Lembrei de que há 07 anos atrás, ouvi em Porto Alegre, durante o Fórum Social Mundial 2003, As Falas de Frei Betto alertando os Movimentos Sociais que estes não deveriam se esmorecer pelo fato da vitória eleitoral de Lula. Foi enfático ao dizer que a luta deveria continuar, pois as pressões internas no governo, de dentro do Congresso e dos diversos setores da sociedade (Latifúndio, Judiciário, Meios de Comunicação, etc.), eram imensas e intensas e o presidente Lula só conseguiria fazer políticas mais à esquerda, favorecendo os movimentos sociais, se a pressão desse lado fosse superior ou compatível. Assim, pedia que as manifestações continuassem, que não saíssem das ruas, que não achassem que o jogo já estava ganho só pelo resultado das urnas.
quinta-feira, fevereiro 03, 2011
A Esquerda e as Tecnologias da Informação - Parte III
Lembrei de que há 07 anos atrás, ouvi em Porto Alegre, durante o Fórum Social Mundial 2003, As Falas de Frei Betto alertando os Movimentos Sociais que estes não deveriam se esmorecer pelo fato da vitória eleitoral de Lula. Foi enfático ao dizer que a luta deveria continuar, pois as pressões internas no governo, de dentro do Congresso e dos diversos setores da sociedade (Latifúndio, Judiciário, Meios de Comunicação, etc.), eram imensas e intensas e o presidente Lula só conseguiria fazer políticas mais à esquerda, favorecendo os movimentos sociais, se a pressão desse lado fosse superior ou compatível. Assim, pedia que as manifestações continuassem, que não saíssem das ruas, que não achassem que o jogo já estava ganho só pelo resultado das urnas.
segunda-feira, dezembro 06, 2010
Rêtro - Deputado do PT-MA se nega apoiar Roseana Sarney
"Sei que tens que engolir sapo para poder governar. Compreendo que V. Exª, por dever de oficio, tem de manter relações e até amizades com os inimigos de ontem, os aproveitadores de hoje e adversários de amanhã, em prejuízo de seus companheiros de ontem, de hoje e de sempre."
Retrô - Terena: A força que o homem Branco não conhece
"Por isso, guerreiros e guerreiras, se queremos ter no proximo governo, seja o Serra, a Dilma ou a Marina, temos que aprender a continuar lutando por nossos direitos e acreditando nos rastros dos nossos antepassados, como alias vão fazer os Xavantes amanhã ao cantar logo no nascer do sol, seu canto espiritual e de guerra. Uma força que o homem branco tem medo e que nao conhece pois não se aprende em igrejas, mas na forca da mae terra e da natureza."
domingo, novembro 28, 2010
‘Lula consolidou o capitalismo e instrumentalizou o Estado no Brasil’
Leia mais aqui.
quarta-feira, outubro 06, 2010
Dois pesos...
Por Maria Rita Kehl em O Estado de S.Paulo.
Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.
Se o povão das chamadas classes D e E - os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil - tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.
Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por "uma prima" do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.
Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da "esmolinha" é político e revela consciência de classe recém-adquirida.
O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de "acumulação primitiva de democracia".
Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.
Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.
quinta-feira, agosto 05, 2010
Aceleração do crescimento da conversa fiada... e da Pobreza Planetária
A britânica "The Economist", veja vc., está preocupada com o futuro do programa brasileiro de distribuição de renda Bolsa Família enquanto parte da classe média tupininquim não está nem aí... Por que será?
A revista sugere que o Bolsa Família deve se preocupar mais com as favelas de S. Paulo e Rio de Janeiro, que concentram maior número de pobres das metrópoles brasileiras, do que na zona rural do País onde o Bolsa Familia vai indo bem, obrigado.
Sem dúvida, no campo ou na cidade, pobreza é uma praga. Contudo, o que talvez o próximo governo deve fazer além de dar uma acelerada no Bolsa Família em geral é aproveitar a boa maré para botá-lo na vitrine do FOME ZERO MUNDIAL [Lula como embaixador extraordinário junto à delegação brasileira na FAO, por exemplo] para chatear a famosa opinião pública internacional sobre a responsabilidade das economias mais desenvolvidas do mundo.
Já faz tempo que foi proposta a criação da Taxa Tobin para fazer caixa em favor dos pobres do mundo, sem que a ideia evoluisse para o campo da realidade. Durante a eleição presidencial da França, a canditada do Partido Socialista, derrotada por Sarkozy que encarnou o voto contra os imigrantes; levantou a bandeira de um plano Marshall para os países pobres flagelados: evidentemente, os "doadores" condicionariam a "ajuda" a qualquer coisa como um acordo no sentido dos pobres da Terra não atravessarem a zona tórrida Norte-Sul, deixando a zorra do Sul para ir bagunçar o modelito do Norte...
Se a conversa fosse deveras séria, em vez de Marshall, o que os pobres da Terra merecem é de um PLANO MANDELA de abolição do Apartheid Global. Nada a ver com "doações", "ajuda" e empréstimos da Banca BIRD (banco internacional de reconstrução e desenvolvimento)... Na verdade verdadeira, o que é preciso é coragem moral e política para encarar a responsabilidade ética, econômica e socioambiental do desenvolvimento historicamente desigual. Desde Cristóvão Colombo aos nossos dias, quando a ONU oferece o espetáculo do desenvolvimento INSUSTENTÁVEL que se espelha ao raio-X com 80% da renda mundial concentrada em mãos de um 1/5 da população do planeta e no extremo oposto outro 1/5 da humanidade vejeta em miséria contando com menos de 2% (menos de dois por cento!!!) da dita renda.
Ou seja, depois desta, nenhum país rico ou pobre tem lá muita moral para dar lição ao Brasil em matéria de política nacional de distribuição de renda. Mormente a velha imperialista Inglaterra, que tem sido avatar do darwinismo social e neoliberalismo econômico. Pior só os EUA, senhores da guerra e do déficit fiscal, que sempre que podem enfraquecem a ONU em benefício de uma missão auto atribuída de milícia mundial. Em geral, descuidada da política externa, exceto quando afeta os interesses do establishment.
Portanto, Taxa Tobin, plano Marshall para os pobres, Protocolo de Kyoto, Copenhague, etc., nem ouvir falar! Para dar lições aos outros, sempre são os primeiros...
Agora, nosso Bolsa Família vem evoluindo bem lá atrás... cada "artista", mais depressa querendo ser pai da criança; mas vem de berço da esquerda com o "bispo vermelho" Dom Helder Câmara, Betinho e, sem dúvida, o projeto do senador Eduardo Suplicy (PT-PT), bloqueado no Congresso; para um programa nacional de distribuição de renda dando 1 salário-mínimo para cada brasileiro (pobre ou rico, indistintammente)... Simples como um ovo de Colombo: o rico e o remediado, na prática; teria um bônus a mais na DEVOLUÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA (pode-se adivinhar que a mina de isenções e/ou renúncia fiscal teria que ser alterada para satisfazer a esta transferência opcional com títulos da Dívida Pública).
A multidão dos Sem-Renda, nas favelas e nos campos; passaria a ser gente com rendimentos certos, justos e garantidos... Se o Bolsa Família provou sua eficiência como colchão à prova de quedas da BOVESPA, muito mais o desencalhe e aperfeitomento do projeto Suplicy de distribuição de renda terá sucesso em nome da igualdade, dignidade e solidariedade do Povo Brasileiro como exemplo para o mundo inteiro.
Um indicativo para tirar a Taxa Tobin da geladeira da ONU e partir direto para o PLANO MANDELA. Só não vê quem quer ser cego.
Zé Varella sobre a matéria O futuro do Bolsa Família.
quinta-feira, julho 29, 2010
Avançar para um novo modelo de gestão pública
A construção de uma plataforma democrática que “aceite” a participação popular na inauguração de um novo modelo de gestão do Estado Brasileiro não se constrói do dia para a noite e muitos dos esforços feitos para que isso se transforme em realidade no Brasil, do início de 2002 até hoje, mostram que é possível e bem mais inteligente que os gestores públicos estejam preparados para absorverem as demandas e proposições emitidas pela sociedade, seja através de consultas públicas, à exemplo do que foi feito através das conferências nacionais, realizadas nas mais diversas áreas sociais, as quais reuniram centenas de milhares de brasileiros nos últimos oito 8 anos do governo Lula ou mesmo através do plebiscito sobre o desarmamento no Brasil, por exemplo, que atingiu uma marca recorde de participação popular e mobilização de setores pró e contra o desarmamento pelo país à fora, quando o governo consultou a população brasileira sobre um polêmico artigo do Estatuto do Desarmamento que apresentava a seguinte redação: "art. 35 - É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei".
Diante desta constatação, os caminhos abertos com a iniciativa do governo federal possibilitaram que os governos estaduais, independentes da concepção ideológica, partidária e/ou modelo de gestão pudessem observar, experimentar e colaborar na formulação de políticas públicas regionais e nacionais, já que todas as conferências nacionais contaram com etapas estaduais e municipais nas quais os poderes públicos nas três esferas de governo dialogaram com representantes da iniciativa privada (setor produtivo) e a sociedade civil organizada nas suas mais variadas facetas (ONG´s, Associações de Moradores, Movimento Populares, entidades ambientalistas, culturais, de gênero, etc.)
Criadas a partir da visão de que eram necessários mecanismos concretos para efetivar o resgate da dívida política e social do Estado Brasileiro com milhares de Brasileiros, as Secretarias Especiais (Igualdade da Promoção da Igualdade Racial, Promoção da Mulher, entre outras), ligadas ao gabinete da presidência da república, com status de ministério, energizaram a organização de setores historicamente marginalizados, discriminados e excluídos da sociedade brasileira e colocaram na pauta política do País os problemas e conflitos que historicamente ocorriam sem a intervenção positiva do Estado, tanto na resolutividades quanto mediação de conflitos e suas respectivas soluções.
Daí em diante, outras iniciativas emergiram dos estados brasileiros e o Pará com a eleição da petista Ana Júlia como governadora, inaugura-se o instrumento de interlocução, monitoramente, fiscalização e participação popular e controle social do estado.
No Pará, o governo Ana Júlia inaugura uma nova forma de gestão pública através do Planejamento Territorial Participativo, o qual colheu demandas prioritárias apresentadas pela população do Estado em todas as regiões de integração do Estado e empoderou conselheiros no papel de agentes propositivos e fiscalizadores das mais variadas políticas públicas.
No entanto, a falta de reconhecimento da população desta importante ação do governo do Estado nos coloca de frente com o desafio da tomada de decisões sobre manter, alterar ou extinguir o PTP ou sua nomenclatura ou aprimorar os mecanismos de protagonismo dos conselheiros regionais e estaduais.
Por fim, como sobremesa da leitura, deixo a lembrança de uma postagem que entrou para a história do blog, sendo comentada em diversas mesas de bares, secretarias de estado, partidos e trazido sátiras e anedontas simpáticas e outras nem tanto. Rangar no Hangar
Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL
Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...
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War ( Guerra em português) é uma música gravada e popularizada por Bob Marley . Ela apareceu pela primeira vez em 1976 no álbum Rastaman...
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No Blog do Bordalo Hoje, às 9 horas, na sessão ordinária na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) estão em pauta para votação, os s...