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terça-feira, outubro 06, 2020

Toffoli relaxa prisão de parte a Organização Criminosa acusada de desvio bilionário no Pará

 

Por Diógenes Brandão 

O ministro Dias Toffoli, do STF, concedeu habeas corpus determinando o relaxamento da prisão de Leonardo Maia Nascimento, assessor do governo do estado que foi preso durante a Operação SOS, deflagrada na última terça-feira (29.09), para apurar fraudes na área de Saúde no Pará.  Muito embora tenha proferido a decisão num HC impetrado por Nascimento, o ministro estendeu os efeitos da medida a outros investigados que tiveram a prisão prorrogada na última sexta-feira, dia 2 de outubro, por decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça Francisco Falcão.

Assim, deverão ser soltos o ex-secretário Parsifal Pontes, o secretário de Transportes, Antônio de Pádua Andrade, o ex-secretário Peter Cassol Silveira e o homem apontado como elemento chave para o cometimento das fraudes, Nicolas Tsontakis Morais (que é o mesmo Nicholas Silva Freire citado na decisão).

terça-feira, setembro 29, 2020

A prisão dos operadores do esquema criminoso de Helder Barbalho. Veja a lista de nomes

Helder Barbalho e Parsifal Pontes estão entre os alvos da PF na investigação de desvios de 1,2 bilhões de reais da área da saúde, durante da pandemia da COVID-19. As prisões aconteceram na manhã desta terça-feira, 29.

 
Por Diógenes Brandão

A operação da Polícia Federal prendeu entre outros importantes nomes do alto escalão e da confiança do governador Helder Barbalho, o seu ex-chefe da Casa Civil, Parsifal Pontes. A prisão choca a opinião pública e se aproxima cada vez mais do chefe. 

Parsifal de Jesus Pontes foi nomeado, em Junho, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, após o deputado estadual, Iran Lima (MDB) ter sido Cassado por corrupção e recebeu como prêmio de Helder Barbalho, a principal secretaria do governo do Estado do Pará. Leia aqui.

Além dele, Antônio de Pádua, Secretário de Transportes e Leonardo Maia Nascimento, advogado e assessor especial lotado no gabinete do governador. Além de sócio do escritório jurídico que defende Helder Barbalho, Leonardo Maia Nascimento foi encontrado com R$ 60.000,00, durante outra batida da Polícia Federal, no dia 23 de Junho, quando além de diversas secretarias e do próprio gabinete do governador, os agentes estiveram realizando busca e apreensão nas casas dos envolvidos naquilo que as investigações consideram uma quadrilha. 

Leonardo havia assumido, em abril, o cargo de secretário-adjunto da SESPA, no lugar de Peter Cassol, com quem a PF encontrou R$ 750.000,00 reais.

A Polícia identificou irregularidades em 12 contratos celebrados pelo governo do Pará de forma ilícita com empresas fornecedoras de equipamentos e prestação de serviços.

Em nota à imprensa, a Polícia Federal explicou que a operação S.O.S é realizada em conjunto com Controladoria-Geral da União e Polícia Civil do Estado de São Paulo e que a ação visa desarticular organização criminosa dedicada a desvios de recursos públicos na área da saúde, destinados a contratação de organizações sociais para gestão de hospitais públicos do Pará, dentre eles os hospitais de campanha montados para enfrentamento da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). 

A investigação alcança o período de agosto/2019 a maio/2020, 12 (doze) contratos celebrados entre o Governo do Estado do Pará e Organizações Sociais ligadas ao grupo investigado, totalizando o valor de R$ 1.284.234.651,90 (um bilhão duzentos e oitenta e quatro milhões duzentos e trinta e quatro mil seiscentos e cinquenta e um reais e noventa centavos). 

Os investigados são empresários, o operador financeiro do grupo, integrantes da cúpula do governo do Pará, além do próprio Chefe do Poder Executivo Estadual. 

A operação contou com a participação de 218 policiais federais, 14 auditores da CGU e 520 policiais civis. A ação tem por objetivo dar cumprimento a 12 (doze) mandados de prisão temporária e  41 (quarenta e um) mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça – STJ, além de 64 mandados de prisão temporária e  237 mandados de busca e apreensão expedidos pelas Varas de Birigui/SP e Penápolis/SP. As diligências estão em cumprimento em Belém/PA, Capanema/PA, Salinópolis/PA, Peixe-Boi/PA, Benevides/PA, Goiânia/GO, Araçatuba/SP e diversas cidades de São Paulo. Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas previstas superior a 60 (sessenta) anos de reclusão. 

Veja abaixo, a lista de envolvidos no esquema criminoso e que tiveram mandados de prisão expedidos:

quarta-feira, julho 15, 2020

Ex-esposa do delegado geral da Polícia Civil é ‘funcionária fantasma’ no governo de Helder Barbalho

Delegado geral da Polícia Civil do Pará é acusado de nepotismo (foto Agência Pará)
Como o Pará web News já noticiou antes, o delegado geral da Polícia Civil do Estado do Pará, Alberto Teixeira, é acusado da prática de nepotismo dentro da administração pública do Governo do Estado. Em reportagem anterior, foi mostrado que Teixeira nomeou uma cunhada para a Polícia Civil, que foi exonerada na semana passada pela Casa Civil, e indicou a atual esposa para um cargo na Casa Civil.
Agora, a denúncia é que Alberto Teixeira também encontrou uma maneira da ex-esposa dele, Márcia do Socorro Pimentel Moura- mãe do casal de filhos mais velhos do delegado- ter um cargo na Polícia Civil. A denúncia segue com as informações de que Márcia não frequenta o lugar onde está lotada, sendo assim o que se chama de ‘funcionária fantasma’, e ainda recebe indevidas diárias de viagens na Polícia Civil.
Nomeação – Mesmo estando divorciada de Alberto Teixeira, Márcia Pimentel foi nomeada para ser Diretora de Divisão na Polícia Civil do Estado do Pará, mas ela sequer é policial e muito menos bacharel em Direito, como o cargo requer. A portaria de nomeação de Márcia foi publicada no Diário Oficial do Estado do Pará (DOE) de número 33867, publicada no dia 7 de maio de 2019. O delegado Augusto Lobato Potiguar foi exonerado da função gratificada para dar lugar à Márcia.
A portaria foi assinada por Parsifal Pontes, agora, ex-titular da Casa Civil. Parsifal é cunhado de Alberto Teixeira e Parsifal não sabia que Márcia Pimentel é ex-esposa de Teixeira? Parsifal não se lembrou de sua ex-concunhada ao assinar a nomeação?
Nomeação de Márcia do Socorro Pimentel Moura
Márcia, mãe de dois filhos de Alberto Teixeira, recebe remuneração de R$ 2.931,75, quase três mil reais, como Diretora de Divisão da Polícia Civil do Pará. Todo esse dinheiro recebido mensalmente, sem contar com as inúmeras diárias recebidas por ela para viajar a serviço da Polícia Civil.
Fantasma – O fato mais grave é que Márcia é ‘funcionária fantasma’ da Delegacia Geral de Polícia Civil, ou seja, nunca trabalhou na instituição, nem ao menos aparece no departamento onde está lotada.
Para tirar qualquer dúvida, se Márcia trabalha ou não na Delegacia Geral, basta perguntar aos servidores que trabalham na Diretoria de Recursos Humanos da Polícia Civil do Pará, e os servidores informarão, se realmente essa servidora labora no local.
Frequência de Márcia Pimentel
Férias – Para demonstrar a falta de zelo com o serviço público, Márcia com menos de um ano de serviços prestados à Polícia Civil, viajou de “férias” para outros estados do Brasil.
Ela tinha pouco meses no cargo, desde maio de 2019, mas em dezembro desse ano, ela viajou para Santarém, no oeste do Pará, e em janeiro de 2020, estava na cidade de Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, em passeio com a família, com a irmã Luciana Moura.
Viagem de Márcia, com a irmã Luciana, para Foz do Iguaçu, em janeiro deste ano. Márcia é a pessoa nos detalhes da foto
Márcia em viagem para Santarém com a irmã Luciana
Diárias – Além de não frequentar o local de trabalha, de ter férias com menos de um ano de nomeação, Márcia tem recebido diárias de viagens que nunca realizou.
Capanema – A primeira viagem, com pagamento de oito diárias para Márcia foi para Capanema, região nordeste do Pará, durante oito dias, de 22 a 30 de agosto de 2019.
Portaria das oito diárias para Capanema
O pagamento das diárias, de R$ 1.080,00, foi devidamente realizado pela administração pública, conforme verificado no Portal da Transparência.
Pagamento das diárias para Capanema
Moju – Em outubro de 2019, a servidora Márcia, mais uma vez foi agraciada, desta vez, para viajar sozinha do município de Belém para a cidade de Moju-PA, onde teoricamente passou oito dias.
Portaria das oito diárias para Moju
A servidora Márcia, como Diretora de Divisão, lotada na Coordenadoria de Gestão de Pessoas, viajou para Moju por quê? E para quê? Qual atividade administrativa Márcia foi realizar em Moju?
Pagamento das oito diárias para Márcia em viagem a Moju
Tanto para a viagem de Capanema no mês de agosto, quando para Moju, em outubro, Márcia recebeu oito diárias, no valor de R$ 1.080,00, cada viagem, totalizando R$ R$ 2.160,00 em diárias “fantasmas”, da Polícia Civil do Estado do Pará, somente no ano de 2019.
Carnaval – No ano de 2020, as fraudes continuaram. Márcia foi destacada junto com Edilson Filgueira Lima Filho e o delegado Samuelson Yoiti Igak, para uma viagem de “apoio à Operação Carnaval” em Salinópolis (Salinas), no nordeste do Estado.
Portaria de diárias para Salinas
A “Operação Carnaval” não seria voltada ao policiamento ostensivo, repressivo, desenvolvimento por Agentes de Segurança Pública, legalmente habilitados para tanto? Que tipo de trabalho, uma pessoa que trabalha no Recursos Humanos (RH) de um órgão desenvolve em uma “Operação Carnaval”?
Pagamentos das diária para Márcia no Portal da Transparência
A verdade é que não havia sequer motivo para deslocamento de uma servidora que não é policial civil, mas que é nomeada para trabalhar na parte administrativa do RH da Polícia Civil.
Diárias indevidas – Mas em se tratando de diárias, o próprio Alberto Teixeira também faz uso delas. O Pará Web News já havia denunciado, em março deste ano, que Teixeira recebe diárias de viagens pelo interior do Estado, mas permanece em Belém, despachando normalmente, enquanto as diárias são pagas pela Polícia Civil do Pará
Sem fiscalização – O delegado geral Alberto Teixeira e Márcia Pimentel Moura, de forma pública, lesam ao erário sem temer os órgãos de controle e fiscalização.
O delegado geral, não somente pela nomeação de sua ex-esposa para um cargo de direção na Polícia Civil, que ele dirige, mas pelas diárias pagas à Márcia por viagens que nunca existiram, uma prática que ele faz, vez por outra, como está no link da reportagem acima.

sábado, junho 27, 2020

Direito de Resposta: Iran Lima


Por Iran Lima

Por acreditar no compromisso com a verdade que a imprensa transmite, solicito a publicação de meu direito de resposta para esclarecer o que realmente aconteceu que é diferentemente do noticiado. Não fui condenado por “crime” de improbidade administrativa relacionada a qualquer ilegalidade referente ao Convênio firmado com Ministério Saúde em 2005, quando exerci o cargo de Prefeito de Moju.

É fato que, no ano de 2017, o Tribunal de Contas da União (TCU) julgou irregulares na prestação de minhas contas relacionadas ao convênio da compra de duas ambulâncias para Moju. Essa decisão deu fundamento para as impugnações apresentadas desfavoráveis a mim ao registrar minha candidatura nas eleições de 2018.

É importante ressaltar que, em outubro de 2019, consegui, por unanimidade, reverter o caso no TCU, cuja decisão julgou regular as minhas contas. 

Ocorre que o TSE não considerou estes fatos supervenientes que afastam, inclusive, a causa de inelegibilidade. Por isso, entrei com recurso extraordinário no STF que, em breve, deverá decidir. Estou confiante de que a decisão será reformada pelo TSE para deferimento do meu registro como fez TRE-PA, e restabelecer o meu mandato parlamentar, legitimamente conquistado junto à população paraense.

Já que não houve prática de ilícito eleitoral, não é correto confundir o indeferimento de registro de candidatura com cassação de mandato. 

A decisão do TSE não me torna inelegível e estou apto, sim, a disputar as próximas eleições assim como exercer qualquer função pública. 



sexta-feira, junho 26, 2020

Qual a origem do dinheiro encontrado com advogado ligado a Helder e a operação da PF?

Sócio do escritório jurídico que defende Helder Barbalho, Leonardo Maia Nascimento foi encontrado com R$ 60.000,00. Ele havia assumido, em abril, o cargo de secretário-adjunto da SESPA, no lugar de Peter Cassol, com quem a PF encontrou R$ 750.000,00 reais.

Por Diógenes Brandão

Na terça-feira, 23, a Polícia Federal cumpriu o terceiro mandado de busca e apreensão em casas de suspeitos de participarem do esquema criminoso que teria desviado dinheiro destinado a salvar vidas, no combate à COVID-19. 

Dessa vez, a operação policial focou locais e pessoas ligadas ao milionário Secretário de Saúde do Pará, Alberto Beltrame, na capital e em uma cidade litorânea do Rio Grande do Sul, além de um escritório de advocacia. Só em uma luxuosa mansão em área nobre de Porto Alegre foram encontradas mais de 300 obras de arte, a maioria com valores expressivos. A suspeita é de que as obras sejam parte de um esquema de lavagem de dinheiro. 

A mansão onde abrigava o acervo, digno de dar inveja a muitos museus, estava com sua venda sendo anunciada pelo valor de R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais). Segundo uma avaliação preliminar, o custo total das obras pode passar dos R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões). 

Em sua defesa, Alberto Beltrame emitiu uma nota em que alegou que as obras "são fruto de 35 anos de trabalho" e que "foram adquiridas antes de minha gestão como Secretário de Saúde no Pará". Além disso, afirmou que algumas delas são cópias. "As que têm valor foram declaradas no meu imposto de renda. Foram pagas com transferências bancárias e tenho suas notas fiscais", diz o texto. 

O que o Secretário Estadual de Saúde não disse é que trouxe do Rio Grande do Sul ao Pará, um parceiro. Trata-se de Peter Cassol Silveira, que recentemente foi exonerado do cargo de Secretário-adjunto da SESPA, onde também chegou a acumular o cargo de diretor-financeiro. 

Em sua casa, a PF encontrou uma caixa térmica (cooler) com R$750.000,00 (setecentos e cinquenta mil reais). No dia 15 de abril deste ano, Peter foi afastado do cargo da SESPA e em seu lugar assumiu o advogado Leonardo Nascimento, com quem a Polícia Federal encontrou R$ 60.000,00 (sessenta mil reais). 

Na última sexta-feira, 19, o governador e seu ex-chefe da Casa Civil, Parsifal Pontes assinaram a exoneração da secretária adjunta de Gestão de Políticas de Saúde, Ivete Gadelha Vaz, e mais outros 30 servidores da SESPA. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial do Estado e causou surpresa e indagações. Há suspeitas de que esses servidores foram afastados dos seus cargos para dificultar as investigações no órgão, que foi abalado pela operação Para Bellum, da Polícia Federal.



Diferente da SESPA, o gabinete do governador manteve no cargo o assessor jurídico lotado na Casa Civil, Leonardo Maia Nascimento, que além do cargo no governo é sócio do escritório de advocacia Centeno, Nascimento, Pinheiro, & Almeida Advogados, que é justamente o escritório que defende Helder Barbalho. 



Conforme noticiado pelo blog do portal Amazon Live, Leonardo é íntimo da família Barbalho, tendo atuação em processos judiciais contra adversários e na defesa dos seus interesses políticos e financeiros, inclusive frequenta a casa do governador, conforme pode ser comprovado em fotos publicadas em suas redes sociais.  



Leonardo é sócio do advogado Alex Centeno, que é filho de Camilo Centeno, sobrinho da deputada federal Elcione Barbalho (MDB), mãe do governador. Além de ser primo do governador, Camilo Centeno é diretor da RBA, empresa da família Barbalho. No governo, Leonardo está lotado no cargo de Assessor Especial III, o qual tem o salário de R$ 6.129,26 bruto e líquido de R$ 5.126,09.

O Ministério Público já deveria ter se manifestado sobre o que pretende fazer em relação a essa, no mínimo, estranha ligação deste advogado com os contratos da SESPA, com empresas suspeitas, e checar a origem do dinheiro que estava em sua residência e que ele ainda não explicou.

Leia também:  





Cassado por corrupção, Iran Lima assume Casa Civil no lugar de Parsifal Pontes


Por Diógenes Brandão

A operação da PF que revirou gabinetes do governo do Pará e diversas residências de assessores e até a própria casa do governador Helder Barbalho, tem trazido uma frenética dança das cadeiras, com exonerações e nomeações.


Uma delas, a mais recente e importante foi a que acabamos de encontrar no Diário Oficial do Estado (DOE), onde ficamos sabendo da portaria da exoneração de Parsifal Pontes e sua nomeação para o cargo de Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia. Em seu lugar foi nomeado como chefe da Casa Civil, o ex-deputado Iran Lima (MDB), que teve seu mandato cassado e foi afastado da ALEPA, nesta terça-feira, 23, onde presidia a importante Comissão de Constituição e Justiça.  

Em linhas gerais Parsifal assume a secretaria que já havia sido comandada por Iran Lima, quando saiu da ALEPA, por determinação da justiça e acabou voltando achando que poderia manter-se impune.


Iran Lima perdeu o mandato após uma longa e demorada briga na justiça eleitoral, que condenou o réu por improbidade administrativa. A condenação foi reiterada após 19 anos em que o deputado vinha recorrendo contra a condenação, fruto da investigação feita pela Polícia Federal na "Operação Sanguessuga". 

Com a nomeação de Iran Lima, Helder sinaliza que seus amigos e parceiros acusados de crimes contra os cofres públicos, ao invés de serem afastados, acabam sendo premiados e protegidos em cargos importantes, como é o da chefia da Casa Civil, a mais importante e poderosa no governo do Pará. 

Em 2019, Iran Lima já havia sido nomeado como Secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do governo do Estado. Conforme publicado no site do MPF e replicado pelo blog AS FALAS DA PÓLIS e o jornal A Província do Pará, antes das eleições de 2018, baseado na Lei da Ficha Limpa, o Ministério Público Federal pediu o indeferimento da candidatura de Iran Lima, Wladimir Costa, Chico da Pesca e mais outros 19 candidatos paraenses. 

No caso de Iran Lima, o deputado estadual teve suas contas reprovadas e foi acusado pelo crime de Improbidade Administrativa, em relação ao tempo em que foi prefeito de Moju e foi alvo de diversos pedidos de impugnação por conta de uma condenação do Tribunal de Contas da União. Iran conseguiu manter-se candidato e conquistou os votos necessários para ser reeleito, mas não conseguiu mais recursos junto à Justiça Federal e perdeu o mandato, estando também condenado a ficar inelegível por 8 anos. 

Atualização

Em nota enviada ao blog, o deputado estadual Iran Lima afirmou:

"A decisão do TSE não me torna inelegível e estou apto, sim, a disputar as próximas eleições assim como exercer qualquer função pública. Deste modo, esclareço o real motivo da minha saída da ALEPA, na certeza de que será feita justiça pelo STF e retornarei a representar o Povo do Pará na Assembleia Legislativa", disse o ex-deputado estadual e atual chefe da Casa Civil do governo do Pará.  Leia  em: Direito de Resposta: Iran Lima.


Leia também:  




TSE confirma a cassação de Iran Lima, secretário de Helder Barbalho

segunda-feira, junho 22, 2020

Eder Mauro defende o filho e diz que Helder Barbalho tem histórico de corrupção familiar



Por Diógenes Brandão

Foi só desembarcar do governo de Helder Barbalho e reforçar as críticas e denúncias sobre os possíveis desvios e irregularidades existentes nos órgãos do governo do Estado, como na SESPA, SEDUC, Polícia Civil, entre outros, que o deputado federal Delegado Éder Mauro passou a ser retaliado pelo aparato estatal, hoje nas mãos da família Barbalho.

Leia a nota de Eder Mauro sobre a operação comandada pela AGE:

O desespero por trás da operação na Sejudh...  

Em mais uma tentativa de atacar e calar os opositores, o governador do Estado, Helder Barbalho mandou deflagrar uma operação na Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), nesta segunda-feira (22), onde o meu filho, Rogério Barra, foi secretário no período de janeiro de 2019 a maio de 2020.  

Diferente do governador Helder Barbalho que tem um histórico de corrupção entranhado no seio familiar, esclareço que a gestão de Rogério Barra foi pautada pela transparência.  

A primeira ação de Rogério enquanto secretário foi protocolar o pedido à Auditoria Geral do Estado (AGE), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Ministério Público Federal (MPF), para fazer auditoria sobre contratos, processos e licitações realizados pela Sejudh nos anos de 2015 a 2018 (https://agenciapara.com.br/noticia/5404/).  

Na ocasião, o auditor geral do Estado, Giussepp Mendes acatou o pedido e o publicou em uma redes social, mostrando preocupação com as demandas apresentadas, o próprio auditor classificou como “demandas preocupantes deixadas pela gestão anterior, que ferem o princípio da Moralidade, Legalidade e Eficiência ao qual está vinculado a gestão pública”  (https://www.instagram.com/p/BsbQJjKB_7g/?igshid=1olny093snnns).  

O pedido não foi executado pela AGE naquele ano e, agora, é utilizado como justificativa para realização da operação de hoje no órgão que, desde o dia 15 de junho, é chefiado pelo titular da Casa Civil, Parsifal Pontes

Também foi omitida a informação de que foi Rogério Barra quem cobrou transparência na prestação de contas dos convênios de proteção, que antes sequer existia https://agenciapara.com.br/noticia/11507/

A pirotecnia do governador nada mais é que o desespero de quem tenta ofuscar a verdadeira operação já realizada no estado do Pará, quando a Polícia Federal acabou com a farra dos respiradores de brinquedo e encontrou R$ 750 mil no cooler do secretário adjunto de Saúde em plena pandemia.  

O que está por trás da operação é uma perseguição política de Barbalho, que utiliza o meu filho para perseguir o único político no Pará com coragem para desafiar e denunciar os desmandos do governador. 

Aqui não!

domingo, junho 14, 2020

Governo Helder torra dinheiro público para se defender na mídia, mas não explica irregularidades

Por Paulo Bemerguy, no seu blog do Espaço Aberto, sob o título "Nota do governo do estado omite esclarecimentos sobre os principais vícios que a Para Bellum revelou sobre a compra de respiradores"

Nota do governo do estado omite esclarecimentos sobre os principais vícios que a Para Bellum revelou sobre a compra de respiradores. 

O governo do Pará fez publicar na primeira página dos dois jornais de Belém – o Diário do Pará e O LIBERAL – uma nota de esclarecimento sobre a compra de 152 respiradores imprestáveis, consumada sob a suspeita de vícios tão graves que acabou resultando na deflagração, na última quarta-feira (10), da Operação Para Bellum, autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça, a pedido da Procuradoria Geral da República. 

A nota não traz sequer uma informação a mais, além daquelas que o governo do estado já vinha apresentando antes mesmo da Para Bellum e que foram reforçadas exaustivamente depois da operação da PF.  

Em sua maratona para enfatizar sua versão, o governo do estado contou com a voz de ninguém do que a do próprio governador Helder Barbalho, que no mesmo dia da Para Bellum, no final da tarde, deu uma entrevista coletiva on-line de 44 minutos, que pode ser vista no perfil do governo do Pará no Instagram.  

Posteriormente a isso, no entanto, o governador, tendo-lhe sido oferecido um precioso espaço – e gratuito, vale dizer, ao contrário da nota paga que foi publicada nos jornais – para esclarecer dúvidas essenciais, desistiu em cima da hora da entrevista que prometera dar à CNN, por isso merecendo uma dura reação da emissora.  

Mas já que a nota foi publicada, o Espaço Aberto conversou na manhã deste domingo (14) com advogados que atuam com assiduidade sobretudo no âmbito do Direito Administrativo. Eles foram contundentes em afirmar que a nota do governo do estado mais desesclarece do que propriamente esclarece, porque contorna, evade-se da abordagem de pontos essenciais sobre a operação de compra dos respiradores.  

“Em trinta anos advogando na área pública, não tenho conhecimento de uma ação tão desastrada. Regras mais elementares do processo licitatório foram suplantadas”, disse um dos advogados ouvidos pelo blog.  

"Sou advogado administrativista, além de consultor ambiental e depois de anos de exercício da minha profissão, incluindo meu tempo de servidor do Tribunal de Contas dos Municípios, nunca tinha vista tamanha ilegalidade de uma administrador público estadual", diz ao Espaço Aberto José Carlos Lima, editor do blog Zé Carlos do PV.  

Ele ressalta que a SKN, importadora dos respiradores, não tinha autorização da Anvisa para comercializar equipamentos hospitalares e que o governo Helder Barbalho adquiriu outro produto desta mesma empresa, além do respiradores.

"Mesmo a dispensa de licitação deve obedecer a lei, e a lei diz os passos que devem ser seguidos pela administração pública, para atender o princípio da legalidade, segundo o qual o administrador público só pode fazer o que a lei determina, mesmo a liberdade de agir de forma discricionária deve ser segundo parâmetros legais", acrescenta Zé Carlos.  

Os advogados apresentaram ao Espaço Aberto uma espécie de roteiro da tragédia legal que acabou desaguando na Operação Para Bellum.  

01. No final de abril, o MP ajuizou ação civil pública contra o auditor geral do Estado Giuseppe Mendes, para que fossem apresentados os documentos das compras relacionadas ao Covid-19. 

02. No dia 05 de maio (segundo consta da decisão do próprio ministro do STJ Francisco Falcão, que autorizou a Operação Para Bellum), a Auditoria apresentou todos os documentos exigidos pelo MP.

03. Para o MP ter ajuizado a ação, a relação do governo do Estado com o Órgão Ministerial devia estar bastante arranhada. 

04. Será, questionam os advogados, que não teve uma única mente minimamente lúcida que fizesse uma checagem nos documentos? A dispensa dos respiradouros não se sustentava em função da quantidade de vícios. A empresa não poderia, sob hipótese alguma, vender para ente público, eis que é devedora de quase R$ 4 milhões para o fisco carioca. A ausência de certidão vedava a contratação da empresa. 

05. Os respiradouros chegaram e, conforme constatou-se de imediato, eram imprestáveis não funcionaram. A própria Sespa acabou, supõe-se que sem querer, disseminando uma fake news, que foi logo apagada, mas deixou seus rastros (imagem abaixo).





06. O governo teve mais de trinta dias para montar com mais, digamos, inteligência um processo de dispensa de licitação, observando a mínima coerência entre as fases do certame. Mas nem isso foi feito, como já detectou a PGR na informação prestada ao STJ e acolhida pelo STJ, ao autorizar a Operação Para Bellum. “Emitir a nota fiscal antes mesmo de o processo de dispensa de licitação ter sido iniciado é muita burrice”, complementa um dos advogados ouvidos pelo Espaço Aberto. 

07. Para fechar com chave de ouro toda essa tragédia legal, advogados apontam ainda o fato de terem sido encontrados, dentro de um recipiente térmico, R$ 750 mil em poder do ex-secretário-adjunto de Gestão Administrativa da Sespa, Peter Cassol Silveira, e R$ 60 mil na casa de Leonardo Maia Nascimento, assessor de gabinete do governador Helder Barbalho. Como o Espaço Aberto já mostrou, até agora apenas Cassol e outras duas servidores da Sespa foram exonerados, ao contrário de Leonardo e dos secretários Alberto Beltrame, Parsifal Pontes e René Júnior, que continuam firmes em seus postos, apesar de nominalmente investigados no inquérito que ainda segue no STJ.

Basicamente, são esses os pontos que ficaram de fora de todas as explicações apresentadas à sociedade, até agora, pelo governo do estado.  

E continuaram de fora da nota de esclarecimento publicada na primeira página dos jornais deste domingo. 

Há mais: até agora, ninguém, nem mesmo o MP, questionou concretamente o número de mortes causadas pela a ausência dos respiradouros.  Mas ainda há tempo de aprofundarem-se essas investigações.

sexta-feira, setembro 20, 2019

Governo Helder Barbalho silencia a imprensa no Pará

Associação dos Concursados cobra promessas do governador Helder Barbalho e o acusa de comprar a imprensa paraense. A entidade vai denunciar o governador por Improbidade Administrativa, o que pode torná-lo inelegível por 8 anos.

Por José Emílio Almeida*

Com a eleição de Hélder Barbalho (MDB) ao governo do Pará, ocorreu junto o silenciamento da Imprensa no Estado na medida em que sua família é dona de boa parte dos meios de comunicação em vários municípios e as empresas concorrentes foram todas compradas pelos contratos de publicidade do governo do estado.

Com isso, denúncias de todo o tipo e das mais diversas regiões do Estado, ficaram sem repercussão. E, como se aqui o povo não tivesse direito a reclamar, a imprensa não divulga mais as queixas da população.

Cerca de 3.800 professores aprovados fora das vagas em concurso público promovido pela administração anterior, não conseguem repercutir na imprensa local as suas inúmeras manifestações de protesto contra o governo.

Esses professores ficaram sem o direito às vagas, ocupadas por pessoas contratados de forma temporária, indicadas por deputados estaduais e federais da base de apoio do governador.

Até prefeitos e vereadores de municípios do interior do Estado têm as suas reivindicações atendidas pelo governador, através da secretária de Educação, Leila Freire, que, inclusive, chegou a desfazer negociação acertada entre a Associação dos Concursados do Pará (Asconpa) e o chefe da Casa Civil, Parsifal Pontes, garantindo a chamada de 1.043 professores do concurso.

Ao invés das nomeações, o Estado promoveu mais processos seletivos simplificados, mais conhecidos como seleção dos indicados pelos políticos ligados ao governador.

Essas contratações atingiram quantitativo impensável e jamais visto, mesmo durante o governo do tucano Simão Jatene.

Helder abriu a porteira das contratações de temporários no Estado, não apenas na Seduc.

Em todos os órgãos da sua administração, a entrada de trabalhadores pela janela já supera as contratações feitas por Jatene.

Na Seduc (Secretaria de Educação), ocorre todo tipo de irregularidades.

Lá é comum o desvio de função (prática ilegal de professores de uma disciplina assumindo carga horária de outra disciplina). Professores de Matemática, por exemplo, estão dando aula de Física e vice-versa; “amigos” de deputados tomam posse fora do prazo estabelecido; contratações, para o sistema Mundiar, de professores que também trabalham no regular.

Diversas reuniões, protestos e ações judiciais têm sido feitas pelos concursados, mas sem o êxito esperado, em parte devido ao silêncio dos órgãos de imprensa.

As sugestões de pauta enviadas para TVs, rádios e jornais paraenses são desprezadas pelos jornalistas, que veiculam apenas as ações do governo.

Infelizmente a imprensa se calou, mesmo diante de tantos fatos reais e que merecem a devida cobertura, para que toda a população veja o outro lado da notícia e tome conhecimento do que de fato, se passa por aqui.
O controle político da imprensa é um atentado à democracia,  já tão combalida no atual governo Bolsonaro que ataca a democracia das instituições como universidades e procuradoria geral da República,  além de homenagear torturadores e macular a memória de perseguidos pela ditadura.

Diante dessa situação, a Asconpa fará denúncia de improbidade administrativa no governo do Estado do Pará, à OAB e ao Ministério Público do Estado e seguirá na luta denunciando as injustiças e ataques dos governos e se apoiando na imprensa alternativa para divulgar suas idéias e denúncias.

*José Emílio Almeida é presidente da ASCONPA (Associação dos Concursados do Pará).

quinta-feira, junho 06, 2019

Governo e prefeituras discutem o destino do lixo da Região Metropolitana de Belém

"Foi uma reunião bastante produtiva", disse o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.


A primeira reunião do grupo de trabalho sobre o destino do lixo na Região Metropolitana de Belém foi marcada pela união entre as prefeituras de Belém e Ananindeua, Governo do Estado, Ministério Público e órgãos ligados ao meio ambiente, que reuniram na tarde desta quarta-feira, 5, no Palácio Antonio Lemos. O encontro teve como objetivo debater, de forma conjunta, possíveis soluções para o problema do lixo dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba. Os debates prosseguem nesta quinta-feira, 6, com a presença das instituições de ensino e pesquisa.  

O grupo de trabalho é uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Belém, que não vem medindo esforços na busca por alternativas para a situação dos resíduos da RMB. Sempre aberto ao diálogo, o Prefeito Zenaldo Coutinho iniciou o encontro destacando a importância da união entre gestores, instituições e órgãos públicos, na busca por uma solução para a situação do lixo. “Este não é um problema apenas do município de Belém, mas de toda a região metropolitana, daí a importância de reunir com todos os gestores envolvidos para tratarmos essa questão da destinação do lixo na RMB de forma conjunta. Estamos abertos ao diálogo, a receber contribuições e a ouvir sugestões, pois neste momento é fundamental a união de todos”, declarou o prefeito de Belém. “Foi uma reunião bastante produtiva e que será ampliada com o encontro desta quinta-feira, quando estaremos reunidos com as instituições de ensino e pesquisa”, completou.  

Representando o Governo do Estado, o chefe da Casa Civil, Parsifal Pontes, disse que sabe da importância da participação do Estado nas discussões pela solução do problema. “É um caso complexo, tanto que ainda não se chegou a uma solução, mas o Governo do Estado tem interesse em participar das discussões e das possíveis soluções. Temos limites de responsabilidades legal e jurídica, mas temos também responsabilidade política, por isso estamos à disposição para participar dos debates”, afirmou o chefe da Casa Civil.  

“É uma dificuldade que os três municípios enfrentam e que afeta a todos. Estamos vivendo o drama e precisamos que o MP e as outras instituições também nos ajudem”, declarou o prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro. A promotora Ana Maria Magalhães ressaltou o empenho do município de Belém na busca por alternativas para o destino do lixo. “O aterro sanitário de Marituba não funcionou por conta que a empresa não adotou todas as técnicas que deveria ter adotado, por isso hoje estamos passando por esta situação. Mas acreditamos no potencial do prefeito Zenaldo Coutinho para resolver esse problema. Confio que esta gestão dará o pontapé inicial para resolver essa grave questão e para isso estamos juntos na busca por soluções”, destacou.  

Veja as fotos do encontro, que pelo tudo indica, inicia um diálogo entre os representantes públicos dos poderes constituídos, para finalmente solucionar esse grave problema enfrentado pela população da Região Metropolitana de Belém.









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