quarta-feira, agosto 02, 2017

'Deputado da tatuagem' pede para mulher mostrar a bunda durante votação do processo contra Temer

Durante a votação do processo de Temer na Câmara, o deputado paraense foi pego no flagrante em uma conversa nada republicana, tal como afirmou o fotógrafo que registrou o diálogo pelo Whatsapp.

Por Diógenes Brandão

Os cliques feitos pela lente teleobjetiva do fotógrafo Lula Marques revelaram ao Brasil um pouco mais da personalidade daquele que depois de receber mais de 4 milhões de reais em emendas parlamentares, agora vive atacando os deputados e partidos de oposição em defesa de Michel Temer, o qual tatuou o nome em seu ombro esquerdo e jura que pagou R$ 1.200, pela 'arte', que segundo especialistas é feita de Henna. 

Internautas paraenses dizem que o deputado já passou dos limites e que as imagens dos diálogos chegam para envergonhar ainda mais o povo do Pará, já que a performance do deputado federal Wladimir Costa (SD-PA), já vem tendo destaque por seus termos vulgares, suas apresentações teatrais e sua enorme capacidade de promover garfes e achar que ganha notoriedade com ela. 

"Dessa vez ele deixou-se revelar pela forma desrespeitosa, machista, preconceituosa e sexista com que fala e trata as mulheres", afirma uma jovem de 23 anos, em um grupo do Whatsapp onde as fotos foram publicadas. 


Em uma conversa no Whatsapp, Wlad pede para uma mulher mostrar se exibir, dizendo:

Mostra a bunda, mostra, afinal não são suas profissões que a destacam como mulher é sua bunda. Vai lá, põe aí garota.

As fotos foram publicadas no perfil pessoal do próprio fotógrafo Lula Marques, no Facebook e ganharam com milhares de compartilhamentos, tanto nas redes sociais, quanto em sites e blogs.


Percebe-se nas fotos, que Wladimir Costa dialogou com duas mulheres e uma delas, identificada no aparelho do deputado como M.Melo, manda um emojis seguido da frase: “sem graça”.

O deputado então rebate: “Fátima Bernardes, Sonia Abrão, Marília Gabriela, Mariza Godói são elogiadas, respeitadas e até desejadas pelas suas capacidades técnicas e não por um par de bunda, já bastante banalizada por todo o Tapajós do decano shortinho preto, que reveza com o vermelhinho, já bastante desbotado pelos anos”.

Talvez ofendida, M. Melo parece saber que o deputado participava de um momento importante para o país, pois estava acontecendo a votação sobre o relatório que pedia o arquivamento do pedido de autorização para as investigações do STF contra Michel Temer e diz como querendo encerrar a conversa: “Você poderia perder seu valioso tempo com coisas mais interessantes. rs #sóAcho”.


Wlad, o monogâmico

Em conversa com outra mulher, esta nomeada no celular do deputado como Aneissa Show, Wladimir recebe a mensagem: “Então vá lá tirar onda com outra. Não tenho estômago para isso. #Chato!”. 

Wladimir dispara de volta: “Suas ausências e várias invenções pra me abandonar ai, hoje sei de tudo com provas, mas enfim, se estás mais feliz com eles siga em frente, prefiro ser ultra-seletivo e modelo como um ser monogâmico”.

No Pará, Wladimir Costa é um velho conhecido de polêmicas bem mais graves - uma rápida pesquisa no blog ou nos sites de busca ofereceram uma penca delas - e há um ano atrás teve seu mandato cassado pelo TRE, de onde recorreu ao TSE e hoje aguarda o julgamento, sem a necessidade de deixar o cargo, ou perder alguma regalia como parlamentar, sobretudo a imunidade, o que supostamente lhe garante falar e fazer tudo que temos visto.

Em mais um show de garfes e desiquilíbrio, Wlad diz que Temer tem 80% de aprovação no Pará

Wladimir Costa (SD) foi escalado pelo governo para defender contra a abertura de investigação de Temer no STF.

Por Diógenes Brandão

Com sua forma teatral e discurso inflamado, Wlad disse o IBOPE mente ao revelar pesquisa que mostrou que 85% do povo brasileiro quer que Temer seja investigado e afirmou que no Pará, o presidente tem 80% de aprovação popular, mas não diz em que pesquisa ele se baseou para tal afirmação.   

Wlad também disse que o Datafolha é um bom jornal, mas que tem que fechar seu setor de pesquisas. Ora, o Datafolha é um instituto de pesquisa e nunca teve jornal, mas deve ter sido atacado, por também revelar a alta rejeição do presidente, que o deputado paraense depois de receber mais de 4 milhões de reais em emendas parlamentares, agora diz que é honesto, ético e honrando.  

Como já fez outras vezes, Wlad acusou o PT de ser uma organização criminosa e não um partido, mas dessa vez foi repreendido pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e antes de terminar sua intervenção, teve o som do seu microfone cortado, por extrapolar o tempo concedido para a defesa do governo.

Leia também Mudança de foco: No dia da tatuagem, Wlad foi acusado de ficar com salário de ‘fantasmas’

Diversos deputados se manifestaram logo em seguida, dizendo pra ele lavar a boca ao falar 
de outros partidos e foi cobrado a cumprir a promessa  de mostrar a tatuagem que fez como nome de Temer. Wlad então largou o microfone e sumiu no meio dos deputados.

"Mostra a tatuagem de henna", disseram alguns deputados da oposição, que usavam um adesivo no ombro esquerdo escrito "Fora Temer" em alusão à tatuagem exibida por Wlad, a qual continua dizendo ser defivitiva e ter pago por ela R$1.200,00.


Ao descer para o plenário, Wlad juntou-se ao deputado federal Eder Mauro (PSD-PA) e juntos partiram para cima dos deputados da oposição e por muito pouco não foram para o braço, como se ali fosse um campo de futebol de areia de Belém, onde ambos nasceram e foram eleitos como parlamentares para representar o povo paraense.

terça-feira, agosto 01, 2017

Mudança de foco: No dia da tatuagem, Wlad foi acusado de ficar com salário de ‘fantasmas’

Admitindo que faz auê para tirar foco de Temer, Wlad reclama de Imprensa vendida, citando Globo e blogueiros. 

Por Diógenes Brandão

Em um grupo do Whatsapp, o deputado federal Wladimir Costa (SD-PA) postou prints de diversas manchetes recentemente publicadas pela grande imprensa com o seu nome, sobretudo em relação ao caso da tatuagem que ele fez com o nome de Temer. Como se fossem troféus, o deputado ironiza:
Milhares de curtidas, centenas de compartilhamentos e uma imprensa vendida como a Globo e milhares de pseudos blogueiros movidos a esmolas perplexos com este auê que to fazendo só pra mudar o foco do Temer, tá sendo muito divertido.

Embora diga que "está fazendo auê para mudar o foco do Temer", o que fica claro na estratégia de Wlad é mudar o foco dele próprio, já que a PRG fez uma grave denúncia contra ele, no dia em que apareceu com a tatuagem, que segundo a VEJA, ele nega que seja de Henna, mas o Estadão consultou um tatuador de 25 anos de profissão e que tem uma empresa com o mesmo nome da empresa onde Wlad disse que havia feito a tatuagem e que foi enfático

Eu conheço uma tatuagem de henna de longe. É só você ver pela foto. Tem uma mancha na letra "r", um borrão... Não tem como ser de verdade. Acho que vocês nunca mais vão ver o deputado sem camisa (...) Eu posso garantir que ele está mentindo. É henna
.
Contraditório, Wlad diz que fez a tatuagem na sexta (28), mas a tinta na camiseta que ele usava no sábado (29)
revela que ela tinha acabado de ser feita, mas ele continua sustentando que fala a verdade. Seria falta de higiene ou mentira? 

Pelo jeito a única coisa que pode marcar o resto da vida do deputado, são as denúncias pelas quais ele responde diversos processos em Brasília e no TRE-PA, entre elas a denúncia, onde o procurador-geral e chefe do Ministério Público Federal foi taxativo que o deputado e seu irmão comandaram um esquema de desvio de recursos públicos federais. 
“O Ministério Público Federal entende haver provas para que se afirme, com o necessário grau de segurança, que, entre os anos de 2003 e 2005, Wladimir Afonso Costa Rabelo, valendo-se do cargo de deputado federal, livre, consciente e voluntariamente, em comunhão de desígnios e propósitos com Wlaudecir Antonio da Costa Rabelo, orquestrou o desvio e a apropriação de verba pública federal”.


O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o deputado Wladimir Costa (SD-PA) seja condenado pelo crime de peculato por ter ficado com o dinheiro recebido como salário por servidores de seu gabinete que seriam “funcionários fantasmas”. Costa foi destaque no noticiário por ter feito uma tatuagem com o nome do presidente Michel Temer. Janot reiterou a acusação em documento protocolado na sexta-feira passada, dia 28. O processo está próximo do fim, cabendo agora a manifestação final da defesa. O deputado disse ao GLOBO que desafia qualquer procurador a provar que recebeu o dinheiro.

O processo tem como base uma denúncia feita por um ex-funcionário de Wladimir, que trabalhou como cinegrafista no programa de televisão do parlamentar e foi registrado como seu assessor na Câmara. 

O Ministério Público afirma que o deputado e um irmão seu ficaram com o salário de três pessoas que recebiam como servidores do gabinete parlamentar sem trabalhar entre 2003 e 2005. No depoimento inicial, o funcionário que fez a denúncia dizia que sacava o salário e entregava o dinheiro para o irmão do parlamentar, recebendo de volta apenas R$ 500,00 que era seu salário como cinegrafista.

Por meio de perícia e de quebra de sigilo bancário verificou-se que os funcionários sacavam integralmente os salários recebidos da Câmara. Nas mesmas datas, há registros de depósitos em espécie feitos na conta de Wladimir no mesmo banco.  

No transcorrer do processo, o funcionário que fez a denúncia retirou a acusação contra o parlamentar, dizendo que só sabia do envolvimento do irmão do deputado. Mesmo assim, o STF decidiu abrir a ação penal em 2009 contra o parlamentar. Posteriormente, o funcionário recuou até na acusação contra o irmão de Wladimir, dizendo que tinha feito tal acusação influenciado por um advogado que o defendia em processo trabalhista.

Para Janot, as diferentes versões apresentadas pelo funcionário após a acusação inicial não se sustentam devido à comprovação pela quebra do sigilo bancário e pela perícia realizada. O procurador-geral ressalta que a contratação em si sem que os serviços fossem prestados à Câmara já configurariam o crime de peculato. Ele sustenta que o deputado deve ser condenado, junto com o irmão.  

“Portanto, o Ministério Público Federal entende haver provas para que se afirme, com o necessário grau de segurança, que, entre os anos de 2003 e 2005, Wladimir Afonso Costa Rabelo, valendo-se do cargo de deputado federal, livre, consciente e voluntariamente, em comunhão de desígnios e propósitos com Wlaudecir Antonio da Costa Rabelo, orquestrou o desvio e a apropriação de verba pública federal”, diz o procurador-geral.  

Wladimir afirma que os depósitos citados no processo não foram feitos por pessoa física, o que desmontaria a versão de que recebeu os recursos pagos pela Câmara aos assessores. Diz ter a consciência tranquila e afirmou que renuncia ao mandato se alguém conseguir provar o recebimento.  — Com o devido respeito à Procuradoria-Geral da República, eu desafio qualquer procurador da República a provar que houve depósitos escusos de origem criminosa nessa conta. Não precisa me processar, eu renuncio ao mandato se isso acontecer. Estou com minha consciência tranquila — disse ele ao GLOBO.  Wladimir afirmou que os servidores prestaram serviços a ele na Câmara no período mencionado e que não houve qualquer ilegalidade na contratação.



segunda-feira, julho 31, 2017

Recorde de acesso no blog, tatuagem de Wlad que custou R$1.200 pode ser falsa, mas ganhou repercussão nacional


Com a camiseta manchada aparentemente de tinta comum em tatuagens de henna, Wlad diz que a mesma custou R$1.200 e já pensa em fazer homenageando Temer como o único e maior estadista.

Por Diógenes Brandão

A foto publicada em primeira mão pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, trouxe-nos o mais novo recorde de acesso e revelou ao mundo a tatuagem que segundo Wlad custou R$ 1.200, é definitiva, feita em Belém e uma forma de homenagear Temer: “O melhor presidente da história do Brasil. O único estadista que apareceu neste país”. 

Embora pareça não ser definitiva e sim uma tatuagem de henna feita momentos antes do registro, o deputado federal Wladimir Costa (SSD-PA) afirmou à revista IstoÉ que vai exibi-la na Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira (02), durante a votação da admissibilidade da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção contra o presidente Michel Temer.

Com um zoom na foto é possível observar que a tatuagem está borrada e a camiseta suja, possivelmente pela mesma tinta utilizada por quem aplica henna, comum nas praias como as de Salinas, município onde feito o registro.

Ao jornal Estadão, Wlad disse que "a dor valeu a pena" e até planeja fazer uma próxima, dessa vez na costela. "Quero escrever 'Temer, o único e verdadeiro estadista do Brasil'.

À Folha de São Paulo, o deputado que hoje se destaca como o maior e mais polêmico defensor de Temer, disse que ao ser tatuado com a bandeira nacional e o nome Termer, sentia dor, mas, ao lembrar do presidente, a dor passava. Os R$1.20000 teriam sido pagos em seis vezes no seu cartão de crédito.

No Whatsapp, Ademir Martins declarou: "Pela qualidade da tatuagem, como leigo no assunto, acho que o valor do serviço foi superfaturado, procedimento que aliás, tanto o tatuado como o homenageado, entendem muito bem do assunto (superfaturamento)".

De henna ou não, se cumprir a promessa e exibir a tatuagem no Plenário da Câmara dos Deputados, Wlad vai precisar retirar o paletó, o que pode ser reprovado pelos seus colegas e causar-lhe um processo por quebra de decoro parlamentar, causando-lhe a possível perda de mandato.

“Será um show de votos em favor do presidente. Só Deus derruba Temer. E ele é honesto. Então Deus não vai querer derrubá-lo.”, concluiu Wlad ao falar da sua crença na vitória de Temer no processo que enfrenta para evitar ser investigado.

Se é realmente honesto e não deve, o que ele tem a temer com uma investigação?


As novas informações são do portal G1, da Globo, que assim como a Folha, Estadão, IstoÉ e diversos outros veículos de imprensa nacional publicaram a foto que tem gerado muita polêmica nas redes sociais. 

Muitos internautas dizem através das redes sociais que Wlad envergonha o Pará, enquanto seus apoiadores dizem que ele é fiel e defende os amigos a qualquer custo. Pesquisa Ibope diz que 85

E você, o que acha de uma tatuagem com o nome do presidente Temer?

domingo, julho 30, 2017

Bordalo acredita em um "banco de agiotagem" que financia políticos e diz que um assassinato pode custar até R$100

Para deputado, assassinatos de políticos no Pará podem ser fruto de acerto de contas de dívidas de campanha.

Por Diógenes Brandão

O deputado estadual Carlos Bordalo (PT-PA) foi o entrevistado no programa MAIS, da TV RBA na manhã deste domingo (30). Na oportunidade, falou sobre diversos assuntos relacionados à sua atuação como parlamentar e presidente da Comissão de Direitos Humanos e do Consumidor na ALEPA. 

Respondendo uma das perguntas do jornalista Guilherme Augusto, apresentador do programa, o deputado revelou que o assassinato de uma pessoa pode ser encomendado no Pará por até R$100, tal como registrou o relatório da CPI das Milícias, que ele comandou.

Leia também CPI das Milícias indiciará +60 pessoas pela "Chacina em Belém"

Outra importante informação levantada na entrevista, foi o parlamentar ter afirmado que acredita na existência de uma espécie de "banco da agiotagem", que empresta dinheiro a prefeitos paraenses e fica cobrando contratos de empresas pelo governo que ajudam financeiramente a serem eleitos. Bordalo desconfia que os últimos três (03) assassinatos de prefeitos no período de um ano e meio, na região sudeste do Pará, seja resultado da pressão e cobrança de dívidas de possíveis empréstimos junto a este "banco".

O autor deste blog sugeriu para o deputado que ele pegue o vídeo com a entrevista em uma mídia na emissora e publique na internet, para que aquelas pessoas que não assistiram o programa, possam assisti-lo e tomar conhecimento do que anda sendo feito para combater a criminalidade e os ataques aos defensores dos Direitos Humanos no Pará.

Florenzano: Wlad participou de evento oficial do governo federal de bermuda, camiseta e bebendo cerveja

Wlad participou do evento oficial bebendo e trajando bermuda, camiseta e uma tatuagem com o nome de Temer no ombro direito. 

Por Diógenes Brandão

No momento em este blog publicou a foto onde Wlad aparece em evento de bermuda, sem camisa e uma tatuagem com o nome de Temer, ainda não sabíamos com precisão, onde ela havia sido feita, mas a jornalista Franssinete Florenzano publicou em seu blog e no seu perfil no Facebook, a informação de que o deputado federal Wladimir Costa (Solidariedade) estava bebendo durante o evento do Ministério da Integração, que tem a frente um dos seus principais rivais na política paraense: Helder Barbalho.

A informação agrava ainda mais o estado já caótico da imagem de Wlad, que parece fazer tudo isso propositalmente, talvez por acreditar que é disso que seu público/eleitor gosta de ver.

Em um dos comentários feito pelos leitores da jornalista, encontramos um que diz o seguinte: "Creio que o WlaDeselegante deve pensar assim "eu vou me trajar com esse look duvidoso "pros pessoal" pensar que sou povão". E Assim ele vai angariando mais votos e simpatizantes para os shows, e churrasquinho de gato harmonizado com cerveja barata".

Veja a publicação:

Suspeitos de invadir hospital e matar líder do MST são detidos no sudeste do PA

A vítima foi socorrida com vida e levada até Parauapebas, onde dois dias depois, foi morta dentro do hospital por cinco homens armados com pistolas e revólveres.

Um guarda municipal foi preso. Um sargento da PM é investigado por possível envolvimento no crime.  


Dois homens suspeitos de assassinar Waldomiro Costa Pereira, um dos líderes do Movimento dos Sem Terra (MST) na região sudeste do Pará, foram presos nesta sexta-feira (28). 

O guarda municipal Lionício de Jesus Souza e Francisco Ubiratan Silva teriam participado do crime. Um sargento da Polícia Militar também é investigado.  

O crime ocorreu durante a madrugada do último dia 20 de março, quando cinco homens armados e encapuzados renderam os vigilantes do Hospital Geral de Parauapebas, onde Waldomiro estava internado na UTI, após sofrer um atentado a tiros dentro do próprio sítio, no município. Waldomiro foi alvejado na cama do hospital. Segundo os vigilantes, toda a ação, que durou cerca de três minutos, foi registrada pelas câmeras de segurança do hospital.  

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil com apoio da Superintendência Regional do Sudeste e do Grupo de Pronto Emprego da Polícia Civil cumpriu dois mandados de prisão temporária e três mandados de busca e apreensão. Dos três mandados de busca, um deles foi cumprido na casa de um sargento da Polícia Militar, que também está sob investigação.  

Armas  

Durante a operação, foi apreendido um revólver calibre 38 com mais de 40 munições de diversos calibres, que estavam com Ubiratan. Ele foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e munição. Com o guarda municipal foi apreendida uma pistola calibre 380 com três carregadores com 13 munições. Na casa do sargento, foi apreendida uma pistola calibre ponto 40. Nos dois últimos casos, as armas estavam com porte legal. As três foram encaminhadas para perícia e vão passar por exame de comparação microbalística para verificar se elas podem ter sido utilizadas no assassinato de Waldormiro.  

O delegado Dauriedson Bentes, da Divisão de Homicídios (DH), informou que ainda não há mandado de prisão para o suposto mandante, porque ele está ainda sob investigação, assim como as outras pessoas envolvidas na execução. 

Motivação  

Segundo a polícia, a motivação do crime está ligada a questões de conflitos agrários na região. Segundo o delegado Dauriedson, que está responsável pelo inquérito do caso, a morte de Waldomiro teve a ver com a ligação que ele tinha com o Movimento Sem Terra, onde ele era considerado um dos comandos do movimento.  

No dia 18 de março deste ano, a fazenda Serra Norte, em Eldorado dos Carajás, foi atacada e um vaqueiro do local foi alvejado a tiros, mas sobreviveu. Esse fato, detalha o delegado, foi o estopim para uma tentativa de homicídio sofrida por Waldomiro Pereira no mesmo dia, em Eldorado dos Carajás, onde a vítima tinha uma residência.

A vítima foi socorrida com vida e levada até Parauapebas, onde dois dias depois, foi morta dentro do hospital por cinco homens armados com pistolas e revólveres.  

Segundo o delegado, o grupo tentou matar Waldomiro como retaliação pelo ataque sofrido na fazenda. As investigações sobre o crime continuam.

Justiça suspende ação contra Samarco/VALE e prova que o dinheiro compra tudo

A decisão da justiça de MG é inacreditável e deixa o Brasil em situação vexatória

Por Diógenes Brandão

Em publicação no Facebook, o GreenPeace revela: "Justiça mineira suspende ação civil pública contra Samarco movida pela procuradoria. A justiça de Minas mostra que está ao lado de Vale e BHP e não concede indenizações pelo maior desastre socioambiental do Brasil". 

Ou seja, a justiça mineira nos prova, que de fato, o dinheiro compra tudo. No país, onde milhares de pessoas são presas por roubar comida, empresas responsáveis por prejuízos incalculáveis, conseguem driblar as leis e zombar da razão.

A Folha de São Paulo trouxe a informação abaixo e este blog que existe há mais de dez anos, demorou a acreditar, mas é verdade.

Leia e comente se for capaz: 

A Justiça suspendeu por prazo indeterminado a ação civil pública movida pelo MPF (Ministério Público Federal) contra a Samarco no processo relacionado ao rompimento da barragem de Fundão. 

A informação foi divulgada em comunicado da Vale nesta terça-feira (18). O MPF não foi localizado para comentar.  

Na ação, de maio de 2016, procuradores pediram indenizações de R$ 155 bilhões como reparação pelo desastre ambiental gerado após a ruptura da barragem em Mariana (MG), em novembro de 2015. 

Os valores seriam usados para reparação dos danos sociais, econômicos e ambientais causados pelo rompimento da barragem de Fundão. Inicialmente, seriam depositados R$ 7,7 bilhões. A decisão é da 12ª Vara Federal Cível/Agrária de MG, de segunda-feira (17).  

A Vale é sócia da BHP Billiton na Samarco, e informou que está mantida decisão judicial anterior que prorroga até 30 de outubro acordo final sobre as indenizações relativas ao caso. A reportagem tentou contato com o Ministério Público Federal no final desta terça, sem sucesso.

sábado, julho 29, 2017

Wlad aparece em evento de bermuda, sem camisa e uma tatuagem com o nome de Temer

Wladimir Costa é deputado federal, cantor e dono de diversas emissoras de rádio, inclusive "comunitárias". 

Por Diógenes Brandão

Circula pelas mídias sociais, uma foto do deputado federal Wladimir Costa (SDD-PA) - que prefere ser chamado de Wlad - com uma tatuagem do nome do presidente Michel Temer, no ombro direito.

As informações são de que a foto tenha sido tirada em um evento de entrega de caminhões do governo federal para prefeituras do Pará.

Além dele, só mais uma pessoa no mundo foi vista com uma tatuagem com o nome de Michel Temer: Marcela Temer, a esposa do presidente. Só que a tatuagem dela é bem mais discreta que a feita por Wladimir Costa.



Há um ano atrás, Wlad teve o mandato cassado por gastos ilegais em sua campanha eleitoral, mas recorreu da decisão no TSE e permanece em Brasília.

Recentemente, Wlad apareceu em matérias dos grandes veículos de imprensa como recebedor de emendas parlamentares milionárias e disse que não sabia delas. O deputado então revelou pede dinheiro para o presidente Temer para ajudar os municípios e chegou a detalhar sua estratégia dizendo: 'Faço cara de coitadinho'.

A defesa de Wlad à Temer já virou piada nas redes sociais, onde um dos seus vídeos já alcançou quase 300 mil pessoas, só na fanpage do blog AS FALAS DA PÓLIS e foi compartilhado 2.295 vezes.


Não foi a primeira vez

O deputado federal e presidente do Solidariedade no Pará, já havia protagonizado cena parecida, no mês de Maio deste ano, durante a entrega de 46 caminhões-caçambas doados pelo governo federal para 41 municípios paraenses, em Belém. Na oportunidade, Wladimir Costa roubou a cena ao comparecer à solenidade realizada pelo Ministério da Integração Nacional, no Centro de Convenções Centenário, na capital do Estado, trajando apenas bermuda e camiseta estampada a seguinte frase: “Para um Brasil decente, Jatene Presidente!”.   




Wlad, que já protagonizou outras cenas extravagantes, ficou conhecido em todo o país, em abril de 2016, como o "deputado dos confetes", durante seu pronunciamento em favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Leia também Em defesa de Temer, Wladimir Costa chama Letícia Sabatella de "patifa" e Wagner Moura de "vagabundo" e "ladrão"

Na cerimônia de entrega dos veículos a prefeitos pelo ministro Helder Barbalho (PMDB), o parlamentar quebrou o protocolo e subiu ao palco com trajes nada formais para uma solenidade oficial. Ao lado dele, além do ministro da Integração Nacional, outros parlamentares: o senador Jader Barbalho (PMDB) e a deputada Elcione Barbalho (PMDB), pais do anfitrião da festa; os deputados Chapadinha (Podemos), Joaquim Passarinho (PSD) e Nilson Pinto (PSDB). Também estavam presentes prefeitos dos municípios contemplados com o maquinário.


Jatene é governador do Estado do Pará e responde diversos processos. Em  teve o mandato cassado pelo TRE-PA, após denúncia de abuso de poder político e econômico, pelo Ministério Público Estadual. Com a decisão do TRE, Jatene está inelegível até 2022, mas recorre ainda no mandato. 

Para os magistrados do TRE, a chapa de Simão Jatene cometeu abuso de poder político e compra de votos na distribuição do Cheque Moradia durante os meses que antecederam a votação estadual. No período das eleições, o gasto com o Cheque Moradia mais que triplicou.

sexta-feira, julho 28, 2017

Polícia prende suposto coordenador da campanha de Eder Mauro, deputado que encenou a prisão de Lula

Durante manifestações pelo Impeachment de Dilma, Eder Mauro (PSD-PA) encenou a prisão de Lula. Imprensa diz que um dos seus coordenadores de campanha é o acusado de ser mandante do assassinato do ex-prefeito de Breu Branco.

Por Diógenes Brandão

Um ano e meio depois de encenar a prisão do ex-presidente Lula, o deputado federal Eder Mauro (PSD), teve o suposto coordenador de sua campanha eleitoral preso, junto como mais 03 pessoas, acusadas pela morte do prefeito de Breu Branco, há pouco mais de dois meses.



Segundo informações da SEGUP-PA o presidente do Partido Social Democrático (PSD) do município de Breu Branco,  Ricardo José Pessanha Lauria, conhecido como “Ricardo Chegado”, é apontado como  o mandante pelo assassinato do prefeito da cidade, Diego Kolling, conhecido como “Diego Alemão” (PSD). 

Além de Ricardo, mais três outros presos não tiveram a identidade revelada, teriam tido participação indireta, auxiliado na execução do crime. Celulares e outros objetos foram apreendidos. A expectativa é que os presos sejam encaminhados ainda hoje em uma aeronave para Belém.

A prisão do assassino e mandante do crime cometido há pouco mais de dois (02) meses, acontece três (03) dias depois da morte de Jones William, o 3º prefeito assassinado no sudeste paraense, durante o período de um ano e meio.         

Eleito pelo partido presidido no município pelo seu algoz, “Diego Alemão”, foi assassinado a tiros no início da manhã do dia 16 de Maio deste ano, quando pedalava com um grupo de amigos na rodovia PA-263.  A vítima foi atingida pelas costas e chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital Regional de Tucuruí, sudeste paraense. Na ocasião, “Diego Alemão” tinha 33 anos e era casado. 

Conforme investigações da Polícia Civil, o acusado de ser o executor do crime trabalhou para o presidente do PSD, como tratorista.  O suspeito confessou ter executado o prefeito a mando de Ricardo Chegado.  O diretório do PSD informou que a direção do PSD em Breu Branco foi afastada e encontra-se sob intervenção.

O acusado foi preso na fazenda de um amigo, depois que a justiça expediu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão solicitados pela polícia e cumpridos nas áreas urbana e rural do município, localizado a 248 km de Marabá. 

Órgão de comunicação do governo do Estado, a Agência Pará divulgou nota onde revela que o delegado geral Rilmar Firmino foi o responsável pela ação que reuniu cerca de 40 policiais, entre civis e militares. Às 17 horas, na sede da Delegacia Geral, está prevista uma coletiva de imprensa, quando serão apresentados detalhes da operação deflagrada em Breu Branco.

Jornalista poupa jornais e sites, mas acusa internautas de irresponsáveis

De Marabá, o jornalista  Hiroshi Bogéa usou seu blog para chamar de irresponsáveis os internautas que usam as redes sociais para, segundo ele, vincular Eder Mauro à morte do prefeito de Breu Branco

O deputado nega o vinculo. Leia aqui.

Jornalista chama de irresponsável vinculação de Eder Mauro à assassinato de prefeito

Deputado Federal Eder Mauro nega que mandante do assassinato do ex-prefeito de Breu Branco tenha sido coordenador de sua campanha no município. PSD interviu no comando municipal do partido.

Por Diógenes Brandão

De Marabá, o jornalista  Hiroshi Bogéa usou seu blog para chamar de irresponsáveis os internautas que usam as redes sociais para, segundo ele, vincular Eder Mauro à morte do prefeito de Breu Branco.

Veja um trecho de sua publicação: 

"Em grupos do WhatsApp e até em perfis do Facebook alguns afobadinhos passaram a fazer suposições irresponsáveis,  ligando o nome do deputado federal ao crime.  O perfil violento do delegado licenciado, eleito deputado com maior votação do Estado, e propagador de discursos de prevalência da máxima “olho por olho, dente por dente” não autorizam ninguém a acusá-lo sem que as autoridades policiais e judiciárias concluam as investigações.  É sabido que as redes sociais abriram espaço à manifestação de uma legião de imbecis, desinformados e ignorantes políticos, mas fazer prejulgamento de alguém que talvez nada tenha a ver com o fato, é ato tão criminoso quanto o assassinato em si de uma pessoa".



Integrante da "bancada da bala" em Brasília, Eder Mauro foi um dos principais líderes que encabeçavam os protestos pedindo o impeachment de Dilma no Pará e é protagonista de diversas polêmicas na Câmara dos Deputados, onde voscifera contra os defensores dos Direitos Humanos, as cotas raciais, os direitos LGBT e demais temas que envolvem direitos das minorias sociais.

Embora o jornalista diga que foram internautas que propagaram o vínculo do nome do deputado Eder Mauro ao assassinato do ex-prefeito de Breu Branco, diversos portais, sites e blogs de notícias iniciaram a divulgação do caso, diante da prisão do mandante do crime, afirmando que ele foi coordenador da campanha de Eder Mauro, no sudeste do Pará, onde já vinha sendo investigado há dois meses pela polícia.

Em nota, o deputado usou suas redes sociais para chamar de mentira, a notícia veiculada.

Leia:



O portal Diário Online chegou a mudar a chamada da matéria, mas talvez tenha sido a primeira fonte a afirmar que o mandante do crime contra o prefeito de Breu Branco, era coordenador da campanha de Eder Mauro. 


Veja o print de um dos principais sites de pesquisa online:



quinta-feira, julho 27, 2017

Outras Palavras: Por que já não basta eleger o presidente

Cada vez mais claro que, para superar maré conservadora, será preciso enfrentar Congresso, mídia e Judiciário. Isso exige intensa mobilização popular e uma Constituinte exclusiva.
   
Por Mauri Cruz, no Outras Palavras 

O golpe parlamentar-judiciário-midiático acertou em cheio a estratégia que as esquerdas vinham desenvolvendo com certo sucesso nas últimas décadas no Brasil. Ninguém esperava que a direita e a centro-direita iriam promover a ruptura com o estado democrático de direito até porque este “estado de direito” seguia nos limites do estado burguês e também porque os governos de esquerda não implementaram uma agenda de mudanças estruturais. 

Por motivos nacionais, talvez a direita seguisse convivendo com governos populares. O que incidiu para a ruptura do pacto, certamente, foram os interesses internacionais. Apesar disto, ainda hoje há setores da esquerda que acreditam que é possível recompor uma aliança com a burguesia brasileira. 

Me parece uma leitura equivocada e um aliança improvável. Ao final a conclusão sobre uma reflexão da conjuntura é bastante triste: o fim da conciliação só ocorreu por decisão da direita, caso contrário, parte da esquerda seguiria no mesmo barco até sabe-se lá quando e a que custos.  

Bem, agora o importante é que nos demos conta que o golpe encerrou um ciclo na história brasileira. E que outro ciclo se abriu com desfecho ainda imprevisível, porque a sociedade que elegeu Lula e Dilma ainda está aí e aquela que defende os privilégios perdeu a vergonha de dizer o que realmente pensa. 

O país está polarizado. É preciso reconhecer que o que mudou foi a possibilidade de seguir com uma estratégia de pacto com setores do sistema capitalista visando a inclusão produtiva e no consumo de milhares de pessoas sem, no entanto, alterar as estruturas que perpetuam as desigualdades no país. 

A síntese pobres menos pobres e ricos mais ricos foi a tônica deste período que se encerra e traduz muito bem as escolhas que foram feitas pela maioria do campo democrático popular nos últimos anos.  

E, frente a este novo ciclo, temos diferenças de leitura sobre qual a profundidade da crise e qual deve ser a postura estratégica do campo democrático e popular. Por isso mesmo, temos propostas distintas de alternativas para a superação da crise. 

Para ajudar na reflexão, recorro a uma frase que circunda nosso universo teórico que diz ser a política a arte do possível. Num primeiro momento, isso nos induz a ideia de que sempre se pode compor com outras forças para conquistar certos resultados. 

Por outro lado, penso que a arte do possível também pode orientar propostas de radicalização de rupturas com o sistema. O que define qual das estratégias devem ser adotadas é, por um lado, a crença do que realmente é o possível e por outro o horizonte temporal com o qual se está definindo as políticas.  

Só para citar um exemplo que é de conhecimento de todas e todos, em 1985, quando da derrota da Campanha das Diretas Já, o PT decidiu não participar do Colégio Eleitoral, embora houvessem em disputa um candidato identificado com a ditadura militar, Paulo Maluf do PDS e outro identificado com a abertura política, Tancredo Neves do PMDB. 

Se olhar para o momento imediato, ou seja, a possibilidade real da eleição do PDS, a escolha correta seria votar em Tancredo do PMDB. Por outro lado, mirando um projeto de sociedade onde o povo é quem deve escolher seu próprio destino, não participar das eleições indiretas representou uma sinalização para a sociedade brasileira da radicalidade do compromisso do PT com a democracia. 

A diferença das leituras, naquela época, foi o horizonte temporal. O PT de 1985 apostou no médio prazo e, como sabemos, acertou.

Em 7 de junho, foi lançada a Frente Ampla Nacional por Diretas Já com um amplo espectro político onde estão praticamente todas as forças políticas democráticas e populares do Brasil. Couberam, nesta Frente Ampla, desde os setores progressistas do PSB e PDT, passando pelos movimentos sociais nacionais, as centrais sindicais, a CNBB, o CONIC, o PCdoB, o PT e PSOL e os setores mais radicalizados dos movimentos sociais.

Historicamente, foi um momento importante porque selou a unidade que vimos construindo ao longo destes últimos dozes meses na luta contra o golpe, contra a retirada de direitos e todos os retrocessos.  

No debate, no entanto, a unidade foi possível nos limites das Diretas Já. Isto porque, embora a maioria dos movimentos sociais vejam no Congresso o espaço onde está ancorado o golpe e a agenda de retirada de direitos, há setores, em especial aqueles compostos pelos partidos, que identificam o golpe apenas pela destituição da presidenta Dilma. Ignoram que, este Congresso foi eleito com pesados investimentos das grandes empresas que capturaram a democracia tomando de assalto as instituições democráticas. Por isso, não há espaço para saídas verdadeiramente democráticas fora da devolução do poder de decisão ao povo brasileiro.  

Senão vejamos: o “Volta Dilma” é uma bandeira correta, por outro lado, o retorno da presidente dentro do contexto de composição do Congresso e do Poder Judiciário não nos indica que represente mudanças estruturais. Os longos meses de luta contra o impedimento e que, como sabemos, não foram capazes de revertê-lo, indicam que Dilma novamente no Palácio do Planalto não representaria uma retomada das agendas sociais e, provavelmente, não iria além de uma desforra moral com os golpistas.  

Da mesma forma, a bandeira da antecipação das eleições diretas, embora igualmente correta por ser um antídoto contra os acordos entorno das eleições indiretas no Congresso, na prática não indica para mudanças estruturais, isto porque, elegendo um ou uma nova presidência sem mexer no Congresso, novamente retornamos ao mesmo ponto onde, a pessoa eleita terá que compor com as bancadas da Odebrecht, da JBS, do Banco Itaú, dos usineiros, da Bancada da bala, da bíblia e do boi, etc., composições estas que somente ocorrerão nos marcos dos interesses destes poderosos grupos econômicos.  

Neste sentido, mudança real somente podem ocorrer com eleições gerais e para uma Constituinte exclusiva, no sentido de que todo poder emana do povo que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente nos termos da Constituição Brasileira. 

Desta forma, está expresso nos princípios constitucionais que o poder popular é uma delegação aos representantes que pode ser revogada. A saída portanto, é devolver a decisão para que o ao povo decida sobre o desfecho da crise institucional, econômica, política e social que estamos inseridos. 

Se esta proposta tem ou não capacidade de ser efetivada, só o tempo dirá. O que não parece correto é abortar as possibilidades históricas tentando compor uma aliança com aqueles que historicamente impõe uma agenda de retrocessos.  

Como dito no inicio deste texto, a campanha das Diretas Já de 1984 não foi taticamente vitoriosa, mas demonstrou-se uma potente referência política que nos acompanha até os dias de hoje. Já nas mobilizações de 2013, parte importante da população brasileira, em especial da juventude, foi às ruas pedir mudanças. 

Muitos daqueles jovens reivindicavam maior espaço de participação e a ampliação do controle popular sobre políticas públicas como os transportes, a educação, a saúde e os espaços coletivos. Infelizmente, por motivos que não cabem aqui aprofundar, aquelas manifestações rapidamente se tornaram contra o governo e foram capturadas pela direita.  

Em relação as mobilizações o que nos interessa é que aquele sentimento de mudanças ainda está latente na base social brasileira. Neste sentido, defender uma proposta mais radical talvez não garanta as possibilidade de uma vitória no curto prazo; no entanto, certamente sinaliza para a classe trabalhadora um horizonte estratégico que, se concretizado, terá resultados melhores e mais duradouros na luta por direitos.  

E qual a sinalização que estaremos fazendo. Ora, de que sem mudanças estruturais os mecanismos que geram e aprofundam as desigualdades irão continuar gerando seus efeitos. 

E, para que hajam mudanças reais, é preciso primeiro uma reforma política e, na continuidade, a reforma agrária, a reforma urbana, a reforma do sistema judiciário, a democratização dos meios de comunicação e a reforma do sistema tributário.  Por isso que nossa bandeira, neste momento de crise, poderia ser por eleições gerais, com uma Constituinte exclusiva, as únicas formas de realmente manter e conquistar nossos direitos e ampliar a democracia.

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...