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sexta-feira, maio 27, 2016

A demorada e necessária autocrítica do PT

O PT, mesmo golpeado e desmoralizado, ainda tem mais militância do que qualquer outro partido brasileiro.

Por Diógenes Brandão

Com um artigo que vai direto ao ponto, sem muitos rodeios, Saturnino Braga enumera as conquistas dos governos do PT e destaca sua importância para a construção de uma nação que estava entregue aos interesses do capital exterior e de uma burguesia nacional avessa ao desenvolvimento social pleno, que por sua vez clamava por governos que aplicavam uma política econômica fundamentada no neoliberalismo e na diminuição do Estado, trazendo arrocho salarial, desemprego e especulação financeira, o que quebrou o Brasil três vezes, quando FHC foi aumentar a dívida que o país tinha com o FMI. Lula assumiu e o pacto de governança custou caro, mas deu para fazer muita coisa avançar em relação à áreas sociais.

No entanto, os erros que os dirigentes e mandatários do PT insistem em não avaliar com sua militância e emitir sinais de autocrítica para a sociedade, levaram o petista que redigiu o texto abaixo, a insistir sobre a necessidade do partido se rever por dentro, antes que seja tarde de mais e sua militância incomparável, dê adeus aos sonhos nutridos nestes 36 anos de existência.

Saturnino é reconhecidamente um homem coerente e crítico por natureza, mas honesto e com a moral necessária para ajudar a encontrar saídas para o PT se reconstruir, o que pode ser constatado neste vídeo publicado pela GloboNews.


Fique agora com o novo artigo de Saturnino Braga, publicado no editorial da Carta Maior.


Eis o momento para o PT fazer sua autocrítica

Jamais perderá o crédito dos importantes avanços que deu à Nação Brasileira nos seus treze anos de governo: a redistribuição de renda, a valorização dos salários, como nunca antes, a multiplicação das universidades no interior, e das escolas técnicas, e a nova articulação no campo internacional, a adesão aos BRICS e a união sulamericana, que deu ao Brasil uma presença com destaque que nunca teve antes. Ademais, deu completa liberdade à polícia e à Justiça para combaterem a corrupção, desbaratarem quadrilhas, envolvendo importantes líderes políticos e empresariais, sem nenhum cerceamento ou engavetamento, como antes frequentemente se fazia. Eram seus compromissos fundamentais.

Registrados os êxitos, cumpre inventariar os erros. Houve alguns de natureza econômica, como uma desatenção em relação à prioridade do desenvolvimento industrial, uma exacerbação no incentivo ao consumo e na ampliação do crédito em direção a um endividamento excessivo das famílias, e ainda uma fixação grave na supervalorização do real ensejada pela boa onda de exportação de commodities. Erros importantes, sim; entretanto não tão graves quanto os erros políticos, que acabaram propiciando o golpe e o risco enorme de um desmanche bruto nos avanços conquistados.

O PT nasceu e cresceu com uma proposta política nova, isenta de vícios antigos, como um partido emproado que nos desprezava, a nós os lutadores históricos do campo da esquerda, como os trabalhistas, os socialistas e os comunistas. Em sua alardeada pureza, recusava alianças com qualquer outro partido, lançava sempre candidatos próprios, para construir sua militância. Pessoalmente, eu fui alvo desta intransigência ranheta do PT quando negou o apoio à minha gestão socialista na prefeitura do Rio e, mais, no momento mais agudo da crise da falência, foi um opositor duro que chegou a mover um processo de expulsão dos dois petistas que colaboravam na minha administração: Sérgio Andréa que era secretário de desenvolvimento social e Chico Alencar que era uma das figuras principais da secretaria de educação.

Brizola foi também alvo de críticas severas do PT, e deu límpida demonstração de consciência política quando, superado por Lula por uma quantidade mínima de votos, na eleição de 1990, imediatamente reuniu o PDT para, sem nenhum ressentimento e sem nenhuma condição, apoiar Lula no segundo turno.


Após a terceira derrota pela Presidência, o comando do PT deve ter concluído que, na nova configuração da atividade política instaurada pelo domínio absoluto do mercado e pela conseqüente mercantilização de todos os aspectos da vida nacional, era necessário, era realisticamente indispensável entrar no jogo mercantil e conseguir bons financiamentos para as futuras campanhas eleitorais.

Assim foi pensado, assim foi decidido, assim foi feito, suponho, e na eleição seguinte Lula saiu vencedor e foi elevado à presidência da República. José Dirceu foi a grande figura no comando deste processo. O preço que está pagando é altíssimo, e flagrantemente injusto em relação às responsabilidades de centenas de outros líderes da política e da sociedade brasileira que procederam da mesma maneira. A pena de 23 anos que lhe foi imposta agora pelo torvo juiz Moro é uma decisão hedionda.

Bem, mas o PT já não era o mesmo da pureza original e, no jogo das composições políticas para o exercício do poder, foi avançando mais e mais nas práticas da mercantilização política. Na aliança com partidos useiros e vezeiros na corrupção eleitoral, foi aprendendo e praticando com maior desenvoltura as mesmas normas. A saída, discreta mas significativa, de Frei Betto das funções que exercia no Palácio foi um primeiro aviso, que o PT não quis perceber. O episódio rumoroso do mensalão e a saída do grupo de militantes que fundou o PSOL foi um segundo e definitivo aviso. Que o PT ainda não quis escutar.

Claro que, paralelamente, no exercício do poder, e no apego a este exercício, descuidou-se também das sua ligações históricas com os movimentos sociais e foi perdendo apoios importantes na sociedade.

O desfecho foi o golpe, a imprevidente abertura do flanco para o golpe, que atingiu a Presidenta, que certamente teve os seus erros mas nunca, jamais, entrou na prática ilícita de muitos dos seus companheiros. Mas atingiu especialmente o Partido dos Trabalhadores, assim como o seu líder maior, Luiz Inácio Lula.

Muito ruim tudo isso para o PT, que agora tem que fazer sua autocrítica e se reorganizar para um futuro incerto. Incerto porém não desesperador. Nas eleições seguintes a todo este triste episódio, os empresários doadores com certeza serão muito parcimoniosos nos seus investimentos eleitorais, e os partidos que puderem contar com militância própria terão melhores condições de campanha. Pois certamente o PT, mesmo golpeado e desmoralizado, ainda tem mais militância do que qualquer outro partido brasileiro.

Pior que o PT está a Nação Brasileira e o seu povo, com sua economia desorganizada pelos golpistas e ameaçada de retrocessos muito graves, comandados pelo Império do Norte que recapturou sua presa.

segunda-feira, abril 18, 2016

Até quando?


Por Dimas Roque*

A derrota de ontem na Câmara dos Deputados nos mostra, mais uma vês, o quanto o Governo e a Direção do Partido dos Trabalhadores errou ao se afastar da militância nos últimos treze anos. É inadmissível que tanto um quanto outro tenha emitido sinais de que a vitória era certa e ao final descobrimos que erraram por mais de 100 votos de diferença. Erro, ou má fé?

Prefiro achar que nem uma das duas é a correta para este caso. Mas eles não deviam ter vendido essa ilusão.

A mobilização de centenas de milhares de pessoas que saíram de suas casas e foram às ruas de suas cidades, e em alguns casos viajaram milhares de quilômetros para estarem em Brasília, mostrou a falta de sensibilidade da cúpula para com a militância. 

A decepção, que foi o que ocorreu ontem, tirando a pessoa de um estado de euforia ao desengano, barra a explosão da alegria e leva ao estado de tristeza profunda. Será preciso tempo e paciência para aprender a lidar com os sentimentos, pois o único é a si mesmo.

Há entre a militância aqueles que não aceitam debater os erros cometidos ao longo dos anos, e se são recentes, aí é que parece ser proibido. Esses momentos são vistos como erro. Mas na verdade deveriam acontecer. Pois como o dito popular, “quem cala consente”. 

Não enfrentar, é o erro maior.

A militância cobra das suas lideranças um pouco mais atenção. Não há pessoa como individuo, mas as ações e mudanças que já se fazem necessárias dentro do próprio partido. Ela adora ser tarefeira, mas anda arredia com ausência de vereadores, prefeitos, estaduais e federais, senador e governadores nos debates e enfrentamentos nas ruas. 

Os que seguram as bandeiras pedem um pouco mais de participação daqueles que representam institucionalmente o partido. Não é justo que enquanto milhões estão nas ruas, os do andar de cima não desçam de seus gabinetes com ares-condicionados e os encontre na planície, mesmo que por uns momentos.

Agora a batalha é no Senado Federal. 

Não nos enganemos muito menos nos deixemos enganar. Está difícil de reverter este quadro de Impedimento da nossa Presidenta, legitimamente eleita, Dilma Rousseff. 

E depois dos prognósticos da Câmara Federal, não dá mais para acreditar em qualquer avaliação vinda da cúpula.

*Dimas Roque é militante do PT, blogueiro (http://www.dimasroque.com.br/) e ativista digital de Canindé de São Francisco, no Sergipe.

quinta-feira, março 24, 2016

Abaixo-assinado #LulaEmBelém pede líder na capital paraense



Por Diógenes Brandão

O blog AS FALAS DA PÓLIS elaborou uma carta aberta ao presidente Lula, pedindo sua visita à capital paraense. A iniciativa justifica-se nos pedidos que Lula tem feito para que seja convidado para visitar os estados brasileiros, o que voltou a fazer na Plenária Nacional de Sindicalistas em Defesa da Democracia, do Estado de Direito e Contra o Golpe, ocorrida na tarde desta quarta-feira (23), na Casa de Portugal, no bairro da Liberdade, centro de São Paulo.

Com isso, a iniciativa do abaixo-assinado começou em grupos do WhatsApp, contendo o seguinte texto:

CARTA ABERTA AO LULA PARA VISITA À BELÉM

Para: Instituto Lula.

Lula, somos paraenses que percebemos que os ataques que tens sofrido por setores do judiciário, dos barões da mídia nativa e dos partidos políticos que você derrotou em 4 eleições consecutivas, tem ameaçado agora a sua liberdade e dos seus familiares. Por isso, queremos convidá-lo para participar de um evento em Belém, onde terás o nosso apoio e manifestações de carinho e respeito que nutrimos por ti. 

Com a rápida adesão de militantes do PT e demais partidos e movimentos sociais da esquerda paraense, o texto foi logo sendo reproduzido e compartilhado, com o nome e o RG de pessoas de vários municípios, tudo através de alguns grupos do WhatsApp. 

A iniciativa de lançar a Carta Aberta ao Lula para que ele venha à Belém, agitou os grupos petistas e de esquerda. Por isso, ficou difícil reunir todas as assinaturas em um só lugar, sem perder alguns nomes, diante da rápida viralização que ela tomou. Por isso, criamos uma petição online, o que facilita o acesso e reúne todos os que querem ver Lula conosco.

Clique, assine e compartilhe http://goo.gl/bZP4kl

quinta-feira, novembro 12, 2015

PT busca nomes para a prefeitura de Belém

Conforme já havia sido noticiado aqui, as candidaturas para a prefeitura de Belém já começaram a ser apresentadas e após a confirmação de que o ex-deputado Cláudio Puty não se manteria como pré-candidato do PT, o partido tem procurado conversar com suas lideranças, no intuito de cumprir sua resolução política, aprovada na última reunião do seu diretório municipal, onde determinou-se que decidiria o nome do candidato para a disputa eleitoral pela prefeitura de Belém. 

Esta decisão seria neste sábado, dia 14, no entanto, a executiva do partido decidiu adiar a data desta decisão e deverá reabrir inscrições de novas candidaturas, assim como prorrogar o prazo final para o anúncio do candidato petista. 

Até agora, já foram cogitados diversos nomes, como o da ex-governadora Ana Júlia, do deputado estadual Carlos Bordalo, do ex-deputado estadual e suplente no senado, Valdir Ganzer e da ex-deputada Regina Barata, além de petistas que nunca tiveram mandato, mas que vira e mexe são lembrados, como o ex-presidente da FUMBEL (1998-2002) e da FUNAI (2007-2012), Márcio Meira.

Militância Petista faz questão debater o futuro do partido

Reunida na tarde desta terça (11), na sede da APPD, a Militância Petista de várias tendências e grupos independentes, decidiu se auto-convocar para decidir os rumos do partido e manterá uma agenda permanente de debates para avaliar o cenário político, reafirmando a necessidade de reconquistar a cidade para o modo petista de governar.


Mais que nomes, os filiados presentes na reunião questionaram o centralismo da direção partidária que não convoca sua militância para as grandes decisões que o PT toma, apenas com membros da executiva e do diretório municipal, deixando a imensa militância de Belém, desinformada e só avisada das decisões, quando estas são tomadas.

Agora será diferente, revelou um dos filiados presentes. "A direção eleita do PT Belém é que deveria estar encabeçando estas reunião, mas não. Precisamos ter a iniciativa para forçar o debate e democratizá-lo, pois é assim que o partido nasceu e nos formou para exigirmos participação nas decisões em outros âmbitos da sociedade", concluiu o militante, que pediu para não ter seu nome citado.



A próxima reunião da Militância Petista será realizada na sede da APPD, a partir das 17h da próxima quinta-feira (19) e é aberta para seus filiados e simpatizantes.


segunda-feira, junho 22, 2015

PT está velho e perdeu utopia, diz Lula, que prega 'revolução' na sigla

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (à esq.) e o ex-primeiro-ministro da Espanha, Felipe González
Na Folha.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pregou, nesta segunda-feira (22), uma "revolução" no PT e afirmou que a sigla tem os vícios de todo partido que cresce e chega ao poder.

"Não sei se o defeito é nosso, se é do governo. O PT perdeu a utopia", afirmou.

Lula disse ainda que os correligionários "só pensam em cargo, em emprego, em ser eleito", em referência a cargos no governo federal e disputas eleitorais.

"Nós temos que definir se queremos salvar nossa pele, nossos cargos, ou nosso projeto", discursou ele, durante seminário "Novos desafios da democracia" promovido pelo Instituto Lula com a presença do ex-primeiro-ministro espanhol Felipe González.

Filiado ao PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), ele foi convidado a falar sobre a experiência de seu partido ao se reerguer após denúncias de corrupção. A sigla ficou nove anos fora do poder na Espanha até conseguir voltar ao governo, quando José Luis Zapatero foi alçado ao cargo de primeiro-ministro (2004-2011).

'AFLIÇÃO POLÍTICA'

González disse acreditar na possibilidade de o Brasil implementar medidas anticíclicas. Segundo ele, o ajuste fiscal praticado pelo governo Dilma Rousseff vai durar cerca de um ano. Avalia, porém, que o Brasil tem "muita capacidade de investimento que pode ser concretizado neste momento".

"Eu entendo a aflição que existe [no Brasil]. Acredito que seja mais por motivo político do que pela situação econômica."

O evento foi aberto pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, convocado a prestar depoimento à CPI da Petrobras na Câmara para explicar as doações de R$ 3 milhões feitas ao instituto pela empreiteira Camargo Corrêa, investigada no esquema de corrupção da Petrobras.

Em sua fala, Okamotto questionou a democracia no Brasil e disse que as redes sociais a "complicam". Ele definiu democracia como "exercício solitário de pensar o que é bom para as pessoas" e disse que fica "com uma grande pulga atrás da orelha" sobre como consolidá-la no país.

"Estamos muito distantes do mundo desenvolvido, do mundo rico", afirmou.

Segundo ele, a "democracia está ainda mais complicada" com o advento das redes sociais. Okamotto apontou o apoio popular à redução da maioridade penal e o fracasso da reforma política como ameaças.

"Todo mundo quer uma classe política melhor. Mas essa reforma política, para mim, é uma decepção", discursou.

INTERNACIONAL

Participante do encontro, o ministro da Educação, Renato Janine, afirmou que governos eleitos estão "sofrendo fortes ataques" na América Latina. E perguntou a González sua opinião a respeito.

O espanhol –um dos críticos do governo Maduro– respondeu que um governo que não respeita as forças políticas de seu país perde a legitimidade, as eleições e a natureza.

Questionado especificamente sobre sua viagem a Venezuela, González disse que está "preocupado" com a crise enfrentada pela Venezuela porque acha improvável que o governo esteja aberto ao diálogo. "Não acredito em conspiração internacional golpista para derrubar os governos", disse.

Ele disse ainda que está preocupado com ondas de intolerância no Brasil. "Vejo sinais de intolerância. Fico preocupado porque o Brasil é um país de tolerância, de convivência."

Ao lado de González, Lula também criticou o assassinato do ditador Sadam Hussein. "Alguma vez ele te causou problema?", perguntou a González.

A programação original não previa um discurso de Lula –o petista pediu a vez quando o tema foi imprensa. Ao ouvir o debate sobre Venezuela, Lula mandou um bilhete para a assessora Clara Ant, que presidia a mesa, avisando a intenção de falar.

"Nem tem muita oposição aqui. A oposição [no Brasil] é pela imprensa", disse ele, defendendo a regulamentação da mídia e afirmando que "nove famílias controlam" o setor no país.

sábado, março 28, 2015

Paulo Rocha: O Senador de Poucos

Eleito com cerca de um milhão e quatrocentos mil votos, as fotos do planejamento do senador Paulo Rocha frustraram correligionários e membros da frente suprapartidária que ajudou a elegê-lo em 2014 para um mandato de 8 anos. 

Um ano depois de ter disputado e conquistado, com 70% dos votos do Diretório Estadual do PT-PA, a vaga como candidato ao senado, Paulo Rocha concluiu na tarde deste sábado o que chamou de planejamento do mandato do "senador de todos"

No entanto, boa parte dos dirigentes de outras tendências petistas, em manifestações privadas, alegam que o evento sela a estratégia da tendência dirigida por Paulo Rocha, a Unidade na Luta, que agora o quer como "Senador de Poucos".

A nota plantada em um jornal local, já alertava para o caráter restrito e segregador que o planejamento do mandato teria.

E é essa tendência de Paulo Rocha que reúne-se amanhã para eleger seus novos coordenadores estaduais, todos previamente selecionados pelo staff que acompanha Paulo Rocha há anos. 

Talvez por isso, importantes filiados como o ex-deputado estadual Mário Cardoso, sindicalistas, prefeitos, vereadores e lideranças do PT em várias regiões do Estado, mesmo respeitando e admirando a liderança de Paulo Rocha, tenham se afastado e deixado aquela que já foi a maior tendência do partido no Estado e migrado para outras tendências e até desfiliando-se da legenda partidária.

A sangria é tanta, que mesmo em cidades com prefeitos do grupo, o mesmo é um dos que menos poder interno tem no PT, submetendo as gestões a conflitos internos por espaços políticos que engessam e impossibilitam o modo petista de governar.

O anacronismo burocrata que impera no grupo supracitado não é sua exclusividade e nem contamina todos e todas os que nele militam. 

Pelo contrário! 

A máquina partidária continua fortalecida pelas suas estruturas de base.

Eleito, Paulo Rocha foi homenageado com a capa da Revista Bacana, produto de um colunista da High Society paraense. Clique na imagem para ler a matéria sobre o evento.

O forte alicerce ideológico que intelectuais formataram desde a fundação e durante o decorrer destes 35 anos do PT, que Paulo Rocha, Lula e outros fundadores ajudaram a fincar no imaginário da militância, foi fundamental para que estes se mantenham líderes de primeira instância e mesmo que muitos que tenham se aproximado destes, sem nunca ter qualquer relação com os preceitos e programas do partido e simpatia pela organização da classe trabalhadora, tais como empresários e aliados fisiologistas, o PT segue forte.

No entanto, há uma parte da militância que foi afetada pela Síndrome de Estocolmo, e parece que se dá por satisfeita em ser apenas ouvida, convidada para pleitos eleitorais de dois em dois anos, além das reuniões e encontros que sempre foram a marca registrada da participação e do modo petista de governar e se organizar, cada vez mais raro e limitado a poucos.

Por saber que o problema persiste em diversos grupelhos e partidos brasileiros, e para contribuir com a emancipação desta maioria dirigida para eleger e manter essas elites que excluem os demais dos fórum decisórios, é que lhes trago um trecho do artigo do Pe. Alfredo J. Gonçalves, extraído do respeitado site da Adital.

"O líder, segundo Gramsci, não é aquele que conduz as massas, e sim aquele que se deixa conduzir por elas. Atento às suas necessidades, interesses e anseios mais profundos, colhe-os e os sistematiza, para devolvê-los em forma de uma política econômica que vá ao encontro das carências urgentes e transformações necessárias. Nesta perspectiva, os votos da urna representam novas responsabilidade, e não uma porta aberta para mais benesses e privilégios. Em síntese, constata-se uma dissonância mais ou menos manifesta entre as classes que tomam as decisões e o que se deveria entender por "classes dirigentes”.


terça-feira, dezembro 16, 2014

Lula: É preciso voltar a construir utopias

Lula fala dos desafios do PT e sugere que o partido repense seu papel na sociedade.

Fiz questão de ouvir na íntegra, o discurso que Lula fez na abertura do 5º Congresso Nacional do PT, realizado na última quarta-feira (10) em Brasília-DF, quando chamou a atenção do partido para muita coisa que alguns dirigentes insistem em não debater.

Atento sobre tudo que acontece no interior do partido, o líder petista ressaltou a necessidade do partido usar a internet como instrumento para o diálogo com a juventude, criticou os profissionais da política e os gastos exorbitantes das campanhas eleitorais. 

Abaixo alguns trechos pinçados de sua fala que também pode ser escutada aqui.

“Companheiros e companheiras, é hora de o orgulho petista aflorar. É hora de a gente dizer pra todos os militantes do PT: esse partido nasceu pra ser diferente. E vai ser diferente. Quem não quiser cumprir o ritual ético nesse partido, ter uma relação ética na sociedade ou nas instâncias governamentais, é melhor sair do PT, porque senão a gente não vai conseguir governar esse país.

A gente começa a adquirir hábitos que não deveríamos ter adquirido, porque não nascemos para isso. Nós não nascemos para ser igual aos outros, nascemos pra ser diferentes. Nós nascemos pra fazer campanhas diferentes. Nós nascemos para não fazer campanhas baseadas nos cabos eleitorais pagos. Uma campanha baseada no gasto de muito dinheiro, aonde a militância desaparece e aparece o profissional da política. Nós não nascemos pra isso.” 

Eu não defendo a ideia de que o PT volte às origens, porque, coitadinho do Lula, voltar às origens aos 69 anos é impensável. Não quero isso. Quero que a gente evolua, como evolui a sociedade. [...] Mas eu acho que o PT precisa repensar o seu papel na sociedade. A palavra repensar é muito difícil, porque pensar já e muito difícil. Imagina repensar! Significa penar duas vezes. É difícil. Mas nós precisamos repensar o nosso papel. [...] A direção de um partido não é uma partilha entre tendências. A direção de um partido tem que ter os principais quadros desse partido, para se transformar em voz pública desse partido, para defender o partido. Nós, nesse momento político, precisamos ter mais representatividade. Precisamos ter mais força pública.

Houve um tempo em que a gente ia pra um comício do PT e a grande maioria era de jovens de 25, 26 e até 27 anos. E nós, muitas vezes, somos pais dessa gente que taí. Quem sabe nós não estamos conseguindo convencer essa gente a ter a mesma esperança, o mesmo sonho que nos tivemos quando começamos o PT. Então, é preciso voltar a construir sonhos. É preciso voltar a construir utopias.

Essa meninada que não ouve mais rádio, que não ouve mais televisão, que não lê mais jornal, como é que nós vamos conversar com ela, numa linguagem de meias palavras, que eu nem entendo mais o Twitter. É tudo muito curto, muito breve. Você não consegue explicitar uma ideia. Onde é que a gente vai se comunicar com essa gente num momento em que a gente é atacado?"

Paulo Rocha e a festa dos bacanas



Mergulhando em uma crise sem precedentes, o PT-PA termina o ano sem realizar sequer um balanço eleitoral e nem cogita festas de confraternização, afinal de contas não há clima e nem condições financeiras para tal.

No entanto, o senador Paulo Rocha está na capa a revista Bacana. A festa de lançamento da mesma será realizada hoje, no Hangar e terá como atrações o Neguinho da Beija Flor, a bateria do Rancho e segundo o Marcelo Marques, blogueiro e editor da revista, até o ex-presidente Lula é esperado para o evento.

Passada as eleições e com o saldo negativo, o PT planejou a realização de Encontros Regionais previstos para aglutinar dirigentes, parlamentares e militantes, mas estes eventos não contam com a presença de 3 dos 4 deputados federais do partido: Beto Faro, Cláudio Puty e Miriquinho Batista, sem falar na baixa adesão dos filiados. Algo sintomático e tido como mensagem de insatisfação.

Pelo que tudo indica, a ironia do post Acredite se quiser: O PT-PA está em plena atividade, serviu de fato como bálsamo para a massagem no ego de uns e outros. 

domingo, dezembro 07, 2014

PARALISIA DO GOVERNO FACILITA GOLPISMO



Por Breno Altman, em seu blog no Opera Mundi

A aprovação de mudanças na Lei de Diretrizes Orçamentárias, obtida no final da madrugada desta quinta-feira, não sustou ou debilitou a escalada conservadora.

Apesar da vitória parlamentar, evitando explosão de uma crise fiscal no colo da presidente, como era desejo da oposição de direita, o governo segue acuado.

Os partidos conservadores, associados à velha mídia, tomam carona na manipulação de denúncias provenientes da Operação Lava Jato e tentam manter o oficialismo sob fogo cerrado.

Os sinais do caráter golpista da estratégia opositora são evidentes.

Mesmo que suas principais lideranças ainda considerem insuficientes as condições políticas e jurídicas para abrir processo de impedimento, as operações de desgaste e sabotagem não escondem o propósito desestabilizador.

Não há surpresa no comportamento do PSDB e o resto da matilha, a bem da verdade. Durante a campanha já era evidente, pelo discurso de alguns próceres, que a aliança reacionária se jogaria de corpo e alma no enfrentamento.

Nunca esconderam a intenção de deslegitimar a presidente, empurrá-la contra as cordas e, se possível, abortar o mandato conferido pelas urnas.

Tampouco deixam dúvidas sobre o plano de desconstruir o PT e o ex-presidente Lula antes das eleições de 2018.

O que espanta é a inação governista desde o final de outubro.

Apesar de resoluções combativas, o petismo parece tomado pela apatia e o cansaço político. A reclamar do golpismo, por infração às regras democráticas, mas sem adotar comportamento resoluto e massivo, capaz de interromper as tramoias.

A tomada das galerias do parlamento por um punhado de delinquentes remunerados, durante a votação da LDO, foi simbólica desta política de guarda-baixa.

Por que o PT e o PC do B não convocaram sua militância para ocupar as arquibancadas do parlamento, em defesa da proposta do governo?

Por que a presidente não foi seguidamente à televisão e ao rádio, em entrevistas e em rede, para indicar o que estava em jogo na decisão sobre o superávit primário?

Por que os instrumentos de comunicação do governo não foram acionados para explicar do que se tratava a batalha em torno da LDO?

De qual manual o governo extraiu a lição que o melhor remédio contra a politização da direita seria a despolitização da esquerda?

O Planalto parece aprisionado pela orientação defensiva adotada depois do triunfo eleitoral, contaminando partidos e movimentos que constituem sua base de apoio.

A presidente e sua equipe mais próxima empenham-se em providências e discursos para apaziguar o capital financeiro, o ruralismo, os meios de comunicação, os centros imperialistas, as frações centristas que flertam com a direita, os próprios partidos de direita.

Partem de premissa comprovada, a correlação desfavorável de forças nas instituições, para conclusão gradualmente desmentida pelos fatos: a política de recuos não revela eficácia para conter as forças golpistas.

Ao contrário. A oposição de direita sente-se mais forte em seus ataques, dedica-se a explorar eventuais contradições e vulnerabilidades da esquerda, toma gosto por fazer política recorrendo à disputa aberta do Estado e da sociedade.

Os momentos de calmaria, propiciados por decisões como a nomeação de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, logo são seguidos por novos vendavais.

O conservadorismo, mesmo com fraturas e divisões, expõe inédita determinação, um apetite pantagruélico por ocupar todos os espaços disponíveis.

A política do recuo, por outro lado, inibe o campo popular. Divide e paralisa as forças progressistas que levaram ao triunfo eleitoral de Dilma Rousseff. Não deixa clara qual a agenda pela qual seguirá seu segundo governo, conquistado pela narrativa do aprofundamento e da aceleração de reformas.

Pouco se faz para animar a esquerda e provocar o retorno ao palco dos setores populares. Afinal, são esses os únicos destacamentos aptos a enfrentar o consórcio golpista, como a disputa presidencial deixou claro.

Revelam-se politicamente inócuas medidas como a indicação de ministros amigáveis às classes dominantes, o duplo aumento da taxa de juros, o aceno para política econômica mais ortodoxa, o arrefecimento da crítica aos monopólios da informação e o rebaixamento da defesa de uma Constituinte para a reforma política.

Ainda que parte desses encaminhamentos seja inevitável, para preservar a governabilidade institucional, que depende de coalizão pluripartidária e policlassista, demonstra-se estarrecedora a ausência de programas, decisões e símbolos que mobilizem a base natural do petismo.

Vale lembrar que inexiste registro histórico de intentos golpistas detidos por lamentações acerca de sua natureza pérfida.

Não há saída fora da contraposição, à sanha conservadora, de um movimento popular e democrático impulsionado por governantes e partidos que legitimamente exercem a liderança do país.

terça-feira, junho 17, 2014

PT realiza debate e oficinas de Comunicação Digital no Pará


O vice-presidente nacional do PT e coordenador de mídias sociais do partido, Alberto Cantalice e o jornalista e consultor em mídias digitais Leandro Fortes, estiveram em Belém na última sexta-feira (13), onde participaram de um debate - seguido de oficinas sobre o uso das redes sociais - e reuniram a militância de três Estados da região norte: Pará, Amapá e Maranhão.


Já tendo percorrido diversas capitais, a iniciativa do partido roda o país oferecendo aos militantes digitais, assessores de comunicação e demais comunicadores ligados ao PT, qualificação e troca de experiências sobre o despertar dos demais filiados para o uso das novas tecnologias e as potencialidades da comunicação via internet, sobretudo, com o uso das mídias digitais existentes.


Além de participar do evento, Alberto Cantalice que já conhecia Belém, fez questão de provar novamente a culinária paraense e assim fizemos um rápido translado por Belém, conhecendo o Ver-o-Peso - com uma visita especial às erveiras para compra de produtos naturais - o centro comercial, os corredores cercados por mangueiras da Avenida Presidente Vargas - onde conheceu a faixada do Teatro da Paz - e da Avenida Nazaré, onde viu de perto a Igreja de Nossa Senhora.

Mesmo em sua rápida passagem pela capital paraense, foi possível conversar sobre importantes temas com o responsável pelas redes sociais do PT, que também é membro da comissão política que coordenará as ações eleitorais do partido em todo o país. 

Cantalice perguntou sobre a conjuntura local e disse estar confiante no sucesso da aliança PT-PMDB no Pará, assim como na esferal nacional e que voltará ao Estado para incrementá-la com a sinergia que já ocorre em outros Estados, onde os dois partidos também caminham juntos para as eleições aos governos estaduais e candidaturas ao senado federal.

Além disso, conversamos sobre a necessidade cada dia maior de reagir aos ataques proferidos pela grande e velha mídia nacional, que com sua ofensiva diária, substituiu os partidos de oposição e trava uma verdadeira guerra que visa desestabilizar o governo de Dilma, negativando-o perante a opinião pública a todo custo.

segunda-feira, abril 07, 2014

As pedras no caminho da corrida eleitoral no Pará - Parte I



Não precisa ser um cientista político e nem especialista em marketing eleitoral para perceber que há 03 meses de uma difícil campanha eleitoral, os principais partidos que se enfrentarão nas urnas paraenses - PSDB e PMDB - terão que se mexer mais estratégica do que fisicamente.

Do lado tucano, as conversas para manter o alinhamento de prefeitos, parlamentares e lideranças de partidos que fazem parte tanto da base do governo Jatene (Estadual), quanto do governo Dilma (Federal) é o principal desafio dos cardeais do PSDB.

Com o anúncio de que ex-prefeito Duciomar Costa pode ser o candidato do PTB, as coisas pioram pro PSDB que precisa acumular o máximo de apoio de quem ainda está como aliado, mas o peso das negociações gera desconforto no já disputado ninho tucano. Não era à toa que Simão Jatene não queria quebrar sua promessa de que nunca seria candidato à reeleição.

Sabedor das dificuldades que terá pela frente, pelos lados e internamente, o governador foi praticamente obrigado a manter seu nome na disputa, mas pode surpreender e fazer como fez na campanha de Almir Gabriel em 2006, frustrando os tucanos que lhe cercam com o seu conhecido corpo-mole, que fez com que Almir o apelidasse de preguiçoso.

Vários motivos colaboram para esta afirmação, entre os quais, a de que o governador está em tratamento de uma doença e tanto seus médicos, quanto sua família lutam para que ele poupe-se de estresses, viagens cansativas e do pesado ritmo que toda campanha eleitoral requer.

Do lado do PMDB, mesmo com o aceno de sete partidos para o apoio a Helder Barbalho, a maioria da base partidária do PT terá dificuldade em defender a aliança eleitoral, aprovada no último encontro no fim do mês passado. Não fizeram antes, não fazem agora e com uma candidatura do PSOL colocando o PT, o PMDB e o PSDB no mesmo saco, se não houver uma boa estratégia para o programa de governo que envolva os milhares de petistas que não estão tranquilos com a aliança, muitos não irão pro front como se espera.

Além de uma ação planejada que inicie o convencimento de importantes dirigentes e militantes que fazem a diferença em qualquer eleição, é possível vermos, principalmente na região metropolitana de Belém, apenas o pessoal contratado para balançar bandeiras azuis nas esquinas.


Com um programa de governo ainda indefinido e sem data e nem equipe para elaborá-lo, a candidatura de Helder Barbalho perde um tempo precioso para penetrar ainda mais nas entranhas do eleitorado que não vota de jeito nenhum em Jatene e/ou aquele que está insatisfeito com a falta de resultados de mais um governo tucano no Estado do Pará.  

segunda-feira, fevereiro 17, 2014

PT homenageia família de Feliciana e cabo Hélio

PT entrega a comenda "Isa Cunha" aos familiares de Feliciana e Cabo Hélio. Foto: Lucivaldo Sena.

Na festa de aniversário dos 34 anos do PT-Belém, realizada na última sexta-feira (14), o partido homenageou a família da militante Feliciana Mota,  assassinada junto com seu marido, o sargento Hélio, da Polícia Militar. Ambos foram baleados durante a fuga de três assaltantes, na tarde do dia 07 de Novembro do ano passado.

O Cabo Hélio, como era mais conhecido, e Feliciana foram ícones da luta sindical dos policiais  civis e militares do Estado do Pará e estavam sempre em busca de melhorias salariais e também das condições de trabalho para a categoria.


A família recebeu a comenda "Isa Cunha", entregue à lideranças do PT que destacam-se em sua militância partidária e contou com a presença de parlamentares, lideranças populares e dirigentes estaduais e municipais que compareceram à sede da Tuna Luso Brasileira, numa noite embalada por muitos encontros e debates sobre o futuro do partido na capital e no Estado do Pará.


quarta-feira, janeiro 29, 2014

A retomada do blog para as eleições de 2014



Venho aos poucos retomando a assiduidade nas postagens deste blog e confesso que já poderia ter feito algumas considerações sobre as eleições deste ano, pois quem conhece este espaço, sabe o quanto ele prefere debater política local e nacional, em detrimento de outros temas. Muitas vezes, a falta de atualizações pode parecer que é só preguiça mental o que nos impede de sentar e escrever um post. Não, não é só isso.

No meu caso, tem algo a mais. 

No final do ano passado saí derrotado de um processo eleitoral do PT, chamado PED, com uma convicção: O partido dos Trabalhadores de minha cidade perdeu a oportunidade de ter um militante engajado nas lutas dos movimentos sociais e disposto a fazer uma série de atividades bem planejadas e pactuadas com os diferentes grupos internos a fim de fortalecê-lo, mas a imensa maioria dos filiados de Belém, seguiram a lógica que merece ser colocada em xeque, com uma reforma política interna, a qual ponha os candidatos que disputam as eleições internas do PT em pé de igualdade, tal como o partido propõe na Reforma Política no Congresso Nacional. 

Traduzindo: Disputei contra um candidato que vinha para a reeleição contando com o apoio financeiro e estrutural de 03 deputados federais, 07 deputados estaduais e inúmeras prefeituras. A outra candidata contava com apoio de 01 deputado federal, 01 deputado estadual e algumas entidades e ONGs. Eu contava apenas com um grupo de militantes do movimento popular, sem liberação e nem dinheiro pra subsidiar as nossas ações cotidianas.

Por fim, no final do pleito, o resultado não poderia ter sido outro: O PT-Belém manteve-se alinhado à forma de gestão burocratizada e burocratizante. A pequena mudança que ocorreu no diretório municipal do partido, não lhe oferece as condições de dar o salto necessário para tirá-lo dos 3% de votos que o atual presidente traz de herança das últimas eleições municipais. 

Com essa afirmação, dou por encerrada minha avaliação deste Processo de Eleições Diretas de 2013, tão demorada de ser publicizada, mas ao mesmo tempo, fruto de um processo de amadurecimento político que me fez perceber que eu não posso deixar de opinar e colocar pra fora o que percebo. Ou seja, de ser fiel ao que acredito e quais são minhas críticas e sugestões para fazer com que o partido que tanto me dedico, em todos estes anos, saia do ostracismo que se meteu.

Com relação a minha posição sobre as eleições estaduais, tenho sido muito provocado para opinar sobre meu ponto de vista a cerca da estratégia eleitoral que deverá ser discutida e aprovada em um Encontro Estadual ainda com data indefinida.

Bom, isso não cabe mais aqui neste post e por isso, vou amadurecendo minha posição acumulada até o "dia D", partindo sempre da premissa de que preciso ouvir meus companheiros e dirigentes e só depois então, declarar minha bandeira para esta eleição.

É, comigo é assim. Quando sento pra escrever algo para a Pólis, não consigo escrever algumas linhas e ponto. Sei que isso facilita a leitura diária e muitos blogueiros acabam sendo atraídos para este estilo de redação, mas no meu caso, gosto de ir à fundo em minhas afirmação, incógnitas e porque não dizer, divagações?!

No entanto, a partir de hoje, iniciarei uma série de postagens voltadas ao cenário político e eleitoral e não ficarei sozinho. Trarei pra cá, postagens e artigos de outros blogueiros e pessoas que não blogam, mas são ativos nas redes sociais, enquanto outros mandam emails para este escriba que vira e mexe traz pra esse espaço textos de outros autores.

Avante, sem medo de ser feliz!


Siga-me no twitter: @JimmyNight


sábado, novembro 16, 2013

Rui Falcão repudia STF e chama militância contra 'criminalização do PT'

A charge de Latuff retratou muito bem o que aconteceu 

Logo após a confirmação de que o STF expedira ordens de prisão imediata de integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) condenados no julgamento da Ação Penal 470, o caso mensalão, o presidente da legenda, Rui Falcão emitiu nota em que afirma que a Suprema Corte do país cometeu "casuísmo jurídico", ao decidir sem ter julgado os recursos interpostos pelas defesas dos réus.

Falcão reafirma que cabe aos companheiros de partido acatar a ordem judicial, mas reforça a visão de que o julgamento foi injusto, além de manifestar solidariedade aos integrantes do partido presos. "O PT reitera sua convicção de que nenhum de nossos filiados comprou votos no Congresso Nacional, nem tampouco houve pagamento de mesada a parlamentares."

Por fim, o presidente da legenda antecipa que convocará a militância para mobilizar-se contra tentativas de criminalização do partido.

Leia a íntegra:

A determinação do STF para a execução imediata das penas de companheiros condenados na Ação Penal 470, antes mesmo que seus recursos (embargos infringentes) tenham sido julgados, constitui casuísmo jurídico e fere o princípio da ampla defesa.

Embora caiba aos companheiros acatar a decisão, o PT reafirma a posição anteriormente manifestada em nota da Comissão Executiva Nacional, em novembro de 2012, que considerou o julgamento injusto, nitidamente político, e alheio a provas dos autos. Com a mesma postura equilibrada e serena do momento do início do julgamento, o PT reitera sua convicção de que nenhum de nossos filiados comprou votos no Congresso Nacional, nem tampouco houve pagamento de mesada a parlamentares. Reafirmamos, também, que não houve da parte dos petistas condenados, utilização de recursos públicos, nem apropriação privada e pessoal para enriquecimento.

Expressamos novamente nossa solidariedade aos companheiros injustiçados e conclamamos nossa militância a mobilizar-se contra as tentativas de criminalização do PT.

Rui Falcão.
Presidente Nacional do PT.

segunda-feira, novembro 11, 2013

Milton Zimmer e Zé Geraldo vão pro 2º turno no PT-PA

Milton Zimmer e Zé Geraldo disputarão o 2º turno das eleições do PED no PT-PA.

Pelo andar da carruagem, as eleições internas do PT-PA já se configuram com o 2º turno entre o deputado Estadual Milton Zimmer e o deputado federal Zé Geraldo.

Milton é ligado à tendência Articulação Socialista que tem o deputado federal Beto Faro e o deputado estadual Carlos Bordalo. 

Zé Geraldo faz parte da tendência PT pra Valer, que tem os seguintes deputados estaduais: Bernadete Ten Caten, Valdir Ganzer e Airton Faleiro.

O deputado federal Cláudio Puty, ligado à tendência Democracia Socialista, da qual a ex-governadora Ana Júlia e o deputado Edilson Moura fazem parte, não conseguiu alcançar os votos necessários para defender a candidatura própria do PT nas próximas eleições, conforme gostariam.

Com uma votação próxima de Cláudio Put,y está Marquinho Oliveira, coordenador estadual da tendência Unidade na Luta, da qual integram o deputado federal Miriquinho Batista e os deputados estaduais Alfredo Costa e Zé Maria, além do ex-deputado federal e presidente de honra do PT-PA, Paulo Rocha.

CNB saiu novamente vitorioso, porém rachado.

Com a configuração acima, o antigo campo majoritário, hoje denominado de CNB - Construindo um novo Brasil - sai deste PED (Processo de Eleições Diretas) vitorioso na disputa com o bloco denominado "Mensagem ao Partido", o qual conta com o apoio das tendências: Democracia Socialista, PT de Lutas e de Massas, Articulação de Esquerda e o agrupamento Pororoca Vermelha.

No entanto, o CNB que em Belém reelegeu Apolônio Brasileiro como presidente do Diretório Municipal, terá no Estado uma disputa histórica e inédita no PT-PA. Quem viver, verá!

Em Ananindeua, com um único candidato neste PED, o PT municipal não conseguiu alcançar o número de votos necessários para cumprir o quórum eleitoral e deverá ser formada uma comissão provisória para gestar o partido pelos próximos 04 anos.

Com o resultado previsto para ser declarado oficialmente ainda esta tarde, o blog As Falas da Pólis, retornará suas atividades normais, depois de quase dois meses em pausa, por ter seu editor envolvido neste processo eleitoral como candidato à presidência do PT-Belém e este ter optado em manter este instrumento de informação longe desta disputa interna do partido que faz parte.

Mais informações em instantes, via twitter.

quarta-feira, agosto 14, 2013

Lula apoia reeleição de Rui Falcão como presidente do PT

Alinhados, Lula, Dilma e Rui Falcão incomodam os críticos do PT.
"Eles cometem erro infantil de quem não conhece o PT e não conhece o Brasil. O PT é muito mais do que 80 e poucos deputados, 20 e poucos senadores. O PT é um desejo da vontade brasileira de mudar esse país. Houve momentos em que cometemos desvios de comportamento, que pessoas nossas cometeram desvios. Mas as pessoas não compreendem porque, depois de apanharmos tanto, cada vez que fazem uma pesquisa, o partido que tem mais credibilidade na sociedade brasileira é o PT”, afirmou Lula. 
“Eles cometem erro infantil de quem não conhece o PT e não conhece o Brasil. O PT é muito mais do que 80 e poucos deputados, 20 e poucos senadores. O PT é um desejo da vontade brasileira de mudar esse país.” 
Lula, ex-presidente, no lançamento da reeleição de Rui Falcão como presidente nacional do PT.
Leia a matéria no Valor.

terça-feira, fevereiro 07, 2012

Votos mostram a força do PT rumo à prefeitura de Belém



O PT-Belém divulgou no começo desta tarde, o tão esperando resultado eleitoral das prévias, por distrito. 

Uma rápida análise dos dados nos mostram alguns detalhes que para a militância do PT, serve para algumas avaliações internas:

1. O candidato Cláudio Puty venceu as eleições em 02 dos 08 Distritos Administrativos de Belém; DABEL e DASAC.

2. O Distrito do Entroncamento foi onde a diferença foi maior entre Alfredo Costa (56,67%) e Cláudio Puty (43,33%), ou seja, 13,34% à mais de votos para o candidato eleito.

3. O Distrito do DAGUA foi onde a militância mais votou e onde o índice de votos brancos e nulos foi igualmente o mais alto, 22 ao total.

4. A maioria dos eleitores aptos à votar (4.608) não compareceram às urnas no 2º turno das eleições internas do PT, o que significa uma presença de 48,86% de eleitores votantes. Pode parecer pouco, mas foi uma participação expressiva que merece ser festejada pelo conjunto partidário.

5. O PT saiu mais unido da eleição? Saiu e as manifestações nas redes sociais e blogs dos petistas dizem isso, como é o caso da demostração de unidade demostrada pelo blog do Deputado Cláudio Puty que parabenizou e agradeceu a militância que ajudou sua candidatura e chamou todos para consolidar a vitória de Alfredo Costa em Outubro deste ano.



6. Com o resultado homologado na executiva do PT-Belém, a gestão Apolônio Brasileiro entra para a história do partido por sua eficiência, compromisso e construção coletiva e democrática.

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Alfredo Costa é eleito pré-candidato à prefeito de Belém

No PT-Belém
 
Quando a imprensa noticia que 4306 petistas foram às urnas neste domingo (05), decidir o candidato do partido às eleições municipais de Belém em Outubro, no processo de disputa interno das Prévias, não é possível imaginar o quanto foi feito para que hoje tenhamos um nome de consenso para a disputa da capital da Amazônia, que completa 400 anos daqui a quatro anos.


Quando o PT saiu derrotado das eleições do governo do Estado em 2010, os partidos adversários sabiam que sua vitória não tiraria o brio e a disposição da militância petista em fazer valer sua força constituída na sociedade. Já no começo de 2011, o PT-Belém iniciou uma série de ações que reaqueceram o espírito de luta do partido.

Com formação política nos distritos e a definição de ter candidatura própria para a prefeitura de Belém, o diretório municipal traçou sua estratégia para retomada do Palácio Antônio Lemos.

Seis (06) lideranças apresentaram-se como candidatos às prévias e participaram dos oito (10) debates - realizados nos oito distritos de Belém, um com as setoriais do partido e o último, no segundo turno - onde puderam expor suas propostas e análises, ouvindo também da militância os anseios, críticas e propostas oriundas de uma sinergia popular que emana dos filiados do Partido dos Trabalhadores. Cláudio Puty e Alfredo Costa foram os escolhidos para a disputa do 2º turno.



Hoje pela madrugada, apurou-se o resultado de um dia intenso de eleição e o resultado geral já foi divulgado pela imprensa, blogs e redes sociais de militantes e será homologado nesta tarde pelo Diretório Municipal, quando apresentará os números finais do 2º turno das prévias que elegeram Alfredo Costa como pré-candidato do PT à prefeitura de Belém.

terça-feira, novembro 08, 2011

Dirigentes do PT falam ao vivo na internet sobre MAV’s


Programação ao vivo está marcada para às 20h00 de quarta, quinta e sexta-feira.


Esta semana será movimentada para os petistas internautas. Na quarta, quinta e sexta-feira desta semana o presidente do PT, Rui Falcão; o Secretário nacional de comunicação do PT, André Vargas; e o secretário nacional de movimentos populares, Renato Simões; estarão ao vivo na internet para debater sobre a criação dos Núcleos de Militantes Petistas em Ambientes Virtuais (MAVs).

As transmissões ao vivo estão marcadas para às 20h00, com o seguintes temas:

Quarta-feira – Marco Civil na internet. (André Vargas)
 
Quinta-feira – Redes Sociais e eleições 2012. (Rui Falcão)
 
Sexta-feira – Implantação e regulamentação dos MAVs. (Renato Simões)

A ideia é que os militantes internautas participem interagindo ao vivo com os dirigentes, via chat. O canal da transmissão estará disponível na capa do Portal do PT.

(Ricardo Weg – Portal do PT).

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...