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segunda-feira, fevereiro 05, 2018

Helder Barbalho é um dos ministros milionários de Temer que têm bolsa-ajuda para comer e morar




Figurando na lista de políticos mais ricos do país, ministros de Michel Temer ganham ajuda mensal dos cofres públicos para morar e comer.  

Alexandre Baldy, titular das Cidades, tem à sua disposição um apartamento funcional de mais de 200m, apesar de ser dono de casa em um dos pontos mais valorizados da capital federal.

Em 2016 o ministro comprou um imóvel no Lago Sul de Brasília por R$ 7,6 milhões.  Mesmo assim, continuou tendo um apartamento da Câmara a seu dispor —Baldy se licenciou do mandato de deputado em novembro para assumir o novo cargo.  

A Folha visitou o prédio e constatou com funcionários que Baldy é pouco visto no imóvel público, que seria usado, na verdade, por assessores.  

Em resposta à Folha, o ministro afirmou, por meio de sua assessoria, que o funcional vinha sendo usado "com o objetivo de dar suporte às atividades funcionais que não são realizadas em sua residência para preservar a rotina e necessidades de seus filhos, esposa e demais familiares".  

Baldy afirmou ainda que, apesar disso, não vê mais necessidades de uso do apartamento, "o qual já acredita ter sido entregue para a Câmara". A Casa informou que o ministro ainda não havia feito a devolução até esta sexta (2).  

Lei federal que trata de ajuda para moradias a ministros veda o recebimento de benefício por aqueles que têm imóvel próprio na capital federal.  

O ministro das Cidades declarou em 2014 ter bens que somavam R$ 4,2 milhões. Ele é casado com uma ex-integrante do bloco de controle da Hypermarcas.  

'COMBATER PRIVILÉGIOS' 

Outro ministro milionário que recebeu ajuda pública para morar e comer é o chefe da equipe econômica e um dos condutores do discurso governista pelo fim dos privilégios.  

Henrique Meirelles (Fazenda) recebeu, desde que virou ministro, em 2016, R$ 7.337 de auxílio-moradia e R$ 458 de vale-refeição todo mês.  

Só quando cresceram as movimentações para lançá-lo à corrida presidencial o ministro decidiu abrir mão da ajuda para moradia. Desde novembro ele não tem o auxílio, mas ainda recebe o de alimentação.  

A remuneração mensal de Meirelles é de R$ 30.934, o equivalente a mais de 32 salários mínimos.  O ministro declarou publicamente seu patrimônio pela última vez há 15 anos, quando se candidatou a deputado federal. Na ocasião, já acumulava R$ 45 milhões em bens, incluindo uma casa em Nova York.  

Ex-presidente mundial do BankBoston, Meireles recebeu em 2015 e 2016 mais de R$ 200 milhões por consultorias a empresas, entre elas a J&F, dos irmãos Batista.  

No último programa do seu partido, o PSD, o ministro foi à TV dizer que o Brasil tem um "enorme dívida social" e que é preciso "combater privilégios e distribuir renda".  

Blairo Maggi (Agricultura) também integra a lista de ministros milionários, já que foi citado em reportagem de 2014 da revista "Forbes" como segundo político mais rico do país, dono de patrimônio de US$ 1,2 bilhão (R$ 3,85 bi).  

Empresário do agronegócio, Maggi (PP) declarou em 2014 à Justiça Eleitoral bens que somam R$ 143 milhões. Como senador licenciado, ele também tem a seu dispor imóvel funcional em Brasília.

Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Helder Barbalho (Integração Nacional) também recebem auxílio-moradia e vale-refeição. Em suas últimas declarações de bens, Padilha (2010) e Helder (2014) informaram bens em valores superiores a R$ 2 milhões.  

Dono de bens declarados no valor de R$ 6,5 milhões em 2014, Gilberto Kassab (Ciência e Tecnologia) recebe, todo mês, R$ 458 de auxílio para alimentação.  

A Folha mostrou nos últimos dias que integrantes da cúpula do Judiciário (26 ministros de três tribunais superiores) recebem auxílio-moradia mesmo tendo imóvel próprio na capital federal.  

Os juízes que estão à frente dos processos da Lava Jato no Paraná —Sergio Moro— e no Rio de Janeiro —Marcelo Bretas— também são beneficiados mesmo tendo moradia própria na cidade onde trabalham.

segunda-feira, janeiro 22, 2018

Rodrigo Maia, o otimista

Rodrigo Maia: “Tenho 1% na pesquisa e o dia que eu tiver 7% as coisas melhoram muito”.

Por Milton Hatoum, em sua fanpage

Muitos políticos são apenas cínicos e ignorantes; outros, repugnantes e cruéis. E não são poucos os que reúnem outras tantas “qualidades”, que o leitor pode intuir num piscar de olhos.  

Li em vários jornais que Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, afirmou em Washington que o programa bolsa família escraviza as pessoas. “Criar um programa para escravizar as pessoas não é um bom programa social. O programa bom é onde você inclui a pessoa e dá condições para que ela volte à sociedade e possa, com suas próprias pernas, conseguir um emprego.”  

Hoje, Washington talvez seja mesmo a cidade ideal para esse tipo de político anunciar sua candidatura à presidência do Brasil. O programa bolsa família foi criado no governo FHC e ampliado no governo Lula. Nas duas últimas décadas, esse programa social tirou da miséria absoluta milhões de famílias brasileiras.  

O deputado Rodrigo Maia, mais um cínico profissional, esconde a taxa de desemprego do atual governo. Ele defende a reforma da previdência, como se fosse um elixir mágico, capaz de gerar milhões de empregos. A magia consiste em enxugar o Estado e implementar uma política de desenvolvimento. Mas ele não diz nada sobre o Refis para as grandes empresas. Nenhuma palavra sobre a corrupção na Caixa Econômica e no ministério desse governo que ajudou a colocar no poder naquela noite memorável do impeachment. Nenhuma palavrinha sobre o aumento da taxação de impostos dos mais ricos. E que silêncio sepulcral sobre as regalias afrontosas dos membros do alto escalão dos três poderes! E que silêncio de campo-santo sobre as dívidas (INSS) das grandes empresas. E nadinha, nenhuma sílaba ou oração (coordenada ou subordinada) sobre a imunidade tributária a templos religiosos, mesmo sabendo que muitos deles cobram dízimos dos desvalidos.  

Maia (filho de um ex-esquerdista possuído por uma piração folclórica enquanto prefeito do Rio) sonha com a presidência. “Tenho 1% na pesquisa e o dia que eu tiver 7% as coisas melhoram muito”, declarou ao Valor Econômico (17/01/2018).  

Ele consegue ser mais otimista que o mais ridículo dos otimistas da literatura: Pangloss, do “Candide” de Voltaire. Será que Rodrigo Maia, o otimista, esqueceu os inquéritos contra ele e seu pai? São inquéritos que investigam crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Este é o presidente da Câmara dos deputados e futuro candidato ao palácio do planalto (se chegar a 7% e Pangloss ajudar).

sábado, janeiro 20, 2018

Brasil Mitômano: Banda de rock "bomba" com Vídeo Lyric contra os golpistas e o "Bolsonazismo"



Por Diógenes Brandão


Com pouco mais de três meses depois de ser lançado na fanpage da banda paraense Delinqüentes, o Vídeo Lyric "Brasil Mitômano" já tem quase 50 mil visualizações e traz uma mensagem forte e direta aos atuais governantes brasileiros. Com cenas e frases que mostram e citam diversos personagens do golpe parlamentar e midiático que ocorreu no Brasil, o vídeo é um tapa bem dado na cara de todos os que patrocinaram, torceram e emudeceram diante deste cenário caótico que foi imposto ao país.

Antes que apareça alguém com preconceitos e que diga que a banda Delinqüentes é de petistas ou fãs do Lula, aviso logo que não são e nunca foram. Pelo contrário, além de alguns de seus integrantes pregarem o voto nulo, as letras de diversas de suas músicas são críticas aos partidos e o sistema político como um todo.  

Quer mais sobre eles? Digite no Google: Banda Delinqüentes

Mas antes assista Brasil Mitômano:



Sobre a banda Delinqüentes

A veterana banda de Hardcore Delinqüentes já é uma velha conhecida do público. Com 32 anos de estrada, o som já variou bastante, mas hoje tocam um Hardcore bem rápido e agressivo mesclado a outros estilos como Thrash Metal, Industrial, Punk Rock e Alternativo, desembocando num som moderno, peculiar e também agressivo e contagiante, sempre com letras atuais e que tentam fugir do lugar comum.  

1º CD  

Em 2000 teve seu 1º CD oficial lançado (Pequenos Delitos – Na Figueredo Records), que teve uma boa repercussão pela mídia especializada e pelos amantes do estilo, chegando a receber nota 9 na revista Rock Brigade (SP), sendo considerada pela revista como um dos melhores lançamentos de Hardcore do ano.  

TURNÊS  

Na mesma época sai em turnê pelo nordeste, tocando posteriormente em São Paulo e Rio de Janeiro, dividindo o palco com grandes bandas do estilo como o Cólera, Ação Direta, Devotos (PE) e outros.  

SHOWS  

Em Belém, já teve a honra de fazer o show de abertura de: Ratos de Porão, Raimundos, Replicantes, Shelter (E.U.A.), Daniel Beleza, Inocentes, Garotos Podres, D.F.C. (DF), Macakongs (DF), Rock Rocket, Superguids, Matanza e vários outros, tendo participado também de grandes festivais na cidade, tanto no passado (Rock 24 Horas, Variasons), como nos eventos atuais (Todas as edições do festival Se Rasgum e duas do Fest Rock, para ficar em alguns), sendo sempre destaque pelo seu som impactante e performance contagiante, em completa interatividade com o público, que participa cantando as músicas numa catarse coletiva.  

VIDEOCLIPE  

Em 2006, a banda participou da 3ª mostra competitiva de curta metragem Paraense, concorrendo com seu clipe Suíno Homo Sapiens ao prêmio Ná Figueredo, ficando em 2º lugar. Seu mais novo clipe, Vagamundo, produzido pela rede Funtelpa, tem sido bastante veiculado na programação da TV Cultura local.  

NOVO CD  

Atualmente, a banda divulga o seu 2º CD, Indiocídio, contendo 17 músicas do mais puro hardcore crossover e que já vem colhendo boas críticas, tanto pela elogiada arte gráfica, quanto pela boa qualidade de gravação.  

ÚLTIMAS APRESENTAÇÕES  

Entre seus últimos shows, destacam-se: 4ª e 5ª edição do Festival Se Rasgum (novembro de 2009 e de 2010 – sendo a única banda à tocar em todas as edições do evento), 2ª edição do São Luís Rock Festival (Maranhão), 2º Festival Quebramar (Macapá – AP), Grito Rock América do Sul em Taguatinga (DF), Festival Megafonica e o show Bodas de Ouro.  

FORMAÇÃO ATUAL: 

Jayme “Katarro” 
Neto: Vocal Pedrinho: 
Guitarra Pablo Cavalcante: Baixo e backing vocal 
Raphael Lima: Bateria e backing vocal  

DISCOGRAFIA: 

INFECTO HUMANO (Demo, 88)
GRITOS DE AGONIA E DESESPERO (Demo coletânea, 93)
A VERDADEIRA FACE DA LOUCURA HUMANA (Demo, 94)
AÇAÍ PIRÃO (CD coletânea - Ná Records, 99) 
PLANETA DOS MACACOS (Demo, 2000) 
HC SCENES (CD Coletânea de Londrina - PR) 
MINUTOS DE INTOLERÂNCIA (CD Coletânea de João Pessoa – PB) 
EXPRESSO HC (CD Coletânea de Rio de janeiro – RJ) 
PEQUENOS DELITOS (CD individual - Ná Records, 2000) 
A GUERRA NOSSA DE CADA DIA (Demo, 2002) 
MATANÇA DE ANIMAIS (Demo, 2003) 
VAGAMUNDO (Promo, 2004) 
INDIOCÍDIO (CD individual - Ná Music / TacaKaos Records, 2009)


quarta-feira, janeiro 03, 2018

Haters seguidores de Wladimir Costa, o deputado da tatuagem de Temer, ameaçam e destilam ódio na web

Joaquim Hamad (PTdoB) saiu em defesa de Wladimir Costa (SDD-PA), com a mesma baixaria peculiar ao deputado federal que defende com unhas e dentes nas mídias sociais.

Por Diógenes Brandão

Não foi a primeira vez que encontro e esbarro com haters - palavra inglesa e que significa "os que odeiam" ou "odiadores" na tradução literal para a língua portuguesa. O termo hater é bastante utilizado na internet para classificar algumas pessoas que praticam "bullying virtual" ou "cyber bullying". 

Outra vez, são os mesmos defensores de Wladimir Costa (SDD-PA), que caluniaram, ofenderam e fizeram novas ameaças ao autor deste blog, depois que este fez o compartilhamento de uma matéria do portal G1, que revelou a possibilidade daquele que se diz o "federal do povão", perder o mandato na Câmara dos Deputados, tanto por ele ser um dos mais faltosos, quanto pelo uso da verba indenizatória com passagens aéreas para viagem a outros Estados. 

Um destes seguidores se apresenta como Joaquim Hamad e usa o número 93-9155-7676 no Whatsapp, onde defende com unhas e dentes o deputado Wlad - como ele também gosta de ser chamado - e ataca de forma feroz e leviana, todos que o criticam ou compartilham matérias consideradas desfavoráveis ao deputado que se encontra cassado por duas vezes, em decisões do TRE-PA.

Em uma rápida pesquisa na internet, descobrimos que Joaquim tem 56 anos e concorreu ao cargo de prefeito de Santarém pelo PTdoB, nas eleições de 2016, quando mesmo sendo o 2º candidato mais rico, acabou como o mais rejeitado nas urnas, alcançando tão somente 1.447 votos, o que representou 0.83% dos votos válidos e resultou no último lugar, entre os cinco (05) candidatos que disputaram o pleito. 



Antes disso, nas eleições de 2014, Joaquim já havia tido outra derrota acachapante, quando obteve apenas 426 votos, o que representou 0,1% dos votos válidos, naquele pleito em que disputou uma vaga para deputado estadual e saiu novamente humilhado das urnas.

AMEAÇAS: CASO DE POLÍCIA

Depois de difamar, o seguidor de Wladimir falou que policiais estariam envolvidos no repasse de informações contra este blogueiro e ameaçou dizendo que eles agiriam em conluio com advogados do deputado, além buscarem formas para tentar me silenciar pelo simples fato de eu compartilhar matérias jornalísticas que abordam notícias sobre políticos paraenses, envolvidos em denúncias, investigações e escândalos, como as que citam Wladimir Costa, que todos sabem, existem contra o mesmo, ainda antes deste adentrar para a política partidária e ter sua vida parlamentar envolvida em tanta confusão.

Em um trecho digitado em um grupo no Whatsapp, ele faz uma ameaça explícita: "Comigo é diferente. Não pensa que vou usar a justiça. Sou eu que vou arrancar tua máscara. Aguarde. (..) Pode apostar. Tu mexeu com o cara errado. Tu vai vê ". 

Em um Estado repleto de jagunços e pistoleiros, o que quis dizer o homem que se diz empresário e político de uma região com diversos de crimes e assassinatos políticos?

Depois dele, outro seguidor destilou ódio, ameaças e ofensas. Identificado apenas com o número (93) 99212-0380, o hater será igualmente denunciado junto à Delegacia de Crimes Virtuais do Pará para medidas cabíveis. Em uma parte da conversa realizada também em um grupo do Whatsapp, depois de eu alertá-lo que tomaria providencias contra as ofensas e calunias proferidas pelo anônimo, ele diz o seguinte: "entao leva seu filho de uma puta... quero vet se tu es homem seu marginal...  Pois e lah q vou fazer tua casa cair blogueiro de merda... vuciado no dibheiro publico. Vou fazer tu engolir tbem ze ruela".


Wladimir usa as suas redes sociais para atacar todos seus adversários e prepara um verdadeiro exército que usa métodos de guerrilha cibernética, acusando com palavras de baixo calão e dizer que todos os que o denunciam são "petistas", "vagabundos", "corruptos" ou Barbalhistas, em alusão à família do senador Jader Barbalho, com quem rompeu depois que foi eleito deputado federal, mas foi cria e por longos anos, alinhado politicamente.

Assista a matéria publicada no portal G1, a qual foi o gatilho para mais essa polêmica envolvendo o nome do deputado federal Wladimir Costa, que já foi cassado por duas vezes pelo TRE-PA e responde a diversos outros processos no TSE, STF, CGU, movidos por diversos outros órgãos de controle e fiscalização com o MPE e MPF. 


Leia mais sobre o deputado federal Wladimir Costa, o defendido por odiosos seguidores nas redes sociais:








sexta-feira, dezembro 29, 2017

Cenários para as eleições de 2018 no Brasil



Por Edir Veiga*, em seu blog Bilhetim

As eleições de 2018 no Brasil será diretamente influenciada pelos acontecimentos políticos que emergiram nos últimos quatro anos no mundo ocidental e no Brasil tendo como pontos de referências, no plano externo, a mundialização das relações econômicas e políticas e seu reflexo nos Estados nacionais e a crise do ciclo dos governos sociais na Europa, EUA e América do Sul.  No plano interno, a operação Lava Jato, o golpe parlamentar contra a presidente Dilma e a ascensão de Michel Temer ao governo central.  

Nenhum projeto nacional pode estar desvinculado das novas interações e processos que vem se consolidando nas relações internacionais consubstanciados nas estruturação de relações de poder mundial impulsionado por dois processos concomitantes: a mundialização de decisões econômicas que incidem diretamente sobre Países da periferia do capitalismo mundial e a transformações nas relações sociais a partir da emergência de sociedades estruturadas em redes sociais fundada na individualização extrema de vida e valores.  

Efetivamente, decisões estratégicas para as sociedade nacionais têm sido tomadas por atores e instituições financeiras. Assim, Banco Mundial, Organização Mundial do Comércio, Banco Central Americano, organizações financeiras e econômicas regionais, corporações transnacionais tomam decisões que estão desprovidas de controle social e que tem efeitos avassaladoras para os Estados nacionais.   

A formação do preço do câmbio, os preços das commodities a exemplo do petróleo, soja etc, protecionismo de base sanitária, decisão de investimento em energias que geram impacto ambiental são exemplos marcantes de tomada de decisões que impactam negativamente os governos nacionais.  

Qualquer governo ou candidatos a governar um País deve apresentar esta discussão à sociedade. Efetivamente, precisa-se de articulações supra nacionais, tanto dos Estados nacionais, como das sociedades civis. Para controlar decisões que afetam diretamente cada País é fundamental que a sociedade civil se articule no plano regional e internacional para atuar decisivamente no enfrentamento de decisões de instituições que impactam diretamente as sociedades nacionais.  

No plano dos Estados nacionais é decisivo a definição de uma política local (Merco Sul), regional (das Américas) e global (relação Sul-Norte e Sul-Sul) para que o Brasil tenha força a partir de organizações estatais regionais e mundial na tomada de decisões econômica, sociais, políticas, ambientais e Humanitárias que repercutem decisivamente na vida dos povos.  

Neste momento, o governo Temer parece não entender a determinação que a as relações externas têm nos destinos das políticas internas. Ou seja, os ajustes fiscais internos, representam apenas um aspecto relacionado ao complexo sistema que incidem sobre as relações comerciais no plano internacional, e que não é o central para o fluxo positivo da presença do Brasil no mundo dos negócios e da política.

A enorme crise econômica e política enfrentada no início do segundo governo Dilma está diretamente relacionada à incidência de variáveis externas sobre a economia brasileira.  A queda dos preços no mercado internacional  do petróleo e dos produtos agrícolas no curso do primeiro governo Dilma, produziram enorme queda das receitas da fazenda nacional produzindo o início de um gigantesco déficit público.  

Todo este complexo processo de formação de preços a partir de variáveis internacionais começou a ocorrer no curso do primeiro governo Dilma, como houve a decisão de ampliar os gastos públicos em função da eleição presidencial que se aproximava, estes gastos ampliaram-se no curso do ano de 2014, produzindo um enorme déficit nas contas públicas.  É neste contexto de início de uma aguda crise econômica que se inicia o segundo governo Dilma em 2015. Agora temperado com o enorme escândalo envolvendo o Partido dos Trabalhadores, a partir de outubro de 2014.  

O governo Dilma, a partir de janeiro de 2015, foi marcado, desde a sua segunda posse por uma grave crise econômica impulsionada pelo déficit das contas públicas e pela crescente crise política que, efetivamente se instaurou com a eleição de um oposicionista extremado para presidir a câmara do deputados, que foi o deputado Eduardo Cunha.  

O segundo governo Dilma inicia com a necessidade premente de tomar medidas contracionista na economia  para enfrentar o grave déficit público acumulado no curso do final do seu primeiro mandato. Estas medidas passavam pelo corte de gastos sociais, contenção dos salários dos servidores públicos e  reforma previdenciária.  

Neste momento, os escândalos envolvendo a cúpula do Partido dos Trabalhadores estavam em franco processo de ampliação. O presidente da câmara do deputados, Eduardo Cunha, aliado ao centro político conservador desta instituição, iniciou a produção da chamada “pauta bomba”, que objetivava ampliar os gastos públicos num contexto de grave déficit público, inviabilizando, sistematicamente as iniciativas políticas do governo Dilma.  

É neste contexto que entra em ação o vice-presidente da república, Michel Temer que se alia ao presidente da câmara e conduz o PMDB e seus satélites conservadores para a política da pauta bomba de Cunha, gerando uma ingovernabilidade política que durou todo o ano de 2015 e parte do ano de 2016.  

Com a paralisia congressual estavam dadas as condições para o golpe parlamentar contra a presidente da república. Os defensores do impeachment utilizaram uma ferramenta legal para dar início à derrubada de Dilma. Assim, o impeachment, veio a afastar e posteriormente cassar o mandato da presidente Dilma.  

Deve-se registrar que a presidente Dilma jamais foi acusada ou envolvida com as denúncias da operação Lava Jato contra o Partido dos Trabalhadores. O argumento utilizado para afastar a presidente foi de ordem administrativa, ou seja a presidente Dilma foi acusada de pedaladas fiscais, qual seja, fazer deslocamento de receitas públicas para pagar o programa Bolsa Família. Deslocamento orçamentário este, que não foi  autorizado pelo congresso nacional. 

Deve-se registrar que o Supremo Tribunal Federal legitimou todo este processo de golpe parlamentar a partir de uma provocação do próprio Partido dos Trabalhadores. Ou seja, quando o presidente da câmara dos deputados conduziu a aprovação do rito do impeachment, o PT recorreu ao STF solicitando que o rito fosse alterado, no que o foi atendido pela corte suprema. A partir deste momento o rito do impeachment estava legalizado.  

Pois bem, com a queda da presidente Dilma, ascendeu à presidência da república o vice-presidente Michel Temer, que construindo uma ampla maioria parlamentar vem enfrentando a crise econômica com políticas ortodoxas consubstanciadas em políticas de contingenciamento do orçamento público, notadamente para saúde, educação, segurança, corte de gastos de programas sociais , arrocho salarial do funcionalismo público e reformas administrativas que vêm penalizando o trabalho e protegendo o capital.  

O resultado de toda esta política contracionista e antipopular é a rejeição estratosférica do presidente da república pela sociedade brasileira, que chega a 80% e aprovação que não passa de 3%. Neste contexto de arrocho contra a classe trabalhadora e os setores médios da população observa-se o crescimento da popularidade do ex-presidente Lula, que hoje é apontado pelos institutos de pesquisas, como favorito para ganhar as eleições presidenciais de 2018, caso venha a ser candidato.  

É neste contexto que passo a analisar os possíveis cenários para as eleições de 2018 no Brasil. Eu diria que este cenários serão nebulosos até meados de 2018, tendo em vista a possível condenação, em segunda instância, do ex-presidente Lula no dia 24 de janeiro pelo Tribunal Regional Federal da quarta região.  

Com efeito, Lula tem sido o personagem central da sucessão presidencial de 2018. Como existe grande probabilidade de sua condenação no dia 24 de janeiro de 2018, os desdobramentos poderão ter incidência sobre os rumos da sucessão presidencial de 2018 no Brasil. Mas vamos aos prováveis cenários para 2018 no Brasil.  

As forças políticas que estarão no centro das disputas eleitorais no Brasil nas eleições de 2018 deverão estar representada no centro: Geraldo Ackmin, Lula, Marina Silva e Álvaro Dias. Pela direita, Jair Bolsonaro e pela esquerda Ciro Gomes.  Muitos outros candidatos, portadores de diversas matizes ideológicas deverão se lançar à presidência mas com baixo poder de polarização política, a exemplos dos candidatos do PC do B, PSOL e PPS.  

Cenário 1 com a presença de Lula candidato (cenário improvável) -  Lula e Alckmin ocuparão o espaço do centro, Alckmin atingindo boa parte da direita e Lula boa parte da esquerda. Diria eu, este dois candidatos esvaziarão candidatos pelo centro e pela esquerda. Os candidatos com perfil de centro como Marina Silva, Álvaro Dias e Cristovam Buarque tenderão a ser esvaziados. Pela esquerda, candidatura como a de Ciro Gomes perderá potencial de crescimento.  

Creio que neste cenário, Lula. Alckmin e Jair Bolsonaro travarão uma dura batalha pelo segundo turno. Caso venham a passar Alckmin e Lula, o tucano a partir da migração maciça dos votos de Bolsonaro tenderia a sair vitorioso. Caso venha a passar Alckmin e Bolsonaro, a maioria dos votos de Lula dariam a vitória ao tucano em segundo turno. Caso venha a passar Lula e Bolsonaro, Lula sairia vitorioso a partir da migração dos votos de Alckmin para Lula em segundo turno.  

Cenário 2- sem Lula:  Neste cenário haveria uma grande fragmentação eleitoral ao centro e à esquerda. No centro, que tem potencial de 50% de votos, Alckmin, Marina, Cristovam Buarque e Ávaro Dias dividiriam o voto ao centro, com tendência de que o tucano passasse ao segundo turno. Pela esquerda o candidato do PT, Ciro Gomes, Manuela D’avila  do PC  do B e o candidato do PSOL, dividiriam os votos à esquerda, cujo potencial é de 30%, perdendo poder de passagem ao segundo turno. Neste cenário, o candidato de direita, Jair Bolsonaro, com potencial de 20% de votação passaria ao segundo turno.  

Num confronto entre Alckmin e Bolsonaro, a tendência seria de vitória de Alckmin, ou qualquer outro candidato que viesse do centro político, haja vista que a maioria dos eleitores de esquerda, dariam um voto anti Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018.   

A presença de Lula, como cabo eleitoral poderá alterar a dinâmica deste eventual cenário. A entrada de um outro candidato petista na disputa presidencial poderá retirar qualquer chance de um candidato de esquerda vir a disputar a passagem ao segundo turno nas eleições de 2018. Creio que o voto de Lula é somente de Lula e os votos da legenda do PT, são outra coisa, perante as massas, nesta eleição vindoura. Creio que o PT, como partido, só começa sua recuperação eleitoral nas eleições seguintes, quando passar a penitência decretada, desde 2016 pelo eleitorado brasileiro.  

Mas, o que é improvável, caso Lula e o PT resolvam apoiar uma candidatura, como a de Ciro Gomes, desde o primeiro turno, o cenário se transformaria favoravelmente para a esquerda. Como Ciro Gomes tem de saída 10% de intenção de votos, Lula tenderia a transferir mais 10 ou 15% por cento, o que colocaria esquerda em condições de disputar o segundo turno de 2018 no Brasil. Neste cenário Ciro só tenderia a sair vitorioso se viesse a enfrentar Jair Bolsonaro, pois a maior parte dos eleitores do centro político tenderiam a dar um voto anti Bolsonaro, desde que Ciro Gomes moderasse seu discurso, seu programa e fizesse um aceno ao centro político.  

O fenômeno Bolsonaro representa a negação da política e dos partidos e este candidato está em ascensão devido ao sentimento genérico de rejeição do sistema político como um todo, seja a negação dos poderes da república seja a descrença nas próprias instituições democráticas no Brasil. Somado a tudo isso, temos a terrível conjuntura da violência urbana e a falência dos serviços públicos básicos. A duplicação de votos brancos e nulos, em relação às eleições de 2014, deverá marcar este sentimento de rejeição da política por grande parte do eleitorado esclarecido brasileiro.  

Portanto, as eleições de 2018 é propícia a emergência de outsiders. Existe um sentimento genérico de renovação política nas disputa para os cargos majoritários nas eleições de 2018, a exemplo das disputas para os cargos de presidente, governador e senador. Nestas disputas majoritárias o eleitor terá maiores chances de realizar a operação “degola”.  

Dados mais recentes publicados pelos institutos de pesquisa, notadamente o DataPoder, analisando o potencial de votos de cinco candidaturas presidenciais: Lula, Bolsonaro, Alckmin, Marina e Ciro revelaram um dado enigmático, em média 50% do eleitorado brasileiro rejeita todas estas cinco candidturas.   

O desejo de mudança política se anuncia nas disputas majoritárias, porém esta renovação fica muito difícil nas disputas proporcionais porque o eleitorado não compreende como se elege deputados, devidos as regras eleitorais do sistema proporcional de lista aberta que preside as disputas para os assentos parlamentares no Brasil. Portanto, os deputados acusados de corrupção, mas com poder administrativo ou financeiro tenderão a continuar na vida pública, apesar da operação Lava Jato.

*Edir Veiga é Dr. em ciência política e professor da UFPA.

Obs: O editor do blog As Falas da Pólis identificou alguns pequenos erros de ortografia e/ou digitação, mas manteve o texto e o título fiéis aos originais, limitando-se apenas e inserir a imagem ilustrativa desta postagem, já que a original não possui.

terça-feira, dezembro 26, 2017

Patos calados: Preços de combustíveis foram reajustados mais de 100 vezes no último semestre



Via G1

Nova política implantada pela Petrobras em julho deste ano permite reajustes quase diários nos preços dos combustíveis. Oscilação de preços não agrada ao consumidor.

Os preços do etanol e da gasolina tiveram mais de 100 alterações ao longo do último semestre, tanto para mais quanto para menos. A oscilação nos preços não tem agradado o consumidor.  Os reajustes fazem parte da nova política da Petrobras, implantada em 3 de julho deste ano. Segundo a estatal, a mudança visa buscar maior competitividade e tem o objetivo principal de recuperar receita e participação de mercado.  Desde então, tanto a gasolina quanto o etanol são cotados quase que diariamente, seguindo o mercado internacional.  Na semana de 11 a 15 de dezembro, a gaoslina em Mato Grosso custava, em média, R$ 4,053. Na semana seguinte, porém, subiu para R$ 4,08. Já o etanol subiu de R$ 2,85 para R$ 2,90.


terça-feira, dezembro 12, 2017

Ao lado de grandes fazendeiros, Temer sorri ao tirar dos pobres para dar aos ricos

Michel Temer sorri na cerimônia de posse da Diretoria-Executiva da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, eleita para o período de 2017 a 2021. Foto: Marcos Corrêa/PR, em 12/12/2017. Brasília – DF, Brasil.

Por Diógenes Brandão

Enquanto comemorava com a elite dos fazendeiros do agrobusiness do Brasil, Michel Temer recebe deles o apoio aos cortes severos que tem realizado nos orçamentos de programas criados pelos governos de Lula e Dilma que beneficiavam a vida no campo e melhoraram a produção dos trabalhadores rurais. Somente o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), considerado como um dos pilares da reforma agrária e agricultura familiar, acumula cortes de 71%.  

De acordo com o professor Carlos Alberto Feliciano, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o corte dos programas sociais no campo é uma forma de tentar limitar a luta das famílias e movimentos sociais pela reforma agrária. 

“Existem três principais formas de atacar a luta: através da criminalização dos militantes e dos movimentos sociais, por meio de regulamentações que penalizam e inibem a organização dos sujeitos e também pela desarticulação de programas de crédito e incentivo aos trabalhadores rurais. Todas essas são estratégias institucionais para desmobilizar as pessoas e tentar despolitizar a luta pela reforma agrária que estamos vendo hoje”, explica.  

Desde que Michel Temer (PMDB) assumiu a presidência, o programa social, considerado pelo MST como um dos estruturadores da reforma agrária e da agricultura familiar, acumula cortes exorbitantes, que somam cerca de 71%, passando de um investimento de mais de R$ 32 milhões em 2015, para aproximadamente R$ 3 milhões no primeiro semestre de 2018, de acordo com o Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) que foi apresentado para o próximo ano.  

Em julho, um dia após derrota na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, com relatório favorável à aceitação da denúncia por corrupção passiva contra ele, Temer anunciou R$ 103 bilhões do Banco do Brasil para a próxima safra. 

Dos R$ 103 bilhões do BB, R$ 91,5 bilhões serão para crédito rural para produtores e cooperativas. Os outros R$ 11,5 bilhões são destinados a empresas da cadeia do agronegócio. Houve corte de 1% nas taxas de juros para linhas de custeio, investimento e comercialização da agricultura empresarial.

quinta-feira, novembro 23, 2017

Com Temer na TV, PMDB tenta ridicularizar Dilma e reforça anti-petismo

A peça publicitária do PMDB pega um trecho da fala da ex-presidente Dilma e diz que 'o PT de Dilma desenterrou a mandioca e enterrou o país'. 

Por Diógenes Brandão

Uma das inserções do PMDB exibidas na noite desta quarta-feira (22) na TV, o partido de Michel Temer reforça a narrativa de que o PT é o responsável por tudo de errado no Brasil e alimenta ainda mais o anti-petismo já tão proliferado por outros agentes instalados nas emissoras de rádio, TV, assim como nas revistas, jornais e portais da internet, que são reproduzidos por milhões de pessoas através das mídias sociais.

Tal cardápio já faz parte do cotidiano destes segmentos e isso nos alerta para uma só conclusão, baseada em um ditado popular certeiro: Não se bate em cachorro morto. Ou seja, se o partido que tomou o poder investe pesado na desconstrução do PT e de Dilma, algo mostra aos caciques e marqueteiros do partido de que o "inimigo" precisa ser desgastado ao máximo.

Mas desgastar o PT e a última presidenta reeleita pelo partido, sem falar de Lula, o pré-candidato disparado na preferência eleitoral? Porque ele foi poupado?

São esses tipos de perguntas que poucos se fazem e este blogueiro acostumado a ver boi 'avoar', teme que seja um sinal de que o PMDB novamente prima por duas prioridades: Manter Temer vivo até 2018 e negociar a divisão do poder com o candidato que for eleito. Lula, claro, nunca foi descartado pelo partido que indicou por duas vezes o vice-presidente de Dilma.


No Pará, por exemplo, até agora o PT não tem consenso sobre ter candidatura própria ou apoiar uma outra candidatura dentro de uma Frente Ampla de Esquerda, que inclina-se com mais simpatia para indicar o nome da jornalista Úrsula Vidal (REDE) para governador em 2018.

Mesmo assim, o campo majoritário do PT não rompeu o cordão umbilical com a família Barbalho, que controla o PMDB e mantém petistas no alto escalão de órgãos federais, como a SUDAM e o MINC no Pará. 

Talvez isso justifique a complacência dos petistas paraenses ao PMDB. Qualquer outra tentativa de explicação, torna-se até mesmo para os néscios, pura alienação e submissão de uma militância que espera ávida por uma explicação que a retire desse submarino que naufragou com milhares de sonhos e ideias e até agora não retornou das profundezas do desconhecido.

Assista:



A Folha de São Paulo informou que "depois da divulgação do conteúdo do filme, porém, o presidente reviu sua decisão. Segundo auxiliares Palácio do Planalto, o vídeo gerou reações de parlamentares aliados, incomodados com a ironia, e da própria Dilma, que classificou a peça de "mal educada, grosseira e vulgar".  

"Esta propaganda tem o caráter do governo golpista. É machista e racista", escreveu Dilma em nota.  Temer comunicou sua equipe no início desta semana sobre a decisão de não veicular o vídeo em rede nacional".

"Se não recuar de sua decisão [de divulgar a propaganda], o governo golpista vai citar, em tom de deboche e com insinuação de duplo sentido, uma fala feita por mim na abertura dos Jogos Indígenas, em 2015, quando fiz referência à principal fonte de alimentação dos índios, que acabou sendo adotada por toda a população brasileira, tornando-se um símbolo de nossa culinária. O vídeo da propaganda política, que vazou à imprensa, confirma o machismo e a misoginia de um governo que deprecia as mulheres e as populações indígenas", completou Dilma em nota.  

No vídeo, uma apresentadora dizia que "não dava para esquecer" o discurso de Dilma. "2016, com a economia em frangalhos, Dilma Rousseff anunciava a mandioca como uma das mais importantes conquistas do país".  O discurso, porém, foi feito em junho de 2015.  "O PT de Dilma desenterrou a mandioca e enterrou o país. Estava mesmo na hora de tirar o país do vermelho", completa a narradora em uma analogia à cor do PT, partido da ex-presidente.

segunda-feira, novembro 20, 2017

PT apresenta 04 pré-candidatos ao governo e cobra saída de petistas que permanecem com Temer

PT apresenta 04 pré-candidatos ao governo do Pará: Cláudio Puty, Evaldo Cunha, Paulo Rocha e Zé Geraldo. 

Por Diógenes Brandão

O diretório municipal do PT Belém realizou neste sábado (18), um debate que deu início à construção da política de aliança para 2018, ano em que o partido deverá indicar ou não um candidato do governo do Estado e ao senado. Até agora não há consenso entre as tendências. 

Entre os nomes indicados pelos grupos internos, figuram o do ex-deputado federal Cláudio Puty, do ex-prefeito do município de Ipixuna Evaldo Cunha, do senador Paulo Rocha e do deputado federal Zé Geraldo.

A DS - Democracia Socialista, grupo interno do ex-deputado federal Claúdio Puty - o qual obteve 38% dos votos no último Processo de Eleições Diretas - não compareceu ao evento. Pelo que o blog apurou, o motivo é a forte divergência que a DS nutre com a presidente do PT Belém, Milene Lauande, que teria sido eleita através de diversas irregularidades, entre elas, o uso de tickets de gasolina para seus aliados, no dia de sua eleição, transporte de eleitores, entre outras denúncias feitas pela DS, logo após o episódio que gerou a crise interna.



Por sua vez, Milene Lauande disse através de uma nota, que o importante é que as tendências se mostraram unidas nas principais lutas contra o governo golpista e contra as candidaturas da direita no Pará e da necessidade de se formar uma ampla frente popular de esquerda liderada pelo PT com um nome que unifique a luta contra a direita fascista.

Entre os principais debates da reunião, destaca-se o documento apresentando pelo Fórum da Militância Petista, o qual faz uma dura oposição à política de alianças, sobretudo com partidos que patrocinaram e participaram do golpe. 

Em um trecho do documento, lê-se: "Não podemos mais ser complacentes com o governo golpista e nem com militantes/filiados petistas compondo tal governo. Diante de tal situação, só nos cabe pedir a imediata abertura de processo ético desses filiados e solicitar a expulsão dos mesmos dos quadros partidários!"

Os petistas estão se referindo aos companheiros de partido que depois de um ano e meio após o Diretório Estadual ter aprovado uma resolução determinando a imediata entrega dos cargos de DAS ocupados por filiados ao Partidos dos Trabalhadores, no governo golpista de Michel Temer, mas que ainda não aconteceu. O documento cobra ainda por "sanções individuais e coletivas que já deveriam ter sido aplicadas, com o afastamento, expulsão ou cancelamento da filiação partidária de petistas que ainda estejam como DAS no governo Temer". Leia aqui o documento na íntegra.


Nos próximos dias 7 e 8 de dezembro haverá uma plenária do Diretório Estadual do PT para também debater as candidaturas do partido ao governo do Estado e ao Senado. No final da plenária, foi aprovado o seguinte documento: 

“O Diretório Municipal do PT – Belém, reunido no dia 18 de novembro de 2017, na sede do Partido, delibera: 

- Por uma recomendação ao Diretório Estadual do PT – Pará que sejam construídas candidaturas próprias ao Governo do Estado e ao Senado, baseadas em um programa democrático e popular, amplamente discutido pelos seus filiados e posteriormente disponibilizado para os partidos que se opõem ao golpe, no Estado (Frente de Esquerda) 

- Paulo Rocha, Zé Geraldo, Puty e Evaldo Cunha. - Que seja estabelecido pela Executiva Municipal, em contato com as Executivas Distritais, um cronograma de debates sobre as eleições de 2018, nos Distritos/Bairros e outros segmentos da sociedade de Belém, aproveitando o Programa “A Belém que o Povo Quer”. 

- Que seja realizado um seminário com todos os filiados do Partido em Belém para discutir e deliberar sobre o Programa “A Belém que o Povo Quer”, aproveitando o lançamento que será feito no próximo dia 1º de dezembro, com a participação do ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação dos governos Lula e Dilma, Fernando Haddad. 

- Fortalecer a campanha de filiação do PT Belém - Fortalecer as Secretarias Municipais de Juventude e de Mulheres e estimular a criação de novos setoriais do PT Belém e de Núcleos de Base nos Bairros/Segmentos. 

- Realização de uma plenária com os filiados do PT Belém que atuam nos movimentos sociais para definir estratégias e cronograma de ações de disputa nesses segmentos - Criação de Comitês Pró-Lula Distritais e nos Bairros Diretório Municipal do PT”.

sexta-feira, novembro 10, 2017

#FicaTemer: Petista comemora 10 anos em DAS no governo federal

Foto de uma das viagens internacionais de Alda Selma e Marquinho Oliveira, casal abençoado pelo Diretório Estadual do PT e parlamentares petistas que os mantém em diversos cargos, inclusive em DAS de confiança de Michel Temer.


Por Diógenes Brandão

Por diversas vezes me perguntaram se eu tinha como provar que ainda existiam petistas em cargos de confiança em órgãos federais, como a SUDAM. 

Eu disse que sim e qualquer pessoa que queira saber ou comprovar isso, basta acessar os portais do governo e lá se encontram os nomes de todos os nossos companheiros e companheiras do PT, embora o Diretório Estadual, presidido novamente pelo eterno João Batista, depois de tomar posse esse ano, tenha aprovado uma resolução que determinou a imediata saída de todos os petistas do governo golpista de Michel Temer. É claro que a determinação não foi até hoje cumprida. 

Há entre nós casos especiais, como da companheira Alda Selma Frota, que no dia 23 deste mês completa 10 anos como chefa de gabinete na SUDAM

Pensa numa pessoa compete! 


Antes de ser assessora na SUDAM, Alda teve cargo de confiança por 8 anos, na prefeitura de Belém, quando o PT governou a cidade. 

Quando o partido perdeu a prefeitura, Alda foi "automaticamente" colocada na SUDAM, onde assumiu um cargo de direção e lá sentou na cadeira de chefe de gabinete e lá se mantém firme e forte no cargo. 

Concluindo: Alda Selma Frota já passou pelo mandato de cinco 07 governos, 02 de Edmilson Rodrigues, de Lula, 02 de Dilma e agora o de Temer, quem seus companheiros de partido chamam de golpista.

Embora seu marido - o sociólogo Marquinho Oliveira - seja o coordenador estadual da Unidade na Luta, grupo do senador Paulo Rocha (PT-PA), a competência, a capacidade técnica e política de Alda Selma é que a torna imbatível em sua a à frente do cargo. 

Marquinho Oliveira também é um privilegiado. "Com dons divinos", dizem no PT. 

Com mais de 30 anos como assessor político do senador Paulo Rocha, Marquinho hoje é assessor do senado, sem precisar pisar em Brasília e nem assinar ponto em qualquer lugar que seja, assim como não tem horário para cumprir, graças à sua enorme capacidade intelectual e a sorte que o mundo lhe trouxe.


Paulo Rocha continua ignorando as críticas por ter indicado e manter todas essas regalias aos seus mais chegados no governo Temer e acabou impedido de votar contra a resolução partidária que determinou o afastamento de seus indicados no governo Temer. 

O motivo é mais um tapa na cara da militância que acredita que tem que contribuir semestralmente com o PT: Mesmo com o salário e a verba de gabinete do senado, o petista não contribui com o partido e sua dívida com o PT já é um escândalo, mas como ele é um senador, o caso é abafado.

Grupos que defendem a transparência e a democracia interna no PT já pensam em fazer uma vaquinha na internet para ajudá-lo.

Entre os projetos apresentados pelo senador Paulo Rocha este ano, está a proposta de criação do vale-cultura do servidor público federal, para que pessoas como os assessores do senado ou da SUDAM, possam usufruir de um recurso mensal para divertirem-se e consumirem bens culturais.



terça-feira, outubro 24, 2017

Escracho com ovo: A nova forma de protesto da juventude de esquerda gera polêmica após ovos serem jogados em Ministro de Temer

O ministro de Temer, Helder Barbalho (PMDB) e o senador Paulo Rocha (PT) foram dois políticos paraenses que presenciaram ovos sendo jogados em eventos em que participavam. 

Por Diógenes Brandão

Os ovos jogados contra o ministro da Integração Helder Barbalho e sua comitiva - incluindo seu pai, o senador Jader Barbalho e sua mãe, a deputada federal Elcione Barbalho, todos do PMDB - no último sábado (21), no município de Cametá, acendeu uma grande polêmica nas redes sociais. 

O blog aferiu que muita gente apoiou a atitude da estudante, mas entre os que reprovaram o feito Ana Paula, há quem diga que ela deveria permanecer presa e pagar pelo que fez. Outros mais exaltados falam em justiçamento através da violência.


Entenda o caso

A notícia foi de que o ministro Helder Barbalho havia sido atingido por dois ovos - um no rosto e outro no peito - durante o ato de assinatura do convênio entre a prefeitura e o governo federal para construção do cais do município de Cametá. Depois, soube-se que os ovos não acertaram ninguém, mas a manifestante Ana Paula, do movimento estudantil de Cametá, foi presa acusada de ser a responsável pelo que setores da juventude de esquerda chamam de "escracho". O fato aconteceu na manhã deste sábado (21).

Escracho com ovos com lama em Marabá

Há pouco mais de dois (02) meses atrás, manifestantes do Levante Popular da Juventude de Marabá também promoveram um escracho jogando ovos em direção ao deputado Beto Salame (PP-PA). Mesmo sem ter sido atingido, o fato irritou o senador Paulo Rocha (PT-PA) que partiu para cima de algumas manifestantes, gritando com as mesmas e repreendendo-as pela manifestação inusitada.




Embora o escracho seja uma metodologia de intervenção usada por grupos de jovens ativistas nos movimentos sociais, partidários, como a UJS/PCdoB e suprapartidários como o Levante Popular da Juventude e o Juntos/PSOL, nenhum partido paraense defendeu publicamente os escrachos utilizados até então no Pará, o que revela o fosso existente entre a direção dos partidos de esquerda e as novas formas de auto-organização da juventude de esquerda.

quarta-feira, outubro 18, 2017

Imperdível: O complô



Na Folha

Temer é vítima de um complô, Aécio, de armação, e Lula, de perseguição. Se os três estão certos, seria preciso imaginar que diferentes braços do Ministério Público, a Polícia Federal e a imprensa foram todos contaminados por uma espécie de vírus do niilismo e abraçaram o temerário projeto de destruir as instituições republicanas, abatendo as lideranças dos principais partidos políticos do país.  

É possível? Bem, tudo o que não é proibido pelas leis da física é possível —e isso inclui viagens no tempo e discos voadores alienígenas visitando a Terra. Parece-me mais verossímil, porém, acreditar que os três políticos, bem como várias centenas de outros, se meteram em relações absolutamente promíscuas com empresários que já confessaram atos de corrupção na casa dos vários bilhões de reais. Em muitos casos, exibiram provas físicas das propinas.  

É possível que nossos três líderes sejam mesmo santos em meio a um oceano de pecadores e que os delatores estejam mentindo quando incluem seus nomes no rol de autoridades compradas. Ademais, para que sofram uma condenação penal, é necessário que o Estado demonstre seu envolvimento para além da dúvida razoável na opinião de um tribunal colegiado. Não precisamos, porém, estabelecer o mesmo nível de exigência para os efeitos políticos.  

Ao contrário, boa parte da crise que vivemos pode ser atribuída ao fato de que foros políticos passaram a operar com balizas do Judiciário. Eu me explico. Num país mais "normal", o presidente que se vê envolvido num escândalo como o que enredou Michel Temer renuncia, seja ele culpado ou inocente. Um senador flagrado numa fita tão comprometedora como a de Aécio é rapidamente cassado pelo Conselho de Ética da Casa. Já Lula, este, por não contar mais com foro privilegiado, ao menos tem o mérito das acusações que pesam contra si avaliado pela Justiça, o que não ocorre com os outros dois. 

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...