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quarta-feira, julho 18, 2018

Helder Barbalho: Quem tá comigo, tá comigo 100% comigo! Será?

Reunidos nesta segunda-feira (16), a maioria das lideranças políticas do PSD rechaçaram a aliança com Helder Barbalho (PMDB) e declararam apoio a Márcio Miranda (DEM).


Por Diógenes Brandão

"Quem tá comigo, tá comigo 100% comigo". A frase foi proferida pelo ex-ministro da Integração Nacional de Michel Temer e pré-candidato ao governo do Estado do Pará, Helder Barbalho (MDB), durante a inauguração de uma agência do INSS, em um município do interior.

Não se sabe o motivo e o contexto em que a frase foi dita, mas ela ganhou ampla divulgação nas redes sociais. 

Para alguns, a fala soou como uma prova do perfil autoritário e uma demonstração de extrema boçalidade por parte de Helder, que em tom ameaçador, tentava "enquadrar" os parlamentares que andavam com ele, mas não estavam 100% fechados com sua pré-candidatura. Outros já acham que a fala é uma imposição para que seus aliados se mantivessem alinhados com sua pré-candidatura e evitar o que chamam de "trairagem".



No entanto, a realidade é dura para quem vai tentar pela segunda vez, conquistar apoio ao seu projeto de poder e chegar ao governo do Estado, tal como seu pai, o senador Jader Barbalho tanto deseja. 

Um exemplo disso é o PSD paraense, que em sua maioria não está disposto a ceder à pressão do presidente Temer para uma aliança com o MDB nas eleições para o governo do estado. 

Nesta terça-feira (17), as principais lideranças do partido no Pará participaram de uma reunião com o principal adversário da família Barbalho: Márcio Miranda. 

No evento convocado pelo deputado federal Joaquim Passarinho, os deputados estaduais Coronel Neil, Júnior Ferrari e Gesmar Souza, assim como importantes prefeitos, vice-prefeitos e alguns vereadores que juntos representam a maioria do partido, demonstraram repúdio à imposição do PSD nacional, diante da possibilidade do partido vir a apoiar a candidatura de Helder Barbalho. 

Em uma clara demonstração de unidade do partido, a maioria dos integrantes da chapa proporcional fez questão de participar do encontro. Os líderes do PSD paraense reforçaram a importância de seguir acompanhando a pré-candidatura de Márcio Miranda (DEM) e de resistir a qualquer interferência externa, afirmando que estavam ali representando seus eleitores e esta foi uma posição tomada após conversas com suas bases populares. 

Márcio Miranda agradeceu o apoio importante de parte significativa do partido e aproveitou para apresentar as principais linhas de ação, caso seja eleito governador do Pará, com fortes ações na área social e políticas públicas para o desenvolvimento, com investimentos em infraestrutura, saúde e educação. 

Estiveram presentes três dos quatro pré-candidatos a deputado federal sete dos 12 pré-candidatos a deputado estadual, mas por estar viajando, o presidente do PSD no Pará e ex-vice-governador Helenilson Pontes não compareceu ao evento, mas cogita-se que ele, junto com o deputado federal delegado Eder Mauro e o vereador de Belém, Sargento Silvano são os únicos que estão mais voltados a apoiar a pré-candidatura de Helder, o que demostra um racha no partido, que pode trazer grandes problemas para o futuro da legenda no Pará.

segunda-feira, junho 04, 2018

Lançamento da pré-candidatura de Márcio Miranda provoca reações da família Barbalho

Helder Barbalho e Márcio Miranda lideram as pesquisas eleitorais e polarizam a disputa pelo governo do Estado.

Por Diógenes Brandão 

Não foi a primeira e nem será a última vez que o jornal Diário do Pará é usado para atacar adversários da família proprietária, que além de disputar a hegemonia política no Estado do Pará é detentora de diversos veículos de comunicação que tornam-se armas poderosas contra quem ameace seus objetivos eleitorais e empresariais.

Com o início da campanha eleitoral, a política pega fogo e os grupos e partidos que concorrem entre si, iniciam uma verdadeira guerrilha pró e contra os principais nomes apresentados para o pleito.

Com a polarização da disputa pelo governo do Estado estabelecida entre Helder Barbalho (MDB) e Márcio Miranda (DEM), o jogo tende a esquentar a cada semana que nos separa do dia D. Até lá, a disputa elevará o tom das torcidas organizadas e desorganizadas, nas redes sociais e nos veículos de comunicação, que embora não devessem pertencer à políticos, acabam sendo usados para desestabilizar o necessário e utópico equilíbrio midiático que as campanhas eleitorais deveriam ter.


Exemplo disso, foi o uso da coluna Repórter Diário, do jornal Diário do Pará, que de forma sensacionalista usou o falecimento de uma idosa, moradora do município de Castanhal, com o claro objetivo de constranger o adversário de Helder Barbalho, herdeiro político do senador Jader Barbalho e da deputada federal Elcione Barbalho, ambos dirigentes do (MDB) e donos do jornal, portal, tv e rádios de sua família. 



A nota publicada no jornal utilizou-se de mensagens distribuídas anteriormente nas redes sociais e grupos do Whatsapp, onde houve uma ação orquestrada para atacar o lançamento da pré-candidatura ao governo, do deputado estadual e presidente da ALEPA, Márcio Miranda, prevista para esta quinta-feira, 07.

Diferente dos outros adversários da família Barbalho, Márcio Miranda não partiu para o contra-ataque e limitou-se a desmentir o conteúdo publicado no jornal e nas mídias digitais com uma Nota de Esclarecimento sobre o fato.




sexta-feira, março 09, 2018

Efeito Lava-Jato? Márcio Miranda reúne-se com a cúpula do seu partido em Brasília, mas não tem registro dela

Ao lado dos seus conterrâneos, Márcio Miranda posa para foto em evento que tinha como destaque, dois líderes do seu partido, mas não há registro deles com o pré-candidato ao governo do Pará. Estranho, não?

Por Diógenes Brandão

Pré-candidato ao governo do Pará pelo DEM, o deputado estadual e presidente da ALEPA, Márcio Miranda informou os seguidores de sua fanpage, que foi à Brasília nesta quinta-feira (09) participar do lançamento da pré-candidatura de Rodrigo Maia à presidência do Brasil e não fez sequer uma foto com o mesmo e nem com o novo presidente nacional do seu partido, o prefeito de Salvador e herdeiro da dinastia Magalhães na Bahia, o ACM Neto.

O deputado paraense que é apontado como predileto do governador Simão Jatene (PSDB) à sua sucessão, nas eleições deste ano e que aparece em segundo colocado na pesquisa DOXA - a última realizada no Estado do Pará - limitou-se a registrar sua presença ao lado dos seus correligionários paraenses. 

Não se sabe se o motivo da falta do registro com os dois principais personagens do evento, realizado pelo DEM, foi por falta de prestígio de Márcio Miranda na cúpula nacional do seu partido, ou se foi uma forma dele evitar estrategicamente a vinculação de sua imagem à abalada reputação do deputado carioca Rodrigo Maia, acusado de corrupção e lavagem de dinheiro pela PF, assim como à imagem de ACM Neto, o "Anão" da Odebrecht, que segundo André Vital, ex-diretor e delator na Lava Jato, teria recebido ilegalmente para sua campanha a prefeito de Salvador, 1,8 milhões em dinheiro vivo.

Leia a postagem de Márcio Miranda e tire suas conclusões:

segunda-feira, fevereiro 26, 2018

Doxa: Helder patina em torno de 30% desde julho de 2017

Com 33,4% das intenções de voto, Helder Barbalho estaciona em uma margem preocupante para sua eleição como governador do Estado do Pará.

No blog do João Carlos

A pesquisa realizada pela Doxa para medir a intenção de voto dos paraenses, no que se refere à eleição para o governo do Estado, mostra que o pré-candidato do MDB, ministro Helder Barbalho, parece ter mesmo estagnado em torno dos 30%. Desde julho do ano passado, o emedebista não consegue descolar desse número, em todas as medições realizadas pelo instituto.  

Na série de pesquisas realizadas pela Doxa do início do ano passado até agora, Helder Barbalho começou com 21,7% em maio de 2017. Em julho, saltou para 30%, subindo mais de oito pontos em apenas dois meses. Na medição de novembro passado, o pré-candidato do MDB obteve quase o mesmo índice de quatro meses antes e ficou com 30,1% das intenções de votos. Agora, no levantamento divulgado no último sábado (24), alcançou 33,4%.

Na mesma série histórica, o presidente da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), Márcio Miranda (DEM), começou em maio de 2017 com 2,1%. Na pesquisa de julho, obteve 4,9% das intenções de voto dos entrevistados. Em novembro, logo depois de ter seu nome anunciado como pré-candidato da situação, Miranda cresceu mais de sete pontos, ficando com 12,2%. Agora, na pesquisa de fevereiro de 2018, também aparece estável, com 13,8%.  

O senador Paulo Rocha, por sua vez, aparecia com 5,9% na primeira pesquisa. Em julho, caiu para 4,9%, dentro da margem de erro, portanto. Em novembro manteve os 4,9%. Agora, Rocha tem 7,8% das declarações de votos dos dois mil entrevistados pela Doxa neste mês de fevereiro.



Para o pré-candidato do MDB, os números podem não ser tão animadores como parecem à primeira vista. O fato de ser o único nome claramente colocado como postulante à cadeira principal do Palácio dos Despachos até novembro passado – sem falar na enorme visibilidade que tem à frente do Ministério da Integração – deveria ter lhe dado fôlego maior, na visão de alguns experientes analistas políticos. Estar patinando em torno dos 30% há sete meses, mesmo com a enorme exposição nas redes sociais e na Imprensa durante todo esse tempo, já é motivo mais do que suficiente para acender a luz de alerta entre os estrategistas do MDB.  

Pesquisa aponta outros problemas para Helder 

Para aumentar o nível de preocupação, a pesquisa Doxa traz outro dado alarmante para Helder Barbalho e sua assessoria. É que 64,2% dos eleitores afirmam que não votam de jeito nenhum em candidato citado na operação Lava Jato. Como é do conhecimento público, o ministro foi citado, há não muito tempo, por delatores da empreiteira Odebrecht. Segundo o que foi publicado à época, Helder foi acusado de receber recursos de caixa dois da empresa para sua campanha ao governo do Pará, em 2014. Ele nega ter recebido o dinheiro e diz que todas as doações foram contabilizadas na prestação de contas enviada à Justiça Eleitoral.  

Pesquisa aponta alta rejeição a citados na Operação Lava Jato (Fonte: Doxa Pesquisa)

Na semana passada, quem apareceu na delação de dois operadores de propina no esquema da Petrobrás foi o pai de Helder, o senador e ex-governador Jader Barbalho. Segundo os delatores, em depoimentos enviados para homologação do STF pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, Jader, o também senador Renan Calheiros (AL) e o deputado federal Aníbal Gomes (CE), todos do MDB, teriam recebido dinheiro ilícito para dar sustentação política a diretores corruptos da companhia. Todos, claro, negam participação em qualquer irregularidade, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) pede a devolução de R$ 10 milhões aos cofres públicos.  

Dois mil eleitores foram entrevistados pela Doxa, em todas as regiões do Estado, no período de 15 a 21 de fevereiro deste ano. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.  

A pesquisa foi registrada no TRE-PA sob o número de protocolo PA-02222/2018. O estatístico responsável pelo levantamento é Luiz Carlos Ferreira Feitosa (CONRE 9477).

sexta-feira, fevereiro 16, 2018

Pesquisa IBOPE aponta Helder isolado na liderança e Márcio Miranda rebaixado



Por Diógenes Brandão

No último sábado, a leitura de uma postagem do blog Ver-o-Fato, assinado pelo jornalista Carlos Mendes, me fez acionar uma fonte ligada à Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Pará para checar se era verdadeira a informação de que a entidade seria a contratante de uma pesquisa IBOPE que indica a liderança isolada de Helder Barbalho (MDB), que aparece como favorito absoluto ao cargo de governador do Estado para as eleições de Outubro e rebaixa seu principal rival, o deputado estadual e presidente da ALEPA, Márcio Miranda (DEM), ao percentual de apenas 2 pontos.

Eis a publicação do blog Ver-o-fato:


Embora sob a insatisfação de pecuaristas e associados do agronegócio no Estado, que cobram no Ministério Público a prestação de contas da entidade e também do Fundepec, a Federação da Agricultura e Pecuaria do Estado do Pará (Faepa) parece estar nadando em dinheiro.   

Sem antes nunca ter entrado na seara de pesquisas eleitorais, o presidente da entidade, Carlos Xavier, ligado umbelicalmente ao PMDB de Jader Barbalho, decidiu contratar o Ibope, pagando R$ 77 mil por uma pesquisa registrada ontem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e cujo resultado está previsto para ser divulgado no próximo dia 15.  

A pesquisa é para o governo do Estado e Senado, mas o que alguns associados questionam é: qual o interesse de Carlos Xavier em gastar recursos da entidade se ele sempre alega nas reuniões ter dificuldades para pagar clientes e fornecedores?    

"A Faepa não possui um corpo técnico e jurídico à altura das demandas do setor, porque enfia todo o dinheiro que arrecada não se sabe onde. Mas tem dinheiro poara financiar uma pesquisa no início do ano para uma eleição que só acontecerá em outubro", comenta um pecuarista.  Outro associado, acrescenta: "o que isso pode trazer de benefícios para o setor produtivo? Gastam ao bel prazer, nosso dinheiro está indo para o ralo. A politicagem corre solta no palácio da agricultura. O Funrural não interessa, mas pagar pesquisa para dar uma de poderoso, que inerfere na política paraense, isso o Xavier faz".  É esse o resultado do ibope?  

Uma voz da Faepa canta o resultado da pesquisa que, para variar, traz Helder Barbalho (PMDB ) na frente. Vamos ver se o Ibope Inteligência confirma os números:  Para o governo, Helder (PMDB), 38%; Paulo Rocha (PT), 16%; Úrsula Vidal (REDE), com 8%; e Márcio Miranda (DEM), 2%.  

A Faepa incluiu entre os candidatos, além de Helder, Paulo Rocha, Úrsula e Márcio Miranda, os nomes de Charles Alcântara, Manoel Pioneiro e Zenaldo Coutinho. Também fez várias simulações de disputa entre os candidatos, para o primeiro e segundo turno. 

Segundo a fonte consultada pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, a publicação de Carlos Mendes, estava em parte correta, mas a pesquisa será anunciada apenas neste próximo domingo (18) e não na quinta-feira (15), tal como a postagem afirmou e realmente não foi. 

O motivo é conhecido por todos que acompanham a política paraense: A divulgação do resultado final da pesquisa IBOPE/FAEPA será feita pelo jornal Diário do Pará, no dia em que há a maior procura pelo impresso pertencente à família do pré-candidato, que coincidentemente é o principal beneficiado com os números que serão apresentados.

A fonte deste blog também alertou que os números serão anunciados podem variar dos que "vazaram" antes do prazo estabelecido pelo TSE para a divulgação de pesquisas registradas, mas Helder continuará encabeçando com ampla vantagem sobre os demais pré-candidatos ao governo e Márcio Miranda, deve continuar entre os menos citados pelos entrevistados.

Pesquisadores de outros institutos, cientistas políticos e demais pessoas ouvidas por este blog, dizem que esperam com ansiedade o resultado final da pesquisa IBOPE/FAEPA para realizarem suas análises, as quais deverão se opor ao que será publicado pelo jornal Diário do Pará.

segunda-feira, janeiro 22, 2018

Rodrigo Maia, o otimista

Rodrigo Maia: “Tenho 1% na pesquisa e o dia que eu tiver 7% as coisas melhoram muito”.

Por Milton Hatoum, em sua fanpage

Muitos políticos são apenas cínicos e ignorantes; outros, repugnantes e cruéis. E não são poucos os que reúnem outras tantas “qualidades”, que o leitor pode intuir num piscar de olhos.  

Li em vários jornais que Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, afirmou em Washington que o programa bolsa família escraviza as pessoas. “Criar um programa para escravizar as pessoas não é um bom programa social. O programa bom é onde você inclui a pessoa e dá condições para que ela volte à sociedade e possa, com suas próprias pernas, conseguir um emprego.”  

Hoje, Washington talvez seja mesmo a cidade ideal para esse tipo de político anunciar sua candidatura à presidência do Brasil. O programa bolsa família foi criado no governo FHC e ampliado no governo Lula. Nas duas últimas décadas, esse programa social tirou da miséria absoluta milhões de famílias brasileiras.  

O deputado Rodrigo Maia, mais um cínico profissional, esconde a taxa de desemprego do atual governo. Ele defende a reforma da previdência, como se fosse um elixir mágico, capaz de gerar milhões de empregos. A magia consiste em enxugar o Estado e implementar uma política de desenvolvimento. Mas ele não diz nada sobre o Refis para as grandes empresas. Nenhuma palavra sobre a corrupção na Caixa Econômica e no ministério desse governo que ajudou a colocar no poder naquela noite memorável do impeachment. Nenhuma palavrinha sobre o aumento da taxação de impostos dos mais ricos. E que silêncio sepulcral sobre as regalias afrontosas dos membros do alto escalão dos três poderes! E que silêncio de campo-santo sobre as dívidas (INSS) das grandes empresas. E nadinha, nenhuma sílaba ou oração (coordenada ou subordinada) sobre a imunidade tributária a templos religiosos, mesmo sabendo que muitos deles cobram dízimos dos desvalidos.  

Maia (filho de um ex-esquerdista possuído por uma piração folclórica enquanto prefeito do Rio) sonha com a presidência. “Tenho 1% na pesquisa e o dia que eu tiver 7% as coisas melhoram muito”, declarou ao Valor Econômico (17/01/2018).  

Ele consegue ser mais otimista que o mais ridículo dos otimistas da literatura: Pangloss, do “Candide” de Voltaire. Será que Rodrigo Maia, o otimista, esqueceu os inquéritos contra ele e seu pai? São inquéritos que investigam crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Este é o presidente da Câmara dos deputados e futuro candidato ao palácio do planalto (se chegar a 7% e Pangloss ajudar).

sábado, janeiro 13, 2018

O principal adversário de Márcio Miranda é a sombra de Simão Jatene e seu partido, o PSDB

Apoiado do Simão Jatene, Márcio Miranda precisa se descolar e manter o apoio ao mesmo tempo.

Por Diógenes Brandão

Eleito por 3 vezes consecutivas como presidente da ALEPA -  Assembleia Legislativa do Pará, o deputado estadual Márcio Miranda (DEM) tornou-se o principal candidato ao governo do Estado, no que podemos chamar base aliada do atual governador Simão Jatene (PSDB).

O que falta em carisma, sobra em articulação política, sobretudo nos bastidores, onde Márcio é quase uma unanimidade, quando se trata de cordialidade com todos os partidos e respeito aos acordos fechados com prefeitos e seus colegas deputados. No entanto, a sombra do governo tucano já lhe mostra uma necessidade urgente em sua pré-campanha: Descolar-se do governador e seu partido, o PSDB.

Com uma rejeição alta, Simão Jatene tenta apresentar Márcio Miranda como seu sucessor, mesmo que não tenha partido de sua vontade a evolução política que o presidente da ALEPA soube galgar durante os 05 mandatos consecutivos como deputado estadual e o 3º também consecutivo como presidente da ALEPA, feito inédito no parlamento estadual. 

No entanto, Márcio Miranda tem dado sinais de que sabe que precisa do apoio e companhia do governador, em alguns lugares e situações, como inaugurações de obras e entrega de serviços por parte do governo, em algumas regiões do Estado, como no nordeste paraense, onde fiscalizaram a obra de pavimentação da PA 242, que liga os municípios de Castanhal à Santo Antônio do Tauá, assim como em Santa Isabel, onde assinaram a ordem de serviço da recuperação da PA 410. 


Nesta mesma tarde, Márcio Miranda e Simão Jatene, acompanhados de deputados estaduais, federais e do senador Flexa Ribeiro, entregaram 38 títulos de terras para produtores da zona rural de Santo Antônio do Tauá. 

O fim da primeira caminhada do ano, do governador Simão Jatene e Márcio Miranda, pelo Nordeste paraense, reduto eleitoral de ambos, foi noticiada pela fanpage Política Pará.


Já ontem (12), durante o aniversário de 402 anos de Belém, o governador Simão Jatene evitou participar do ato em comemoração da data, ao lado de Zenaldo Coutinho (PSDB), que entre aplausos de assessores e apoiadores, foi vaiado pela população e feirantes do ver-o-peso, o principal cartão postal da cidade, que se encontra deteriorado e quem o prefeito prometeu reformar há 02 anos atrás, quando disputou a reeleição e até hoje não há nem previsão das obras iniciarem, mesmo que o dinheiro já tenha sido repassado pelo governo federal.

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quinta-feira, janeiro 11, 2018

Exclusivo: Jatene dá a largada para eleger seu sucessor

Por Diógenes Brandão

Durante a assinatura da ordem de serviço de pavimentação e drenagem da PA 416, em Santa Izabel, o governador Simão Jatene (PSDB) startou a pré-campanha de Márcio Miranda (DEM), que ao seu lado andou pelas ruas da cidade, onde a prefeitura anunciou como a maior obra de infraestrutura e saneamento já realizada no distrito de Americano.

A cena foi enviada neste instante, por um leitor do blog que pediu para não ser identificado.

Assista:


Em sua primeira aparição pública do ano eleitoral, Simão Jatene iniciou sua caminhada pelo nordeste paraense em Castanhal, passando por Inhangapi, Santo Antônio do Tauá e Santa isabel, terminando em um palanque em Santa Izabel, acompanhado pelos deputados estaduais Eliel Faustino, Milton Campos, Tiago Araújo, Márcio Miranda e dos federais Arnaldo Jordy e Hélio Leite, além do Senador Flexa Ribeiro.





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segunda-feira, janeiro 08, 2018

2018: O ano eleitoral inicia sem ninguém ter certeza de nada



Por Diógenes Brandão

Já é de algum tempo que analistas, jornalistas e blogueiros da área política, preveem que 2018 será um ano de suma importância para mudanças políticas no Brasil. Alguns arautos chegaram a dizer que antes do raiar de 2019, a corrupção será aniquilada nas urnas, que nenhum candidato ficha-suja será reeleito e que a Lava Jato enterrará partidos que tiveram seus dirigentes condenados pela justiça do Paraná, ou pelo STF. 

Nada disso ainda aconteceu e pelo andar da carruagem, pouco mudará. 

Você pode achar que estou sendo pessimista, mas a impressão que tenho é de estar sendo realista diante dos fatos e acontecimentos que vivenciamos no país. 

A classe política pode até se matar para chegar e permanecer no poder, mas é igualmente corporativista o bastante para não suicidar-se coletivamente, implementando leis e medidas que permitam que as raposas mantenham o controle do galinheiro. 

Por isso, mesmo sob protestos e uma grande sensação de rejeição perante a opinião pública, os políticos tradicionais seguem no controle de tudo, mandando e desmandando nos três poderes da República, e, as "novas" regras eleitorais, praticamente não mudaram em relação ao que foi implantado em 2016. 

O financiamento empresarial, por exemplo, desde então está proibido, mas quem acreditou que as empresas deixaram de patrocinar prefeitos e vereadores que disputaram as eleições passadas, só pode sofrer de algum surto de ingenuidade.

QUEM SÃO OS PLAYERS?

No Brasil, Lula segue na dianteira de todas as pesquisas e o mais incrível, depois de todo o massacre que sofre pelo bombardeio da grande mídia e nas mídias sociais: É também o menos rejeitado entre os seus principais adversários. 

O PSDB luta internamente para garantir que o governador Geraldo Alckimin, seja o candidato tucano, mas até FHC - Presidente de Honra do partido, já amaldiçoou o colega. O DEM bate na mesa e diz que chegou a sua vez de ter o apoio do PSDB e apresenta pela primeira vez um tom de que realmente vai lançar um candidato ao planalto.

No Pará, o ministro Helder Barbalho (PSDB) canaliza todos os seus esforços e recursos para ultrapassar a margem dos 30% nas pesquisas, mas não passa disso, mesmo tendo aval do presidente Michel Temer para participar de inaugurações de obras, entrega de equipamentos e cheques de plástico em diversos municípios do Estado. 

Uma dedicação que nem sempre se concretiza, afinal são inúmeros prefeitos que reclamam nos bastidores de estarem com notas empenhadas, mas não terem visto até agora a cor do dinheiro comprometido.

O PSDB agoniza internamente e tenta esconder que esteja vivendo sua realidade mais pura e cruel: Quem manda no partido é quem está com a caneta e as mãos do governador Simão Jatene já assinaram a carta sucessória do poder para o deputado estadual e presidente da ALEPA, Márcio Miranda (DEM). 

Assessores do prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB), ainda tentam forçar a barra e jogar suas últimas cartas para o tabuleiro da convenção estadual dos tucanos, mas os principais dirigentes do partido já sabem, inclusive o próprio Pioneiro, de que o melhor caminho é seguir o que o "chefe" orientou.

Márcio Miranda, por sua vez, reúne-se com empresários, prefeitos, vereadores, dirigentes partidários, mas falta-lhe visibilidade e carisma perante a população e a sociedade civil. Reconhecido perante seus pares e pela elite política paraense, como um hábil negociador e generoso homem público, Márcio ainda não conseguiu demover o interesse do principal prefeito do DEM, o seu partido, em apoiar Helder Barbalho. O povo de Santarém sabe muito bem disso.

O vice-governador Zequinha Marinho (PSC) continua sua saga em posicionar-se como sucessor natural do governador Simão Jatene, nem que seja pelos 06 meses que este deve se licenciar para poder concorrer a algum cargo. Entre uma vaga como conselheiro vitalício no TCM, no senado, ou na Câmara de Deputados, Zequinha diz que espera a saída de Jatene para concorrer ao cargo de governador, sentado na cadeira de Jatene, o que faz o governador a ter que dizer que se manterá no cargo até o dia 31.12.2018, quando termina de fato o seu mandato.

Jatene responde a processos que podem lhe cassar os direitos políticos e deixá-lo vulnerável e por isso, até mesmo ser preso por alguns dias, mas não quer perder o poder de influência que exerce, mesmo tendo declarado apoio a outro candidato de fora do seu partido, ao ter que se licenciar e passar a caneta a Zequinha Marinho, que já avisou que trocará toda a equipe e iniciará um novo governo, tão logo assuma o comando do Estado.

Na esquerda, o nome de Úrsula Vidal ganha destaque nas redes sociais e nas pesquisas realizadas na Região Metropolitana, mas a candidata da REDE tem dificuldades para se locomover e ampliar sua base eleitoral para outras regiões do Estado. Pelo PT, o senador Paulo Rocha foi lançado pré-candidato ao governo do Pará e o deputado federal Zé Geraldo ao senado, mas ambos aguardam o julgamento do recurso de Lula, marcado para o próximo dia 24, pois se ele não for candidato, dificilmente os petistas terão alguma chance de realmente emplacarem uma chapa competitiva.

Há no entanto, desejos até outrora inconfessáveis que começam a se revelar por parte de partidos que sempre orbitaram entre os governos e candidaturas do PMDB e do PSDB, em barganhar as duas vagas, das três que o Pará tem no senado. Nomes como Lúcio Vale (PR), Sidney Rosa (PSC) e de Adnan Demarchi (PSDB), se posicionam bem em diversas regiões do Estado, dialogando principalmente com o setor produtivo de alta escala (fazendeiros, madeireiros, agropecuários, industriais e comerciantes de grande porte). A FIEPA nunca esteve tão dividida, me confessou um atento observador da instituição.

O problema desta equação para a ocupação das duas vagas do senado é justamente a presença dos dois senadores que já se encontram sentados nas suas cadeiras e que não dão sinais de querer abrir mão delas para os pretensos sucessores. Tanto Flexa Ribeiro (PSDB), quanto Jader Barbalho (PMDB), nunca disseram que abrem mão de disputar a reeleição, muito embora haja especulações de que Jader esteja mais preocupado com a eleição do filho ao governo, mas assim como Simão Jatene, sabe que não pode ficar sem cargo político e perder a imunidade parlamentar, arriscando também ser preso novamente.

É possível que os demais pré-candidatos possam reclamar de não terem sido citados, mas o blog tem visualizado pesquisas e conversado com diversas lideranças, dos mais diversos partidos, assim como de entidades classistas e ouvido posicionamento de pessoas influentes no meio rural e empresarial, que refutam qualquer ilusão em relação à grandes novidades neste cenário eleitoral, ainda muito incerto e duvidoso, onde quem hoje se apresenta com pretensões ao governo ou ao senado, pode vir a se contentar com uma vaga na ALEPA, ou no máximo na Câmara dos Deputados, apesar de não admitirem.

Para todos os players, a campanha eleitoral já começou, mas ela se mantém nos bastidores, reservada a diálogos com prefeitos, lideranças política, empresarias, equipes de marketing e demais profissionais que começam a ser convocados para realizar pesquisas, análises e projeções estratégicas. É verdade que nem todos possuem condições de visitar os municípios ou montar equipes de trabalho, tal como citado acima, mas quem pensa realmente em se eleger, principalmente aos cargos majoritários, precisa atuar com o profissionalismo que o momento exige, mas que mesmo assim não lhes garante nada.

Em suma, a vitória é sempre uma soma de esforços, pessoas e recursos materiais e subjetivos, com a confiança e o poder de agregar corações e mentes.

A única coisa certa é que assim como essa, outras análises estão sendo formuladas, todas com o intuito de criar uma narrativa aos interesses de grupos e candidaturas, ou simplesmente externar uma avaliação a partir do prisma que cada um tem, como é o caso deste blog, que completou 11 anos em Dezembro passado, talvez com mais acertos do que erros, mas não menos humilde em reconhecer que ainda há muito jogo a ser jogado e quem decide de fato as coisas são os eleitores. 

Espero que dessa vez eles acertem!

terça-feira, dezembro 05, 2017

Helder lidera, e Márcio Miranda está em 2º, aponta DOXA

Na disputa pelo governo do Estado, Helder Barbalho (PMDB) mantém a liderança, seguido por Márcio Miranda (DEM).

Por Diógenes Brandão, com informações da DOXA Pesquisa

Terceira pesquisa eleitoral de abrangência estadual realizada este ano pelo Instituto Doxa, revela que o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB) mantém a liderança na preferência do eleitor paraense, seguido pelo deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Pará, Márcio Miranda (DEM). 

A comparação das três pesquisas são fundamentais para analisar o atual cenário, sobretudo em relação aos nomes que se apresentam como os principais pré-candidatos ao governo do Pará.

A pesquisa foi realizada entre os dias 26 e 29 de Novembro e contou com 1.985 entrevistas, com a Margem de Erro de 3,5% e o Intervalo de Segurança de 95%.

Outro dado que merece atenção é o fato de 64,5% da população paraense dizer que não votaria de jeito nenhum em um candidato citado na Lava Jato.


O blog AS FALAS DA PÓLIS divulgará em separado os demais dados coletados pelo mais novo estudo eleitoral realizado pela DOXA Pesquisa, tais como de preferência para presidente da república e os principais problemas apontados pelos paraenses.

Vejam os números da comparação entre as últimas três pesquisas da DOXA:


INTENÇÃO DE VOTOS PARA GOVERNADOR DO PARÁ

Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria para governador do Pará (Estimulada)?


Sendo Helder Barbalho o candidato do PMDB, Márcio Miranda tendo sido indicado como o candidato da base do governador Jatene e os demais do campo mais à “esquerda”, Helder fica com 30,1%, contra 12,2% de Márcio Miranda e 8,7% de Edmilson Rodrigues. O índice de indecisos é de 40,2%.


COMPARATIVO ENTRE A INTENÇÃO DE VOTO EM HELDER BARBALHO E MÁRCIO MIRANDA

Se a eleição fosse hoje, em quem você votaria para governador do Pará (Estimulada)?

Na intenção de votos para governador, percebe-se que o candidato mais citado pelos entrevistados continua sendo Helder Barbalho, porém ele estancou na margem dos 30 pontos percentuais, seguido por Márcio Miranda que vem tendo um crescimento surpreendente, se compararmos as pesquisas de Maio com a de Novembro.

ÍNDICE DE REJEIÇÃO ENTRE OS PRINCIPAIS PRÉ-CANDIDATOS AO GOVERNO DO ESTADO:

Se a eleição fosse hoje em quem você NÃO votaria  para Governador em 2018?


Na linha histórica de rejeição de pré-candidatos, Helder Barbalho mantém-se o mais rejeitado, chegando em novembro com 20,1%. Edmilson Rodrigues tem a segunda maior rejeição, seguido de Úrsula Vidal, colada com Paulo Rocha. Márcio Miranda teve uma pequena subida em sua rejeição, mas mantém-se como o menos rejeitado.

APROVA OU DESAPROVA A OPERAÇÃO LAVA JATO?

Em relação à operação Lava jato, que está investigando casos de corrupção envolvendo políticos e empresários no Brasil, você a aprova ou desaprova? 


A pesquisa mostra que mais de 80% dos paraenses aprovam a operação Lava Jato que está investigando casos de corrupção envolvendo políticos e empresários no Brasil. Apenas 8,7% desaprovam e 7,7% são indiferentes em relação à ela.

VOCÊ VOTARIA EM ALGUM CANDIDATO CITADO NA LAVA JATO?

Na hora de votar em algum candidato para qualquer cargo, você votaria em alguém que foi citado na operação Lava Jato?

O impacto da operação lava jato nas eleições 2018 foi medido nas três pesquisas, sendo que de acordo com os dados da última pesquisa, 64,5% dos paraenses não votariam em nenhum candidato que tenha sido citado na mesma. Apenas 5,7% votariam, enquanto 12,5% poderiam votar.

terça-feira, outubro 10, 2017

O papel da arte é fazer pensar. Pense, MBL! Pensem, religiosos! Pense, povo!

Jesus Cristo com a Deusa Shiva, 1996. by Fernando Baril. 

Por Claudio Carvalho

Depois dos arroubos de descontentamentos via redes sociais protagonizados por representantes do MBL (Movimento Brasil Livre) e por alguns religiosos, a exposição “Queer Museus”: Cartografias da diferença na arte brasileira, no museu Santander, em Porto Alegre, que reunia 85 artistas, incluindo os mundialmente conhecidos Alfredo Volpie e Cândido Portinari foi suspensa e cancelada. Os arautos da censura bradaram que o acervo e as obras indicadas para compor a exposição faziam demasiado apologia à pedofilia e à zoofilia. Um emaranhado de teses reacionárias, aliadas de preconceitos exorbitantes. 

Essa não é a primeira vez que essa entidade chamada MBL, que parece ter fortalecido sua visibilidade na vida social brasileira, contemporaneamente no período de maior ascensão das políticas contra o povo, promovido pelo atual governo. Essa entidade, suspeita-se, que, financiada por empresários e por partidos políticos conservadores e de direita, principalmente o PSDB, DEM e PMDB, protagoniza situações vexatórias de desconhecimento sobre a realidade social brasileira e a dimensão da nossa educação, arte e da cultura. 

Também é notório seu comportamento perante as questões sobre as prerrogativas e os avanços dos direitos humanos no Brasil, às vezes negando; outras tantas, negando e emperrando continuidade, protagonizando clara oposição ás lutas históricas do nosso povo. 

O MBL é um movimento declaradamente a serviço dos atuais donos do poder em nosso país.  

Não podemos descartar a similaridade desse ataque frontal, via redes sociais, com agressões verbais e morais, sobre a organização e realização de um evento cultural social, nos meandros da nossa triste história recente, quando esse país foi governado por militares em Estado de Exceção permanente. 

Quem tem ouvidos ouça e lembre-se, o teatro e a peça Roda Viva, naquela época, chegaram a ser proibidos pela ditadura militar e as pessoas que compunham o seu elenco sofreram violências físicas e destruição total do cenário e dos figurinos. Tudo isso protagonizado por entidades como CCC (Comando de Caça aos Comunistas), entre tantas outras, que são legitimadas por um estado político que não expressa a vontade da maioria do povo, nem da totalidade da nossa sociedade. 

Hoje foi a exposição e museus; amanhã, vão ser os livros e a literatura? Depois a música e o cinema? 

A arte e a cultura são instrumentos para promover pensamento, educação, acesso, inclusão, fortalecer e abraçar debates. 

Vejam que a exposição “Queer Museus”: Cartografias da diferença na arte brasileira em sua concepção e composição desperta e provoca tudo isso. Não esperem da arte e da cultura aprisionamentos, que não conseguirão. 

Não há nenhuma possibilidade para o fazer criativo de negociação sobre limitações e restrições à sua liberdade de manifestação e criação. Uma boa produção artística não é aquela que nasce para prescrever e impor regras, mas aquela que traz à tona e faz discutir questões relevantes para a sociedade independente dos credos e dogmas da variedade de seguimentos que compõem o tecido social. 

Ninguém deu autoridade legal e/ou política a um grupo de reacionários, empoeirados e ultrapassados mediarem censura prévia àquilo que historicamente nossa cultura já reconhece como desafios a serem expostos para que a sociedade possa expressar suas opiniões, buscar soluções e não as mascarar como pretendem essas entidades. O papel da arte é fazer pensar. Pense, MBL! Pense, Religiosos! Pense, povo!

*Claudio Carvalho é Educador e Técnico em Gestão Cultural, nascido e criado em Belém do Pará.

quarta-feira, julho 05, 2017

Pesquisa ao governo: Helder Barbalho e Ana Júlia lideram a preferência e a rejeição do eleitor paraense

Por Diógenes Brandão, com informações do Instituto Paraná Pesquisas

Pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas revela que se as eleições para o governo do Pará fossem hoje, Helder Barbalho (PMDB) e Ana Júlia (PT) venceriam o primeiro e disputariam o segundo turno.

Clique no gráfico abaixo e veja os resultados do cenário, onde os nomes dos pré-candidatos Helder Barbalho (PMDB), Ana Júlia Carepa (PT), Manoel Pioneiro (PSDB), Úrsula Vidal (REDE), Márcio Miranda (DEM), Sidney Rosa PSB), Marinor Brito (PSOL) e de Adnan Demachki (PSDB) foram apresentados aos entrevistados:



No segundo cenário, onde incluiu-se o nome do prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB), o resultado é o seguinte:



No terceiro e último cenário, onde foi incluso o nome do secretário de Estado do governo Simão Jatene, Adnan Demachki (PSDB), os números ficaram assim:


Quando se trata do ranking da rejeição, a pesquisa do Instituto Paraná Pesquisa nos mostra o seguinte resultado:


terça-feira, maio 30, 2017

PSB apresenta pré-candidatura de Sidney Rosa ao governo do Pará

Em inauguração da nossa sede do partido, lideranças estaduais do PSB revelaram planos do partido para 2018. 

Por Diógenes Brandão

Com a presença de lideranças do partido, entre os quais o seu presidente nacional, o PSB apresentou sua principal estratégia eleitoral para 2018: Lançar a candidatura do atual deputado estadual Sidney Rosa ao governo e do deputado estadual Cássio Andrade como deputado federal.

Realizada na noite desta segunda-feira (29), em Belém, a inauguração da nova sede estadual do PSB contou com a presença de diversas lideranças política. Na abertura do evento, o presidente estadual do partido, Cássio Andrade, fez um breve resgate sobre a história da legenda no estado, lembrando da importância do ex-senador Ademir Andrade, seu pai que fundou e levou o PSB aos quatros cantos do Pará. Ao lado de deputados e vereadores, Cássio fez a apresentação dos presentes, entre os quais, o convidado de honra da noite, o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.

Entre os presentes, o vereador eleito por Ananindeua e atual secretário de cultura de Ananindeua, Fábio Figueiras, que lembrou do legado do partido no estado e no cenário nacional, destacando a campanha de Eduardo Campos a presidente do Brasil em 2014, quando com seu nome, o partido foi muito longe.

O vice-prefeito de Belém, Orlando Reis, deu as boas vindas ao presidente nacional do PSB em nome do prefeito da cidade e depois de revelar que não será mais candidato nas próximas eleições, disse que vai se dedicar à campanha de eleitoral de Cássio Andrade para a câmara dos deputados, uma das prioridades do partido para 2018.

Michel Durans, atual secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado do Pará, disse que se orgulha de fazer parte do PSB e que o Brasil e o Pará precisam se preocupar com o desenvolvimento social para fazer com que haja justiça de fato.

O prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB), admitiu ser pré-candidato ao governo do Estado, dizendo de forma metafórica de que joga melhor como centro-avante, mas se for para ocupar outra posição, ele certamente atuará e quer jogar junto com times como o do PSB.

Presidente da ALEPA, Márcio Miranda (DEM) falou da importância do PSB no Brasil e no Pará.

O presidente da ALEPA, dep. estadual Márcio Miranda (DEM), saudou os integrantes do partido e destacou os valores e a importância das duas principais lideranças do partido no Pará: Cássio Andrade e Sidney Rosa, pré-candidatos do PSB a deputado federal e ao governo do Estado, respectivamente.  

Márcio Miranda foi enfático ao dizer que acredita que mesmo que o DEM e o PSB sejam partidos de porte mediano, “com o esfacelamento das estruturas partidárias e as investigações que recaem sobre as principais lideranças políticas, as chances de renovação são promissoras”.

Cotado para ser candidato a governador, Sidney Rosa disse que PSB ainda vai dialogar muito sobre 2018.

Bastante aplaudido, o deputado estadual Sidney Rosa destacou que a crise política brasileira, embora traga abalos à nação, ao mesmo tempo abre espaço para que mudanças possam acontecer. Ao se referir sobre a sua pré-candidatura, abordada por quem o antecedeu, Sidney foi comedido: “O PSB continuará dialogando para ver o que é mais importante para o partido e por consequência, para o nosso povo”.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, iniciou sua fala dizendo o quanto gostou de ouvir novamente o sotaque dos paraenses e que nestes 70 anos de fundação do partido, 25 anos foram de suspensão dos direitos partidários por causa da ditadura. Com o retorno à democracia, o partido de lança ao desafio de contribuir com o enfrentamento das desigualdade sociais e destacou: “Com a crise política que atravessamos, o PSB tem o compromisso de fazer diferente”.

Carlos lamentou a ausência de Ademir Andrade, fundador do partido no Pará e nas palavras do presidente nacional, um grande político. O dirigente dos socialistas brasileiros disse que quanto mais se conhece o país, mas orgulho dá de ser brasileiro.

“Alguma coisa errada está acontecendo com o Brasil, pois o nosso povo é trabalhador e cheio de energia, sendo um dos países com mais possibilidade de crescer, de se desenvolver”. E prosseguiu: “Acredito que estamos chegando ao fim de um ciclo que nos trará uma nova visão. Com o avanço tecnológico, as pessoas passam a exigir uma nova forma de fazer politica”, enfatizou ao falar das novas tecnologias da informação, que com as redes sociais possibilitou mais participação no debate político público.

Citando uma frase do falecido Eduardo Campos, Carlos Siqueira disparou: “Enquanto o mundo é cada vez mais digital, os políticos continuam analógicos”. E continuou: “Quando eu olho para o Pará e vejo esse PMDB do Jader Barbalho, percebo o quanto está superado. Ai eu olho para vocês e vejo tantas pessoas que podem substituir essa classe política. 

Se depender da direção nacional, o Sidney Rosa será sim, candidato ao governo do Pará, mas ele é quem vai decidir depois de conversar com vocês e o povo paraense. E se essa sinergia funcionar, o PSB vai governar o Pará com homens e mulheres de bem, assim como o Brasil, que tanto precisa de pessoas bem-intencionadas”, preconizou.

Carlos Siqueira destacou a importância de pensar no futuro do país, com mais pessoas de bem e menos partidos.

Da safra política de Miguel Arraes, Carlos Siqueira deu um destaque primoroso em seu entendimento do que seja um dos principais desafios do Brasil e da classe política, considerando que o principal problema por quase toda a unanimidade, seja a corrupção, ele abordou sobre a necessidade da descentralização de recursos e impostos da União para os estados e municípios e da importância do equilíbrio fiscal.

Em seus argumentos, há uma necessidade de união de todos os partidos em prol do desenvolvimento do país, capaz de pensar e aplicar uma nova carga tributaria e esta seja distribuída de forma equilibrada. Citou que Lula e Dilma em suas campanhas falavam da construção de creches pelo governo federal, assim como de UPAs, quadras de esporte e outros aparelhos que poderiam ser construídos pelos estados e municípios.

Sem falar o termo reforma política, disse 35 partidos no país é inviável. “Com 05 a 08 partidos já seria suficiente para garantir o pluralismo político, econômico, cultural e religioso brasileiro. Precisamos sim é de instituições mais consistentes, entre elas, os órgãos públicos, os partidos, os sindicatos”.

Tendo evitado até então falar a palavra “socialismo”, a qual o partido traz em seu nome, Carlos Siqueira insistiu na necessidade dos seus filiados pensarem sempre no social e do compromisso do PSB em diminuir as distâncias entre as classes sociais. “Precisamos acima de tudo reconhecer a existência delas, pois somos um partido socialista, mas também temos empresários que contribuem com a economia do país”.

Ainda que também não tenha falado da palavra “reformas”, mas com referências que  introduziram a elas, disse que os investidores optam por países com segurança jurídica, mão de obra qualificada, infraestrutura sólida, como malha viária, portos, ferrovias e sistemas de comunicação eficazes, para poderem produzir com eficiência, gerando empregos e desenvolvimento no país”.   E foi além ao tratar da reforma tributária: “Há um grave problema no Brasil que não se fala. A carga tributária do Brasil equipara-se aos países escandinavos, e se pagamos tanto, deveríamos ter a saúde, educação e segurança de primeiro mundo.

E continuou: “Não e só a corrupção, a dívida pública, potencializada pelos juros cresceu de forma assustadora. Saiu de 120 bilhões do governo Itamar para o de FHC e deste para Lula chegou em 650 bilhões. De Lula a Dilma foi a um trilhão e hoje com Temer se encontra nos 03 (três) trilhões. Esse é um nó que precisa ser desatado para reorientar a nossa economia, para que nossos recursos financeiros façam o país crescer. 

Precisamos debater isso na campanha de 2018, para alertar todos dos problemas que isso nos traz, para isso precisamos nos unir, independente das diferenças políticas para superar esses desafios. Esse e o momento de ter esperança para organizar as mudanças”.

A respeito da ética partidária, o presidente nacional do PSB lembrou do Papa: “Precisamos fazer a boa política, pois não há solução fora da política. O papa Francisco, que falou que a política é uma das atividades mais sublimes que existe, se a política fizer o seu melhor para as pessoas. O exemplo está lançado e precisamos encontrar boas pessoas para o nosso partido. Estamos fazendo isso, chamando pessoas que estão fora da política para contribuir com o nosso momento político”.
  
Finalizando sua fala, o pernambucano Carlos Siqueira foi taxativo: “Por sua grandeza e riqueza, o Pará e a Amazônia são o futuro do país”. 

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...