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domingo, setembro 15, 2019

Vítimas de incêndio querem saber por que Helder promete ajuda e não cumpre

Silvia e Suyane perderam suas casas em um incêndio no Canudos, em Março deste ano e até agora não tiveram nenhuma das promessas feitas pelo governo do estado, que mandou representantes para dizer que teriam ajuda, logo depois do sinistro.

Por Diógenes Brandão

Enquanto muitas autoridades e personalidades públicas estavam viajando ou no conforto de seus lares, com suas famílias protegidas de qualquer sinistro, às 23:30, do dia 1º de Março, a sexta-feira que antecedeu o carnaval de 2019, um incêndio consumiu dez (10) casas na Vila Rica, na rua Roso Danin, localizada no bairro de Canudos, periferia de Belém. 

Além da perda total das casas, móveis, eletrodomésticos, roupas e objetos pessoais de 26 famílias, o fogo causou a morte de uma criança, o pequeno Arthur Pontes Coelho, de apenas 2 anos e 6 meses, que vivia no local com o pai e a avó.  

Na manhã seguinte, o pastor Paulo adaptou sua igreja - que fica na frente da vila de casas que foi destruída pelo incêndio - e esta passou a servir de abrigo aos desalojados e ao mesmo tempo, como local para coleta de doações que as famílias começaram a receber. Além dessa solidariedade da própria comunidade do entorno, o local recebeu a visita de representantes de órgãos públicos, tanto da prefeitura de Belém, quanto do governo do estado. 

Segundo a comunidade, além da Cruz Vermelha Brasileira, a Prefeitura de Belém - através da Defesa Civil e a FUNPAPA - prestou assistência desde as primeiras horas após a catástrofe, orientando e cadastrando as famílias para que estas pudessem receber auxílios por parte do poder público.

O blog AS FALAS DA PÓLIS quebrou o recesso e foi até o local e fez uma transmissão ao vivo:





Ao visitar o local e conversar com as famílias desalojadas, o presidente da COHAB  - Companhia de Habitação do Estado do Pará, José Scaff, disse que o governador Helder Barbalho o designou para ajudar as vítimas daquele incêndio e lá declarou o seguinte:








Scaff se comprometeu, em nome do governador Helder Barbalho, em ser célere na ajuda do governo do estado através da SEASTER - Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, que ficou de fazer o repasse de recursos financeiros para manter as famílias com alugueis temporários pagos, enquanto a COHAB prometeu viabilizar o Cheque Moradia para auxiliar na reconstrução das casas das famílias que perderam tudo que havia dentro delas.

A versão online do jornal Diário do Pará chegou a noticiar a promessa do governo:






Passados 6 meses e meio, até hoje as famílias atingidas pelo último incêndio no bairro do Canudos, não tiveram nenhuma ajuda do governo do estado.

Através da Defesa Civil e da Funpapa, a prefeitura fez a sua parte. Foram esses dois órgãos municipais que acolheram, auxiliaram e aliviaram a dor e o sofrimento das famílias desalojadas.

Em nota, a prefeitura informou que no dia 11 de abril, todas as famílias vítimas do incêndio em Canudos, foram cadastradas para receber o auxílio aluguel, no valor de R$ 2 mil e o benefício foi entregue naquele dia, por meio da Funpapa. Veja a nota e as fotos.

Agora, quem teve sua casa incendiada em fevereiro deste ano, se pergunta por que na Pedreira, autoridades como o vice-governador, Lúcio Vale e a Secretária de Cultura, Ursula Vidal estiveram prometendo o que não fizeram em Canudos.

Veja o vídeo gravado por Ursula Vidal, pré-candidata à prefeitura de Belém, ao visitar o local, dizendo que estava lá por determinação do governador Helder Barbalho e pediu ajuda da população para doações e solidariedade às famílias atingidas:




Para Silvia e Suyane, moradoras que tiveram suas casas destruídas no incêndio ocorrido em Março, no bairro de Canudos, o governo deveria explicar como prometeu ajudar as 45 famílias vítimas do incêndio da Pedreira, se as outras 20 famílias que tiveram suas casas destruídas no incêndio de Canudos, no dia 1º de Março, até hoje ainda não tiveram nenhuma ajuda.

domingo, setembro 08, 2019

Tourinho, Maneschy e Fiúza: da academia para a política partidária

Esquerda, direita e centro disputam a UFPA de olho nas eleições de 2022.


Por Diógenes Brandão

O sucesso do ex-reitor Nilson Pinto na política, com mandato federal a quase trinta anos, parece que tem servido de inspiração para outros inquilinos da reitoria da UFPA. Carlos Maneschy, que renunciou ao mandato de reitor em 2016 para disputar a prefeitura de Belém e hoje ocupa uma secretaria de estado no governo do MDB, tem boas perspectiva de futuro na política, haja vista sua grande visibilidade pública neste início de mandato de Helder Barbalho. Alex Fiuza de Mello, após dois mandatos de reitor, ocupou secretaria de estado em dois mandatos consecutivos do ex-governador Simão Jatene e, neste momento, começa a se movimentar no sentido de vir a ocupar espaço na política paraense. Emmanuel Tourinho, em véspera de concluir seu primeiro mandato como reitor, também dá sinais claros de que pretende alçar voos maiores na política. O confronto com o governo Temer e, agora, Bolsonaro sinaliza nesta direção.

Alex Fiuza de Mello neste momento acena abertamente na direção do governo federal de Jair Bolsonaro em textos articulados de apoio a políticas do governo brasileiro de extrema direita. Em seu texto mais recente, denominado “O dia da vergonha na republiqueta das bananas”, Fiuza defende como ato jurídico perfeito a transferência de Lula para a penitenciária de Tremembé em São Paulo. Ele dá sinais óbvios e ululantes de que busca uma “ponte” com o governo Bolsonaro, utilizando como meio o elogio à Operação Lava Jato. Alex Fiuza quer se constituir como uma liderança política no Pará. Neste caminho, ele deverá buscar aproximação com partidos como o “Novo”, PSC, PSL ou assemelhados e formar grupos políticos, sendo a UFPA um espaço importante nesta estratégia.

As eleições para a reitoria da UFPA se aproximam. O atual reitor está governando a universidade em claro confronto com as políticas do governo Bolsonaro, desagradando numerosos grupos de pesquisadores de direita localizados principalmente nos institutos da saúde, de exatas, biológicas e tecnológico. Desses pesquisadores, que gozam de respeito e prestígio na universidade e na sociedade, pode florescer uma alternativa antipetista para disputar a reitoria.

O atual reitor sabe que a probabilidade de ser nomeado pelo presidente Bolsonaro é próximo de zero. Tourinho vem agregando apoiadores na UFPA com posições públicas em defesa da liberdade de Lula e um forte discurso contra as políticas do governo Bolsonaro. Para tentar ampliar a chance de ser nomeado, Tourinho está tentado a acabar com as eleições diretas na UFPA e montar a lista tríplice com duas damas de companhia no Conselho Superior Universitário. Para isso, precisará convencer os conselheiros a quebrarem a tradição democrática da instituição e promoverem eleições indiretas no conselho, bem como anular eventuais reações das entidades sindicais e estudantis da UFPA.

Ainda que o reitor obtenha sucesso nessa estratégia, ele sabe da grande possibilidade de ser nomeado um nome de fora da lista tríplice pelo governo Bolsonaro. Mesmo sabendo disso, Tourinho aposta no caos e no confronto que viria a ser gerado pela nomeação de um “interventor” na UFPA, transformando-se em um mártir vivo e se credenciando a disputar as eleições de 2022 e 2024 pelo PT.

Os primeiros passos de Tourinho nesse sentido foram dados recentemente com a troca do comando do complexo hospitalar da UFPA, varrendo da direção dos hospitais universitários pessoas indicadas pelo ex-reitor Carlos Maneschy e abrindo espaço para contemplar os novos aliados petistas. Tourinho também já teria negociado a troca imediata de membros da administração superior para incorporar outros grupos petistas e do Psol em sua base de apoio.

Como revés, apesar de Carlos Maneschy e seu grupo apoiarem fortemente Tourinho, o ex-reitor tem um grupo estável na UFPA que poderá, neste processo de “esquerdização” da reitoria, buscar alianças em torno de uma candidatura mais ao centro político para suceder Tourinho.
Fiúza, Maneschy e Tourinho são estrelas de primeira grandeza da UFPA e que ensaiam movimentos em direção à grande política paraense. São nomes com estatura para construir novas alternativas políticas para o estado do Pará. Mas, antes disso, devem medir força nas próximas eleições para a reitoria da UFPA. 

Quem sairá vitorioso? 

Façam suas apostas!

sexta-feira, agosto 30, 2019

Dos negócios para a Política: Jader Filho comandará o MDB no Pará e leva "deputada do Wlad"

Jader Filho assume a presidência do MDB e mantém o controle do partido pela família Barbalho.

Por Diógenes Brandão

O MDB foi um dos principais partidos responsáveis pela Constituinte de 1988 e pela redemocratização do Brasil, coordenando a campanha pelas eleições Diretas. 

De lá prá cá, Sarney foi o último e único presidente eleito pelo partido, que sempre teve uma das maiores bancadas no Congresso Nacional e fez parte, sendo o principal partido, da base aliada dos governos dos ex-presidentes Itamar, Collor, FHC, Lula e Dilma.

Sob o comando de Eduardo Cunha, Michel Temer e Romero Jucá, o partido retornou à presidência do país, depois daquilo que os partidos de esquerda chamam de golpe e que resultou no impeachment de Dilma Rousseff, em 2016. 

Convém dizer que o partido encolheu muito depois da operação Lava Jato. 


Encolheu bastante, mas no Pará é onde o partido está mais forte e onde as empresas de comunicação da família Barbalho, que controla o MDB com mãos de ferro e depois de anos em guerra com o PSDB, hoje o partido tem os tucanos como aliados.

Além do PSDB, os Barbalhos guerreavam contra seu principal concorrente no mercado da comunicação do Pará: As ORM. Hoje os Barbalhos compram a lealdade dos veículos de comunicação dos Maioranas.

Amanhã, o partido realiza sua convenção estadual e conclamará o que foi decidido na mesa de jantar da família Barbalho: A presidência do partido fica com o empresário Jader Filho, primogênito do senador Jader Barbalho e irmão do governador Helder Barbalho.  O primo de Jader, deputado estadual José Priante, assume a vice-presidência.

Jader Filho sempre agiu nos bastidores e nunca mostrou a cara na política. Nunca de forma explícita, mas uma fonte que conhece de perto a família, diz que desde a campanha que elegeu Helder Barbalho, "Jader Filho age de forma contundente no governo do irmão, indicando pessoas para órgãos, secretarias e decidindo quem recebe e quanto recebe de verbas publicitárias e diversos contratos", revelou a pessoa que pediu para não ter seu nome divulgado.

Além do ex-tucano, o deputado estadual Dr. Daniel, a deputada estadual Renilce Nicodemos, eleita pelo ex-partido do ex-deputado federal Wladimir Costa também assinará a ficha de filiação ao MDB. 




O jornal O Globo noticiou o imbróglio, entre Wlad e Jader Filho. Em um trecho da matéria Deputado é denunciado por filho de Jader Barbalho após ofensa: 'Mais feio que a fome', podemos ler: 

O parlamentar disse que o administrador Jader Barbalho Filho, filho do senador do PMDB, é "feio pra caramba" e que "pegou o chifre de uma amiga". O parlamentar diz ainda que a família Barbalho simboliza a maior organização criminosa do país, e que é sinônimo de roubo. Por conta disso, o empresário apresentou uma queixa-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) em que pede a condenação de Costa por injúria, calúnia e difamação.   "A família Barbalho no estado do Pará incluindo Elcione Barbalho, Helder Barbalho, Jader Barbalho (vulgo Barbalhão), e Jader Barbalho Filho, eu falo pra eles que eles simbolizam a maior organização criminosa do país. Barbalho, hoje, senhoras e senhores, todos sabem, é sinônimo de quê? É sinônimo de roubo. Barbalho é sinônimo de enriquecimento ilícito, de assalto. Barbalho é sinônimo de safadeza. Barbalho não é sobrenome. Barbalho é pornografia. Se você chamar: Lá vai um Barbalho ali. Quê que as pessoas imaginam? Lá vai um ladrão. Lá vai um vagabundo, safado. Lá vai um aproveitador do bom senso alheio", diz em entrevista à rádio Jovem FM, do Pará.

"O Jader Filho, o Jader Barbalho Filho, feio pra caramba, isso pegou um chifre de uma amiga minha, que ele tá doido até hoje. Tá doido até hoje. A esposa... Eu nem sei o que ela achou em ti, porque tu é muito feio, Jader Filho. Vou te falar! Tu é uma mistura do “fantasminha diabólico”, tu é um cara horroroso. Tu és mais feio do que fome, seu desgraçado. Mas a primeira lá, a de Brasília, tu sabe, a de Brasília, te meteu um chifre. Não tenho medo de ti, não. Viu, seu vagabundo? Nem de ti e nem de nenhum dos Barbalhos", disse Wladimir, em um dos trechos da entrevista reproduzida por Barbalho na petição.

domingo, agosto 18, 2019

A necessária revisão da data da adesão do Pará à independência do Brasil



Por Diógenes Brandão 

Em um comentário do José Varela, ativista social e digital marajoara, em reposta a uma postagem do governador Helder Barbalho, no Twitter, comemorando a "independência" do Pará, com a adesão ao Brasil imperial, trouxe à tona um antigo debate sobre fatos históricos que muitos historiadores e escritores contestam, daquilo que foi registrado nos documentos oficiais.



Em um grupo de jornalistas no Whatsapp, propus que na condição de presidente da Academia Paraense de Jornalismo, a jornalista Franssinete Florenzano, paute a mudança da data de comemoração da Adesão do Pará à Independência, através de um projeto de lei de iniciativa popular, já que nenhum deputado estadual teve até hoje a determinação de fazê-lo. A presidente da entidade respondeu que já idealiza fazer isso, em conjunto com o Instituto Histórico e Geográfico do Pará e que "a revisão de uma data histórica deve ser precedida dos devidos esclarecimentos. A ação da APJ será promover debates, seminários e audiências públicas, com a participação de historiadores, a fim de que a população conheça a própria história e então o movimento revisionista ganhe força suficiente para alterar a data oficial", concluiu Franssinete.

Assim, quem sabe, os políticos conheçam a verdadeira versão dos acontecimentos históricos do nosso Estado e que os fatos vivenciados por bravos e covardes, imperialistas e caboclos, burgueses e indígenas, soldados e revolucionários, como o que foram covardemente assassinados no episódio marcado por tamanha crueldade, como no "Brigue Palhaço", sejam finalmente conhecidos pela população paraense e a sociedade brasileira.

Leia abaixo, o preciso artigo de Lúcio Flávio Pinto no EstadoNetcom a entrevista da historiadora Magda Ricci, publicada originalmente no site da UFPA:

A tradição pode ser fruto do concubinato do ativismo de uns poucos e da omissão de muitos. Uns escrevem o que lhes interessa, impondo-o como verdade. Muitos, por preguiça mental, comodismo ou oportunismo, aceitam essa verdade sem questionamento.  

É o que acontece com a tradição montada em torno da data de hoje, 15 de agosto. Ela assinala a “adesão do Pará” à independência. De definição, a frase virou um jargão, um clichê que se repete sem atenção pelo seu significado. A indiferença mantém o feriado estadual, mas a adesão a ele é cada vez menor. Mais pessoas trabalham e estabelecimentos comerciais funcionam. É como se o feriado se tivesse reduzido a ponto facultativo para todos, não apenas para a burocracia estatal, com sua doença constante: a elefantíase, que gera a dominação patrimonial.  

quarta-feira, agosto 14, 2019

Aliados de Helder Barbalho na ALEPA garantem aposentadoria de Márcio Miranda



Por Diógenes Brandão

Mesmo sendo do DEM e não do PSDB, Márcio Miranda é rotulado de "Tucano" pelos funcionários e aliados da família Barbalho, desde que foi lançado como candidato ao governo do Estado e disputou com Helder Barbalho (MDB), levando as eleições de 2018 ao segundo turno e dele saído com mais de 45% dos votos do eleitorado paraense. Parece que até agora isso incomoda e tira o sono da família do governador. 

Em uma matéria assinada pela jornalista Carol Menezes, publicada no jornal Diário do Pará e reproduzida pelos demais veículos de comunicação pertencentes ao governador Helder Barbalho (MDB) e sua família, revelam que a Mesa Diretora da ALEPA - Assembleia Legislativa do Pará autorizou a aposentadoria do ex-deputado Estadual Márcio Miranda (DEM), após mais de 17 anos como parlamentar. 

Em uma longa matéria no programa Barra Pesada, da TV RBA, o apresentador René Marcelo, comentou a notícia proposta por seus patrões: "Pode ser legal (o pagamento da aposentadoria) mas é imoral. Vai do caráter da pessoa aceitar ou recusar esse dinheiro", opinou o funcionário da família Barbalho, logo após a matéria ser exibida, nesta terça-feira, 14.

Acontece que quem autorizou o pagamento da aposentadoria de Márcio Miranda, rival de Helder Barbalho foram justamente os aliados do governador. A informação negada pela matéria e pelos comentários dos jornalistas que servem aos interesses políticos da família Barbalho revelam novamente, que mesmo chegando ao poder, não há nada tranquilo no sono destes. 

O descontrole nas contas públicas, com a contratação desenfreada de servidores temporários, a falta de competência no controle da segurança pública, com chacinas e massacres correndo soltas e a pressão pela falta de cumprimento de promessas de aumento salarial fazem com que o staff político de Helder Barbalho se ocupe apagando incêndios, enquanto seu irmão, Jader Filho, se reveza no comando dos veículos de comunicação da família e na contratação e pagamento de jornalistas e blogueiros para blindar o mano, enquanto ele brinca de governador. 

quarta-feira, julho 31, 2019

Houve prevaricação de Helder Barbalho e Jarbas Vasconcelos no Massacre de Altamira?

O governador Helder Barbalho e o  Jarbas Vasconcelos são aliados políticos e os principais responsáveis sobre o que acontece dentro das penitenciárias do Pará. Nesta segunda, 29, 58 custodiados foram mortos sob a tutela do Estado.

Por Diógenes Brandão

A informação de que um confronto entre facções que rivalizam pelo controle de áreas para o narcotráfico estava prestes a acontecer, deveria ter feito o governo do Estado reagir de forma preventiva e assim ter evitado o massacre de Altamira, que teve mais um corpo descoberto na noite desta terça-feira, 30, elevando para 58 o número de detentos mortos, alguns por asfixia, após um incêndio provocado dentro de uma cela e outros degolados, dentro do Centro de Recuperação Regional de Altamira, o qual deveria mudar de nome, pois recuperação é a única coisa que não acontece ali dentro.

Após o maior massacre já ocorrido na história do Pará e um dos maiores do Brasil, o governo decidiu tomar a atitude tardia de transferir 46 detentos de Altamira para outras outras prisões, sendo que 10 vão para penitenciárias federais em outros Estados e seis serão separados em unidades prisionais da Região Metropolitana, finalizando com a distribuição dos outros 30 presos para as demais penitenciarias no interior do Pará.


A medida revela a negligência do governador do Estado, diante do quadro que já vinha sendo alertado, inclusive por seus assessores, como já foi revelado pela matéria do jornal Folha de São Paulo, que entrevistou o Secretário Adjunto de Inteligência e Análise Criminal do Pará, delegado Carlos André Costa, que previu uma ação criminosa, mas Jarbas Vasconcelos, Secretário Extraordinário para Assuntos Penitenciários o Pará disse que nenhum relatório de inteligência indicava que um ataque de grandes proporções estava próximo de acontecer em Altamira. 


Outra coisa que também percebe-se falhando é a escolha estratégica do governo na transferência de 30 líderes de facções criminosas do presídio de Americano para outras penitenciárias federais, em Junho. Ora, se fosse mais competente em sua função de governador, Helder Barbalho saberia que um conflito iminente estava prestes a acontecer em Altamira e nada foi feito para evitar. 

Esse ano já vimos que nas casas penais do Estado entra de tudo: De facas e demais objetos cortantes, a celulares, drogas e até armas de fogo. Ou seja, os milhões de reais gastos mensalmente com equipamentos, salários de policiais e agentes prisionais, com treinamento e monitoramento falham. 

Cabe ao Ministério Público investigar se houve prevaricação de agentes públicos, neste caso que ganhou notabilidade nacional e tem tudo para ganhar os noticiários internacionais nos próximos dias. Ou seja, alguém precisa responder por esse crime, além dos próprios encarcerados, ou no Pará não somos mais regidos por leis e deixamos de ter um Estado democrático de direito? 

Não é a toa que Conselho Penitenciário do Pará lamentou o ocorrido em Altamira e emitiu Nota de Repúdio pela falta de diálogo do governo Helder Barbalho. Leia aqui.


sexta-feira, junho 14, 2019

Bolsonaro o depredador da Amazônia e do meio ambiente

Rio Amapari ameaçado por investidas de declarações de Bolsonaro, que prega a exploração desenfreada da Amazônia.

Por José Oeiras*

Em sua passagem nesta quinta-feira, 13, por Belém pra inaugurar um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida (Programa habitacional dos governos Lula e Dilma), Bolsonaro falou sobre a necessidade de acabar com a Reserva Mineral de Cobre e seus Associados (RENCA), área preservada de 47 mil km2 (tamanho do estado do Espírito Santo), criada em 1984 e que fica localizada entre os Estados do Pará e Amapá. 

A RENCA foi objeto de luta dos movimentos indígenas, ambientalistas e da sociedade, que impuseram uma derrota ao governo Temer, que fez um decreto para abrir a reserva para a exploração mineraria do setor privado. 

Bolsonaro em vez de defender o meio ambiente e a Amazônia, vem em nossa região defender a extinção de nossas unidades de conservação, em detrimento ao um projeto de desenvolvimento sustentável. 

O governo neo fascista de Jair Bolsonaro caracteriza-se por um caráter entreguista, neo liberal, onde nossas riquezas naturais estão ameaçadas pelos interesses do grande capital internacional. 

A RENCA precisa se preservada para que suas nove Unidades de Conservação (UCs) e as duas áreas indígenas Waiãpi (Amapá) e Rio Paru D'Este (Pará), não acabem nas mãos das mineradoras privadas, que tem patrocinado miséria, pobreza e desastres ambientais onde são instaladas. 

Bolsonaro fez sua fala diante do governador Helder Barbalho (MDB), o que cobramos um posicionamento do governo do Estado sobre a RENCA e as demais UCs, que estão sendo objeto de cobiça por parte de mineradoras, da agroindústria, madeireiras e das políticas predatórias do governo federal para a Amazônia. 

O fim da RENCA será mais um golpe ambiental para a Amazônia e por isso a sociedade tem um papel importante na luta para derrotar o governo Bolsonaro!  

*José Oeiras é ambientalista.

quinta-feira, junho 13, 2019

Assaltos no centro de Belém revelam que não estamos seguros em lugar algum



Por Diógenes Brandão

Em duas semanas, dois assaltos realizados em lugares inusitados revelaram a ousadia dos criminosos e a fragilidade da segurança pública e privada em Belém.

No dia 28 de Maio, dois homens assaltaram o Amazon Beer, estabelecimento que fica dentro da Estação das Docas, onde ninguém poderia imaginar que poderia ser tão vulnerável. Embora bar e restaurante seja privado, a Estação das Docas é um espaço público, inaugurado no governo de Almir Gabriel e administrado por uma Organização Social chamada Pará 2000, que também é responsável pela gestão do Hangar e do Mangal das Garças. 

Segundo a Organização Social Pará 2000 esse foi o primeiro caso registrado em 16 anos de funcionamento do espaço. A jornalista Yorranna Oliveira, que teve o celular roubado durante o assalto - depois de ter um revólver colocado em sua cintura - desabafou ao ser entrevistada pelo portal G1 Pará: "É como se a cidade inteira fosse um zona vermelha, cada ponto com suas peculiaridades. Eu entro no ônibus já pensando que posso ser assaltada. Agora nunca mais vou carregar meu celular na Estação. E também não vou ficar mais distraída mesmo em locais teoricamente seguros", explica.

Ontem, foi a vez de um bando de assaltantes invadirem, meterem o terror e assaltarem cerca de 20 pessoas, entre pacientes e funcionários de um hospital particular no centro de Belém. Leia em Bandidos deixam "Territórios pela Paz" e assaltam 30 pessoas na UNIMED.

Em ambos os casos, os bandidos demostraram frieza e tranquilidade, passando o tempo que precisavam para fazer o 'trabalho' bem feito e saírem ilesos. 

Embora o governo do Estado gaste uma fortuna com uma propaganda surreal, criando a ideia de que vivemos um novo momento da segurança pública, na tvs, rádios, jornais, blogs e revistas, dizendo que os números da criminalidade estão diminuindo, a sensação de insegurança da população aumenta a cada dia e até onde menos se imagina estar seguro, lá mesmo pode ser mais um local de pânico e medo. 

Até agora a polícia não informou se já tem alguma informação do paradeiro dos meliantes de nenhum dos assaltos citados nesta matéria.

Estudo publicado no “Atlas da Violência 2018 - Políticas Públicas e Retratos dos Municípios Brasileiros” apontou Belém como a capital mais violenta do País, tendo a taxa de homicídios em 2016 com 77 mortes por cada grupo de 100 mil habitantes.

sexta-feira, junho 07, 2019

Helder quer Reforma da Previdência atingindo servidores públicos estaduais e municipais

Helder Barbalho (MDB) reforça apoio à proposta de Jair Bolsonaro e pede que Reforma da Previdência atinja servidores públicos estaduais e municipais. Movimentos Sociais ligados ao PT, PCdoB e PSOL silenciam em troca de cargos e apoio financeiro.

Por Diógenes Brandão


No momento em que as Centrais Sindicais e demais movimentos sociais brasileiros estão em uma ampla campanha contra a Reforma da Previdência, elaborada pela equipe do governo Jair Bolsonaro, Helder Barbalho (MDB) esteve em Brasília, nesta quinta-feira, 06, onde foi reforçar o apoio a proposta do governo federal e junto com mais 24 governadores pediram que a Reforma da Previdência também atinja os servidores públicos estaduais.

No Pará, estado onde Helder governa com apoio do PT, PCdoB e PSOL, nenhum parlamentar ou liderança destes partidos, que se dizem contra a reforma, se manifestou em relação ao apoio do governador ao presidente, que faz da Reforma da Previdência a sua principal meta, neste primeiro ano de governo. 

Já o governador da Bahia, Rui Costa (PT), e do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), não assinaram a carta, que os demais 25 governadores assinaram, em ato simbólico de apoio político à proposta do governo federal em aprovar a Reforma da Previdência no Congresso e ampliar seus efeitos para Estados e municípios. 

quinta-feira, junho 06, 2019

Governo e prefeituras discutem o destino do lixo da Região Metropolitana de Belém

"Foi uma reunião bastante produtiva", disse o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.


A primeira reunião do grupo de trabalho sobre o destino do lixo na Região Metropolitana de Belém foi marcada pela união entre as prefeituras de Belém e Ananindeua, Governo do Estado, Ministério Público e órgãos ligados ao meio ambiente, que reuniram na tarde desta quarta-feira, 5, no Palácio Antonio Lemos. O encontro teve como objetivo debater, de forma conjunta, possíveis soluções para o problema do lixo dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba. Os debates prosseguem nesta quinta-feira, 6, com a presença das instituições de ensino e pesquisa.  

O grupo de trabalho é uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Belém, que não vem medindo esforços na busca por alternativas para a situação dos resíduos da RMB. Sempre aberto ao diálogo, o Prefeito Zenaldo Coutinho iniciou o encontro destacando a importância da união entre gestores, instituições e órgãos públicos, na busca por uma solução para a situação do lixo. “Este não é um problema apenas do município de Belém, mas de toda a região metropolitana, daí a importância de reunir com todos os gestores envolvidos para tratarmos essa questão da destinação do lixo na RMB de forma conjunta. Estamos abertos ao diálogo, a receber contribuições e a ouvir sugestões, pois neste momento é fundamental a união de todos”, declarou o prefeito de Belém. “Foi uma reunião bastante produtiva e que será ampliada com o encontro desta quinta-feira, quando estaremos reunidos com as instituições de ensino e pesquisa”, completou.  

Representando o Governo do Estado, o chefe da Casa Civil, Parsifal Pontes, disse que sabe da importância da participação do Estado nas discussões pela solução do problema. “É um caso complexo, tanto que ainda não se chegou a uma solução, mas o Governo do Estado tem interesse em participar das discussões e das possíveis soluções. Temos limites de responsabilidades legal e jurídica, mas temos também responsabilidade política, por isso estamos à disposição para participar dos debates”, afirmou o chefe da Casa Civil.  

“É uma dificuldade que os três municípios enfrentam e que afeta a todos. Estamos vivendo o drama e precisamos que o MP e as outras instituições também nos ajudem”, declarou o prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro. A promotora Ana Maria Magalhães ressaltou o empenho do município de Belém na busca por alternativas para o destino do lixo. “O aterro sanitário de Marituba não funcionou por conta que a empresa não adotou todas as técnicas que deveria ter adotado, por isso hoje estamos passando por esta situação. Mas acreditamos no potencial do prefeito Zenaldo Coutinho para resolver esse problema. Confio que esta gestão dará o pontapé inicial para resolver essa grave questão e para isso estamos juntos na busca por soluções”, destacou.  

Veja as fotos do encontro, que pelo tudo indica, inicia um diálogo entre os representantes públicos dos poderes constituídos, para finalmente solucionar esse grave problema enfrentado pela população da Região Metropolitana de Belém.









terça-feira, maio 21, 2019

Concurso da PM não aumenta a tropa, como disse governador




Em solenidade realizada no dia 22 de abril de 2019, no Comando-Geral da Policia Militar, o jovem governador Helder Barbalho, o "midiático" , ratificou a abertura de Concurso Público para a PMPA, com previsão para o 2º semestre deste ano e oferta de 7.000 vagas, entre praças e oficiais.  

Disse o governador, conforme matéria publicada no jornal Diário do Pará, de propriedade de sua família, de 23/04/2019, página A4, que "o objetivo é iniciar a correção do déficit de PMs, que hoje chega a quase 50%".

Leia:


  

Afirma HB que "atualmente existem 16 mil homens e mulheres atuando na PM, quando este número deveria ser de 31 mil".  

Até aí, tudo bem. 

De se louvar a iniciativa do jovem Governador Helder Barbalho em, pretensamente, aumentar o efetivo da PMPA em quase 44%. 

Passaria de 16.000 para 23.000 PMs.  

Porém, e como sempre tem um porém, a Presidente da Associação dos Cabos e Praças da Polícia Militar e Bombeiros do Pará, em entrevista concedida ao Bom Dia Pará (BDP), na sexta-feira, 17/05/2019, disse que o efetivo da PMPA é da ordem de 16.000 policiais militares e que 40% está com tempo para aposentadoria ou a completar ainda este ano. 

Ou seja, 6.400 pessoas vão pendurar as chuteiras.  

Cai por terra, assim, mais uma propaganda enganosa do jovem governador, aliás, amplamente explorada (e comercializada) nos vários veículos do Grupo de Comunicação de que ele é um dos donos.  

E agora, governador?? 

E ainda tem a questão orçamentária, pois o ingresso de 7.000 novos praças elevará a Folha de Pagamentos da PMPA em: R$2.921,90 X 7.000 = R$20.453.300 X 13 = R$265.892.900/ano, sem os encargos sociais.

terça-feira, maio 14, 2019

O CABIDE DE EMPREGO DA FAMÍLIA BARBALHO



Por Diógenes Brandão

Logo após o Dia dos Trabalhadores, este blog revelou, com exclusividade, através da matéria Sem cumprir promessas, Helder ignora concursos e segue contratando temporários, a farra com as nomeações de assessores indicados (DAS), contrariando o discurso feito pelo governador do Estado, logo após assumir o poder, de que faria uma economia de R$ 52 milhões de reais, ao exonerar 2.500 comissionados, enxugando assim a máquina administrativa.



Diferente do que foi dito pelo governador Helder Barbalho e noticiado em manchetes e destaque no jornal Diário do Pará, mostramos que até o final de Abril, 2.839 novos DAS foram nomeados por Helder e seus partidos aliados.

Isso sem contar com os 895 novos contratos temporários, realizados através de nove (09) Processo Seletivos Simplificados (PSS), os quais substituem os concursos e tornam a contratação de novos servidores, altamente subjetiva, baseada em entrevista e análise curricular, sujeita a livre escolha dos chefes de cada órgão do Estado.

Agora, o blog AS FALAS DA PÓLIS apresenta o resultado do levantamento realizado no site da Transparência Pará, onde aparecem os nomes dos familiares do governador Helder Barbalho, nomeados como DAS em seu governo. Dois deles se destacam: O tio designado para a mais importante diretoria do DETRAN e o primo como secretário-adjunto da SEFA. Os dois órgãos que concentram as maiores arrecadações financeiras do Estado. 

Detalhe: O Secretário-adjunto da SEFA é primo de Helder e ganha mais do que o próprio governador.

Veja os nomes:

HELDER ZAHLUTH BARBALHO - GOVERNADOR DO ESTADO. 
Salário: 30.386,70.

LOURIVAL DE BARROS BARBALHO JUNIOR - SECRETÁRIO ADJUNTO DA SEFA
Salário: R$ 51.889,97.

RODOLPHO ZAHLUTH BASTOS - SECRETÁRIO ADJUNTO DE GESTÃO E REGULARIDADE AMBIENTAL. 

Salário: R$ 11.925,19.
  
JOERCIO FONTINELLE BARBALHO - DIRETOR DE HABILITAÇÃO DE CONDUTORES E DE REGISTRO DE VEÍCULOS. 
Salário: R$ 5.868,34. 

CAMILA PASSOS BARBALHO - COORDENADOR. 
Salário: R$ 3.677,58. 

MONICA MOREIRA BARBALHO - CHEFE DE GABINETE. 
Salário: R$ 3.677,58.

LAERCIO GODOY SPINDOLA BARBALHO - GERENTE. 
Salário: R$ 2.145,26. 

CASSIA KOURY BARBALHO - GERENTE. 
Salário: R$ 2.145,26. 



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