Materiais apreendidos serão periciados, em busca de provas que comprovem a prática de crimes contra o patrimônio público. |
Lembram do caso do vereador Odilon Rocha (SDD) que escandalizou o Brasil, ao dizer que com o salário de um vereador, se ele não for corrupto, ele mal se sustenta?
Pois é, hoje ele foi preso em uma operação do Ministério Público do Estado do Pará, onde também foram recolhidos documentos, notas fiscais, HDs de computadores, entre outros na sede da prefeitura de Parauapebas, na Câmara Municipal de Vereadores e seus gabinetes, além de diversas Secretarias Municipais, empresas prestadoras de serviço e residências de vereadores, empresários e do prefeito do município, Valmir da Integral, que há algum tempo está na mira do MPE-PA e da polícia.
Em alguns casos, foi preciso arrombar portas, já que os procurados não estavam em seus gabinetes e pelo que se sabe, a operação ainda deverá voltar ao município, assim que reunir as provas levantadas através do material recolhido hoje.
Prefeito Valmir da Integral (PDT) e vereador Odilon Rocha (SDD), na imagem publicada no blog "Sol do Carajás". |
A prisão do vereador petista.
A "visita" do Grupo de Atuação Especial do Crime Organizado (GAECO) ao município de Parauapebas, foi noticiada em vários blogs da região, entre eles o blog do Zé Dudu, e do Sol do Carajás que deram informações adicionais, como a de que o vereador José Arenes (PT) foi preso por porte ilegal de quatro armas (espingarda calibre 44, revólver 38 e pistola 380), além de munições, encontradas em sua residência. O Diretório Municipal do PT de Parauapebas, emitiu nota sobre o envolvimento do vereador.
Além da nota, dirigentes ligados ao grupo interno do PT, Articulação Unidade na Luta, alegam que o vereador José Arenes pertenceu à mesa da Câmara Municipal até o final do ano passado, ocupando no cargo de vice-presidente e por isso, como o Ministério Público determinou que as investigações recaíssem sobre todos os vereadores da mesa diretora atual e passada, foi expedido mandado de busca e apreensão em suas casas, entre as quais a do vereador petista. Como nada que pudesse envolvê-lo nos crimes de corrupção ou qualquer outro desvio, sua prisão foi motivada pelo crime de porte ilegal de armas.
Nas redes sociais, muitos populares estranham e protestam contra a prisão do vereador José Arene, alegando que ele sempre esteve à frente das denúncias dos esquemas fraudulentos, feitas ao MPE-PA, agora expostos à sociedade brasileira. Dizem por exemplo, que em razão do embate político com o prefeito e por ser um dos líderes do grupo de 7 vereadores da oposição, começou sofrer ameaças de morte, após o assassinato do advogado Jackson, ex-presidente da OAB local, quando o vereador foi aconselhado a reforçar sua segurança pessoal para resguardar-lhe a vida, já que após sofre constantes ameaças de morte por parte dos denunciados e o Estado é notoriamente incapaz de proteger a vida de testemunhas e pessoas ameaçadas no Pará.
Prefeito tinha apoio da mídia local.
A "visita" do Grupo de Atuação Especial do Crime Organizado (GAECO) ao município de Parauapebas, foi noticiada em vários blogs da região, entre eles o blog do Zé Dudu, e do Sol do Carajás que deram informações adicionais, como a de que o vereador José Arenes (PT) foi preso por porte ilegal de quatro armas (espingarda calibre 44, revólver 38 e pistola 380), além de munições, encontradas em sua residência. O Diretório Municipal do PT de Parauapebas, emitiu nota sobre o envolvimento do vereador.
Além da nota, dirigentes ligados ao grupo interno do PT, Articulação Unidade na Luta, alegam que o vereador José Arenes pertenceu à mesa da Câmara Municipal até o final do ano passado, ocupando no cargo de vice-presidente e por isso, como o Ministério Público determinou que as investigações recaíssem sobre todos os vereadores da mesa diretora atual e passada, foi expedido mandado de busca e apreensão em suas casas, entre as quais a do vereador petista. Como nada que pudesse envolvê-lo nos crimes de corrupção ou qualquer outro desvio, sua prisão foi motivada pelo crime de porte ilegal de armas.
Prefeito tinha apoio da mídia local.
Dois dias atrás, o blog do "Bacana", administrado pelo colunista da high society paraense, Marcelo Marques, pegou um avião e fez uma visita de "cortesia" à casa do prefeito Valmir da Integral - hoje invadida pela polícia - onde fez uma amigável entrevista e publicou uma postagem com o título: Parauapebas caminha bem.
Leia um trecho e veja o que a "amizade" e o marketing são capazes de produzir, na imprensa de nosso Estado:
Estive na semana passada em Parauapebas convidado pelo publicitário Marcus Pereira. Fazia tempo que eu não ia por lá, sempre fui muito em toda a época da administração Bel e depois na de Darci. As notícias que me chegavam não eram as melhores e por várias vezes fiz aqui críticas a administração Valmir Mariano. Mas um amigo muito bem informado de lá, o blogueiro Zé Dudu sempre me disse que a cidade caminhava muito bem com Valmir, ao contrário das informações que me chegavam e eu divulgava. Tenho que reconhecer que Zé tinha razão. Me impressionei positivamente nessa primeira visita a cidade na gestão de Valmir. Fora isso me chamou atenção seu chefe de gabinete Gilmar Moraes, advogado jovem que vem sendo, segundo alguns que conversei na cidade, seu principal braço direito, desobstruindo entraves na gestão Mariano. Que assim continue.
Assista a reportagem sobre a "Operação Filisteu", exibida no canal GloboNews, na manhã desta quarta-feira (27)
A operação denominada Filisteu desmontou esquema criminoso oriundo de fraudes em processos licitatórios e superfaturamento de terrenos desapropriados pela prefeitura; emissão de notas fiscais frias e desvio de recursos públicos entre membros da câmara e o comércio na região. Foi preso até o momento o vereador Odilon Rocha de Sansão (PMDB), conhecido pela afirmação polêmica acerca do valor do salário de vereador. E o empresário do ramo do comércio local, Edmar Cavalcante conhecido como “Boi de Ouro” acusado de emitir e vender notas fiscais frias.
Leia Também: Salário de R$ 10 mil é pouco? Para ele é: “Se vereador não for corrupto, ele mal se sustenta”, diz Odilon Rocha de Sanção (SDD), vereador em Parauapebas (PA).
Outro alvo da operação é a casa do ex-presidente da câmara municipal, Josineto Feitosa de Oliveira. A operação coordenada pelo Grupo de Atuação especial de combate ao crime organizado (Gaeco) do MPPA foi deflagrada na madrugada desta terça (26) contra a prefeitura municipal, secretaria de obras e a câmara no município de Parauapebas, região sudeste do Pará.
Leia também: A corrupção e a máfia nas prefeituras paraenses
Executa a operação pela promotoria de Parauapebas os promotores de Justiça, Hélio Rubens, Paulo Morgado Junior, Franklin Jones e Eduardo Falessi; pelo Gaeco atuam os promotores de Justiça, Milton Menezes (coordenador), Harrison Bezerra, Arnaldo Célio de Azevedo, Raimundo Aires, Daniel Barros e Augusto Sarmento e pelo Núcleo de combate a corrupção, o procurador de Justiça, Nelson Pereira Medrado.
PRISÕES
Mandados de busca e apreensão e de prisões foram expedidos em Belém pela desembargadora Maria de Nazaré Silva Gouveia, do TJPA, em desfavor da prefeitura municipal cujo titular é o prefeito Valmir Queiroz Mariano (PDT) e, em desfavor da câmara, pelo juiz da comarca de Parauapebas, Líbio Araújo Moura.
APOIO
A "Operação Filisteu" conta com o apoio do Gabinete Militar, com a presença de 23 militares.
APOIO
A "Operação Filisteu" conta com o apoio do Gabinete Militar, com a presença de 23 militares.