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domingo, maio 10, 2015

A crise vai se agravar, mas a esquerda se uniu e Lula voltou

Nasceu a frente de esquerda ordenada na certeza de que o governo Dilma será aquilo que a rua conseguir que ele seja. E uma voz rouca avisou: 'Vou à luta'.

Alguma coisa de muito importante aconteceu no histórico Vale do Anhangabaú, em São Paulo, nesta sexta-feira, 1º de Maio.
Quem se limitou ao informativo da emissão conservadora perdeu o bonde.
O tanquinho de areia do conservadorismo, sugestivamente deixou escapar o principal ingrediente desta sexta-feira, que pode alterar as peças do xadrez político brasileiro.
Preferiu o glorioso jornalismo cometer pequenas peraltices.
Tipo contrastar a imagem de Lula com um cartaz contra o arrocho de Levy, como fizeram os petizes da Folha.
Blindagens ideológicas e cognitivas ilustram um traço constitutivo daquilo que os willians  –Bonner e Waack—denominam de ética da informação.
Trata-se de não informar, ou camuflar o principal em secundário. E vice versa.
Não houve sorteio de geladeira no 1º de Maio da esquerda brasileira. Mas os assalariados talvez tenham tirado ali a sorte grande – a mais valiosa de todos os últimos maios.
No gigantesco palco de mobilizações épicas, que reuniu um milhão de pessoas há 31 anos para lutar por eleições diretas, a história brasileira deu mais um passo que pode ser decisivo para impulsionar vários outros nos embates que virão.
Porque virão; com certeza virão.
Essa certeza permeava o Dia do Trabalhador na larga manhã da sexta-feira no Anhangabaú.
A engrenagem capitalista opera um conflito independente da vontade de seus protagonistas. A direção que ele toma, porém, reflete o discernimento histórico dos atores sociais de cada época.  
A chance de que o embate resulte em uma sociedade melhor depende, portanto, de quem assumir o comando do processo.
As lideranças que estavam no Anhangabaú deram um passo unificado nessa direção.
Que esse movimento tenha escapado às manchetes faceiras ilustra a degeneração de um aparato informativo que já não consegue se proteger de suas próprias mentiras.
Os que enxergam no trabalho apenas um insumo dos mercados, um entre outros, nivelaram a importância do Anhangabaú ao que acontecia no palanque do Campo de Bagatelle quase à mesma hora.
Lá se espojavam aqueles que com a mesma sem cerimônia risonha operam a redução do custo da ‘matéria-prima humana’ no Congresso brasileiro.
Sorteios de carros e maximização da mais-valia compõem a sua visão de harmonia social, que remete ao descanso da chibata na casa grande em dia de matança de porco.
Vísceras, os intestinos, eram franqueados então com alguma generosidade nos campos de Bagatelle pioneiros, em que paulinhos ‘Boca’ vigiavam a fugaz confraternização da casa grande com a tigrada ignara sob sua guarda.
A mais grave omissão  do ciclo de governos progressistas iniciado em 2003  foi não ter afrontado essa tradição de forma organizada, a ponto de hoje ser ameaçado por ela.
Porque muito se fez e não pouco se avançou em termos sociais e econômicos, mas esse flanco ficou em aberto.
O vazio era tão grande que se cultivou a ilusão de que avanços materiais seriam suficientes para impulsionar o resto por gravidade.
A primeira universidade brasileira, contou Lula no Anhangabaú, só foi construída em 1920.
Colombo descobriu a América em 1492.
Em 1507, 15 anos depois de chegar à República Dominicana,  Santo Domingo já construía sua primeira universidade.
A elite brasileira demorou quatro séculos anos para fazer o mesmo, reverberou Lula.
Tome-se o ritmo de implantação do metrô em duas décadas de poder tucano em São Paulo.
Compare com a extensão em dobro da rede mexicana, ou a dianteira argentina, chilena etc.
O padrão não mudou.
O que Lula estava querendo dizer ao povo do Anhangabaú tinha muito a ver com isso: o desenvolvimento brasileiro não pode depender de uma elite que continua a dispensar ao povo os intestinos do porco.
O recado para quem não enxerga diferença entre um governo progressista e a eterna regressão conservadora protagonizada agora pelos sinhozinhos Cunha, Aécio, Beto Richa, Paulo Skaf... foi detalhado e repisado.
Foi um metalúrgico sem diploma, espicaçou aquele que ocupa a vaga de melhor presidente do Brasil na avaliação popular, quem promoveu a mais expressiva democratização da educação brasileira.
Nos governos do PSDB a tradição colonial se manteve.
O sociólogo poliglota não construiu nenhuma universidade em notável coerência com a obra que traz a sua assinatura como autor e protagonista: a teoria do desenvolvimento dependente.
Para que serve uma universidade se já não faz sentido ter projeto de nação?
Lula criou 18 universidades.
Reescreveu na prática a concepção de soberania no século XXI. Instalou-a na fronteira expandida entre a justiça social, a integração latino-americana e o fortalecimento dos BRICs.
A nostalgia colonial-dependente, ao contrário, orientou o ciclo da República de Higienópolis na frugal atenção dispensada à formação de quadros para o desenvolvimento.
FHC não assentou um único tijolo de escola técnica em oito anos em Brasília.
Para que escola técnica se a industrialização será aquela que o livre comércio da ALCA permitir?
Juntos, Lula e Dilma fizeram 636 até agora.
Com o Prouni, o número de jovens matriculados nas universidades brasileiras passou de 500 mil para mais de 1,4 milhão.
Em vez de herdar as vísceras da sociedade, tataranetos de escravos, índios e cafuzos, cujos pais muitas vezes sequer concluíram a alfabetização, começaram a ter acesso a uma vaga no ensino superior pelas mãos do metalúrgico e da guerrilheira mandona.
Sim, tudo isso é sabido. A ‘novidade’ agora é desfazer do sabido.
Mas Lula somou ao histórico a estocada que calou fundo no silêncio atento do Anhangabaú.
O retrospecto do ex-presidente cuja cabeça é solicitada a prêmio a empreiteiros com tornozeleira prisional, tinha por objetivo desnudar o escárnio embutido no projeto de redução da maioridade penal.
As elites agora, fuzilou um Lula mordido e determinado, querem se proteger do legado criminoso de cinco séculos, criminalizando a juventude pobre do país.
Passos significativos foram dados em seu governo para minar a senzala que ainda pulsa no metabolismo da sociedade brasileira.
Mas a voz rouca machucada atesta o golpe por haver se descuidado do embate que viria contra aqueles que mostravam os caninos como se fosse sorriso.
Agora se vê, eram maxilares de feras.
À primeira turbulência do voo incerto e instável da dinâmica capitalista o sorriso virou mordida de pitbull.
A pressão coercitiva mobiliza diferentes maxilares: o do juiz  em relação aos suspeitos da Lava Jato que visa a jugular do PT e do pré-sal; o do ajuste recessivo que ameaça com o caos;  o da terceirização que coage com o desemprego maciço; o da exigência branca à renúncia de Lula a 2018 --ou arcará com a suspeição perpétua que a lixeira da Abril e da Globo despeja semanalmente no aterro mental da classe média.
Coube ao presidente da CUT, Vagner Freitas, marcar a ruptura com a omissão histórica que abriu o flanco da história brasileira ao jogral espoliador da democracia e da sociedade.
Didático, habilidoso, o líder sindical chamou um a um os representantes das centrais, movimentos e partidos presentes no 1º de Maio do Anhangabaú.
Aos olhos de milhares de pessoas, gente do povo basicamente, uns que vieram porque são organizados  -- outros, porque pressentem que um perigo ronda o Brasil nesse momento, Vagner materializou o passo seguinte há muito esperado e cobrado por todos aqueles que sabem o motivo pelo qual o governo Dilma hoje engole os sapos que rejeitava ontem.
A avalanche intimidadora que em poucos meses virou de ponta cabeça o programa vitorioso em 26 de outubro não cessará, a menos que a detenha uma frente política de abrangência e contundência maior que a resistência dispersa das partes nos dias que correm.
Foi essa mutação que o vale do Anhangabaú assistiu nesse 1º de Maio.
O presidente da CUT chamou para a frente do palco os dirigentes da Intersindical e da CBT, chamou Gilmar, do MST, chamou Boulos, do MTST, e outros tantos; e através deles convocou quase duas dezenas de organizações presentes.
Vagner apresentou ao Anhangabaú a unidade da esquerda brasileira em torno de uma linha vermelha a ser defendida com unhas e dentes: a fronteira dos direitos, contra a direita.
Fez mais que retórica, porém.
Submeteu ao voto dos ocupantes da praça e do palco uma agenda de lutas.
Devolveu ao 1º de Maio a identidade de uma assembleia popular de quem vive do seu trabalho.
Braços erguidos, o Anhangabaú aprovou uma contraofensiva ao cerco conservador.
‘Anote’, disse Vagner ao final dos escrutínios: dia nacional de protesto em 29/05, para pressionar o Senado a rejeitar o PL 4330; uma greve geral, caso o Congresso aprove a medida; e uma marcha a Brasília para levar Dilma a rejeitar o projeto, caso passe no Senado.
Engana-se quem acredita que isso saiu de graça.
Vagner Freitas uniu as forças da esquerda porque a CUT, a partir de agora, comprometeu-se a lutar lado a lado, unida aos demais movimentos e organizações, contra projetos de lei que arrochem direitos e conquistas dos trabalhadores.
Foi um realinhamento do desassombro com a responsabilidade histórica da esquerda que fez desse Dia do Trabalhador uma singularidade capaz de produzir outras mais.
Em boa hora.
A crise econômica vai se agravar nos próximos meses; esse era o consenso subjacente à união selada no palanque.
O conservadorismo saltará novos degraus em direção ao golpe –seja na forma do impeachment ou na tentativa de proscrever o PT e com ele as chances eleitorais do campo progressista em 2018.
O êxito do ajuste recessivo do ministro Joaquim Levy depende do desajuste do emprego e da expropriação dos ganhos reais de salários acumulados nos últimos anos (de 70% no caso do salário mínimo)
Estamos na primeira volta do torniquete.
Mas a renda real do trabalhador já registrou uma perda da ordem de 4% em março, em relação a igual período de 2014.  
A evolução do desemprego não é menos cortante.
Os dados reunidos em nota técnica da Fundação Perseu Abramo são claros: vive-se uma escalada.
A taxa desemprego medida pelo IBGE subiu forte nas grandes capitais em março: 6,2%.
Era de 5,9% em fevereiro; 5,3% em janeiro; 5% em março de 2014
Despejar a conta do ajuste nas costas do assalariado significa submeter o custo do trabalho à pressão de uma turquesa feita de desemprego e queda do poder de compra.
Espremidos, os assalariados serão convocados a apoiar falsas promessas de desregulação redentora de vagas, a exemplo do PL 4330.
Na semana passada o Banco Central elevou em mais meio ponto a taxa de juro, que já é a mais alta do planeta.
É a senha do choque.
Apenas essa pisada custará mais R$ 12 bilhões em 12 meses aos cofres públicos: juros adicionais sobre uma dívida pública de R$ 2,4 trilhões.
O impasse está contratado.
De um lado, a recessão derruba a receita e o emprego; de outro, o governo é intimado a carrear mais recursos escassos à ração gorda dos rentistas.
Menos receita com mais gastos.
Essa é a fórmula clássica para tanger um governo –qualquer governo que não disponha de uma hegemonia baseada em ampla organização popular-- ao precipício das privatizações saneadoras e dos cortes de programas e investimentos devastadores.
Quem acha que a ganância será saciada com a terceirização deveria informar-se sobre as novidades no mundo do trabalho inglês.
Sob o comando de engomados filhotes de Tatcher a economia britânica experimenta um novo patamar de flexibilização do mercado de trabalho.
A modalidade just-in-time já caracteriza 2,5% da mão de obra empregada, informa o jornal El País, sendo o segmento que mais cresce na economia.
A pedra filosofal desse novo assalto à regulação trabalhista é o vínculo empregatício baseado em salário zero.
Em que consiste a coisa notável?
Consiste em estocar mão de obra às custas da própria mão de obra.
Quando necessário aciona-se o almoxarifado social pagando apenas as horas efetivamente usadas do ‘insumo’.
Marx, você não entendeu nada de baixar o custo de reprodução da mão de obra.
Em vez da CLT, um taxímetro.
No futuro a metáfora poderá assumir contornos reais mais sofisticados, como um chip subcutâneo que permita monitorar o empenho muscular para seleção dos mais aptos.
Esse, o admirável  mundo novo descortinado do palanque do Campo de Bagatelle no 1º de Maio de 2005 pelos sorridentes perfis de Cunha, Aécio e Paulinho ‘Boca’, da Força.
Afrontar esse horizonte em marcha é o que ultimou a união da esquerda no extremo oposto da cidade no mesmo dia.
Tolice supor que centrais paralelas à CUT, como a Intersindical, ou o aguerrido Guilherme Boulos, prestar-se-iam a uma cenografia unionista alegórica no Dia do Trabalhador.
O que se assistiu no Anhangabaú foi o nascimento de um pacto.
Que tem agenda e eixo de luta ancorados no entendimento de que o governo Dilma será aquilo que a rua conseguir que ele seja.
Não desobriga a Presidenta de honrar compromissos de campanha, a começar pela rejeição ao vale tudo do PL 4330.
Mas divide o desafio da coerência.
Construi-la requer uma nova correlação de forças indissociável de uma frente ampla progressista.
Quem mesmo assim continua a duvidar da determinação pactuada no legendário Anhangabaú, deve ouvir (abaixo) a íntegra do pronunciamento visceral do mais aplaudido orador do dia.
Lula fechou o ato com um aviso à direita buliçosa.
Essa que ao mesmo tempo o desdenha como líder morto, mas oferece a liberdade como recompensa ao pistoleiro capaz de alvejá-lo com uma denúncia mortal.
Qual?
Qualquer denúncia. Desde que impeça a assombração das elites de reaparecer como candidato em carne e osso em 2018.
No 1º de Maio de 2015, a voz do fantasma ecoou mais rouca e forte que nunca.
Para dizer ao conservadorismo golpista, antinacional e anti-trabalhador: o ectoplasma não vai esperar até 2018.
‘Vou correr o Brasil, vou me encontrar com trabalhadores, com jovens, operários, camponeses e empresários...’
‘Eu aceito o desafio’, disparou a voz rouca, ferida, ressentida, mas convencida de que ainda tem uma tarefa incontornável a cumprir no país: terminar o que começou, tarefa que o mercado sozinho jamais o fará.
Cunha, Aécio, Skaf não se iludam com o noticiário generoso dos petizes da Folha.
Algo mudou no Brasil neste 1º de Maio de 2015.
E não foi apenas o preço do aluguel do sindicalismo de Bagatelle.
Ouçam a fala de Lula no Anhangabaú: aqui

domingo, maio 03, 2015

Lula, no ato do 1º de maio: "vou desafiar os que não se conformam com a democracia"

Lula em SP praticamente confirmou sua candidatura em 2018.. Foto: Ricardo Stuckert.
O ex-presidente Lula participou nesta sexta-feira (1) do ato unificado do Dia do Trabalhador convocado por centrais sindicais e movimentos sociais no centro de São Paulo. O ato, organizado pelas centrais CUT, CTB, Intersindical e movimentos sociais de diversas áreas, como o direito à moradia, o direito à terra e a democratização da comunicação serviu para o lançamento de uma frente unificada de movimentos de esquerda para enfrentar a ofensiva conservadora no Congresso Nacional. "Vamos reunir os movimentos de mulheres, negros, pela educação, pela causa LGBT, diversos movimentos sociais, e montar uma frente unificada em defesa do Brasil, contra a direita conservadora. Diremos não à intolerância no Brasil, e não deixaremos que mexam nos nossos direitos. Como disse o ex-presidente Lula, que não ousem mexer nos direitos da classe trabalhadora", afirmou Vagner Freitas, presidente da CUT, antes da fala de Lula.

Em seu discurso, Lula criticou insinuações contra o seu nome.  "Vejo nas revistas brasileiras, que são um lixo, as insinuações. Eles querem pegar o Lula, mas me chama para a briga que eu gosto", afirmou, para as milhares de pessoas presentes ao ato, no Vale do Anhangabaú. "Quero dizer aqui, na frente das crianças: pega 10 jornalistas da Veja, da Época, e enfia um dentro do outro que não dá nem 10% da minha honestidade", completou.

Em defesa do governo federal, Lula disse que irá voltar a viajar pelo Brasil para conversar com os brasileiros. "Aos meus detratores: eu vou andar este país outra vez, e vou conversar com os desempregados, os camponeses, os empresários. Vou começar a desafiar aqueles que não se conformaram com o resultado da democracia", afirmou.

As centrais e movimentos presentes aprovaram a realização de um dia de lutas em 29 de maio para manifestar seu repúdio ao projeto de lei 4330, que permite a terceirização de todos os postos de trabalho no Brasil. Será articulada ainda uma marcha a Brasília para o dia em que o Senado abrir a votação sobre o projeto.

Ouça aqui a fala do ex-presidente Lula no 1º de maio da CUT.

sábado, maio 02, 2015

1º de Maio: PSOL e PSTU entram no #ForaDilma


O dia 1º de Março em Belém, teve de tudo um pouco.

A praça da República foi palco de uma manifestação de três centrais sindicais: CUT, CTB e CONLUTAS, as duas primeiras unificadas e a última sozinha.

Em são Brás, a UGT também fazia sua manifestação sozinha, mas com um aparato de dar inveja a muitos empresários. Houve até a entrega - que seriam sorteados - de 200 prêmios, mais do que a quantidade de manifestantes.

A CONLUTAS, central sindical ligada aos partidos PSTU e PSOL, chamavam entre outras palavras de ordem, Greve Geral e #ForaDilma. Ao contrário dos professores do Paraná, as lideranças do sindicato da categoria no Pará (SINTEPP), não pedem o #ForaJatene, apenas do secretário de Educação, Helenilson Pontes, o que realimenta a preferência de oposição severa por partes dos partidos de extrema esquerda, aos governos do PT.

Mais contido, Edmilson Rodrigues, deputado federal pelo PSOL, esteve presente ao ato, mas preferiu discursar contra o governo de Simão Jatene (PSDB) e em apoio à greve dos servidores públicos da educação. 

Pré-candidato a prefeitura de Belém nas eleições do ano que vêm, Edmilson sabe que pode precisar novamente do PT, para ter chances de derrotar o atual prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) e demais candidatos que estarão na disputa. 

O resto é lenda.

Faixa de militantes do PSTU e do PSOL  

Sindicato dos Jornalistas participa do ato, separando-se dos patrões.

Socorro Coelho, presidente do SINDIPROIFES-PA anuncia a fundação do mais novo sindicato para lideranças no ato do dia 1º de Maio.
Sindicalistas ligados à ADUFPA protestaram contra a criação de outro sindicato na base de representação dos professores das instituições federais de ensino, o SINDPROIFES-PA, presidido pela professora Socorro Coelho, que fez um discurso e esclareceu os fatos ocorrido na fundação do mais novo sindicato, presente nas manifestações pelo dia do Dia do Trabalhador, em Belém do Pará.

quarta-feira, abril 15, 2015

#NãoàPrecarização ganha as ruas de Belém

Deputados Federais que votaram no projeto de terceirização foram expostos em faixas de manifestantes.
O Dia Nacional de Luta e Paralisação mobilizou trabalhadores e movimentos sociais do Brasil inteiro, que foram às ruas para manifestarem seu repúdio pela aprovação do projeto de lei 4330, que permite a terceirização sem limites dos contratos de trabalho.

Em várias capitais, houveram protestos com algumas centrais sindicais e diversas entidades dos movimentos sociais, que criticaram parlamentares da oposição que votaram contra os direitos trabalhistas. 

A exemplo de outras capitais, em Belém houve uma caminhada pacífica pelas ruas do centro da cidade, onde os manifestantes levaram faixas e cartazes denunciando os parlamentares paraenses que votaram favoráveis ao PL 4330 (Terceirização).






quarta-feira, abril 08, 2015

Câmara aprova volta da escravidão: Agora é guerra!


Empresários conseguem aprovação de lei debatida há anos: A terceirização de todas as áreas de trabalho no Brasil.

Por Altamiro Borges, em seu blog.


Às 21h14 desta quarta-feira (8), a Agência Brasil deu uma trágica notícia: "A Câmara dos Deputados acaba de aprovar, por 324 votos a favor, 137 contra e duas abstenções, o texto principal do projeto de lei que trata da regulamentação do trabalho terceirizado. Os destaques e sugestões de alterações serão discutidos na próxima semana". 

Na prática, os deputados aprovaram a volta da escravidão ao Brasil. Com a terceirização das chamadas atividades-fim, o assalariado não terá mais os direitos garantidos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e terá ainda maiores dificuldade para se organizar em sindicatos na luta contra o desemprego, o arrocho salarial e a precarização. Já a sociedade como um todo sofrerá com os péssimos serviços prestados pelas terceirizadas.

Durante todo o dia, os parlamentares de esquerda tentaram evitar a votação do projeto de lei (PL) de número 4330 que libera geral a terceirização no país. Mas o presidente da Câmara Federal, o lobista Eduardo Cunha, fez jus às doações privadas da sua campanha e abortou as obstruções, derrotando os dois requerimentos que pediam o adiamento da sessão. Diante da derrota histórica dos trabalhadores, as bancadas mais à esquerda pensam agora em ingressar com uma ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF). Há ainda a hipótese da presidenta Dilma Rousseff vetar o projeto, comprando o debate de ideias na sociedade sobre o grave retrocesso deste projeto de lei.

A votação final do PL-4330, prevista para a próxima semana, deve radicalizar ainda mais a postura do sindicalismo. Nesta semana ocorreram vários atos no país contra a barbárie da terceirização. Em Brasília, houve confronto com a polícia, acionada pelo fascistóide Eduardo Cunha. A mídia privada - nos dois sentidos da palavra - tentou desqualificar as manifestações sindicais. Os barões da mídia, que demitem centenas de jornalistas, apostam todas as suas fichas na libertinagem da terceirização. O sindicalismo precisará intensificar ainda sua pressão para desmascarar este projeto e seu mentores. Já circula a proposta de organizar uma greve nacional contra a volta da escravidão ao Brasil.

terça-feira, março 24, 2015

Boulos, PSOL e petistas defendem Frente Popular para barrar avanço conservador

Quase mil pessoas: na casa do PT e da CUT, a esquerda se reúne (mas sem a presença oficial do PT)

Por Rodrigo Vianna, no portal Fórum.

O debate ocorrido neste fim-de-semana em São Paulo, numa quadra da CUT, foi simbólico por muitos motivos.

Primeiro, mostrou o grau de esgotamento do PT, como força renovadora de esquerda. Sob  impacto do avanço da direita no Brasil, militantes de esquerda se reuniram atraídos pelo tema: “Direitos Sociais e Ameaça conservadora”.

Mas não foi um debate organizado pelo Partido dos Trabalhadores – principal alvo da fúria direitista do dia 15. O PT segue acuado, quase mudo. Havia na plateia do debate muitos petistas, mas sem camisas nem símbolos petistas. Isso tudo num evento organizado pelo PSOL

Mais que isso: na mesa, estavam dois ex-auxiliares de Lula – Frei Beto e André Singer (hoje, professor da USP, e que segue filiado ao PT). O debate, realizado na “Quadra dos Bancários” (histórico ponto de encontro dos militantes da CUT e do PT), reuniu quase mil pessoas no sábado à tarde.

Foi o deputado federal Ivan Valente (do PSOL) quem cumpriu o papel de criar aquele espaço de reflexão, abrindo o microfone também para Guilherme Boulos (MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) e Berna Menezes (sindicalista ligada ao PSOL).

As críticas ao governo Dilma foram duras. E generalizadas. Boulos disse que “o governo é indefensável”, e foi mais longe: “ou o governo reverte o modelo, baseado no ajuste liberal, ou em breve o golpismo terá base popular nas ruas”.

A avaliação do líder do MTST é de que, apesar da queda de popularidade de Dilma, quem está na rua por enquanto protestando  contra o PT é um setor mais radicalizado de direita e comandado pela classe média. Boulos, no entanto, diz que um ponto deveria preocupar os petistas: “a massa trabalhadora, que votava no PT até hoje, ficou em casa dia 15, mas  aplaudiu os protestos porque não aguenta mais”.

Ele reconheceu os avanços sociais da era Lula, mas reafirmou a posição do MTST de que o modelo de conciliação do lulismo se esgotou. “2013 foi um aviso, mas parece que o PT não entendeu”.

Boulos se mostrou preocupado com o “desfilar de preconceito e ideias fascistas” ocorrido no dia 15. E mostrou clareza de que não se trata de um ataque ao PT, apenas: “o petismo deixou de ser de esquerda, mas o antipetismo é um movimento contra toda a esquerda, é anti-movimentos sociais, anti-esquerda, anti-vermelho.  Temos uma direita venezuelana, e um governo covarde. Mas vamos enfrentar essa turminha que destila ódio. Com fascismo, não se conversa; fascismo, se enfrenta.”

Andre Singer concordou com a avaliação de que o início do governo Dilma é desastroso para a esquerda. Até porque o ajuste de  Levy deve provocar desemprego, enfraquecendo os trabalhadores – que são a base social da esquerda.

O professor da USP, porém, discordou de Boulos na avaliação do dia 15. “Considero que a manifestação foi majoritariamente de centro. Havia, sim, setores de extrema-direita, golpistas. E havia ainda uma direita radicalizada a favor do impeachment, mas as pesquisas mostram que a maioria estava ali para rechaçar a corrupção”.

Singer acha que é possível “dialogar” com esses setores de centro. Mas foi contestado no debate por gente da plateia. O dia 15, disse o professor Gilberto Maringoni (PSOL) foi, sim,  “tendencialmente” em favor da extrema-direita, abrindo espaço para ex-torturadores e golpistas na Paulista. O dia 15, lembraram outros, significou a proibição para que qualquer cidadão vestisse vermelho num amplo raio em torno da Paulista. Essa não é atitude de “centro”, disse um militante anônimo.

Frei Beto definiu as manifestações do dia 15 (e também as de junho de 2013) como “manifestações de protesto, mas não de proposta.” E ressaltou que o PT colhe os frutos por ter governado 12 anos, sem ter feito – nem encaminhado  - uma reforma estrutural sequer.

A sindicalista Berna Menezes destacou que não se pode igualar os governos FHC e Lula/Dilma, mas lembrou que o PT é responsável pelo avanço da direita, porque jamais enfrentou a mídia, nem fez uma Reforma Tributária em favor dos trabalhadores.

Outra avaliação comum entre os presentes: a crise será longa, pode durar 4 anos ou mais. Boulos disse que há riscos de ruptura pela direita, devido à “forte presença de setores golpistas” nas ruas. Já Singer, não vê riscos imediatos de ruptura. “A turbulência será grande, o estresse democrático é parecido com 64, mas não há mais a Guerra Fria”.

Não há mesmo? O que os Estados Unidos fazem no Oriente Médio e na Ucrânia é o que?  Hum…

Os debatedores defenderam uma “Frente Social”, ou uma “Frente Popular”, para combater o avanço da direita. Uma frente que não seja dos partidos de esquerda, mas agregue amplos setores em defesa de uma pauta mínima.

“O meu partido, o PT, não tem mais condições para dar direção à esquerda. É preciso formar logo essa frente“, disse Singer.

Ele lamentou que o PSOL e o MTST não tenham ido ao ato do dia 13 na Paulista. “Com uma formação mais ampla, poderíamos ter chegado a cem mil pessoas, e não 40 mil, como tivemos”, afirmou. A lembrança de Singer indica as dificuldades que ainda impedem as forças de esquerda e os movimentos sociais de agirem juntos – num momento de forte avanço conservador.

O deputado Ivan Valente listou cinco pontos em torno dos quais poderia ser construída essa frente, aberta a entidades, partidos e cidadãos interessados em barrar a direita – dentro e fora do governo:

- combate ao ajuste fiscal de Levy;

-  democratização dos meios de Comunicação;

- reforma agrária e combate ao latifúndio;

- defesa da Democracia e rechaço ao golpismo;

- defesa dos direitos trabalhistas.

Formou-se, entre  os debatedores, um consenso de que é possível unificar a esquerda. Não contra o governo Dilma, que em nenhum momento foi citado como inimigo principal. Mas contra o ajuste de direita – que significa o sequestro, pela direita, de um governo eleito com discurso de esquerda. E, especialmente, contra a direita que baba de ódio nas ruas e no Congresso.

Ivan Valente disse que é preciso levar pras ruas “os nomes de Cunha e Renan, como parte da corrupção que se precisa derrotar.” O deputado do PSOL lembrou que o discurso udenista, de falso moralismo, hoje é o mesmo de 54 e 64. Mas dessa vez, lembrou, parte importante da direita está afundada na lama da corrupção: “há 33 parlamentares indiciados, inclusive os presidentes da Câmara e do Senado – que não podem ser poupados, como a direita tentou fazer no dia 15.”

Foi um encontro curioso, em que a turma do PSOL usou a ‘”casa” da CUT e do PT. Um encontro em que o PSOL se definiu claramente contra o impeachment, e fez questão de ressaltar que PT e PSDB não são iguais. Um encontro em que petistas ou ex-petistas não tiveram dúvidas em atacar o ajuste de Levy – ainda que isso significasse atacar frontalmente o governo Dilma.

Havia uma presença de militantes de esquerda, para além do PSOL. E havia a certeza de que a Frente Popular vai nascer com ou sem o governo. Vai nascer nas ruas. E parte importante da base social do PT vai ajudar a compor essa frente – ainda que o partido, como lembrou Singer, tenha perdido a capacidade de liderar a esquerda.

Já não se trata de defender o governo ou o PT. Mas de recompor o campo da esquerda, e impedir a completa restauração conservadora no Brasil.

domingo, março 15, 2015

Mais um site apócrifo é desmascarado


A dúvida é o princípio da sabedoria.
Aristóteles.

www.folhapolitica.org é um site que afirma fazer jornalismo independente, mas é explicitamente uma daquelas artimanhas utilizadas pelo sub-mundo da política para fazer o trabalho sujo, o chamado jornalismo marrom, que calunia e difama alguns políticos e partidos em favor de outros. Com o nome de um grande jornal para dar um ar de credibilidade, a "Folha Política" não passa de mais um, entre os vários instrumentos que não fazem jornalismo e sim propaganda contra a Dilma, o Lula, o PT, os partidos aliados, o governo e a esquerda e faz isso todo santo dia, publicando e replicando matérias e artigos que  buscam"queimar" seus parlamentares e seus governos.

Na sexta-feira, como era de se esperar, o site publicou outra de suas matérias sem fundamentação alguma. Na foto que ilustra a publicação, a presidenta Dilma aparece rodeada de duas mulheres e um homem, com camisas da CUT e o confuso texto, induz o eleitor a entender (?) que essas pessoas receberam R$35,00 para participarem da manifestação que percorreu a Avenida Paulista e todas as principais avenidas das capitais brasileiras. 


O texto – por sinal, muito mal redigido – insinua que pessoas de outros países e da periferia de São Paulo teriam sido recrutadas para participar do ato e que ônibus teriam lhes levado até a Avenida Paulista, onde a possibilidade de confronto com “grupos contra o governo”, que segundo a matéria, deveriam ir ao ato e por isso as chances de ter confusão eram enormes. 

Acontece que tudo não passou de mais uma mentira deslavada. Como se sabe, o ato organizado por centrais sindicais e movimentos sociais, superou a expectativa até daqueles que achavam que o pouco tempo e a falta de uma mobilização mais articulada, poderia fazer com que a manifestação fosse um fiasco. E não foi.

Voltando ao ponto central e à verdade dos fatos, a foto usada pela matéria é de Fevereiro de 2013, ou seja, tem mais de 02 anos e as 03 pessoas que estão com a presidenta Dilma, são na verdade sindicalistas no Pará. 

O homem é presidente da CUT e se chama Martinho Souza. As duas mulheres se chamam Vera Paoloni e Rosalina Amorim, ambas são bancárias e sindicalistas ligadas à CUT. Os três estavam entregando um documento à Dilma, na cidade de Castanhal, no Estado do Pará, durante sua visita para entrega de um conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida, conforme você pode confirmar no vídeo do portal G1 Pará.

Casos como esse são cada dia estão se tornando mais comuns e frequentes na internet, sobretudo nas redes sociais, onde muitas pessoas acabam compartilhando matérias caluniosas, difamatórias e mentirosas, apenas por acharem que são sérias, sem se darem o mínimo trabalho de averiguar as informações que são jogadas sem o mínimo de compromisso com a verdade. 

Para evitar pagar mico e ter complicações com isso, leia Como identificar notícias falsas

quarta-feira, fevereiro 25, 2015

Briga entre manifestantes pode iniciar uma onda de conflitos pelo Brasil?

Sindicalistas e militantes de movimentos sociais foram provocados por manifestantes pró-impeachment em ato pró-Petrobras.
Por Diógenes Brandão.

A briga entre manifestantes pró-impeachment e sindicalistas que participavam de um ato em defesa da Petrobras na Associação Brasileira de Imprensa, nesta quarta-feira, 24 no centro do Rio de Janeiro, pode ser considerada um start para uma onda de conflitos de rua no Brasil.

Testemunhas afirmaram que um grupo de pessoas não identificadas chegou ao local, onde sabiam que Lula participaria junto com sindicalistas e outras lideranças de vários movimentos sociais, do ato político convocado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e começaram a ofender os manifestantes que ali estavam, numa tentativa de evitar o início do evento. Os ânimos se acirram e a confusão rendeu socos, chutes e consequentemente lesões físicas em pessoas de ambos os lados do conflito.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas afirmou que pessoas e não a empresa devem ser punidas pelo desvio de recursos. Ao ser questionado pela imprensa sobre o suposto envolvimento do PT no esquema, ele acrescentou que "não importa quais sejam os implicados, qualquer partido que seja, tem que se investigar, não discutimos inviabilizar a CPI ou qualquer outra investigação", afirmou. Vagner não deixou de estender as responsabilidades sobre a corrupção na Petrobras ao período em que a presidência da República era ocupada pelo tucano Fernando Henrique Cardoso. "A corrupção de todos os governos, se houver, tem que ser punida", afirmou.

Lula: "Defender a Petrobras é defender o Brasil, é defender os trabalhadores, é defender a democracia".

Convidado especial da CUT e da FUP, João Pedro Stédile, do MST foi mais enfático ao conclamar a sociedade brasileira em defesa da Petrobras que segundo ele é cobiçada por empresas multinacionais há décadas e que estas possuem representantes no Brasil que sempre quiserem sucatear e privatizar a maior empresa brasileira e uma das maiores do mundo em produção de Petróleo. Stédile, também disse que a estatal de petróleo é a zeladora constitucional da maior riqueza nacional que o povo ainda tem, "a única forma de romper os grilhões do imperialismo". "O que está em jogo agora não é a corrupção, o que está em jogo agora é que querem abocanhar o pré-sal, reprivatizar os frutos do pré-sal, porque não permitem que vá para saúde e educação.". 

Ao finalizar sua fala, provocou: Temos que ir para as ruas, criar núcleos de defesa da Petrobras. Lula, larga o Instituto Lula e vem pras ruas, recupera o Lula de São Bernardo. Vem que o povo te segue!

Com a onda de incitação midiática contra o governo federal, o Partido dos Trabalhadores e a criminalização dos partidos de esquerda e dos Movimentos Sociais, parte de setores da direita brasileira somam-se à grupos reacionários que reúnem cidadãos levados à indignação coletiva e formam uma bomba de efeito incalculável. Diante da possibilidade de reação do outro lado que já sinaliza ir às ruas na defesa das conquistas sociais que o Brasil experimenta nesta última década, um conflito social já passa a ser cogitado como possível resultado desta polarização no país.

Lula participou de evento na Associação Brasileira de Imprensa (Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula).

Entendendo o clima que paira no Brasil, Lula fez uma fala recheada de recados à oposição e veículos de comunicação: 

“Eles continuam fazendo hoje o que sempre fizeram. A ideia é criminalizar antes de ser julgado. Você tem que ser criminalizado pela imprensa. Se eu conto uma inverdade muitas vezes ela vira verdade..O objetivo é criminalizar também a política. Toda vez que tentaram isso, o resultado foi sempre pior. Na Itália, foi Berlusconi..Não precisa mais de justiça. Se a imprensa falou está falado. Mas cheguei à Presidência duas vezes sem ela..A Dilma tem que deixar a investigação da Petrobras com a justiça. Ela tem que levantar a cabeça e dizer:’eu ganhei as eleições e vou governar o país’..Eu quero paz e democracia. Mas se eles não querem nós sabemos brigar também."

O ato de ontem serviu para amplificar a mobilização para o "Dia da Manifestação em Defesa dos Direitos, da Petrobras e da Reforma Política”, convocada nacionalmente pela CUT e Movimentos Sociais e que deverá colocar milhões de pessoas nas ruas de todo o país, no dia 13/03. 

terça-feira, fevereiro 24, 2015

Lula em ato pró Petrobrás: “A gente quer paz, mas sabemos brigar”

Em ato convocado pelas Centrais Sindicais, Lula disse que agora é nas ruas e que se for pra brigar, vai ter briga.

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania.


Diante da Associação Brasileira de Imprensa, no Rio, militantes do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) enfrentaram aproximadamente 15 pessoas que, munidas de panelas, foram lá gritar palavras de ordem como “fora PT” e pedir impeachment de Dilma Rousseff. Os dois grupos entraram em choque várias vezes, trocando socos e pontapés.

Pouco depois das 18 horas chegou a polícia, mas as brigas não pararam. O grupo provocador, protegido pela polícia – que alegou que o protegia porque estava em menor número -, recusava-se a deixar o local e novos choques ocorreram sem que os policiais conseguissem impedir.

Depois dos dois confrontos físicos entre o grupo contrário ao PT e os petistas, os que defendem o impeachment de Dilma se dispersaram. Representes dos sindicatos que organizam o ato pediam aos seus militantes que não respondessem às provocações. No entanto, por duas vezes pessoas que passaram pela calçada e gritaram insultos e receberam revide.

No auditório em que aconteceu o ato, o tom dos discursos foi subindo até chegar ao do presidente da CUT, Wagner Freitas, que repetiu, diversas vezes, que chegou a hora de os trabalhadores irem à rua em defesa não só da Petrobrás, mas do “projeto vencedor das eleições”, ou seja, do governo Dilma.

Presente ao ato, vale registrar, também esteve representante de um movimento que, a exemplo da CUT, também tem forte capacidade de mobilização popular: João Pedro Stédile, do MST.

Tratou-se de um divisor de águas. A disposição dos trabalhadores e movimentos sociais de irem a rua ocorre em um momento em que grupos contrários e violentos convocam manifestações como a que foi fustigar o ato em defesa da Petrobrás.

A disposição manifestada por expoentes do PSDB, por setores da mídia e por grupos de militantes de origem obscura de também irem à rua pedir o impeachment da presidente da República fatalmente se encontrará outras vezes com sindicalistas e militantes do PT e de movimentos sociais que decidiram não ficar mais assistindo quem pensa como eles ser agredido por usar uma camiseta vermelha.

Se me perguntarem se isso é bom para o Brasil, direi que não. A violência, o enfrentamento, não produzirá nada além de possíveis tragédias que podem decorrer de situações como essa, em que um dos lados se dispõe a provocar.

Todavia, o que a direita está fazendo é inaceitável. No dia anterior ao ato da Petrobrás, o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, foi hostilizado por ricaços no elegante hospital Albert Einstein. Nas ruas, qualquer um que vista vermelho pode ser hostilizado e até agredido fisicamente.

Nesse contexto, fico com a frase com a qual Lula encerrou o evento em defesa da Petrobrás:

“A gente quer paz e democracia, mas, se eles não querem, nós sabemos brigar também”

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terça-feira, setembro 23, 2014

Grilagem, sangue e impunidade: Mais uma liderança é morte na Amazônia

No velório de Jair, muita comoção e sentimentos de injustiça e impunidade.
Via Organização dos Trabalhadores Rurais do Pará.

Violência no Pará: UM TRABALHADOR É ASSASSINADO E OUTROS QUATRO SAEM FERIDOS EM FAZENDA NO MUNICÍPIO DE BOM JESUS DO TOCANTINS, SUDESTE DO PARA.

No final da tarde de ontem, o trabalhador rural JAIR CLEBER DOS SANTOS, foi assassinado a tiros no interior da Fazenda Gaúcha, no município de Bom Jesus do Tocantins, sudeste do Pará. Outros quatro trabalhadores, Mateus Sousa Oliveira (Sindicalista do STR de Bom Jesus), Antônio aves, Daniel e outro foram feridos com vários tiros e se encontram internados no hospital de Bom Jesus do Tocantins.

JAIR era casado, pai de 02 filhos e tinha 50 anos. Era a principal liderança do grupo de 300 famílias que há 6 (seis) anos ocupam a área. O grupo é ligado à FETAGRI. Nos seis anos de ocupação as famílias plantaram roças e passaram a produzir grande quantidade de alimentos que comercializam no município de Bom Jesus. Há também uma escola com mais de 100 alunos funcionando no local. 

Devido às péssimas condições das vias de acesso o prefeito de Bom Jesus liberou um trator para fazer a recuperação da estrada usada pelas famílias. Quando o trator passava nas proximidades da sede da fazenda o gerente Reginaldo Aparecido Augusto, conhecido como "Neném" atravessou uma caminhonete no meio da estrada e impediu que a máquina passasse. Inúmeros agricultores, entre homens, mulheres e crianças, se dirigiram ao local, para convencerem o gerente a liberar a estrada. Liderados por JAIR e Mateus, o grupo se aproximou da casa sede onde o gerente se encontrava para conversar com ele. Ao se aproximarem da residência foram recebidos a tiros.

Momento antes do conflito, policiais civis e militares de Bom Jesus, estiveram no local mas nada fizeram para desinterditar a estrada e desarmar o gerente e seu grupo. Os trabalhadores que permaneceram no local acusam a polícia de Bom Jesus de ter facilitado a fuga do gerente e de outros pistoleiros logo após o crime. Apenas um funcionário da fazenda conhecido por “Neguinho” foi preso e flagrante.

Em menos de um ano (10/2013 a 09/2014), foram registradas 10 ocorrências na Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá - DECA - por trabalhadores que residem na área, todas contra o gerente Reginaldo Aparecido Augusto, conhecido como “Neném”. As ocorrências relatam ameaças, abordagens violentas, porte de armas e outros crimes. Não há informação se a DECA tenha investigado as denuncias feitas.

A fazenda Gaúcha possui 17 mi hectares, é constituída na sua totalidade de terra púbica federal. A área foi arrecadada e matriculada pelo INCRA, no entanto, somente três anos após a ocupação (2010), foi que o INCRA decidiu ingressar com uma Ação na Justiça Federal de Marabá para retirar o fazendeiro que ocupava ilegalmente o imóvel. A Vara Agrária de Marabá e o Tribunal de Justiça do Pará negaram por duas vezes o pedido de liminar feito pelo fazendeiro para despejar as famílias. Tanto a Vara Agrária quanto o Tribunal entenderam que o a terra era púbica por isso as famílias não podiam ser despejadas.

O processo que o INCRA ingressou contra o fazendeiro, tramita na 2ª Vara Federa de Marabá, há 04 anos, sem uma decisão final. Inconformados com a demora da Justiça, a FETAGRI e a CPT, solicitaram por duas vezes, reunião do Ouvidor Agrário Nacional com o juiz federal de Marabá, mas, mesmo assim, até a presente data não houve decisão. A morosidade da Justiça contribuiu com o agravamento da situação, culminando com o assassinato de uma liderança e no baleamento de outros quatro trabalhadores.

Para o FETAGRI, a CPT e o STR de Bom Jesus, não há dúvidas de que a morosidade do INCRA, da DECA e da Justiça Federal foi a causa principal do conflito, resultando na morte e no baleamento dos trabalhadores.

Marabá, 23 de setembro de 2014.

Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Pará – FETAGRI.
Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bom Jesus do Tocantins.
Comissão Pastoral da Terra – CPT – Diocese de Marabá.

domingo, maio 12, 2013

CUT debate democracia na Comunicação em Belém

 
No site da CUT.

A CUT-Pará realizará na próxima quarta-feira (15), em Belém do Pará, o lançamento do livro Latifúndio Midiota, crimes, crises e trapaças, seguido do debate “Democracia na Comunicação”, fortalecendo a campanha nacional pela liberdade de expressão e contra os monopólios de mídia.

 Além do autor, Leonardo Wexell Severo, que é editor do site da CUT Nacional, redator-especial do jornal Hora do Povo e colaborador do Brasil de Fato, participarão do evento na capital paraense o jornalista Paulo Roberto Ferreira, membro da coordenação do Fórum Estadual pela Democratização da Comunicação e Vera Paoloni, secretária de Comunicação da CUT-PA.

Com 140 páginas e 22 reportagens e artigos, o livro faz um contraponto à desinformação da velha mídia. De acordo com o sociólogo Emir Sader, em sua apresentação da obra, “Latifúndio Midiota é uma verdadeira bula para ler e entender o que é dito na mídia. Sem contraindicações, indicado para os que mais precisam da verdade”.

“O novo livro de Leonardo é uma arma afiada nas mãos dos lutadores do povo que não se deixam manipular e deformar pelos monopólios midiáticos. É uma honra e alegria participar da publicação deste livro – inaugurando o nosso selo”, reforça Altamiro Borges, presidente do Centro Estudos da Mídia Barão de Itararé.

Na avaliação da secretária nacional de Comunicação da CUT e coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Rosane Bertotti, a obra traz consigo uma intensa capacidade de sensibilizar para a necessidade de darmos respostas coletivas aos desmandos dos monopólios de desinformação.  “Que a indignação presente em cada uma das linhas deste livro acenda os sinais de alerta para o veneno a que somos submetidos diariamente, e nos desintoxique, fortalecendo o compromisso com a democratização da comunicação, com a luta e a vitória do Brasil e da Humanidade”, enfatizou.

SOROCABA -A Subsede da CUT em Sorocaba e região promove em parceria com o Diretório do Partido dos Trabalhadores a mesa de debate sobre “Mídia Democrática” e o lançamento do livro no dia 18 de maio (sábado), das 9 às 12 horas, no Sindicato dos Metalúrgicos. Estão confirmadas as presenças da secretária estadual de Comunicação da CUT-SP, Adriana Oliveira Magalhães, e da deputada federal Iara Bernardi (PT).

FOZ DO IGUAÇU -Em Foz do Iguaçu, o lançamento acontece no dia 22 de maio (quarta-feira) no saguão da Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), na Alameda Rui Ferreira, 164, a partir das 18 horas. Pela manhã o autor participa como debatedor na mesa "A democratização da Comunicação; Experiências na América Latina", às 10 horas, ao lado de representantes da ALAI (Agência Latino-Americana de Informação) e da Universidade de Buenos Aires.  

COMUNICASUL –Integrante da rede ComunicaSul de comunicação colaborativa, Leonardo Severo acompanhou recentemente as eleições presidenciais de Hugo Chávez (outubro de 2012) e Nicolás Maduro (abril de 2013) na Venezuela, a disputa pela Lei de Meios na Argentina (dezembro de 2012) e as eleições presidenciais no Equador, com a vitória de Rafael Correa (fevereiro de 2013).

terça-feira, abril 30, 2013

Chapa 02 (PSTU/PSOL) protagoniza ato de violência nas eleições dos Bancários

No Facebook e no site do Sindicato dos Bancários do Pará.

Nessa segunda-feira (29) chegamos ao 4º dia de apuração de votos das eleições para a escolha da diretoria e conselho fiscal do Sindicato dos Bancários do Pará para o triênio 2013-2016. A Chapa 1 segue na liderança com 2.201 votos, enquanto que a Chapa 2 soma 1.637. Já foram apuradas 68 urnas, restando 47 para concluir a apuração.

Durante apuração dos votos da eleição do Sindicato dos Bancários do Pará, a candidata da Chapa 2 Andréa Amaral agridiu fisicamente a presidenta da Comissão Apuradora Rosane Silva. O motivo: a candidata estava filmando, sem autorização da comissão eleitoral ou da comissão apuradora, o processo de apuração. Ao ser alertada de que não poderia realizar filmagem, a candidata apelou para agressão.

O Sindicato dos Bancários lamenta o fato ocorrido e ressalta que atitudes violentas não contribuem em nada para o fortalecimento dos princípios democráticos da nossa entidade que completa 80 anos de lutas em defesa da classe trabalhadora nesse ano. Esperamos que a apuração possa seguir com tranquilidade e transparência como vinha ocorrendo antes desse fato. 

A contagem de votos será retomada nessa terça-feira (30) a partir das 17 horas. Os bancários e bancárias sindicalizados podem acompanhar livremente o processo de apuração dos votos. Além disso, todo o processo está sendo filmado e fotografado diariamente para garantir maior lisura e transparência. As urnas de votação ficam guardadas na sala da Comissão Eleitoral, com o único acesso lacrado, monitorado por sistema de circuito fechado de televisão, com as imagens devidamente gravadas, além da vigilância 24 horas por seguranças de uma empresa de segurança privada contratada pela Comissão Eleitoral, e também por representantes de ambas as chapas que disputam o pleito.

Vejam as fotos da agressão da candidata da chapa 02 contra a presidente da Comissão Apuradora:








Garantindo o direito ao contraditório, o blog As Falas da Pólis foi fazer uma busca na página do Facebook da chapa 2 e não encontrou nada sobre o ato de violência cometido por uma de suas integrantes. Apenas as seguintes queixas:

Se a chapa 1 tivesse confiança na vitória, ela não iria fazer a apuração rapidamente?

É acintosa a movimentação da chapa 1 em conluio com a Comissão de Apuração e a diretoria do SEEB/PA no sentido de eliminar qualquer vestígio de transparência e lisura no processo de apuração das urnas. Sem justificativa plausível a Comissão de Apuração retarda de maneira proposital o processo de apuração, manipulando a escolha das urnas para a contagem de votos. O objetivo é divulgar uma falsa vantagem eleitoral. Essa letargia tem por objetivo ajudar a pavimentar o caminho da fraude. Isso nós NÃO vamos aceitar, por isso alertamos toda a categoria a manter-se vigilante para garantir a democracia sindical e que o direito a livre escolha seja resgatado.
  

RETRATO DO DESCASO OU INDÍCIO DE FRAUDE? - A Chapa da Pelegada, representante de interesses de Banqueiros e Governos "A Ousar não se sabe em quê?". Só garantiu até agora, 7 horas de apuração. Todo bancário (a) sabe que a votação encerrou na quinta-feira (25), às 20h00 e de lá até às 17h00 desta segunda-feira (29) já se passou 96 horas! Foram, segundo a pelegada do SEEB-PA, 4.700 votos (70% da categoria), mas até este momento só foram apurados 48% dos votos. Então, ainda falta apurar cerca de 2.700 votos. Se não quer apurar de forma rápida, bem fiscalizada com a mesma quantidade de fiscais e advogados (as) para ambas as chapas (o que não aconteceu até agora) e Ininterrupta é porque quer fraudar ou é descaso mesmo. Com a palavra, a chapa da Pelegada, Comissão Eleitoral e Comissão de Apuração.

No Blog do Barata, que só abriu espaço para a chapa 02 comandada pelo PSTU/PSOL, derramar críticas durante o processo eleitoral, nenhuma nota deste triste e vergonhoso ato de truculência que merece nosso repúdio pela forma com que se comportam nesta disputa eleitoral.

Na marra não!




 

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...