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segunda-feira, fevereiro 14, 2011

A controvérsia sobre as contas públicas do Pará

No blog Hupomnemata

Ainda que em fogo cruzado pelo envolvimento de seu nome, pelo jornal Diário do Pará, no caso de corrupção da Secretaria de Meio Ambiente do Governo do Estado, o deputado federal Cláudio Puty veio à público, ontem, para debater a questão das contas deixadas pelo Governo Ana Júlia. Como se sabe, o Governo Jatene decidiu fazer seu cavalo de batalha em torno dessa questão. Reproduzo o artigo de Puty, útil para formar uma opinião mais equilibrada sobre o assunto e ajudar a fazer a diferença entre fato midiático e fato econômico:
Claudio Puty
Há uma polêmica instaurada acerca da saúde das contas do governo paraense. Os números divulgados pelo atual governo nos dão a impressão de um estado caótico e pré-falimentar, uma verdadeira herança maldita do governo anterior.
Essa propaganda não é verdadeira. A análise dos relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), todos publicados em Diário Oficial e enviados ao Tribunal de Contas do Estado e à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), demonstra que o atual governo não encontrou um quadro caótico nas finanças do Estado após a gestão petista.
Vejamos: 
1. Ao analisar as contas do Pará nos últimos oito anos, quatro de gestão tucana e quatro do PT, veremos que em 2003 (governo Jatene 1), o Pará devia R$ 2,304 bilhões. Em 31 de dezembro de 2006, o governo havia acrescentado mais R$ 386 milhões àquele débito, resultando num total de R$ 2,690 bilhões. Nesse período, o Pará devia 48,11% de sua receita corrente líquida, que foi de R$ 5,591 milhões.
2. Só em 2006, o Pará pagou cerca de R$ 233 milhões do serviço dessa dívida pública, comprometendo em torno de 4,17% da receita corrente líquida do Estado com juros e amortizações.
3. Jatene, no final de seu primeiro mandato, recebeu adiantados R$ 79,6 milhões em impostos que seriam aplicados pelo Governo petista. Essa antecipação da receita de tributos como o FPE, IPI, FUNDEB e CIDE não evitou que o Pará apresentasse um déficit primário de R$ 60,60 milhões, quando o compromisso assumido na LDO/2006 era de um superávit primário de R$ 75,5 milhões. Caso não se houvesse antecipado essa receita, o déficit primário seria de R$ 137,3 milhões.
4. Os relatórios da Lei de Responsabilidade Fiscal de 2006 são claros: lá estão registradas anulações de empenhos, ou seja, restos a pagar não processados de R$ 175 milhões.
5. Nos cofres do Tesouro Estadual, em 1º de janeiro de 2007 (início do governo Ana Julia) foram deixados exatos R$ 181 mil reais. Mil, não milhões, é importante ressaltar.
6. A dívida nominal deixada pelo Governo do PT é de R$ 3,310 bilhões. O crescimento foi de R$ 620 milhões. No entanto, o nível de endividamento caiu para 36,30%, o menor desde o início da vigência da LRF, em 2000. O Pará é o oitavo estado brasileiro menos endividado, atrás de Amazonas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Tocantins. Isso foi possível por causa do crescimento da receita líquida do Estado para R$ 9,118 bilhões.
7 . Gastamos R$ 450 milhões em 2010 para pagar serviços da dívida, 4,94% da receita corrente líquida. Nesse montante há juros e amortização de dívidas de outras gestões, dentre elas a do primeiro mandato do próprio Governador Jatene.
8. Só em 2006, o governo captou no mercado financeiro cerca de R$ 232,3 milhões, cuja amortização só começou a ser feita no Governo petista.
9. No que se refere ao resultado primário para 2010, o compromisso do governo do Pará na LDO era de um superávit de R$ 21,7 milhões e deixamos um déficit primário de R$ 195 milhões.
10. No frigir dos ovos, a comparação a partir de dados objetivos da LRF demonstra que a situação financeira do Pará é praticamente igual, ao final dos dois mandatos, com uma diferença fundamental: não antecipamos receitas e deixamos nos cofres públicos cerca de R$ 70 milhões, quantia bem superior aos 181 mil reais deixados por Jatene para Ana Júlia.
Diante desses fatos só nos resta concluir que a tentativa de pintar um quadro caótico das finanças públicas tem mais a ver com a política do que com a economia. Fiquemos atentos.
Cláudio Puty é doutor em economia, professor da UFPA e deputado federal pelo PT.
(Artigo publicado no Jornal “O Liberal” de domingo, 13 de fevereiro de 2011. Caderno poder, pág. 5- Opinião)

quarta-feira, setembro 02, 2020

Petista chama atenção do PT, por Lawfare contra Jatene

Karol Cavalcante assemelha o processo de perseguição política contra Lula e Dilma, ao que a família Barbalho - com a ajuda de petistas - faz contra Simão Jatene.

Por Diógenes Brandão 

O revanchismo e a busca por cargos e dinheiro para as campanhas eleitorais cegou muitos petistas, mas não todos.

A cientista política e dirigente nacional do PT, Karol Cavalcante, usou suas redes sociais para manifestar sua opinião sobre o ocorrido na manhã desta terça-feira, 1, quando a maioria esmagadora dos deputados estaduais reprovou as contas dl ex-governador Simão Jatene (PSDB), tendo inclusive os votos favoráveis à estratégia da família barbalho, da bancada tucana, que como dizem: se vendeu ao governador Helder Barbalho

"O ex governador do Pará @sjatene45 teve suas contas rejeitadas pelo parlamento estadual por 34 × 6. Os tucanos experimentaram o veneno destilado contra @dilmabr. Eu apenas lamento o uso de Lawfare na política. A democracia perde com o uso do parlamento para acerto de contas.

A inegibilidade de @sjatene45 foi uma decisão política do parlamento estadual que tem um único objetivo: deixar o tucano fora das eleições de 2020. Jatene é o único nome competitivo em condições de derrotar o atual governador Hélder Barbalho.

A rejeição das contas de @sjatene45 inaugura um novo tempo no parlamento estadual. Um tempo em que maiorais de governo passam a ser utilizadas para execrar adversários políticos. É tapetão que fala?

Durante anos a bancada petista aprovou as contas de @sjatene45 Sempre que questionados, "Republicanismo" era a palavra de ordem dos petistas. Hoje votaram contra. É a primeira vez na história do Pará que as contas de um ex gov são rejeitadas. O que mudou? Adivinhem!", provoca Karol Cavalcante.

domingo, março 03, 2013

O dia em que Don Corleone se remoeu de inveja de Simão Jatene


O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), tem ao menos sete familiares, além da ex-mulher e da ex-cunhada, em cargos de confiança no Executivo, no Legislativo e no Judiciário do Estado.
Todos esses cargos são preenchidos sem concurso.

Nas folhas de pagamento há, por exemplo, filho, nora, genro e cunhada. Somados, os salários ultrapassam R$ 100 mil mensais.

Segundo especialistas ouvidos pela Folha, esses casos não se enquadram diretamente na súmula vinculante do STF (Supremo Tribunal Federal) que vetou o nepotismo na administração pública.
Isso porque um órgão fora do Executivo pode nomear parentes do governador, desde que ele não retribua dando, em troca, emprego a um parente do chefe daquele órgão, o que seria considerado nepotismo cruzado.

No Pará, essas nomeações acompanham o crescimento da hegemonia do PSDB local. 

A lista de indicações aumentou com a recente eleição de Zenaldo Coutinho (PSDB) para a Prefeitura de Belém.

A ex-mulher Heliana Jatene assumiu o comando da Fumbel (Fundação Cultural de Belém), e a cunhada Rosa Cunha, a Companhia de Desenvolvimento da Área Metropolitana. Ambas com salário de R$ 15 mil.

FILHOS
 
Um dos indicados é o filho do governador, Alberto Jatene, que ganha R$ 14 mil como assessor jurídico do Ministério Público do Tribunal de Contas dos Municípios.

A procuradora-chefe do órgão, Elisabeth Massoud, é vizinha da família do governador em uma casa de praia.

Alberto, que ocupou cargos de confiança em outros órgãos, afirma que há um "extremo" na proibição de parentes. "O sobrenome virou uma chaga. Papai me diz: 'Beto, eu queria te ter aqui me assessorando, mas não dá'".

A nora do governador, Luciana Jatene, mulher de Alberto, é coordenadora do gabinete do desembargador Cláudio Montalvão das Neves, com salário de R$ 10 mil no Tribunal de Justiça do Pará.

Esse caso foi investigado pelo TJ porque a mulher do desembargador, Rosa das Neves, virou assessora especial do governo paraense em 2011. O procedimento foi arquivado após o TJ entender que não houve o nepotismo cruzado.

Outro caso parecido é o do sobrinho do governador, Simão Tomaz Jatene, assessor do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) desde maio de 2011. O filho do senador, Flexa Filho, se tornou assessor especial do governo em fevereiro de 2011.

Já a filha do governador, Izabela Jatene, coordena o principal programa do governo do Estado na área de segurança, o ProPaz. O cargo não é remunerado, mas permite que ela comande o programa e continue com o salário da Universidade Federal do Pará, da qual é professora.

quinta-feira, dezembro 05, 2019

ALEPA: O voto de Cilene Couto pela reprovação das contas de Jatene

Na foto, Cilene Couto ao lado de Helder Barbalho, dias antes do seu aniversário, junto com a cúpula tucana, em uma visita de cortesia, em maio deste ano.

Por Diógenes Brandão

Ninguém entendeu até agora o que motivou Cilene Couto (PSDB) a votar favorável ao relatório elaborado por Wanderlan Quaresma (MDB), na Comissão de Orçamento e Finanças da ALEPA, que reprovou as contas do último ano do mandato de Simão Jatene. 

Contrariando a decisão do Tribunal de Contas do Estado, que aprovou por unanimidade as contas do ex-governador, o deputado aliado do governador Helder Barbalho não cumpriu o tempo regimental para convocar a reunião que acabou sendo realizada sem a presença de deputados como Eliel Faustino (DEM) e Thiago Araújo (Cidadania). 

Leia também: Contas de Jatene são reprovadas por Comissão de Finanças da ALEPA

Em Maio, o jornalista Marcelo Marques, publicou uma matéria sobre alguns fatos da vida política da deputada tucana, em seu blog. 

Leia abaixo o que o blog do Bacana News disse sobre a deputada estadual Cilene Couto:

A deputada desesperada

Ela rompeu com o próprio pai optando por ficar com Jatene quando esse enterrou as possibilidades do pai em se reeleger.

Ela foi uma das mais agraciadas no governo de Simão, nem te digo como….

Ela foi uma das vozes mais desvairadas e acusatórias contra o agora governador e sua família.

Não teve papas nas línguas, falou o que quis, como quis e da forma que quis.

Na posse de Helder lá estava ela com a cara de quem havia levado um chute na canela, na posse de Daniel a mesma cara.

Mas….

Já tenta se aproximar, começou fazendo s corte, chegando de mansinho.

Até o pobre do ouvido do Daniel ela alugou.

Fez o mesmo com o ouvido de outros deputados governistas.

Quer um cantinho, um abrigo, quer qualquer coisa.

Colará?

Aí depende.

Tem quem aposte que sim, tem quem aposte que não.

Como na política paraense já se viu de tudo, a gente continua urubuservando.

Muitas vezes os inimigos de outrora viram os melhores amigos.

Outras não, continuam sendo tratados da forma que deveriam, encostados no cantinho.

Vamos ver.


quinta-feira, março 17, 2011

Acorda Pará: Transtorno Bipolar da Mídia e Pirotecnias de Jatene

Simão Jatene em campanha criticava a adversária e então governador Ana Júlia, pelos "assessores especiais" e prometia um choque de gestão com um "Pacto pelo Pará", que moralizaria a gestão pública. Parte majoritária do eleitoral acreditou.


O governador do Pará, Simão Jatene, parece surfar num mar de tranquilidade nestes primeiros 75 dias de governo e segue sua saga de tentar ludibriar a maioria do povo paraense, com o jargão utilizado pelos que recebem o governo das mãos de partidos adversários, com a chamada “herança maldita”. É verdade que o PT, quando Ana Júlia assumiu em 2006 o governo do Estado, disse também a mesmíssima frase  do seu antecessor, mas o quadro era realmente difícil e nefasto, para não ser mais dramático.

A impressão de tranquilidade pode ser facilmente notada como Mise-en-scène por quem acompanha o efeito das nomeações de ficha-sujas no Secretariado - Sahid Xerfan, por exemplo, exonerado em menos de um mês à frente da Secretaria de Esporte e Lazer (SEEL) por ter sido condenado pelo TCU e Sidney Rosa, réu num processo que é acusado de manter trabalhadores rurais em condições análogas à escravidão, conforme diz a recente reportagem da Folha de São Paulo, que não é, e  nunca será petista ou à serviço da esquerda.

Cálculos recentes demostram que Simão Jatene já nomeou cerca de 500 “assessores especiais”, entre eles, há indício de pelo menos seis casos de nepotismo cruzado com parentes de magistrados do Judiciário Estadual, deputados e membros das Cortes de Contas, como demostrou notícia da Revista IstoÉ e que a OAB-PA encaminhou denúncia ao Conselho Nacional de Justiça e pedindo que a justiça federal afaste todos os não-concursados, afim de acabar com a cumplicidade entre judiciário e executivo estadual.

Como se não bastasse, no legislativo paraoara, o presidente da casa, o Deputado Manoel Pioneiro (PSDB), partidário do governador, já tem como sua cota particular na assessoria de Simão Jatene, neste caso, o próprio irmão, como informa o jornal Folha de São Paulo, que não é, e nunca será petista ou à serviço da esquerda.

Alia-se aos inúmeros escândalos, que só não são assim rotulados, porque os dois principais veículos de comunicação do Estado do Pará, sofrem de transtorno bipolar, atacando e defendendo a gestão tucana, conforme seus interesses. 

Como? Explico:

Simão Jatene sempre teve como aliados, os proprietários das ORM - Organizações Rômulo Maiorana - mas ultimamente, por abrigar o arqui-inimigo do grupo, o ex-deputado Federal Jader Barballho (PMDB) - que indicou diversos secretários e assessores no alto escalão de governo - tem sido alvo de críticas pontuais que não chegam à expor sua responsabilidade mor nas páginas de O liberal e do Amazônia, ambos jornais controlados pela família Maiorana, que também detém a retransmissão da Rede Globo no Estado, além das emissoras de rádios AM e FM que possuem.

Jader Barbalho por sua vez, fundou a RBA - Rede Brasil Amazônia de Comunicação - um conglomerado de rádios, Tv e jornal (Diário do Pará), que hoje detém maioria de leitores, segundo o IBOPE e por ter rompido com a gestão petista em 2010, pouco antes do processo eleitoral, ajudou os tucanos elegerem-se mas ficou sem o mandato de Senador, mesmo sendo o mais votado no Estado, "vítima" da lei da Ficha Limpa. Toma-te!


 
 Wlad, músico de tecno-brega e incentivador de aparelhagens, foi reeleito Deputado Federal pelo PMDB-PA herdando parte significativa dos votos de Jader, que perdeu a vaga no Senado e ficou sem mandato.


Ambas as empresas possuem relações comerciais e políticas com o governo de Simão Jatene, mas combatem-se ferozmente do lado de fora do ringue (governo), ilustrando as vísceras de seus comparsas e protegendo o empregador (governador) com maestria, tanta que Simão Jatene que está para ver o processo onde é réu, começar a fermentar no Supremo Tribunal de Justiça, para onde  reinvindicou foro privilegiado, por ser novamente governador, onde será tratado o “Caso Cerpasa”.

Somando-se com a denúncia da OAB e a inexorável pressão nas redes sociais, tende à ficar mais careca de preocupação com a perda de seu recente mandato, se a justiça brasileira julgá-lo e condená-lo por abuso do poder econônico e corrupção ativa, com retidão como fez com o ex-governador do DF, José Arruda (DEM), no mesmo tribunal sob as mesmas circustâncias criminosas.


Ao lado de Duciomar Costa, reeleito prefeito de Belém Jatene e Almir - hoje inimigos mortais, são responsáveis pelo descontentamento do povo da capital, com o nefasto gestor municipal.


Conhecedor da máquina pública por mais de 30 anos, Jatene é um político experiente que conhece bem os porões da máquina pública do Pará e sabe como mexer-se no meio empresarial e político local. Montou um secretariado que visa atender aliados e conter manifestações políticas, mesmo que estas já não sejam mais tão organizadas e fortes como eram, antes do PT assumir o comando do Estado em 2006, vindo quatro anos depois, perdê-lo para o próprio tucano.

A herança maldita alegada por Jatene que tentou justificar corte de gastos sociais como tempo integral dos servidores assim como estaque em aumentos salariais e repressão de novas nomeações de concursados aprovados no governo petista, vem agora cair por terra com a contradição mais visível.

É que o anúncio da transferência da sede do governo para o município de Santarém, durante seis dias (20 a 26/06), pelas comemorações dos 350 anos de fundação da cidade, demostra claramente, que os cortes anunciados nas áreas sociais eram pirotecnia pura e que para um Estado falido, levar dez secretários e suas comitivas de assessores para uma cidade distante 876 km da capital (de barco leva em torno de 3 á 4 dias de viagem) imagina-se que os gastos com passagens aéreas, hospedagens e diárias de centenas de governistas só é possível ser feita por quem tem de onde tirar, ou não é?

quarta-feira, setembro 16, 2020

Jatene perde queda de braço em Ananindeua e PSDB mantém Erick como vice de Daniel

Com a ajuda de Pioneiro e Nilson Pinto, Jatene tem outro revés em Ananindeua e fica cada dia mais isolado dentro de seu próprio partido.

 Por Diógenes Brandão

Como o blog já havia dito, o ninho tucano no Pará, sobretudo na região metropolitana, está em chamas e o incêndio não tem dia e nem hora para acabar. Agora esquentou de vez, podendo causar queimaduras de terceiro grau na fauna.

É que a polêmica sobre a aliança do PSDB com o MDB em Ananindeua chega ao fim com a vitória da dupla Erick Monteiro (PSDB) e Dr. Daniel Santos (MDB), que consagram até hoje a presença de 15 partidos na chapa que mostra-se imbatível no segundo mais populoso município paraense.

REVIRAVOLTA COM AJUDA DE PIONEIRO E NILSON PINTO

O Diretório Nacional do PSDB, que havia pedido a anulação da Convenção Partidária do partido em Ananindeua, a qual aprovou a candidatura de vice-prefeito de Erick Monteiro, na chapa do Dr. Daniel Santos, voltou atrás e desistiu do prosseguimento da ação, conforme mostra a petição no fim da matéria.

A decisão contou com a ajuda do prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro e do presidente estadual do PSDB, o deputado federal Nilson PintoJuntos com Érick Monteiro, Pioneiro e Nilson Pinto estiveram em conversações com  o presidente da Executiva Nacional do PSDB, Bruno Araújo, que havia protocolado nesta última segunda-feira, 14, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA), um documento informando a retirada do partido da coligação liderada pelo deputado Daniel Santos e destituindo o diretório municipal do PSDB em Ananindeua.

RETALIAÇÃO E VINGANÇA

A convenção do PSDB em Ananindeua, ocorreu dia 1º deste mês de setembro e a decisão de anular o evento foi tomada a partir de uma articulação do ex-governador Simão Jatene, em retaliação à dupla Daniel/Erick. 

A questão comprova uma análise que o blog já havia feito em artigo publicado nesta terça-feira, 15:

Para alguns analistas políticos escutados pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, a decisão do PSDB em coibir e anular a convenção partidária do partido em Ananindeua- que aprovou a aliança do PSDB com o MDB - é uma retaliação pela aproximação e a ajuda de Erick Monteiro e Dr. Daniel à candidatura e posterior vitória de Helder Barbalho, nas eleições de 2018. 

Já para outros observadores do processo político, trata-se de vingança pela reprovação das contas do último ano de mandato do ex-governador Simão Jatene, o que teria sido a gota d'água que restava para que parte da cúpula tucana no Pará agisse contra a dupla de empresários de Ananindeua, que migraram para o lado da família barbalho, após uma sucessiva quebra de acordos por parte de Jatene, como a promessa feita de que se fosse eleito em 2014, apoiaria Manoel Pioneiro a ser seu sucessor, mas como todos soubemos, Jatene apoiou Márcio Miranda, do DEM.

Com o aceno de Pioneiro e Nilson Pinto favoráveis a aliança do PSDB com o MDB em Ananindeua e o voto da bancada tucana na ALEPA favorável à reprovação das contas de Jatene, os rumos da polarização política entre esses dois partidos vai mostrando um novo contorno. 

Fala-se de expulsão dos deputados infiéis. Mas será que o partido, comandando por Nilson Pinto fará isso? 

O que se vê neste momento é que o tucano mais frágil e abandonado que existe no PSDB paraense é o ex-governador Simão Jatene.




terça-feira, agosto 09, 2011

366, AGE e a pirotecnia dos empréstimos







Acabei de protocolar requerimento na Mesa Diretora da Alepa, solicitando informações ao Auditor Geral do Estado, Sr. Roberto Paulo Amoras, sobre supostas irregularidades identificadas na prestação de contas de operações de empréstimos bancários. O debate está girando em torno do anúncio do governador Simão Jatene de que existem irregularidades na prestação de contas da ex-governadora Ana Júlia Carepa.

A verdade é que estão querendo dar outro foco para o cenário político hoje da Alepa (Assembleia Legislativa do Pará): chamar a atenção para um factóide, tentando desviar a atenção do que merece o foco da sociedade. E que foco é esse? As fraudes da Alepa (que o PSDB e a base aliada do governo Jatene não querem investigar em forma de CPI), o sumiço de enorme quantidade de documentos da Alepa,além de outros aspectos. Isso é central na política hoje no Pará. Daí, se cria um incêndio falso pra desviar a atenção do povo.

As informações repassadas pelo governador Jatene carecem de confiança, tanto no seu aspecto formal, quanto material. Da mesma forma, o governador tem se notabilizado pela prática de atos populistas - como visitas festivas pessoais em hospitais - que só visam chamar para si os holofotes da mídia e tentar confundir a população.

Atitude típica de autoridades demagógicas e sem projetos consistentes. Mas sem alcançar o sucesso desejado, considerando o explícito caos em que se encontra nosso Estado, principalmente nas áreas da segurança pública, saúde, educação e infraestrutura.

Agora, convida as principais autoridades do Estado para, provavelmente sem o conhecimento destas, armar um “circo” e anunciar um pseudo estudo realizado pela Auditoria Geral do Estado com identificação de supostas irregularidades em prestações do governo anterior. E, ainda, ameaçando usar a Procuradoria Geral do Estado - como se esta fosse seu escritório particular e político - para promover possíveis processos judiciais de natureza eleitoreira.

É um cenário pirotécnico que desrespeita as autoridades que ali estiveram e fragiliza a confiabilidade das informações prestadas.

Ora, chamar representantes de outros poderes para “evitar o engessamento do Estado, que corre o risco de ficar inadimplente caso não retifique a prestação de contas junto aos BNDES, o que inviabilizaria qualquer outra operação de crédito ao Pará no momento” é, primeiramente, demonstrar a incapacidade administrativa do Executivo e, ao mesmo tempo, tentar comprometer a autonomia dos demais poderes que nada têm a ver no aspecto institucional com esta questão.

No mérito, também pelo impulso passional, pouco ou nada merece crédito tais informações. O governador alega que “a Auditoria Geral do Estado (AGE) identificou irregularidades na prestação de contas de operações de empréstimos bancários junto ao Banco do Brasil e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) pela administração de Ana Júlia Carepa”.

Mas não informa como, por quem e qual o período dessa auditagem. Trabalho fundamental para análise dos demais poderes, inclusive, deste Poder Legislativo, que possui como uma de suas principais funções, a do controle externo dos atos do Executivo.

Não podemos afirmar nada agora, porque não tivemos acesso aos documentos. Estamos aguardando da AGE essas informações. Aguardando muito tranquilos e achamos que essa questão não pode ser transformada em crise política.

E o principal: que o tema não venha disfarçar a crise da Alepa. Jatene, vamos parar de pirotecnia que, como como diz a Wikipedia: consiste na técnica de fins artísticos de utilizar o fogo e/ou explosivos e fogos de artifício, a fim de entreter o público.

quinta-feira, dezembro 05, 2019

Os deputados que indicam a reprovação das contas de Simão Jatene

O ex-governador Simão Jatene teve suas contas reprovadas na Comissão de Finanças da ALEPA. Decisão final será definida no plenário.


Por Diógenes Brandão


O blog recebeu com exclusividade uma cópia do relatório da reunião extraordinária da Comissão de Orçamento e Finanças da ALEPA, na qual foi aprovado, por unanimidade, o parecer do relator,  deputado Wanderlan Quaresma (MDB), rejeitando a prestação de contas do governo do estado, referente ao exercício financeiro de 2018, o último ano do governo de Simão Jatene.

As últimas páginas revelam os deputados que votaram favoráveis à reprovação das contas do ex-governador Simão Jatene, o que pode torná-lo inelegível por 08 anos.

Conforme anunciado de forma exclusiva por este blog, a deputada estadual Cilene Couto (PSDB) assinou o documento contra o  seu companheiro de partido.






quarta-feira, setembro 02, 2020

Deputados do PSDB somem da ALEPA após reprovarem contas de Jatene


Por Diógenes Brandão

Nenhum dos quatro deputados estaduais do PSDB compareceu na ALEPA hoje, um dia após terem votado favoráveis à estratégia da família barbalho, de reprovar as contas do ex-governador Simão Jatene.

Ana Cunha, Cilene Couto, Luth Rebelo e Victor Dias foram eleitos pelo PSDB, partido do ex-governador Simão Jatene, que teve as contas reprovadas na sessão de ontem, 1, quando pela primeira vez na história da Assembleia Legislativa do Estado do Pará, um governador teve suas contas rejeitadas, apesar do Tribunal de Contas do Estado do Pará ter aprovado as mesmas, de forma unânime.

quinta-feira, dezembro 22, 2016

O casamento, as prisões e a volta do anzol


Por Diógenes Brandão

Mesmo com o dedo coçando, o blogueiro que responde por este espaço não conseguiu atualizar o mesmo esta semana, pois precisou viajar e chegando à Belém concentrou suas atenções para o seu casamento com Marcilene Brandão, o qual ocorreu no Fórum Cível da Capital e depois foi comemorado com familiares e amigos em uma churrascaria, na inesquecível manhã desta última terça-feira (20).

Neste ínterim, o filho do governador do Pará acabou preso na Operação Timóteo, que investiga irregularidades  e um esquema de corrupção em cobranças judiciais de royalties da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais – CFEM. O pai - ferido, segundo ele - gravou um vídeo no Facebook (abaixo), onde de forma indignada critica a operação da Polícia Federal que levou Beto Jatene, dono de uma rede de postos de gasolina, para uma confortável acomodação no quartel do Corpo de Bombeiros do Pará, onde ficou preso por algumas horas. Ninguém conseguiu explicar o motivo desta regalia, já que lugar de gente presa é na cadeia, seja ela da PF ou nos presídios e delegacias.



Além dos postos de gasolina, Beto Beto Jatene é assessor no Ministério Público de Contas, onde recebe como salário a bagatela de R$ 25 mil. Comenta-se nas redes sociais que o rapaz faz parte de uma rede de nepotismo cruzado que abarca familiares do governador, tais como: Izabela Jatene (filha do governador): secretária de Políticas Sociais do Estado. Salário: R$ 21 mil; Ricardo Souza (marido de Izabela): diretor do Tribunal de Contas dos Municípios. Salário: R$ 31 mil; Luciana Jatene (esposa de Beto): coordenadora de gabinete no Tribunal de Justiça do Estado. Salário: R$ 17 mil. 

Além de Beto Jatene, outro figurão da política local teve seu pedido de prisão pedido pela justiça e quase acaba preso na mesma operação da polícia federal: Darci Lermen, prefeito eleito de Parauapebas. Darci foi acusado de receber 50 mil reais dos royalties da mineração, na época que estava no PT e foi prefeito da cidade que governou por dois mandatos. Três ex-assessores que foram encontrados na cidade foram presos. Darci escapou da prisão por estar viajando no dia da operação da PF e conseguiu rapidamente um habeas corpus em Brasília.

Darci Lermen (PMDB) e Padre Nelson (PPS) saíram do PT acusando o partido de ter se corrompido.

O blog lembra que não faz muito tempo, que sob efeito da operação Lava Jato, tanto Darci, quanto o prefeito de Bragança, Padre Nelson saíram do PT acusando o partido de ter se corrompido. Detalhe: Hoje no PPS, Padre Nelson e assessores tiveram suas contas bloqueadas e foram afastados do cargo pela Justiça, acusados de desviar R$ 10 milhões.

Além disso, tal com já estava escrito nas estrelas, o governo estadual conseguiu aprovar o seu pacote de maldades contra os servidores públicos e a população paraense, onde consta 17 Projetos de Lei (PL) e um Decreto Legislativo apresentado às pressas, entre os dias 6 e 15 de dezembro, os deputados mal tiveram tempo para estudar e entender o que o poder executivo enviou para ser aprovado pelo poder legislativo, que no Pará é tratado como mero carimbador de papeis enviados pelo governo.

Com a pressão do SINDFISCO e de centrais sindicais com a CUT e CTB, o deputado estadual Carlos Bordalo (PT) disse que os deputados da oposição conseguiram a retirada de pauta do PL 286, que dispõe sobre o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) de 17% para 18% - o que incidiria diretamente em serviços como transporte público e no custo da cesta básica, por exemplo.

terça-feira, março 05, 2013

Simão Jatene, o nepotismo tucano e o silêncio da mídia

A seletividade da mídia é algo impressionante. Qualquer suposta irregularidade num governo que não reza da sua cartilha partidarizada vira manchete e é alvo de comentários ácidos dos “calunistas” amestrados. Já quando um escândalo atinge um partido aliado da mídia, o silêncio é quase absoluto. Nesta semana veio à tona que o governador do Pará, o tucano Simão Jatene, “emprega” pelo menos sete parentes em cargos de confiança, além da ex-mulher e da ex-cunhada. O nepotismo rende mais de R$ 100 mil mensais aos apaniguados.
A Folha, que adora o denuncismo barato, até registrou o caso, mas sem maiores destaques. Segundo a reportagem de Aguirre Talento, todos esses cargos públicos foram preenchidos sem concurso. “Nas folhas de pagamento há, por exemplo, filho, nora, genro e cunhada de Simão Jatene... No Pará, essas nomeações acompanham o crescimento da hegemonia do PSDB local. A lista das indicações aumentou com a recente eleição de Zenaldo Coutinho (PSDB) para a Prefeitura de Belém”.

O repórter afirma que a ex-mulher do governador, Heliana Jatene, assumiu o comando da Fumbel (Fundação Cultural de Belém), e sua cunhada Rosa Cunha, a Companhia de Desenvolvimento da Área Metropolitana. “Ambas com salário de R$ 15 mil”. Outro indicado foi o filho do tucano, Alberto Jatene, “que ganha R$ 14 mil como assessor jurídico do Ministério Público do Tribunal de Contas dos Municípios. A procuradora-chefe do órgão, Elisabeth Massoud, é vizinha da família do governador em uma casa de praia”.

Procurado pela reportagem, Alberto Jatene criticou a proibição da contratação de parentes. “O sobrenome virou uma chaga. Papai me diz: 'Beto, eu queria te ter aqui me assessorando, mas não dá'". Já a nora do governador, Luciana Jatene, é coordenadora do gabinete do desembargador Cláudio Montalvão das Neves, com salário de R$ 10 mil no Tribunal de Justiça. Em 2011, o TJ foi investigado porque a mulher do desembargador, Rosa das Neves, virou assessora especial do governo paraense, mas o caso não deu em nada.

Apesar da gravidade da denúncia, o tucano Simão Jatene afirmou que nenhum dos casos citados na matéria configura nepotismo ou qualquer tipo de irregularidade. Será que a mídia seletiva dará melhor tratamento ao escândalo? O tema ganhará as manchetes dos jornalões, será capa da revista Veja ou será motivo de duras críticas na TV Globo? A conferir! E a oposição demotucana, sempre tão preocupada com a ética, fará críticas públicas ao governador tucano? A conferir, também!

sexta-feira, novembro 07, 2014

Até onde vai a culpa e a omissão do governador em combater as milícias no Pará?

Em coletiva, Simão Jatene, ressaltou o rigor no trabalho de investigação feito pelo Sistema de Segurança Pública do Estado.

Depois da publicação Chacina em Belém mostra a necessidade da desmilitarização da PM e o fim das milícias, muitos amigos e leitores do blog me perguntaram o que eu achei da postura do governador do Estado do Pará, Simão Jatene, diante deste caso que ganhou repercussão nacional e até agora está sem solução.

Em primeiro lugar, gostaria de iniciar essa postagem, dizendo que diferente de outras entrevistas coletivas à imprensa, senti o governador desta vez abatido, falando de forma insegura, meio desconectado de um sentimento verdadeiro sobre o que dizia.

No entanto, vamos aos fatos.

Desde o momento em que soube daquilo que ficou conhecido como #ChacinaEmBelém, aguardava pela manifestação do governador Simão Jatene e só não pedi por ela, por saber que tão logo ele a faria. Afinal de contas, a morte de um policial e de mais 09 populares, praticamente todos muito jovens, não poderia passar batido pelo staff da inteligência tucana, sempre a postos para utilizar os veículos de comunicação e o marketing político-institucional para desmontar ou prevenir-se de ataques e problemas com a chamada opinião pública.

E como era esperado, Jatene reuniu alguns auxiliares que fazem parte do comando do Sistema de Segurança Pública – senti falta de uma pessoa chave para garantir a lisura e a transparência nas investigações desse porte, neste caso a ouvidora da SEGUP, Eliana Fonseca – e falou praticamente sozinho, repetindo aquilo que o Secretário de Segurança do Estado já tinha dito, sobre tudo que o governo está fazendo para investigar e chegar a elucidação dos fatos, mas não apresentou nenhum suspeito ou responsável pelas mortes que atormentaram Belém de terça para a quarta-feira.

Não me surpreendi quando o governador disse que não há nenhuma necessidade de se pedir apoio do sistema de segurança do governo federal. “Desde o primeiro momento que o sistema de segurança soube desses crimes, todo um efetivo foi acionado, e se mostrou suficientemente pronto para atender essa questão. Portanto, não existem razões para a intervenção da Guarda Nacional”, disse Simão Jatene.

No entanto, eu pergunto ao governador: Se desde o primeiro momento em que o sistema de segurança soube da morte e da convocação feita por policiais para irem até a área onde ele havia sido morto, como é que um grupo armado - de policiais ou de bandidos – consegue entrar e sair dos bairros onde houveram mortes, sem serem vistos ou interceptados pelas forças policiais que segundo Simão Jatene, estaval “prontos para atender essa questão”?

Disse mais: “Não podemos medir esforços para dar uma resposta, o mais rápido possível, à sociedade. Execução é algo que não pode ser aceito em nenhuma sociedade moderna”. Ora, quem conhece a polícia militar e a civil do Estado do Pará, estranha o fato de ninguém que esteve envolvido nos crimes, ainda não ter sido encontrado, já que mortes de policiais geralmente são rapidamente “resolvidas”, como seus supostos criminosos presos e muitas vezes mortos numa quase caça que é feita até que sejam encontrados.

Ainda segundo Simão Jatene, “Em outra linha de atuação, a Polícia Civil investiga a divulgação de informações nas redes sociais que tiveram a intenção de causar pânico na população”.

Concordo que tenha havido exageros, boatos e mentiras espalhadas nas redes sociais que de certa forma intensificaram o medo nas ruas de Belém, fazendo com que desde a noite de terça-feira, muitas pessoas não tenham saído de casas, temerosas pela onda de violência e informações desencontradas que surgiram pelas redes sociais e também pela imprensa.

No entanto, as primeiras manifestações nas redes sociais foram feitos por pessoas e perfis ligados à polícia e até agora, passados três (03) dias do ocorrido, ninguém foi afastado e nem há informações das medidas tomadas para punir os servidores públicos que expuseram ameaças e o comando para retaliações.




Tem mais, o governo diz que para auxiliar no monitoramento dos bairros, as polícias Civil e Militar contam com 187 câmeras, instaladas em pontos estratégicos da Região Metropolitana. As imagens são monitoradas 24 h, por uma equipe de 20 militares. Até agora não deu pra identificar e encontrar os carros e motos que rodaram por vários bairros atirando em populares?

O governador também disse: “Alguns crimes de grande repercussão que foram combatidos com êxito pelo Estado, como o assassinato do casal de ambientalistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, em Nova Ipixuna (sudeste paraense); a chacina de Icoaraci (distrito de Belém), que vitimou seis adolescentes, e o esquartejamento do vigilante Joelson Souza, também na capital, que foram investigados e solucionados em um curto espaço de tempo. 

Sem dívida, todos os casos citados acima foram solucionados pelas investigações, mas nenhum envolvia um grupo de extermínio, como foi o caso desta terça-feira. A provável existência de uma milícia que age nas periferias, matando e praticando corrupção com traficantes, comerciantes e outros, pode ser um problema muito mais complexo e difícil de solucionar.

O possível envolvimento de gente graúda no “negócio”, pode fazer com que as investigações apontem apenas, como sempre, os peixes miúdos, protegendo os graúdos e deixando para debaixo do tapete, os verdadeiros e maiores mandates do crime e da máfia paraense.

Há exatamente seis meses atrás, no dia 04 de Abril deste ano, ocorreu o atentado contra a esposa do Delegado Eder Mauro, um ícone no combate à criminalidade, que tanto a polícia civil e militar, quanto à população em geral elogia e pede socorro para resolver problemas com a bandidagem. Inclusive, Eder Mauro foi eleito deputado federal nas últimas eleições.

Tendo seu carro perseguido e baleado por criminosos que fizeram uma emboscada na estrada da Alça Viára, alvejaram vinte tiros contra sua esposa que dirigia o automóvel e mais dois advogados, após voltarem de um julgamento no município de Abaetetuba. “E eles só não conseguiram realizar o objetivo deles porque o carro é todo blindado”, ressaltou o delegado, que assim como o governador Simão Jatene afirmou agora, também disse na época: “Cabe agora à polícia dar um resposta o mais rápido possível para isso e conseguir acabar com a quadrilha que cometeu esse crime”.


Resultado: Até hoje o caso está sem solução e as suspeitas de que os criminosos podem ter sido amigos de profissão do delegado, continuam sendo levantadas por gente ligada à própria polícia.

Por fim, a pergunta que não quer calar:

Será que daqui em diante, todas as famílias que foram vítimas da violência no Estado do Pará, contarão com a mesma atenção que o governo do Estado está dando às famílias atingidas pelo caso da #ChacinaEmBelém? 

Ou seria este o início de uma nova postura do 2º mantado do governador Simão Jatene para amenizar a dor e os problemas que a falta de segurança pública gera aos envolvidos, ou trata-se de mea-culpa pela responsabilidade do Estado nos crimes cometidos na última terça-feira em Belém?

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terça-feira, novembro 12, 2013

Emoção, revolta e discurso de Jatene marcam o velório de "Cabo Hélio"


O corpo do sargento Antônio Hélio Borges está sendo velado desde a noite de ontem no Comando Geral da Polícia Militar, no bairro do Marco, em Belém. A partir das 9 horas de hoje um cortejo fúnebre levará o caixão com os restos mortais do policial até o Aeroclube, de onde seguirá em um avião do Estado para sepultamento no estado do Maranhão, onde o sargento nasceu. O velório contou com a presença de familiares e dezenas de amigos do sargento, além de colegas de trabalho e autoridades, incluindo o governador Simão Jatene e o secretário de segurança pública do Estado do Pará, Luiz Fernandes Rocha.

Durante o velório, um telão mostrava várias imagens do sargento Hélio e da esposa dele, Feliciana Mota. O PM foi baleado no dia 7, quando estava com a esposa no próprio carro e tentou impedir a fuga de três assaltantes, no centro comercial de Belém. Um dos criminosos atirou no casal. Feliciana morreu na hora e Hélio, baleado no pescoço, foi conduzido para atendimento médico. Após passar por cirurgias, ele não resistiu e teve morte cerebral no último sábado. Ele foi mantido ligado a aparelhos para que seus órgãos fossem doados.

De acordo com o major Leno Carmo, da PM, a morte do sargento Hélio não pode ser em vão. 'O sargento Hélio tombou diante de uma ação de combate à criminalidade. É importante destacar o empenho dele no enfrentamento da violência. Somos policiais sempre, mesmo quando estamos de folga e é este empenho que todos devemos ter. Nada pode nos impedir de lutar contra o crime, porque a lição que o Hélio nos deixou é que não somos PMs em apenas alguns momentos', afirmou.

Familiares do PM preferiram não conversar com a imprensa. O governador Simão Jatene esteve no velório e prestou solidariedade à família. A maioria dos profissionais de imprensa não teve permissão para entrar no local enquanto o governador conversava com familiares do sargento. Simão Jatene informou ainda que não daria declarações às equipes de reportagem ontem. Ele conversou com vários familiares do PM, que pediram maior cuidado das autoridades com relação à segurança no Estado.

Está prevista para as 8h de hoje uma missa de corpo presente no auditório onde o corpo do policial está sendo velado. Às 9h, o caixão sairá do Comando Geral e seguirá em cortejo pela avenida Doutor Freitas até o Aeroclube do Pará, onde embarcará em um avião do governo do Estado para a cidade de Godofredo Viana, no Maranhão, onde o sargento nasceu.

Governador manifesta pesar e elogia ação do policial militar - No programa 'Prestando Contas' de ontem, o governador Simão Jatene manifestou pesar aos familiares do sargento Antônio Hélio e da esposa dele, Feliciana Mota. 'Peço a Deus que lhes deem forças para enfrentar este momento difícil', disse. O governador lembrou que o fato de o policial ter agido, mesmo estando fora da escala de trabalho, é uma demonstração de que o espírito do verdadeiro policial não está apenas em honrar a farda que usa, mas está presente em seu coração. 'O policial não se conteve e expôs a vida para defender o patrimônio e a vida de outra pessoa', frisou Jatene.

Na edição do programa, Jatene reforçou que o Pará não está entre as quatro unidades federativas do Brasil com o maior número de homicídios, em alusão ao Anuário Estatístico do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), encomendado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública e divulgado semana passada em todo o País.

O governador citou, ainda, recente pesquisa feita pela Confederação Nacional do Transportes (CNT), na qual 60% dos brasileiros disseram ter muita preocupação em perder o emprego, mas 92% têm mais preocupação com a violência. 'Ou seja, nove em cada dez brasileiros se preocupam com a violência' afirmou.

Fonte: Jornal Amazônia
Foto: Paulo Akira 

quinta-feira, dezembro 03, 2020

Quem poderá deter Helder mantendo a ALEPA sob seu controle e sem oposição e concorrentes?

A saga de Helder Barbalho em dominar a política segue sem adversários. Sua reeleição é tida como certa e sem desafiadores. Só a Justiça Federal pode detê-lo. Será que a tempo de impedi-lo de concorrer à presidência da República?

Por Diógenes Brandão 

A sucessão do Dr. Daniel Santos (MDB), atual presidente da ALEPA e que foi eleito prefeito de Ananindeua nas eleições deste ano, tende a manter a casa sob o controle do MDB e do governador Helder Barbalho

A esmagadora maioria que Helder tem na ALEPA fará com que eleja o Deputado Chicão, atual líder do governo na casa, para ser o novo presidente da casa pelo biênio 2020/2022. Nenhum outro partido oferece qualquer ameaça de abrir uma disputa e a estratégia do governador de contar com o controle do legislativo para sua reeleição é dado como certo.

Mas, o blog AS FALAS DA PÓLIS não poderia deixar de resgatar que antes de Helder ser eleito governador, Chicão era o deputado mais próximo e devoto da família Barbalho e por isso, o mais cotado para ser o presidente da ALEPA, mas isso mudou com a necessidade do "tudo ou nada", no segundo turno das eleições de 2018, quando Helder viu a possibilidade de perder sua segunda eleição consecutiva. 

Ainda vereador, Dr. Daniel Santos estava no PSDB com o prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro apoiando o candidato apontado por Simão Jatene para ser seu sucessor, mas logo depois do 1º turno, abraçou a campanha de Helder Barbalho e tornou-se o presidente da ALEPA. Dois anos depois, Daniel é prefeito de Ananindeua.


Foi então que pediu e obteve o apoio de Dr. Daniel Santos, no final do primeiro turno, quando este deixou a campanha de Márcio Miranda (DEM), candidato apoiado pelo governador Simão Jatene, do PSDB, o mesmo partido de Daniel, que por sua vez criou um imbróglio, que resultou até em sua expulsão, anulada e reiterada por este ter aderido à campanha de Helder no 2º turno, que foi eleito a partir de uma estratégia fulminante, iniciada e consolidada em Ananindeua e que acabou contaminando o estado como um todo, com uma revoada de tucanos e outras figuras políticas aliadas do tucanato, já desgastado pelo tempo, rachas e muitos impropérios. 

Eleito governador, Helder Barbalho chamou Chicão pro canto e avisou-lhe que aguardasse mais um pouco, pois ele, o governador precisaria cumprir o acordo feito com Daniel: A presidência da ALEPA em troca do apoio, no momento decisivo das eleições de 2018.

Na época, Chicão se isolou e ficou alguns dias sem participar de reuniões, aborrecido por ter sido novamente preterido, já que em 2016 havia sido convencido a recuar de sua intenção de disputar a prefeitura e acabou apoiando Jefferson Lima, como candidato a prefeito de Ananindeua, pelo então PMDB, no qual Jader e Helder mandam e ponto final. 

Jefferson Lima apoiou Helder Barbalho no 2º turno das eleições de 2014 e em 2016 foi lançado candidato a prefeito de Ananindeua, quando foi derrotado por Manoel Pioneiro. Chicão queria ser o candidato, mas foi preterido pela estratégia de Jader e Helder.

Fiel e tido como homem de confiança e da cozinha da família Barbalho, Chicão acabou aceitando dar a vez e ser ultrapassado pelo apresentador de TV e só voltou à mesa de negociação, após Helder oferecer-lhe a liderança do governo, com a promessa de ser presidente da ALEPA, dois anos depois, o que se dá agora, com a eleição municipal finalizada, onde Dr. Daniel conseguiu o que pretendia: A prefeitura de Ananindeua. 

Setores evangélicos e partidos da base aliada estão insatisfeitos com o tratamento dado pelo governador, nesses dois anos de mandato. A falta de espaços prometidos em secretarias, autarquias e até para prefeitos ligados a esses partidos, tem criado um embaraço e tensionado a articulação do governo, mas tudo parece não atrapalhar com que Helder siga em seu mandato de "Rei do Norte". 

Pelo menos entre a classe política e seus partidos, incluindo aí um destaque especial ao PSDB, que com sua bancada de 4 deputados estaduais - Ana Cunha, Luth Rebelo, Cilene Couto e Victor Dias - votou a favor da reprovação das contas do ex-governador Simão Jatene, no dia 1º de Setembro deste ano. Leia em Tal como previsto, Deputados reprovam contas de Simão Jatene

PRESENÇA, NEGOCIAÇÃO DIRETA E PRAGMÁTICA

Uma das diferenças cruciais apontada pelos deputados estaduais, em uma comparação do tratamento do governador Simão Jatene e de Helder Barbalho é a recepção e escuta, seja por telefone ou em encontros pessoais. 

Segundo alguns parlamentares relataram ao blog, Jatene era muito "estrela", não gostava de receber prefeitos e viaja muito pouco ao interior do estado, deixando prefeitos e deputados sem a interlocução para debater problemas, demandas e até pedidos de cargos e empregos para suas bases.

Helder é bem mais ativo e pragmático. Senta, dialoga, acolhe pedidos - dos mais variados - e faz o que pode para manter seus aliados em estado de letargia política, para que não o oferecem qualquer tipo de ameaça e, nem tão pouco, concorrerem em áreas que ele julga serem dele, como a de líder supremo do Pará. 

O mesmo ocorre com seu secretariado: Nenhum secretário estadual pode aparece muito e nem sequer ousar tomar qualquer atitude de divulgação de políticas públicas, em suas referidas pastas, sem que ele, Helder, seja consultado, apresente e ganhe os louros por elas.

Quem lembra dele coordenando todas as coletivas de imprensa durante a Pandemia? 

E a recepção dos respiradores chineses que nunca funcionaram, ao contrário do que a SESPA mentiu, afirmando que estavam sendo usados no Hospital de Campanha do Hangar? Leia em Governo Helder torra dinheiro público para se defender na mídia, mas não explica irregularidades 

Se Hélio Gueiros ficou famoso por dizer que era tarado pela Doca, Helder já pode ser considerado tarado por placas de inauguração em obras e por holofotes da mídia. Leia em Helder Barbalho: Tarado por placas de reinauguração de obras já inauguradas.

A "fissura" do jovem, que desde criança frequenta palanques políticos, é tanta, que antes de ser processado pelo STJ e investigado pela Polícia Federal - acusado de chefiar uma organização criminosa - ainda alimentava o sonho, considerado por alguns como megalomaníaco, de ser candidato a presidente da República. Leia +

Se desistiu, ninguém sabe, mas o certo é que depois destas eleições municipais, se nada ocorrer nas instâncias superiores, ou, para ser mais claro, se a Justiça Federal não for célere, Helder Barbalho deverá ser o candidato favorito em 2022, quando disputará a reeleição ao governo do Pará. 

Neste momento ainda sem nenhum outro adversário apresentado e com chances de enfrentá-lo e derrotá-lo, Helder controla também praticamente todos os veículos de imprensa e mantém jornalistas e líderes políticos e religiosos, tanto da direita, quanto da esquerda, de joelhos.

Leia também: Helder Barbalho e seu governo de coalizão e sem oposição. Até quando?

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...