Jatene e Zenaldo contam com inabilidade política e a omissão da esquerda paraense em fazer-lhes oposição. |
Se um estrangeiro vier ao Pará e começar a ler sobre os fatos e acontecimentos políticos do Estado, chegará à conclusão de que a esquerda paraense é liderada por Jader e Helder Barbalho, pai e filho respectivamente.
Helder saiu recentemente de uma eleição onde disputou o governo do Estado com o atual governador Simão Jatene e venceu o primeiro turno, chegando muito perto da vitória, mas perdeu no 2º turno. No entanto, mesmo sem mandato, usa a internet para se posicionar com firmeza contra os desmandos dos seus adversários, pautando a omissão do governo estadual e destacando os problemas nas diversas áreas, principalmente a social e econômica.
Podemos dizer que tem feito seu papel de oposição e elaborado importantes e sistemáticas críticas ao governo. Uma delas foi ao projeto de lei orçamentária do Estado para 2015, onde afirma que a má distribuição dos recursos públicos penaliza regiões como a do Carajás, que só receberá 2,68% dos investimentos projetados pelo governo estadual, mesmo sendo uma das que mais provém riquezas minerais do Estado, além de contribuir com a pecuária, agricultura e parte significativa da arrecadação de impostos.
Helder conclui que: “Ao dar as costas para o interior, tratando com desprezo a sua população e fomentando as rixas regionais, o governo aprofunda as desigualdades, acentua a percepção de ausência do Estado, torna mais agudos os ressentimentos e fortalece, ele sim, o sentimento separatista – que depois, maliciosamente, trata de atribuir aos adversários”.
Jader por sua vez, mantém seu papel de liderança política e lança sempre críticas e observações sobre a política local de forma ácida e contundente. Exemplo disso é que o senador do PDDB protocolou nesta quinta-feira (04), um requerimento solicitando informações sobre o famoso BRT de Belém, à Controladoria Geral da União (CGU).
A ação de Jader pode finalmente trazer alguma investigação por parte do governo federal sobre o que foi feito com mais de 100 milhões de reais enviados para dois prefeitos, Duciomar Costa (PTB) e Zenaldo Coutinho (PSDB), e que até agora nenhum ônibus rápido trafega na pista da Av. Almirante Barroso, que recebeu concreto no lugar do antigo asfalto. Fora isso, ônibus velhos e comuns, atropelamentos e acidentes entre veículos é o que se constata de fato no local.
A ação de Jader pode finalmente trazer alguma investigação por parte do governo federal sobre o que foi feito com mais de 100 milhões de reais enviados para dois prefeitos, Duciomar Costa (PTB) e Zenaldo Coutinho (PSDB), e que até agora nenhum ônibus rápido trafega na pista da Av. Almirante Barroso, que recebeu concreto no lugar do antigo asfalto. Fora isso, ônibus velhos e comuns, atropelamentos e acidentes entre veículos é o que se constata de fato no local.
Dotados de um sistema de comunicação que conta com emissoras de rádios e TV, além de um dos três jornais impressos do Estado, hoje o mais vendido na região, a família barbalho tem vários de seus integrantes fazendo política e usam seus veículos de imprensa para tal, o que ajuda e muito a serem hoje, sem dúvida, a principal força opositora do PSDB paraense, que chega ao 16º ano de mandato, quase consecutivos, à frente do comando do Pará, só não completo pelo fato de que o PT venceu as eleições de 2006 com Ana Júlia que governou até 2010, mas não conseguiu a reeleição.
Por sua vez, Simão Jatene mesmo mal avaliado, com um governo recordista de números sociais e econômicos negativos e com sinais de cansaço físico e político, consegue mesmo assim passar incólume pela vista de quem se elege falando em lutas que só travam através da retórica em períodos eleitorais.
As exceções são raras e nem sabem usar bem os meios de comunicação para fazerem política no século que começou e nem perceberam. Talvez por isso é que a esquerda esteja tão reduzida e inexpressiva no Pará.
Quanto aos demais partidos e lideranças políticas, reservo-lhes a publicação de um futuro artigo onde destacarei a omissão, a falta de atividades e críticas por parte dos que deveriam fazer uma oposição mais dura, competente e sistemática e não a fazem, sabe-se lá os motivos.