Mostrando postagens classificadas por data para a consulta Vacina. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta Vacina. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

sexta-feira, março 26, 2021

PF e MPF investigam se empresários foram vacinados ilegalmente contra Covid em MG

Um dos imunizados foi o ex-senador Clésio Andrade, que também é ex-presidente da Confederação Nacional dos Transportes. Marcello Casal Jr. / ABR
 

Por G1 Minas e TV Globo — Belo Horizonte

Lei libera que iniciativa privada adquira doses mediante a exigência de repassar metade das doses ao SUS até que todo grupo prioritário seja imunizado. Importar ou exportar vacinas sem autorização é proibido, segundo MPF. Denúncia foi da revista Piauí.

Vídeo mostra movimentação anormal em garagem onde teria acontecido a vacinação clandestina.


A Polícia Federal e o Ministério Público Federal irão investigar se empresários do ramo do transporte foram vacinados ilegalmente contra a Covid em Minas Gerais.

A informação sobre a vacinação dos empresários foi publicada na edição on-line da revista Piauí. De acordo com a reportagem, um grupo de políticos e empresários, a maioria ligada ao setor de transporte de Minas Gerais, e seus familiares, teriam tomado a primeira das duas doses da vacina contra Covid.

A reportagem diz que eles teriam comprado o imunizante por iniciativa própria --cometendo duas irregularidades: fazendo a aquisição e vacinação antes que os 77 milhões de brasileiros dos grupos prioritários tenham sido vacinados, e sem a doação de metade das vacinas adquiridas ao SUS, como prevê a lei.

Ainda segundo a reportagem, cada vacina custou R$ 600 e a segunda dose está prevista para ser aplicada nas cerca de 50 pessoas daqui a 30 dias. A revista afirma ainda que a vacina aplicada seria da Pfizer. A Pfizer negou a venda de vacinas fora do Programa Nacional de Imunização (PNI).

Entre os vacinados, segundo a Piauí, estaria o ex-senador e ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Clésio Andrade. Ao G1, ele disse que desconhece o assunto e que está em quarentena, no Sul de Minas, há dois meses.

Governo assina contratos de compra de 138 milhões de doses de vacinas da Pfizer e Janssen — Foto: JN.

À revista Piauí, Andrade afirmou: “Estou com 69 anos, minha vacinação [pelo SUS] seria na semana que vem, eu nem precisava, mas tomei. Fui convidado, foi gratuito para mim”. Questionado pela TV Globo, o ex-senador não confirmou a declaração.

E, de acordo com a Piauí, os organizadores da vacinação foram os donos da viação Saritur. Um deles, Rubens Lessa, é presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano. Por mensagem ao G1, ele se limitou a dizer: "Tenho conhecimento deste assunto".

Segundo a publicação, outro vacinado seria o deputado estadual Alencar da Silveira Júnior (PDT). Ele negou que tenha participado.

A TV Globo confirmou que houve uma movimentação anormal em uma das garagens de ônibus da Viação Saritur na última terça-feira. Um movimento que chamou a atenção dos vizinhos.

“Minha amiga me chamou perguntando se estava tendo vacinação noturna, drive-thru, e eu falei com ela que não, que não tem vacinação à noite, que o posto só funciona até 19h e a vacinação é até as 15h30. Ela falou, 'Não, então tem alguma coisa errada, vem cá para você ver', disse uma mulher, que preferiu não se identificar.

Um vídeo mostra a fila de veículos no estacionamento. Em uma das vagas, uma pessoa com jaleco branco retira algo do porta malas. Ela dá a volta e para em frente ao motorista e faz um movimento parecido com o que seria a aplicação de uma vacina.

O local que aparece nos vídeos é uma das garagens da Viação Saritur, na Região Noroeste de Belo Horizonte, e teria sido improvisado como posto de vacinação.

Um boletim de ocorrência foi registrado no dia da suposta vacinação. De acordo com o documento, os seguranças disseram aos policiais que houve uma pequena reunião dos diretores da empresa, mas que todos já haviam deixado o local quando os policiais chegaram. Na saída, os policiais foram abordados por um morador que confirmou ter visto no pátio da empresa aproximadamente 25 veículos com seus condutores e passageiros, sendo vacinados por uma mulher de jaleco branco. E que crianças também foram vacinadas. Os policiais entraram na empresa, mas nada foi constatado pelas equipes.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), caso a vacinação seja confirmada, os envolvidos poderão responder pelo crime de contrabando, descaminho e de uso e importação de medicamento farmacêutico sem registro.

O imunizante Comirnaty ainda não está disponível em território brasileiro. A Pfizer e a Biotech fecharam um acordo com o Ministério da Saúde contemplando o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 ao longo de 2021.

Fiscalização


A Guarda Municipal de Belo Horizonte disse em nota que foi acionada na terça-feira, mas ao chegar na garagem onde estaria acontecendo a imunização, a Polícia Militar já havia chegado no local.

" Os militares relataram que estavam apurando a mesma denúncia, recebida via 190. Os guardas e policiais entraram na garagem e não havia mais nenhuma movimentação. Por isso a PM registrou a ocorrência e ficou responsável por conduzir o caso", disse.

A Polícia Militar disse que "procedeu ao registro do evento de defesa social, REDS, e direcionou à polícia judiciária para providências subsequentes".

A Polícia Civil informou que "está verificando a eventual existência de crime, cuja investigação possa ser de sua competência legal".

O empresário Rubens Lessa, em nota, afirmou que o "endereço da empresa mencionado na reportagem não pertence ao Grupo Empresarial SARITUR, esclarece que os nomes citados na reportagem não fazem parte da direção do Grupo e que, o assunto tratado na matéria, era de total desconhecimento da diretoria da empresa".

Colaboraram com esta reportagem: Maria Lúcia Gontijo, Thaís Pimentel, Raquel Freitas, Elisa Ferreira, Larissa Carvalho, Carlos Eduardo Alvim e Fernando Zuba.

domingo, março 07, 2021

Prefeitos de Ananindeua e Belém acompanham vacinação de idosos

Na última terça-feira, 2, o prefeito Dr. Daniel Santos (MDB) acompanhou a vacinação dos idosos de Ananindeua, ato copiado em Belém, por Edmilson Rodrigues (PSOL), na sexta-feira, 5.


Por Diógenes Brandão

Segundo a Prefeitura de Belém, de sexta para sábado, a capital paraense registrou 276 novos casos de COVID-19. Neste domingo, a vacinação dos idosos é para quem tem 72, 73 ou mais anos. "Não se esqueça do RG, CPF, comprovante de residência e cartão do SUS (opcional). Se o idoso for acamado, poderá pedir a vacina pelo site sistemas.belem.pa.gov.br/belemvacinada e solicitar a vacina em casa, comunica as redes sociais da prefeitura.

Já a Prefeitura de Ananindeua informa que está adiantada e por isso dará o domingo de folga para as equipes de vacinação do município, mas segunda-feira (08), de 8h até o meio dia, segue vacinando idosos acima de 70 anos (completos). 

Os locais de vacinação são: Paróquia Santa Paula Frassinetti; Igreja Quadrangular Labaredas de Fogo; Igreja Quadrangular Catedral da Fé; Assembleia de Deus, na estrada do Maguari; UMS Jaderlândia; Paróquia Divino Espirito Santo; Paróquia São Vicente de Paulo; Paróquia Cristo Rei; Igreja Sagrado Coração de Jesus; e Igreja Universal, de Águas Lindas.

A Prefeitura de Ananindeua também avisa que abriu no Hospital de Clínicas de Ananindeua (HCA) mais 10 novos leitos de UTI exclusivos para pacientes com Covid-19. "No dia 27 de fevereiro foram abertos 30 leitos clínicos no HCA. Com isso, a prefeitura garante mais assistência para a população e desafoga outras unidades hospitalares do município", informa a página da prefeitura no Facebook.

sábado, janeiro 30, 2021

Helder queria demissão em massa no Banpará, mas sindicato o derrotou na justiça


Via Sindicato dos Bancários, sob o título: VITÓRIA! Sindicato consegue barrar demissões compulsórias no Banpará 

Justiça do Trabalho atendeu pleito do Sindicato e impediu que o Banpará realize a demissão compulsória de aposentados e maiores de 70 anos

Como de conhecimento dos empregados do Banpará, em 25/01/2021, foi publicado internamente o Comunicado de Diretoria nº 01/2021 que informava que o rompimento dos vínculos de emprego dos empregados com mais de 70 anos ou que tivessem se aposentando (a partir de 13/11/2019). As demissões ocorreriam nesta data, 29/01/2021.

Por meio de ação judicial ajuizada pelo Sindicato dos Bancários do Pará, com a Assessoria Jurídica do Escritório Mary Cohen Advocacia, a Justiça do Trabalho concedeu liminar para evitar as demissões.

A decisão judicial tem o seguinte teor:

“Destarte, entendo presentes os requisitos para a concessão das liminares pleiteadas, assim, decido determinar que o Banpará:
(I) suspenda, de imediato, a formalização de demissões de seus empregados que se enquadrem nas hipóteses elencadas no Comunicado de Diretoria nº 01/2021;
(II) apresente, no prazo de 10(dez) dias, a lei estadual regulamentadora da EC 103, bem como apresente informações e esclarecimentos com relação aos motivos pelos quais o Banco emitiu o Comunicado de Diretoria nº 01/2021 após mais de um ano do início da vigência da Emenda Constitucional nº 103/2019, bem como com relação a quais direitos, vantagens e benefícios serão ofertados aos empregados referidos no Comunicado de Diretoria nº 01/2021, incluindo o que irão receber a título de verbas rescisórias;
(III) que em atenção aos compromissos pactuados em norma coletiva e em seu Código de Ética, a partir desta data, debata previamente com o Sindicato autor em mesa de negociação a respeito dos futuros desligamentos dos empregados referidos no Comunicado de Diretoria nº 01/2021.”.

A decisão foi proferida às 12h09 de hoje, 29/01/2021, com imediata expedição de mandado para notificação do banco. Dada a urgência da notificação, a Assessoria Jurídica já encaminhou a decisão para os e-mails institucionais do Banpará.

“Desde que o Sindicato soube do ato unilateral do Banpará, que na segunda-feira (25) comunicou que encerraria o vínculo de cerca de 40 bancários e bancárias nesta sexta-feira (29), nos temos nos empenhado no sentido de reverter essa decisão: enviamos ofício ao Banco, tentamos uma mesa de negociação, procuramos parlamentares pra serem interlocutores junto ao Governo do Estado, mas infelizmente não houve disposição por parte do Banco e do Governo em refletir sobre nossos pedidos, pois sempre consideramos a decisão como arbitrária. É verdade que a Reforma da Previdência do Governo Bolsonaro traz alguns limites ao vínculo de trabalho após a aposentadoria e limites de idade, mas ao nosso ver faltou sensibilidade e compreensão da realidade que vivemos. E é com muita alegria que comunicamos a conquista dessa liminar judicial que suspende a demissão desses trabalhadores e trabalhadoras do Banpará, através do Escritório Mary Cohen, e pedimos que o funcionalismo aguarde os próximos passos, mas o fato é que ninguém será demitido e vamos seguir na luta para que o fim de uma vida laboral seja o mais respeitoso e acolhedor possível”, ressalta a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana Oliveira.

“Queria poder abraçar cada colega que se sentiu, nestes terríveis cinco dias, descartado, jogado fora, tipo um lixo tóxico e isso em plena pandemia, com a vacina no início e as UTI,S lotadas! Temos uma primeira vitória e parabenizo o Sindicato, o escritório jurídico Mary Cohen e todo mundo que articulou, vibrou, rezou, torceu. Hoje, vamos respirar sem esse fantasma da demissão coletiva, afastado por ora. Com unidade e resistência, permaneçamos orando, vigiando e lutando!”, destaca a vice-presidenta do Sindicato e funcionária do Banpará, Vera Paoloni.

segunda-feira, janeiro 25, 2021

Influencer namorada de prefeito em Roraima é vacinada contra Covid após ser nomeada secretária e MP pede exoneração

Danyele Negreiro ao ser vacinada contra Covid-19 em Alto Alegre, em Roraima — Foto: Reprodução/Facebook/Prefeitura de Alto Alegre.


Digital influencer Danyele Santos Negreiros, de 25 anos, é enfermeira e foi nomeada pelo namorado Pedro Henrique Machado (PSD) seis dias antes de começar a vacinação na cidade. Ministério Público afirmou que ela usou do 'vínculo de afeto com atual gestor do Município para ser imunizada'.


Por Vanessa Fernandes e Valéria Oliveira, G1 RR — Boa Vista

O Ministério Público de Roraima (MPRR) recomendou nesta segunda-feira (25) a exoneração da enfermeira Danyele Santos Negreiros, de 25 anos, do cargo de secretária-adjunta de Saúde de Alto Alegre. A medida ocorre após a jovem, que é digital influencer e namorada do prefeito do município, Pedro Henrique Machado (PSD), ser vacinada contra a Covid-19 seis dias depois de ser nomeada.  Dany Negreiro, como é conhecida nas redes sociais, foi nomeada pelo namorado no dia 15 de janeiro. A vacinação em Alto Alegre se iniciou na última quinta-feira (21).  

Fotos e vídeos compartilhados pelo próprio prefeito mostram quando Danyele recebeu a vacina. 

Além de ser imunizada, a influencer também foi quem aplicou as primeiras vacinas nos profissionais de saúde da cidade.  

Ao pedir a exoneração dela do cargo, o MPRR afirmou que ela não atua na linha de frente contra a Covid-19, portanto, não integra nenhum grupo prioritário de imunização. O pedido é do promotor de Justiça Paulo André Trindade.  

"A atual secretária violou os princípios da legalidade, moralidade e eficiência ao se valer do cargo e do vínculo de afeto com atual gestor do Município para ser imunizada, mesmo ciente da condição de estar fora da linha de frente do enfrentamento e exposição ao risco de contrair a Covid-19", citou o MPRR.

Prefeito Pedro Henrique Machado (PSD) e a namorada influencer Danyele Negreiro no dia em que ele tomou posse para o segundo mandato — Foto: Reprodução/Instagram/machado_pedro

O município de Alto Alegre fica no Norte do estado, distante cerca de distante 73 km da capital Boa Vista, e recebeu 294 doses da CoronaVac.  

À Rede Amazônica, o prefeito Pedro Henrique informou que não determinou "a vacinação de nenhuma pessoa em específico. A vacinação dos servidores de saúde segue o plano nacional de imunização."  "Foi vacinada a enfermeira e secretária adjunta Danyele, que atua diretamente nas ações de combate a Covid-19. Tanto que como enfermeira aplicou a primeira dose da vacina de Covid-19 no município de Alto Alegre em outro profissional de saúde, que igualmente está na linha de frente. Houve equívoco por parte do Ministério Público que já está sendo esclarecido pela administração municipal", disse.  

O G1 ligou para Danyele Negreiros, mas as ligações não foram atendidas. As mensagens enviadas também não foram respondidas até a última atualização da reportagem.  

Na semana passada, após a vacinação, ao ser questionado sobre a namorada ter sido imunizada, o prefeito afirmou que ela atendia em postos de saúde da cidade desde junho do ano passado. O nome dela, no entanto, não consta na lista de servidores do portal da transparência da cidade. Sobre isso, ele disse que iria verificar o que havia ocorrido.  

As fotos da imunização de Danyele também foram publicadas no perfil oficial da prefeitura de Alto Alegre. As imagens ainda estavam disponíveis até às 15h29 dessa segunda-feira (25).


Na apuração sobre Danyele ter recebido a vacina, o MPRR também identificou que uma auxiliar técnica de cirurgião dentista, vinculada à uma clínica particular, também furou a fila ao receber uma dose da Coronavac, mesmo sem fazer parte da lista do grupo prioritário.  

Diante disso, o promotor também recomendou que o prefeito e o secretário de Saúde interrompam a vacinação no município, para que "promovam a transparência e correção no plano de vacinação", além de encaminhar lista com nomes e funções das pessoas imunizadas, no prazo de 24 horas, à Promotoria da cidade.  

Após o envio da lista, a aplicação da vacina deverá voltar em 48 horas, seguindo irrestritamente o Plano Nacional de Imunização. Tanto Danyele, quanto a auxiliar técnica, devem ficar sem receber a segunda dose, conforme recomendou o MPRR.  Procurado, o governo do estado, responsável por distribuir as vacinas, informou que "a logística de aplicação das vacinas está sob a coordenação de cada município."

Danyele Negreiro exibe plaquinha após ser vacinada em Alto Alegre, cidade no interior de Roraima onde namorado em prefeito — Foto: Reprodução/Instagram/Machado_pedro

O Impeachment de Bolsonaro nos jornais de hoje


 

Via Fundação Perseu Abramo

A questão do impeachment continua sendo abordada pelos jornais. Mas não de forma igual. A Folha de S. Paulo mostra que após as manifestações dos grupo de esquerda, ocorreram manifestações de grupos de direita pelo impeachment. 

Além disso, o jornal informa sobre um manifesto assinado por ex-alunos da Escola Politécnica da USP que também pede o impeachment. O assunto reaparece sem ser o tema central na reportagem sobre a resposta do governo à carta do presidente da Pfizer que informou que o Ministério da Saúde recusou a oferta de 70 milhões de doses da vacina produzida pela empresa. 

Aliás, a repercussão desta carta está em todos os jornais. 

Além dessas reportagens, a Folha ainda tenta enaltecer João Doria em seu editorial que teve como base uma fração da pesquisa do Instituto Datafolha. 

O levantamento aponta que há uma porcentagem maior de pessoas que consideram que Doria foi mais eficiente do que Bolsonaro com relação à pandemia. Mas a pesquisa de opinião, neste caso, parece ter um ponto de partida já muito enviesado. 

O jornal O Globo trata da pressão sobre o governo, mas a questão fica mais presente em artigos de opinião que não foram reproduzidos aqui. 

O jornal carioca e o Estadão entrevistaram a senadora Simone Tebet, candidata à presidência do Senado, e em ambos a manchete aborda o entendimento da senadora de que não há motivo para impeachment. A pauta do Estadão sobre o impeachment está presente no editorial do jornal que faz duras críticas a Jair Bolsonaro. 

Além disso, o Estado de S. Paulo publica reportagem sobre a taxa de apoio que Bolsonaro tem no Congresso e faz um malabarismo percentual para coloca-lo à frente da ex-presidenta Dilma Rousseff. 

O Valor Econômico, por sua vez, publica reportagem sobre a insatisfação do mercado e do setor privado em geral com o governo Bolsonaro. 

Outra questão que o Valor Econômico e a Folha levantam é sobre a volta do auxílio emergencial. Enquanto grandes empresários criticam a proposta, secretários estaduais e parlamentares reivindicam o retorno do auxílio.

domingo, janeiro 24, 2021

Hospital citado em polêmica sobre vacinação irregular pede apuração de Fake News


Por Diógenes Brandão

A 'notinha capiciosa' publicada na coluna Repórter Diário, do jornal Diário do Pará deste domingo, 24, continua rendendo reações daqueles que foram citados, mesmo que covardemente e através de insinuações e sugestões indiretas. 

Depois do deputado Nilson Pinto (PSDB) e de sua esposa, Lena Ribeiro terem repudiado aquilo que chamaram de Fake News, o blog recebeu a nota de esclarecimento da direção do hospital Saúde Center, que agradece o recebimento das doses de vacina e diz que espera que o Ministério Público investigue qual foi o hospital de Capanema que estaria vacinando pessoas que não são da área da saúde e puna os precursores daquilo que também chamou de Fake News.

Leia abaixo:

A Associação Guiomar Jesus AGJ - Hospital Saúde Center, recebeu 100 (cem) doses da vacina para ser aplicado nos funcionários da saúde, de acordo com os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

São critérios rígidos, e mediante a prestação de contas com o Departamento de Vigilância em Saúde de cada dose aplicada em cada funcionário.

Esta empresa de saúde agradece as autoridades governamentais por ter destinado tais doses e pela confiança depositada a cada dia pelo trabalho que desempenha na região do Caetés.

Esperamos que o Ministério Publico investigue, qual o hospital na região de Caetes, precisamente em Capanema que estaria aferindo de forma incorreta o público alvo a ser vacinado, ou puna de forma severa os precursores de Fake News.

Atenciosamente,

Aldrei Panato

Diretora Jurídica


Leia também:

Diário do Pará insinua que família de Nilson Pinto tenha sido vacinada irregularmente, em hospital da família de Jaques Neves (PSC)

Nilson Pinto diz que é Fake News a nota do Diário do Pará sobre vacinação de seus familiares

Lena Ribeiro diz que é pré-candidata a deputada federal e nega que tenha se vacinado contra a COVID-19

Lúcio Flávio Pinto e o Diário do governador

 

Por Lúcio Flávio Pinto, em seu blog sob o título Diário do governador

O Diário do Pará está se reduzindo cada vez mais a ser o diário do governador. Na última quarta-feira, publicou nove fotos de Helder Barbalho acompanhando a vacinação em todo Estado, como proclama o noticiário.  

Duas das fotografias saíram na primeira página. Quatro outras numa única página interna. A proporção foto/vacina no jornal deve ser a melhor conseguida por um político em todo Brasil. Nessa escalada, quando o total de doses estiver próxima do número de pessoas a serem atendidas (por enquanto, é uma fração do público prioritário), o Diário se tornará um álbum fotográfico. Uma versão ilustrada do Diário Oficial, com uma diferença substancial: o Diário Oficial informa melhor.


Nilson Pinto diz que é Fake News a nota do Diário do Pará sobre vacinação de seus familiares

Familiares do casal Lena Ribeiro e Nilson Pinto foram citados indiretamente pelo jornal Diário do Pará como se tivessem sido privilegiados com a vacina contra a COVID-19, em um hospital de parentes do deputado Jaques Neves (PSC). Nilson Pinto afirmou ao blog que tudo não passa de uma Fake News e aguarda que MP apure o caso.


Por Diógenes Brandão

A matéria Diário do Pará insinua que família de Nilson Pinto tenha sido vacinada em hospital da família de Jaques Neves (PSC) caiu como uma bomba nos bastidores da política paraense e fez com que um dos citados entrasse em contato com o blog AS FALAS DA PÓLIS.

Trata-se do deputado federal Nilson Pinto (PSDB) que afirmou que a informação levantada pelo jornal é uma Fake News e que espera que o Ministério Público do Estado do Pará apure o caso e resgate a verdade dos fatos.

Nilson disse que assim como ele, sua esposa e todos os seus familiares aguardam a vez de serem vacinados e que cumprem todas as medidas de proteção e prevenção para a COVID-19.

'Essa não é a primeira vez que o Diário do Pará alfineta aliados e políticos considerados como uma ameaça ou que sejam de fato adversários da família Barbalho. A coluna Repórter Diário - onde saiu a fofoca envolvendo o nome dos citados - sempre foi um instrumento de achaque, ameaça, retaliação e chantagem e não goza de credibilidade no meio político e na sociedade paraense', comentou um leitor do blog em uma mensagem privada.

sábado, janeiro 23, 2021

Negacionistas inventam o chip líquido chinês como tese anti-vacinas


Por Diógenes Brandão

Negacionismo é a escolha de negar a realidade como forma de escapar de uma verdade desconfortável. Trata-se da recusa em aceitar uma realidade empiricamente verificável, sendo essencialmente uma ação que não possui validação de um evento ou experiência histórica.

O negacionismo é uma tendência em larga escala, um movimento político que visa a negação tanto de fatos históricos quanto de evidências científicas.

Tem como objetivo produzir nas pessoas uma espécie de ignorância, em uma situação social que inspira cuidado, tratamento e combate.

A insistência na negação como único mecanismo de defesa diante de um sofrimento intenso implica em vulnerabilidade psíquica que demanda acompanhamento.

Dito isso, vamos ao vídeo que passou a circular rapidamente entre grupos no WhatsApp e muita gente ignorante, outros ingênuos que acreditam nas teorias da conspiração mais ridículas, acabam compartilhando e espalhando a tese insana entre milhares de pessoas. 

Essa será uma das piores bizarrices que você já ouvi. Prova que a burrice e a alienação política ainda é muito grande no nosso país.

Um homem supostamente conversa com outro que seria um grande empresário e teólogo, mas que não é sequer identificado, que passa a alertar que as vacinas são chips líquidos, que ao serem injetados nas pessoas, elas passam a apresentar sintomas graves e são controladas pelos chineses. 

No fim, o presidente Bolsonaro é louvado como o único governante que está contra a medida, que segundo o teólogo anônimo, ovisa acabar com a humanidade e levar a todos à perdição eterna.

Leia algumas frases que você irá ouvir no vídeo:

"Quem toma a vacina perde a alma".

"O Sistema Nervoso é modificado".

"Há crises de epilepsia e Parkinson".

"Pessoas caem mortas".

"O chip líquido modifica o DNA humano, tornando todos uma espécie de rádio controlados pela China".

"Ao levar a picada, a pessoa se entrega a Satanás".

"O vírus não existe, o que existe é armação para fazer as pessoas tomarem a vacina".

E logo em seguida o tal teólogo e empresário se contradiz em usa fábula cretina: "Existem outros tratamentos. Existem outros protocolos"

"O sarampo matou 20 vezes mais que a COVID-19". 

"A tuberculose matou mais que a COVID-19".

Assista a montagem criada com um amontoado de frases típicas de um fanatismo que se apodera das mídias sociais e contamina as mentes daqueles que acreditam nesse tipo de alienação.


quinta-feira, janeiro 21, 2021

Pazuello nomeia ‘Markinhos Show’ como assessor, marqueteiro que se define master coach e hipnólogo

Marqueteiro paraense é exposto pelo jornal Estadão, após por ter sido nomeado como assessor especial do Ministério da Saúde. Markinho é apontado como responsável pelas últimas estratégias da pasta mais combatida e criticada no governo Bolsonaro, nos últimos meses.


Via Estadão - Conteúdo para assinantes

BRASÍLIA – O ministro da SaúdeEduardo Pazuello, formalizou nesta quarta-feira, 20, a entrada de Marcos Eraldo Arnoud na pasta. Conhecido como “Markinhos Show”, ele foi nomeado assessor especial, mas já atuava desde dezembro como marqueteiro do general da ativa e chefe da comunicação do ministério.

A nomeação ocorre no momento em que Pazuello é criticado por dar informações equivocadas e contraditórias, além de manter uma relação conflituosa com a imprensa. Nesta semana, por exemplo, após meses de defesa e entrega em massa pelo governo federal de medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, como a cloroquina e a hidroxicloroquina, o ministro disse que nunca estimulou o uso destes tratamentos.

Em seu site, “venda para o cérebro”, Markinhos se define como “Palestrante Motivacional, Master Coach, Análista em Neuromarketing, Especialista em Marketing, SEO, Hipnólogo, Mentalista, Practitioner em PNL, Músico, Empreendedor e Especialista em Marketing Político.”

Markinhos participou de algumas das decisões recentes da Saúde que acabaram frustradas. Por exemplo, adesivar o avião que iria para a Índia buscar dois milhões de doses prontas de vacina de Oxford/AstraZeneca com slogan da campanha de vacinação brasileira. Por falta de aval da Índia, que desejava uma operação discreta para evitar críticas internas, a aeronave ainda não tem data para decolar.

Também era do novo assessor especial a ideia de realizar um evento no Palácio do Planalto, no dia 19, para abrir a campanha de imunização no País. Um idoso e um profissional de saúde poderiam ser vacinados dentro do Planalto, como revelou o Estadão, mas a operação foi cancelada quando o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), passou na frente e fez a primeira foto da vacina minutos após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberar o uso emergencial da Coronavac.

Nas redes sociais, Markinhos tem feito a defesa do chefe e respondido às críticas sobre a atuação de Pazuello. Em plena crise pela falta de oxigênio em Manaus (AM), que coloca em risco pacientes da covid-19 e até bebês prematuros, o marqueteiro lançou dúvidas sobre como o governo local usou o dinheiro enviado pela gestão federal.

quarta-feira, janeiro 20, 2021

Governo do PA volta a proibir festas, shows e bares, após pressão na saúde e aumento de incidência da Covid-19

Governador Helder Barbalho (MDB) anunciou que novo decreto também deve alterar a bandeira nas regiões Metropolitana, Marajó Oriental e Baixo Tocantins. Veja cidades afetadas.
 

Via G1-PA

O governador do Pará Helder Barbalho (MDB) anunciou que vai proibir, a partir desta quinta (21), festas, shows e funcionamento de bares em todo o território do estado. Somente restaurantes poderão funcionar até às 00h, respeitando o espaçamento e quantidade de pessoas permitidas.  

Um decreto, a ser publicado nesta quinta, também deve alterar a bandeira das regiões metropolitana de Belém, Marajó Oriental e Baixo Tocantins, regredindo da verde (risco baixo) para amarelo (risco intermediário).  As medidas, segundo o governador, estão sendo tomadas devido à pressão no sistema de saúde e aumento na incidência viral nos municípios que fazem fronteira com o estado do Amazonas.  

O governo já havia alterado a bandeira da região do Baixo Amazonas, que fica na divisa entre os dois estados, saindo de laranja para vermelho.  

"São medidas preventivas para que nós não deixemos que aconteça aqui o que aconteceu no estado vizinho, e lembrando o que aconteceu na primeira onda, foi exatamente isso, começou a pressão no Amazonas e migrou para o estado do Pará. E não desejamos assistir as cenas dramáticas que nossos irmãos amazonenses presenciaram aqui em nosso território", afirmou.  

No vídeo divulgado pelo governador, ele pede consciência e que o uso obrigatório de máscaras seja respeitado. 

"Peço, por favor, consciência. Estamos chegando no momento da vacina e logo logo todo mundo estará imunizado. Enquanto isso não acontece, use máscara, tem muita gente que parou de usar máscara, o vírus continua e temos que ter solidariedade com o próximo e nos proteger. Peço também aos prefeitos que ajudem nessa conscientização", anunciou.


Barbalho também informou que os órgãos de segurança já devem aumentar a fiscalização a partir desta quinta para garantir o cumprimento do novo decreto.  

Lista de municípios que tiveram alterações na bandeira 

Marajó Oriental:  

Afuá 

Cachoeira do Arari 

Chaves 

Muaná 

Ponta de Pedras 

Salvaterra 

Santa Cruz do Arari 

São Sebastião da Boa Vista 

Soure 

Região metropolitana I:  

Ananindeua 

Belém 

Benevides 

Marituba 

Santa Bárbara do Pará 

Região metropolitana II:  

Acará 

Bujaru 

Colares 

Concórdia do Pará 

Santa Izabel do Pará 

Santo Antônio do Tauá 

São Caetano de Odivelas 

Tomé-Açu 

Vigia 

Baixo Tocantins:  

Abaetetuba 

Baião 

Barcarena 

Cametá 

Igarapé-Miri 

Limoeiro do Ajuru 

Mocajuba 

Moju 

Oeiras do Pará

População terá que estar preparada para a falta de vacina, diz Gabbardo

Os gestores, os secretários de saúde, prefeitos e governadores precisam estar preparados para isso.

 

Via UOL

Coordenador executivo do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo, João Gabardo disse não ter dúvida que faltará vacina se o atraso na importação de insumos não for solucionado imediatamente. E afirmou ainda que a população, prefeitos e governadores precisam estar preparados para isso.

Iniciada no domingo, a vacinação contra a covid-19 no Brasil pode ser interrompida em pouco tempo por dificuldades na importação de imunizantes prontos e de matéria-prima para a produção dos imunizantes. O programa começou com apenas 6 milhões de doses da Coronavac, importadas da China.

"Eu não tenho nenhuma dúvida... Eu tenho certeza de que pode faltar vacina [se os problemas persistirem]. O processo de vacinação não é contínuo. Se nós temos 6 milhões de doses, isso seria o suficiente para vacinar três dias de uma forma plena, com todas as unidades de saúde funcionando. É muito pouco", disse Gabbardo, em entrevista à CNN Brasil, hoje à tarde.

"Então, o que vai acontecer é que a população vai ter que estar preparada para isso [a falta de vacina]. Os gestores, os secretários de saúde, prefeitos e governadores precisam estar preparados para isso. Nós vamos começar a vacinação e, em determinados momentos, a vacinação terá de ser paralisada ou vai ter de ser reduzida aguardando a chegada de um novo lote. É certo que vai acontecer isso", alertou, em seguida.

Gabbardo atribui o atraso a três fatores principais, dentre eles, problemas diplomáticos com a China e o aumento no número de casos no país asiático.

"Quais são os fatores que estão provocando o atraso dessas remessas: o primeiro, que eu acho bem lógico, existe uma demanda muito grande no mundo inteiro. O segundo aspecto importante é que pode haver algumas questões diplomáticas com a China que estão atrasando o envio", comentou.

"E tem ainda um terceiro aspecto: o número de casos de covid-19 voltou a aumentar na China neste momento. Eles já sinalizaram que podem fazer um recrudescimento de vacinas", acrescentou.

Pazuello havia prometido entregar os imunizantes até o fim da tarde de ontem a governadores, mas houve atraso e reclamação.

"Não era muito difícil de imaginar, ontem às 7h. Aquele compromisso de que as vacinas chegariam até as 14h ou, no máximo, até o final da tarde. Quem conhece um pouco de logística e distribuição de vacinas saberia que isso não é possível e que atrasaria, como de fato atrasou."

A propaganda do Governo do Estado sobre vacina é mentirosa

Por Zé Carlos do PV, em seu blog

A verdade é a verdade e não aceita questionamentos. A mentira, ao contrário, aceita debate. A mentira, por exemplo, pode ser encoberta por versões, preenchidas com gotas de verdades para confundir os desavisados. Um criminoso constrói sua história com versão que confunde os investigadores ou dificulta a descoberta da verdade. A verdade é simples. A mentira é complexa. A verdade brilha. A mentira ofusca.  

Digo isto para questionar esta propaganda mentirosa do Governo do Estado do Pará. Veja a imagem e me acompanha na analise que faço a seguir.

A vacina é por todo o Pará, mas não é para toda população do Pará. A propaganda é mentirosa. Na frase de efeito está a pegadinha. Acompanhe comigo.  

O Pará recebeu 173.240 doses, cada pessoa precisa tomar duas doses, nesta fase serão vacinadas 86.620 pessoas. A população do Pará, estimada, é de 8,074 milhões, com as doses disponíveis, apenas 1,07% da população receberá as duas doses. Apenas 34% dos profissionais de saúde serão vacinados. Usarão menos de 200 mil agulhas. Cada sala, das 1.500 abertas, aplicará 58 doses, se cada dose demorar um minuto para ser aplicada, as salas serão usadas apenas por sessenta minutos. A hastag #boravacinar, que fecha a peça publicitária, também é um apelo mentiroso, não pode se tornar realidade justamente por falta de vacina para todo o Pará.  

A propaganda Vacina para todo Pará é simplesmente mentirosa e por ser mentirosa cabe questionamento, cabe debate, cabe versões. No debate vão defendê-la de muitas maneiras. Podem, por exemplo, dizer que a intenção foi espalhar esperança e fé na vacina. Podem dizer que o governo fez chegar a todos os municípios as doses de vacina disponível. Ainda podem dizer que até indígenas receberam as doses e que os profissionais de saúde que foram vacinados estão gratos. Mas estaremos ainda assim diante de uma propaganda mentirosa.

Comparo esta propaganda a celebre peça publicitária romana que inspira muitos governos até nos dias de hoje. Falo da ‘panis et circencis”, pão e circo. O trigo distribuído para plebe atendia apenas os que tinham cidadania romana, ou seja, menos de 0,5% da população e os circos tinham espaço limitado. Mas a ideia de pão e circo inspira até hoje, inclusive serviu para marca o movimento “Tropicália”, com a bela obra de Gilberto Gil e Caetano Veloso. Ouça aqui.

O Governo do Estado tem seus méritos, claro. Helder Barbalho, embora investigado pela PF no caso dos respiradores, mostra empenho no combate ao coronavírus, mas estas suas ações não justificam a propaganda mentirosa que visa ampliar em milhões fakes as poucas doses de vacinas recebidas para o uso emergencial.  

O Imperador César se divorciou de sua esposa Pompeia, acusada sem prova de traição conjugal, afirmando: “minha esposa não deve estar nem sob suspeita”. Esta frase deu origem a um provérbio, cujo texto é geralmente o seguinte: “À mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”.  

A publicidade oficial está adstrita ao principio da moralidade e como a mulher de Cesar, não basta ser honesta, deve estar de acordo com a Constituição Federal, art. 37, § 1.º:  

§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.  
Art. 37, § 1.º

segunda-feira, janeiro 18, 2021

Lote de vacinas enviado ao Pará só dá pra vacinar 0,73% da população

Em mais uma grande campanha midiática, o governador Helder Barbalho viajou para São Paulo outra vez para se mostrar como o responsável pela busca da vacina produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês SINOVAC, após o investimento feito pelo governo de São Paulo, que disponibilizou e a Anvisa deu aval para o uso emergencial de 6 milhões de doses – que foram distribuídas para os 26 estados e o Distrito Federal nesta segunda-feira, 18.


Por Diógenes Brandão 

Além de receber menos da metade do que foi prometido pelo Ministério da Saúde, as vacinas enviadas ao Pará só darão para vacinar 0,73% da população. 

Enviada pelo Ministério da Saúde, a tão esperada vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan (SP), chega ao Pará nesta segunda-feira, 18. 

O estado do Pará tem 8,5 milhão de habitantes, mas só chegarão 124 mil doses, ao invés das 320 mil, que o governador Helder Barbalho disse que chegaria. É menos da metade prevista. 

Sem explicar o motivo de recebermos tão poucas doses, o governador anunciou que nesta 1ª fase as doses serão aplicadas em profissionais da saúde, quilombolas, indígenas e idosos. Não se sabe se todos estes serão vacinados e nem quando a população em geral terá acesso à vacina.

A aplicação da CoronaVac ocorre em duas doses, sendo a segunda entre 14 e 28 dias após a aplicação da primeira. 

Sendo assim, as 124 mil doses destinadas ao Pará darão para vacinar menos de 1% da população, que segundo o IBGE real é de 8.578.051 habitantes.

Para se ter ideia da gravidade deste número irrisório das doses da vacinas enviadas ao Pará, veja o gráfico abaixo com a cota de cada município prevista no Plano Estadual de Imunização, anunciado pelo governador Helder Barbalho. 

Municípios como Belém, por exemplo, receberão cerca de 20 mil doses, o que praticamente só dá pra vacinar 40,84% dos 48.970 profissionais da saúde existentes na capital. Sendo que 172 doses serão reservadas para pessoas com idade acima dos 60 anos, que estejam em instituições como asilos e abrigos.  

No dia 7 deste mês, o governador Helder Barbalho esteve em dois laboratórios fabricantes de vacinas contra a COVID-19: A Fundação Oswaldo Cruz e o Instituto Butantan, onde disse que a compra de vacinas diretamente de fornecedores nacionais ou mesmo internacionais, pelo governo do Pará, como “plano B”, caso o “plano A”, que é o Plano Nacional de Imunização do governo federal, não avance.

Em visita à Fundação Oswaldo Cruz e ao Instituto Butantan, Helder deslanchou uma campanha midiática dando a entender que compraria a vacina diretamente dos fabricantes.  

Enquanto o governador do Pará se conforma com a quantidade de vacina enviada ao Pará, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse, nesta 2ª feira (18), que solicitou a autorização de uso emergencial de um novo lote de 4,8 milhões de doses da CoronaVac. 

Ontem, Dória garantiu 1,3 milhão de doses para a população de São Paulo.

Diante das 124.560 doses de vacinas que o Pará recebeu, fica a pergunta: Cadê o plano B, governador Helder Barbalho?

Veja com exclusividade como as doses das vacinas serão distribuídas em cada um dos 144 municípios do estado do Pará:

 










Perdeu, Bolsonaro

Doria fez barba, cabelo e bigode em Bolsonaro, como se dizia antigamente, quando um jogo terminava 7 a 1, como o da Alemanha contra o Brasil.
 

Por Ricardo Kotscho, no UOL

Bolsonaro se acha muito esperto. Pensa que pode enganar a todos durante todo o tempo, com suas crendices e mentiras.  Posa de machão, mas tomou uma surra de fazer bico nesse domingo, de onde menos podia esperar: da Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária), cujos diretores escolheu a dedo para boicotar a "vacina chinesa do Doria", a única que o Brasil tem até o momento para vacinar a população.

A Anvisa não só aprovou a Coronavac, por unanimidade, como enterrou as "alternativas terapêuticas" do presidente com o "tratamento precoce" da cloroquina, decidindo que a vacina é a única forma eficaz de prevenção contra o coronavírus.

Covarde, até o momento em que escrevo, o capitão não apareceu para comentar o julgamento da Anvisa, e mandou seu general da Saúde, coitado, passar o vexame de entrar ao vivo na televisão, depois de João Doria celebrar a primeira aplicação de vacina em solo brasileiro na Mônica Calazans, uma enfermeira negra de 54 anos, que mora em Itaquera e trabalha na UTI do hospital Emílio Ribas. Bolsonaro não apareceu na foto que ele tanto queria.

Enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, é a primeira brasileira a receber dose da vacina CoronavacImagem: Governo do Estado de São Paulo / Divulgação

"Nós poderíamos iniciar por marketing a primeira dose em uma pessoa, mas em respeito a todos os brasileiros o Ministério da Saúde não fará isso", balbuciou Pazuello.

Nem poderia, já que até a decisão da Anvisa, o Ministério da Saúde não contava com uma única a vacina para aplicar, depois que fracassou a "Operação Índia", para trazer às pressas de Mumbai 2 milhões de doses da AstraZeneca/Fiocruz, a esperança de Bolsonaro de aparecer como salvador da pátria no evento marcado para o Palácio do Planalto, às 10 horas de quarta-feira.

Perdeu, Bolsonaro.

Teu inimigo João Doria, que você tanto teme em 2022, é acusado de ser um marqueteiro, com toda razão, mas ele é bom nisso. Só consegue vender quem tem um bom produto para oferecer, e ele tinha a vacina do Instituto Butantan, desenvolvida em parceria com o laboratório chinês Sinovac, por uma competente equipe liderada pelo grande médico e cientista Dimas Covas, um brasileiro que merece nossa admiração.

Doria fez barba, cabelo e bigode em Bolsonaro, como se dizia antigamente, quando um jogo terminava 7 a 1, como o da Alemanha contra o Brasil.

Ninguém melhor do que Mônica Calazans poderia representar os profissionais de saúde e a mulher brasileira, uma batalhadora que só se formou em enfermagem com mais de 50 anos e foi voluntária quando o governo de São Paulo convocou profissionais da área no começo da pandemia.

Até o último momento, o governo federal, por meio da Advocacia Geral da União, tentou impedir que isso acontecesse, ao solicitar à Anvisa para só permitir a aplicação da vacina após a publicação de um termo de compromisso do Instituto Butantan no Diário Oficial da União, atendendo a um detalhe burocrático.

Suprema humilhação para Bolsonaro e Pazuello é que só poderão dar início ao Programa Nacional de Imunização, na quarta-feira, com vacinas do Butantan, daquele comunista do João Doria, tão vilipendiadas pelo governo federal. As vacinas vindas da Índia ninguém sabe ainda quando vão chegar.

Detalhe: as duas vacinas dependem de insumos fornecidos pela China, que ofereceu ajuda financeira ao Amazonas, o Estado mais castigado pela pandemia, onde o general Pazuello esteve por três dias na semana passada, oferecendo cloroquina para todos.

Figura patética, o ajudante de ordens de Bolsonaro pelo menos dá a cara para bater.

Mais perdido do que cachorro em dia de mudança, o general de divisão três estrelas da ativa do Exército, faz qualquer coisa para não perder o cargo e o soldo dobrado. Acha que está cumprindo uma "missão".

Não importa. O que vale é termos agora uma vacina aprovada para voltarmos a ter esperança de sobreviver à pandemia.

Hoje vou dormir mais tranquilo, sabendo que, no dia 15 de fevereiro, vou poder receber a vacina, de acordo com o cronograma para idosos de 70 a 74 anos.

Vocês ainda vão ter que me aguentar por mais algum tempo...

Vida que segue.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...