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quinta-feira, março 24, 2011

A DECISÃO DO SUPREMO

Por Jader Barbalho em seu site.



A decisão do STF que tem como consequência a confirmação da minha eleição para senador da república, apenas faz justiça ao julgamento do povo do Pará, que por meio de 1 milhão e 800 mil eleitores me elegeu senador da República. Esse julgamento foi o julgamento mais importante que eu tive: foi o julgamento político em 3 de outubro, apesar de toda a campanha de que votar em mim tornaria o voto do cidadão nulo. O povo do Pará se recusou a aceitar essa campanha e num gesto, que eu fico eternamente grato, me elegeu senador da república.

A decisão hoje, no STF é uma decisão de natureza jurídica para demonstrar que essa lei é inconstitucional, declarada pelo supremo inconstitucional – a sua vigência para eleição de 2010. Portanto eu tenho que analisar a decisão do Supremo sob esse aspecto. É da maior importância, mais é o aspecto jurídico. A decisão da maior importância foi promovida pelo povo do Pará no dia 3 de outubro. Foram os 1 milhão e 800 mil votos que eu recebi do povo do Pará que me devolveram  ao senado  federal para representar os interesses do nosso estado. A minha preocupação neste, momento, portanto, é com responsabilidade que eu tenho de  estar à altura da solidariedade recebida; é de defender os interesses do Pará e do povo paraense que eu farei com o maior entusiasmo no Senado da República, a curto prazo, já que a agora, em conseqüência da decisão do Supremo, o que nós teremos que fazer é apenas  um requerimento ao relator do assunto que, monocraticamente, pela decisão do Supremo, determinará as medidas que me permitirão tomar posse no mais breve espaço de tempo. Portanto, não há nenhum outro processo a ser instaurado, promovido, nada. O que o Supremo decidiu é que uma decisão monocrática do relator, de cada caso, fará o que eles chamam de retratação jurídica. Não há mais nada além disso. Eu creio que a medida seja simples, portanto esse assunto é um assunto decidido e definido. Resta apenas agradecer ao povo do Pará a solidariedade recebida e tratar de retribuir com o melhor da minha experiência, do meu conhecimento e do meu entusiasmo as defesas da causas que interessam ao povo do Pará.

JADER BARBALHO

domingo, março 20, 2011

Quem é o sarnento?

Perereca da Vizinha é o blog da Jornalista Ana Célia Pinheiro e nele a ex-colaboradora de Orly, marqueteiro mor de Almir e Jatene.

Nele, Ana, assim como Jarbas Vasconcelos, sempre fizeram o maior auê com os deslizes do governo de sua xará  - Ana Júlia - manda um duro recado ao publicitário e chama um "jornalista sujo" de cachorro, insinuando que sofre algum tipo de retaliação, talvez pelo fato de ter sido implacável com suas investigações jornalísticas que vem colocando o governo Jatene em xeque.

Abaixo a postagem:

 

Aviso ao Orly Bezerra


Em junho do ano passado, quando estavas com medo que o Jatene perdesse a eleição, vieste chorar no meu ombro e pedir ajuda.

Mesmo sabendo como seria tratada pelos puxa-sacos que te cercam, resolvi te ajudar.

Não foi a primeira vez, não é Orly?

Aliás, por duas vezes até te safei o pescoço – e nós dois sabemos disso muitíssimo bem...

Por gostar de ti, resolvi te dar este ÚLTIMO aviso: segura o teu totó.

Não vou mais avisar. Vou começar a PUBLICAR.

E sabes que eu provo, não é Orly?

Resolvi te dar este aviso publicamente, para que depois não venhas te fazer de vítima – papel que, aliás, muito aprecias...

Até as pedras de Belém sabem a quem serve esse vira-lata.

Por isso, não podes alegar, candidamente, que ignoras o que ele anda a fazer.

Aviso de amiga: segura o teu sarnento.

Não me obrigues a ar-re-pi-ar.

Tucanos no Chão

De Lúcio Flávio Pinto no blog do Estado do Tapajós.

As dificuldades deixadas pelos antecessores e sua composição heterogênea ainda não permitiram que o governo Simão Jatene imprimisse sua marca. A previsão é de que este ano seja consumido na arrumação da casa. Mas logo em seguida haverá nova eleição. A perspectiva é crítica.

O primeiro trimestre de 2011 acabou e o governo Simão Jatene, do PSDB, a rigor, ainda não começou. O governador pode alegar que nem poderia ter começado para valer, conforme ele pretendia: a herança maldita deixada por Ana Júlia Carepa, PT, vai pesar pelo menos durante todo este ano. O acervo de contas a pagar, de compromissos pendentes, de desorganização na máquina estadual e outros complicadores resultantes de uma das piores administrações que o Estado já teve absorverão toda a energia e inventividade da atual gestão. Só em 2012 ela poderá mostrar sua face e colocar em prática os seus planos e projetos.

O problema é que 2012 será mais um ano eleitoral: estarão em disputa as prefeituras. Mais uma vez, Belém será um campo de batalha. O conteúdo dos candidatos em potencial não traz novidade, mas a disputa deverá ser bem maior do que nos últimos anos. O PSDB dispõe de alternativas expressivas para se contrapor a nomes como Arnaldo Jordy, José Priante, Edmilson Rodrigues, Paulo Rocha (quem sabe, de novo), Ana Júlia Carepa, mas elas poderão se desgastar até a campanha. É o caso de Zenaldo Coutinho, que ocupou a estratégica chefia da Casa Civil, para se beneficiar dos dividendos de estar tão próximo do governador, mas tem se desgastado pela sucessão de problemas e incidentes ao longo do trimestre.

Descontados os discursos, até agora não foi possível descobrir diferenças entre o derrotado (e desastrado) governo que saiu e o que entrou. Talvez porque o que esteja prevalecendo seja o efeito residual da gestão petista, a opinião pública convive com situações que pouco ou nada diferem da fase anterior. Não só pela “herança maldita”: retomando o estilo que deixou em 2007 para a sucessora, Jatene repete os erros do primeiro mandato.

A começar por manter a rotina desgastante das assessorias especiais do seu gabinete, um sorvedouro de recursos públicos dilapidados para acomodar interesses e servir a acordos políticos – e de outra natureza. Esse setor da administração pública se tornou símbolo do desmazelo e da conivência com o uso doméstico do governo para fins que nada têm a ver com o bem coletivo. Os tucanos garantem que não chegarão ao limite de mais de dois mil assessores especiais, recorde petista, talvez ficando muito aquém. Mas o mecanismo é o mesmo: falta de justificativa para as contratações, sigilo nas informações a respeito e desprezo pela opinião pública.

Embora pagando o preço por suceder um governo fraco, os tucanos podem ter que arcar com um custo muito alto pela vitória, que só foi possível graças a acordos políticos de todos os tipos. Por isso, é visível uma divisão entre uma parte técnica na administração e outra política, com fortes características fisiológicas. Sem um comando competente, capaz de resolver os muitos problemas do governo, Jatene não desfará os nós que herdou. Mas ao ceder parcela considerável do poder a políticos empenhados apenas em obter dividendos pessoais (e com um passado nada recomendável), pode experimentar surpresas desagradáveis.

Uma delas já veio com a acusação de que seu secretário de assuntos estratégicos, o ex-prefeito de Paragominas, Sydnei Rosas, recorreu a trabalho sob condições degradantes em uma fazenda que possuía no Maranhão. A cabeça do secretário esteve prestes a ser colocada numa bandeja, mas parece que ele conseguiu se explicar e superar o problema. Mas pode ser uma vitória parcial. Outras situações semelhantes podem se repetir. Para tentar enfrentá-las, o governador parece estar mais empenhado em negociações de bastidores do que em impor sua figura à frente dessa equipe ainda desencontrada e desigual. O governo, que ainda não começou, pode começar mal.

terça-feira, março 15, 2011

Jatene agora dirá a verdade



A nota é da coluna mais sobrancelhuda (Repórte 70) do Jornal Diário do Pará. Conforme noticia, mas não diz o que minha fonte me soprou: 

Ele, o governador do Pará, Simão Jatene, em busca de mais investimentos, ao certo revelará a verdadeira situação econômica do Pará, pois além da platéia não ser paraense, não terá como negar o que foi plantado no governo Petista que em 04 anos promoveu um investimento alicerçando e solidificado vários setores da ecônomia paraense.

Como esse processo de "plantar" um novo modelo de desenvolvimento está começando a dar frutos, o contraditório virá à tona, pois aqui ele - Simão Jatene - chama de "herança maldita", insinuando que pegou o Estado "quebrado" para implantar seu "modo tucano" de governar com arrocho salarial para os servidores públicos, cortes nas áreas sociais, etc..

Esse Jatene, viu?!

Vou te contar...

Monitorem.

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Jornal Pessoal: Quem fica no poder?

Lúcio Flávio Pinto em seu Jornal Pessoal


capa-475

A história da eleição de 2010 no Pará ainda não terminou. Ela depende da resolução do impasse jurídico em torno do Senado. A justiça sacramentará o afastamento de Jader Barbalho da vida política ou possibilitará o seu renascimento das cinzas? 

 

Ana Júlia Carepa teria evitado a derrota se contasse com a aliança vitoriosa de quatro anos atrás, somando ao PT os votos do PMDB? A resposta a esta questão foi positiva em 2006: sem Jader Barbalho, a candidata petista jamais teria sido a primeira mulher a governar o Pará. Mas neste ano a resposta ainda é incerta e não sabida. Ao contrário de quatro anos atrás, o cacique do PMDB teve diante de si a mais desfavorável de todas as conjunturas que já enfrentou. Por ora, é o maior derrotado, embora ainda haja uma réstia de esperança de renascimento. 

A soma da votação de Ana Júlia e do candidato peemedebista Domingos Juvenil no 1º turno foi de 46,86% dos votos (36,05% mais 10,81%), enquanto Simão Jatene teve 48,92%. Em qualquer circunstância, o candidato do PSDB seria o vencedor em 3 de outubro. No 2º turno Jader não declarou seu voto e liberou seus partidários de compromisso. Mas é evidente que como a grande maioria assumiu o apoio a Simão Jatene, Jader agiu nos bastidores em favor do candidato tucano. Não pode, entretanto, cobrar de público compromisso que de público não existiu. 

Jatene pode alegar que deve sua vitória apenas aos seus méritos, do seu partido, do único aliado oficial, o DEM, e dos políticos peemedebistas que individualmente declararam seu voto a ele. Ao contrário do que se esperava da tendência observada até 3 de outubro, ele cresceu menos (7 pontos percentuais) do que Ana Júlia  (que incorporou 8 pontos percentuais) do 1º para o 2º turno. A diferença, que poderia ser esmagadora se tivesse tido a votação que Jader Barbalho lhe poderia transferir, diminuiu ao invés de crescer.

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domingo, fevereiro 06, 2011

Tiririca e Sarney

De Luis Fernando Verissimo no blog do Noblat.

Richard Nixon certa vez defendeu sua nomeação de um juiz reconhecidamente inadequado para a Corte Suprema americana com o argumento de que a mediocridade também precisava estar representada no tribunal.

Perfeito. Todos os tipos de cidadãos devem ser representados numa democracia. Nesse sentido o recém-empossado Congresso brasileiro talvez seja o mais representativo da nossa história. Além dos medíocres, muitos outros brasileiros têm voz, ou pelo menos presença de terças a quintas, no Congresso.

Alguns setores são até super-representados, como o dos grandes proprietários rurais e o dos milionários. Apesar destes pertencerem à menor minoria no país, têm uma bancada bem maior que a da maioria pobre.

Mas, em geral, todos os eleitores brasileiros, todos os tipos e todas as características nacionais têm representação em Brasília. Não lamente o novo Congresso, portanto. Eles são nós.
Tomemos o Tiririca e o Sarney. Os dois seriam exemplos, respectivamente, de desvirtuamento do processo eleitoral e de aviltamento dos costumes políticos, uma vergonha. Ou duas vergonhas.
Tiririca um inocente transformado em legislador por uma galhofa, Sarney eternizando-se no comando do Senado pelo seu poder de manobra e de conchavo, um cordeiro e uma raposa representando os extremos da nossa desilusão com a fauna parlamentar.

Mas Tiririca não representa apenas os palhaços do Brasil. A galhofa que o elegeu é uma manifestação política, ou antipolítica, que tem história no país e ou representa os que não sabem nada de nada e não querem saber, ou os que sabem tanto que votam em palhaços e rinocerontes para protestar. De qualquer forma, os simples e os enojados também têm sua bancada.

E existe algo mais brasileiro, folclórico e até enternecedor do que Sarney e seu amor pela mesa diretora?

Falar mal do Sarney é um pouco como falar mal de um velho tio excêntrico, mas cujas peripécias divertem a família. Tudo se perdoa e tudo se aceita com a frase "Que figura...". O indestrutível Sarney representa a persistência do gosto nacional por "figuras".

Mas há um caso flagrante de sub-representação no Congresso, além dos sem terras e dos pobres. Quando o senador Paim olha em volta do Senado não vê nenhum outro negro como ele a não ser um eventual garçom servindo o cafezinho. Nada é perfeito.

O mato, o ar condicionado e a potoca na mira do MPE

A denúncia feita pelo blog  A Perereca da Vizinha sobre a ilegal e imoral dispensa de licitação de 3,6 milhões de reais para duas empresas realizarem compra de alimento escolar e prestar serviço de limpeza à SEDUC, que este blog ajudou à divulgar, será finalmente alvo de investigação pelo promotor de justiça dos Direitos Constitucionais e Patrimônio Público, Firmino Matos, que requereu informações à Seduc, concedendo prazo para a direção da secretaria enviar toda a documentação referente às contratações. 

"Se forem constatadas irregularidades, o promotor afirma que vai ajuizar ação de improbidade administrativa contra a direção da secretaria", diz a reportagem do Diário do Pará, deste sábado.

A repercussão do caso ganhou a blogsfera atuante* (já que a maioria dos blogs estão cooptados pelo fascínio do puder) e foi fatal para a mobilidade do MPE, o qual recebe parabéns (plac,plac, plac) que ao contrário da nota da ASCOM/SEDUC, emitida para este blog considera uma atitude no mínimo estranha a adoção da medida que rasga literalmente todas as páginas da Lei n°8.666 de 1993, a famosa Lei Geral de Licitações.

Ao conhecer os ritos da Assessoria Jurídica da SEDUC, fontes do blog arriscam-se a cogitar que a decisão de tomada desta atitude não foi deliberada por este setor, como diz a nota da SEDUC, mas sim fruto de uma decisão superior, motivada pelos interesses escusos de um governo recém-eleito e famoso por troca de favores com empresários, como é pelo caso da CERPASA.

A reportagem do Diário vai na fala do procurado Firmino Matos que ressalta que o artigo 24, inciso 4º da Lei das Licitações prevê a dispensa de licitação pública para contratação de serviços, mas apenas em duas situações: de emergência ou calamidade pública.

Vale lembrar que a justificativa para abrir mão do processo legal foi a emergência, mas que emergência é essa em contratar a prestação de serviço de limpeza das dependências do prédio-sede, manutenção de ar-condicionado e centrais de ar das unidades de ensino, do prédio-sede e seus respectivos anexos, além de serviço de capinação da área externa? 

Estaria o mato tomando conta do prédio impedindo a vista do secretário Nilson Pinto à Avenida Augusto Montenegro ou será que foi pelo fato do ar condicionado de seu gabinete não ser um split?

Só pra constar, estive na SEDUC semana passada e pude comprovar que o gabinente do secretário Nilson Pinto está passando por uma reforma emergencial, claro, que agrade e dê todo o conforto que um tucano com bico dourado merece!

*A blogsfera atuante conta com blogs de respaldo, como a própria  A Perereca da Vizinha, o Uruatapera, o Diário de um Educador, o Hupomnemata, o blog do Barata, o Ananindeua Debates e tantos outros, que continuam combativos na apresentação de um outro prisma dos fatos à população.

quinta-feira, janeiro 13, 2011

Jader, o Gazeteiro


Do Site Congresso em Foco.



Um grupo de deputados caminha para o final do mandato com uma marca pouco lisonjeira. São os dez parlamentares que acumularam maior número de faltas na Câmara durante toda a legislatura. Na média, eles não estavam presentes em quase metade dos 422 dias com sessões reservadas a votações no plenário ocorridas entre fevereiro de 2007 e dezembro de 2010. Três deles mais faltaram do que registraram presença.


A lista dos deputados que menos compareceram ao plenário na atual legislatura é composta por representantes de nove estados e oito partidos políticos. Encabeçam a relação os deputados Nice Lobão (DEM-MA), Jader Barbalho (PMDB-PA), que renunciou ao mandato em novembro, Vadão Gomes (PP-SP), Ciro Gomes (PSB-CE) e Marina Magessi (PPS-RJ). Marcos Antonio (PRB-PE), Miguel Martini (PHS-MG), Fernando de Fabinho (DEM-BA), Silas Câmara (PSC-AM) e Alexandre Silveira (PPS-MG) completam o ranking dos dez parlamentares que somaram mais ausências nos últimos quatro anos. De todos, apenas três foram reeleitos: Nice Lobão, Silas Câmara e Alexandre Silveira.


Em tese, faltar a uma sessão deliberativa implica corte no salário. Mas, na prática, os parlamentares pouco sentem o peso de suas ausências no bolso. Das 1.862 faltas acumuladas por esses dez deputados, 1.713 (92%) foram abonadas pela Câmara, com a apresentação de justificativas, como problemas de saúde e compromissos políticos. Só 149 das ausências ficaram sem explicações, ou seja, sujeitas a desconto.

Os dados fazem parte de levantamento exclusivo do Congresso em Foco com base em informações oficiais da Câmara. Como as razões aceitas pela Casa vão além dos problemas de saúde, a pesquisa considera as ausências justificadas e as ausências sem justificativas. Os motivos apresentados por cada parlamentar, porém, não são divulgados pela Casa. Para saber as razões das faltas, o site entra em contato com os próprios parlamentares, que apresentam suas explicações. Desta vez, no entanto, nenhum dos dez retornou o contato feito pela reportagem.

Sem explicação

Entre os dez deputados mais ausentes, Jader Barbalho foi quem acumulou mais faltas sem justificativas. O deputado renunciou ao mandato em 30 de novembro do ano passado, alegando que protestava contra a decisão da Justiça eleitoral que barrou sua candidatura ao Senado com base na Lei da Ficha Limpa. Jader faltou a 216 (61,4%) dos 422 dias em que houve sessão deliberativa. Deixou 45 das ausências sem explicações.

O peemedebista tenta na Justiça provocar nova eleição para o Senado no Pará. Mesmo ausente, o paraense controlava no ano passado um orçamento de mais de R$ 7 bilhões por meio de afilhados políticos nos governos federal e estadual, conforme mostrou o Congresso em Foco.  Em relação às justificativas de suas ausências, ele nunca retornou os contatos feitos pelo site.

Depois de Jader, quem menos justificou suas faltas no grupo dos dez menos assíduos da legislatura foi Ciro Gomes. O ex-governador do Ceará, que não disputou as eleições de 2010, esteve presente em 224 (54,4%) dos 412 dias com sessão deliberativa de que deveria ter participado. Ele justificou 147 ausências e deixou 41 sem justificativa. Ciro também nunca retornou ao site para explicar suas ausências justificadas. O terceiro colocado em faltas sem justificativas, entre os dez que menos compareceram ao plenário na legislatura, foi Marcos Antonio. O pernambucano deixou 18 faltas sem explicações.

De saúde a “caô”

O levantamento sobre a assiduidade parlamentar é realizado pelo site a cada seis meses. Em reportagens anteriores, alguns dos dez deputados que menos compareceram ao plenário chegaram a justificar suas ausências. Nice Lobão e Miguel Martini, por exemplo, explicaram que suas faltas ocorreram por problemas de saúde.

Dos 422 dias de sessões deliberativas em plenário em toda a legislatura, Nice Lobão compareceu apenas em 182 delas (43,1%). Em agosto do ano passado, a parlamentar contou ao Congresso em Foco que problemas na coluna e no joelho a impediam de ir às sessões plenárias. A justificativa foi referente às faltas no primeiro semestre de 2010. Mas em anos anteriores a parlamentar também figurava entre os mais ausentes.

No caso do deputado Miguel Martini, 65% de suas ausências ocorreram no ano de 2009. Ao site, em fevereiro do ano passado, o parlamentar explicou pessoalmente que, naquele ano, havia se submetido a um tratamento de quimioterapia, tendo ficado seis meses em recuperação. Ao todo, Martini teve 169 ausências em sessões plenárias durante toda a legislatura. Todas as faltas foram justificadas.

A deputada Marina Maggessi também justificou a maioria de suas faltas. Mas, ao menos em relação às ausências de 2009, a parlamentar não havia faltado por problemas de saúde. Marina justificou que, como presidente da Comissão de Segurança Pública, lhe era garantida a “prerrogativa” de não ir ao plenário. Em reportagem publicada em fevereiro de 2010, Marina considerou que presença em plenário era “caô”, uma gíria usada para designar algo falso, enganação.

“O meu partido vive em obstrução. Aquele plenário não me atrai. Não vejo nada de produtivo naquilo, é uma mentira aquele voto em plenário, estou falando isso de coração”, criticou a deputada. “Voto em plenário é ‘caô’, uma expressão que a gente usa muito no Rio”, disse Marina.

Os dez deputados mais ausentes foram procurados por e-mail e por telefone para esclarecer suas ausências. Como nenhum deles retornou o contato, o Congresso em Foco reitera que os deputados podem procurar o site a qualquer tempo para apresentar as suas justificativas.

terça-feira, janeiro 04, 2011

A marca do respeito?


"A minha marca merece respeito", declarou o Wlad. Mas, que marca? Só se for a marca do oportunismo, que sempre foi a marca maior, não apenas dele, mas de todo o PMDB, pós-Ulisses Guimarães. A marca de Wlad é a mesma de Jader Barbalho e de seus asseclas. "


Do Jornalista e publicitário Américo Leal Viana na caixinha de comentários da postagem "É Lindo o Amor" (entre Wladimir Costa e Simão Jatene) no blog A Perereca da Visinha.

segunda-feira, dezembro 13, 2010

Alfredo Costa e o PP de Maluf e Luiz Rebelo


"Não sei oq é pior se Paulo Maluf ter sido absorvido pelo TJ-SP ou o PT ter perdido a vaga de Alfredo Costa na Alepa pro Luiz Rebelo."

No meu twitter @JimmyNight

Ao assistir a entrevista do prefeito Duciomar Costa, agora a pouco no  programa Argumento, comandado pelo apresentador Mauro Bona, o mesmo  perguntou ao nefasto, o porque da CMB não ter conseguido fazer subir (eleger) nenhum deputado, inclusive Alfredo Costa que com a decisão da Ministra Carmem Lúcia, ao deferir a candidatura de Luiz Rebelo (PP-PA) viu sua 3ª candidatura ficar para a suplência.

Como estava tuitando sobre a entrevista, vários amigos petistas e outros psolistas me indagavam a questão por DM, a questão e antes de qualquer consulta ao nobre amigo Alfredo Costa resolvi buscar na net os detalhes da informação do Bona e com poucos cliques dei de cara com duas intrigantes postagens no Blog do Parsifal.

Fui dormi pensando na Lei da Ficha-Limpa e sua demagogia permanente ou a permanência demagógica das pessoas que a proclamam.
 

Paulo Maluf é absolvido pelo TJ-SP


maluf

O deputado federal Paulo Maluf teve o seu pedido de registro indeferido pela TRE-SP por ser considerado “ficha-suja” em virtude de condenação pelo TJ-SP.

Maluf recorreu da decisão do TRE-SP para o TSE, e já havia interposto embargos infringentes ao próprio TJ-SP requerendo a revisão da sentença que o condenou.

O ministro Marco Aurélio, no TSE, não conheceu do recurso de Maluf, alegando perda de prazo.
Maluf recorreu do despacho e o TSE decidiu que ele não perdeu o prazo, reconhecendo o recurso, que ainda não foi julgado.

Nesta segunda-feira, 13, o Tribunal de Justiça de São Paulo julgou o recurso de Maluf e reformou a decisão que o condenou em abril deste ano, julgando improcedente a ação de improbidade administrativa pela suposta compra superfaturada de frangos para a Prefeitura de São Paulo, em 1996.

Como a condenação do TJ-SP foi a razão do indeferimento do registro de Maluf pelo TRE-SP e aquela não mais existe, cessou a causa da inelegibilidade já para o atual pedido de registro, já que o mesmo ainda não está concluindo, dependendo ainda de decisão do TSE, que, ao receber nos autos a certidão da absolvição, deferirá o registro.

Com isto, Paulo Maluf, que concorreu a eleição com registro indeferido e obteve quase 500 mil votos, deverá ser proclamado eleito e diplomado, mudando o quadro de deputados federais do estado de São Paulo.

Luiz Rebelo (PP) tem registro deferido pelo TSE e muda quadro no Pará


O candidato Luiz Rebelo (PP) acaba de ter deferido o seu pedido de registro por decisão monocrática da ministra Carmen Lucia do TSE.

É praticamente certo que os votos obtidos por Rebelo têm a prerrogativa de mudar o quadro de deputados estaduais do Pará, caindo o último deputado proclamado do PT, Alfredo Costa, e ascendendo o próprio Luiz Rebelo. 

A decisão da ministra Carmen Lucia deverá ser comunicada amanhã ao TRE-PA que deverá proceder novo cálculo de coeficiente, incluindo os votos de Rebelo e proclamando-o, até quinta, ou sexta-feira, deputado estadual eleito

O advogado de Luiz Rebelo é o Dr. Inocêncio Mártires.

Detalhe: Tanto Paulo Maluf quando Luiz Rebelo são do PP - Partido Progressista.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

De verdes vermelhos para amarelos e vice-versa


No blog do Zé Carlos do PV, a resposta aos ataques que o partido e seus dirigentes vem sofrendo pelos jornalecos da pólis.


Depois de um final de semana em Rio Branco, no Acre, participando de evento do PV, com a senadora Marina Silva, cheguei a Belém e fui folhear os jornais. Para meu espanto, encontrei notas publicadas nas colunas políticas, atacando o Partido Verde paraense, sem dó nem piedade.
 
As notas diziam que traímos o governador eleito Simão Jatene e como castigo pela nossa ousadia ficaremos sem um cargo no próximo mandato. Diziam também que os nossos companheiros, que estão fazendo um belíssimo trabalho para o meio ambiente de Belém, serão substituídos da Semma pelo prefeito Duciomar Costa. Que no Governo Federal não teremos vez por causa do nosso fracasso eleitoral. Que a OS Pará 2000 está com problemas de déficits.

Leia mais aqui.

quarta-feira, dezembro 01, 2010

A renúncia de Jader Barbalho





“Estou face à decisão do STF na extravagante situação de ser ao mesmo tempo elegível e inelegível. Em decorrência de empate que acaba por anular o voto de 1,8 milhão de eleitores e eleitoras do Pará, cassando meu mandado de senador da República para o qual, repito, fui democraticamente eleito”.


Deputado Federal Jader Barbalho, em sua carta de renúncia, encaminhada ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).

Aqui, na íntegra, a carta de renúncia de Jader Barbalho, entregue nesta terça-feira, (30) para a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados em Brasília.


Assista aqui, a decisão do STF que fez valer a Lei da Ficha Limpa e que motivou a manutenção da decisão do TSE, que candidatos que renunciaram seus mandatos para evitar cassação tornaram-se inelegíveis nestas eleições de 2010. 
 
Depois volte e leia o que Jader Barbalho disse ao Estadão, sobre a "previsível" derrota de Ana Júlia no resultado eleitoral do Pará, sem dúvida, influênciado pelo comando do PMDB paraense e apontando o deputado Federal Luiz Eduardo Cardozo (PT/SP), como o principal responsável pela implementação da Lei da Ficha Limpa.

terça-feira, novembro 30, 2010

Jornalista Fuleiro de 2010




Troféu Carlos Lacerda

Acrescentamos outros nomes na lista da escolha do JORNALISTA FULEIRO DE 2010 – TROFÉU CARLOS LACERDA. Aquele jornalista que faltou com a verdade, manipulou a informação, puxou o saco do patrão o ano inteiro, foi processado, caluniou, perseguiu o presidente Lula, foi cabo eleitoral do Zé Pedágio, o mais parecido com o jornalista do passado, CARLOS LACERDA.

O Blog da Dilma vai mandar confeccionar um TROFÉU e enviar para o jornalista ganhador. Vote pelo blog ou envie pelo e-mail: blogdadilma13@gmail.com. Veja a lista: Arnaldo Jabor, Augusto Nunes, Casal 20 do Jornal Nacional, Diogo Mainardi, Noblat, Eliane Cantanhêde, José Nêumanne Pinto, Miriam Leitão, Reinaldo Azevedo, Merval Pereira, Carlos Alberto Sardenberg, Cristina Lobo, Lucia Hippolito, Luiz Carlos Prates.

Com esta postagem o Blog da Dilma, espaço criado ainda no processo eleitoral, por apoiadores da campanha da presidenta eleita, reforça o sentido cômico - destilando com a sátira da premiação e gozando da tão aclamada liberdade de imprensa - os jornalistas que ajudam a elite brasileira, através do PIG e destilam seu ódio com as camadas populares, os nordestinos, os movimentos sociais e tudo que se move contrário aos interesses escusos que defendem. 

sábado, novembro 20, 2010

Preliminares da Eleição no Pará - I


Desde o fim das eleições venho excitando escrever minhas observações, todas derivadas de mera ação reflexiva sobre os causas e conseqüências da derrota eleitoral do governo Ana Júlia e o futuro do PT no Pará e no Brasil. Não consigo parar de pensar nisso!

É claro que sabemos da existência no PT de um forte melindre meliante de uma parcela de autoritários que imaginam que estão vivendo em pleno stalinismo - onde comentar assuntos partidários fora das arraias do clã, ainda é tido como heresia - mas toda e qualquer avaliação deste processo tende a considerar elementos e fatos que já são públicos e notórios por grande parte dos jornalistas e demais consumidores do noticiário político.

Das análises feitas por petistas, destacam-se postagens feitas no blog da professora Edilza Fontes, ex-superintendente do PTP e da Escola de Governo, candidata à deputada estadual pelo PT no último pleito - e do professor Fábio Castro, ex-secretário de Comunicação do governo Ana Júlia. Estes dois em seus respectivos blogs, até agora abordaram de forma singela e superficial o que a jornalista autora do blog A Perereca da Vizinha vem citando como erros da gestão e da coordenação da campanha eleitoral seja pela lideranças do PT e principalmente o politburo da DS, seja pela empresa de marketing baiana (LINK), contratada para cuidar de toda a campanha eleitoral, pelo mentor mor de Ana Júlia, o Sr. Paulo Heineck.

No entanto, outros petistas já começam à esboçar seu olhar crítico do processo eleitoral e os múltiplos prismas avaliativos trarão a diversidade petista, escondida pelos últimos meses, à flor da pele, pra cima da mesa do jogo partidário. Um deles, é o super-moderado Arroyo, que em seu blog inicia uma análise mais contextualizada e voltada para os princípios e rumos estratégicos que o PT vem discutindo nestes 30 anos de existência.

O que sem dúvida influenciará os níveis de avaliação e críticas entre as diversas tendências internas do partido será a estratégia e os interesses de cada organização/mandato/grupo para o processo eleitoral de 2012. Tal afirmação não é em vão haja vista que considera a mudança sistemática pela qual o partido encaminha-se, muitas vezes sem se dar conta do inexorável processo histórico que requer refluxo e avaliação permanente para que o vislumbramento pelo poder (executivo e parlamentar).

O PT foi o partido que mais se destacou na perspectiva de realizar profundas mudanças na tais como a priorização dos direitos dos trabalhadores e no alcance dos mais pobres aos direitos sócio-culturais e econômicos, não pode alterar seu comportamento político a ponto de aliar-se com adversários programáticos e compor gestões que revelem-se promíscuas, negligentes e até mesmo conservadoras, sob o risco de além de sofrer de uma cegueira que nos faça caminhar para o desfiladeiro da descredibilidade da sociedade.

sexta-feira, novembro 05, 2010

As Outras Falas, por enquanto.

Emails e comentários impublicáveis, me indagam sobre minha avaliação sobre o processo eleitoral. Alguns em tom de provocação reinteram alfinetadas dizendo "teu blog só falta publicar receita de bolo e previsão do zodíaco". Os motivos que me levam à dar um tempo no ato de "por pra fora" o que percebo do status quo da política local é o fato de estar acumulado de tarefas e sem internet em casa, pois gosto de escrever diretamente na tela do Blogspot, sem concerto de nada, do jeito que sai da cachola vai pra web. Assim, deixo o blog por enquanto apenas com as outras falas da pólis, onde opiniões à cerca da política no Pará serão de outros, não deste blogueiro. No mais, continuo tuitando e lá, não refresco, como sempre! É só seguir: @JimmyNight.

A escolha de Ana Júlia Carepa

Do Blog A Perereca da Visinha

Penso que há algumas avaliações bastante equivocadas sobre a derrota da minha xará, Ana Júlia Carepa, nestas eleições.

Creio que algumas pessoas andam a confundir os sintomas com a doença – e isso é tanto mais complicado porque estamos a lidar com um caso concreto.

Ora, diz-se que Ana perdeu por erros da Comunicação e de articulação política.

Mas tais erros – que existiram de fato – foram apenas as conseqüências, e não a causa.

A causa mesma foi a opção que Ana Júlia fez por sua corrente política, a Democracia Socialista (DS).

E isso foi uma escolha, não alguma coisa a que a tivessem obrigado, até porque ela é maior de idade e, presume-se, não padece de problemas mentais. Além disso, possuía poder suficiente para se livrar desse grupo a hora que bem entendesse.

Então, Ana Júlia fez uma escolha por aquilo que lhe pareceu, sabe-se lá por que, o mais importante.

E dessa escolha é que nasceram os erros da propaganda, da articulação política e de tantos outros setores essenciais à manutenção do poder.

Quem é que dava as cartas na propaganda? A DS. Quem é que dava as cartas na articulação política? A DS. À quem, em suma, pertencia a última palavra sobre os rumos e até sobre as eventuais mexidas no Governo? À DS.

Então, o xis da questão foi a escolha que a minha xará fez de delegar o poder a uma espécie de triunvirato.

Todo o resto não passa de conseqüência dessa opção.

O PT errou por não intervir decididamente nessa concentração do poder nas mãos da DS? É claro que errou.

E é um erro que não é assim tão simples quanto parece, já que tem a ver com a própria relação do partido com essas tendências minoritárias e sectárias.

Afinal, é a segunda vez que o PT se esborracha, ao chegar ao poder através de correntes assim – a primeira foi na capital.

Mas aí fica a pergunta: como intervir decididamente, dar “murro na mesa” de um governante? E como fazer isso sem que a emenda acabe se revelando pior que o soneto, em termos de desgaste perante a opinião pública?

E mais: como realizar uma articulação política com um mínimo de credibilidade, num governo que se transformou num monstro de duas cabeças, que ora puxa para um lado, ora para o outro?

Até porque, mesmo que se conseguisse encostar o governante na parede, ainda assim ele permaneceria como o detentor da caneta.

Sempre disse aqui que o problema genético desse governo foi o fato de Ana pertencer a uma corrente minoritária e sectária – e à qual ela sempre demonstrou uma fidelidade canina.

Ora, os tucanos governaram o Pará por 12 anos, com uma ampla base de sustentação e também fizeram campanhas a comandar coligações até mais amplas que a Acelera Pará.

E olhem que nas campanhas municipais o pau comia entre os partidos coligados na esfera estadual – até porque as campanhas municipais são o momento em que todo mundo tem mais é de se cacifar.

Mas penso que os problemas eventualmente vividos pelos tucanos no comando dessas coligações foram fichinha perto do que se viu nesse governo da DS.

Até porque Almir e Jatene – quer se goste ou não – eram lideranças reconhecidas pelas demais lideranças políticas; tinham, de fato, a última palavra sobre o que acontecia ou deixava de acontecer no governo.

Já esse triunvirato jamais foi – e nem poderia ser – reconhecido pelas lideranças políticas. Aliás, jamais foi reconhecido nem mesmo pelo PT. Afinal, sempre faltou a esses senhores o principal: o mandato, a delegação de poder, de milhões de paraenses.

Sem falar, é claro, na absoluta incompetência política desses senhores, e na arrogância, o ar “doutoral”, que não lhes permitiu reconhecer a experiência das demais lideranças, nem mesmo quando pertencentes ao próprio PT.

Não reconhecer tudo isso, é tentar tapar o sol com a peneira; é tentar passar a mão – talvez até por certa nostalgia – na cabeça da DS.

Mesmo a desastrada campanha política que sepultou os sonhos de reeleição de Ana Júlia Carepa tem por trás a folha corrida da DS.

Quem foi que, afinal de contas, escolheu e manteve até o fim a Link Propaganda? Um doce para quem adivinhar...

Já estava tudo perdido em junho? Não, não estava.

Pelo contrário: devido à ampla coligação que a apoiava e ao fato de deter a máquina federal e estadual, além de dezenas de prefeituras, a cidadã Ana Júlia Carepa era, de fato, a favorita dessa disputa.

Só quem nunca fez campanha política é que se assusta com rejeição – e ainda mais se o sujeito detiver a máquina.

Porque campanha política bem feita “ressuscita defunto”, quase que literalmente.

Parece pouco, mas esses três ou quatro meses são suficientes para transformar a imagem de qualquer pessoa da água pro vinho.

Mas para isso é preciso uma boa estratégia de marketing e um bom comando de campanha.

No entanto, até essa derradeira oportunidade de “ressurreição” acabou “sepultada” pela escolha de Ana Júlia.

Que lhe ornamentem o velório, portanto, as flores e as lágrimas de crocodilo da sua DS.

FUUUUIIIIIII!!!!!!!

PS: na caixinha de comentários da postagem anterior faço um comentário um pouco mais longo sobre os erros de campanha da Link Propaganda.

.............. Pra todos aqueles que nunca desistirão de lutar por um mundo melhor!

O significado político da derrota de Ana Júlia

Foto: Ag. Pará
Fábio Fonseca de Castro*
O governo Ana Júlia, como todos os governos, teve erros e acertos. Penso que os acertos foram mais numerosos e que alguns tiveram um caráter estruturante para o estado, mas também penso que os erros foram fatais.
Dentre estes, um dos maiores – e talvez o maior – foi, em algum momento, ter-se superestimado na sua dimensão histórica e, em função disso, ter-se acreditado autosuficiente no jogo partidário estadual. Sendo mais específico, ter-se esquecido que as condições históricas que permitiram a chegada de AJ ao poder não se deveram, exclusivamente, ao gradual crescimento do PT no Pará, eleição após eleição, mas sim à situação de polarização, das elites locais, em dois grupos: PSDB e PMDB. Não fosse essa polarização o PT, possivelmente, só alcançaria o governo do estado nestas eleições ou, ainda, nas próximas.
Por incômoda que fosse, tanto do ponto de vista ideológico como do ponto de vista programático, a aliança com o PMDB constituía um elemento de equilíbrio conjuntural. Subestimar esse equilíbrio significou perder consciência dos fatores limitadores que permitiram a antecipação de um governo do PT no Pará. Perder essa consciência, por sua vez, significou, em termos práticos, diminuir as condições de governabilidade e, posteriormente, de reeleição.
Essa leitura incorreta do processo repetiu-se em relação a outros aliados, eventuais, mas também necessários para garantir a governabilidade. Esses aliados poderiam ser mais ou menos incômodos, numa escala que ia do PPS ao PSB, passando pelo PTB, PV e PP. Apenas o PC do B, dentro do largo espectro de alianças do mandato, tendeu a certo equilíbrio. Tal como, aliás, as tendências petistas que compuseram o governo. Não que não tenha havido crises e que essas crises tenham deixados de ter impacto político, mas foram, afinal, situações mais facilmente dialogadas.
Penso que o fator intrigante, o fator que deve ser explorado e que pode ensinar muito sobre política e sobre as relações sociais de poder que nos envolvem – a todos nós, que fomos derrotados nestas eleições e, com toda a dignidade, devemos nos preparar para fazer uma oposição racionalizante e consistente ao novo governo – seria, de fato, indagar sobre a força, ou a dinâmica, que produziu esse erro, especificamente, dentre outros que se nos possam atribuir.
Em outras palavras: o que teria produzido essa ilusão de autosuficiência política?
Minha percepção é de que ela se deve a um feixe de três fatores. Em primeiro lugar, a persistência, no grupo político da Governadora, de certa pretensão à vanguarda. Trata-se de um fenômeno observável em muitos partidos de esquerda: um grupo de vanguarda passa a liderar e a centralizar o processo político, pretendendo-se mais capacitado para a decisão. Esse fenômeno parece ter-se repetido no governo AJ, embora não me pareça apropriado compreendê-lo como sendo a DS, a Democracia Socialista, tendência petista da Governadora, mas sim como parte da DS.
Falar em vanguarda de tendência ou partido é um mito consistente nas esquerdas, uma prática repetida reiteradas vezes ao longo da história, com resultados bons e maus e, certamente, foi um mito presente no mandato AJ, utilizado simbolicamente para legitimar o fluxo do poder.
Mas não o único mito. Há, em segundo lugar, ao lado dele, o segundo fator; uma outra mitologia, presente na história política de AJ: a idéia de que ela se basta a si mesma enquanto ser político. É um mito associado a sua simpatia e espontaneidade, e que se materializou com os primeiros sucessos políticos de AJ. Esse mito resulta numa prática meio subliminar de a considerarem um tanto maior que o PT e, em conseqüência disso, a lhe imprimirem uma imagem de autosuficiência política.
Quando ocupei a Secretaria de Comunicação do Governo apelidei essa tese de “teoria King Kong”. Era a idéia, indestrutível na mente do marqueteiro de AJ, Paulo Heineck, o PH, bem como dos colaboradores mais próximos da Governadora e dela própria, de que ela era maior e mais interessante do que o PT. A menção ao gorila hollywoodiano se deve ao mantra do PH de que AJ era “o King Kong” do filme dele, ou seja, o personagem total, máximo, capaz de apagar todos os demais personagens e de prevalecer em qualquer circunstância.
Sempre foi muito difícil trazer o PT para o centro da comunicação política da governadora e imagino que é isso que explica a estratégia de campanha adotada pela empresa que fez seu marketing político, a Link, e, sempre, pelo PH. Bem como, por outro lado, a persistente ação de afastar o publicitário Chico Cavalcante, militante histórico do partido e reconhecido pela habilidade em fazer campanhas petistas.
Um terceiro fator decorreria, penso, da simples manipulação, produzida no jogo político interno do governo, dos dois fatores anteriores – e talvez de outros – com vistas a explorar a intermitência programática e ideológica entre o PT e seus aliados. Pessoas cresciam ou caíam, nas intrigas palacianas, conforme fossem veementes na sua crítica aos aliados. Ao ponto de que isso, algumas vezes, tenha sido moeda de troca de circulação interna.
Por exemplo: considerando que o processo de ruptura com o PMBD se intensificou na crise do Hospital Ofir Loyola, como penso que ocorreu, não tenho como deixar de perceber que o que precipitou esse processo não foi, propriamente, uma “crise do Ofir Loyola”, mas a tempestade, num copo d’água, que se chamou “crise do Ofir Loyola”. Haveria crises reais para motivar uma ruptura, mas não necessariamente essa. O que a motivou foi, simplesmente, a luta interna, que nesse caso nem era com o PMDB.
Esses fatores, na sua interação, produziam uma zona esfumaçada na análise política do governo e, a meu ver, foram determinantes para a derrota do PT. Foram fatores que contribuíram para a construção de uma análise equivocada da conjuntura paraense. Sobretudo do processo histórico não imediato, mas que condiciona a realidade imediata.
A derrota da candidatura de AJ ao segundo mandato possui um significado político que merece ser analisado e levado em consideração para a organização das próximas batalhas eleitorais.
A primeira lição a lembrar é que as condições históricas do Pará, pelo caráter de suas elites e pela diversidade dos seus processos econômicos, demandam uma transição político-social mais lenta do que todos nós gostaríamos de planejar. Uma transição que seja demarcada por acordos táticos que garantam, em primeiro lugar, a governabilidade. E que possibilite a realização de um programa de governo básico – necessariamente fortalecido nas políticas que permitam a ampliação da autonomia social.
Outra lição que deve ser lembrada se refere ao próprio papel do PT na construção do governo. Pois, se o grupo de poder da Governadora produziu uma análise equivocada, o PT, com raros episódios contrários – alguns de ordem ideológica, protagonizados pela deputada Regina Barata e outros de ordem política, como os protagonizados pela deputada Bernadete ten Caten – sempre se calou e aceitou a análise produzida por esse grupo de poder.
Uma terceira lição se dá no campo da comunicação. A comunicação feita por um partido progressista, como o PT, não deve ceder às tentações de despolitização do debate e cair no lugar comum de que a política é feita por ímpetos individuais. Não é a pessoa que vale, mas o partido. Não a personalidade, mas o coletivo. Não a forma, mas o conteúdo. Obviamente que, em se tratando de pessoas como o presidente Lula, por sua magnitude e história, essa regra se quebra, mas isso não foi o caso no Pará ou mesmo em outros estados.
O PT tem um longo futuro no Pará. O governo AJ deixará avanços estruturais importantes que muito o dignificam. Espero que sejamos capazes de fazer uma oposição, como disse acima, consistente e racionalizante ao próximo governo. Porém, mais do que tudo, espero que sejamos capazes de, sempre com humildade, mas também com persistência, produzirmos um projeto político que vise o longo prazo, a duração, a transformação estrutural do Pará.
É em vistas disso que a derrota eleitoral de 2010 deixa ao PT uma lição política: a de governar sem perder de vistas a história, a conjuntura do longo prazo.
* Fábio Castro foi secretário de comunicação do governo Ana Júlia. É doutor em sociologia, professor da Faculdade de Comunicação da UFPA e pesquisador no programa de pós-graduação "Comunicação e Cultura na Amazônia".

quarta-feira, outubro 06, 2010

Dois pesos...

Por Maria Rita Kehl em O Estado de S.Paulo.

Este jornal teve uma atitude que considero digna: explicitou aos leitores que apoia o candidato Serra na presente eleição. Fica assim mais honesta a discussão que se faz em suas páginas. O debate eleitoral que nos conduzirá às urnas amanhã está acirrado. Eleitores se declaram exaustos e desiludidos com o vale-tudo que marcou a disputa pela Presidência da República. As campanhas, transformadas em espetáculo televisivo, não convencem mais ninguém. Apesar disso, alguma coisa importante está em jogo este ano. Parece até que temos luta de classes no Brasil: esta que muitos acreditam ter sido soterrada pelos últimos tijolos do Muro de Berlim. Na TV a briga é maquiada, mas na internet o jogo é duro.

Se o povão das chamadas classes D e E - os que vivem nos grotões perdidos do interior do Brasil - tivesse acesso à internet, talvez se revoltasse contra as inúmeras correntes de mensagens que desqualificam seus votos. O argumento já é familiar ao leitor: os votos dos pobres a favor da continuidade das políticas sociais implantadas durante oito anos de governo Lula não valem tanto quanto os nossos. Não são expressão consciente de vontade política. Teriam sido comprados ao preço do que parte da oposição chama de bolsa-esmola.

Uma dessas correntes chegou à minha caixa postal vinda de diversos destinatários. Reproduzia a denúncia feita por "uma prima" do autor, residente em Fortaleza. A denunciante, indignada com a indolência dos trabalhadores não qualificados de sua cidade, queixava-se de que ninguém mais queria ocupar a vaga de porteiro do prédio onde mora. Os candidatos naturais ao emprego preferiam viver na moleza, com o dinheiro da Bolsa-Família. Ora, essa. A que ponto chegamos. Não se fazem mais pés de chinelo como antigamente. Onde foram parar os verdadeiros humildes de quem o patronato cordial tanto gostava, capazes de trabalhar bem mais que as oito horas regulamentares por uma miséria? Sim, porque é curioso que ninguém tenha questionado o valor do salário oferecido pelo condomínio da capital cearense. A troca do emprego pela Bolsa-Família só seria vantajosa para os supostos espertalhões, preguiçosos e aproveitadores se o salário oferecido fosse inconstitucional: mais baixo do que metade do mínimo. R$ 200 é o valor máximo a que chega a soma de todos os benefícios do governo para quem tem mais de três filhos, com a condição de mantê-los na escola.

Outra denúncia indignada que corre pela internet é a de que na cidade do interior do Piauí onde vivem os parentes da empregada de algum paulistano, todos os moradores vivem do dinheiro dos programas do governo. Se for verdade, é estarrecedor imaginar do que viviam antes disso. Passava-se fome, na certa, como no assustador Garapa, filme de José Padilha. Passava-se fome todos os dias. Continuam pobres as famílias abaixo da classe C que hoje recebem a bolsa, somada ao dinheirinho de alguma aposentadoria. Só que agora comem. Alguns já conseguem até produzir e vender para outros que também começaram a comprar o que comer. O economista Paul Singer informa que, nas cidades pequenas, essa pouca entrada de dinheiro tem um efeito surpreendente sobre a economia local. A Bolsa-Família, acreditem se quiserem, proporciona as condições de consumo capazes de gerar empregos. O voto da turma da "esmolinha" é político e revela consciência de classe recém-adquirida.

O Brasil mudou nesse ponto. Mas ao contrário do que pensam os indignados da internet, mudou para melhor. Se até pouco tempo alguns empregadores costumavam contratar, por menos de um salário mínimo, pessoas sem alternativa de trabalho e sem consciência de seus direitos, hoje não é tão fácil encontrar quem aceite trabalhar nessas condições. Vale mais tentar a vida a partir da Bolsa-Família, que apesar de modesta, reduziu de 12% para 4,8% a faixa de população em estado de pobreza extrema. Será que o leitor paulistano tem ideia de quanto é preciso ser pobre, para sair dessa faixa por uma diferença de R$ 200? Quando o Estado começa a garantir alguns direitos mínimos à população, esta se politiza e passa a exigir que eles sejam cumpridos. Um amigo chamou esse efeito de "acumulação primitiva de democracia".

Mas parece que o voto dessa gente ainda desperta o argumento de que os brasileiros, como na inesquecível observação de Pelé, não estão preparados para votar. Nem todos, é claro. Depois do segundo turno de 2006, o sociólogo Hélio Jaguaribe escreveu que os 60% de brasileiros que votaram em Lula teriam levado em conta apenas seus próprios interesses, enquanto os outros 40% de supostos eleitores instruídos pensavam nos interesses do País. Jaguaribe só não explicou como foi possível que o Brasil, dirigido pela elite instruída que se preocupava com os interesses de todos, tenha chegado ao terceiro milênio contando com 60% de sua população tão inculta a ponto de seu voto ser desqualificado como pouco republicano.

Agora que os mais pobres conseguiram levantar a cabeça acima da linha da mendicância e da dependência das relações de favor que sempre caracterizaram as políticas locais pelo interior do País, dizem que votar em causa própria não vale. Quando, pela primeira vez, os sem-cidadania conquistaram direitos mínimos que desejam preservar pela via democrática, parte dos cidadãos que se consideram classe A vem a público desqualificar a seriedade de seus votos.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...