos educadores estaduais, gerou uma enorme polêmica nas redes sociais e ganhou destaque na coluna Repórter Diário, do jornal Diário do Pará, desta sexta-feira (03).

Na nota, a informação de que o SINTEPP entrará com uma ação judicial contra o radialista e este blog desconfia que também processará a rádio Liberal. 

Após publicar o áudio do trecho da gravação do referido programa em um grupo do Facebook denominado "Eu apoio a greve dos educadores(as) paraenses", o assunto rendeu inúmeros comentários e este blogueiro resolveu adicionar o radialista Abner Luiz para que ele desse sua versão dos fatos.

Eis o seu comentário publicado no grupo:

"Eu não costumo responder leviandades que fazem nas mídias sociais. Mas essa desse áudio em questão, não dá para não comentar. O início do áudio não pega eu lendo as mensagens dos ouvintes, entre elas a que acusava servidora de uma escola de levar merenda para casa. Após a minha leitura o secretário comenta a informação que foi repassada pelo ouvinte. Foi o programa que denunciou o despejo da escola Tiradentes, até hj os professores de lá querem saber como soubemos. A escola no Guamá que tem sala sem janela, sem ar e nem ventilador fomos nós. Mesmo assim, quando nossa equipe de reportagem se aproxima das manifestações do Sintepp é sempre xingada. Como chamar o Sintepp para participar? Tenho familiares dentro da educação do estado, querendo o mesmo que a classe quer. É a segunda pior educação do Brasil, como o próprio Helenilson afirmou. Não vou ficar me trocando com levianos e não tenho muito o que fazer para resolver o problema Seduc x Sintep. Sou somente um pequeno radialista que por ter entrevistado o Helenilson, ganhou visibilidade pela covardia de que postou um áudio editado".

OUTROS PROCESSOS

Walmir Brelaz, o advogado do sindicato já havia interpelado outro veículo de comunicação da empresa controlada pela família Maiorana, neste caso o Jornal OLiberal, na pessoa de seu editor-chefe, Lázaro Cardoso de Moraes, pela publicação da nota abaixo, publicada na coluna Repórter 70, do mesmo jornal, no dia 23 de Março.

Nota do jornal OLiberal ataca o direito à greve e acusa o SINTEPP de ser favorável à máfia das horas extras.


Lázaro e seus patrões acumulam vários processos, inclusive na Justiça Federal, sendo um deles por uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra ele, o empresário Rômulo Maiorana Júnior e o médico Vasco Fernando de Menezes. 

A denúncia se deu após o trio coagir uma auditora da Receita Federal, que identificou fraudes na compra não declarada de um jato para a ORM Air, empresa das Organizações Rômulo Maiorana (ORM), de propriedade de Rômulo Maiorana Júnior. 

"A Receita comprovou que o arrendamento era só uma operação de fachada para encobrir a compra do equipamento e evitar o pagamento de mais de R$ 680 mil em impostos", noticiou na época, o site do MPF.

"MÁFIA" DAS HORAS EXTRAS.


Em seu site, o SINTEPP reage:

"Diante da ausência de soluções para sanar as lacunas acumuladas neste governo há mais de 5 (cinco) anos, o governo parte para o leviano ataque aos trabalhadores. E repassa para seu folhetim oficial e maior representante da imprensa marrom deste estado, o Jornal O Liberal, a tarefa de insultar nossa categoria. Depois de sermos chamados de mafiosos e trapaceiros, ainda fomos acusados de roubar merenda escolar. Ora, quantas vezes fizemos coleta na escola para comprar temperos?

Em outros momentos explanamos essa situação, mas de ouvidos tapados o poder executivo continua nos ignorando. A merenda escolar, de qualidade extremamente duvidosa, nem sequer fora comprada para o ano letivo de 2015".

O clima tem esquentado a cada dia que passa e depois de uma semana de greve, os professores e seu sindicato estão cada vez mais determinados em enfrentar o governo e o que chamam de folhetim oficial do governo de Simão Jatene e maior representante da imprensa marrom deste estado.

segunda-feira, março 30, 2015

Afiliada da globo é expulsa de manifestação de professores


Professores estaduais expulsaram a equipe de reportagem da TV Liberal, afiliada da Rede Globo no Pará, durante a manifestação grevista em frente à Secretaria de Administração do Estado.

A reação da categoria se dá em um momento de tensão entre os trabalhadores da educação e o governo do Estado, que tem utilizado os veículos de comunicação da família "Maiotrama"para desqualificar o movimento grevista, iniciado no dia 25 deste mês. 

O sindicato da categoria afirmou na sexta-feira (27) que 89 municípios paraenses já haviam confirmado a adesão à greve na rede estadual de ensino, deixando sem aula cerca de 700 mil estudantes paraenses.

Representantes da Secretaria de Educação (Seduc) e da Secretaria de Administração (Sead) reuniram-se com representantes do SINTEPP para tratar das reivindicações da categoria, mas segundo os sindicalistas, o governo não acenou para o fim da greve, mantendo-se intransigente em relação às inúmeras reivindicações dos trabalhadores, entre eles o reajuste salarial com o mínimo do piso salaria nacional, a melhoria das condições calamitosas das escolas e a implantação definitiva do PPCR.

O SINTEPP denuncia: 

"Desde o Estatuto do Magistério na década de 1980 os professores da Rede Estadual de ensino extrapolam carga horária, por existir carência no estado de professor para assumir turmas nas escolas.

Porém a Seduc segue orientando as direções de escola a limitar a jornada docente do professor em 150h de efetiva regência, desrespeitando a recém legislação que permite 220h de efetiva regência, bem como ao fato de que deveria haver uma redução de carga horária do professor gradativa em 1/3 ao longo de três anos, contando a partir da lotação de 2015.

Queremos afirmar que não existe nenhuma proposta concreta do governo do estado para o pagamento do novo piso e seu retroativo à janeiro, fevereiro e março do corrente ano. Neste sentido, reafirmamos no que depender dos professores que estão na regência de classe, assumindo turmas nas escolas, não fazem parte de nenhuma máfia de horas extras, apenas estão servindo ao estado que não realizou ao longo dos últimos seis anos um concurso público sequer para suprir essa demanda.

É leviano por parte do governo utilizar-se de seu veiculo formal de comunicação, o grupo Maiorana através de seu Jornal O Liberal, para atacar, ofender e caluniar nossa categoria. Caso ocorra alguma máfia desta natureza cabe ao secretário de educação, Helenilson Pontes, apurar e tomar as providências cabíveis dentro do órgão.

Mais lamentável ainda é saber que anualmente milhões de reais são injetados no grupo Liberal para sustentar mentiras e defesas a este governo que afunda uma série de projetos sociais e não respeita setores fundamentais como a educação e a segurança. Recursos estes que deveriam ser aplicados para o bem estar da sociedade.

Mafioso é o governo que não cumpre sua obrigação. Mafioso é este grupo de comunicação, que por anos utilizou as antenas da TV Cultura, emissora estatal. Isso tudo com a anuência do governo".

quarta-feira, março 25, 2015

Governador e seus asseclas detonam a educação pública do Pará

Governador Simão Jatene e o Secretário de Educação do Estado do Pará não resolvem os problemas prometidos em campanha e servidores públicos entram em greve.

Por Cássio Andrade* 

O Governador Simão Jatene poderia assumir sua condição de Chefe do Executivo e evitar o envio de recados malcriados por meio de seus meios oficiosos de comunicação. 

Chamar professores que recebem aulas suplementares de trapaceiros pela máquina de lavar informação é uma atitude pequena, Governador! O silêncio dos indignados é o que mais envergonha. 

Foram às ruas no dia 15 em Belém, utilizando bela retórica de cidadania e agora engolem calados as mazelas tucanas que fazem o nosso povo sofrer diariamente: ponte que partiu há um ano, buracos nas ruas, nepotismo e todos os bandalhos possíveis e impossíveis. 

Lamentável é o papel assumido por Helenilson que me pareceu, de início, alguém séria a resolver a herança maldita de seu antecessor na SEDUC. Bandidos e trapaceiros, né? Bom, de Orly, Ronaldo Maiorana, Ronaldo Brasiliense e outros de seus lacaios mequetrefes e "bate-paus" é de se esperar, mas o silêncio obsequioso de Vossa Excelência, Governador, é de espantar, considerando vosso passado de professor. 

Vossa Excelência que em 1990, junto com sua ex-esposa, cedeu vosso apartamento e contribuiu com a greve na UFPA com o DCE e a então ASUFPA, na luta contra o sucateamento neoliberal de Collor? Governador, seja tucano, mas não se iguale aos porcos que vos são pares. Não use desses expedientes de latrinas. Não manche mais sua biografia. Não reproduza o ódio de seu prefeito filhote da ditadura e do outro aliado seu de Ananindeua acostumado à canga do latifúndio. Vá trabalhar, Governador! Ainda há tempo...

*Cassio Andrade é professor universitário.

quinta-feira, março 19, 2015

Depois de mentir novamente, governo enfrenta novos protestos


Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo. Provérbios, 19:1.
O governo do Estado do Pará é bom de papo e pra isso paga uma fortuna para seu marketeiro, o melhor do Pará em enrolação e 171, o publicitário Orly Bezerra, aquele que fez o Pará continuar inteiro e repleto de desigualdades e problemas, entre eles a falta de Defensor Público em Altamira, o maior município do Brasil e o 5º maior do mundo, mas que mesmo assim Simão Jatene disse que não sabia da absurda carência. 

"Claro, Jatene é um preguiçoso", repetiria o ex-governador Almir Gabriel, responsável pela 1ª eleição de Jatene, depois de Jader Barbalho que o pôs no mundo (da política).

Simão Jatene é daqueles labiadores que não tem jeito. Disse que era o melhor para o Pará, pois a família que lhe acolheu e o fez crescer profissional e políticamente, foi a mesma que ele disse que com sua empresa de comunicação havia manipulado a campanha eleitoral de 2014, e nesse período quente da política paraense, disparou em um debate contra seu adversário: Eu não aceito a audácia dos canalhas.

Com a história contada, volto ao assunto do título do post para informar que hoje, 19/03, a educação pública do estado do Pará pára, mas não cruza os braços. 

Servidores públicos de todos os municípios, inclusive os da UEPA vai pras ruas denunciar a situação insustentável em que se encontram. 

Nada impedirá que professores, técnicos de educação, gestores e equipe de técnicos e auxiliares que trabalham nas escolas e campus paraenses, estejam amanhã nas ruas, em mais uma manifestação contra as negativas de investir na educação, tal como prometeu novamente em sua campanha de reeleição.


A denúncia de uma ata mentirosa que a SEDUC tentou na malandragem enfiar no SINTEPP, que misteriosamente pega leve como o mesmo, só piorou as coisas.

A presepada teria sido obra de sua equipe na SEDUC, que deu agora de falsificar os documentos da última reunião que teve com o sindicato da categoria, afim de se proteger posteriormente na justiça, para onde geralmente leva as negociações e apela para a ilegalidade das greves. A tática às vezes funciona, pois a justiça paraense, como dizem alguns evangélicos, é uma benção!

Que feio, governador! Logo o senhor que vive falando de ética!

Por sua vez, os servidores da educação universitária, também estarão no ato e marcha de paralização, convocada pelo sindicato e em um manifesto contundente denunciam o estado caótico em que se encontra a educação pública dos universitários da Universidade Estadual do Pará. Uma vergonha!, diria o Boris Casoy. 


MANIFESTO DOS COORDENADORES DOS CAMPI DO INTERIOR - UEPA

Belém, 17 de março de 2015.

À sociedade paraense,

A proposta de fazer este Manifesto nasceu da perspectiva de trazer à tona as mazelas estruturais que tanto afligem os campi universitários da Universidade do Estado do Pará (UEPA) no interior. Hoje, já não nos mantemos, apenas sobrevivemos. Sobrevivência vil, pois não conseguimos obter do governo do estado do Pará a atenção que a educação realmente merece.

domingo, novembro 17, 2013

Educação paraense sofre nas mãos do PSDB e SINTEPP diz que tá bom

Pra Educação e outras políticas públicas, o tucanato nega dinheiro, pras festas familiares..
Como pode um deputado federal, ex-secretário de Educação no atual governo de Simão Jatene (PSDB) que em 2010 declarou ao TSE ter bens no valor máximo de R$ 67 mil reais, gastar em média R$ 600 mil apenas no casamento de sua filha?

Em meio a uma greve dos educadores que durou 53 dias e atrasou novamente a vida de cerca de 200 mil estudantes da rede pública estadual de ensino, o piso salarial, a reforma de escolas e a realização de concurso público foram reivindicações negadas com a argumento de que os cofres públicos não poderiam arcar com tal gasto, todas garantidas por lei e indeferidos por quase dois meses, neste segundo governo de Simão Jatene, que conforme dizem, tem Nilson Pinto como o mandatário da Secretaria de Educação, mesmo não sendo mais oficialmente o secretário de Estado.

Jornal OLiberal diz que há ganhos pra categoria. Governo e Sindicato concordam. E os estudantes?

Segundo o Diário do Pará, além do custo com a propaganda oficial do governo que tentou asfixiar o movimento grevista e imputar-lhe a responsabilidade pela manutenção da greve, "são os estudantes que contabilizam os grandes prejuízos, como atraso do calendário escolar, além da preparação para o Enem, único meio de ingresso no ensino superior".

A reportagem indaga: 

"Qual o custo financeiro e político da paralisação? O governo não revela quanto gastou ao direcionar suas verbas publicitárias para emitir notas, comunicados e ameaças aos grevistas, por meio de rádios, jornais e nos horários nobres das emissoras de televisão, mas estimativas extra-oficiais, de uma fonte governamental, calculam que isso não ficou por menos de R$ 15 milhões. Outros R$ 5 milhões teriam sido gastos com a mobilização do aparelho policial, transporte, alimentação e combustível. Total do desembolso: R$ 20 milhões."

Com enorme desistência da categoria que viu seu contra-cheque sendo ameaçado, SINTEPP comemora fim da greve.

Enquanto isso, em nota o SINTEPP comemora o que os alunos consideram uma derrota pra educação dos  estudante que necessitam da educação pública no Estado do Pará e nunca terão um casamento como os da filha do deputado tucano. 

Triste e sacaneado Estado do Pará!

Assista a máteria no jornal da Record que mostra como a Greve de professores no Pará prejudicou  alunos  que  fizeram  o ENEM.

terça-feira, novembro 12, 2013

Pará: Aulas só na propaganda do governo


Matéria da TV Liberal mostrou que em várias escolas da rede pública estadual, as salas de aulas amanheceram vazias e nem professores contratados pra repor a falta dos concursados, foram suficientes pra estancar a falta de ensino. Mas na propaganda oficial, tudo maravilha.



Diretores estão sendo coagidos a dizerem que tudo está normal, mesmo com as escolas vazias. Esse é o Pará da propaganda enganosa!

quinta-feira, janeiro 19, 2012

Jatene nega, mas PM e Bombeiros estão em greve. E agora, quem irá nos proteger?

Já passava da meia-noite, quando o governo do Pará emitiu uma nota à imprensa dizendo que a greve da Polícia estava suspensa. 

Era mentira! 

A greve da PM, ao contrário do que foi dito oficialmente pelo governo Simão Jatene, através da Secretaria de inSegurança Pública, se estendeu aos Bombeiros e as fotos de Wagner Almeida, enviado do DOL (Diário On Line), nesta madrugada, para registrar os políciais grevistas, em diversos pontos de Belém. 

Conhecedores do desejo de manterem-se de braços cruzados até uma oferta condizente com a prestação dos servidores públicos, o governo estadual pediu ajuda da Força Nacional para patrulhamento da RMB e escondeu a informação até agora, com o claro intuito de manter a população e os néscios apenas com a sensação de insegurança que há muito tempo ronda os governos do PSDB no Pará.

A categoria quer 100% de reajuste no soldo para repor perdas de 65%, desde 1995 e Jatene só oferece 14,13% e olhe lá, apenas para os praças, sem incluir as demais patentes, o que para a categoria é um absurdo intolerável pois alegam que “a proposta tem que ser unificada de soldado a coronel" e por isso, a greve continua.

Leia a matéria e entenda a dinâmica do caos, instalado no Estado do Pará.


Mesmo com a decisão tomada em assembleia geral, realizada ontem à noite, de transferir para a manhã de hoje a deliberação sobre uma possível greve da categoria, policiais militares e bombeiros iniciaram por conta própria uma paralisação em diversos pontos da cidade.

O movimento começou logo depois da assembleia, realizada em frente à Associação dos Policiais Militares da Reserva (Aspomire), na avenida Pedro Miranda, na Pedreira, que reuniu centenas de policiais e bombeiros.


Na Base da Polícia Militar do Tucunduba, onde ficam localizadas os comandos da 24ª, 11ª e 4ª ZPols, pelo menos seis veículos de ronda interativa estavam parados. Segundo os policiais, só seriam atendidos os casos de extrema gravidade.



No Quartel do Comando de Operações Especiais, de onde saem os homens e veículos da tropa de choque, canil e cavalaria, na avenida Alcindo Cacela, na Cremação, nenhum veículo estava sendo liberado. Os policiais colocaram cavaletes fechando a entrada do quartel e cruzaram os braços. Segundo os policiais, equipes da Força Nacional de Segurança já estavam sendo acionadas, ontem à noite.



Na frente da Seccional de São Brás pelo menos oito viaturas da ronda interativa estavam paradas, mas os policiais se dispersaram rapidamente com a chegada da equipe do DIÁRIO.
Segundo informações dos policiais, também já estavam parados o 6º Batalhão de Ananindeua, a 25ª ZPol de Benevides e o 21º Batalhão de Marituba. A decisão sobre a greve só deveria ser tomada no final de uma nova rodada de negociações marcada pelo governo para as 9h de hoje, no Centro Integrado do Governo (CIG), na avenida Nazaré.
  

Em princípio, a categoria não aprova a proposta que o governo apresentou em reunião realizada, anteontem, de um aumento de 14,13% somente para os praças, deixando de fora os oficiais. Eles querem uma proposta só para todos. Segundo o supervisor técnico do Dieese-PA, Roberto Sena, que assessora a categoria, a proposta “tem que ser unificada de soldado a coronel. Politicamente não dá para pensar numa proposta que não abranja a todos”.

A categoria quer 100% de reajuste no soldo para repor perdas de 65%, desde 1995, segundo o Dieese. Outras reivindicações como o pagamento do adicional de interiorização, o aumento da gratificação de risco de vida de 50% para 100%, o aumento de 100% do auxílio moradia e creche e o fardamento no contracheque foram reivindicações que ficaram de ser analisadas depois de março. Os policiais também exigem coletes à prova de bala e melhorias nos alojamentos.

quarta-feira, novembro 09, 2011

Jatene filma manifestação e Nilson Pinto ameaça educadores

Não basta a Secretaria de Comunicação do Governo do Pará pagar altos salários para seus  DAS´s passarem o dia tuitando e disputando corações e mentes nas redes sociais. Hoje o governador Simão Jatene autorizou o envio de cinegrafistas para registrar os atos de protestos, onde dos educadores que tentavam entrar nas dependências da SEDUC e da Casa Civil, hoje de manhã, afim de negociarem o fim da greve da educação, que segue em seu 43º dia.
Nas imagens é possível ver repórteres, cinegrafistas e fotógrafos entre manifestantes e Policiais Militares, escalados para impedirem a entrada dos mesmos nos orgãos públicos, onde segundo a imprensa, não estava presente nenhum dirigente do alto escalão do governo. 

Por outro lado, a imprensa local segue criminalizando o movimento grevista, acusando-o de ter fins partidários e de descumprir a determinação da justiça paraense que determinou a volta às salas de aula, no entanto, isenta o governador que não cumpre a decisão da alta corte do Brasil que determinou o Estado à pagar o piso nacional dos educadores.

Nilson Pinto eleito com o voto de muitos educadores. Foto: Manoel Neto
Mesmo com a ameaça do Secretário de Educação, Nilson Pinto - Eleito Deputado Federal pelo PSDB-PA - que chegou a dizer na imprensa que caso não voltem ao trabalho, além de descontar os dias parados irá demitir diretores, e exonerar professores e técnicos que porventura estejam em estágio probatório.

No entanto, a forma de lidar com as greves estão levando os tucanos à beira de um ataque de nervos e não tem funcionado, e por outro lado, a palavra de ordem no Pará continua sendo: A greve continua, Jatene a culpa é tua! 

A matéria do jornal Diário do Pará  leva o mesmo título do vídeo produzido pela Agência Pará, braço da Secretaria de Comunicação do Estado que tem o comando de Ney Messias, o ex-presidente da FUNTELPA que "emprestou" as antenas da emissora pública de televisão para o grupo OLiberal, durante o 1º governo de Simão Jatene.

Qualquer semelhança com o que acontece na Itália de Berlusconi, será mera coincidência ou os veículos de Jader Barbalho, se transformaram em sucurssal dos tucanos?

terça-feira, novembro 03, 2009

A Carta de Charles Alcântara

Depois de 4 meses após ser enviada à governadora Ana Júlia, ao presidente do PT-Pará João Batista e ao secretário de Integração Regional, André Farias, a carta que o ex-chefe da Casa Civil do governo do Pará, Charles Alcântara os enviou, é finalmente publicada pelo jornalista Paulo Bemerguy, em seu Espaço Aberto. Charles fora demitido para em seu lugar assumir Cláudio Puty. Logo, lançou seu blog que passou à ser monitorado e visitado diariamente por centenas de pessoas, que alí esperavam ler/reconhecer os bastidores do poder estadual e os prováveis motivos de seu afastamento do palácio governamental, entre os quais afirmarvam ser o articulador e defensor dos interesses de Jáder no Palácio dos Despachos. Desistiu do blog depois de 3 meses, sem muitas explicações plausíveis mas em compensação encabeça uma campanha sindical forte, que causa náuseas ao núcleo duro do governo. Coordenador da campanha de Ana Júlia, Charles Alcântara, assim como Edilza Fontes (Escola de Governo e PTP) e Carlos Guedes (SEPOF - que teve as diretorias do Tesouro e Estadual e de Gestão Contábil e Fiscal transferidas para a SEFA, motivo pelo qual travou uma batalha interna que o levou ao pedido de exoneração), todos foram Secretários de Estado por indicação da DS, escalados no primeiro tempo do governo estadual, e em seguida, sumariamente substituídos, demitidos sem muitas honrarias - e como disse, Edilza Fontes em sua carta, escrita no pós-afastamento do governo - defenestrados por embates internos no seleto grupo de confiança da governadora Ana Júlia. Carlos Guedes assumiu o comando do Programa Terra Legal, mas antes teve enfrentar uma queda de braço com lideranças da DS-Pará, que queriam ver o cão, menos ele, ocupando o assento da regularização fundiária do Governo Federal na Amazônia. Edilza Fontes assim como Charles Alcântara, logo depois do afastamento também lançou um blog - antes desclassificava o instrumento - e mantém à boca grande sua candidatura, propondo dobradinhas "diversificadas". Uma delas se dá, por ser o elo do "acordo nefasto" do governo estadual com o PTB de Duciomar, já que seu ex-marido e ex-petista, Raul Meireles - hoje o braço direito do impronunciável, o nefasto falso médico, Duciomar Costa, prefeito de Belém até 2012 ou quando Belém tiver um juíz sério ou quando os movimentos sociais forem às ruas novamente, indignar a população com o pedido da cabeça do cara. Resta lembrar que este cenário, trágico para petistas histórico que mantém sua história de luta com sensatez, tem precedentes e merece ser lembrado para ser evitado num futuro próximo, pois quando o PT lançou o professor Mário Cardoso à disputa da prefeitura nas eleições de 2008 e parte da DS, influentes no governo, oPTaram em apoiar DUDU, foi a gota d'água do acordo que mantém-se com o infame prefeito. Eis a carta de Charles Alcântara: ESQUERDA E DIREITA Companheiros (do PT) e esquerdistas (do governo),
O mês de julho pede passagem e, com ele, o calor. Calor que pede água fresca para mitigá-lo. O que não pode é a água ser quente. E eis que uma espécie de “termidor ao tucupi” parece abater-se sobre a “república” paraense, porém despido do mesmo senso de justiça e emancipação que impulsionou jacobinos e girondinos a tomarem a Bastilha. Desde que deixei o governo, tenho sido tratado como inimigo. Tenho sido atacado, caluniado e combatido com um vigor que falta a esses “combatentes” para combaterem os nossos reais adversários.
Saibam que eu não posso – e não vou – aceitar essa “molecagem” comigo, que parte de quem já está em busca do “bode” para expiar os seus pecados.
Na falta de argumentos políticos plausíveis e consistentes para justificar a minha dispensa (que me foi comunicada pessoalmente pela governadora, sem que esta tenha tido o respeito de me presentar o motivo – ou motivos - que a levaram a tomar tal decisão), o núcleo do governo decidiu “vazar” a versão de que eu representaria os interesses do PMDB no governo e de que eu havia sido condescendente com o fisiologismo. A tentativa era a de desmoralizar-me politicamente, associando-me às forças que obstaculizavam o avanço do governo à esquerda (basta ler o que foi publicado no blog do Juvêncio de Arruda, no dia 11/04/2008 e nos dias seguintes, para identificar a quem pertencem as digitais contidas naquelas palavras hostis e jocosas). Que venham os redentores do socialismo e da revolução! Abram alas para a vanguarda libertária! Os autênticos representantes da esquerda pedem passagem! Que se vão os entreguistas, vendilhões e traidores do povo! Ora meus caros, resisti a tudo isto. Resisti à acusação do Zé Raimundo de que eu seria candidato, em 2010, pelo PSDB, acusação feita a uma colega de trabalho. Resisti às piadas e às insinuações. Resisti à dúvida daqueles que não conhecem a minha vida e a minha conduta, como militante político e servidor público. Mas resisti também às tentativas de interditarem o meu direito de continuar a fazer política e de expressar a minha opinião, tentativas estas que passaram – e passam – pela artimanha de disseminar a idéia de que eu estou magoado com o governo e de que, por essa razão, eu quero me vingar. Mais recentemente, tenho enfrentado a acusação de que eu estou sendo usado pela “direita” para atacar o governo. Vejam vocês: agora eu estou sendo usado pela direita. Alguns insignes representantes do núcleo do governo, por intermédio de seus áulicos mais caninamente fiéis, andam a espalhar que eu, por ingenuidade ou má-fé mesmo, deixei-me instrumentalizar pelas forças de direita que querem derrubar o governo. Ora, meus caros, se tenho sido resistente até então, não pensem que eu tenho vocação ou talento para ser permissivo ou tolerante com essa “molecagem” (mais uma, aliás) que querem fazer comigo. De repente, os autênticos representantes da mais pura e destemida esquerda paraense acham-se no direito de sair por aí a apontar quem é de direita e de esquerda, ou quem está a serviço desta e daquela. É muita pretensão! É muito cinismo! Esses “esquerdistas” de meia-sola, embalados pelo lema de que “um outro mundo é possível” e, certamente, julgando-se os seus únicos construtores, devem estar vivendo, agora, num mundo irreal e inventado em suas mentes adoecidas pela presunção, soberba, egoísmo e falsidade. No mundo inventado por “eles”, restrito aos arraiais palacianos, impera a perseguição a companheiros, a cobiça do poder – pelo poder –, a esquizofrenia, que vê nos velhos companheiros, a imagem do inimigo a ser abatido. Não fosse o bom-senso do policial que comanda o efetivo da PM na fronteira do Itinga (cujo nome eu nem recordo), eu teria sido preso, por “ordens superiores” (a mão invisível da repressão do grupo de “esquerda” que comanda o governo estadual), por que estava ali fazendo o que muitos de nós, ao longo da nossa trajetória política, fizemos muitas vezes, ou seja, garantindo a paralisação decidida em assembleia geral da categoria. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, reivindicando concurso público, pois, além da crônica falta de pessoal, há uma prática disseminada e deletéria de desvio de função pública no âmbito da Sefa. A medida fortalece a função pública – e de Estado – exercida pela administração tributária estadual e reforça o combate à sonegação. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, defendendo a autonomia da administração tributária e o fim da interferência política nas decisões político-administrativas do órgão, com vistas a garantir a supremacia do interesse público sobre o interesse privado. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, defendendo que haja isonomia de tratamento entre os contribuintes do ICMS, de modo a evitar que haja privilégios e afrouxamento para uns e rigor excessivo para outros, em razão de suas preferências políticas. Isto fortalece o fisco como uma atividade de Estado – e não de governo, além de proteger os servidores ciosos das responsabilidades de sua nobilíssima função pública. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, defendendo a valorização dos servidores do fisco, que precisam ser prestigiados, fortalecidos e reconhecidos, social e institucionalmente, inclusive para resistir e enfrentar as forças do poder econômico e do poder político que funcionam a serviço do interesse privado. E eu é que sou de direita! Estamos, no Sinditaf/PA, lutando pela autonomia da entidade sindical em relação ao governo e ao partido. E eu é que sou de direita! Ora, como eu, ao longo da minha vida, como militante do PT e como servidor público, sempre defendi essas mesmas idéias, chego à conclusão (depois de 25 anos) de que - de acordo com a visão de esquerda e direita implantada pelos únicos e autênticos porta-vozes da esquerda paraense, que estão instalados no palácio dos despachos e que atendem pela alcunha de “núcleo-duro” do governo – eu sou de direita. É duro! Só um núcleo muito “duro” mesmo para elaborar uma tese tão escatológica! Mas que seja assim. Eu sou de direita e “eles” são, não “de” esquerda, pois isto não lhes seria suficiente, mas “a” esquerda. A única, a pura, a verdadeira “esquerda”. Paciência tem limite! Como eu sou de direita e quero derrubar o governo de “esquerda”, aproveito para reafirmar o que já disse aos companheiros André Farias e Airton Faleiro, que me procuraram para conversar, por delegação da governadora: Eu estou disposto a celebrar todos os acordos possíveis para ajudar o – ainda “nosso”, embora cada vez menos ”nosso” – governo, desde que preserve os princípios que sempre nos foram caros – ainda que, hoje, esses princípios sejam considerados de direita – e afirme a autonomia da Sefa, protegendo-a das interferências políticas e do toma-lá-dá-cá, próprio das conveniências eleitorais. Saibam que eu não posso – e não vou – aceitar essa “molecagem” comigo, que parte de quem já está em busca do “bode” para expiar os seus pecados. A administração tributária é atividade essencial ao funcionamento do Estado, que deve ser exercida por servidores de carreiras específicas e que terá recursos prioritários para desenvolver suas atividades. Esta é a diretiva constitucional contida no Inciso XXII do Artigo 37 da CF. E disto não abro mão! E que me deixem continuar a minha trajetória de direita. Mas que me respeitem! Abraços,
Charles Alcântara.

domingo, janeiro 25, 2009

Se depender da Credibilidade de Dudu, a Greve continua!

Do presidente do Sindsaúde, Luís Menezes, depois de anunciado pelas secretarias de Saúde (Sesma) e Administração (Semad) que os trabalhadores da Saúde do município não perderão suas gratificações, promessa que levou os funcionários a encerrar a greve que só durou um dia:
“Temos um pé atrás com esse prefeito [Duciomar Costa]. Por isso, vamos até a Semad para saber se a folha de pagamento fechou com os cortes, porque, se for assim, a greve vai continuar.”
É mesmo, Menezes.
Convém vocês ficarem com um pé atrás.
Se Sua Excelência é capaz de mudar o curso dos tempos e mais capaz ainda de desbloquear valores que continuam bloqueados, por que não será capaz de fechar uma folha de pagamento com cortes de gratificações.
Olho vivo, Menezes. Olho vivo!

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...