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segunda-feira, agosto 28, 2017

Suspeito de matar o prefeito de Tucurui mata empresário de Itaituba

Bruno Oliveira é acusado de matar o empresário Albenor e o prefeito Jones William, conforme retrato falado.

Por Diógenes Brandão

A Polícia Civil está perto de encontrar o suspeito de ser o assassino do prefeito de Tucuruí, Jones William, morto no dia 25 do mês passado. O acusado teria sido o mesmo assassino do empresário Albenor Moura de Sousa, de 56 anos, crime ocorrido no município de Itaituba, na última quinta-feira (24). 

empresário morto foi acusado e confessou o assassinato do advogado Raimundo Messias de Oliveira, da cooperativa de garimpeiros da Mineração Ouro Roxo, mas foi inocentado de ser o executor, porém foi condenado por ocultação de cadáver. O crime foi cometido em Setembro de 2013 e julgado no Tribunal de Justiça do Estado, em Maio deste ano, quando Albenor pegou um ano e meio de pena, em regime aberto.

   
Além de matar o empresário em Itaituba e ser suspeito do assassinato do prefeito de Tucuruí, Bruno Oliveira é o principal suspeito do assassinato do empresário de Ulianópolis, Jean Clésio Ferreira Aguillar, que trabalhava no ramo madeireiro e foi executado na porta de sua residência, em março deste ano, no município de Uruará, vizinho a Novo Repartimento. 



A divulgação da morte do empresário sumiu de diversos blogs que haviam noticiado o fato, entre eles, o Plantao 24 horas News e o blog do Norton Sussuarana.

quarta-feira, agosto 23, 2017

Citados por suspeito de assassinato em Paragominas rechaçam insinuações

Citados por acusado de ser mandante de um assassinato, Paulinho Adnan e Sidney emitem nota de repúdio.

Por Diógenes Brandão

Após a publicação "Acusado de ser mandante de assassinato cita prefeito, secretário de estado e deputado", o prefeito de Paragominas Paulo Tocantis, o deputado estadual Sidney Rosa (PSB) e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Estado do Pará,  Adnan Demachki emitiram uma Nota de Repúdio conjunta, rechaçando as insinuações contidas no vídeo gravado com o suspeito de ser um dos mandantes pela morte de uma empresária e servidora pública de Paragominas. 

Leia:

NOTA DE REPÚDIO  

Os cidadãos Paulo Tocantins,  Sidney Rosa e Adnan Demachki, REPUDIAM, de forma veemente e indignada, as declarações caluniosas, injuriosas e difamantes proferidas pelo meliante Maurício da Luz Ramos, popularmente conhecido como “Cabo Maurício”, acusado de ser o mandante do assassinato da servidora pública municipal, Maria Augusta da Silva, ocorrido no dia 15 de julho de 2017, na cidade de Paragominas-PA. 

“Cabo Maurício” teve um vídeo gravado e divulgado nas redes sociais, enquanto encontrava-se algemado e a caminho da penitenciária, logo após seu depoimento em Juízo, fazendo insinuações maliciosas e totalmente falsas que atacam a honra e a imagem dos signatários. Os cidadãos repudiam qualquer ato de violência e solicitam das autoridades competentes a devida investigação e responsabilização do fato, anunciando que adotarão todas as providências cabíveis, no âmbito administrativo e judicial,  contra o autor dos comentários e os responsáveis por sua gravação e divulgação. Infelizmente, nos tempos modernos, as redes sociais se tornaram palco das mais variadas agressões, com objetivos escusos ou, às vezes, por pura diversão, vitimando pessoas de bem, que tem dignidade e família, mas que ficam completamente à mercê das mentiras veiculadas.   

Por tudo isso, pedimos àqueles que conhecem nossa história de vida e nosso caráter que nos ajudem a conter os boatos e a restabelecer um mínimo de serenidade no espaço virtual onde a sociedade cada vez mais se comunica.

terça-feira, agosto 08, 2017

Polícia já tem a foto do assassino do prefeito de Tucuruí e em breve deve solucionar o crime

À esquerda o retrato falado e à direita a foto do suspeito de ser o assassino do prefeito de Tucuruí, no dia 25 do mês passado.

Por Diógenes Brandão

A informação trazida de uma importante fonte do blog em Tucuruí, município paraense que teve o prefeito assassinado no dia 25 do mês passado é de que a força-tarefa policial destacada para cuidar do caso, já tem a foto do assassino que disparou os tiros que ceifaram a vida de Jones William (PMDB).

Há inclusive a informação de que um comparsa do suspeito pelo assassinato já esteja preso, mas a polícia ainda não confirmou a prisão e tudo indica que já está prestes a solucionar o caso, assim como aconteceu com as investigações envolvendo outros dois prefeitos da mesma região.

A divulgação do retrato falado do suspeito foi feita dois dias depois do assassinato de Jones William. Duas testemunhas ajudaram na constituição da imagem, já que os dois executores abordaram e atiraram no prefeito montados em uma moto, sem capacetes.

Segundo o blog do Zé Dudu, a PM havia prendido um suspeito de ser o autor dos disparos contra Jones William, um dia depois do crime, mas a polícia liberou o mesmo logo depois de interrogá-lo, por concluir que tudo não passou de um engano.

A expectativa da polícia agora é de que após capturar o assassino, o mandante do crime seja revelado. A fonte do blog, reforça que o crime tenha motivação política e que o principal suspeito tinha interesse político pela morte do prefeito.

Logo após a conclusão do caso da morte de outro prefeito da região, o Alemão, assassinado a mando do presidente do seu próprio partido, o PSD, em Maio deste ano em Breu Branco, o Delegado Geral da Polícia Civil, Rilmar Firmino, falou em uma entrevista à imprensa sobre relação dois crimes ocorridos em tão pouco espaço de tempo: 

"Não podemos estabelecer conexão, nem achar que foi a mesma motivação. Mas uma coisa é certa. Nós percebemos que tanto em Breu Branco quanto em Goianésia, o mandante teve participação efetiva do velório e do enterro. Normalmente são pessoas bem próximas da vítima. Em Tucuruí, a gente não descarta, estamos observando esses fatos com bastante atenção. 

E durante uma coletiva de imprensa no mesmo dia, o delegado afirmou: “O prefeito morreu porque não compactuou com aqueles que achavam que a Prefeitura seria aberta. Esse é o tipo de crime de difícil resolução, pois os que matam, são os que vão chorar com os familiares”.

domingo, julho 30, 2017

Suspeitos de invadir hospital e matar líder do MST são detidos no sudeste do PA

A vítima foi socorrida com vida e levada até Parauapebas, onde dois dias depois, foi morta dentro do hospital por cinco homens armados com pistolas e revólveres.

Um guarda municipal foi preso. Um sargento da PM é investigado por possível envolvimento no crime.  


Dois homens suspeitos de assassinar Waldomiro Costa Pereira, um dos líderes do Movimento dos Sem Terra (MST) na região sudeste do Pará, foram presos nesta sexta-feira (28). 

O guarda municipal Lionício de Jesus Souza e Francisco Ubiratan Silva teriam participado do crime. Um sargento da Polícia Militar também é investigado.  

O crime ocorreu durante a madrugada do último dia 20 de março, quando cinco homens armados e encapuzados renderam os vigilantes do Hospital Geral de Parauapebas, onde Waldomiro estava internado na UTI, após sofrer um atentado a tiros dentro do próprio sítio, no município. Waldomiro foi alvejado na cama do hospital. Segundo os vigilantes, toda a ação, que durou cerca de três minutos, foi registrada pelas câmeras de segurança do hospital.  

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil com apoio da Superintendência Regional do Sudeste e do Grupo de Pronto Emprego da Polícia Civil cumpriu dois mandados de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão. Dos três mandados de busca, um deles foi cumprido na casa de um sargento da Polícia Militar, que também está sob investigação.  

Armas  

Durante a operação, foi apreendido um revólver calibre 38 com mais de 40 munições de diversos calibres, que estavam com Ubiratan. Ele foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e munição. Com o guarda municipal foi apreendida uma pistola calibre 380 com três carregadores com 13 munições. Na casa do sargento, foi apreendida uma pistola calibre ponto 40. Nos dois últimos casos, as armas estavam com porte legal. As três foram encaminhadas para perícia e vão passar por exame de comparação microbalística para verificar se elas podem ter sido utilizadas no assassinato de Waldormiro.  

O delegado Dauriedson Bentes, da Divisão de Homicídios (DH), informou que ainda não há mandado de prisão para o suposto mandante, porque ele está ainda sob investigação, assim como as outras pessoas envolvidas na execução. 

Motivação  

Segundo a polícia, a motivação do crime está ligada a questões de conflitos agrários na região. Segundo o delegado Dauriedson, que está responsável pelo inquérito do caso, a morte de Waldomiro teve a ver com a ligação que ele tinha com o Movimento Sem Terra, onde ele era considerado um dos comandos do movimento.  

No dia 18 de março deste ano, a fazenda Serra Norte, em Eldorado dos Carajás, foi atacada e um vaqueiro do local foi alvejado a tiros, mas sobreviveu. Esse fato, detalha o delegado, foi o estopim para uma tentativa de homicídio sofrida por Waldomiro Pereira no mesmo dia, em Eldorado dos Carajás, onde a vítima tinha uma residência.

A vítima foi socorrida com vida e levada até Parauapebas, onde dois dias depois, foi morta dentro do hospital por cinco homens armados com pistolas e revólveres.  

Segundo o delegado, o grupo tentou matar Waldomiro como retaliação pelo ataque sofrido na fazenda. As investigações sobre o crime continuam.

quarta-feira, julho 26, 2017

Após assassinato de prefeito do PMDB, PT critica Temer, Jatene e pede intervenção no Pará



Em nota pelo assassinato de Jones William, o PT relembrou casos recentes de ataques à lideranças políticas e populares no Pará e pediu a intervenção de entidades com a Anistia Internacional, CNBB, OEA e OAB. 

Via PT-PA

O Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores do Pará e o Diretório Municipal de Tucuruí vêm a público manifestar profunda consternação pelo assassinato do prefeito de Tucuruí Jones William, na tarde de hoje (25), e prestar solidariedade aos familiares e amigos enlutados por mais esse crime bárbaro ocorrido em nosso estado. 

Jones foi mais uma vítima da crescente utilização da violência e da pistolagem como método de disputa política no estado do Pará. Em janeiro de 2016, João Gomes da Silva, prefeito de Goianésia do Pará – cidade à 98 km de Tucuruí – foi assassinado quando participava de um velório no município. Um mês depois, no mesmo município, o vereador José Ernesto da Silva Branco foi morto por dois homens. Em abril de 2017, o vereador do município de Rio Maria, Paulo Chaves Marinho, após ter escapado de um atentado no mês anterior, foi executado com tiros na cabeça. 
Em maio desse ano, Diego Kolling (Alemão), prefeito de Breu Branco – à 38 km de Tucuruí – foi morto enquanto andava de bicicleta na PA-263; 10 trabalhadores e trabalhadoras rurais foram executados na fazenda Santa Lúcia, no município de Pau D’arco; e Kátia Martins, presidente da Associação dos Agricultores Familiares do Acampamento 1º de Janeiro, em Castanhal, foi morta com cinco tiros, diante de sua casa. Mês passado, a líder quilombola Maria Trindade foi assassinada no município de Moju. A sociedade assiste atônita e estarrecida a política paraense voltar a ser contaminada pela pistolagem e pelos crimes de encomenda – uma realidade que suponhamos ter ficado no passado – sem que haja qualquer reação efetiva do governo federal, governo estadual ou TJE/PA para coibir o banho de sangue em curso. 

Como na década de 80, novas listas de “prometidos para morrer” são elaboradas e circulam em um reaquecido mercado da pistolagem, cada vez mais encorajado pelas sinalizações de impunidade que recebem do governo golpista de Michel Temer, como a aprovação da PEC da Grilagem e a indicação de um ruralista para o Ministério da Justiça. 

Por outro lado, o governo do tucano Simão Jatene parece-nos tão refém do crime organizado quanto a sociedade paraense, demonstrando uma imensa incapacidade e falta de vontade política de enfrentar as ações criminosas e cotidianas de milícias e jagunços. 

Em face a este brutal cenário, o PT/PA reitera o pedido de apoio aos órgãos internacionais de defesa dos direitos humanos – como Anistia Internacional, CNBB, Comissão de Direitos Humanos da OEA e OAB para que intervenham, cobrando das autoridades públicas brasileiras e paraenses que combatam a violência e a pistolagem em nosso estado, que prendam os executores e os mandantes dos crimes por encomendas e que se solidarizem no sentido de cobrar proteção da Policia Federal aos sobreviventes e testemunhas de crimes e aos militantes de Direitos Humanos que vem denunciando o caos na segurança pública do Pará. 

A melhor homenagem que podemos prestar é continuar lutando para que tais crimes não fiquem mais uma vez impunes. Por Jones William e por todas as vítimas, exigimos justiça! 

Diretório Estadual do PT Pará. 
Diretório Municipal do PT Tucuruí.

terça-feira, julho 25, 2017

Jones William é o 3º prefeito assassinado no sudeste paraense, durante o período de um ano e meio

O prefeito Jones William (PMDB) foi vítima de um atentado a balas que tirou sua vida em Tucuruí.

Por Diógenes Brandão

O prefeito de Tucuruí Jones William foi atingido por tiros na tarde desta terça-feira (25), quando fiscalizava obras de pavimentação de uma estrada que dá acesso ao aeroporto da cidade. Depois do atentando, ele foi levado a um hospital, mas não resistiu e veio a óbito. 

Os assassinos o abordaram e fugiram em uma moto, logo depois dos disparos fatais. O vice-prefeito, Arthur Brito (PV) deve assumir imediatamente a prefeitura.

Jones iniciou sua carreira política aos 17 anos. Foi vereador pelo PSB, passou pelo DEM e filiou-se ao PT e foi eleito por mais um mandato como vereador até tornar-se prefeito. Convidado por Helder Barbalho a filiar-se ao PMDB no início de 2016para disputar a prefeitura de Tucuruí, acabou eleito poucos meses depois, com 53,50% dos votos.

Logo depois de assumir o cargo, o prefeito tornou-se investigado pelo MPE por problemas nas primeiras licitações realizadas em seu mandato. Jones teve seu pedido de afastamento solicitado à justiça, mas garantiu o direito de defender-se no cargo.

Os dois Jornais paraenses não confirmam a morte do prefeito, mas fontes do blog em Tucuruí afirmam que depois de ser baleado, inclusive na cabeça, ele não resistiu e faleceu deixando a esposa e 04 filhos, aos 42 anos.

TERRA SEM LEI: SUDESTE CONTABILIZA 03 PREFEITOS ASSASSINADOS

Com Jones William, a região sudeste do Pará já contabiliza a morte de 03 prefeitos, em um ano e meio.

O primeiro prefeito assassinado na região foi o prefeito de Goianésia do Pará, João Gomes da Silva (PR), morto no dia 25 de janeiro de 2016, durante velório de um amigo. Conhecido como 'Russo', a vítima foi alvejada quando tinha 62 anos. 

O suspeito teria tido ajuda de um comparsa para fugir em uma moto, logo após o crime. Segundo a polícia, a morte do prefeito teria sido encomendada pelo vereador José Ernesto da Silva, o Zé Ernesto, que foi o mandante do crime por motivos políticos: ele planejava concorrer ao cargo municipal, mas João Gomes era cotado para a reeleição. Outros suspeitos de terem participado da morte são Benedito Peres Campelo e o filho dele, Kleberson Deibe Campelo, que seriam os executores. 

O intermediário na contratação dos executores seria conhecido como Chicão. Dos quatro suspeitos está preso Benedito Campelo. Kleberson e Chicão estão foragidos, e Zé Ernesto foi assassinado em fevereiro de 2016 por dois homens - identificados como Murilo e Nego Bala - que também foram presos.

O outro prefeito da região assassinado foi do município de Breu Branco, Diego Kolling, no dia 16 de Maio deste ano. O crime aconteceu enquanto a vítima pedalava uma bicicleta na companhia de amigos em um trecho da rodovia PA-263, que liga Tucuruí a Goianésia do Pará. 

Novamente, os assassinos também usaram uma moto para fugir do local do crime. A polícia diz que continua investigando o caso, mas nunca ninguém foi preso.

quinta-feira, fevereiro 02, 2017

Jornalista da Veja, Reinaldo Azevedo pede que fascistas tenham compaixão da esposa de Lula



Por Diógenes Brandão

Na publicação "Marisa piora. Mulher de Lula e fascismo da vulgaridade", o colunista da Veja, Folha e Jovem Pan que mais odeia Lula e faz campanha aberta por sua prisão, fala sobre o quadro clínico da Dona Marisa Letícia e repreende o uso político e fascista deste momento difícil em que passa a família e amigos do ex-presidente. É como se buscasse inocentar-se da onda de ódio que varre o país e que levou a companheira de Lula a sofrer um AVC. 

Em um trecho, o blogueiro tenta se livrar dos alunos zumbis que ajudou a formar e hoje semeiam ódio e violência nas redes sociais: "É evidente que eu não tenho nada a ver com essa escória. Não há nada de errado com a “compaixão” — ao contrário. É ela que nos distingue da besta", diz o jornalista em tom de humanismo e isentando-se dos que hoje espalham tantas sandices na internet.

Leia abaixo, a disfarces de Reinaldo Azevedo:

Há vagabundos lucrando com esse clima. Quanto mais o país viver tempos de terra arrasada, melhor. Mobilizam os incautos, que acreditam em qualquer porcaria.

Entre as muitas indignidades que marcam estes tempos de pistolagem moral, há a que pôs, ou põe em dúvida, a gravidade do estado de saúde de Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Lula.

É uma das coisas mais asquerosas que já se publicaram nas redes. E pouco me importa agora saber como alguns petistas e petralhas se comportam habitualmente em casos assim. Aliás, eu sei bem. Em 2006, quando extraí dois tumores da cabeça, desejaram abertamente a minha morte. Voltaram a fazê-lo neste ano por causa do aneurisma que tive.

A qualidade dos ataques desferidos por meus adversários não determina a minha reação, a minha resposta. Uma das lições mais importantes da minha vida — e, felizmente, eu a recebi muito cedo — foi tomar o cuidado para não me deixar sequestrar por quem detesto ou por quem me detesta.

Como os leitores sabem, simplesmente ignoro os marginais do pensamento.

Se e quando os petistas explorarem a situação de Marisa, se eu achar conveniente, tratarei do assunto. Mas deixei claro desde o início que a minha primeira abordagem é a humana.

Não há nada de errado com a “compaixão” — ao contrário. É ela que nos distingue da besta. É a capacidade de sentir empatia, de pertencer a uma comunidade que partilha das mesmas fragilidades, das mesmas dores. No caso, a comunidade humana.

Consta que o estado de saúde de Marisa piorou bastante nas últimas horas. Desde o começo, ficou claro que a ocorrência era muito grave — e nem há hipótese de o rompimento de um aneurisma cerebral não o ser.

A suspeita que o lixão da Internet lança sobre a real condição da mulher do ex-presidente tem uma motivação puramente política, ideológica. ORA, EM QUE COISA ESTES QUE ASSIM PROCEDEM HOJE SE DISTINGUEM DAQUELES QUE DESEJAVAM A MINHA MORTE? Os dois grupos acham que adversário bom é adversário morto.

É evidente que eu não tenho nada a ver com essa escória. E espero que a distância seja cada vez maior.

Mais ainda: querem transformar a desconfiança política no critério mais relevante da análise, a despeito dos fatos? Mas que, então, tenham ao menos um mínimo de respeito pelos médicos que estão tratando de Marisa. Será que eles também entraram numa conspiração política para, então, Lula se apresentar como vítima etc e tal?

Mais de uma vez, já lamentei aqui a emergência do ‘fascismo da vulgaridade” (by George Steiner) que está em curso. Não tem exclusivismo ideológico, não. Há o de esquerda e o de direita. Em qualquer dos casos, os fatos pouco importam.

Sim, há vagabundos lucrando muito com esse clima. Quanto mais o país viver em clima de terra arrasada, melhor. Mobilizam os incautos, para os quais, parece, a vida real é sonho ou pesadelo. A verdade “de verdade” sempre estaria acontecendo em outro local. Em logradouros secretos, grupos de conspiradores, a esta hora, tramam contra o nosso futuro.

Bem, vou dizer o quê?

Que antipetistas e petistas tenham cuidado ao tratar do caso Marisa Letícia. E que a compaixão seja a apreensão principal.

Sim, o estado de saúde da mulher de Lula é muito grave. Sempre foi.

Há várias escolhas em momentos assim. Só uma é sensata: a solidariedade humana.

Fiquem longe dos que fazem do ódio um meio de vida, uma profissão, um negócio.

“Ah, está falando de nós?” Não! Nem sei quem são “vocês”.

Estou falando dos que fazem do ódio um negócio.

terça-feira, junho 21, 2016

Morte de onça após revezamento da Tocha Olímpica causa comoção nas redes sociais


Via EBC

A morte de Juma, a onça-pintada que participou de cerimônia durante a passagem da Tocha Olímpica por Manaus, ontem (20), tem causado comoção nas redes sociais. A onça-pintada foi abatida com um tiro de pistola no Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), logo após ser exibida no evento e tentar escapar do local.

Em petição na internet, um grupo pede justiça pela morte do animal. “Juma foi retirada de seu habitat para servir de alegoria” para evento da Olimpíada, diz o abaixo-assinado. A mobilização viralizou nas redes sociais e já recolheu mais de 35 mil assinaturas até o fim da tarde de hoje (21). Com a hastag #Juma, milhares de brasileiros lamentam a morte da onça-pintada, espécie ameaçada de extinção.

O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) notificou o Comando Militar da Amazônia (CMA) pela morte do felino. Segundo a organização, a onça não poderia ser exibida em eventos sem autorização de órgãos ambientais. Em nota, o Ipaam diz que aguarda explicações sobre as circunstâncias do acidente. O CMA pode ser multado em R$ 5 mil.

Segundo o Ministério da Defesa, a onça precisou ser abatida depois de escapar do zoológico da unidade militar. O animal chegou a receber tranquilizantes, mas, ainda assim, atacou um soldado. O disparo de pistola contra o animal foi um procedimento de segurança, segundo os militares.

“Como procedimento de segurança, visando a proteger a integridade física do militar e da equipe de tratadores, foi realizado um tiro de pistola no animal, que veio a falecer”, disse o CMA em nota. O Centro de Instrução de Guerra na Selva abriu processo administrativo para apurar o caso.

O zoológico do Cigs tem cerca de nove onças-pintadas, que são consideradas mascotes dos grupamentos militares que atuam na selva amazônica. Algumas delas vivem em cativeiro desde filhotes e, adestradas, são frequentemente usadas em eventos oficiais, em desfiles e datas comemorativas.

De acordo com coronel Luís Gustavo Evelyn, chefe da Comunicação Social do CMA, o zoológico da instituição é um mantenedor de animais silvestres referenciado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“A gente recebe essas onças, que são capturadas pelo Ibama, muitas vezes estão cegas, maltratadas. O Cigs recebe esses animais, que são tratados adequadamente por profissionais especializados.”

Comitê organizador

O Comitê Organizador da Rio 2016 admitiu que errou ao permitir a exibição do animal durante o evento da passagem da tocha e disse que o episódio não se repetirá. “Erramos ao permitir que a Tocha Olímpica, símbolo da paz e da união entre povos, fosse exibida ao lado de um animal selvagem acorrentado. Essa cena contraria nossas crenças e valores. Estamos muito tristes com o desfecho que se deu após a passagem da tocha. Garantimos que não veremos mais situações assim nos Jogos Rio 2016”, diz o texto da organização, publicado no Twitter.

*Com informações de Graziele Bezerra, repórter do Radiojornalismo

sábado, março 26, 2016

Encontrado morto ex-policial civil que denunciava caciques tucanos em MG



O policial civil Lucas Gomes Arcanjo foi encontrado morto, hoje (26), em sua casa em Belo Horizonte/MG.

Segundo informações divulgadas somente pela blogosfera progressista, o corpo de Arcanjo foi encontrado em sua casa com uma gravata ao redor do pescoço. A família descarta a possibilidade de suicídio.

Como Lucas era muito conhecido pelas denúncias contra caciques tucanos em MG, a possibilidade de retaliação não é descartada. 

O investigador já tinha sido vítima de 4 atentados em respostas às denuncias que fazia, uma delas o deixou com uma sequela na perna, Arcanjo andava com ajuda de uma bengala.

Abaixo dois vídeos com denúncias contra Aécio Neves (PSDB/MG), que tornou o policial conhecido e perseguido deste então.




quinta-feira, fevereiro 25, 2016

Protestos e uma morte marcam a entrega do PSM da 14, que completou 8 meses fechado para a população de Belém


A tão esperada reabertura do Pronto-Socorro Municipal (HPSM) Mário Pinotti - fechado há exatos 08 após um incêndio que colocou em risco a vida de pacientes - foi marcada por protestos e politicagem por parte do governador e do prefeito que negou que o incêndio foi uma tragédia anunciada.

No palanque, faltou povo, faltaram funcionários, os verdadeiros heróis que salvam vidas, muitas vezes colocando a sua em risco, tanto pelas falta de condições de trabalho, ou pela baixa remuneração, como vemos no PSM do Guamá, superlotado e em situação similar aos hospitais de guerra, com pacientes jogados em todos os cantos, com médicos em situação profissional irregular e demais servidores insatisfeitos com seus salários baixos.

O evento foi marcado pela presença de vereadores da base aliada, secretários da prefeitura e do governo do Estado, com seus DAS´s, assessores e seguranças. A proteção das autoridades presentes no evento ficou por conta de centenas de guardas municipais e PMs que faziam a segurança do prefeito Zenaldo Coutinho e do governador Simão Jatene, que já não podem aparecer em público sem serem vaiados e presenciarem protestos e manifestação de servidores públicos e populares.

Prefeito alega que por uma desinfectação, o PSM  só poderá receber o público no mês de Março. Nas redes sociais, muitas críticas e sátiras, como a da internauta abaixo que disse no twitter: "Por pouco o PSM da 14 de Março, volta a atender só no dia 14 de março".


Funcionários denunciam que a prefeitura determinou a retirada de equipamentos do PSM do Guamá para que fossem feitas fotos e vídeos da entrega da reforma do PSM da 14. 

Médicos vão à polícia denunciar que não tem como atender as pessoas que estão morrendo em busca de atendimento no PSM do Guamá.


Em nota, o Sindicato dos Médicos do Estado do Pará revela como está o atendimento da população que precisa da rede pública de saúde municipal. Em resumo, se alguém não estiver morrendo, não procure a prefeitura, pois não será atendido.

Médicos fazem triagem no Guamá e Unidades de urgência.

Médicos da área de urgência e emergência de Belém concretizaram nesta quinta-feira o ato de protesto contra o caos instalado na saúde da cidade. Fazendo procedimento de triagem nos pacientes que chegavam ao Hospital do Guamá, eles só atenderam aqueles que realmente corriam risco de morte. A “triagem de advertência” foi uma reação à falta de providências por parte da gestão do município diante de reivindicações de médicos que vem sendo feitas desde o ano passado.

Idoso é encontrado morto no corredor do HPSM onde estava internado.
No HPSM do Guamá o movimento foi grande e dois médicos atenderam na triagem, sendo que os demais plantonistas permaneceram no atendimento interno. Dos nove casos com indicação de cirurgia atendidos pela manhã nenhum pôde ser operado. O centro cirúrgico do hospital só dispõe de um carro de anestesia, que foi levado para o HPSM da 14 hoje e a sala de cuidados pós-cirúrgicos estava com os leitos totalmente ocupados. Enquanto isso, pacientes esperam atendimento em corredores lotados ou em áreas abertas, expostos à sol e chuva.

Na UPA de Icoaraci a morte de uma criança gerou tensão no atendimento no horário da manhã. Um menino de sete anos, provavelmente com quadro de meningite, faleceu por volta das 8h na UPA. Ele tinha sido atendido na véspera e liberado após a aplicação de medicamento antitérmico. Retornou à noite com febre alta e manchas no corpo. Foi feito hemograma e os médicos seguiram os procedimentos normais solicitando a internação do menino, mas a central de leitos não respondeu à solicitação da UPA. A “triagem de advertência do atendimento” deve durar ainda até amanhã de manhã, totalizando 24 horas de mobilização. O Samu também funcionou só para casos com risco de morte. Foi registrada uma remoção numa Unidade de Suporte Avançado, que requer o acompanhamento de profissional médico.

Idoso é encontrado morto no corredor do HPSM onde estava internado.

A recomendação do Sindmepa é que os plantões sejam cumpridos normalmente, com a operação de triagem. “A triagem é um procedimento que deveria ser feito normalmente nas unidades e hospitais de urgência. Quem não for caso de emergência, deve ser encaminhado para a rede de unidades básicas, desafogando o atendimento nos hospitais, o que deveria ser feito rotineiramente”, explicou o diretor do Sindmepa, Waldir Cardoso.

Durante reunião com o prefeito de Belém, ontem, diretores do Sindmepa e médicos do Pronto Socorro do Guamá expuseram vários problemas vivenciados na área da urgência e emergência. Além da falta de estrutura, medicamentos e equipamentos, a Prefeitura não reajusta o valor dos plantões há 11 anos; os médicos não têm nenhum vínculo empregatício e o valor do salário base atualmente está abaixo do salário mínimo nacional.

Confira o vídeo que mostra pacientes que aguardam atendimento em um corredor ao ar livre tentando fugir da chuva.


Agora assista o vídeo institucional da prefeitura, onde tudo é bonito e maravilhoso e não mostra as manifestações de servidores públicos e populares, que vaiaram o prefeito Zenaldo Coutinho e o governador Simão Jatene, nem tão pouco as condições precárias do único Pronto Socorro Municipal (Guamá) que está atendendo toda a demanda dos que precisam de atendimento na rede de saúde pública em Belém.




Não é a toa que o prefeito Zenaldo Coutinho não ultrapassa os 2 dígitos nas pesquisas eleitorais, onde sua reeleição fica cada dia mais distante de acontecer.

terça-feira, janeiro 19, 2016

Suspeitas do assassinato da família Buchinger em Altamira, lembra o "caso Richthofen"


Por Diógenes Brandão

O assassinato de três membros da mesma família revoltou os moradores de Altamira, cidade do extremo oeste paraense, que abriga a maior parte dos trabalhadores que constroem a usina hidroelétrica de Belo Monte. 

O motivo da comoção social foi a crueldade praticada contra o casal (Luiz Alves e Irma Buchinger) e o filho mais velho (Ambrósio Neto) mortos por asfixia durante uma possível tentativa de assalto dentro da própria casa da família, na madrugada do dia 7 de janeiro. O casal foi asfixiado com fitas adesivas e o filho, enforcado com cadarço de sapato. Os outros dois filhos foram algemados e trancados no banheiro, mas conseguiram escapar e pediram ajuda, mas os demais já estava mortos.

A família era proprietária de lojas no centro comercial da cidade e as suspeitas eram de um assalto e desde então, a polícia estava à caça dos assassinos e na madrugada desta terça-feira (19), efetuou a prisão de três acusados de envolvimento na morte da família, dois em Altamira e um terceiro, no município de Itaituba, na mesma região, no estado do Pará. 


Durante a manhã desta terça (19), os suspeitos que tiveram a prisão decretada foram ouvidos na Seccional de Altamira, pelo delegado Vinicius Dias, que é responsável pelas investigações do caso. A novidade é o envolvimento do filho do casal, Henrique Alves, que segundo informações extra-oficiais seria o quarto suspeito de envolvimento no assassinato. 

Segundo informações apuradas por fontes deste blog, na cidade em que aconteceu e apura-se o crime, um policial presente no interrogatório teria dito em um grupo de uma mídia social, de que o assassinato teria sido encomendado pelo filho mais novo do casal. 

A motivação teria sido pelo fato de que a mãe descobriu que ele era homossexual e cortou-lhe algumas regalias. Aborrecido, ele teria roubado o cartão da mãe e foi passear em salinas com o namorado. Quando retornou para casa, levou um sermão dos pais e do irmão mais velho, quem estava regulando o dinheiro da sua mesada. Por isso, Henrique teria planejou o assassinato dos pais e do irmão mais velho, assim como contratado os criminosos para dar desfeito em todos, menos na sua irmã, que até agora não se tem certeza do envolvimento no crime.

Caso Buchinger lembra o caso Richthofen

O homicídio e consequente investigação e julgamento das mortes de Manfred e Marísia von Richthofen, casal assassinado pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos a mando da filha Suzane von Richthofen, aconteceu no dia 31 de outubro de 2002, em um dos bairros mais nobres da capital paulista.

Suzane e Daniel conheceram-se em agosto de 1999 e começaram um relacionamento pouco tempo depois. Ambos tornaram-se muito próximos, mas o namoro não tinha o apoio das famílias, principalmente dos Richthofen, que proibiram o relacionamento. Suzane, Daniel e Cristian então criaram um plano para simular um latrocínio e assassinar o casal Richthofen, assim os três poderiam dividir a herança de Suzane.

No dia 31 de outubro de 2002, Suzane abriu a porta da mansão da família no Brooklin, em São Paulo, para que os irmãos Cravinhos pudessem acessar a residência. Depois disso eles foram para o segundo andar do imóvel e mataram Manfred e Marísia com marretadas na cabeça.

Suzane e Daniel Cravinhos foram condenados a 39 anos e 6 meses de prisão; Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos e 6 meses de reclusão.

segunda-feira, junho 22, 2015

Papa diz que fabricantes de armas não podem se dizer cristãos

O pontífice também criticou aqueles que investem na indústria armamentícia, dizendo que a "duplicidade é moeda corrente hoje... eles dizem uma coisa e fazem outra".

No Portal Metrópole, com informações da Reuters.

Pessoas que fabricam armas ou investem na indústria armamentícia estão sendo hipócritas se chamarem a si próprias de cristãs, disse o papa Francisco neste domingo.

Francisco fez sua condenação mais forte à indústria de armas até hoje durante um comício para milhares de jovens ao final do primeiro dia de sua visita à cidade italiana de Turim.

"Se confiarem apenas nos homens, terão perdido", disse ele aos jovens em um longo e elaborado discurso sobre guerra, confiança e política, depois de ter descartado sua fala previamente preparada.

"Isso me faz pensar em... pessoas, gestores e empresários que se dizem cristãos e fabricam armas. Isso leva a um tanto de desconfiança, não é?", disse ele antes de ser aplaudido.

O pontífice também criticou aqueles que investem na indústria armamentícia, dizendo que a "duplicidade é moeda corrente hoje... eles dizem uma coisa e fazem outra".

Francisco também discorreu a respeito de comentários que fez no passado sobre eventos ocorridos na Primeira e Segunda Guerra Mundiais.

Ele falou sobre a "tragédia do Shoah", usando o termo em hebraico para o Holocausto.

"As grandes potências tinham fotos dos trilhos que levavam os trens até campos de concentração como Auschwitz para matar judeus, cristãos, homossexuais, todo mundo. Por que não bombardearam (os trilhos)?"

Ao falar sobre a Primeira Guerra Mundial, Francisco discursou sobre "a grande tragédia da Armênia", mas não usou a palavra "genocídio".

O papa causou um desconforto diplomático em abril ao chamar o massacre de 1,5 milhões de armênios há 100 anos de "o primeiro genocídio do século 20", levando a Turquia a convocar de volta seu embaixador para o Vaticano. 

segunda-feira, junho 01, 2015

Dúvidas sobre o real motivo da morte de professor paraense em greve

Porque chamar de boato uma probabilidade que poderia ser considerada e porque não dizer, deveria ser averiguada?

Pairam dúvidas sobre o que poderia ter desencadeado o infarto fulminante, que ceifou a vida do professor Aldyr Araújo, na manhã deste sábado (30). Há suspeitas de que sua morte esteja associada ao processo de tensão, com que a situação de greve que ele e muitos professores vivenciaram sexta-feira (29), ao receberem seus contra-cheques com descontos. 

O fato, considerado pelo SINTEPP como uma retaliação do governo contra a greve, revoltou milhares de educadores paraenses, que convocados pelo sindicato, foram no mesmo dia ao Hangar, protestar contra a medida. Lá, chamaram o governador de ladrão e conseguiram a promessa de suspensão dos descontos em folha.

Avaliando a repercussão do caso e os inúmeros comentários expostos nas redes sociais, o blog se pôs a pensar: Por acaso, já foi expedido algum laudo ou declaração de especialistas dizendo que o infarto fulminante não pôde ser motivado por fortes emoções e acúmulo de estresse?

A medicina nos mostra casos muito parecidos, onde mesmo sem ninguém notar, pessoas morrem de forma silenciosa e praticamente sem reações facilmente notáveis. Por isso, é possível dizer que nem mesmo seu familiares, não teriam condições de afirmar, se o professor foi vítima ou não de um processo desencadeado por estresse, muito menos os leigos sindicalistas que propagam a todo custo a tese de que isso é boato.

Porque chamar de boato uma probabilidade que poderia ser considerada e porque não dizer, deveria ser averiguada?

Algum receio?

Há quem compartilhe da opinião de foi um covardia e falta de respeito e consideração, por parte de alguns diretores do SINTEPP, que usaram seus perfis nas redes sociais para fazerem insinuações e acusar setores da imprensa paraense de terem criado "boato" sobre a morte do professor, sendo que a informação surgiu de amigos que conviveram e sabiam que a saúde de Aldyr não constava de nenhum problema e o quanto ele era ligado, sensível e atuante nos processos de luta da categoria.

Entre as grandes empresas de mídia existentes no Estado, apenas uma noticiou o ocorrido (leia aqui e aqui), neste caso, a Rede Brasil Amazônia de comunicação, com sua TV de mesmo nome, o jornal Diário do Pará e seu portal, o Diário OnLine, os únicos que dão voz e espaço ao SINTEPP, em suas lutas contra o poder de comunicação dos governos estadual e municipais, assim como os grupos de comunicação aliados destes, nas greves ocorridas nos últimos anos. Até agora o blog não tem certeza se houve alguma nota publicada nos jornais Amazônia Jornal e OLiberal, mas percebeu que na TV, o Jornal Liberal 1ª edição, que em tese deveria mostrar o caso, mas não o fez.

Na opinião deste blog, tanto o governo, quanto a direção do sindicato, não possuem argumentos científicos e muito menos, o mínimo interesse em debater este assunto, talvez com receio de que esta tese, caso seja melhor apurada, e confirmada, os coloquem em situação delicada e de co-responsabilidade pela morte prematura do educador.

quinta-feira, dezembro 11, 2014

A necessária reavaliação dos crimes da Ditadura Militar no Brasil


Análise: Novos elementos podem alterar o julgamento do STF de 2010.
Na Folha, com o título: "Análise: Novos elementos podem alterar o julgamento do STF de 2010"

O relatório da Comissão Nacional da Verdade é capaz de alterar a posição do Supremo Tribunal Federal que reconheceu, em 2010, a anistia dos "crimes conexos" praticados pelos agentes da repressão? O documento acusa a "autoanistia" de ser um ilícito internacional, incompatível com o direito brasileiro e que perpetua a impunidade.

Ao julgar a arguição movida pela OAB, o STF afirmou que a interpretação de textos legais é variável no tempo e no espaço quando sua aplicabilidade é duradoura, generalista e abstrata, mas declarou que uma lei que disciplina determinados interesses imediatos e concretos, como a Lei 6.683/79, que fundamenta a anistia, deve ser interpretada a partir da realidade que motivou sua edição.

Uma comparação simplista para compreender o pensamento majoritário do STF: é natural a interpretação atualizada de regras que tratam da guarda de crianças por casais gays, mas o Judiciário não pode retroceder no tempo para reaver benefícios fiscais concedidos no passado a empresas que hoje (não na época) seriam consideradas inidôneas por atos de corrupção.

Inovações normativas como a "Convenção das Nações Unidas contra a Tortura", em vigor desde 1987, ou a garantia constitucional de 88, que considera a tortura insuscetível de anistia, não fazem parte do momento histórico da "migração da ditadura para a democracia política".

Segundo a maioria dos ministros, "nem mesmo o Supremo Tribunal Federal está autorizado a reescrever leis de anistia".

O STF tem outra composição e o tema voltará ao plenário para o julgamento da arguição do PSOL, que tem o apoio do procurador da República. O Brasil está submetido à jurisdição da Corte Interamericana de Direitos Humanos que rejeitou, em 2010, decisões judiciais baseadas na lei de anistia contra violações de direitos humanos.

É um ingrediente novo, posterior à decisão do STF. Em tese, princípios podem ser revistos, mas também é papel do STF assegurar estabilidade, segurança. Os militantes da luta armada fizeram a autocrítica dos seus crimes.

As Forças Armadas não reconhecem que mecanismos de repressão adotados durante a ditadura são incompatíveis com a civilização e com a democracia. O silêncio em relação aos próprios pecados parece birra institucional e preserva um sentimento de desconfiança que já poderia estar sepultado.

quarta-feira, maio 07, 2014

Até onde vai a violência incentivada pela mídia brasileira?




Apesar do Marco Civil da internet começar a valer só no final de junho, se for comprovada a responsabilidade do administrador de uma página no Facebook, que divulgou o boato que acabou com o espancamento e morte de uma dona de casa em SP, ele poderá ser penalizado. Mas e os outros?

O caso da dona de casa e mãe de duas filhas, Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos que foi espancada até a morte por cerca de 100 pessoas é mais um, entre outros episódios que, infelizmente, já fazem parte da rotina de uma sociedade que banaliza a violência e tenta fazer justiça com suas próprias mãos e acaba tornando-se bárbara e selvagem.

No Brasil, há vários casos onde pessoas são acusadas de forma leviana de serem criminosos, gays, portadores do vírus do HIV, estupradores e em muitos casos, a política suja também utiliza-se desse onda de boataria para enganar milhares de pessoas e assassinar reputações.

É o caso do boato que corre solto na internet que afirma que o filho do ex-presidente Lula seja dono da Friboi, empresa do ramo alimentício. Em outro casos mais graves, adolescentes são acusadas de serem prostitutas e praticarem sexo com vários jovens e já houveram inclusive casos de suicídio, por conta deste tipo de publicação na internet.

A origem desses boatos, geralmente não é revelada facilmente. É preciso haver uma profunda investigação de setores especializados da polícia e nem todos os Estados possuem um aparato tecnológico para esse tipo de apuração.

Por outro lado, a incitação à violência, por parte dos chamados “justiceiros”, não é exclusividade da internet. A imprensa tem um papel fundamental de trazer informação à sociedade e possui concessão pública para prestar esse serviço, mas o que vemos hoje em dia é uma onda sensacionalista em busca de audiência, que acaba incentivando o sentimento de revolta e a tomada de iniciativa, para que populares façam o que acharem justo para defenderem-se atacando.

Sem citar nomes, há vários casos de âncoras de programas de rádio e televisão, jornalistas de impressos como revistas e jornais, além de blogueiros de grandes sites brasileiros que estimulam uma reação coletiva contra às leis e o Estado de Direito. É necessário que haja uma punição exemplar para quem incita o crime e para isso uma lei que regule o que pode e não pode ser propagado nos meios de comunicação de massa deste país.

Siga-me no twitter: @JimmyNight

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...