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quinta-feira, março 12, 2020

Cartas marcadas



Por Diógenes Brandão

Segundo informações do veterano jornalista Raimundo Castro, as agências de Propaganda Vanguarda e Gamma estão, desde janeiro passado, com a conta publicitária do Detran. 

O blog foi checar e confirmou que essaduas empresas vão dividir uma verba de 5 milhões de reais por ano, valor estabelecido pelo edital da primeira licitação feita no governo Helder Barbalho para escolha de suaagências de publicidade.  

O Diário Oficial do Estado informa que manhã, 12, será anunciado o resultado de outra licitação de publicidade do atual Governo, agora do Banpará. 

A bolsa de apostas aponta que Gamma, a preferida dos Barbalhos, e a Fax devem ser as escolhidas para administrarem a polpuda verba de 16 milhões de reais por ano, que antes era de 8 milhões e duplicou com o atual governador.  

O empresário Marcos pereira responde pela Gamma e Anselmo Gama pela Fax. 

Ambos só estão no aguardo do anúncio dos vencedores daquilo que deveria ser uma licitação com toda a lisura, transparência e igualdade entre os concorrentes e por parte do governo.  

Correndo por fora está a Vanguarda, do publicitário Francisco Cavalcante, mais conhecido como 'Chiquinho', que atualmente namora com a Secretária de Cultura do Estado, Ursula Vidal.  

Comenta-se que Chiquinho teria sido quem convenceu Ursula a desistir de concorrer ao governo do Estado, em 2018, em troca de um programa na Rádio Clube do Pará e ser nomeada secretária de Helder Barbalho, como de fato ocorreu.  

Chiquinho assumiu uma parte secundária da campanha de Helder Barbalho, que foi coordenada pelo publicitário baiano Ricardo Amado, que trouxe uma equipe de Salvador e ocupou por cerca de três meses, boa parte dos apartamentos do Hotel Hangar, na avenida Duque de Caxias.

Amanhã os vencedores serão anunciados, mas o blog adianta o possível resultado do certame.



sexta-feira, fevereiro 10, 2017

Belém recebe sinalização de todas as ruas, relógios e medidores de temperatura. Tudo sem custos para a prefeitura


A prefeitura de Belém vem implementando um projeto, que além de modernizar a cidade, ajuda turistas, motoristas e pedestres a se localizarem, saberem as horas e a temperatura pelas ruas de Belém. Iniciada na metade do ano passado, a iniciativa vem mudando a cara da capital paraense, com novas placas de identificação em todas as ruas da grande Belém e dos distritos de Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro.

O projeto traz a instalação de totens publicitários e relógios eletrônicos, deixando a cidade mais bonita, além de ajudar no turismo e melhorar a mobilidade de motoristas e pedestres que passam a se locomover com mais facilidade pelas ruas da capital paraense.


“Uma das coisas que mais empolga o cidadão de uma cidade como Belém é ele saber que a prefeitura não vai gastar nenhum centavo com o projeto e a manutenção que é garantida pelos nossos anunciantes, disse ao blog o representante comercial da MC mensagens, empresa responsável pelo projeto de Mobiliário Urbano, que além de Belém já foi implantado em outras capitais, como Fortaleza (CE), Aracajú (SE), Natal (RN), Teresina (PI) e São Luiz (MA).

O projeto é importante para Belém porque nunca teve algo parecido e vai padronizar a cidade trazendo nome das ruas, CEP e bairro. Elaboramos o processo de licitação e a Prefeitura de Belém não fará nenhum pagamento com o contratado. Pelo contrário, vamos receber R$ 105 mil para o Tesouro Municipal, por meio de outorga, a partir da contratação”, afirmou o Secretário de Urbanismo de Belém, Adnaldo Sousa de Oliveira.


A manutenção de todas as placas, totens publicitários e dos relógios eletrônicos é garantida pela empresa ao longo de 10 anos, podendo o contrato ser renovado por mais 10”, explicou o secretário.

sábado, janeiro 02, 2016

13 anos de PT e o grosso da publicidade do governo vai para os barões da mídia

Por Diógenes Brandão

Em dezembro de 2014, este blog reproduziu a postagem A desonestidade da mídia ao falar sobre blogs e publicidade estatal, de Pedro Muxfeldt, que esclareceu como a mídia se esforça com o ilusionismo para transformar água em vinho e bandidos em mocinhos. 

A matéria do jornal Folha de São Paulo que publicou um levantamento realizado no período de 13 anos (2000-2013), onde mostrou que o investimento em propaganda estatal feito pela União, teria aumentado cerca de 65%, totalizando 15,7 bilhões, sendo que só naquele ano, a soma chegou ao recorde de 1,48 bilhão. 

Não é difícil perceber que as empresas estatais que mais investiram em propaganda foram a Petrobras, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, com 86% do investimento total. Os anúncios destas empresas são facilmente encontrados em TVs, rádios, jornais, revistas e internet.

Para se ter ideia de como andam as coisas, a TV Liberal, empresa pertencente à família Maiorana, que controla rádios, jornais e uma emissora de TV no Pará, recebeu a soma de R$ 655.841,68,00, enquanto a revista VEJA que é de circulação nacional, obteve no mesmo período R$ 209.007,75, segundo dados divulgados pela SECOM (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), responsável pela comunicação do governo federal. 

Antes de 2014, o governo federal, nunca havia divulgado os valores gastos com a área de propaganda, mas uma ação ganha pelo jornalista e colunista do portal UOL, Fernando Rodrigues no STJ, garantiu a socialização das informações, mantidas em sigilo por todos os governos anteriores, sob o argumento de que prejudicava a negociação de preços, entre a SECOM e seus anunciantes. Fernando e a empresa onde trabalha (UOL) é óbvio, não gostam de concorrência.

O gráfico abaixo, publicado pelo jornal da poderosa família Frias, revela os principais investidores e seus respectivos beneficiados com as verbas destinadas no período de 13 anos, sendo que os 02 primeiros, foram os últimos anos do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).



Um dos poucos veículos da imprensa alternativa que recebe verba publicitária de órgãos do governo, o site Brasil 247, reagindo à provocação do jornal Folha de São Paulo, revelou que a maior parte do investimento em propaganda estatal continua concentrada nos velhos barões da mídia brasileira. 

Assim como a Folha, outros veículos de imprensa se mostram incomodados com a destinação de verbas publicitárias para quem não é do clã dos barões da mídia.

Voltando ao que Pedro Muxfeldt escreveu, um gráfico e um trecho de seu artigo fazem um importante esclarecimento dos fatos: 



Na imagem, ele apresenta a audiência do mês de dezembro das páginas, que por causa das festas de fim de ano costuma ser um período de baixa em qualquer portal da internet, e a compara com o ganho anual em publicidade que elas tiveram. A tática seria burra se não fosse canalha.

Se dividirmos por 12 a verba obtida pelas páginas, fica mais claro o quanto elas lucraram de verdade. A revista Fórum, por exemplo, recebeu, em média, R$ 4.800 por mês, quase nada para sustentar uma redação. Dono do maior ganho, o Brasil 247, teve cerca de R$ 90 mil por mês para tocar sua estrutura.

AS FALAS DA PÓLIS, que no (fraco) mês passado teve uma audiência de cerca de quase meio milhão de visitantes (Blog e Funpage), lembra que tanto Lula, quanto o ex-ministro das comunicações, Ricardo Berzoini chegaram a defender regulamentação da mídia em entrevista a blogueiros e que neste período de 13 anos, o número de empresas e veículos de comunicação que receberam verbas de publicidade da União, pulou de 4.398 em 2000 (governo FHC) para 10.817 (governo Dilma), ou seja, mais que o dobro.

No entanto, o governo petista mantém a concentração da maior fatia deste investimento, estratégico para o governo e o desenvolvimento do país, nas mãos de poucas famílias de grandes empresários. 

Isso precisa mudar!

quinta-feira, dezembro 31, 2015

Por um ano cheio de vitórias!



Um agência de comunicação digital que sabe como expressar a ansiedade pela campanha eleitoral, que já começa a partir de amanhã. 

Vem aí um ano de fortes emoções! Você já está preparado

quinta-feira, janeiro 08, 2015

Revista Veja não consegue se manter sem verba pública

Utilizada como instrumento de apoio ao PSDB e explicitamente contrária ao PT, a Veja não é uma revista de informação.

Na página do PCO.

Após a revista Veja ser transformada em panfleto eleitoral da chapa de Aécio Neves na campanha eleitoral de 2014, o governo de Dilma Rousseff decidiu cortar a verba de publicidade da Petrobras, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil da Editora Abril, responsável pela publicação no último mês de novembro. O corte chega a R$ 6,1 milhões por ano e já afeta a empresa que está em crise há anos.

A editora teve de entregar na última segunda-feira (5) metade da sua sede, um prédio na Marginal Pinheiros, para o Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, que é dona do empreendimento. Nem mesmo o busto do fundador da revista Veja, Victor Civita, que ficava na recepção foi tirado, pois a Abril se tornou minoritária.

A revista Veja ainda lucra todo ano com cerca de 5 mil assinaturas feitas pelo governo Alckmin para deixar nas escolas e publicidade de outras empresas estatais, como os Correios. Assim como a Veja, a maior parte do monopólio da imprensa se mantém por meio de verba estatal, seja propaganda das empresas, isenção e sonegação fiscal.

Devido à crise, a Editora Abril fechou algumas publicações, como a revista Info, que passou a ser apenas digital, transferiu cerca de 10 publicações para a Editora Caras e devolveu o canal MTV, que possuía concessão pública até 2013, para a Viacom. As duas principais publicações, Veja e Exame, também têm sofrido cortes de gastos.

O governo federal ainda repassa cerca de R$ 150 milhões por ano com publicidade em revistas, que representa menos de 10% dos gastos na área. Mais da metade do dinheiro gasto com propaganda pelo governo vai para os canais de televisão, onde a Rede Globo, que também faz oposição aberta ao governo, recebe a maior fatia.

De acordo com declarações da própria presidente Dilma Rousseff e do ministro indicado para a Comunicação, Ricardo Berzoini, há a pretensão de criar uma regulamentação econômica dos meios de comunicação, impedindo a já existente formação de monopólios. Para começar esta mudança, o mínimo que deveria ser feito é o fim dos repasses de verba pública para financiar esta imprensa monopolista.

segunda-feira, dezembro 01, 2014

Chico Cavalcante: Marketing político não faz milagre

Chico Cavalcante em sua sala na Vanguarda, durante uma conversa sobre Marketing na Internet.
"Quem é ateu e viu milagres como eu
Sabe que os deuses sem Deus
Não cessam de brotar, nem cansam de esperar
E o coração que é soberano e que é senhor
Não cabe na escravidão, não cabe no seu não
Não cabe em si de tanto sim
É pura dança e sexo e glória, e paira para além da história"
Trecho da canção "Milagres do Povo" de Caetano Veloso.


Chico Cavalcante, ou o Chiquinho da Vanguarda como é conhecido por muitos é uma das mentes mais brilhantes do Estado do Pará. Avalio que ele chegou longe por seu talento e inteligência, mas principalmente pela capacidade de escutar e não agir emocionalmente.

Por respeito ao seu trabalho e pessoalmente admirá-lo como ser humano, trago a entrevista publicada na edição dominical do jornal Diário do Pará, mas antes gostaria de dizer que acho lamentável, que o profissional Francisco Cavalcante não dê à internet a devida atenção que ela merece e chamo a atenção para a parte da entrevista, onde ele diz que a comunicação da campanha do senador Paulo Rocha foi perfeita.

Quem monitorou e observou o desenvolvimento do site e a administração das redes sociais do candidato, sabe do que estou falando. No entanto, isso é apenas um detalhe numa campanha vitoriosa e cheia de estórias para contar e o Chiquinho conta um pedaço dela.

No mais, senti falta do reconhecimento da inigualável força e empenho da militância do PT e dos partidos coligados na defesa do legado da esquerda, representados na candidatura de Paulo Rocha, que de certa forma canalizou um sentimento de injustiça, tal como outras injustiças existentes no Estado do Pará, mas isso é pauta para outra postagem.

Os desafios de fazer marketing político no Pará.

No Diário do Pará.

Conhecido por expressar opiniões sem meias palavras, titular de uma agência de marketing político e outra de marketing comercial, autor de seis livros, o jornalista e publicitário Chico Cavalcante conduziu campanhas para o PT paraense de 1994 a 2006, colecionando vitórias. Depois de um breve hiato nos pleitos de 2010 e 2012 quando não trabalhou para a legenda, Cavalcante retornou a convite de Paulo Rocha e comandou sua a exitosa campanha ao senado.


P: A vitória de Paulo Rocha foi fácil como dizem?

R: Quem acredita nisso não entende nada da mecânica complexa de uma eleição para o senado ou para o governo. Não existe vitória eleitoral fácil. Ganhamos porque somamos mais acertos do que erros. Eu diria que sou perseguido por um tipo de opinião desqualificada, que sempre diz que as nossas vitórias foram fruto do acaso. Eu estive a frente de eleições vitoriosas em 1996, 2000, 2004, 2006, 2008, 2010 e 2012. Paulo Rocha venceu porque acumulou mais acertos, desde a engenharia política estruturante até uma comunicação melhor que a dos demais. O que pode, para um leigo, parecer uma eleição fácil, uma jogada de sorte, foi a mais difícil das disputas eleitorais enfrentadas por Paulo Rocha. Entramos nesta campanha sem dinheiro e enfrentando outros cinco obstáculos dificílimos. Primeiro, a alta rejeição de Paulo Rocha, desencadeada pelos violentos ataques que sofreu quando foi arrolado no chamado “mensalão”. Paulo Rocha, um homem honrado, foi acusado pela imprensa, condenado pela opinião pública, mas inocentado pelo Supremo Tribunal Federal.

No entanto, sua inocência não teve nem 3% do espaço na mídia que foi ocupado pelos ataques que abalaram sua imagem. Essa conta desequilibrada gerou um alto resíduo de rejeição, que era o nosso primeiro e maior obstáculo a enfrentar para angariar votos suficientes numa disputa de uma única vaga ao Senado. O segundo obstáculo foi o revés jurídico, quando Paulo Rocha teve seu registro eleitoral recusado pelo Tribunal Regional Eleitoral. Passamos a eleição inteira à sombra dessa espada, à espera de uma decisão do TSE que só chegou no momento final da campanha de rádio e TV.

O terceiro obstáculo foi suplantar o corredor polonês formado por cinco candidatos com estrutura cara e apoio aberto da máquina estadual, um deles detentor do mandato e disputando com grande agressividade sua reeleição. O quarto obstáculo era a campanha suja empreendida pelos adversários. A propaganda difamatória, aquela feita com base na mentira, se fortaleceu imensamente neste pleito. Eu diria mesmo que ela se profissionalizou. Vídeos apócrifos, mensagens de texto difamatórias e falas agressivas no rádio e na TV buscavam associar Paulo Rocha a práticas antiéticas que jamais fizeram parte de sua conduta. O quinto obstáculo era o desconhecimento brutal que as pessoas tinham acerca da atuação parlamentar de Paulo Rocha e do valor de sua atuação para resolver problemas concretos da população do Pará. Ninguém sabia, por exemplo, que sem a iniciativa de Paulo Rocha, a prefeitura de Belém não teria tido condições de construir um segundo Pronto Socorro, que é o do Guamá, construído e inaugurado graças aos recursos obtidos por emendas de Paulo Rocha. 

P: Se o governador não tivesse lançado cinco candidatos ao senado, Paulo Rocha teria o mesmo desempenho.?

R: Lula disse algo muito sagaz em um dos comícios da campanha em Belém. Ele disse que o adversário precisou juntar cinco candidatos para enfrentar Paulo Rocha e que isso era sinal de força do candidato do PT. Ao fazer essa afirmação, Lula expressou na verdade a envergadura da tarefa que estava diante de Paulo Rocha: enfrentar um bloco de adversários com muito poder de fogo, agrupados em volta da máquina cuja mecânica os tucanos conhecem como poucos. Se Paulo perdesse, teria perdido para tudo isso; Lula deu a senha desse discurso. Ocorre que a estratégia do adversário era, de fato, uma ação de autodefesa. Jatene precisava de uma rede de proteção e usou os seus candidatos ao senado como escudo humano.

Então o esquema dos cinco candidatos ao senado era vital para ele criar um cinturão de força. Essa decisão foi o que deu o arranque para que Jatene iniciasse o processo de recuperação, que foi lenta e paulatina. Os senadores do governador não eram meros elementos ornamentais, eles tinham um papel estratégico, basilar, e pretendiam disputar entre si a vaga do Senado, já que tinham Paulo Rocha como previamente fora de combate. Um tucano me disse “cara, não tem como ressuscitar o Paulo Rocha; vocês vão fracassar, seja no voto, seja nos Tribunais”. A estrutura de campanha desses candidatos era milionária, intimidadora, e a máquina operou por eles com grande perícia. Estratégia política correta, comunicação impecável e o apoio fraterno de Helder e de sua estrutura, foram os elementos decisivos para começar o processo de escalada de votos que culminou com a vitória acachapante de Paulo Rocha. Ninguém tropeça nessa montanha de votos. Para conquistá-los é preciso acertar muito.

P: Em 2010, Paulo Rocha perdeu. Agora, sem tudo isso, ele venceu. Que papel a propaganda ou o marketing tiveram nessa eleição?

R: Marketing político não faz milagre. Sozinho, não ganha eleição. Quem diz o contrário é marqueteiro desonesto. O que ganha eleição é a combinação efetiva de cinco elementos: planejamento, estratégia, engenharia política, marketing e propaganda, organizados e dirigidos em torno de um candidato viável e de um processo de mobilização continuado.

É esse conjunto que pode encontrar o caminho do eleitor e combater os movimentos ofensivos dos adversários. . O marketing é um elemento importante, mas é um elemento condicionado. Do mesmo modo que as pessoas superestimam o papel do marketing e subestimam o papel da política em uma eleição, elas confundem propaganda e marketing. São categorias distintas. Marketing é estratégico; é a arte de planejar o antes, o durante e o depois da propaganda no rádio e na TV. O marketing tem a ver com o “todo”. Propaganda é um instrumento tático, tem a ver com a forma que será usada para posicionar o candidato e estimular o eleitor a nos entregar o seu voto; se expressa em diferentes meios, desde as ações de rua, web, até o horário eleitoral gratuito. Como parte de qualquer boa estratégia, o marketing que desenvolvemos para o Paulo exigiu a definição de objetivos, priorização de ações e escolha de indicadores de sucesso. 

P: Você trabalhou para o PT em campanhas exitosas, mas em 2010 e 2012 esteve fora. O que o levou a retornar justamente em uma campanha que você considerava difícil?

R: Não escolho a campanha pela facilidade ou dificuldade, mas pela identidade que tenho com o candidato. Paulo Rocha me chamou e eu aceitei. Não apenas porque temos identidade, mas porque Paulo confiou no marketing político que praticamos e que extravasa o campo da forma e se infiltra na estratégia política. Fazemos marketing sistêmico. Ouvindo os dirigentes políticos, organizamos a estratégia de modo a tornar persuasivo o discurso político respeitando a autoridade do comando. Eu não crio a diretriz política, mas posso me imiscuir a ela, interpretando-a, expressando-a, dando-lhe forma persuasiva. Paulo nos pediu isso, para traduzirmos a política para a linguagem do marketing.

Isso é Political Branding, ou “Inteligência Política”, como prefiro chamar, que está um passo além do que no Brasil se chama marketing político, que se confunde muito com propaganda eleitoral. Por exemplo, Paulo Rocha aparecia em nossos levantamentos como alguém sisudo, mal humorado. Isso é tudo o que ele não é. Paulo é um ser humano afável; um dos políticos mais dispostos a ouvir com quem já tive o prazer de trabalhar. Ele é agregador e evita o confronto. Mas não importa. As pessoas viam de outro modo e era preciso traçar um plano para resolver isso. Mostramos o Paulo Rocha humano, ante-sala do Paulo Rocha político, realizador, comprometido. E isso diminuiu a rejeição a ele de modo paulatino. Ou seja, transformamos a verdade em instrumento de reconstrução de imagem. A verdade é eficiente.

P: E quando a mentira é eficiente?

R: A mentira é eficiente especialmente quando desencadeia o medo. A propaganda de guerra está cheia de exemplos disso. Mas a mentira só funciona efetivamente quando ganha semelhança espectral com a verdade, quando ela encontra pontos de apoio no imaginário e se torna tão parecida com a verdade que passa a ser vista como tal. 

Há muitos exemplos, como aquele momento em se propagou que, se Lula fosse eleito presidente, quem tivesse duas casas teria que entregar uma delas aos sem-teto. Essa mentira, hoje vista como absurda, funcionou naquele momento, gerando medo na classe média. Na campanha ao senado aqui, os adversários de Paulo Rocha distribuíram via web e via whatsapp um link cuja manchete dizia que nosso candidato havia tido seu registro cassado pelo TSE. Ao seguir esse link, você era conduzido a uma página de um dos maiores sites de notícias do país, mas não encontrava a matéria ali. Não importa. Estava criada a verossimilhança.

A informação que ficava para o eleitor era de que Paulo Rocha havia tido sua candidatura cassada em última instância e que em algum momento essa matéria havia sido publicada naquele site de prestígio. Era mentira, mas criar um link e associá-lo a uma prestigiada página de notícias dava a essa mentira ares de verdade. Teríamos obtido uma votação ainda maior, se não tivéssemos sido alvo desse tipo de investida a eleição inteira. O outro exemplo que aconteceu aqui foi a propagação vertiginosa, em Belém e em toda a região metropolitana, do boato de que Helder, uma vez eleito, iria “dividir o Pará”. Ora, qualquer pessoa um pouco mais informada sabe que um governador – não Helder apenas, mas qualquer governador – não tem o poder de dividir um estado, não apenas o Pará, mas qualquer estado. Seria inconstitucional, mesmo porque ao tomar posse, o governador jura defender a integridade territorial do estado. 

P: Muito tem se falado das pesquisas. Há uma discussão no Congresso para proibir suas divulgações, para evitar, segundo o autor do projeto, o “fator indutor” que teriam. Como foi o uso de pesquisas eleitorais na campanha de Paulo Rocha?

R: Usamos mais pesquisa antes da campanha, para planejamento, do que durante, porque campanhas de baixo custo não têm dinheiro para investir pesado em pesquisas, que são sempre caras. Claro que são instrumentos importantes, mas penso que estão sendo superestimadas especialmente porque ganharam uma aura de novidade que não têm.

O cálculo de probabilidade, em que se baseiam as pesquisas eleitorais modernas, remonta a 1693, quando John Graunt examinou os registros paroquiais de batismo, casamentos e falecimentos em Londres e lançou seu método de tabelas e, com ele, as bases do que chamou de “uma nova racionalidade baseada nos números”. Ou seja, não há novidade alguma nas pesquisas ou em suas metodologias. O problema das pesquisas eleitorais não é fazê-las; se temos recursos, devem ser feitas. O problema é torná-las oráculos, achar que elas são espécies de escrituras sagradas que não podem ser contrariadas ou seremos punidos.


sexta-feira, novembro 15, 2013

Terruá Pará promove apologia ao PSDB

Palco do Terruá Pará em SP faz do evento uma apologia ao tucanato.


Na foto: Manoel Cordeiro e seu filho Felipe Cordeiro.
Evento: Terruá Pará
Local: Teatro das Artes, no shopping Eldorado - São Paulo.
Custo: 311 mil reais só para o pagamento de cachês. 
Forma de desembolso: sem licitação.
Governador: Simão Jatene.
Partido: PSDB.
Foto de Sidney Oliveira.




quarta-feira, abril 10, 2013

Petista pede explicações ao governo sobre distribuição de publicidade

 
O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) protocolou no gabinete da liderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara, nesta quarta-feira 10, um requerimento com pedido de explicações para a ministra Helena Chagas (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) sobre os critérios utilizados pelo governo para o direcionamento de verba publicitária aos veículos de comunicação.

Este foi mais um episódio da queda-de-braço entre setores do próprio partido e do governo federal no debate sobre o tema. Parte da crítica se deve à paralisia do governo em propor um marco regulatório para a mídia, projeto que, entre outros pontos, visa a diminuir a concentração de veículos nas mãos das mesmas empresas. Em outra ponta, o partido demonstra incômodo com o critério de distribuição de publicidade oficial entre as empresas jornalísticas. No governo Dilma Rousseff, empresas que já dominam o mercado, como as Organizações Globo, têm ampliado a fatia sobre esses recursos.

No documento, Pimenta solicita a realização de um seminário, em data a ser definida, sobre democratização dos meios de comunicação no Brasil. Pede que, além da ministra Helena Chagas, também sejam convidados blogueiros, representantes das rádios comunitárias e das mídias regionais.

“Quero levar para dentro da bancada do PT este debate. Já estamos há mais de 10 anos com governos populares neste País, mas em praticamente nada se alterou a concentração das verbas publicitárias do governo federal para os grandes meios de comunicação, em detrimento de uma política de afirmação de uma mídia regional e de formas alternativas de informação”, criticou Pimenta.

Outra discussão que o deputado tem levantado é o processo de judicialização, segundo ele orquestrado pelos grandes grupos de comunicação, para asfixiar e calar pelo bolso os jornalistas de mídias alternativas. Ele citou o processo movido contra o site Viomundo, editado pelo jornalista Luiz Carlos Azenha, condenado a pagar 30 mil reais por críticas publicadas contra o diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel.

Leia abaixo a íntegra do pedido:

sábado, dezembro 10, 2011

Um grito reprimido: "Belém, Olhaí por nós"

Este blog passou por todo esse processo da campanha do plebiscito sobre a divisão do Estado do Pará, estudando os argumentos de todos os lados, tantos dos que defendem a criação do Carajás sem o Tapajós, quanto o inverso e aqueles que dizem sim sim e não não pra criação dos dois novos Estados. 

Confesso que foi uma trairagem só, o que rolou nos bastidores dessa campanha. 

Falam em feridas que ficarão abertas, mas eu acho que o termo mais adequado seria, valas abertas. 

Como todos esperavam, o Governador Simão Jatene, figurinha repetida aqui do blog, foi jogado no meio da arena aos leões, não aqueles que habitam a desprezada sede do Clube do Remo, mas aqueles que esperavam que o tucano que chegou a manifestar neutralidade, a mantivesse. 

Jatene foi corajoso, pior foram seus covardes corregionários, como os Senadores Flexa Ribeiro e Mário Couto, ambos de seu partido, que mantiveram-se insentos como se não estivesse nem aí pro duro processo que o debate apresentou nos últimos meses.

De lá prá cá, percebemos a voracidade do marketing de guerrilha, do marketing papa-chibé, da força do clichê, dos termos que impregnaram o imaginário popular com uma forte carga de preconceito como "Forasteiros Separatistas", " O Pará unido na miséria" e tantos outros.

Mas ontem, diferente de tudo que já tinha visto, tive a chance de testemunhar um ato ecumênico em prol do sim pela divisão do Pará diferente de qualquer ação de campanha como carreatas, carro-som, panfletagens, pessoas balançando bandeiras, não. O que vi foi pessoas simples, pastores, padres e populares rezando com o apelo: "Belém, Olhaí por nós".

Padres, Pastores e alguns populares rezaram na praça de São Brás.
A manifestação destes paraenses revelou-me alguns dados interessantes, como saber que desde 1849 há o estudo sobre o reodernamento territorial e político do Brasil, onde o Pará aparece como objeto de três subdivisões, sem mencionar o Tapajós.

A pesquisa é do  historiador Francisco Aldolfo e como já se passaram 162 anos, fiquei mais indignado por eu ser de Belém, a capital do Pará e ouvir durante toda essa campanha do plebiscito, incitações xenófobas, incentivando o ódio entre os paraenses que aqui nasceram contra os que vieram morar ou nasceram aqui de relações entre brasileiros que adotaram como lugar pra viver.

Além de irresponsáveis, os criadores do termo "forasteiros" que foi usado à exaustão nas redes sociais, principalmente, são verdadeiros criminosos à serem julgado caso haja o Estado de Direito nessa terra. Não podemos admitir que se faça desse processo democrático de consulta que é o plebiscito uma arena grega onde os que não servem ao reino sejam triturados por leões sob os aplausos e gritos de uma platéia sanguinolenta que tem o pão e circo como alimentos de sua ignorância.

Amanhã, não termina nem se inicia nada. Mesmo que o Pará continue do mesmo jeito no mapa, é notório o ressentimento do povo das duas regiões que lutaram por sua emancipação e podem ver seu sonho massacrado pela vontade orientada dos dois maiores veiculos de comunicação do Pará: As Organizações Rômulo Maiorana (Jornal, TV e rádio Liberal) e a RBA (Rede Brasil Amazônia) de Jader Barbalho e cia.

Sabe-se que com a Divisão muita coisa além para além do recorte no Atlas mudaria. Por exemplo: As concessões públicas de Rádio e TV nas novas regiões passariam por um novo processo junto ao Ministério das Comunicação, que abriria edital para determinar quem "venceria" e teria a autorga para operar comerciamente através das ondas eletromagnéticas e não é à toa que isso assusta qualquer dono de veiculos de comunicação, principalmente quem teve que $uar a cami$a para obte-las, não é verdade?

Como essa análise praticamente ignorada nos meios acadêmicos e político-partidários, espero poder continuar avaliando os efeitos que esse processo nos trouxe enquanto paraenses, sem esquecer de quem é amanhã, o Dia "D" mas os demais dias serão tao decisivos quanto ele, para que tenhamos resgatado o sentimento de pertencimento e de povo unido, pois isso de fato foi pro espaço e independente de quem ganhe ou perca, o Pará já está despedaçado.

sábado, novembro 19, 2011

O perigoso baixo nível do plebiscito da divisão do Pará

Campanhas do plebíscito sobre a divisão do Pará se acirram

Por Henrique Branco*

Venho afirmando que sou contra a divisão do Pará e favorável ao plebiscito que está ocorrendo. Minha posição favorável ao processo de consulta popular é pelo efeito dialético proporcionado pelo debate. Pela primeira vez na história republicana do Pará, teremos a oportunidade de conhecer a fundo, debater os desafios, propor saídas as dificuldades do Estado e buscar mecanismos institucionais de desenvolvimento regional.

O plebiscito independente do lado mostra pontos chaves na discussão da divisão. Primeiro ponto em comum entre as duas propostas é a centralidade da gestão do Estado. Sabe-se que se faz necessário uma reforma ou que chamo de novo arranjo institucional que promova o desenvolvimento através de ações (políticas públicas) de forma mais igualitária, menos concentrada.

Outro ponto em comum é que precisa ser debatido entre os lados é a desoneração da nossa pauta de exportação. A Lei Kandir já nos tirou mais de 20 bilhões de reais, recurso que faria grande diferença se bem investido no Pará. Na mesma linha de raciocínio se faz necessário debater a questão do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre a produção de energia elétrica, que também nos tira grande volume de recursos. Outro ponto seria debater um novo modelo de desenvolvimento para o estado, para a Amazônia.

Infelizmente o plebiscito não está servindo para o seu objetivo maior: debater o Pará. As incursões do horário eleitoral diário para as frentes do plebiscito estão servindo para aumentar o tom das provocações, das insinuações, das provocações. O SIM, por exemplo, de forma infeliz, vincularam imagens dos habitantes do Pará levando tapas na cara, em referência as mazelas existentes no estado. Serviram muito mais para incitar a violência e revolta do outro lado, os que defendem o NÃO.

Por outro lado, os que defendem a integridade territorial do Pará utilizam formas de propaganda muito mais pela emoção, sem maiores embasamentos técnicos. Com justificativas evasivas e sem efeito reverso de mudança na população.

Parece que temos um NÃO que não reconhece os problemas e um SIM que promete o céu após a divisão. Infelizmente os caminhos que estão seguindo as frentes são perigosos e sem o necessário e esperado bom debate de idéias, de propostas. Parece um “cabo de guerra” puxado para cada lado. Vence que tem mais força. O Pará é maior do que isso.

*Henrique Branco é professor de Geografia e autor do Blog Reflexões e Provocações.

terça-feira, agosto 02, 2011

Terruá Pará: Tradicional x Indústria Cultural

Robson é cidadão paraense, negro, oriundo de família de trabalhadores que desde cedo lutou muito para hoje conseguir pagar seus impostos. Cursou nivel superior e fez pós-graduação em gestão pública e durante a tarde de ontem travou um debate caloroso com o idealizador do Terruá Pará , hoje Secretário de Comunicação do Governo Jatene, Sr. Ney Messias, responsável de administrar R$ 3 milhões de reais para a realização do evento que teve 02 noites de show em São Paulo, 03 em Belém e promete-se mais 01 em Marabá e Santarém.

Lembro que já se manifestou sobre o evento nas postagens e redes sociais, o que gerou uma quebra da quase hegemônica opinião de que o evento foi o máximo dos máximos e estava à cima de qualquer crítica.

Leia-os e entenda, porque.


Terruá Pará: Quando a esmola é grande...


Segue a abaixo trechos de suas falas e réplicas do secretário e logo em seguida um excelente artigo enviado ao blog por email.









O abandono da explosão tribal, e o verdadeiro Terruá Pará.

Por Robson Marques*

 
Uma sociedade pode ser avaliada conforme a importância que dá a sua cultura, suas formas de arte, suas manifestações populares e seu valor no patrimônio histórico. A cultura identifica toda uma sociedade, as suas crenças, seus comportamentos, seus valores e suas regras morais.


Para que uma cultura exista e se desenvolva, os governantes devem estabelecer uma série de medidas políticas para manter sua sobrevivência e sustentabilidade, estas políticas necessitam estar ligadas a princípios que envolvam as prioridades do governo.


O Pará é o resultado de uma mistura de ritmos e de raças, produto de sua historia e geografia, convivendo harmoniosamente. O jeito de ser paraense chama a atenção, seja na forma de falar, de cantar, de dançar ou de vestir. Apesar das influências do resto do país, o paraense mantém, com fervor, o gosto pelas coisas da terra.
Nos dias 24 e 25 de junho em São Paulo no Ibirapuera ocorreu uma festa da música paraense, com apresentação também em Belém nos dias 26, 27 e 28 de julho, show realizado pelo Governo do Estado, através da Rede Cultura de Comunicação, o Terruá Pará que mostrou a rica diversidade musical do Pará.

Um show como este, com os maiores e mais importantes nomes da música paraense, por si só já é um sucesso de público tanto aqui na terra tupiniquim, como em São Paulo, com os paulistas ansioso em conhecer a cultura do Norte, assim como dos paraenses em matar saudades de sua terra natal.

O Terruá Pará em sua 2ª edição foi sucesso de publico e de orçamento, conforme consta na agenda mínima do Governo Jatene, foi orçado em R$ 3 milhões, o que representa quase 20% dos R$ 16 milhões previstos no orçamento do Estado para manifestações culturais nos quatro anos do governo.

No final de semana seguinte a realização do Terruá Pará em Belém, foi realizado na Arena do Tribódromo em Juruti o 16º Festival das Tribos, criado em 1986 com o desejo de preservar as tradições histórico-culturais do município, vem sendo o maior evento do gênero em todo o Oeste do Pará, e que desde 2008 é Patrimônio Cultural do Pará, tem como grande atração o encontro de duas "tribos" _ Muirapinima e Mundurukus.

Pois bem, aqui revelo minha indignação, esta festa ocorrida no Pará, sucesso de público, patrimônio cultural, com tradição, como é o Festival das Tribos em Juruti não contou com nenhum centavo do Governo do Estado na sua realização. O “Festribal“ como é conhecido, contou apenas com o apoio da Prefeitura de Juruti, que repassou 350 mil reais para cada uma das tribos, e da mineradora Alcoa, que repassou a verba de 60 mil reais para cada grupo, ou seja, cada grupo contou com 410 mil reais para realizar uma festa que é reconhecida como Patrimônio Cultural do Pará, pouco mais de 10% do que foi o orçamento do Terruá Pará.

Ora aqui reside uma das minhas grandes falhas de compreensão. Se temos orçamento de 3 milhões de reais para realizar a 2ª edição do Terruá Pará o que faltou ao Governo Jatene para ter orçamento de apoio a esse grandioso Festival em Juruti? Falta de planejamento? Prioridade no Terruá Pará? Ou desconhecimento da importância do Festribal?


O Secretário de Comunicação Ney Messias, reconhecendo a falha do Governo declarou na rede social Twitter que ‘’não existe governo que seja UNO. Uns andam mais rápido que outros”, permita-me Secretário, aqui neste caso quem andou mais rápido foi apenas o Terruá Pará,  que foi organizado, financiado e executado em 6 meses pelo governo do Estado, e o Festribal em Juruti andou lento, já que também o Secretário Ney Messias disse que somente na semana seguinte a realização do Festival das Tribos que o Presidente da Fundação Cultural Tancredo Neves, Nilson Chaves iria reunir com o Prefeito de Juruti, lento demais.


Concordo quando o Secretário Ney Messias diz no Twitter “que não é uma coisa ou outra. tem de ser uma coisa e outra”, ou seja, o é inegável o sucesso do Terruá Pará organizado, financiado e executado pelo Governo do Estado, aliais nunca me coloquei contra a sua realização, o que questionei foi a necessidade de tanto recurso, no entanto na “outra coisa”, o Festribal em Juruti, a única participação do Governo do Estado foi a produção de um documentário sobre o Festribal.


Talvez por estar extremamente ocupado com a organização, financiamento e realização do Terruá Pará, o Secretário não saiba que existe um documentário sobre o Festival Folclóricos das Tribos em Juruti, o filme “Uma história de amor à cultura”, que esse ano participa em setembro do Festival Art&Tur, na cidade de Barcelos, em Portugal concorrendo ao prêmio máximo Galo de Ouro na categoria Patrimônio Cultural. Também deve desconhecer que as tribos folclóricas de Juruti – Mundurukus e Muirapinima – estarão presente na festa de encerramento do Festival Art&Tur.


O Festribal de Juruti esse ano já terminou, com o tema “Pajelança”, a tribo Mundurukus foi a campeã do Festribal, a cidade atraiu cerca de 30 mil pessoas para o Tribódromo.


Espero que em um Estado onde os verdadeiros agentes culturais, não estatais, vivem à míngua com uns parcos apoios financeiros (os que recebem), que o verdadeiro significado da palavra Terruá (que vem do francês terroir) que traduz o que há de especial e único em uma região, seja contaminado pela pajelança do tribo vencedor e faça com que os ilusionistas percebam que além da sua arte cénica de entreter e sugestionar uma audiência criando ilusões que confundem e surpreendem, geralmente por darem a impressão de que algo impossível aconteceu, enxerguem que além do horizonte existe uma riqueza Cultural no Estado do Pará, e que algo impossível verdadeiramente aconteceu, com um povo que tem em sua cultura, suas formas de arte, suas manifestações populares e seu valor no patrimônio histórico, em Juruti, foi realizado um Terruá com 410 mil reais, 30 mil pessoas de público, comercio aquecido e sem nenhuma ajuda financeira do Governo do Estado.


*Robson Marques é militante social, Administrador, Mestrando em Gestão e Desenvolvimento Regional e Acadêmico de Direito. Atendo no twitter por @robsonmarques65 



quinta-feira, julho 28, 2011

A família Paraense unida

Arte do publicitário Glauco Alexander Lima, para a campanha pelo Pará unido.



Filho d´úma égua, cagão





As cervejas continuam sofrendo com o Conar este ano. Foi proibida a exibição do comercial de TV Nova Schin – Festa Junina.


A propaganda, exibida no mês passado, foi considerada inapropriada por conter expressões como “cagão” e “filho d’uma égua”. A Nova Schin ainda pode recorrer da decisão.

Por Lauro Jardim na Veja.

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terça-feira, junho 28, 2011

Divisão do Estado: No dos outros é refresco!


 
No último fim de semana, o jornal "O Estado de S.Paulo" revelou que o publicitário Duda Mendonça será o responsável por criar a campanha em favor da separação do Estado do Pará em três.

Dono de fazendas no Estado, Duda seria, ainda, um entusiasta da ideia.

Para o marqueteiro, o Pará não deve ter as qualidades transcedentais de sua Bahia natal.

Afinal, foi Duda o responsável por criar um famoso vídeo acima em que Maria Bethania, sentada num banquinho e com uma trilha incidental de "Na Baixa do Sapateiro", de Ary Barroso, declamar um texto em que dizia que dividir a Bahia seria separar "Castro de Alves", "Ruy de Barbosa", "Mãe Menininha do Gantois" e por aí vai.

A ideia de fazer um plebiscito pela divisão da Bahia surgiu em 1982, e foi abortada de pronto _muito graças à comoção criada pelo vídeo de Duda.

Em seu livro "Casos & Coisas", Duda narrava em tons épicos a campanha, a forma como escreveu o texto de bate-pronto e como Bethania também se vestiu das cores da Bahia para declamar o texto.

Resta saber quem será a musa do separatismo paraense. Tem que ver isso aí, Fafá de Belém.

quinta-feira, junho 09, 2011

Eduardo e Mônica - O filme

Vi ano passado num telejornal de Brasília que uma produtura local iria iniciar as gravações do Filme "Faroste Caboclo" que até hoje ainda não saiu, mas pra compensar, a música ‘Eduardo e Mônica’, da Legião Urbana, aquela mesma que embalou a juventude de milhares de brasileiros, virou vídeo publicitário e foi pro topo dos Trending Topics de ontem, em poucas horas depois de cair na rede.

No momento que escrevo já são quase um milhão e meio de visualizações do clip postado no youtube e em diversas outras mídias sociais, blogs, sites, etc.

Encomendado pela Vivo, o vídeo publicitário ficou um luxo e foi feito em parceria com a produtora 02 Filmes, do diretor Fernando Meirelles, que mandou muito bem na sacada que eu adoraria ter tido para encenar a história de amor do casal mais romântico do rock brasileiro.

terça-feira, junho 07, 2011

Desejo Impossível

Em O Liberal. Ney Messias Jr ironiza a crítica de Chico Cavalcante sobre o processo que escolheu as agências de propaganda do governo do Estado. Mas o que queria o Chiquinho, né?

segunda-feira, abril 04, 2011

Belo Monte: A propaganda da mixaria.


 
O anúncio pago do Consórcio "Norte Energia" que construírá o complexo da Usina de Belo Monte está estampado noss jornais locais de hoje, fazendo publicidade pela entrega de um ônibus, uma caminhonete algumas motos e outros equipamentos de segurança para a prefeitura de Altamira (PA).
Os presentes na verdade fazem parte do cumprimento das condicionantes da Licença Prévia de Belo Monte, impostos pelo Ibama.
Precisamos no entanto, dizer que falta construir escolas, postos de saúde e toda a infra-estrutura para receber operários e todos os profissioanais que irão construir mais uma grande obra no coração da amazônia.
Além disso, os impactos ambientais e sociais precisam de uma acelerada, haja vista o grande fluxo migratório que a obra começa a gerar para a região e assim não ocorra o que históricamente vem resultando com os grandes projetos amazônicos: Impactos ambientais irreversíveis e ausência de qualidade de vida para a população nativa.
Diante destes desafios, o maquinário entregue é sim uma mixaria.

domingo, março 20, 2011

Quem é o sarnento?

Perereca da Vizinha é o blog da Jornalista Ana Célia Pinheiro e nele a ex-colaboradora de Orly, marqueteiro mor de Almir e Jatene.

Nele, Ana, assim como Jarbas Vasconcelos, sempre fizeram o maior auê com os deslizes do governo de sua xará  - Ana Júlia - manda um duro recado ao publicitário e chama um "jornalista sujo" de cachorro, insinuando que sofre algum tipo de retaliação, talvez pelo fato de ter sido implacável com suas investigações jornalísticas que vem colocando o governo Jatene em xeque.

Abaixo a postagem:

 

Aviso ao Orly Bezerra


Em junho do ano passado, quando estavas com medo que o Jatene perdesse a eleição, vieste chorar no meu ombro e pedir ajuda.

Mesmo sabendo como seria tratada pelos puxa-sacos que te cercam, resolvi te ajudar.

Não foi a primeira vez, não é Orly?

Aliás, por duas vezes até te safei o pescoço – e nós dois sabemos disso muitíssimo bem...

Por gostar de ti, resolvi te dar este ÚLTIMO aviso: segura o teu totó.

Não vou mais avisar. Vou começar a PUBLICAR.

E sabes que eu provo, não é Orly?

Resolvi te dar este aviso publicamente, para que depois não venhas te fazer de vítima – papel que, aliás, muito aprecias...

Até as pedras de Belém sabem a quem serve esse vira-lata.

Por isso, não podes alegar, candidamente, que ignoras o que ele anda a fazer.

Aviso de amiga: segura o teu sarnento.

Não me obrigues a ar-re-pi-ar.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...