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segunda-feira, setembro 07, 2015

Prefeito do PSDB é constrangido durante desfile escolar


Manoel Pioneiro, prefeito de Ananindeua passou vergonha por não pagar os direitos dos professores municipais. 

Durante os desfiles das escolas municipais, na Semana da Pátria, promovida pela Prefeitura Municipal de Ananindeua, um homem com uma criança no colo se aproximou do palanque oficial e entregou uma camisa ao Prefeito Manoel Pioneiro (PSDB), que todo alegre, achando que era um eleitor a prestar-lhe uma homenagem, recebeu uma camisa ofertada pelas mãos do garoto, suspenso pelos braços do ilustre desconhecido.

No entanto, para sua surpresa e constrangimento, o "presente" continha a frase: "Prefeito, pague a GNS do (a) meu Professor".

A sigla "GNS", significa "Gratificação de Nível Superior", que o tucano se recusa a pagar aos professores municipais, na segunda maior e mais mais populosa cidade da região metropolitana de Belém do Pará, Estado com o pior desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), de 2014.  

Veja as fotos.









Até entre os seus amigos e assessores, a ‪#‎VengonhaAlheia‬ do prefeito foi inevitável e a tentativa de gritar com o manifestante, piorou ainda mais a situação embaraçosa que um homem comum, com seu gesto de protesto, conseguiu promover de forma criativa e impactante. 

Manoel Pioneiro, assim como o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, elegeram-se em 2014 prometendo mundos e fundos, ao lado do governador Simão Jatene, alegando que por serem todos do mesmo partido, o PSDB, resolveriam os problemas de má renumeração dos servidores municipais e da estrutura física dos prédios públicos, principalmente da educação e da saúde.

Pena que nenhum outro blog tenha dado destaque para o fato tão inusitado, que bombou nas redes sociais e por isso ganhou uma pequena nota no jornal Diário do Pará, já que os outros dois (O Liberal e Amazônia), raramente noticiam algo negativo das gestões do PSDB. 

Segundo uma fonte do blog, que teve contato com um assessor de Pioneiro, este teria admitido logo após o fato, que nem o SINTEPP, Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará, havia lhe causado tamanho estresse e constrangimento, nestes 13 anos que ele está como prefeito de Ananindeua.


quarta-feira, julho 15, 2015

O salário dos professores é o mais baixo dos que possuem formação superior. Conheça os partidos e Estados que pagam mais e menos

Simão Jatene e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, não pagam os professores conforme prometem em campanha.
Foto: Fabio Rodrigues/Agência Brasil.

A matéria "Salários dos professores de SP é um dos piores do País", publicada no site do PCO é reveladora, mas não diz quem governar cada um dos Estados brasileiros, e por isso, este blog fez questão de nomeá-los.

Como vemos na mídia brasileira, uma frequente responsabilização do governo federal, por todas as mazelas existentes no país, cabe-nos sermos justos e honestos para informar que os repasses da educação são feitos pela União para Estados e municípios, mas nem sempre os recursos são utilizados para a finalidade destinada.

A maioria dos Estados que continuam sob o comando do PSDB, possuem 45% do PIB brasileiro, ou seja, os Estados mais ricos e são ao mesmo tempo, os que menos pagam os professores.

O Pará, São Paulo e Paraná, frequentemente estão em greve e com conflitos entre professores e a polícia, por conta de reivindicações de promessas feitas durante as campanhas eleitorais. A semelhança entre estes Estados? São Governados pelo PSDB, há longos anos.

Outra informação pertinente é o fato de que os professores recebem 57% menos em relação aos demais profissionais com ensino superior. Uma vergonha para o país que quer e precisa ser mais rico e mais justo.

Leia e tire suas conclusões.

O Estado mais rico da federação, com PIB per capita semelhantes a países desenvolvidos, paga um dos piores salários do Brasil e do mundo aos educadores, não cumpre com a jornada da Lei do Piso e não cumpre promessa de reajustar os salários em 1 de julho.

 A "prioridade" para a Educação não chegou aos holerites dos professores
Levantamento com base em dados do IBGE, das Secretarias Estaduais de Educação e dos sindicatos dos trabalhadores da Educação, comparando salário dos professores estaduais em todo o país, entre abril e junho deste ano, além de anunciar  que os professores recebem um salario inferior aos demais profissionais com curso superior e evidenciou que a má remuneração dos professores nada tem a ver com falta de recursos, uma vez que estados com menor arrecadação e desenvolvimento inferior pagam muitas vezes salários maiores aos seus professores.

O mais baixo de todos os “superiores”

Segundo dados divulgados no Portal G1, para uma carga horária de 40h semanais, o salário base médio dos professores brasileiros situa-se em R$ 2.711,48, para os profissionais com diploma de licenciatura e no início da carreira.

Os dados evidenciam também que os professores recebem 57% menos em relação aos demais profissionais com ensino superior, do salário mediano com formação equivalente. Segundo a comparação feita pelo Cadastro Central de Empresas (Cempre) com base em dados de 2013, e divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o salário médio dos trabalhadores com nível superior seria nesse período de R$ 4.726,21.

Evidenciando a falsidade da “prioridade” declarada para a Educação, nos discursos e promessas de campanha dos partidos burgueses, em nenhum Estado, a remuneração dos professores alcança a média dos demais profissionais com ensino superior. E quando comparado aos pisos pagos a médicos, advogados, engenheiros e outros “doutores” a situação é ainda pior.

Os “melhores” e “piores” salários

Segundo a pesquisa, o Estado que paga o maior salário é Mato Grosso do Sul, onde os professores com licenciatura recebem o salário base de R$ 3.994,25 pelas 40 horas semanais, jornada padrão naquele Estado.

Em segundo lugar aparece o Distrito Federal, com vencimentos iniciais de R$ 3.858,87. Embora acima da média nacional miserável dos vencimentos dos professores, esse valor é muito inferior à média local dos profissionais com nível superior e às necessidades de um professor e de sua família na Capital Federal, uma das mais caras do País.

Na “lanterninha” dos salários aparece Santa Catarina (governada por Raimundo Colombo - PSD, ex-DEM, ex-PFL) que, segundo o governo, tem o salário base de  R$ 1.917,78, por 40h semanais, o pior salário do País e equivalente ao piso nacional. Em penúltimo lugar vem a Bahia (governada por Rui Costa, do PT), com vencimentos de R$ 1.925,96.

As informações foram feitas, excluindo-se as gratificações, que em alguns Estados são acrescidas aos vencimentos dos docentes, mas não se incorporam aos salários e não contam para fins licenças, aposentadoria, incidência de adicionais etc.

Assim, em alguns Estados o vencimento bruto dos professores é mais alto do que o apresentado no estudo (veja na tabela abaixo) porque o governo incorpora gratificações e subsídios, como auxílio-saúde, vale-transporte, vale-refeição e remuneração extra pela atuação em sala de aula, ou para professores que trabalham em áreas distantes ou consideradas de risco.

SP, o mais rico, tem o 9o pior salário

São Paulo – de longe – o Estado mais rico da federação e responsável por pouco menos de 1/3 do PIB nacional, paga aos professores um dos piores salários do Brasil, com vencimentos iniciais de R$ 2.415,89 para 40 h semanais.

Governado pelo PSDB há 20 anos, o Estado (como vários outros) não cumpre a “Lei do Piso” no que diz respeito à jornada de trabalho, que deveria ser composta por um terço de atividades extraclasses, ou seja, destinadas ao estudo, preparo e correção de atividades, reuniões pedagógicas etc.

A política de ataques do governo à Educação levou à categoria, recentemente, à maior greve de sua história, com 92 dias de duração (13 de março a 12 de junho), contra a demissão de mais de 20 mil professores, fechamento de mais de 3 mil salas de aulas, decreto de congelamento dos salários (“reajuste zero”) no começo do ano e falta até de papel higiênico nas escolas.



Tabela Nacional

Veja abaixo o ranking com os valores dos pisos salariais dos professores em todos os Estados, para jornadas de 40 horas semanais:






* Os vencimentos foram convertidos, nos casos dos Estados em que as jornadas são inferiores a 40 horas semanais.

quarta-feira, julho 08, 2015

Fórum Belém 400 Danos: O início de uma reação.



Dia 25 de Junho um incêndio no Pronto Socorro Municipal da 14 de Março e matou duas pessoas e intoxicou centenas de pacientes e funcionários.

A população de Belém assistiu assustada pela segunda vez, acontecer o que o sindicato dos médicos e o dos funcionários, os bombeiros, o Ministério Público e a Justiça previam: Uma nova tragédia anunciada.

Cinco dias após o ocorrido e com a cidade em situação de calamidade pública, com hospitais lotados, um incêndio destrói 8 boxes na feira da Pedreira. Não houveram vítimas, só danos materiais que custarão muitos meses de tralhado duro para os feirantes.

Dez dias depois, um novo incêndio na COSANPA provocou a interrupção de água em 28 bairros, prejudicando por três dias, mais de um milhão de pessoas. Um dia depois, outro incêndio atingiu uma barraca do ver-o-peso, assustando os feirantes e consumidores do local, que desde a última reforma, em 1998, não recebe manutenção ou qualquer tipo de melhoria em sua estrutura.

Diante deste quadro perverso, entidades da sociedade civil de Belém, em protesto nesta última quarta-feira, em frente à COSANPA, resolveram organizar um Fórum de debates para construir uma agenda de mobilização em torno dos assuntos e temas pertinentes ao descaso com que a cidade vivencia.

O evento será realizado nesta quinta-feira, no Sindicato dos Urbanitários, onde sindicatos, ONG's, Movimentos Sociais e a população em geral, debaterão os rumos da cidade que está prestes a completar 400 anos e agoniza em um caos generalizado.

Participe, mobilize, compartilhe!

Maiores informações na página do Fórum.

sábado, julho 04, 2015

Greve nas IFES: É esse o melhor caminho?


Por Socorro Coelho*

O que está acontecendo no Brasil? 

Viemos a público, primeiramente, chamar a atenção para o fato de que a propagada ‘Pátria Educadora’, entrou em contradição com  o corte de 49% dos recursos destinados à educação, em função das restrições orçamentárias implementadas pela equipe econômica de Dilma.

Essa ação do governo vai na contramão da sua própria proposta de aumento progressivo do financiamento da educação, em 10% do PIB, previsto no Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado em 2014.

É notório que o contingenciamento dos recursos ameaçaram importantes programas educacionais, como o pioneiro e eficiente Programa de Formação Docente, o PARFOR, cujas novas turmas não ingressarão este ano nas universidades, em função da não transferência de recursos da União.

Preocupado com os docentes federais  do Brasil e com a população, o PROIFES vem combatendo a política econômica e as manobras efetivadas no Congresso Nacional, onde foi aprovada a aposentadoria compulsória aos servidores públicos aos 75 anos, a redução da maioridade penal e o reajuste salarial dos servidores do Judiciário, com o escandaloso aumento de até 70% de seus salários, o que demonstra que este congresso não tem a miníma preocupação com o quadro econômico desfavorável do país e está desconectado da pauta de reivindicação dos servidores públicos da esfera federal e dos anseios populares.

O PROIFES protocolou nossa pauta de reestruturação de carreira e reajuste salarial dos docentes das instituições federais, desde outubro de 2014, participou da mesa de negociação, realizada em 06/05/2015 e sugeriu ao governo, celeridade para uma nova rodada de negociação, o que ocorreu em 25/06 do corrente, quando o governo apresentou sua proposta de reajuste, separada da pauta acadêmica e social.

Por sua vez, o governo propôs reajuste de 04 anos, no valor de 5,5% a partir de 01/01/ 2016, de 5% em 01/01/2017 e o percentual de 4,75% em 01/01/2018 e 4,5% a vigorar em 01/01/2019. Segundo o Secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento do Governo (MPOG), a proposta tem como objetivo “preservar o poder de compra dos servidores públicos”.

No entanto, consideramos que a proposta apresentada não responde aos anseios presentes na pauta geral dos servidores, assim como não repõe as perdas inflacionárias. Sem contar, que nos induz a um otimismo exacerbado, no que diz respeito ao teto de futuras inflações, ao longo dos 04 anos.

Diante de um quadro econômico instável e de uma  proposta insuficiente, não restou outra alternativa ao Conselho Deliberativo do PROIFES, que em  reunião  analisou a situação e se posicionou pela GREVE, como forma de pressionar o executivo , na melhoria de sua proposta aos servidores.
Com o objetivo de obter sucesso nas negociações, a referida entidade, por intermédio da sua Coordenação Nacional de Mobilização, intensificou a visita aos parlamentares no Congresso Nacional, apresentando a pauta de reivindicações dos Professores Federais do Magistério Superior e Ensino Básico Técnico e Tecnológico (EBTT), assim como, reuniu com o MEC e na oportunidade reiterou que, oficializou ao governo a solicitação de uma mesa setorial dos professores, por entender que tem pontos de pauta específicos que ficaram pendentes, desde o acordo anterior.

E no Pará?

O Sindicato dos Professores das Instituições de Ensino Federal Superior do Estado do Pará - SINDPROIFES-PA, em apenas dois meses de fundação, tem realizado reuniões envolvendo os docentes por unidade e Campi do interior, proporcionando o debate em torno da proposta da carreira, salário, progressão funcional e aposentadoria.

No dia 07/07/2015 haverá nova rodada de negociação entre Governo e Servidores e em seguida, o grupo de Educação do PROIFES, reunirá para discutir  a implementação do  PNE e o Fórum Nacional da Educação - FNE. Será uma semana de intensa atividade, uma vez que haverá o Encontro Nacional da entidade, no período de 09 a 12/07/2015, para entre outros temas, avaliar o resultado da mesa de negociação nacional. 

Nos eventos acima citados, o SINDPROIFES-PA estará presente com 03 diretores, que até o final de julho terão a responsabilidade de reunir o conjunto da diretoria, para socializar as informações e debater a pauta do Encontro Nacional e já em agosto, com o retorno das férias, será realizada  a nossa 1ª Assembleia Geral para decidir se vamos aderir à greve nacional. 

Não podemos deixar de mencionar que ao longo destes dois meses, reunimos e  conversamos com representantes de vários setores da UFPA e IFPA, de quem recebemos posicionamentos contrários às práticas truculentas e autoritárias por parte de diretores da ANDES/ADUFPA, tais como:

a) Trancamento dos portões e salas de aulas, impedindo a entrada e saída das pessoas, inclusive cometendo o absurdo de colocarem óleo e graxa, nas portas e portões da UFPA;

b) Acusações e difamações irresponsáveis, como a ocorrida com a direção da Faculdade de Geologia, à quem foi atribuída a calúnia de manter em cárcere privado, alunos e professores que decidiram não aderir à greve;

c) Assédio Moral e ameaça de Processos Administrativos por parte de uma gestora que usou o poder do cargo para perseguir professores que permaneceram em suas atividades acadêmicas;

d) Recorrer ao Conselho Superior de Ensino e Pesquisa da UFPA, solicitando suspensão do calendário acadêmico, foi um grande equívoco dos dirigentes da ANDES/ADUFPA. 

Consideramos que a relação junto as reitorias devem ser de respeito e diálogo e não de utilizar-se da relação para institucionalizar uma “greve” prematuramente, pois uma entidade sindical não deve solicitar à reitoria, que esta declare greve na instituição.
Desta forma, o SINDPROIFES-PA parabeniza os membros do Conselho Superior da UFPA, que rejeitaram a proposta de suspensão do semestre, pelos seguintes motivos:

1º- 90% dos Campi do interior estão concluindo suas atividades, assim como em Belém, vários institutos não aderiram à greve.

2º- Suspensão do calendário acadêmico ou perda do semestre devem ser pautas discutidas em primeira instância, no interior do movimento docente e no final da greve.

O que proposmos?

A diretoria do SINDPROIFES-PA, analisando a conjuntura econômica, política e  Social, diante do ajuste fiscal, imposto pela equipe econômica do Governo Federal, reitera a resolução do Conselho Deliberativo da nossa federal (PROIFES), ao firmar a busca de “unidade com os demais trabalhadores, em especial da educação” e fortalecer a  luta da pelas questões gerais dos trabalhadores e da educação, que incluem, entre outras, as seguintes reivindicações:

1- Fim do contingenciamento dos recursos do Orçamento da Educação, com a liberação imediata dos recursos previstos para as Universidades e Institutos Federais;

2- A implantação da negociação coletiva para os servidores públicos, com a garantia de data base;

3- Combate à precarização do trabalho e rejeição do projeto de terceirização;

4- Luta pela criação de novas fontes de financiamento da educação, que incluem, entre outras, imposto sobre as grandes fortunas, royalties sobre a produção mineral e a taxação de transações financeiras especulativas, com regras amplamente discutidas com e pela sociedade;

5- Garantia da implantação das metas do PNE, com a dotação de 10% do PIB para a educação, o qual vai permitir a expansão do ensino público com a qualidade merecida;

O SINDPROIFES-PA observa em sua base, um quadro diferente de outros estados da federação. Por exemplo, o IFPA está concluindo suas atividades e entra em período de férias agora em julho e na UFPA, há quase um mês que outra entidade deflagrou greve, com uma pífia adesão dos professores, os quais já estão em férias.

Comemoramos como fato positivo, que mesmo recém fundado, o SINDPROIFES-PA ganhou visibilidade e conseguiu apresentar suas propostas, ao conjunto dos professores das IFES, respeitando as diferentes posições presente no movimento docente.

Neste momento, nos preparamos para a realização do XI Encontro Nacional de nossa federação e da próxima mesa de negociação junto ao governo, na expectativa de sucesso, caso contrário, construiremos o movimento de radicalização, ou seja, a greve.

*Socorro Coelho é Presidente do SINPROIFES-PA.

segunda-feira, junho 01, 2015

Dúvidas sobre o real motivo da morte de professor paraense em greve

Porque chamar de boato uma probabilidade que poderia ser considerada e porque não dizer, deveria ser averiguada?

Pairam dúvidas sobre o que poderia ter desencadeado o infarto fulminante, que ceifou a vida do professor Aldyr Araújo, na manhã deste sábado (30). Há suspeitas de que sua morte esteja associada ao processo de tensão, com que a situação de greve que ele e muitos professores vivenciaram sexta-feira (29), ao receberem seus contra-cheques com descontos. 

O fato, considerado pelo SINTEPP como uma retaliação do governo contra a greve, revoltou milhares de educadores paraenses, que convocados pelo sindicato, foram no mesmo dia ao Hangar, protestar contra a medida. Lá, chamaram o governador de ladrão e conseguiram a promessa de suspensão dos descontos em folha.

Avaliando a repercussão do caso e os inúmeros comentários expostos nas redes sociais, o blog se pôs a pensar: Por acaso, já foi expedido algum laudo ou declaração de especialistas dizendo que o infarto fulminante não pôde ser motivado por fortes emoções e acúmulo de estresse?

A medicina nos mostra casos muito parecidos, onde mesmo sem ninguém notar, pessoas morrem de forma silenciosa e praticamente sem reações facilmente notáveis. Por isso, é possível dizer que nem mesmo seu familiares, não teriam condições de afirmar, se o professor foi vítima ou não de um processo desencadeado por estresse, muito menos os leigos sindicalistas que propagam a todo custo a tese de que isso é boato.

Porque chamar de boato uma probabilidade que poderia ser considerada e porque não dizer, deveria ser averiguada?

Algum receio?

Há quem compartilhe da opinião de foi um covardia e falta de respeito e consideração, por parte de alguns diretores do SINTEPP, que usaram seus perfis nas redes sociais para fazerem insinuações e acusar setores da imprensa paraense de terem criado "boato" sobre a morte do professor, sendo que a informação surgiu de amigos que conviveram e sabiam que a saúde de Aldyr não constava de nenhum problema e o quanto ele era ligado, sensível e atuante nos processos de luta da categoria.

Entre as grandes empresas de mídia existentes no Estado, apenas uma noticiou o ocorrido (leia aqui e aqui), neste caso, a Rede Brasil Amazônia de comunicação, com sua TV de mesmo nome, o jornal Diário do Pará e seu portal, o Diário OnLine, os únicos que dão voz e espaço ao SINTEPP, em suas lutas contra o poder de comunicação dos governos estadual e municipais, assim como os grupos de comunicação aliados destes, nas greves ocorridas nos últimos anos. Até agora o blog não tem certeza se houve alguma nota publicada nos jornais Amazônia Jornal e OLiberal, mas percebeu que na TV, o Jornal Liberal 1ª edição, que em tese deveria mostrar o caso, mas não o fez.

Na opinião deste blog, tanto o governo, quanto a direção do sindicato, não possuem argumentos científicos e muito menos, o mínimo interesse em debater este assunto, talvez com receio de que esta tese, caso seja melhor apurada, e confirmada, os coloquem em situação delicada e de co-responsabilidade pela morte prematura do educador.

sexta-feira, maio 29, 2015

Professores chamam o governador de ladrão e conseguem a promessa de suspensão dos descontos em folha

Há 80 dias sem energia elétrica, os estudantes e professores de uma escola estadual protestaram durante evento, que teria a presença do governador Simão Jatene, que desistiu de ir por causa de uma manifestação da greve, que já dura mais de 2 meses.

No início da noite desta sexta-feira (29), professores e estudantes paraenses ocuparam a entrada do Centro de Convenções e Eventos da Amazônia - Hangar, onde realizaram um protesto contra o governador do Estado do ParáSimão Jatene, o qual foi chamado de ladrão por centenas de alunos e professores da rede pública estadual de ensino.

A manifestação pacífica, ocorreu na abertura da XIX Feira Pan-Amazônica do Livro e o local foi por alguns momentos, o lugar mais protegido e seguro de Belém. Avisado da presença dos manifestantes, o comandado da Polícia Militar ordenou o envio de dezenas de viaturas  para protegerem a chegada e saída do governador. 

Segundo uma fonte do blog, o governador chegou a planejar que faria a abertura da Feira e partiria rapidamente para sua residência, escoltado por um forte aparato policial, com a cobertura de dezenas de viaturas e até de um helicóptero da polícia militar, mas minutos antes de ir, orientado por assessores que informavam a situação que lhe aguardava, desistiu do intento. Em meio à indecisão e várias informações desencontradas, este blog e outros veículos de comunicação, foram levados ao erro de noticiar que Simão Jatene teria ido e sido vaiado, mas não foi.


Mesmo assim, o constrangimento não pôde ser evitado e centenas de manifestantes passaram mais de duas horas entoando palavras de ordem, entre as quais, destacaram-se as seguintes"Essa feira vai parar, se o Jatene não pagar", "Jatene seu caloreiro, devolve o meu dinheiro" , Não é mole não, ter um governador chamado de ladrão.

Pressionado, ciente da revolta e possível radicalização dos grevistas, motivada pelos altos descontos nos contra-cheques dos professores, o governador Simão Jatene propôs uma inédita reunião com uma comissão formada por três (03) dirigentes do SINTEPP, onde se comprometeu em rever os descontos que deu nos salários da categoria, em uma folha suplementar, prometida para ser paga até o dia 05 de Junho.

Como o seguro morreu de velho e já tiveram outras promessas quebradas, os educadores aprovaram em assembleia fazer a ocupação do Hangar, das 10h da manhã, até às 10h da noite, a partir da próxima segunda-feira (01), até verem o cumprimento do acordo selado hoje. A próxima assembleia geral da categoria ficou agendada para o dia 5, às 16h, no Hangar.

Após o pedido de abusividade da greve, os professores pedem a saía do atual secretário de Educação, Helenilson Pontes.

No mesmo momento em que o vexame ocorria, a assessoria de comunicação do governador, usou sua página no Facebook para emitir uma nota, na qual diz ter ocorrido um erro na impressão de milhares de contra-cheques, os quais deixaram os professores estarrecidos com os valores descontados. Houve professores que ganham cerca de três mil reais, que quase infartam, ao verem seu contra-cheque com míseros R$54,00.


Propostas do Governo - via Portal G1-PA.

A proposta prevê um reajuste de 13,01% no vencimento-base da categoria, obedecendo à variação no valor do novo Piso Salarial da Educação, a partir da folha de pagamento do mês de abril. Segundo o Governo do Estado, um professor em início de carreira, lotado com 220 horas em regência e 70 horas suplementares, vai receber R$ 5.520 por mês. O pagamento de piso retroativo será feito em quatro parcelas, duas em ainda em 2015 e duas em 2016.

A versão do SINTEPP

Por sua vez, o SINTEPP alega que o governo rejeitou a proposta do sindicato, que trata da reposição das aulas durante este período e inviabiliza a execução dos 200 dias letivos obrigatórios, segundo a LDB, e age de forma intransigente cortando o ponto dos grevistas e não grevistas. Em assembleia geral, realizada no Hangar os professores mantiveram a greve e denunciaram a falta de salas climatizadas, a má qualidade a merenda escolar servida nas escolas, os banheiros sujos, bebedouros anti higiênicos e a manobra do governo querer pagar parceladamente as dívidas do piso 2011 - que o sindicato diz sr fruto de uma de suas vitórias da greve de 2013, além de querer estender para 2016, o pagamento do retroativo de 2015. Uma verdadeira bola de neve, alegam os dirigentes sindicais.

Em uma Carta Aberta, o sindicato dá sua versão sobre a manutenção da greve, aprovada em assembleia realizada na quarta-feira (28), que também decidiu pelo ato de protesto e outra assembleia no Hangar.

Uma vitória a comemorar

Paralelo à assembleia geral, parte da direção do sindicato, finaliza a totalização dos votos da eleição que reelegeu para outro mandato, os atuais  dirigentes. Ou seja, os 700 mil alunos e os professores perderam, mas já teve quem tenha ganhado alguma coisa com a greve estadual que se arrasta por mais de 2 meses. Detalhe: O grupo vitorioso coordena o sindicato há quase 30 anos.


Que tal me seguir no twitter? @JimmyNight

segunda-feira, maio 25, 2015

A situação da greve da educação no Pará e as eleições no SINTEPP

Material publicitário do SINTEPP mistura convocação para assembleia grevista e eleições do sindicato.


Consultas e diálogos com lideranças do movimento sindical, nos fazem acreditar que as eleições do SINTEPP, previstas para esta semana, deverão entrar para a história deste importante sindicato, como a de menor participação de sua base: os educadores paraenses. 

A possível ausência destes eleitores perante às urnas é nítida nas campanhas das quatro (04) chapas que disputam este pleito, marcado por atropelos entre os concorrentes e um prejuízo enorme nos contra-cheques dos professores grevistas, descontados pelos dias de paralisação. 


Há quem diga que por conta da inabilidade política, tanto de representantes do governo, quanto dos líderes sindicais, esta é outra greve que frusta os sonhos de uma educação já degradante, onde os maiores prejudicados nesta guerra entre sindicato e governo são os 700 mil estudantes da rede pública e os milhares de educadores e educadoras. 

Com diversas derrotas nos tribunais paraenses, o sindicato pode entrar em uma crise financeira semelhante ou pior do que a que atravessa os seus associados, se nesta terça-feira (25), o julgamento dos recursos contras os descontos dos dias parados forem rejeitados pelo Tribunal de Justiça do Estado, que já havia dado ganho de causa para o governo e autorizado o desconto.


Para piorar, as multas processuais por desobediência às decisões judiciais podem recair sobre a futura gestão, que provavelmente se manterá nas mãos de grupelhos ligados majoritamente ao PSOL, que há décadas hegemonizam e controlam o SINTEPP.

O descrédito de certas lideranças do movimento sindical é um sintoma do quanto o discurso precisa se ajustar à prática e o sindicato precisa deixar de ser pautado como instrumento partidário e mero trampolim eleitoral. Muitos educadores reclamam dos recursos de comunicação e das peças publicitárias que o sindicato utiliza, dizendo que são amadoras e que estranham que o maior sindicato do Estado do Pará e um dos que mais arrecadam com a contribuição sindical dos seus associados, não possa investir em uma comunicação profissional, o que se torna vital para a "guerra" que trava com o governo. (Veja a última convocatória para a categoria aqui).


De fato, raramente o SINTEPP utiliza-se dos veículos de comunicação de massa como outdoors, anúncios publicitários nas emissoras de rádios e TVs e até mesmo com suas ações panfletárias nas redes sociais, são limitadas e quase inócuas, atingindo um percentual muito pequeno de sua própria base. "É preciso se comunicar com a sociedade como um todo e de forma eficiente", declara uma fonte do blog que prefere não ser identificada.


Talvez por isso, o governo tenha conseguido convencer muitos trabalhadores a voltarem às salas de aula e abandonarem a greve, sem falar da sociedade que acaba sendo levada a acreditar que a SEDUC e Simão Jatene estão fazendo sua parte e que o sindicato é que é intransigente e se nega a negociar dentro da racionalidade. Para isso, Orly Bezerra, marqueteiro do PSBD é um verdadeiro ilusionista.

Não que seja ilegal, mas as causas da classe trabalhadora não podem ser subjugadas pelos interesses de grupelhos que só vivem disso (militância partidária e sindical), enquanto uma categoria inteira agoniza com perdas salariais, péssimas condições de trabalho e uma representação política que não faz jus aos anseios e necessidades de defesa dos direitos dos trabalhadores da educação pública do Estado do Pará.


domingo, maio 24, 2015

Pará inicia a terceirização e o sucateamento da Educação Pública



Em matéria publicada na folha de São Paulo, de hoje, soubemos que o governo do Estado do Pará anuncia que estará aceitando propostas para a construção de 50 escolas de tempo integral, que serão geridas por empresas, que definirão o currículo, farão a contratação de pessoal e receberão o pagamento pelo serviço prestado. 

O governador Simão Jatene é do PSDB e tem mantém uma greve de 2 meses na rede pública de ensino, sem sinalizar negociar seu fim e cortando os dias parados do salário dos grevistas.

Espero sinceramente que os partidos, centrais sindicais e demais lideranças dos movimentos sociais não demorem para se manifestarem e reagirem contra esta medida. assumindo o papel de defesa dos interesses dos servidores públicos e do povo do Estado do Estado.

quarta-feira, maio 13, 2015

Professores em greve passam a madrugada em prédio público em Belém

Em greve há 50 dias, professores ocupam o Centro Integrado de Governo e dormem no interior do órgão. Governo não os atende.
O governador Simão Jatene e seu Secretário de Educação estão desaparecidos e 700 mil estudantes da rede pública de ensino, continuam sem aula, após 50 dias da nova greve dos professores do Estado do Pará, um dos piores na oferta de ensino no Brasil. Por sua vez, o sindicato da categoria está em disputa eleitoral e parte do que deveria ser luta, vira palanque.

Diante do impasse, um grupo de professores iniciaram uma ocupação do Centro Integrado de Governo (CGI) para pressionar Simão Jatene a negociar o fim da greve. Pelo que se percebe, a ocupação pode ser o último ringe, pois o órgão concentra as secretarias especiais de governo. 

Resta saber se a categoria vai radicalizar para ser recebida pelo governador, que nem lá pisa, ou se o desgaste e o cansaço, farão com que o sindicato seja obrigado a recuar e aceitar as propostas apresentada pelo governo para o fim da greve.

Veja a matéria da Folha, sobre o acampamento dos professores no CIG.

Um grupo de professores da rede estadual de ensino do Pará passa a madrugada acampado na sede do CIG (Centro Integrado de Governo), prédio público no bairro de Nazaré, em Belém, onde trabalham 330 servidores e que também abriga documentos e equipamentos do governo.

Em greve há 45 dias, eles invadiram o local na manhã desta terça-feira (12) e, segundo o sindicato da categoria, ficarão acampados no prédio público até que o governador Simão Jatene (PSDB) reabra a negociação, interrompida no final de abril.

Entre as reivindicações dos servidores estão a garantia de aulas suplementares, jornada de um terço de hora atividade, eleições para direção de escolas e realização de concurso público para contratação de novos funcionários.

O governo do Pará informa que já apresentou propostas para o fim da greve dos professores durante seis reuniões realizadas entre as secretarias de Educação e Administração e o sindicato da categoria.

Também de acordo com o governo, a invasão do prédio do CIG ocorreu de forma violenta, com o arrombamento de um portão do estacionamento e gritos de palavras de ordem no momento em que era realizada uma audiência pública sobre o Plano Estadual de Educação.

De acordo com o sindicato, o acampamento é uma ação pacífica e tem o objetivo de abrir negociação com o governo. A entidade diz ainda que não há indícios de depredação do patrimônio público.

A próxima assembleia dos professores será realizada no local do acampamento. 

quarta-feira, maio 06, 2015

A desacreditada justiça paraense



A justiça paraense determinou que os professores terminassem a greve estadual, desde o dia 14 do mês passado e depois de duas semanas, a greve continua. 

Ontem, a mesma a justiça determinou que 80% da frotas dos ônibus rodassem durante a greve dos rodoviários que iniciou a partir de meia-noite e advinha o que aconteceu. 

Nada, é claro.

Resultado: Estudantes continuam sem aula e trabalhadores que necessitam de transportes coletivos, estão sem ônibus.

quinta-feira, abril 30, 2015

O Massacre do Centro Cívico em Curitiba

Paraná: Agressão policial deixa 109 feridos. 107 pessoas e 2 PMs.

Pelas redes sociais, vi fotos, relatos e vídeos do campo de guerra que foi armado no centro de Curitiba, capital do Estado do Paraná, onde uma manifestação de professores em greve por melhorias salariais, somou-se a reivindicações populares que tentava evitar a votação de um projeto que iria mexer com a previdência dos servidores públicos daquele Estado.

Faltam palavras para relatar o que aconteceu e por isso, resolvi ter como fonte, a postagem do blog do Tarso, advogado e blogueiro que sempre está presente nas lutas sociais do Paraná. 

No final, veja os vídeos e entenda como tudo aconteceu.


Hoje foi um dia histórico no Paraná.

Foi o dia em que a Polícia Militar, subordinada ao governador Beto Richa (PSDB) e ao secretário de segurança Fernando Francischini (Partido Solidariedade), agrediu violentamente estudantes, professores, servidores e cidadãos que queriam acompanhar a votação de uma Lei dentro da Assembleia Legislativa do Paraná.

Queriam evitar que os deputados estaduais votassem um projeto que retira dinheiro da previdência dos servidores, para os cofres do Estado que passam por dificuldades graves, depois de mais de quatro anos de governo. Infelizmente logo após os deputados votaram sim por 31 a 20.

Assim como o ex-governador Alvaro Dias (hoje no PSDB), cujo governo espancou os professores em 1988, Richa entrará para a história de forma negativa.

Eu, como advogado, professor universitário, presidente da Associação dos Blogueiros e Ativistas Digitais do Paraná – ParanáBlogs e autor do Blog do Tarso, estava na Praça Nossa Senhora da Salete simplesmente para filmar as manifestações e acompanhar para verificar se os direitos fundamentais dos manifestantes seriam assegurador.

Fui atingido por um estilhaço de uma bomba que, se tivesse acertado dois centímetros para o lado, teria me cegado.

Foram centenas de feridos.

Veja os vídeos do Massacre.



sexta-feira, abril 03, 2015

Sindicato processará novamente o grupo Liberal (Rede Globo)

A repercussão de um programa de rádio, onde o locutor entrevistava o secretário de educação do Estado do Pará e o assunto era a greve dos educadores estaduais, gerou uma enorme polêmica nas redes sociais e ganhou destaque na coluna Repórter Diário, do jornal Diário do Pará, desta sexta-feira (03).

Na nota, a informação de que o SINTEPP entrará com uma ação judicial contra o radialista e este blog desconfia que também processará a rádio Liberal. 

Após publicar o áudio do trecho da gravação do referido programa em um grupo do Facebook denominado "Eu apoio a greve dos educadores(as) paraenses", o assunto rendeu inúmeros comentários e este blogueiro resolveu adicionar o radialista Abner Luiz para que ele desse sua versão dos fatos.

Eis o seu comentário publicado no grupo:

"Eu não costumo responder leviandades que fazem nas mídias sociais. Mas essa desse áudio em questão, não dá para não comentar. O início do áudio não pega eu lendo as mensagens dos ouvintes, entre elas a que acusava servidora de uma escola de levar merenda para casa. Após a minha leitura o secretário comenta a informação que foi repassada pelo ouvinte. Foi o programa que denunciou o despejo da escola Tiradentes, até hj os professores de lá querem saber como soubemos. A escola no Guamá que tem sala sem janela, sem ar e nem ventilador fomos nós. Mesmo assim, quando nossa equipe de reportagem se aproxima das manifestações do Sintepp é sempre xingada. Como chamar o Sintepp para participar? Tenho familiares dentro da educação do estado, querendo o mesmo que a classe quer. É a segunda pior educação do Brasil, como o próprio Helenilson afirmou. Não vou ficar me trocando com levianos e não tenho muito o que fazer para resolver o problema Seduc x Sintep. Sou somente um pequeno radialista que por ter entrevistado o Helenilson, ganhou visibilidade pela covardia de que postou um áudio editado".

OUTROS PROCESSOS

Walmir Brelaz, o advogado do sindicato já havia interpelado outro veículo de comunicação da empresa controlada pela família Maiorana, neste caso o Jornal OLiberal, na pessoa de seu editor-chefe, Lázaro Cardoso de Moraes, pela publicação da nota abaixo, publicada na coluna Repórter 70, do mesmo jornal, no dia 23 de Março.

Nota do jornal OLiberal ataca o direito à greve e acusa o SINTEPP de ser favorável à máfia das horas extras.


Lázaro e seus patrões acumulam vários processos, inclusive na Justiça Federal, sendo um deles por uma denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra ele, o empresário Rômulo Maiorana Júnior e o médico Vasco Fernando de Menezes. 

A denúncia se deu após o trio coagir uma auditora da Receita Federal, que identificou fraudes na compra não declarada de um jato para a ORM Air, empresa das Organizações Rômulo Maiorana (ORM), de propriedade de Rômulo Maiorana Júnior. 

"A Receita comprovou que o arrendamento era só uma operação de fachada para encobrir a compra do equipamento e evitar o pagamento de mais de R$ 680 mil em impostos", noticiou na época, o site do MPF.

"MÁFIA" DAS HORAS EXTRAS.


Em seu site, o SINTEPP reage:

"Diante da ausência de soluções para sanar as lacunas acumuladas neste governo há mais de 5 (cinco) anos, o governo parte para o leviano ataque aos trabalhadores. E repassa para seu folhetim oficial e maior representante da imprensa marrom deste estado, o Jornal O Liberal, a tarefa de insultar nossa categoria. Depois de sermos chamados de mafiosos e trapaceiros, ainda fomos acusados de roubar merenda escolar. Ora, quantas vezes fizemos coleta na escola para comprar temperos?

Em outros momentos explanamos essa situação, mas de ouvidos tapados o poder executivo continua nos ignorando. A merenda escolar, de qualidade extremamente duvidosa, nem sequer fora comprada para o ano letivo de 2015".

O clima tem esquentado a cada dia que passa e depois de uma semana de greve, os professores e seu sindicato estão cada vez mais determinados em enfrentar o governo e o que chamam de folhetim oficial do governo de Simão Jatene e maior representante da imprensa marrom deste estado.

segunda-feira, março 30, 2015

A Pátria Educadora e os Mártires que lutam com um giz de cera



Por Ellen Marvão*, no site do SINTEPP.

Foi vergonhosa a matéria exibida no Jornal Nacional desta terça-feira (03), no qual ficou bem claro que segundo uma pesquisadora da Fundação Getúlio Vargas a culpa da educação no Brasil não é dos que governam esse país, mas é culpa e somente culpa dos professores.

Trágico e cômico, inicia-se a matéria mostrando a vida do mestre Pitágoras, filósofo, matemático, biólogo. Bem vocês já devem ter lido quem foi Pitágoras. Aí uma repórter, que não seria repórter se não houvesse professor, com um sorriso de ponta a ponta da boca, faz o relato da vida de um outro Pitágoras. 

Mas esse um pobre coitado professor da rede pública de ensino que não foi outra coisa na vida além de ser professor, por que segundo uma pesquisadora ele foi no passado um aluno que ficou abaixo da média e percebeu que a licenciatura seria melhor e mais fácil de ter um meio de sobreviver, e nisso sacou de seu grande fundo de pesquisa e conhecimento de sua salinha com ar condicionado, internet, seu salário acima de 6 dígitos a justificativa que a educação no Brasil é caótica por que os professores que hoje lecionam foram alunos medíocres, ou seja, longe de ser culpa de anos de ditadura militar, mas longe ainda ser culpa da colonização que tivemos, longe de governos tacanhos que durante anos sucatearam a educação. 

Como pode, e a culpa é de quem? A culpa é do professor que não leciona por amor, que não se dedica, que não é capaz de transmitir conhecimento.

Nesse contexto vamos buscar as alternativas educacionais para o povo brasileiro: educação para jovens e adultos. Para “baratear” os custos, os estados e as prefeituras contratam realmente pessoas que não tem qualificação. Porque fazer concurso público e contratar pessoas qualificadas é muito caro. Continuando, nas escolas de ensino fundamental os professores tem que fazer o papel de pai, mãe, psicólogo e o que mais for necessário, pois a maioria dessa “clientela” que frequenta as escolas públicas os pais tem que sair de madrugada para ganhar o sustento e em muitos casos são filhos de famílias desestruturadas pela falta de oportunidade.

Entende-se aqui como falta de EDUCAÇÃO PUBLICA E DE QUALIDADE, falta de moradia, falta de viver a vida com dignidade. Mas com toda a certeza os “pesquisadores” que fizeram essa “pesquisa” não ministram aula nas comunidades pobres, nos lugares mais distantes do Brasil. Talvez nunca tenha ouvido falar de Sobralzinho no Ceará, ou em Juphubinha em Moju, ou Itacuruça em Abaetetuba, entre outros lugares que não sejam o eixo Rio/SP.

Quão mesquinho é o desserviço da Rede Globo em sujar a nossa classe de professores. Percebo que nada mais é que uma justificativa para o não pagamento do piso nacional. Se era isso era só falar e não sujar o que de mais belo tem nessa profissão que é de forma uma sociedade justa e pensante.

Sou professora e amo minha profissão, mas não sou tola nem idiota de ver e ouvir isso e ficar calada e aceitar como cordeiro. A educação tem muitas falhas, mas o gerenciamento não está nas mãos do educador que na ponta sofre com a comunidade escolar e sonha com dias melhores.

*Ellen Marvão é professora de Sociologia da Rede Estadual de ensino do Pará, formada pela Universidade da Amazônica e Coordenadora da Subsede do Sintepp/Moju.

quarta-feira, março 25, 2015

Governador e seus asseclas detonam a educação pública do Pará

Governador Simão Jatene e o Secretário de Educação do Estado do Pará não resolvem os problemas prometidos em campanha e servidores públicos entram em greve.

Por Cássio Andrade* 

O Governador Simão Jatene poderia assumir sua condição de Chefe do Executivo e evitar o envio de recados malcriados por meio de seus meios oficiosos de comunicação. 

Chamar professores que recebem aulas suplementares de trapaceiros pela máquina de lavar informação é uma atitude pequena, Governador! O silêncio dos indignados é o que mais envergonha. 

Foram às ruas no dia 15 em Belém, utilizando bela retórica de cidadania e agora engolem calados as mazelas tucanas que fazem o nosso povo sofrer diariamente: ponte que partiu há um ano, buracos nas ruas, nepotismo e todos os bandalhos possíveis e impossíveis. 

Lamentável é o papel assumido por Helenilson que me pareceu, de início, alguém séria a resolver a herança maldita de seu antecessor na SEDUC. Bandidos e trapaceiros, né? Bom, de Orly, Ronaldo Maiorana, Ronaldo Brasiliense e outros de seus lacaios mequetrefes e "bate-paus" é de se esperar, mas o silêncio obsequioso de Vossa Excelência, Governador, é de espantar, considerando vosso passado de professor. 

Vossa Excelência que em 1990, junto com sua ex-esposa, cedeu vosso apartamento e contribuiu com a greve na UFPA com o DCE e a então ASUFPA, na luta contra o sucateamento neoliberal de Collor? Governador, seja tucano, mas não se iguale aos porcos que vos são pares. Não use desses expedientes de latrinas. Não manche mais sua biografia. Não reproduza o ódio de seu prefeito filhote da ditadura e do outro aliado seu de Ananindeua acostumado à canga do latifúndio. Vá trabalhar, Governador! Ainda há tempo...

*Cassio Andrade é professor universitário.

quinta-feira, março 19, 2015

Depois de mentir novamente, governo enfrenta novos protestos


Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo. Provérbios, 19:1.
O governo do Estado do Pará é bom de papo e pra isso paga uma fortuna para seu marketeiro, o melhor do Pará em enrolação e 171, o publicitário Orly Bezerra, aquele que fez o Pará continuar inteiro e repleto de desigualdades e problemas, entre eles a falta de Defensor Público em Altamira, o maior município do Brasil e o 5º maior do mundo, mas que mesmo assim Simão Jatene disse que não sabia da absurda carência. 

"Claro, Jatene é um preguiçoso", repetiria o ex-governador Almir Gabriel, responsável pela 1ª eleição de Jatene, depois de Jader Barbalho que o pôs no mundo (da política).

Simão Jatene é daqueles labiadores que não tem jeito. Disse que era o melhor para o Pará, pois a família que lhe acolheu e o fez crescer profissional e políticamente, foi a mesma que ele disse que com sua empresa de comunicação havia manipulado a campanha eleitoral de 2014, e nesse período quente da política paraense, disparou em um debate contra seu adversário: Eu não aceito a audácia dos canalhas.

Com a história contada, volto ao assunto do título do post para informar que hoje, 19/03, a educação pública do estado do Pará pára, mas não cruza os braços. 

Servidores públicos de todos os municípios, inclusive os da UEPA vai pras ruas denunciar a situação insustentável em que se encontram. 

Nada impedirá que professores, técnicos de educação, gestores e equipe de técnicos e auxiliares que trabalham nas escolas e campus paraenses, estejam amanhã nas ruas, em mais uma manifestação contra as negativas de investir na educação, tal como prometeu novamente em sua campanha de reeleição.


A denúncia de uma ata mentirosa que a SEDUC tentou na malandragem enfiar no SINTEPP, que misteriosamente pega leve como o mesmo, só piorou as coisas.

A presepada teria sido obra de sua equipe na SEDUC, que deu agora de falsificar os documentos da última reunião que teve com o sindicato da categoria, afim de se proteger posteriormente na justiça, para onde geralmente leva as negociações e apela para a ilegalidade das greves. A tática às vezes funciona, pois a justiça paraense, como dizem alguns evangélicos, é uma benção!

Que feio, governador! Logo o senhor que vive falando de ética!

Por sua vez, os servidores da educação universitária, também estarão no ato e marcha de paralização, convocada pelo sindicato e em um manifesto contundente denunciam o estado caótico em que se encontra a educação pública dos universitários da Universidade Estadual do Pará. Uma vergonha!, diria o Boris Casoy. 


MANIFESTO DOS COORDENADORES DOS CAMPI DO INTERIOR - UEPA

Belém, 17 de março de 2015.

À sociedade paraense,

A proposta de fazer este Manifesto nasceu da perspectiva de trazer à tona as mazelas estruturais que tanto afligem os campi universitários da Universidade do Estado do Pará (UEPA) no interior. Hoje, já não nos mantemos, apenas sobrevivemos. Sobrevivência vil, pois não conseguimos obter do governo do estado do Pará a atenção que a educação realmente merece.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...