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terça-feira, maio 21, 2019

PSDB lança Celso Sabino pré-candidato a prefeito de Belém. Mas terá eleições em 2020?



Por Diógenes Brandão

Embora ninguém tenha certeza de que haverá eleições municipais em 2020, o PSDB reuniu sua recém-eleita executiva estadual e bateu martelo na escolha do pré-candidato do partido, que disputará a sucessão de Zenaldo Coutinho, prefeito eleito duas vezes e que pode ter o mandato prorrogado por mais dois anos, caso seja aprovado o projeto que agora tramita na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, que acaba com as eleições municipais, unifica todas as eleições em um pleito geral e determina o fim da reeleição para os cargos executivos. 

Caso o projeto não ande e tudo permaneça como está, o deputado federal Celso Sabino é desde já o pré-candidato tucano para a prefeitura de Belém. A decisão da executiva estadual do PSDB, presidida pelo deputado federal Nilson Pinto causou surpresa em boa parte da classe política paraense. Um atendo observador que preferiu não ser identificado, disse que o nome escolhido é competitivo, mas ressaltou que a decisão não levou em consideração as pretenções de apoio do atual prefeito, Zenaldo Coutinho, que vem dialogando com diversos nomes, a possibilidade de terem o peso da caneta do gestor em suas campanhas eleitorais.

Independente disso, há quem diga que Zenaldo Coutinho dá sinais de que pode deixar o PSDB e seguir para outro partido e que as conversas com o PSB estão avançadas.

MAS E SE NÃO HOUVER ELEIÇÕES?

O projeto que acaba com as eleições municipais em 2020 e unifica todas as eleições em um pleito geral foi apresentado na Câmara dos Deputados em 2009 e desde então estava aguardando ser pautado na CCJ, para que possa seguir os trâmites, até ser colocado em plenário para votação.  Na última semana o relator na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJC) da Câmara dos Deputados, Valtenir Pereira (MDB), emitiu parecer favorável à PEC 376, que trata sobre o período de vigência de mandatos políticos.

A medida visa alinhamento dos mandatos políticos de gestores de estados e municípios. Nesse caso os cargos municipais passam a ser disputados juntos com os estaduais e federais. Caso a regra passe a valer, as eleições de 2020 serão canceladas e os prefeitos e vereadores terão seus mandatos alongados até 2022.

segunda-feira, março 25, 2019

Aos 67 anos, Nilson Pinto admite que pode liderar o PSDB no Pará

Nilson Pinto pode ser o futuro presidente do PSDB no Pará e prega restruturação e independência.

Por Diógenes Brandão

Nilson Pinto completa hoje 67 anos. Em seu 6º mandato como deputado federal, é hoje o parlamentar paraense que mais acumula mandatos consecutivos no Congresso Nacional, sendo que nas últimas eleições, a Câmara dos Deputados passou pela maior renovação desde a redemocratização, iniciada com a eleição da Assembleia Constituinte, em 1986.

Professor universitário, tendo sido reitor da UFPA e secretário estadual, Nilson se orgulha de ter destinado emendas e ações políticas, para praticamente todos os 144 municípios paraenses.

O FUTURO

Nilson tem recebido a visita de diversos tucanos paraenses e se reunido com líderes nacionais, como João Dória, prefeito de São Paulo e atualmente um dos principais expoentes do PSDB, com quem encontrou mês passado e dialogou sobre os desafios futuros, após um processo eleitoral difícil para o partido. No Pará, o PSDB sofre um imenso desgaste com o término de um ciclo de 20 anos no poder, sendo interrompido apenas entre 2006 a 2010, quando Almir Gabriel perdeu as eleições para Ana Júlia (PT).

Nilson Pinto confirmou ao blog que é candidato a presidente do PSDB do Pará. A eleição vai ser no início de Maio. "Meu desafio é de reerguer o partido, com independência e sem atrelamentos", declarou.


sexta-feira, março 08, 2019

Ananindeua: Onde mais se mata mulheres no Brasil, prefeitura distribui rosas ao invés de cuidar da sua segurança

Sem açōes efetivas para evitar que Ananindeua seja o município brasileiro onde mais se mata mulheres, Zezinho Lima distribui rosas para mostrar serviço e divulgar seu nome nas redes sociais.

Por Diógenes Brandão

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pra os Direitos Humanos (ACNUDH), o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio e só perde para El Salvador, Colômbia, Guatemala e Rússia em número de casos de assassinato de mulheres. Em comparação com países desenvolvidos, aqui se mata 48 vezes mais mulheres que o Reino Unido, 24 vezes mais que a Dinamarca e 16 vezes mais que o Japão ou Escócia.

O Mapa da Violência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostra que o número de mulheres assassinadas aumentou no Brasil. Entre 2003 e 2013, passou de 3.937 casos para 4.762 mortes. Em 2016, uma mulher foi assassinada a cada duas horas no país. Fonte: UOL

O município de Ananindeua foi a cidade onde mais se matou mulheres no Brasil em 2015, de acordo com os dados do Ministério da Saúde, coletados pela Agência Pública, que fez um mapa da violência contra a mulher no Brasil de 2005 a 2015.  Os dados coletados pela Agência Pública para a pesquisa foram colhidos dos registros do Ministério da Saúde sobre causa de mortes de mulheres no período de 10 anos. De acordo com os números divulgados pela Agência Pública, Ananindeua lidera o ranking de morte de mulheres no país com 21,9 homicídios para cada 100 mil habitantes. Em comparativa ao ano de 2005, que foi registrado apenas três mulheres assassinadas em Ananindeua, o aumento de homicídio foi de 730%. Fonte: G1 Pará

Diante de tudo isso, o prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB), criou a Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social, hoje comandada por Zezinho Lima, presidente estadual do AVANTE, o ex-PTdoB. 

No entanto, no site da própria prefeitura de Ananindeua, no espaço reservado à Secretaria de Segurança e Defesa Social, nenhuma notícia ou informação de quais são as atribuições e realizações da secretaria e do seu titular, mas através de uma rede social do mesmo, podemos ver um vídeo com trilha sonora e efeitos especiais, com ele, o secretário municipal de Segurança, Zezinho Lima,  em via pública distribuindo rosas para algumas mulheres e agradecendo o prefeito da cidade, que o reintegrou ao cargo, depois de passar por outras três secretarias municipais, no governo de Manoel Pioneiro e ter disputado eleições passadas, porém sem nunca ter sido eleito.

Assista o vídeo postado na página de Zezinho Lima, que parece gastar mais dinheiro com mídias sociais do que com a própria segurança pública da população de Ananindeua:









terça-feira, janeiro 15, 2019

Traições e expulsões podem trazer mudanças na bancada do PSDB na ALEPA e fazer Helder perder apoio

Suplentes estão ansiosos pela possível expulsão dos traidores do PSDB que pularam do barco tucano para o de Helder Barbalho.

"As oportunidades multiplicam-se à medida que são agarradas". 

Sun Tzu, século IV a.C. 


Por Diógenes Brandão

Segundo 3 advogados consultados pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, o Diretório Municipal do PSDB em Ananindeua não tinha competência para expulsar um membro do Diretório Estadual, tal como foi anunciado por alguns blogs, que prestam auxílio voluntário ao governo de Helder Barbalho.  

No entanto, pessoas ligadas ao ex-vereador e deputado estadual eleito e diplomado, Dr. Daniel (PSDB) entraram em contato e disseram que a instância municipal, controlada pelo prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB), pode sim expulsá-lo, pelo fato de que Daniel ainda  é vereador e presidente da Câmara Municipal do município. 

Nossos advogados porém contestam a afirmação, dizendo que Dr. Daniel já foi diplomado como deputado e que o Diretório Estadual do PSDB é quem tem a prerrogativa de avaliar se ele ou qualquer outro membro desta instância da estrutura partidária tucana traiu ou não os interesses e programa do partido e assim tomar suas providências, que podem incluir sua expulsão e a perda do mandato, já que conforme já foi abordado por este blog, o art. 22-A da Lei 9.096/95, que foi acrescentado pela Reforma Eleitoral de 2015, especifica os três casos considerados como justa causa para desfiliação partidária sem a perda de mandato.  São eles:    
  1. Mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;   
  2. Grave discriminação política pessoal e   
  3. Mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente.
Por isso, além do Dr. Daniel, o PSDB pode apreciar o pedido de expulsão de outro deputado tucano que debandou par ao lado adversário: O deputado reeleito Luth Rebelo (PSDB).



O curioso de tudo isso é que diante de tudo que está acontecendo, o deputado eleito que segundo alguns blogs alardearam que havia sido expulso pelo Diretório do PSDB de Ananindeua, em nenhum momento reclamou da sua expulsão e nem se manifestou sobre a as decisões das instâncias de seu partido e segue recolhido e calado nas redes sociais.

Talvez o recolhimento do Dr. Daniel seja pela preocupação em buscar uma saída para a grande ameaça a cadeira que ainda nem sentou: É que deputados estaduais aliados do governador Helder Barbalho continuam a pressionar e disputam a presidência da ALEPA, que segundo blogueiros voluntários, estava prometida ao agora "deputado expulso".  

Para piorar, Dr. Daniel também já sabe que os candidatos do PSDB que também disputaram cadeiras na ALEPA e ficaram como suplentes, também pressionam dirigentes do partido, através de mensagens, telefonemas e encontros reservados, em busca de apoio dos colegas para uma reviravolta nos bastidores do poder legislativo, onde muitos já davam como certo, de que Daniel seria ungido e proclamado presidente da casa. 

A pergunta que circula agora é se for expulso do PSDB pela instância estadual e o partido requerer e ganhar o direito do mandato, quem assume no lugar do Dr. Daniel? Fontes que circulam e interagem com maestria nestes bastidores, sempre mantém o blog atualizado com informações quentíssimas e uma delas acaba de nos dizer que nos dizer que Alexandre Von (PSDB) com seus 30.419 votos e Sancler (PSDB) que obteve 28.247, já não dormem de tanta ansiedade pela reunião do diretório estadual tucano, que pode avaliar o pedido de expulsão dos "traidores" e os suplentes reivindicarem na justiça, junto com o partido, as duas vagas na ALEPA. 

Há quem dizia que tudo sairia do jeito que Manoel Pioneiro e Helder Barbalho planejaram e agora percebem que não será tão fácil assim. Conversas de ambos os lados estão em curso e a disputa, pelo menos agora, é pela maioria no Diretório do PSDB.

PSDB estadual anula expulsão de deputado tucano cotado para presidir a ALEPA

Após ser expulso pelo Diretório Municipal do PSDB, Dr. Daniel teria caminho livre para ser presidente da ALEPA.


Por Diógenes Brandão

O Diretório Estadual do PSDB resolveu agir e anulou a expulsão do vereador e presidente da Câmara Municipal de Ananindeua e deputado estadual eleito e empossado, Dr. Daniel (PSDB).

No documento, a direção estadual tucana lembra que o art. 29 do Estatuto Partidário diz que compete a ele e não ao Diretório Municipal de Ananindeua, remeter ao Conselho de Ética e Disciplina, qualquer infração e violações cometidas por membros do Diretório Estadual, o qual Dr. Daniel integra. 

A decisão pode jogar um balde de água fria nos planos do prefeito de Ananindeua, que controla o Diretório Municipal de Ananindeua e que é o principal padrinho político do ainda tucano Dr. Daniel.

Segundo o documento que acaba de chegar ao blog, a decisão da direção estadual do PSDB determina que o Diretório Municipal apresente documentos que comprovem a tentativa de expulsão, já que a instância superior não foi oficialmente notificada da expulsão, divulgada através de blogs e das redes sociais.

O clima é tenso entre os tucanos após a vitória de Helder Barbalho, que segundo blogs de política, tem feito cooptações de tucanos a fim de enfraquecer o PSDB, principal adversário do MDB no Pará.

Diretório Estadual do PSDB anula expulsão de deputado eleito.
Fontes consultadas pelo blog, dizem que Manoel Pioneiro (PSDB) foi complacente com a estratégia de expulsão do seu amigo e aliado, que apoiou Helder Barbalho (MDB) contra o candidato apoiado pelos tucanos, o Democrata Márcio Miranda. Para muitos analistas, Pioneiro está se vingando pelo fato de ser preterido pela cúpula tucana, quando pensou que seria o nome certo para disputar a sucessão de Simão Jatene, o ex-governador do Pará.

sexta-feira, janeiro 04, 2019

Palanque armado: A guerra de narrativas de Jatene e Helder

Simão Jatene reage às acusações de irregularidades nas obras de hospital visitado por Helder Barbalho, que prometeu investigar os contratos e rever o pagamento da OS responsável. 

Por Diógenes Brandão

A polêmica em torno das obras do Hospital Abelardo Santos, acabou revelando a disposição do ex-governador Simão Jatene (PSDB) em enfrentar a artilharia do atual governador Helder Barbalho (MDB) contra seu legado. 

Cientes de que tanto o ex-governador Simão Jatene, quanto o atual governador Helder Barbalho são responsáveis pelo que escrevem em suas redes sociais, estamos aqui para expor na íntegra as duas versões sobre este fato que tomou conta dos noticiários da grande imprensa.

Vamos por onde tudo começou.

Leia abaixo o post do governador sobre a visita que fez a alguns andares do hospital Abelardo Santos, nesta última quinta-feira (03).


Os veículos de comunicação da família do governador amanheceram com um intenso bombardeio ao ex-governador, usando para tal, as imagens e fotos de dois andares do hospital. Tanto as rádios, quanto o jornal, o portal e a TV RBA, foram usados para levantar suspeitas e fazer acusações, em reforço à narrativa apresentada pelo governador Helder Barbalho.

Leia a matéria e assista o vídeo que acusam haver irregularidades nas obras do hospital Abelardo Santos. 

Demostrando disposição a não deixar nada sem resposta, mesmo sem contar com a mesma estrutura comunicacional do seu adversário,  o ex-governador Simão Jatene se defendeu e contra-atacou, revelando que defenderá seu nome e de sua gestão. 

Leia abaixo o post de Simão Jatene: 



Para quem não lembra, ou não soube, o Diário do Pará já cometeu erros jornalísticos gravíssimos em sua missão de fazer política e tentar atacar os adversários dos Barbalhos. 

Aconteceu contra o ex-governador Hélio Gueiros, depois deste romper com o PMDB e com seu cacique, o senador Jader Barbalho, assim como com a ex-governadora Ana Júlia (PT), depois de ser eleita em 2006 com a ajuda do PMDB e logo em seguida (2010), retirada do poder, com uma campanha difamatória e extremamente desgastante, na qual o PMDB ressuscitou Simão Jatene e o abandonou dois anos depois, exatamente como havia feito com a ex-governadora.

Considerando um verdadeiro vexame pelo qual os jornalistas do Diário do Pará passaram, O blog AS FALAS DA PÓLIS registrou quando o Observatório da Imprensa noticiou a barrigada que rendeu ao jornal dos Barbalho o apelido de Diário de Onduras, por este ter usado fotos de bebês mortos em um hospital de Honduras e dizer que as fotos eram da Santa Casa de Misericórdia, em um claro sinal de desespero em tentar macular a gestão de Simão Jatene, quando este perdeu o apoio do PMDB, que passou a fazer-lhe uma oposição implacável, que dura até hoje.  

O erro foi corrigido pelo editorial do Diário, mas manchou a credibilidade do jornal pertencente à família mais poderosa do Estado.

Clique na imagem abaixo e relembre o caso:




quarta-feira, novembro 07, 2018

A VITÓRIA DE HELDER E OS RUMOS DO PARÁ

Eleito com 55,43% dos votos válidos, Helder Barbalho terá grandes desafios para atender promessas e aliados. 

Por Edir Veiga, no Bilhetim

Em 28 de outubro de 2018 as urnas anunciaram o retorno do clã Barbalho e do MDB, ao governo do Pará, após 28 anos, materializado na vitória eleitoral de Helder Barbalho. A vitória desta família finaliza a longa quarentena política que o povo do Pará submeteu esta família em relação ao poder político estadual, cuja última vitória governamental foi em 1990.  

O governador Jatene, mesmo gravemente atingido pela propaganda negativa em torno da crise de violência que abala o Pará, e em especial a região metropolitana de Belém transformou a candidatura continuista de Márcio Miranda, que era pouco conhecido da população em um nome  competitivo e criou enormes embaraço à vitória do emedebista.  

Lembremos, Helder Barbalho teve um grande desempenho nas eleições governamentais de 2014, sendo derrotado, em segundo turno pelo governador Jatene por uma diferença de 3 pontos percentuais. No curso do quadriênio seguinte entre 2015 e 2018, o candidato emedebista trabalhou duro, cada ano em busca de seu objetivo de vir a se tornar governador do Pará nas eleições seguinte, de 2018.  

Podemos dizer que os passos de Helder foram bem planejados. Conquistou um espaço na esplanada dos ministérios como auxiliar direto dos presidentes Dilma e Temer, e como ministro direcionou sua atuação política aos municípios paraenses sendo acompanhado diariamente pela militância política midiática dos veículos de comunicação de sua família, a empresa RBA de comunicações.  

Enquanto Helder trilhava um caminho que buscava visibilidade pública como bom executivo, distribuía obras e serviços pelo estado inteiro, o governador Jatene voltou-se para seu governo e não demonstrou, a priori, nenhuma estratégia individual, de grupo ou partidária que visasse construir um nome que tivesse condições de vir a disputar as eleições de 2018 em igualdade de condições, desde o ponto de partida inicial da disputa eleitoral na pré-campanha, iniciada a partir do mês de maio de 2018.  

Já dizia um famoso marqueteiro, alertando para a correlação entre realizações governamentais e propaganda: um governo com obras e sem marketing é derrotado, assim como um governo sem obras e com marketing, também é derrotado, claro, isto no interior de uma sociedade de milhões, como a paraense.  Por outro lado, não foi percebido uma política sistemática e consistente de marketing de governo no curso deste último quadriênio da gestão de Simão Jatene, enquanto isso, a oposição emedebista trabalhou dia e noite buscando construir a imagem de um governo preguiçoso e leniente com a violência.  

No curso do ano de 2017 realizei várias pesquisas avaliando o desempenho do governo Jatene, e o retrato que aparecia nestas sondagens era de um governo muito mal avaliado, esta avaliação negativa chegava aos 70%.  

Em quanto isso, as rádios, a televisão e o jornal impresso da família Barbalho, todo dia consolidava uma narrativa de que nada funcionava no Pará tendo como ponto de apoio a violência endêmica que atingia todo o Pará, o caos no trânsito e na saúde pública.  

Observem, destes três eixos que davam sustentação à narrativa da oposição midiática, de fato, o governo só não oferecia resposta consistente à problemática da violência. Na saúde o governo Jatene tinha excelentes iniciativas, mas a saúde municipal é de responsabilidade do prefeito, assim como a responsabilidade pela mobilidade urbana nas grandes cidades paraenses, mas o governo não se preocupou em construir uma narrativa alternativa que retirasse de seus ombros o conjunto destas responsabilidades.  

O governo tinha resultados objetivos não percebidos pela população na construção e implantação de hospitais por todo estado, na manutenção das rodovias estaduais, na mobilidade urbana da região metropolitana, na infraestrutura de integração através de pontes de concretos, na construção de espaços de cultura e meio ambiente, no pagamento em dia do funcionalismo, aposentados e pensionistas e na saúde orçamentária do estado, o governo Jatene vinha tendo um desempenho de destaque a nível nacional, a ponto de ser apontado como a quinta melhor gestão estadual do Brasil.   

Enquanto isso a população percebia o governo exatamente ao contrário do que era. O governo exitoso de Jatene era percebido pela população como um governo ineficaz, ineficiente e sem iniciativas, um governo da preguiça. Enfim, a propaganda negativa da oposição se materializava na visão distorcida que o eleitorado absorveu sobre o desempenho do governador Jatene. Somando-se a isso a imprensa barbalhista insuflava o eterno insatisfeitos com governos, que são os funcionários público estaduais, e em especial os professores.  

Parece-me que o governo Jatene não monitorava periodicamente como a população percebia o desempenho do governador e dos secretários de estado. Todo político busca a recompensa junto à população pela sua boa atuação à frente de um governo ou de um mandato, mas para a população recompensar o trabalho de um governante, a população tem de perceber o trabalho deste governante como positivo. Numa sociedade de milhões, a população só toma conhecimento do trabalho de um governante ou de um político através de uma política, sistemática, de propaganda e marketing nos diversos meios de comunicação e durante todo o curso do governo.  

Esta percepção de que o governo tinha um péssimo desempenho consolidou-se pela letargia governamental. Parece que o comando político de governo via os gastos com   propaganda e marketing  e pesquisas como algo não prioritário e assim, seus custos foram minimizados.  

Durante estes últimos quatros anos do governo Jatene, não foi percebido um investimento em marketing e comunicação e muito menos em pesquisas que viessem a monitorar a percepção popular em relação ao desempenho do governo, capazes de fazer frente, no dia a dia, à máquina midiática do MDB que travou uma luta política profissionalizada para construir uma narrativa negativa em torno do desempenho do governo Jatene.  

O grande desempenho político do candidato Helder Barbalho no papel de oposicionista na política paraense se materializou na enorme rejeição que as pesquisas demonstravam em torno da percepção popular sobre o desempenho do governo Jatene, desde o ano de 2017. Estes dados começaram a sinalizar aos partidos políticos paraenses e aos seus dirigentes, de que Jatene estava preparando o pijama político, pois, em resposta ao “pique” político do candidato emedebista, Jatene respondia com o silêncio, cultivava poucas relações pessoais com deputados prefeitos e partidos políticos, enquanto isso, o governo caminhava para sua fase final.  

Assim, Helder Barbalho, mesmo na oposição ao governador Jatene, conseguiu atrair a maioria dos grandes  partidos paraenses, e ao mesmo tempo, realizou  acordos informais que vieram a influenciar o lançamento de um candidato petista, que pouco desempenho demonstrou em sua própria campanha, ao mesmo tempo que, em uma manobra hábil impediu o lançamento de outras candidaturas competitivas na região metropolitana de Belém, abortando a emergência de uma terceira via competitiva  no Pará, para a disputa governamental.  

O candidato ideal para Helder enfrentar seria um candidato identificado com o desgastado governador Jatene e esta condição se materializou.  

Enquanto Helder atuava em várias frente políticas, trazia obras e serviços para o estado, construía imagem de realizador na RBA, impulsionava uma boa percepção popular em torno de sua atuação, ampliava suas relações com partidos de todas as matizes políticas e ideológicas, ao mesmo tempo inseria ”cunhas políticas” nas relações entre deputados e prefeitos com o governador, que mostrava-se pouco afeito à articulações políticas eleitorais em seus últimos anos de governo.  

Mas a candidatura Helder precisava de outras iniciativas visando superar a terrível rejeição que o nome de sua família ostentava na região metropolitana de Belém. Estas iniciativas complementares foram em dois sentidos, de um lado costurou a neutralidade e até o apoio dos grandes meios de comunicação de massa, a exemplo do grupo de comunicação ORM, SBT, Record, assim Helder evitou que estes grupos, especialmente o grupo ORM viesse a tomar partido em favor do candidato do governador.  Em outro front, a candidatura Helder buscou neutralizar uma terceira via eleitoral que pudesse ganhar força em todo o estado. Assim Helder atraiu chefes partidários de peso a exemplo de Lúcio Vale do PR, Zequinha Marinha do PSC, Mário Couto do PP, Josué Bengtson do PTB, O PRB. 

Mário Couto, após as convenções partidárias seria descartado pelo MDB.  

Em relação à esquerda, Helder conseguiu com que o PT fizesse uma campanha tímida, este partido teve boa votação para o governo devido ao impulso recebido pela candidatura presidencial petista. Já o PSOL, não foi para o confronto com o candidato, já favorito, Helder Barbalho, este preferiu bater no já agonizante candidato governista. O PSOL não tirou como eixo demarcar com o MDB, este partido fez uma campanha morna, e só apresentou uma tênue demarcação nos últimos dois debates na TV.  

A votação do PSOL na capital representa o potencial oposicionista sempre presente nas capitais, no contexto de um PT apático na campanha na capital. Estas interações costuradas por Helder Barbalho tenham sido elas, formais ou informais, abriram caminho para que o emedebista tivesse uma grande vitória em Belém. Em Ananindeua, a depressão política do prefeito Pioneiro, seu desinteresse pelas disputas estaduais, permitiram que Helder ganhasse a eleição nesta cidade, com uma margem de 15% em relação à candidatura Márcio Miranda.  

Do lado governista especulava-se em torno das opções de Jatene para sucedê-lo. O prefeito tucano de Ananindeua, Manoel Pioneiro esperava reconhecimento por parte do governador Jatene. Pioneiro tinha sido reeleito prefeito em primeiro turno em 2016, assim como teve uma atuação espetacular na virada eleitoral de 2014, no primeiro e segundo turno, quando Jatene venceu Helder.   

O prefeito de Ananindeua tinha oferecido um desempenho eleitoral em Ananindeua gigantesco, e como tal, Manoel Pioneiro esperava o convite de Jatene para sucedê-lo. Nenhum outro candidato tucano apresentava as credenciais que Pioneiro ostentava para a sucessão de 2018 no Pará. Nas pesquisas eleitorais, Pioneiro apresentava um desempenho de saída de 17%.  

Jatene tinha uma engenharia política em mente para a sucessão de 2018. Jatene resistiu em lançar um candidato tucano à sua sucessão. 

Esta decisão custaria caro ao governador na sucessão que se aproximava, pois os tucanos de alta plumagem, em grande parte não se envolveram na sucessão governamental. O governador tucano apostava em um acordo com o vice-governador Zequinha Marinho para materializar sua estratégia eleitoral.  

Jatene apostava em sair candidato para algum cargo proporcional, lançar Zequinha Marinho ao senado e fazer com que o presidente da Assembleia Legislativa Márcio Mirando viesse a terminar o mandato de governador e se lançar a reeleição em 2018. Nestas circunstâncias, um candidato pouco conhecido do eleitorado paraense, Márcio Miranda.  

A aposta do governador Jatene seria de que Miranda em seis meses se tornaria amplamente conhecido, e de posse da máquina de governo nas mãos, sendo um político sem problemas com denúncias de corrupção, poderia a vir a ser um candidato com amplas chances de ganhar as eleições para o governo do estado. Parece que Jatene tinha como estratégia central entregar apenas 4 anos o governo para Miranda e esperava recuperá-lo para seu grupo, quatro anos depois.  

Mas Jatene não combinou com os “russos” a sua estratégia eleitoral. O vice-governador Zequinha Marinho não aceitou abandonar o seu cargo e em aliança com Helder Barbalho lançou-se candidato ao senado federal. A estratégia de Jatene foi por água abaixo. Jatene manteve a decisão de lançar o presidente da ALEPA ao governo do estado, deixando grande parte da bancada tucana insatisfeita, em especial o prefeito peessedebista Manoel Pioneiro, que não mostrou interesse em participar ativamente da campanha em 2018 para o governo do estado.  

Assim, o governador Jatene lançou a candidatura do presidente da ALEPA Márcio Miranda ao governo do estado. Miranda começou, seis meses antes das eleições, na fase da pré-campanha com 2% de intenção de votos. A candidatura apoiada pelo governador Jatene tinha agora uma dupla tarefa, fazer um candidato pouco conhecido, vir a ganhar ampla visibilidade pública no curso da campanha e construir uma campanha capaz de impulsioná-lo à disputa eleitoral, para enfrentar um candidato da oposição que era conhecido por 99% da população paraense.  

Não deu tempo. As regras que organizaram a campanha eleitoral de 2018 só disponibilizou 45 dias de campanha e para as aparições na televisão foram tão somente de 30 dias, sendo que os candidatos ao governo tiveram somente 15 dias para fazer suas aparições no horário eleitoral gratuito, e outras inserções de poucos segundos no decorrer dos 30 dias seguintes.  

Márcio Miranda demonstrou uma ampla capacidade de disputa e terminou o segundo turno com 45% dos votos válidos. Sem dúvida nenhuma, podemos afirmar que se a campanha eleitoral na televisão tivesse durado mais 30 dias, o potencial eleitoral do candidato Márcio Miranda teria sido amplificado, num contexto em que o eleitorado brasileiro e paraense mostrava grande temeridade em votar em candidatos envolvidos com algum grau de denúncias envolvendo corrupção política e eleitoral.  

Podemos notar no decorrer da campanha alguns possíveis erros que podem ter despotencializado a campanha de Márcio Miranda. Notamos nos primeiros oito programas da campanha de televisão que Márcio Miranda buscava se descolar da imagem do governador, devido sua enorme avaliação negativa, especialmente na região metropolitana de Belém e buscava prestar contas de seu mandato à frente da ALEPA para se apresentar como um executivo experiente, ao mesmo tempo que buscava carimbar Helder Barbalho como um candidato ficha suja.  

Quem é analista de política sabe que Jatene fez um bom governo, mesmo no interior da crise de violência que assolou o Pará, o resultado do governo Jatene é positivo. No período eleitoral a violência cedeu em relação aos meses anteriores ao processo eleitoral. Sabemos também, que Miranda era candidato de Jatene e Helder e sua campanha lembravam isso todos os dias. Ora, nós sabemos também que uma campanha centrada em torno da divulgação das boas realizações do governo, melhora a avaliação popular em torno do desempenho do governo e oferece a alavanca necessária para o candidato apoiado por este governador.  

A candidatura Miranda perdeu preciosos dias que poderiam consolidar na percepção popular a ideia de que Jatene fez um bom governo, bastaria comparar com outros 26 estados da federação, onde 17 não vêm pagando a folha de pessoal regularmente. Jatene tinha um cartel de mais de 500 obras terminadas, inclusive algumas de grande visibilidade como os 17 hospitais inaugurados e outros 4 em fase de acabamento, a rodovia do Marajó, o parque do Utinga, o prolongamento da avenida Primeiro de Dezembro, as pontes de concretos sobre os rios, a manutenção da malha rodoviária, e outros.   

Márcio Miranda só poderia ter suas chances eleitorais ampliadas caso a população consolidasse uma avaliação positiva do governo Jatene. Mas a candidatura Márcio Miranda só veio a fazer prestação de contas do mandato Jatene, na última semana de campanha. Assim, Helder Barbalho derrotou o candidato de Simão Jatene e fez o MDB e sua família retomarem o controle político do Pará após 28 anos afastados do comando político do Pará.  

Helder ainda obteve outra vantagem estratégica sobre a candidatura governista de Márcio Miranda, durante os debates na televisão. Ora, todos sabem que Helder foi formalmente denunciado por delatores da JBS  no curso da Operação Lava Jato. Em uma campanha este fato teria efeito devastador.  

Ora, Miranda sabia disso e centrou seus ataques contra Helder taxando-o de ficha suja. Por outro lado, Helder, se aproveitou da denúncia do Promotor estadual sobre questionamentos e denúncias sobre uma possível irregularidade na aposentadoria do candidato Miranda. Helder apresentou Miranda como um fraudador e para somar a estas denúncias, Helder buscou colar a imagem do vereador e denunciado por associação ao tráfico de drogas Gordo do Aurá ao candidato Márcio Miranda.  

Em síntese, Helder conseguiu criar confusão na cabeça do eleitor indeciso e teve sua estratégia vitoriosa. Tivemos no Pará um pouco mais de 10%¨de eleitores que votaram Branco ou Nulo, totalizando quase quinhentos mil votos. E ao final do processo eleitoral podemos dizer que o eleitor indeciso que poderia ser capturado pelo voto ficha lima foi neutralizado e Helder veio a vencer o pleito eleitoral de 2018.  

A coligação emedebista também elegeu as duas vagas ao senado em disputa. Esta vitória da coligação oposicionista era pré-anunciada devido ao racha na base governista. Da base do governador Jatene foram lançados pelo menos três candidatos com bom potencial eleitoral: Flexa Ribeiro, Coronel Osmar e Sidney Rosa. O racha dos votos na base do governo do estado propiciaram a vitória das candidaturas oposicionistas de Jader Barbalho e Zequinha Marinho

Ou seja, a pulverização de candidatos governistas já anunciava que Simão Jatene tinha perdido o poder de coordenação política sobre os partidos de sua base de sustentação.  

Jatene deixa o governo após uma exitosa gestão, mas também deixa o PSDB fraturado. Todos os estudiosos sabem que deputados e prefeitos só conseguem manter viva suas carreiras políticas se forem bem avaliados pela população. No curso de todos os governos pós redemocratização, estes têm conseguido a base parlamentar necessária para governar.   

Os deputados buscam fazer parceria com o governo de plantão para levar obras e serviços para suas bases eleitorais. Este fato prenuncia de que o novo governador terá especial satisfação de cooptar a base peessedebista no Pará, em especial os deputados e prefeitos. O PSDB deve sair a partir destas eleições como um partido bastante desidratado politicamente.   

Creio que Helder poderá ter, se assim o quiser, obter o apoio de até 40 deputados na sua base de sustentação parlamentar, além de 90% dos prefeitos municipais. Não sei se convém ao governador eleito construir tamanha base, pois o governo teria grande parte de seu orçamento consumido nesta missão, aumentando em muito os custos da governabilidade.  

Quanto às perspectivas do futuro governo Helder dependerá em muito das escolhas que serão feitas no início do governo. Os orçamentos de governos estão cada vez mais escassos. O Brasil já apresenta vários anos de estagnação econômica com baixíssimo crescimento do PIB. A lei Kandir lesa as finanças estaduais. 

Nosso estado se baseia no setor de serviços e no consumo que advém do funcionalismo público e dos aposentados e pensionistas, além dos consumidores de baixo padrão advindo dos titulares dos programas sociais do governo federal. Os grandes empreendimentos econômicos do estado estão sob controle do governo federal.  

Helder assumiu muitos compromissos com gastos fixos, a exemplo do pagamento do piso nacional dos professores estaduais, o salário dos delegados em paridade com os rendimentos dos promotores, com gastos voltados para a proteção social. É desta equação é que saberemos o poder de investimento, a partir de recursos próprios do futuro governador do Pará.  

Por outro lado, o MDB, pela primeira vez enfrenta grande incerteza quanto ao relacionamento com o futuro presidente da república, Jair Bolsonaro

O MDB sempre sobreviveu como um partido congressual e da esplanada dos ministérios. 

O MDB saiu das eleições de 2018 com o pior desempenho eleitoral de sua história recente, e toda a sua capacidade de barganha com o novo governo dependerá da participação ou não do MDB no comando da câmara dos deputados ou no senado federal.  

Estas incertezas recomendam ao novo governador muito critério na hora de assumir gastos fixos, como em relação à folha de pagamento. Ou Helder faz um governo de austeridade, cortando desperdícios na máquina administrativa, planeja antecipadamente os custos fixos da máquina de governo ou poderá no curto espaço de tempo, ver a capacidade de investimento mínimo do estado chegar a níveis paralisantes.  

Helder estará frente a um grande dilema. 

Como cumprir com a enorme de agenda de promessas que assumiu nos palanques eleitorais no contexto da grave crise econômica que o Brasil passa? 

Como atender a enorme demanda que será apresentada pelos partidos aliados, atinentes a cargos, funções, obras, serviços e empregos temporários para seus apoiadores? 

Usando uma figura de linguagem, eu diria que o Helder tem 100 ingressos para um espetáculo, mas prometeu entrada para 10 mil pessoas.  

É ver para crer.

quinta-feira, novembro 01, 2018

Ainda preso, João Salame pode ser Secretário de Saúde do Pará

Mesmo ainda preso, João Salame é cotado para assumir a SESPA no futuro governo de Helder Barbalho.


Por Diógenes Brandão

João Salame (PP) foi eleito prefeito de Marabá e meses depois teve seu mandato cassado pela justiça, após ser acusado de diversas irregularidades e desvios. Como recompensa, ganhou um importante cargo no governo Temer, por indicação de Jader e Helder Barbalho, eleito governador do Pará, no último domingo, 28.  

Acusado de ser o principal beneficiado das Fake News produzidas por bunkers descobertos pela polícia federal e civil, na véspera das eleições, Helder Barbalho acusou seu adversário de ter se aposentado antes do tempo e mostrou uma filmagem, onde o Gordo do Aurá aparece ao lado de Márcio Miranda, em um evento onde o vereador Dr. Daniel (PSDB) fazia o lançamento de sua candidatura como deputado estadual e convidou, tanto seu coordenador de campanha, o Gordo do Aurá, quanto Márcio Miranda, que alega ter sido convidado para o evento, sem saber da presença do "Gordo" que havia pedido sua expulsão do DEM, partido de ambos, tão logo soube de sua prisão por envolvimento com o tráfico.  

Aliados e prováveis sócios da família Barbalho, o deputado federal Beto Salame (PP) e João Salame, são acusados te terem falsificados assinaturas de dirigentes do PP, para retirarem o então candidato Mário Couto da chapa do partido, afim de beneficiar Zequinha Marinho (PSC) e Jader Barbalho (MDB), que acabaram sendo eleito e reeleito o senador mais votado nesta eleições, respectivamente.  

Beto e João Salame, são suspeitos de serem os principais mandantes e pagadores das centrais (bunkers) de difamações contra o principal adversário de Helder Barbalho.  

Estes locais foram descobertos pela polícia federal e civil, dias antes de João Salame ter sido preso dia 18 deste mês, mas o eleitor paraense só falou do Gordo do Aurá, que fez campanha para Dr. Daniel Santos, vereador de Ananindeua e eleito nestas eleições como deputado estadual mais votado nestas eleições. 

Dr. Daniel traiu seu partido, o PSDB, e fez campanha para Helder Barbalho.

segunda-feira, outubro 22, 2018

Qual o menos pior: Márcio Miranda ou Helder Barbalho? E quem tá com Bolsonaro ou Haddad?

Eleitores de Márcio Miranda e Helder Barbalho misturam a campanha presidencial e usam o nome dos seus candidatos para influenciar as eleições no Pará.

Por Diógenes Brandão    

O vídeo de Frank Bolsonaro, administrador da fanpage Família Bolsonaro Pará está sendo usado por petistas ligados a campanha de Helder Barbalho (MDB), como um recurso retórico contra a candidatura de Márcio Miranda.

No vídeo gravado ao vivo na noite deste último sábado, 20, na Av. Doca de Souza Franco, durante uma manifestação das militâncias dos candidatos que disputam as eleições para o governo do Estado, Frank Bolsonaro afirma que Eder Mauro é Helder Barbalho e diz que Helder Barbalho é PT.

Assista o vídeo:



Diante disso, muitos petistas acabaram vestindo a carapuça e assumindo a campanha do MDB, chamado de partido golpista pela esquerda como um todo.  

Historicamente, o DEM, partido de Márcio Miranda é aliado do PSDB, o qual foi durante mais de 30 anos, o principal adversário do PT. 

Foi do presidente nacional do então PFL, hoje DEM, a frase que aumentou o antagonismo da esquerda contra o partido de Márcio Miranda: "Desencantado? Pelo contrário. Estou é encantado, porque estaremos livres dessa raça pelos próximos trinta anos", disse Jorge Bornhausen referindo-se ao governo do PT, numa palestra em que lhe perguntaram se não estava desencantado com a situação política do país, em Agosto de 2005.  

Passados 13 anos, alguns petistas ainda usam esse rancor pelo DEM para justificar sua decisão de votar contra Márcio Miranda e fazerem campanha para Helder Barbalho.  No entanto, segundo fontes do blog AS FALAS DA PÓLIS, a chamada "banda boa" do PT não aceitou fazer parte do acordo político feito logo após o fim do primeiro turno, quando Paulo Rocha (PT) foi derrotado, como já era previsto e a cúpula da "banda podre do PT", reuniu-se e declarou apoio unilateral à campanha dos Barbalho. 

A militância não seguiu a determinação da direção partidária e o PT segue rachado, com petistas fazendo campanha para os dois candidatos: Helder Barbalho e Márcio Miranda.  No entanto, o vídeo de Frank Bolsonaro tem sido usado por petistas pró-Helder Barbalho, em grupos da esquerda paraense, para forçar o entendimento de que a manifestação de apoio de eleitores de Bolsonaro a Márcio Miranda, seria a razão para que toda a esquerda vote em Helder Barbalho. 

Confesso que demorei a acreditar que tanta gente inteligente esteja sendo tapeada por mais essa narrativa torpe e sem a menor condição de ser crível.

Soma-se à essa narrativa, a ideia de que Márcio Miranda foi indicado por Simão Jatene (PSDB) declarado como inimigo histórico do PT e de toda a esquerda paraense. 

No entanto, um atento observador petista, me lembrou de que no primeiro turno, o PSDB de Simão Jatene fez campanha e jogou peso em Geraldo Alckmin, o seu candidato a presidente. 

Já o MDB, fez campanha aberta a Jair Bolsonaro, ao invés de Meireles, candidato oficial do partido. 

Os números confirmam a tese do militante que integra a "banda boa do PT".  

Tem mais, para grande parte dos petistas paraenses, pouco importa de que lado esteja o Gordo do Aurá e muito menos se o João Salame (PP) foi preso por corrupção. Eles querem eleger Haddad e ponto final.  

Como nenhum dos dois candidatos ao governo do Estado declarou apoio aos candidatos a presidente do Brasil, qualquer ilação de que Márcio Miranda é Haddad ou Bolsonaro, assim como Helder Barbalho é Bolsonaro ou Haddad é pura falácia de militantes ou pessoas mal intencionadas. 

As paixões se afloram e o erro da esquerda (PT e PCdoB) em decretar apoio a Helder Barbalho, ao invés de deixar com que a militância escolhesse livremente seu candidato ao governo e focasse na campanha presidencial, tem levado Bolsonaro a crescer de forma avassaladora no Pará.

Segundo a última pesquisa DOXA, publicada neste domingo (21), Bolsonaro continua liderando as intensões de votos, com uma diferença de 9,4% sobre Fernando Haddad. Veja o gráfico:

Pesquisa DOXA foi realizada com  1.896 eleitores, entre os dias 10 e 13 de Outubro, em todas as mesorregiões do Estado, com o nível de confiança de 95% e Margem de erro de 2,25. Registro Eleitoral nº PA-07843/2018. 

O PSOL não assume publicamente, mas sua militância está orientada a votar contra Márcio Miranda e em Haddad para presidente, mesmo depois do partido ter feito duras críticas aos governos do PT e do MDB, tanto a nível estadual, quanto nacional, chamando-o de golpista e de ser inimigo número 1 da classe trabalhadora. 

No entanto, a maioria da militância psolista também não aceita votar em qualquer integrante da família Barbalho, optando, portanto, pelo voto nulo.  

Mas nos últimos dias, o blog tem conversado com muitas lideranças e formadores de opinião da esquerda paraense e a maioria destaca que se for para escolher o menos pior, Márcio Miranda seria a melhor opção. Por que? Indaguei durante todo o final de semana.

Avaliando todas as consultas e conversas feitas com a militância e lideranças da esquerda paraense, os motivos para votar em Márcio Miranda ao invés de Helder Barbalho seriam quatro. São eles:  

1) Márcio Miranda é um bom sujeito, sem nada que abale sua índole. Como político, Márcio Miranda sempre agiu de forma ética, democrática e sempre buscando o equilíbrio das forças políticas de dentro e fora da ALEPA, coordenando reuniões e conversas entre o governo e a oposição, para chegar no bom senso e nas melhores condições, nas mesas de negociação, seja com sindicalistas, prefeitos, segmentos do setor produtivo e movimentos sociais.  

2) Márcio Miranda sempre respeitou as minorias, acatando propostas e bons nomes nas negociações para composição de mesas diretoras e comissões estratégicas no parlamento estadual, onde foi eleito e reeleito por mais duas vezes consecutivas, todas com o voto unânime dos deputados, de todos os partidos paraenses, inclusive deputados do PT, PCdoB e do MDB, hoje seu principal rival. Algo inédito e surpreendente. 

3) Na comparação entre o menos pior, entre os nomes de Márcio Miranda e Helder Barbalho, este último é uma ameaça maior à esquerda, já que sua família possui um império de comunicação, que através dos seus telejornais, programas de rádio e do jornal Diário do Pará influencia milhões de paraenses contra seus adversários. 

Imagine uma greve do SINTEPP - Sindicato dos Professores do Estado do Pará - onde por algum motivo haja o uso de força policial contra os manifestantes grevistas. 

Como os veículos de comunicação da família do governador iriam se manifestar? 

Iriam tratar os manifestantes com isenção e respeito, ou chamá-los de esquerdistas/petistas vagabundos, tal como faz todos os dias, apresentadores e funcionários das empresas da família Barbalho, como Joaquim Campos (MDB), vereador e candidato a deputado federal novamente derrotado nas urnas por sua truculência e carta branca para difundir opiniões contrárias à esquerda, semeando ódio e até ideias para acabar com ela?  

4) Independente de quem seja o presidente eleito, a família Barbalho será da base aliada e continuará forte e com grande poder para indicar seus membros para ministérios e autarquias, como a SUDAM, pois quem entende minimamente de política partidária, sabe que o MDB, com seu tamanho no Congresso Nacional, sua importância para aprovação de projetos e da necessária governabilidade ao futuro presidente, continuarão a oferecer sua fatia no poder central, mantendo  ou até ampliando o poder da família mais rica da política paraense, que já possui a maioria dos prefeitos, deputados e vereadores eleitos no Pará. 

Imagine com todo esse poder, nas eleições de 2020.

Imagine!

segunda-feira, outubro 15, 2018

Quem são os candidatos do "Gordo do Aurá"?

Por Diógenes Brandão

Dr. Daniel (PSDB) é vereador de Ananindeua, segundo maior município do Pará, pertencente à Região Metropolitana de Belém, eleito como o deputado estadual mais votado nas eleições deste ano, no Pará, protagonizou uma das estratégias mais utilizadas neste segundo turno: A exibição de adesões políticas e de apoio aos candidatos que disputam as o cargo de governador do Estado.

No último sábado (13), o blog AS FALAS DA PÓLIS publicou a matéria Mais um tucano cooptado assume a campanha de Helder Barbalho, onde confirmamos a ligação de Dr. Daniel com a família Barbalho.

No entanto, circulam pelas redes sociais, fotos e vídeos onde o Dr. Daniel aparece pedindo e recebendo apoio de  nacional conhecido como "Gordo do Aurá", o qual é vereador de Ananindeua e se encontra preso desde o dia 04 de Setembro deste ano, acusado de liderar uma facção criminosa. A prisão do vereador foi realizada durante a operação  em uma área chamada "Cidade de Deus”, localizado no bairro do Aurá, em Ananindeua.  

A propaganda eleitoral oficial e extra-oficial de Helder Barbalho (MDB) tem veiculado a imagem do 'Gordo do Aurá", como sendo apoiador de seu rival, o candidato Márcio Miranda, já que ambos são filiados ao DEM. 

No entanto, assim como "Gordo do Aurá", a campanha de Helder tem cooptado diversas lideranças do PSDB, como Dr. Daniel e exibido como se fossem prêmios ou uma vantagem sobre seu adversário.

Na foto e vídeo abaixo, veja os momentos em que Dr. Daniel (PSDB) assume a campanha de Helder Barbalho (MDB).




Agora veja Dr. Daniel (PSDB) com o "Gordo do Aurá", recebendo e dando apoio um ao outro, durante uma caminhada no Aurá, poucos dias antes de ser preso.







Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...