Centenas de populares pressionaram os vereadores em frente à Câmara de Vereadores de Tucuruí.
Por Diógenes Brandão
O vereador Weber Galvão (PMDB) entrou com uma representação contra o presidente da Câmara Municipal de Tucuruí, o vereador Rony Santos (PSC) pedindo a cassação do mesmo. Segundo disse em uma rádio local, Weber considera que o colega está obstruindo a apreciação do pedido de cassação que este apresentou contra o prefeito Artur Brito (PV), afastado do cargo no dia 13 de Novembro, depois que o Tribunal de Justiça do Estado atendeu o pedido do Ministério Público Estadual, que por sua vez acatou a denúncia feita pelo empresário Alexandre Siqueira, de que no cargo de prefeito, Artur e seus assessores praticaram atos de corrupção, em contrato de obras e prestação de serviços, na prefeitura de Tucuruí.
Afastado da prefeitura de Tucuruí por suspeita de corrupção, o prefeito Artur Brito foi novamente poupado pelo presidente da Câmara de Vereadores do município. Vereador acusa presidente da casa de obstruir as investigações e por isso pede que o vereador também seja cassado.
A decisão de Weber Galvão de ingressar contra o vereador Rony Santos se deu na manhã desta terça-feira (28), logo depois que o presidente da Câmara Municipal de Tucuruí negou o pedido feito por seu colega, que era irmão do ex-prefeito Jones William, para que a Câmara de Vereadores iniciasse o processo de cassação do prefeito Artur Brito, pelo assassinato de Jones e pela forma com que a administração vem sendo usada para acobertar o crime. O vereador lembra que há suspeitas até de pagamento de quase um milhão para o assassinato de Zé Davi, fazendeiro morto com cinco (05) tiros, no mesmo dia em que o dinheiro foi sacado dos cofres da prefeitura. O pagamento do crime teria sido realizado através de um aditivo para a obra da orla de Tucuruí, feito pelo prefeito Artur Brito, no dia do assassinato do fazendeiro.
Em uma nota emitida no dia 03 de novembro, o vereador Weber Galvão fez um apelo em busca de justiça pelo assassinato do seu irmão, o prefeito Jones William (PMDB), morto de forma cruel e covarde com tiros na cabeça, enquanto fiscalizava obras em uma rua do município, em Julho deste ano. Segundo ele, não há como suportar conviver no mesmo ambiente que os beneficiados pelo crime cometido contra o seu irmão.
Segundo populares presentes na manhã desta terça-feira na Câmara Municipal de Tucuruí e que entraram em contato com o blog para denunciar o ocorrido, o presidente da casa resolveu encerrar a sessão depois que terem sido jogadas moedas em direção à mesa diretora, simbolizando a compra de vereadores para que estes barrassem a votação, que poderia causar a cassação do mandato e a instalação de uma CPI para apurar as denúncias de corrupção contra o Artur Brito.
Centenas de populares se mantiveram em frente à Câmara de Vereadores exigindo a cassação do prefeito Artur Brito, mas a sessão foi interrompida pelo presidente e não tem data para ser retomada.
Tucuruí: Enquanto a mãe volta pra cadeia, o filho é mantido afastado da prefeitura.
Por Diógenes Brandão
Mais um capítulo da dramática situação política do município de Tucuruí revela que as coisas continuarão difíceis para a família Brito. Na manhã desta segunda, após decisão aprovada por 4 votos a um, os desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado do Pará decidiram derrubar a liminar concedida na última sexta-feira (24), pelo desembargador Ronaldo Marques Valle, que atendeu os pedidos feitos pelos advogados de Josenilde Silva Brito (Josy Brito) e concedeu o Habeas Corpus liberatório e a liminar determinando a libertação da acusada de ser mandante do assassinato do prefeito Jones William.
Josy Brito é mãe de Artur Brito, afastado do cargo de prefeito pela justiça do município, no último dia 13 de Novembro, por fortes suspeitas de corrupção em contratos de obras e prestação de serviços para a prefeitura. A defesa de Artur Brito alega que a justiça e o Ministério Público estejam sendo usados pelo empresário Alexandre Siqueira, autor das denúncias que levaram o prefeito a ser afastado.
A versão dos advogados de defesa do prefeito afastado é amplamente reproduzida pelo assessor de comunicação da prefeitura, Wellington Hugles e hoje foi repetida pelo radialista Nonato Pereira, na rádio Mix FM, ligada ao sistema Marajoara de Comunicação. Cabe lembrar que o radialista que usou seu programa para defender a versão apresentada pela família Brito foi preso e condenado a 13 meses e 20 dias de detenção, mais pagamento de uma multa, por ter participação em um esquema de fraudes em licitações de várias prefeituras do Pará. Só na prefeitura de Parauapebas, o esquema desviou mais de R$ 22 milhões dos cofres públicos. Além nisso, Nonato Pereira possui outras condenações pelo crime de calúnia, injúria e difamação e foi preso com dólares e maconha em sua casa.
Filho é mantido afastado da prefeitura e mãe retorna à cadeia
Depois de passar 03 (três) dias fora da cela onde estava presa desde o dia 31 de Outubro, Josy Brito teve o relaxamento de sua prisão derrubado nesta segunda-feira (27). A prisão preventiva temporária decretada pelo Juiz José Leonardo Frota de Vasconcellos Dias, da Vara Criminal da Comarca de Tucuruí foi novamente reestabelecida e Josy Brito já dorme em sua cela novamente. Nesta segunda-feira, o Tribunal de Justiça do Pará também decidiu negar o pedido dos advogados de seu filho, para que retomasse o cargo de prefeito, mas por decisão judicial, Artur Brito (PV) continua afastado do cargo.
Advogados consultados pelo blog AS FALAS DA PÓLIS avaliam que as chances de Artur Brito retomar o poder municipal são muito improváveis e uma nova eleição deverá acontecer ainda no primeiro semestre de 2018.
Na foto de Cristiano Martins, o morador Humberto Conceição parece apontar para os problemas identificados nas unidades habitacionais do Residencial Liberdade II, entregue neste domingo pelo governador Simão Jatene e Guilherme Cruz, superintendente regional da Caixa Econômica Federal.
Por Diógenes Brandão
"Mudar a vida das pessoas e poder oferecer moradia digna e de qualidade é uma das metas do Governo do Pará", foi com que essa frase acima que o governo do Pará divulgou a inauguração do Residencial Liberdade II, localizado no antigo Campus III da Universidade Federal do Pará (UFPA), na Avenida Tucunduba, e mais 32 unidades do Residencial Riacho Doce I, localizado na Avenida Perimetral, próximo à Estação de Ônibus da UFPA. As obras se estendiam por anos no bairro do Guamá.
As 300 unidades habitacionais foram entregues na manhã deste domingo (26) e contou com a presença de Guilherme Cruz, superintendente regional da Caixa Econômica Federal e do governador Simão Jatene (PSDB), que tirou foto, gravou vídeos, fez selfies e abraçou diversos moradores que anteshabitavam em moradias em condições precárias nas ocupações no Tucunduba, Perimetral e Acampamento.
Para os jornalistas responsáveis pelo portal de notícias do governo do Estado (Agência Pará), "320 famílias dos bairros do Guamá e Terra Firme, em Belém, puderam sentir a felicidade de conquistar a casa própria." No entanto, em um vídeo gravado por um dos beneficiados com a entrega de sua nova casa, a realidade contrasta com os textos, fotos, vídeos e discursos feitos no momento e depois da inauguração.
No vídeo, o morador indignado reclama: "Olha aqui a verdadeira obra do Simão Jatene, aqui ó. Tá entregando hoje a casa e olha como ele tá entregando a casa pro cidadão de bem morar. Olha aqui, ó", relata o beneficiado pela obra que pinga água do teto sem foro e inunda o piso sem lajotas.
Assista:
Ainda no site da Agência Pará é possível ver diversas fotos da parte externa e interna de outras casas. Algumas estão rebocadas e pintadas, mas a maioria aparece com as paredes no tijolo, sem reboco, o teto com o forro cru e todas desprovidas de acabamento, sem lajotas no piso, sem lâmpadas e outros ítens que uma obra que custou milhões de reais aos cofres públicos e demorou anos para ser entregue, não poderia deixar de ter.
Sem reboco e com o teto com o foro cru, Neuber dos Santos e sua sogra Floriana Pimentel pousam com a 'cara fechada' para a foto de Cristiano Martins. AG/PA.
Com o microfone na mão, a presidente da Companhia de Habitação do Pará (Cohab), Lene Farinha, ao lado do Superintendente Regional da Caixa Econômica Federal, Guilherme Cruz, o governador Simão Jatene e sua filha e Secretaria Extraordinária de Estado de Integração de Políticas Sociais, Izabela Jatene. Foto de Cristiano Martins. Ag-PA.
Imagem aérea dos 288 apartamentos do Residencial Liberdade II, localizado no antigo Campus III da Universidade Federal do Pará (UFPA), na Avenida Tucunduba. FOTO: SECOM/Governo do Pará.
Entre milhões de imagens e vídeos que circulam pela internet, existem aquelas que encantam a maioria das pessoas que as vêem, pelo simples fato de serem espetaculares. E por serem assim, acabam nos cativando e fazendo com que compartilhemos esse tipo de conteúdo, pois consideramos que se foi interessante para nós, deve ser para os nossos amigos e outras pessoas.
Um desses vídeos me chamou a atenção e em uma rápida busca foi possível confirmar que nem tudo que parece "fofo", realmente é. Esse é o caso de um vídeo que um amigo deste blogueiro compartilhou em sua linha do tempo no Facebook.
Postado em uma página denominada This is Real (Isto é real), com o título Amazing Artist! (Artísta Incrível) e a trilha sonora do instrumental da música The Sound Of Silence, da dupla Simon & Garfunkel, um elefante aparece pintando um quadro de um elefante e rosas.
A cena é simplesmente incrível. Assista:
Viram como realmente é fantástico o "talento" do animal que mais parece um artista incrível, como sugere o nome do vídeo que já tem quase 200 milhões de visualizações, mais de um milhão de comentários e ultrapassou os 3 milhões de compartilhamentos, apenas na fanpage citada?
Agora leia a matéria publicada em 2014, no site da ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais, que revela a crueldade que está oculta no treinamento e tortura para que elefantes sirvam em cenas como essa, que rende milhões de dólares com apresentações a turistas na Tailândia.
Elefantes sofrem abusos terríveis para aprender a “pintar” Dentre as diversas formas de exploração de elefantes para entretenimento humano, há uma que corre o risco de parecer "inocente" aos olhos de turistas e espectadores: são os elefantes "pintores"....
Elefante “pinta” em campo na Tailândia. Foto: Reprodução.
Dentre as diversas formas de exploração de elefantes para entretenimento humano, há uma que corre o risco de parecer “inocente” aos olhos de turistas e espectadores: são os elefantes “pintores”. Quando se vê elefantes pintando quadros com aparente desenvoltura, pode ser tentador para a maioria das pessoas acreditar que eles fazem isso por algum dom natural, por inteligência, ou porque simplesmente gostam.
No entanto, segundo reportagem do One Green Planet, se formos refletir por um momento, podemos nos perguntar: em que circunstâncias alguém se depara com um elefante pintando um quadro na natureza? Isso nunca ocorrerá, pois esse é mais um “produto” da indústria que explora animais para entretenimento.
O turismo que explora elefantes é extremamente popular na Tailândia, motivo pelo qual a população nativa de elefantes asiáticos praticamente desapareceu do seu meio natural. Turistas de todo o mundo vão para esse país com o intuito de ter a experiência de ver e ter contato com esses animais. Existem inúmeras excursões que promovem “passeios de elefante”, e há até mesmo “campos” de elefantes onde, por uma pequena taxa, as pessoas podem passar o dia na presença dos mesmos. E dentro desse mercado de exploração, os “elefantes pintores”, também conhecidos como “elefantes artistas”, são mais uma modalidade altamente explorada em cativeiro.
Os Elefantes “artistas” da Tailândia
O Maesa Elephant Camp está em operação desde 1976, e é conhecido como o pioneiro no conceito de elefantes “artistas”. O campo está localizado nos arredores de Chiang Mai, na Tailândia, um ponto disputado do turismo tailandês. Há setenta e oito elefantes atualmente “inscritos” no campo, os quais foram “adquiridos” (sic) pelo fundador do dito arraial, Choochart Kalmapijit, ao longo dos últimos 30 anos.
O site do campo explica: “Choochart comprou elefantes de todo o país, e com os seus ‘mahouts’ (‘condutores’ de elefantes) e outros especialistas, trabalhou e se apaixonou por esses animais, descobrindo habilidades e fatos sobre os paquidermes”.
Uma das “habilidades” louvadas pelo Maesa Elephant Camp, é claro, é a “estranha habilidade dos elefantes para pintar”.
Treinador segura “bull hook”, instrumento usado para intimidar e ferir elefantes em treinamento. Foto: Reprodução.
Como eles são ensinados?
De acordo com informações do site do Maesa Elephant Camp, os elefantes artistas do acampamento começaram a subir ao palco em 2000. “Quando os filhotes alcançavam dois anos de idade, era hora de separá-los de suas mães”.
E, como todos os bons adultos, esses pequenos elefantes foram colocados para trabalhar. “Daquele dia em diante, esses pequenos ‘Jumbos’ iriam viver com um adestrador e serem treinados por ele, aprendendo comandos, desenvolvendo habilidades e – pela primeira vez no Maesa Elephant Camp – pintando!”.
O site explica que demorava cerca de um mês para ensinar os elefantes a segurar o pincel com a tromba – ‘eles eram um pouco relutantes no começo, mas pegaram o jeito rapidamente!’. Uma vez que esta habilidade estava dominada, eles estavam prontos para aprender a mergulhar os pincéis na tinta. “Um dos nossos paquidermes prodígio pintou pontos com sucesso, enquanto os outros três escolheram pintar belas linhas”, diz o site.
E assim, teve início a Galeria Maesa.
Bem, se você simplesmente não está satisfeito com essa explicação simplista de como se pode ensinar um filhote de elefante selvagem a ficar parado e se concentrar em uma pintura, segue abaixo a verdade. Por favor, continue a ler.
A história mais provável Enquanto não se pode afirmar que o Maesa utiliza estes métodos para a formação de seus elefantes pintores, este é um relato confiável de como os elefantes são tradicionalmente treinados para pintar na indústria do turismo tailandês, graças a uma pesquisa realizada por organizações dedicadas à preservação de elefantes de toda a Tailândia. A ONG Born Free explica que é um mito a acepção de que a habilidade de pintar seja resultado da inteligência natural dos elefantes. Muito pelo contrário, refutando diretamente a história contada pelo Maesa sobre como os elefantes lá confinados aprenderam a pintar, “elefantes enfrentam meses de abusos físicos para aprender a segurar um pincel, desenhar uma linha e pintar flores e folhas”. Como os elefantes usados na indústria de passeios de elefante, em que carregam pessoas em suas costas, os elefantes jovens utilizados para a pintura devem ser “quebrados” e experimentar a dor do processo “phajaan”, práticas explicadas em reportagem recente da ANDA . Durante este tempo, os bebês elefantes estão sedentos, algemados e espancados, até que seu espírito esteja completamente quebrado e se submeta à vontade de seus captores. Uma vez que os jovens elefantes passaram por este processo, podem aprender também a pintar.
Filhote de elefante é massacrado durante processo de treinamento, chamado de “quebra” do seu espírito. Foto: OGP.
Treinando um escravo
Os elefantes usam pincéis especiais para criar suas “obras-primas”. Esses pincéis são inseridos diretamente na tromba e têm uma barra divisória que fica no final dela, para evitar que a mesma caia do nariz do elefante.
Durante uma performance de pintura, o treinador do elefante está diligentemente ao lado do elefante, equipado com “bull hooks” (bastões com ganchos de ferro pontiagudo nas extremidades, para intimidar e ferir o animal).
Além dos “bull hooks”, há outro método considerado mais discreto: um prego, que fica escondido na mão do adestrador, é empurrado para o tecido mole da orelha dos elefantes quando estes não fazem o que é mandado.
Pincéis são reforçados com varetas para serem inseridos dentro das trombas dos elefantes. Foto: OGP.
Para treinar o elefante a mover o pincel para criar padrões de traçado que reconhecemos como flores, árvores ou até mesmo um elefante, os treinadores usam estes aguilhões dolorosos para guiar os movimentos do elefante. Além disso, se um elefante pinta incorretamente, ele é espancado, ou com um “bull hook”, ou com pancadas com outros objetos em sua cabeça ou tronco.
“A real inspiração por trás de uma pintura feita por um elefante”. Foto: One Green Planet.
Quando essa habilidade é dominada, o elefante é obrigado a recriar o mesmo padrão todos os dias, às vezes duas ou até três vezes por dia. O naturalista Desmond Morris testemunhou um show de pintura de elefante na Tailândia, para discernir se os elefantes realmente poderiam criar pinturas por vontade própria, com base em seus talentos criativos individuais. Conforme a sua observação, o treinador mantinha um controle sobre o elefantes durante toda a performance, puxando a orelha do animal para a direita ou para a esquerda para manipulá-lo a fazer as pinceladas.
“Primeira lição de pintura: dor”. Note a mão do treinador espetando a orelha do animal. Foto: OGP.
Como ajudar a colocar fim nessa escravidão
É obrigação de cada um de nós agir, para ajudar a colocar um fim nessa situação de exploração e escravidão em que se encontram os animais abusados para entretenimento humano.
Nesse caso, é interessante compartilhar essa informação, pois a conscientização é o primeiro passo para a real mudança.
Além disso, o boicote é uma das formas mais eficazes, senão a mais, de libertar esses animais. Quem se preocupa com os direitos animais não vai a eventos que exibam elefantes de forma alguma, sejam passeios, circos ou shows de “pintura”. Classificar locais que praticam essas performances no Trip Advisor, para que outros turistas também evitem assisti-las, pode ser outro recurso de grande ajuda.
Elefantes sendo explorados em passeios turísticos. Foto: OGP.
Eu fiz a minha parte e você, vai poderia pelo menos compartilhar essa informação?
A peça publicitária do PMDB pega um trecho da fala da ex-presidente Dilma e diz que 'o PT de Dilma desenterrou a mandioca e enterrou o país'.
Por Diógenes Brandão
Uma das inserções do PMDB exibidas na noite desta quarta-feira (22) na TV, o partido de Michel Temer reforça a narrativa de que o PT é o responsável por tudo de errado no Brasil e alimenta ainda mais o anti-petismo já tão proliferado por outros agentes instalados nas emissoras de rádio, TV, assim como nas revistas, jornais e portais da internet, que são reproduzidos por milhões de pessoas através das mídias sociais.
Tal cardápio já faz parte do cotidiano destes segmentos e isso nos alerta para uma só conclusão, baseada em um ditado popular certeiro: Não se bate em cachorro morto. Ou seja, se o partido que tomou o poder investe pesado na desconstrução do PT e de Dilma, algo mostra aos caciques e marqueteiros do partido de que o "inimigo" precisa ser desgastado ao máximo.
Mas desgastar o PT e a última presidenta reeleita pelo partido, sem falar de Lula, o pré-candidato disparado na preferência eleitoral? Porque ele foi poupado?
São esses tipos de perguntas que poucos se fazem e este blogueiro acostumado a ver boi 'avoar', teme que seja um sinal de que o PMDB novamente prima por duas prioridades: Manter Temer vivo até 2018 e negociar a divisão do poder com o candidato que for eleito. Lula, claro, nunca foi descartado pelo partido que indicou por duas vezes o vice-presidente de Dilma.
No Pará, por exemplo, até agora o PT não tem consenso sobre ter candidatura própria ou apoiar uma outra candidatura dentro de uma Frente Ampla de Esquerda, que inclina-se com mais simpatia para indicar o nome da jornalista Úrsula Vidal (REDE) para governador em 2018.
Talvez isso justifique a complacência dos petistas paraenses ao PMDB. Qualquer outra tentativa de explicação, torna-se até mesmo para os néscios, pura alienação e submissão de uma militância que espera ávida por uma explicação que a retire desse submarino que naufragou com milhares de sonhos e ideias e até agora não retornou das profundezas do desconhecido.
Assista:
A Folha de São Paulo informou que "depois da divulgação do conteúdo do filme, porém, o presidente reviu sua decisão. Segundo auxiliares Palácio do Planalto, o vídeo gerou reações de parlamentares aliados, incomodados com a ironia, e da própria Dilma, que classificou a peça de "mal educada, grosseira e vulgar".
"Esta propaganda tem o caráter do governo golpista. É machista e racista", escreveu Dilma em nota. Temer comunicou sua equipe no início desta semana sobre a decisão de não veicular o vídeo em rede nacional".
"Se não recuar de sua decisão [de divulgar a propaganda], o governo golpista vai citar, em tom de deboche e com insinuação de duplo sentido, uma fala feita por mim na abertura dos Jogos Indígenas, em 2015, quando fiz referência à principal fonte de alimentação dos índios, que acabou sendo adotada por toda a população brasileira, tornando-se um símbolo de nossa culinária. O vídeo da propaganda política, que vazou à imprensa, confirma o machismo e a misoginia de um governo que deprecia as mulheres e as populações indígenas", completou Dilma em nota. No vídeo, uma apresentadora dizia que "não dava para esquecer" o discurso de Dilma. "2016, com a economia em frangalhos, Dilma Rousseff anunciava a mandioca como uma das mais importantes conquistas do país". O discurso, porém, foi feito em junho de 2015. "O PT de Dilma desenterrou a mandioca e enterrou o país. Estava mesmo na hora de tirar o país do vermelho", completa a narradora em uma analogia à cor do PT, partido da ex-presidente.
Prefeitos paraenses reuniram-se com a bancada paraense em Brasília para sensibilizar o governo federal sobre a situação caótica em que os municípios se encontram.
O Plenário 14 da Câmara dos Deputados ficou pequeno para a quantidade de prefeitos do Pará. Eles foram recebidos pelos parlamentares da bancada do Estado. A ação fez parte da campanha Não Deixem Os Municípios Afundarem. O objetivo do encontro foi sensibilizar deputados e senadores para as pautas municipalistas.
"Esperamos contar com o apoio da bancada do Estado, fazendo com que nossas conquistas possam virar verdades e acontecer. Nós estamos aqui pedindo nada mais do que os nossos direitos, o direito do contribuinte que está na ponta, nos Municípios", disse o presidente da Federação das Associações dos Municípios do Estado do Pará (Famep), José Antônio Leão.
O vice-presidente da Famep, Nélio Aguiar, lembrou que as pautas estão voltadas justamente para que os Municípios não afundem com a crise. "A grande importância é o fortalecimento do Movimento Municipalista e a unidade dos prefeitos pela atual crise que os Municípios enfrentam. Nós executamos vários programas criados pelo governo federal e somos reféns dos repasses pelo governo. A queda, atinge a situação fiscal dos Municípios. Essa é uma situação alarmante", finalizou.
Estiveram presentes os senadores Paulo Rocha (PT/PA) e Flexa Ribeiro (PSDB/PA), além dos deputados Joaquim Passarinho (PSD/PA), Nilson Pinto (PSDB/PA), Hélio Leite (DEM/PA), Josué Bengtson (PTB/PA), Beto Salame (PP/PA), Julia Marinho (PSC/PA).
Perante 41 deputados, sendo apenas 02 mulheres, Úrsula Vidal convocou a classe política paraense para mudanças em prol de um país e um Estado mais justos, menos machistas e mais preocupados com aqueles que mais precisam: O povo.
Por Diógenes Brandão
Com um discurso ao mesmo tempo forte, contundente e iniciado de forma sensibilizante e mobilizadora, Úrsula Vidal convocou a classe política paraense para lutar pelo desenvolvimento do Pará, através da luta contra o grande prejuízo deixado ao Estado, por consequência das penalidades nos deixada pela Lei Kandir.
Mas não foi só isso, além de silenciar a platéia formada majoritariamente por homens, a jornalista paraense que hoje está cotada com uma das principais pré-candidatas ao governo do Estado, chamou a atenção dos deputados e demais presentes à ALEPA, para a necessária mudança de comportamento em relação aos desafios que se apresentam, para que tenhamos um debate político realmente voltado aos interesses do povo brasileiro. "Infelizmente a intolerância e o fascismo estão vencendo essa guerra por conta da incapacidade nossa, que estamos lutando pelo justo, pelo certo, de fazermos uma narrativa compreensiva para a sociedade civil", disse em um trecho da sua fala, realizada nesta segunda-feira (20), na sessão que discutiu o PLP 221/98, que visa alterar a legislação que tantos buracos nos deixou e já sugou recursos minerais, sem nos indenizar e nem gerar o tão prometido desenvolvimento.
Assista o vídeo da primorosa intervenção de Úrsula Vidal:
Os moradores do conjunto Tapajós, localizado entre a rodovia Augusto Montenegro e a rodovia do Tapanã, estarão ingressando com um pedido de apoio da presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB Pará para tentarem solucionar uma grave ameaça de contaminação da água e do solo, do conjunto e demais áreas atingidas por um canal de esgoto a céu aberto, oriundo de um (01) conjunto habitacionais e quatro (04) condomínios.
O início do despejo desses dejetos dentro do conjunto residencial Tapajós teve a participação da prefeitura de Belém, que conduziu as obras de canalização do esgoto dos condomínios Vida Bela I e II, Cidade Jardim e Alegro que hoje despejam seus dejetos em um canal a 30 metros de uma das bombas d'água que abastecem mais de 1.100 famílias do residencial citado.
Os diretores da Associação de Moradores do conjunto residencial Tapajós solicitaram ajuda do blog AS FALAS DA PÓLIS para denunciar e buscar uma solução para este grave problema e um vídeo foi gravado para anexar ao pedido de ajuda que faremos junto à OAB-PA, para que os órgãos responsáveis pelo Meio Ambiente sejam notificados, assim como o Ministério Público do Estado.
PT apresenta 04 pré-candidatos ao governo do Pará: Cláudio Puty, Evaldo Cunha, Paulo Rocha e Zé Geraldo.
Por Diógenes Brandão
O diretório municipal do PT Belém realizou neste sábado (18), um debate que deu início à construção da política de aliança para 2018, ano em que o partido deverá indicar ou não um candidato do governo do Estado e ao senado. Até agora não há consenso entre as tendências.
Entre os nomes indicados pelos grupos internos, figuram o do ex-deputado federal Cláudio Puty, do ex-prefeito do município de Ipixuna Evaldo Cunha, do senador Paulo Rocha edo deputado federal Zé Geraldo.
A DS - Democracia Socialista, grupo interno do ex-deputado federal Claúdio Puty - o qual obteve 38% dos votos no último Processo de Eleições Diretas - não compareceu ao evento. Pelo que o blog apurou, o motivo é a forte divergência que a DS nutre com a presidente do PT Belém, Milene Lauande, que teria sido eleita através de diversas irregularidades, entre elas, o uso de tickets de gasolina para seus aliados, no dia de sua eleição, transporte de eleitores, entre outras denúncias feitas pela DS, logo após o episódio que gerou a crise interna.
Por sua vez, Milene Lauande disse através de uma nota, que o importante é que as tendências se mostraram unidas nas principais lutas contra o governo golpista e contra as candidaturas da direita no Pará e da necessidade de se formar uma ampla frente popular de esquerda liderada pelo PT com um nome que unifique a luta contra a direita fascista.
Entre os principais debates da reunião, destaca-se o documento apresentando pelo Fórum da Militância Petista, o qual faz uma dura oposição à política de alianças, sobretudo com partidos que patrocinaram e participaram do golpe.
Em um trecho do documento, lê-se: "Não podemos mais ser complacentes com o governo golpista e nem com militantes/filiados petistas compondo tal governo. Diante de tal situação, só nos cabe pedir a imediata abertura de processo ético desses filiados e solicitar a expulsão dos mesmos dos quadros partidários!"
Os petistas estão se referindo aos companheiros de partido que depois de um ano e meio após o Diretório Estadual ter aprovado uma resolução determinando a imediata entrega dos cargos de DAS ocupados por filiados ao Partidos dos Trabalhadores, no governo golpista de Michel Temer, mas que ainda não aconteceu. O documento cobra ainda por "sanções individuais e coletivas que já deveriam ter sido aplicadas, com o afastamento, expulsão ou cancelamento da filiação partidária de petistas que ainda estejam como DAS no governo Temer". Leia aqui o documento na íntegra.
Nos próximos dias 7 e 8 de dezembro haverá uma plenária do Diretório Estadual do PT para também debater as candidaturas do partido ao governo do Estado e ao Senado. No final da plenária, foi aprovado o seguinte documento:
“O Diretório Municipal do PT – Belém, reunido no dia 18 de novembro de 2017, na sede do Partido, delibera:
- Por uma recomendação ao Diretório Estadual do PT – Pará que sejam construídas candidaturas próprias ao Governo do Estado e ao Senado, baseadas em um programa democrático e popular, amplamente discutido pelos seus filiados e posteriormente disponibilizado para os partidos que se opõem ao golpe, no Estado (Frente de Esquerda)
- Paulo Rocha, Zé Geraldo, Puty e Evaldo Cunha. - Que seja estabelecido pela Executiva Municipal, em contato com as Executivas Distritais, um cronograma de debates sobre as eleições de 2018, nos Distritos/Bairros e outros segmentos da sociedade de Belém, aproveitando o Programa “A Belém que o Povo Quer”.
- Que seja realizado um seminário com todos os filiados do Partido em Belém para discutir e deliberar sobre o Programa “A Belém que o Povo Quer”, aproveitando o lançamento que será feito no próximo dia 1º de dezembro, com a participação do ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação dos governos Lula e Dilma, Fernando Haddad.
- Fortalecer a campanha de filiação do PT Belém - Fortalecer as Secretarias Municipais de Juventude e de Mulheres e estimular a criação de novos setoriais do PT Belém e de Núcleos de Base nos Bairros/Segmentos.
- Realização de uma plenária com os filiados do PT Belém que atuam nos movimentos sociais para definir estratégias e cronograma de ações de disputa nesses segmentos - Criação de Comitês Pró-Lula Distritais e nos Bairros Diretório Municipal do PT”.
São aqueles trabalhadores de verde que ficam no trânsito. Eles não são efetivos e não recebem nenhum treinamento.
Por Diógenes Brandão
O blog acaba de receber a denúncia de que o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho reajustou pelo 2º ano consecutivo, o salário dos apoiadores de trânsito, trabalhadores terceirizados da SEMOB.
São 50 apoiadores, onde cada um custará agora quase 4 mil reais (R$ 3.934,42) por mês aos cofres públicos do município de Belém, enquanto que existem servidores efetivos, cujos salários-base ainda estão congelados abaixo do valor do salário mínimo, sem reajuste há mais de dois anos.
Nesse mesmo período, o Ministério Público determinou a prefeitura a paralisar a contratação da empresa terceirizada responsável por estes apoiadores, contudo, após uma troca de promotores do caso, a recomendação do MP foi suspensa e assim a empresa conseguiu retomar o contrato com a SEMOB.
Atualmente com essa reajuste, o custo com um apoiador de trânsito terceirizado custará mais do que um agente de trânsito efetivo.
Segundo a Associação dos Concursados do Pará - ASCONPA, o correto seria o prefeito autorizar a realização de um concurso público para atender a demanda de agentes de trânsito em Belém, já que estes 50 terceirizados são pessoas que estão nas ruas sem treinamento e capacitação e conseguiram o emprego por serem apadrinhados por políticos, agindo portanto em desvio de função.
Para se ter ideia deste gasto, por mês são R$ 200.000,00 reais gastos com estes 50 trabalhadores terceirizados.
Segundo Agentes da SEMOB, os "guardas apoiadores" são indicados por políticos ligados ao prefeito e não recebem treinamento e nem possuem qualificação para atuar no trânsito de Belém, mas ganham mais que os guardas concursados.
A prática de contratação de servidores públicos sem a realização de concursos tem sido uma constante nas gestões municipais e estadual de gestores do PSDB, o que permite o superfaturamento, o apadrinhamento político e o uso de dinheiro e cargos públicos como pagamento eleitoral. Sem esquecer que gera precarização do trabalho dos servidores públicos que estudaram e se prepararam para atuar em suas funções.
Flávio Rodrigues Porto foi preso em uma cidade do interior de Foto: Celso Rodrigues/Diário do Pará.
Por Diógenes Brandão
Tal como o blog AS FALAS DA PÓLIS havia informado em primeira mão, ainda nesta quarta-feira (15), o contratante do assassinato de Jones William, ex-prefeito de Tucuruí, foi preso no município de São Miguel do Araguaia, no estado de Goiás. O acusado não ofereceu resistência à prisão.
Amanhã, Flávio será interrogado pela polícia civil e seu depoimento certamente trará mais luz e informações para o desfecho das investigações sobre o caso.
Além de Flávio, outras prisões já foram realizadas, começando pela empresária Josy Brito, mãe de Artur Brito (PV), vice-prefeito que assumiu a prefeitura logo após a morte do prefeito e que foi afastado nesta segunda-feira (13), acusado de improbidade administrativa pelo empresário Alexandre Siqueira, que teria recusado a proposta de superfaturar obras e serviços para a prefeitura de Tucuruí.
Leia abaixo outras matérias exclusivas do blog que tem feito uma cobertura completa e fiel à apuração deste cruel assassinato que chocou o Pará e ganhou repercussão na mídia nacional.
TRE-PA julgou improcedentes as duas denúncia contra Helder, uma apresentada pela coligação "Juntos pelo Pará", vencedora das eleições de 2014 e a outra pelo Ministério Público Eleitoral.
Por Diógenes Brandão
Com o voto do ex-prefeito de Capanema, Alexandre Buchacra (ex-PT) e mais quatro (04) juízes do TRE-PA, o ministro Helder Barbalho foi absolvido junto com o candidato a vice-governador na época, o ex-deputado Joaquim Lira Maia.
A ação ajuizada pelo Ministério Público Federal por meio da procuradora regional eleitoral substituta, Maria Clara Barros Noleto, foi julgada nesta quinta-feira (16), em Belém. A outra foi movida pela coligação "Juntos pelo Pará", comandada pelo PSDB.
Além do juiz Alexandre Buchacra, acompanharam o voto divergente de Altemar da Silva Paes, os juizes Amilcar Roberto Bezerra Guimarães, Arthur Chaves e Luzimara Moura. Todos julgaram As Ações de Investigação Judicial Eleitoral - AIJES 317955 e 250310, como improcedentes.
O único voto pela condenação de Helder foi do relator do processo, o desembargador Roberto Gonçalves de Moura que deu seu parecer favorável à acusação de que, enquanto candidato, o ministro abusou do poder econômico e fez uso indevido de meios de comunicação de sua família - Rádios, TV e jornal - nas eleições de 2014, quando concorreu ao cargo de governador do Estado. A denúncia partiu da coligação "Juntos pelo Pará", encabeçada pelo governador Simão Jatene reeleito no segundo turno daquele pleito.
O advogado de defesa de Helder Barbalho informou que à época todas as matérias veiculadas foram submetidas ao TRE, que analisou o material e não impediu o registro da candidatura, o que permitiu que o candidato pudesse concorrer ao pleito.
Cabe lembrar que em outra Ação, o mesmo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou o mandato do governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), e do seu vice, Zequinha Marinho (PSC). Por 4 votos a 2, os membros do Pleno do TRE confirmaram que Jatene fez uso indevido de poder político e econômico, no programa habitacional Cheque Moradia, para ser reeleito nas eleições estaduais de 2014.
Um advogado presente no julgamento de hoje, informou ao blog que o mesmo relator que hoje pediu pela condenação do candidato Helder Barbalho, há quatro meses absolveu Simão Jatene pelos mesmos motivos: Abuso de poder econômico através do uso de veículos de imprensa.
Um dos juízes que participou do julgamento da Ação, chegou a defender em seu discurso o ditado popular: "Pau que dá em Francisco, dá em Chico".
O advogado lembrou que no dia 27 de julho deste ano, o TRE-PA julgou a AIJE nº 317093, onde o relator também foi o desembargador Roberto Gonçalves de Moura. Nos autos, o requerente era a coligação "Todos pelo Pará", representada na candidatura de Helder Barbalho, contra Simão Jatene, o empresário e então diretor do sistema ORM (Rádios, TV e Jornais) Ronaldo Maiorana, o jornalista Ronaldo Brasiliense, o empresário e diretor do sistema Marajoara, Carlos Santos e os radialistas Silvinho Santos e Nonato Pereira. Segundo a denúncia, os citados acima eram responsáveis pela veiculação de mensagens difamatórias, caluniosas ou injuriosas contra o candidato Helder Barbalho e sempre favoráveis ao candidato Simão Jatene.
Cabe lembrar que nesse caso, o desembargador Roberto Gonçalves de Moura, que também foi o relator do processo contra Simão Jatene e os veículos e profissionais de imprensa acima descritos, entendeu que "os próprios demandantes (Helder e Lira Maia) tinham a seu dispor um conglomerado midiático utilizado para ataques a adversários e divulgação de feitos próprios e que portanto não houve desequilíbrio substancial algum e, portanto, o ilícito "abuso ou uso indevido dos meios de comunicação" não se conforma".
Ou seja, o desembargador que hoje relatou a Ação de Investigação Judicial Eleitoral procedente contra Helder Barbalho, dizendo que houve prática ilícita no uso de mídias a seu favor, há quatro meses atrás julgou a Ação similar contra Simão Jatene, como improcedente. A alegação para tal mudança de entendimento, não convenceram os demais juízes do TRE-PA, que votaram contra o contraditório relator.
A impressão que fica é que Jatene pode usar os veículos das ORMs (Maioranas) e do Sistema Maroajara (Carlos Santos), assim como Helder também pode usar os veículos da RBA (Barbalho).
E quem não tem empresa de rádio, jornal e TV, como fica?
Onde está o princípio da igualdade de condições, tão exaltado pela justiça eleitoral e todos os códigos processuais eleitorais em vigor no país?
Outra pergunta que fica no ar é se depois da decisão de hoje, nas eleições de 2018, os veículos de comunicação e seus respectivos profissionais poderão livremente fazer suas campanhas eleitorais antecipadas a favor e contra os candidatos dos dois principais partidos do Pará: O PSDB e o PMDB.
Pelo que o TRE-PA deixou a entender em seu despacho é que fica mantida a máxima: "Não te mete em política sem dinheiro". E, principalmente, sem amigos na grande mídia.