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quinta-feira, julho 14, 2016

Novos rumos na Comunicação da PROIFES e sindicatos associados

Durante dois dias, dirigentes sindicais e assessores de comunicação trocaram experiências e informações sobre os desafios da PROIFES e seus sindicatos filiados, no que concerne o fortalecimento e integração destas entidades.

Por Diógenes Brandão

Realizado na sede da ADUFRGS nos dias 7 e 8 da semana passada, o evento reuniu profissionais da comunicação que atuam como assessores de imprensa e diretores sindicais de vários estados brasileiros e em dois dias estabeleceram troca de experiências e abordagens, como das novas tecnologias da informação e estratégias midiáticas, que ao certo ajudarão aos sindicatos a se fortalecerem nesta era digital.

Rafael Caliari (CUT-RJ) contribuiu demasiadamente com sua experiência e pontos de vista, sobretudo em relação às narrativas nas redes, que os sindicatos ainda não desenvolvem tão bem, quanto os ativistas digitais da era da informação. Foto: ASCOM-ADUFG

Com a marcante participação do jornalista e ativista digital Rafael Caliari, que atua na assessoria de comunicação da CUT-RJ, o II Seminário de Comunicação da PROIFES foi um marco na nova etapa que a Federação dos professores das Instituições Federais de Ensino Superior começa a vivenciar, utilizando-se dos novos modos de comunicar e produzir informação, conteúdo e facilidade na interação com a classe trabalhadora de sua base sindical e demais entidades parceiras.

Foto: ASCOM-ADUFG

EXPECTATIVAS SUPERADAS

Ao ser perguntado o que havia sido mais significativo no Encontro, o presidente do SIND-PROIFES, Valdemir Alves, opinou: “O ambiente de liberdade permitiu críticas e autocríticas construtivas, o que nos levou a constatar que temos excelentes profissionais de comunicação subaproveitados. A Integração dos planos de comunicação dos sindicatos, ações da federação como centralizadora das informações de interesse nacional de forma antenada, atualizada e em tempo real, e a sistematização na distribuição e disponibilização dessas informações, também indispensável se pensar na implementação de um sistema de vídeo conferência entre sindicatos e federação”.

Valdermir Alves, presidente do SINPROIFES destacou a crítica e autocrítica existente no Seminário de Comunicação. Foto: ASCOM-ADUFG

O vice-presidente e também diretor de comunicação da PROIFES, Flávio Alves, disse que Encontro de Comunicação promovido pela entidade possibilitará uma grande mudança na comunicação da PROIFES e dos sindicatos filiados, pois segundo suas palavras “foi a possibilidade de cada sindicato conhecer a comunicação do outro, ou seja, a partir de agora todos sabem o que há de bom e de pior na sua comunicação. Desta forma todos procurarão se adequar para melhorar a sua comunicação e a da Federação. Para a PROIFES e demais sindicatos expandirem-se, o investimento em comunicação deve ser ampliado”, concluiu Flávio.

Flávio Alves considera que os investimentos em comunicação da federação e demais sindicatos, devem ser ampliados. Foto: ASCOM-ADUFG.

A PARTICIPAÇÃO PARAENSE

Para a Diretora de Assuntos Educacionais do Magistério Superior, fez uma breve análise do II Encontro de Comunicação do PROIFES, dizendo: “Já está na hora de mudarmos a forma com que os sindicatos se comunicam com seus filiados e com a sociedade em geral. Precisamos nos adequar aos novos meios de comunicação existentes. Não basta só saber que as redes sociais são importantes, precisamos usá-las adequada e sistematicamente, afim de gerar um processo de interação entre as partes e fazendo com que a informação flua entre todos os estados do país, pois uma ação sindical exitosa que ocorra em Belém, pode e deve servir de exemplo para outros sindicatos, como o de São Paulo, Goiás ou do Rio de Janeiro, por exemplo e viceversa”, disse Socorro Coelho, que também é presidenta do mais novo sindicato filado à federação, o SINDPROIFES-PA, que mesmo não estando presente, soube de tudo que ocorria no evento através de um contato online, com o assessor de comunicação do sindicato, o comunicador Diógenes Brandão, que lhe alimentava com informações instantâneas, usando para isso as redes sociais, durante o seminário.

Diógenes Brandão apresentou o Plano de Comunicação da ASCOM-SINDPROIFES-PA.

O SINDPROIFES-PA, que recentemente completou um ano de fundação e conquistou seu CNPJ e sede provisória, terá a criação e desenvolvimento de sua identidade visual (logotipo) e página na internet, patrocinados pela federação, conforme decisão da diretoria da entidade nacional, que destacou o trabalho do sindicato paraense, dizendo que é o que tem maior potencial de crescimento entre os demais e por ter obtido proporcionalmente, a maior participação entre os demais sindicatos filiados, no processo de eleição da delegação para o XII Encontro Nacional da PROIFES, que encerrou na sexta-feira passada e foi feito 100% de forma digital, através de uma urna nas nuvens. 

CONCLUSÕES E PROPOSTAS

Entre as decisões tomadas pela direção da federação e informadas aos participantes do evento, está a orientação para que os profissionais que atuam nas assessorias de comunicação dos sindicatos, participem do XII Encontro Nacional da PROIFES, tanto para fazerem a cobertura midiática e colaborativa do evento, como para darem seguimento ao processo de formação da rede de comunicação PROIFES.

Na avaliação final do evento, o presidente nacional da PROIFES, Eduardo Rolim, disse que o evento cumpriu o seu objetivo ao reunir as experiências desenvolvidas nos estados onde a federação é representada por seus sindicatos e com os profissionais e dirigentes que nelas atuam com a comunicação sindical, debateram novas estratégias para serem aplicadas por todos. “A federação nasceu para ser diferente, plural e moderna e não abrimos mão de investir em comunicação, pois sabemos da importância desta área para o pleno desenvolvimento de nossas entidades”, concluiu Eduardo.

quinta-feira, dezembro 31, 2015

Por um ano cheio de vitórias!



Um agência de comunicação digital que sabe como expressar a ansiedade pela campanha eleitoral, que já começa a partir de amanhã. 

Vem aí um ano de fortes emoções! Você já está preparado

segunda-feira, dezembro 07, 2015

O Vice-Presidente Michel Temer é sócio do golpe

Não se esperaria solidariedade de Temer, mas apenas seu compromisso com a legalidade. Entretanto, com sua deslealdade, ele se tornou sócio do golpe. Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil.
"É nas ruas que o destino da democracia brasileira será traçado. É das ruas que devem ecoar as vozes estridentes e ensurdecedoras para pressionar o Congresso e bloquear o golpe. Em paralelo à ampla mobilização popular, deve ser travada uma guerra comunicacional de informação, de esclarecimento e de disputa narrativa dos acontecimentos como nunca antes". 

Por Jeferson Miola, nCarta Maior

Michel Temer fez questão de deixar transparecer sua absoluta falta de solidariedade institucional com Dilma, cujo cargo legítimo de Presidente da República está ameaçado pelo processo de impeachment instalado pelo psicopata corrupto que preside a Câmara dos Deputados.

Não se esperaria solidariedade política de Temer com Dilma, mas apenas o compromisso dele com a legalidade e com a democracia. Com sua deslealdade, entretanto, ele se tornou sócio e fiador do golpe.  

O afamado Constitucionalista, que é vice-chefe de Estado do Brasil, teria o dever elementar de se solidarizar com a instituição Presidência da República, mesmo que não se solidarizasse com a figura da Presidente. Ele preferiu, ao invés disso, marcar seu descolamento de Dilma. A renúncia do ministro Eliseu Padilha, um dos seus principais representantes, é uma demonstração estridente deste rumo assumido.  

Enquanto Brasília fervilha com os passos iniciais do impeachment que ameaça o governo do qual é vice-presidente, Temer viaja a São Paulo para conchavos com os setores oposicionistas e com o empresariado. Na bagagem, leva aos tucanos a promessa de não disputar a reeleição em 2018, caso assuma a Presidência uma vez consumada a deposição de Dilma.  

Ele é também portador do documento “Uma ponte para o futuro”, a bula programática para o pós-impeachment. Este texto reflete um liberalismo rudimentar, pré-constituição de 1946: profundamente retrógrado na visão de desenvolvimento nacional e sobre a ideia de nação brasileira. É o programa mínimo para coesionar o reacionarismo nacional na cruzada do retrocesso e da restauração neoliberal-conservadora.  

A traição de Temer é chocante. Qualquer análise de boa fé reconhece a total inadmissibilidade da denúncia de impeachment. Não há a menor evidência de crime de responsabilidade cometido pela Presidente da República. Um Constitucionalista como ele deveria encabeçar a reação a esta decisão absurda do seu correligionário Eduardo Cunha, mas ele optou por se associar aos golpistas.  

O governo, os partidos e as organizações do campo democrático-popular e de esquerda e os setores democráticos da sociedade, estão ante o desafio gigantesco de compensar a minoria congressual e frear a marcha golpista com uma ruidosa maioria política e social em defesa da legalidade e da democracia.  

A disputa pela sobrevivência do governo será complexa e dramática. Para conseguir maior eficiência política, o Governo e a Presidente terão de ter um desempenho muito superior ao atual, que até agora tem sido muito aquém da exigência histórica.

O governo tem de começar a executar o programa eleito em outubro de 2014, pois do contrário corre o risco de esvaziar a energia e a pulsação popular indispensável para a defesa da democracia e para a resistência ao impeachment.

O impeachment da Dilma é a versão neogolpista que atinge o Brasil em 2015, depois de ter atingido Honduras em 2009 e o Paraguai em 2012. Ocorre, contudo, que o Brasil não é Honduras e nem é o Paraguai, onde as resistências sociais foram ineficazes.

É nas ruas que o destino da democracia brasileira será traçado. É das ruas que devem ecoar as vozes estridentes e ensurdecedoras para pressionar o Congresso e bloquear o golpe. Somente o povo organizado ocupando as ruas e defendendo a democracia, a legalidade, a igualdade, os direitos, poderá deter o golpe e os golpistas e expulsar delas os intolerantes do MBL, do Vem Pra Rua e as entidades congêneres do fascismo que apregoam intervenção militar, disseminam ódio e intolerância e estimulam práticas xenófobas, racistas, sexistas, machistas.

Em paralelo à ampla mobilização popular, deve ser travada uma guerra comunicacional de informação, de esclarecimento e de disputa narrativa dos acontecimentos como nunca antes o PT e o governo conseguiram travar.

Temer é sócio do golpe; um dos seus principais fiadores e o interessado direto no desenlace do impeachment. Com esta escolha, ele assume também a condição de sócio do caos no país, porque ninguém pode prever o resultado da reação democrática de massas à violência que ele co-patrocina com Eduardo Cunha contra o legítimo mandato da presidente Dilma.

sábado, novembro 28, 2015

Rádios comunitárias do Pará criarão sua própria agência de notícias



Cerca 40 diretores de 8 rádios comunitárias estarão reunidos nesta segunda-feira (30), em Altamira, onde participarão do projeto de Fortalecimento da Comunicação Comunitária, desenvolvido pela Fundação Viver Produzir e Preservar - FVPP e conta com a coordenação de oito rádios comunitárias da região, que buscam otimizar seu potencial no trato da informação, com as novas tecnologias e linguagens existentes. 

O evento conta com o apoio do Plano Regional de Desenvolvimento Sustentável do Xingu e envolve comunicadores populares das cidades de Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, Pacajá, Porto de Moz, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. 

Na programação, três temas estarão sendo debatidos com os palestrantes convidados. 

A jornalista Val Araújo, especialista em Jornalismo Científico pela UFOPA, ministrará o tema: "A importância da informação no interior da Amazônia"; o blogueiro e ativista digital Diógenes Brandão abordará o tema: "Web Rádio, Ativismo e Mídias Digitais" e o professor especialista em Tecnologia da Informação e Comunicação, Domingos de Morais falará sobre a criação da Agência de Notícias Comunitárias.

Segundo João Batista Uchôa Pereira, coordenador da FVPP e um dos idealizadores desta iniciativa inédita, a Agência de Notícias Comunitárias dará suporte para a produção de notícias da região do Xingu, permitindo a integração da rede de comunicadores formada pelo projeto de Fortalecimento da Comunicação Comunitária e a distribuição de conteúdo e informações da futura agência.

terça-feira, novembro 17, 2015

Ministro petista admite que partido reproduziu erros da sociedade. Quem mais faz isso?



O ministro Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, afirmou nesta terça-feira, 17, durante palestra com empresários do Lide, que o PT cometeu erros desde que assumiu o governo. "Evidente que tivemos erros, como penso que outros partidos também cometeram erros. As instituições são reflexos da sociedade", disse em encontro com empresários.

"O PT reproduziu erros que são erros da sociedade", avaliou. Edinho ponderou que partidos podem e devem projetar avanços para a sociedade, mas que não é possível deixar de lado que são instituições e, como tal, refletem erros e acertos da coletividade.

Edinho disse que não é tão pessimista quanto o mercado em relação ao desempenho da economia brasileira em 2016. "Estou muito otimista em relação ao que vamos executar em 2016", disse o ministro. "Acredito na melhora em 2016, não por crença, mas pelo que efetivamente vem sendo feito", completou, admitindo que não é um processo fácil.

O ministro da Secom afirmou que a comunicação governamental tem um desafio a mais por conta do baixo índice de popularidade do segundo governo Dilma Rousseff. "Reconhecemos, no governo, que temos desafio enorme pela frente porque estamos trabalhando com um governo com baixíssima popularidade", disse Edinho.

"Se fizermos uma análise do que efetivamente são os desgastes, vamos chegar à conclusão de que uma parte dos desgastes vai muito além do que é o atual governo. Aí que tem um grande desafio pra comunicação." "Goste ou não da presidenta Dilma, é inegável sua liderança", afirmou.

quarta-feira, setembro 09, 2015

Quem fala, discursa ou reclama da saúde pública deveria participar da Conferência de Saúde


Por Gcrson Domont*

A XI Conferência Estadual de Saúde, tem como tema “Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro”. Uma temática que incorpora diferentes significados, em contraposição à mercantilização, privatização e precarização dos serviços de saúde.

Vai discutir temas considerados transversais: a Reforma democrática e política, participação social, direitos sociais e democratização dos meios de comunicação, e o papel fundamental dos movimentos populares e conselhos de saúde.

Neste tempo de crise, é importante afirmarmos os valores da democracia e da participação. Conseguiremos construir uma sociedade justa, igualitária, fraterna e inclusiva se tivermos meios democráticos, de ampla participação popular. Não se constrói com autoritarismo uma sociedade efetivamente justa.

Destacamos a superação do modelo de comunicação em que o SUS dependia da intermediação da mídia tradicional, a informação não está mais exclusivamente nas mãos da grande mídia e a saúde não deve e nem precisa esperar que a mídia tradicional atue em seu favor. Essa intermediação já não é nem necessária na prática. Com o surgimento da internet, a mídia tradicional perdeu essa intermediação, foi superado pelos comunicadores que somos todos nós, a partir das redes sociais.

É necessário ir além das mudanças de regras eleitorais e colocar no centro das discussões a questão do poder de forma ampla. “O exercício do poder, os mecanismos que temos para exercer o poder e os caminhos que temos para controlar o poder. O poder reflete a desigualdade brasileira e também estrutura os processos de desigualdades que vivemos. Que o poder seja alicerçado na soberania popular, afastando o Poder econômico e seu monopólio. A reforma do sistema político é um dos caminhos fundamentais para a democracia e a participação social no país.

É por isso consideramos que o processo da XV Conferência Nacional de Saúde, onde se encontra a XI Conferência Estadual de Saúde, nos contempla. O CNS assumiu a crítica, quanto aos limites e equívocos cometidos pelos Conselhos de Saúde que levaram à perda da representatividade dos Conselhos de Saúde e recolocou a questão de que a quantidade, a diversidade e a autonomia devem ser buscadas e refletem a qualidade do processo da participação, nos fóruns instituídos de participação – propôs por exemplo, retomar o caráter reflexivo e mobilizador dos Conselhos de Saúde – isso ajuda a se enfrentar os mecanismos de exclusão cristalizados nos Conselhos de Saúde.

A XV Conferência Nacional de saúde inova ao incluir no seu processo a inclusão dos não incluídos e o diálogo com os movimentos populares, fortalece o processo ao incluir uma quarta etapa as Conferências de Saúde, talvez a mais obvia das ações; o monitoramento do PPA. Pouco adianta se chamar os usuários do SUS os trabalhadores de saúde e os prestadores e gestores, sem que fosse garantida a inclusão das diretrizes das Conferências no Plano Pluri Anual (PPA), a Lei que transforma em política pública as propostas e diretrizes da Conferência. Agora se espera que cada conselheiro cumpra seu papel, melhor articulado com os movimentos sociais e respaldado pela base legal do SUS, amplie e consolide definitivamente o SUS.

"O Conselho Nacional de Saúde também reafirma o papel das conferências como processo político mobilizador de caráter reflexivo, avaliativo e propositivo, não devendo ser visto meramente como um evento. Diante disso, na 15ª Conferência Nacional de Saúde, o CNS propõe incentivar o princípio da paridade de gênero, sem comprometer a paridade entre os segmentos; superar as barreiras de acessibilidade às pessoas com deficiência; e Instância máxima de deliberação do SUS, Lei nº 8.142, de 28/12/1990. Lei nº 8.142, de 28/12/1990. Garantir acesso humanizado. Recomenda também a participação de movimentos sociais e populares não institucionalizados, conforme estabelece o Regimento da 15ª CNS”.

A etapa estadual da Conferência Nacional e a XI Conferência Estadual de Saúde acontecerão nos dias 15, 16 e 17 de setembro de 2015, no Centro de Cultura Cristã, em Ananindeua discutindo e aprofundando as mesmas temáticas assim como aconteceu nas etapas municipais.

*Gerson Domont é presidente do Conselho Estadual de Saúde do Estado do Pará.

sexta-feira, julho 10, 2015

Papa critica concentração na mídia



A visita do papa Francisco à Bolívia nesta semana deve ter desagradado os barões da mídia. Não é para menos que vários veículos tentaram desviar a atenção destacando o factoide do "crucifixo comunista" dado de presente ao pontífice pelo presidente Evo Morales. Num dos discursos mais incisivos do seu papado, ele disse: "A concentração monopolista dos meios de comunicação social que pretende impor padrões alienantes de consumo e certa uniformidade cultural é outra das formas que adota o novo colonialismo. É o colonialismo ideológico. Como dizem os bispos da África, muitas vezes pretende-se converter os países pobres em ‘peças de um mecanismo, partes de uma engrenagem gigante".

No seu conjunto, o discurso do papa foi bastante enfático. Ele tratou da mídia ao abordar as variadas formas do colonialismo na atualidade. "Às vezes, é o poder anônimo do ídolo dinheiro: corporações, credores, alguns tratados denominados 'de livre comércio' e a imposição de medidas de 'austeridade' que sempre apertam o cinto dos trabalhadores e dos pobres... Noutras ocasiões, sob o nobre disfarce da luta contra a corrupção, o narcotráfico ou o terrorismo – graves males dos nossos tempos que requerem uma ação internacional coordenada – vemos que se impõem aos Estados medidas que pouco têm a ver com a resolução de tais problemáticas e muitas vezes tornam as coisas piores".

Esta não é a primeira vez que o papa Francisco crítica a mídia monopolista. Em março de 2014, ele já havia apontados alguns "pecados" da imprensa. Numa audiência para as emissoras católicas da rede Corallo, o pontífice afirmou: "Hoje o clima midiático tem suas formas de envenenamento. As pessoas sabem, percebem, mas infelizmente se acostumam a respirar da rádio e da televisão um ar sujo, que não faz bem. É preciso fazer circular um ar mais limpo. Para mim, os maiores pecados são aqueles que vão na estrada da mentira, e são três: a desinformação, a calúnia e a difamação”. 

Naquela ocasião, a mídia internacional e nativa também abafou as críticas do papa. Como ele mesmo havia realçado, um dos maiores "pecados" da imprensa é a desinformação. "A desinformação é dizer as coisas pela metade, aquilo que é mais conveniente. Assim, aquele que vê televisão ou ouve rádio não pode ter uma opinião porque não possui os elementos necessários". Agora, novamente, jornais, revistas e emissoras de rádio e tevê ofuscam suas reflexões mais profundas e destacam apenas alguns factoides. Se existir inferno, os barões da mídia já terão o seu lugar reservado ao lado do capeta!

terça-feira, junho 30, 2015

Cria cuervos: PT deu quase R$ 10 bilhões pra Globo

Miguel do Rosário: No total, veremos que o governo federal petista deu quase R$ 10 bilhões para a família Marinho.

Esse post é para sentarmos à margem do rio Tietê e chorarmos copiosamente.

Só a TV Globo recebeu mais de R$ 6 bilhões de publicidade federal durante a era PT.

Se contássemos as afiliadas da Globo em outros estados, essa conta subiria quase 2 bilhões.

Se acrescentarmos rádios, jornais, portais pertencentes à Globo, mais uns 2 bilhões.

No total, veremos que o governo federal petista deu quase R$ 10 bilhões para a família Marinho.

Depois o PT quer fazer “pesquisa” para entender porque é tão odiado.

Depois os petistas querem entender porque o fascismo se expande na sociedade, e ministros petistas são xingados em restaurantes.

São xingados, com todo o respeito, porque o PT é burro.

Burro e masoquista.

Os tucanos quebraram, de verdade, o país; aprovaram a emenda mais “chavista” de toda a América Latina: reeleição para si mesmo, sem direito a opinião do povo sobre isso; multiplicaram a nossa dívida pública; acorrentaram-nos aos pés do FMI…

E seus economistas são aplaudidos em restaurantes.

Enquanto isso, Mantega, que salvou a economia brasileira durante uma das piores crises da história recente do capitalismo, é xingado por retardados em São Paulo, que lhe acusam de “destruir tudo”.

O PT alimentou o próprio inimigo com dinheiro público.

Quer dizer, não apenas o próprio inimigo. O inimigo da classe trabalhadora em geral.

Pior: nos últimos dois anos, em 2013 e 2014, a publicidade federal para os órgãos do golpe aumentou fortemente.

Há uma equação certeira: quanto mais a publicidade federal se concentra nas mesmas famílias de barões midiáticos, mais despenca a aprovação do governo.

Enquanto isso, revistas progressistas, rádios comunitárias, iniciativas populares de comunicação, tudo ficou à míngua, abandonado.

A TV Brasil foi sucateada, abandonada politicamente, depois de todo o esforço feito para criá-la e subsidiá-la. Não tem audiência e ninguém parece se preocupar com isso.

Ditado Espanhol, inspirou o blogueiro Miguel do Rosário: Cria cuervos que te sacarán los ojos.


Dessa vez, Fernando Rodrigues ficou até com pena da blogosfera. Em outras ocasiões, dava destaque aos caraminguás miseráveis que meia dúzia de sites ou blogs ganhavam de publicidade federal. Juntava o que, por exemplo, o blog Nassif ganhou durante uns dez anos e tascava um número sensacionalista:

“Nassif ganhou 1 milhão do governo federal”. Aí quando você dividia aquilo por dez ou doze anos, não dava nada.

Ao constatar o desprezo oficial do governo para com iniciativas de fomento à pluralidade política, Fernando Rodrigues nem tocou no assunto.

O que me lembra a canção de Bezerra da Silva, sobre o ladrão que invade a casa do pobre e quase morre do coração, “ao ver tanta miséria em cima de um cristão”.

A grande mídia, esta sim, continuou ganhando na era Lula/Dilma o que sempre ganhou anteriormente. Em alguns casos, até mais.

Além de não fazer nada de concreto em prol da democratização da mídia, o governo petista ajudou a piorar o quadro de oligopólio dos meios de comunicação, através da concentração de verba publicitária federal em mãos de poucos.

E pelo mutismo covarde atual, não há nenhuma mudança substancial à vista.

O governo precisa entender que, em matéria de comunicação, não adianta agir em silêncio, discretamente. Isso é contraproducente. O ministro Edinho Silva, da Secom, tem de vir a público e falar abertamente à imprensa: “vamos democratizar profundamente as verbas públicas federais, porque é um imperativo da nossa Constituição, estimular o pluralismo político”.

E se preparar para a briga!

É tão difícil assim?

O PT quer continuar sendo linchado em restaurantes, aeroportos, etc?

O PT vai morrer beijando os pés de seus verdugos?

Quem se ferra, ao cabo, não é só o PT.

Todos os movimentos sociais, toda uma corrente de ideias, todo um sistema ideológico que dá sustentação às leis trabalhistas, ao monopólio da Petrobrás, tudo isso será tragado e destruído se o PT prosseguir financiando uma imprensa ultraconservadora, mentirosa e golpista.

Olha que nem falei do mais importante: as conspirações judiciais, quase todas alimentadas, desde seu início, pela mídia.

segunda-feira, maio 25, 2015

A situação da greve da educação no Pará e as eleições no SINTEPP

Material publicitário do SINTEPP mistura convocação para assembleia grevista e eleições do sindicato.


Consultas e diálogos com lideranças do movimento sindical, nos fazem acreditar que as eleições do SINTEPP, previstas para esta semana, deverão entrar para a história deste importante sindicato, como a de menor participação de sua base: os educadores paraenses. 

A possível ausência destes eleitores perante às urnas é nítida nas campanhas das quatro (04) chapas que disputam este pleito, marcado por atropelos entre os concorrentes e um prejuízo enorme nos contra-cheques dos professores grevistas, descontados pelos dias de paralisação. 


Há quem diga que por conta da inabilidade política, tanto de representantes do governo, quanto dos líderes sindicais, esta é outra greve que frusta os sonhos de uma educação já degradante, onde os maiores prejudicados nesta guerra entre sindicato e governo são os 700 mil estudantes da rede pública e os milhares de educadores e educadoras. 

Com diversas derrotas nos tribunais paraenses, o sindicato pode entrar em uma crise financeira semelhante ou pior do que a que atravessa os seus associados, se nesta terça-feira (25), o julgamento dos recursos contras os descontos dos dias parados forem rejeitados pelo Tribunal de Justiça do Estado, que já havia dado ganho de causa para o governo e autorizado o desconto.


Para piorar, as multas processuais por desobediência às decisões judiciais podem recair sobre a futura gestão, que provavelmente se manterá nas mãos de grupelhos ligados majoritamente ao PSOL, que há décadas hegemonizam e controlam o SINTEPP.

O descrédito de certas lideranças do movimento sindical é um sintoma do quanto o discurso precisa se ajustar à prática e o sindicato precisa deixar de ser pautado como instrumento partidário e mero trampolim eleitoral. Muitos educadores reclamam dos recursos de comunicação e das peças publicitárias que o sindicato utiliza, dizendo que são amadoras e que estranham que o maior sindicato do Estado do Pará e um dos que mais arrecadam com a contribuição sindical dos seus associados, não possa investir em uma comunicação profissional, o que se torna vital para a "guerra" que trava com o governo. (Veja a última convocatória para a categoria aqui).


De fato, raramente o SINTEPP utiliza-se dos veículos de comunicação de massa como outdoors, anúncios publicitários nas emissoras de rádios e TVs e até mesmo com suas ações panfletárias nas redes sociais, são limitadas e quase inócuas, atingindo um percentual muito pequeno de sua própria base. "É preciso se comunicar com a sociedade como um todo e de forma eficiente", declara uma fonte do blog que prefere não ser identificada.


Talvez por isso, o governo tenha conseguido convencer muitos trabalhadores a voltarem às salas de aula e abandonarem a greve, sem falar da sociedade que acaba sendo levada a acreditar que a SEDUC e Simão Jatene estão fazendo sua parte e que o sindicato é que é intransigente e se nega a negociar dentro da racionalidade. Para isso, Orly Bezerra, marqueteiro do PSBD é um verdadeiro ilusionista.

Não que seja ilegal, mas as causas da classe trabalhadora não podem ser subjugadas pelos interesses de grupelhos que só vivem disso (militância partidária e sindical), enquanto uma categoria inteira agoniza com perdas salariais, péssimas condições de trabalho e uma representação política que não faz jus aos anseios e necessidades de defesa dos direitos dos trabalhadores da educação pública do Estado do Pará.


quinta-feira, abril 23, 2015

MANTRA POLÍTICO



Você chega em casa a ponto de desmaiar
Toma um banho e põe o pijama
Come alguma coisa, senta no sofá
E busca na TV algum programa
Não importa qual seja o canal
O noticiário é sempre igual
E você acha tudo muito chato
Percebe que todos os âncoras 
Ficam repetindo o mesmo mantra:
Lava-jato, lava-jato, lava-jato.

Do aécioporto falam só um pouquinho
Da lista de Furnas nem com reza brava
E pelo risco de envolver os Marinho
Da operação Zelotes não falam nada
Para eles não existe Trensalão
E a lista do HSBC não
Deve sair da gaveta 
E sobre o helicóptero de coca
Dizem que tudo foi obra 
De seres de outro planeta.

Então você diz: Eles devem pensar 
Que eu sou um tremendo bobão
Porque tentam me fazer acreditar 
Que só no PT tem ladrão!
E no transcorrer dos telejornais
Eles seguem encobrindo os monumentais
Roubos que envolvem o PSDB
Aí você por não ser marionete
Vai navegar na internet
E finalmente desliga a TV.


Enviado pelo leitor Eduardo de Paula Barreto.

São Paulo, 22/04/2015.

Globo faz 50 anos com poder incomparável

Ao completar 50 anos, a Rede Globo admite que errou ao apoiar a Ditadura Militar e concentra 60% da verba publicitária.
Lula poderia ter democratizado a comunicação, mas não fez quase nada para que isso acontecesse. Para não sermos injustos, patrocinou a 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), realizada de 14 a 17 de dezembro de 2009, um ano antes de deixar o cargo de presidente. 

Hoje, colhemos os frutos de uma empresa super-poderosa, influente e que se comporta como um partido político, ao ver Dilma querendo fazer o que já deveria ter sido feito há muito tempo: A regulação e regulamentação da mídia no Brasil.

Fique agora com o artigo de Gustavo Gindre, publicado no site do FNDC.

Entre os países ditos democráticos, apenas dois possuem uma única empresa que concentra mais de 60% do capital circulante nos meios de comunicação: o Brasil (Globo) e o México (Televisa). Não por acaso, ambos essenciais para a política norte-americana em relação ao seu “quintal”, a América Latina.

Durante anos foi comum ouvir que poucas famílias controlam a comunicação no Brasil. Contudo, se levarmos em consideração a receita e o lucro das empresas, a afirmação não é mais verdadeira. É possível dizer que um único grande grupo domina a mídia brasileira.

Segundo dados de 2013, se somada a receita líquida da Abril, SBT, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e RBS, o resultado fica em torno de um terço da receita líquida da Globopar (holding da família Marinho que não inclui seus jornais e rádios). Já em relação ao lucro líquido somado destas empresas, ele corresponde a menos de 10% do da Globopar. Ainda em 2013, apenas cinco empresas não financeiras (Petrobras, Vale, Telefônica/Vivo, Ambev e Cemig) tiveram lucro líquido maior do que a Globopar, com a diferença que esta é a única que tem seu capital fechado, pertencente apenas aos herdeiros de Roberto Marinho.

Trata-se, portanto, de um colosso sem qualquer rival no país, capaz de determinar o rumo das comunicações e com um peso político praticamente sem igual nos países ditos democráticos. 

O passado

Mas nem sempre foi assim. Roberto Marinho era um jovem playboy que herdou, com a morte de seu pai em 1925, um jornal no Rio de Janeiro. Assim permaneceu até 1944, quando surgiu a também carioca Rádio Globo AM. Foi apenas no governo Kubitschek que Marinho conseguiu uma outorga para o que viria a ser a TV Globo. Logo ficou claro que ele dispunha de um caixa maior do que seu patrimônio, com a Globo investindo muito mais que sua concorrência. A CPI do caso Globo Time-Life, nos primeiros anos da ditadura militar, comprovou que tais recursos vinham do grupo norte-americano Time-Life e, muito provavelmente, do próprio governo dos Estados Unidos, interessado em construir uma rede de televisão que desse suporte ao regime. Não à toa, a emissora apoiou sistematicamente a ditadura ao longo de seus 21 anos.

Nesta época, Roberto Marinho passou a desenvolver duas características que marcam a Globo ainda hoje e que ajudam a diferenciá-la dos demais grupos brasileiros de mídia. De um lado, é preciso reconhecer, a ênfase na qualificação técnica de suas operações. De outro lado, a atuação como um verdadeiro partido político. Ao contrário dos demais donos de meios, Marinho não estava disposto a ser um mero instrumento na mão de determinado grupo politico. Era ele quem submetia os interesses políticos à estratégia da Globo.

Tal postura se explicitou em vários momentos. Primeiro, quando a ditadura militar rachou entre aqueles que temiam o gigantismo da Globo e os que atuavam como verdadeiros porta-vozes dos interesses da empresa no governo. Ou no caso Proconsult. Ou nas articulações que precederam a Nova República, com Roberto Marinho recebendo o Ministério das Comunicações (ocupado por Antônio Carlos Magalhães) como sendo de sua “cota pessoal”. Ou, finalmente, na construção do candidato e posterior derrubada do Presidente Fernando Collor.

A Globo era, enfim, um quase-partido político, com seus representantes no Congresso Nacional, sua interlocução privilegiada com o Executivo, sua própria agenda política e poder total para manipular fatos, invisibilizar histórias e construir uma linha editorial marcada pela ausência de diversidade e pluralidade.

Mas anos difíceis vieram. Na década de 90, ao mesmo tempo em que era amplamente beneficiada pelo governo FHC, a Globo se envolveu em uma perigosa aventura de operar no setor de telecomunicações, que quase a levou à falência. No início da década de 2000, enquanto renegociava as dívidas, a Globo procedeu a um fortíssimo processo de venda de ativos, concentrando-se apenas na produção de conteúdo.

Por isso, é possível dizer que os primeiros anos do governo Lula foram marcados por uma oportunidade histórica desperdiçada. Um governo fortalecido pelas urnas, tinha pela frente uma Globo ainda lutando para sair de sua pior crise. Era a hora perfeita para impor uma pauta que conseguisse abrir caminho para o fortalecimento de outros grupos de comunicação e a construção de veículos comunitários e públicos.

Infelizmente, não foi o que aconteceu. O governo não demonstrou interesse em regular a comunicação, veio a crise política de 2005 e, enquanto a Globo ia se reerguendo economicamente, os Marinho conseguiram indicar um ex-funcionário como ministro das Comunicações: Hélio Costa.

Nos últimos anos o cenário só fez piorar. Ao mesmo tempo em que a Globo saiu da crise e se tornou um império bastante lucrativo, o governo permaneceu sem disposição para enfrentar o poder quase monopolístico da “Vênus Platinada”. Nem mesmo o escândalo do crime de sonegação fiscal que envolve a Globo, com transações via paraísos fiscais, parece abalar suas estruturas. 

O futuro

No campo econômico, a Globo não se sente ameaçada pelos demais grupos de mídia do Brasil. A Abril, durante anos um oponente de peso, hoje luta para não falir. A Record, turbinada pelo dinheiro da Igreja Universal do Reino de Deus, pareceu ser uma ameaça, mas hoje se contenta à TV aberta, onde é apenas uma cópia mal feita da Globo. Os demais grupos estão restritos a regiões do Brasil (como a RBS), a mídias declinantes (como O Estado de S.Paulo e Folha de S. Paulo) ou são notoriamente mal administrados (como SBT e Bandeirantes). 

O maior adversário da Globo, e ela sabe disso, vem de fora do Brasil. A TV aberta não terá, com as novas gerações, o prestígio de outrora. E se é verdade que a TV paga segue crescendo no Brasil, trazendo junto a gigante Globosat, também é fato que a Internet apresenta novos desafios, não apenas através de grupos de comunicação como Disney e Warner, mas principalmente a partir de novos entrantes, como Netflix, Google, Apple e Amazon. Em um cenário globalizado, a Globo deixa de ser um gigante entre anões para ser um simples coadjuvante.

Aqueles que lutam para democratizar a comunicação no Brasil têm, assim, um desafio inescapável em relação à Globo. Sua condição atual de quase monopolista, e sua atuação como verdadeiro partido político, fere de morte nossa democracia. Por outro lado, o que surge no horizonte podem ser adversários ainda mais difíceis, de caráter transnacional. Portanto, nunca foi tão importante construir uma alternativa democrática ao domínio da Globo. E nunca foi tão estratégico o Estado brasileiro enfrentar essa questão. 

Caberá à sociedade pressionar suficientemente o governo para que o país avance nas questões regulatórias e no fortalecimento de uma mídia verdadeiramente pública. E a “descomemoração” de seus 50 anos é um excelente momento para isso.

* Fonte: Revista Mídia com Democracia nº 15 - Abril/15. 

sexta-feira, abril 03, 2015

Dilma retoma iniciativa e, enfim, sai das cordas



Por Leopoldo Vieira*

O governo vai retomando não só a iniciativa, mas boas iniciativas:

1) Renato Janine no MEC reaproxima governo de intelectuais (em tempos de fundamentalismo e obscurantismo, vide o ‪#‎SomosTodosAVC‬), e representa uma visão mais ampla da educação (nenhum passo atrás imposto à nação ante o "Chega de Paulo Freire);

2) Edinho Silva na SECOM é uma visão política e estratégica de relações com as mídias (o oligopólio, as regionais, a blogsfera), superando a noção de "assessoria de encrenca";

3) Michel Temer e Eliseu Padilha no núcleo político, Henrique Alves no Turismo e Vinícius Lages no Integração Nacional, é a recomposição com o aliado fundamental PMDB;

4) A negociação com as centrais e governadores do Nordeste em torno do ajuste fiscal, com as agências de risco sobre a economia brasileira, e com o Congresso sobre a tabela do Imposto de Renda, retomam o compromisso do amplo diálogo, presente no Discurso da Vitória, refazendo pactos e dirimindo conflitos;

5) O ministro da Secretaria Geral, Miguel Rossetto, em artigo ao Globo,há dois dias, confirmou que a Reforma Política segue na pauta e, melhor ainda, é a alternativa de superação para o escândalo fabricado da Lava-Jato, perfilando coerência, a firmeza programática e LINHA;

6) A presidenta, em cadeia nacional, definiu o conceito do ajuste: não é fim em si mesmo e serve à uma travessia rápida após a defesa de empregos e salários feita por meio dos instrumentos estatais. É bom que isso também entre nos argumentos: não tem estelionato algum;

7) O discurso demissionário de Cid Gomes demarcou um campo importante: há diálogo e repactuação, mas há também limites. Aliás, o discurso e os vetos presidenciais à legislação aprovada sobre criação de novos partidos;

8) Rodrigo Janot foi acionado oficialmente para investigar Aécio, por causa da lista de Furnas. Pode ter sido ruim para a aliança, mas é fato que Renan Calheiros e Eduardo Cunha estão na lista do PGR sobre a Lava-Jato. Isso limita o ímpeto da oposição e de eventuais tentativas de desestabilização, impõe o acordo e inibe a corrupção estrutural;

9) Se a proibição ao financiamento privado sair pelas mãos do Supremo, a fisiologia e os que verdadeiramente se abastecem do dinheiro privado (porque empresas doarem ao PT se explica, geramos novas rotas comerciais, emprego, renda e, logo, consumo, produção e...mercados e lucros, mas ao PSDB que gerou desemprego e recessão...) estarão "achacados". E isso está no tenso jogo por de trás das coxias;

10) Se o ajuste funcionar, as marchas serão ainda mais "majoritariamente compostas por não-eleitores da presidenta" (Miguel Rossetto), pois as pesquisas mostraram que o povo foi contaminado pelo pessimismo com o emprego e poder de compra do salário, não pelo "Vá para Cuba";

11) Por falar em emprego e salário, a presidenta botou a pá de cal na tentativa de sacrificar o salário mínimo no terrorismo político inflacionário: reafirmou a Política de Valorização do Salário Mínimo. Sinal bom, que reforça o que ela já dissera: "não vamos trair os compromissos com a classe trabalhadora";

12) Já houve determinação para o destravamento do Fies, Pronatec e a CAIXA vai lançar o Minha Casa, Minha Vida 3. Com Barack Obama, um conjunto de parcerias comerciais pragmáticas serão estabelecidas. Economia e inclusão vão girar e inquietudes se acomodarão.

13) Este conjunto de coisas parece dar razão a Jaques Wagner, ao dizer que ele já viu governos em situação pior se recuperarem. Ele fala por si, em certos momentos na Bahia, e se elegeu, reelegeu e fez o sucessor sempre no primeiro turno, desancando o carlismo, que não é qualquer oligarquia, assim como Brasil não é o Paraguai e a Ucrânia.

É importante juntar essas "bolas" para a oposição saber que há governo e para a base social, política e eleitoral dele saber que há narrativa e discurso político a ser apropriado e usado na disputa cotidiana. E que não é o caso de esperar um milagre, é tomar a iniciativa.

* Leopoldo Vieira é "secretário do Núcleo Petista Celso Daniel de Administração Pública"

quinta-feira, abril 02, 2015

A imprensa e a democracia: A saga da grande mídia, seus negócios e sua partidarização

Em seu blog, o jornalista Lúcio Flávio Pinto analisa a cobertura feita pelos dois jornais paraenses, na recente visita da presidenta Dilma ao Pará.

Sem imprensa livre a democracia não prospera. A liberdade de que deve gozar a imprensa, como esteio do regime democrático, precisa ser usada para bem informar os cidadãos. Um velho brocardo continua inteiramente válido: a imprensa não pode atropelar os fatos. Os principais, os decisivos, os que são realizados cotidianamente pelas pessoas têm que aparecer na imprensa.

A internet, ao invés de ser o demiurgo, é, na verdade, o arauto de uma nova era para a imprensa. Conectados à rede mundial de computadores, os cidadãos pressionam para que sejam registrados os fatos que veem ou dos quais são participantes. Mas nem sempre (ou raramente) aquele que vê sabe o que viu: desconhece seu significado, seus antecedentes e seus desdobramentos. Nem sabe como aquele fato irá afetar a sua vida.

Essa é a principal missão da imprensa nos nossos dias: contextualizar os acontecimentos. A internet atomiza, dispersa, banaliza. A imprensa emoldura essa algaravia bilionária de informações de todos os dias com os elementos da elucidação, com a iluminação compreensiva. Mas só desempenhará esse papel se estiver preparada para isso.

Se seus jornalistas forem qualificados para entender e fazer entender a cornucópia de acontecimentos diários que circulam quase instantaneamente pelo mundo. É preciso saber ver e ter disposição ou coragem de publicar. Sem o que a credibilidade, se conquistada, acabará por ser desperdiçada.

O processo de descrédito costuma ser lento, sem deixar de ser fatal. A crise de confiança do público pode ser revertida antes de ultrapassar o limite da coisa irreversível. Mas é preciso oferecer elementos para a esperança.

A imprensa do Pará está se empenhando em ultrapassar essa faixa de periculosidade: esconde os fatos, manipula as informações, colide com os acontecimentos, não tem escrúpulo na mentira. Acredita que uma boa aparência ou uma retórica bem posta sejam capazes de ludibriar a atenção e a boa fé das pessoas, atando-as ao seu redor, tornando-as cúmplices de sua tendenciosidade.

A brutal queda na qualidade dos veículos paraenses de comunicação está associada ao paroxismo dos dois principais grupos. Eles não se limitam à concorrência comercial e à disputa editorial: agem como partidos políticos. Em sua inimizade visceral, acham que vale tudo, até o rompimento dos mais comezinhos princípios técnicos do jornalismo ou da ética em geral.

Hoje, por exemplo, na abertura do Repórter 70, que é a sua principal coluna, O Liberal diz ao seu leitor:

“A julgar pelo mirrado noticiário do ‘diário de mentiras’, a visita da presidente Dilma ao Pará não foi, digamos, das melhores. O jornaleco deu ampla divulgação antes, mas depois da visita, quase nada. Nas redes sociais, os assessores do ministro ‘filho de peixe’ não publicaram nem registro, no momento em que crescem em Brasília os rumores sobre corte de ministérios, entre eles o da Pesca. Terá sido mera coincidência?”.

A informação não é exatamente verdadeira. O Diário do Pará deu chamada e foto na primeira página para a visita da presidente a Capanema para a inauguração de casas do programa Minha Casa, Minha Vida. A foto só saiu menor do que a da premiação feita pelo jornal aos vencedores de um concurso sobre o prazer em trabalhar, o que é até compreensível.

A manchete da capa foi sobre o início da greve na Universidade do Estado, marcado para segunda-feira, pelo motivo óbvio de causar desgaste ao governador Simão Jatene, inimigo da “casa” e do PMDB. Internamente o jornal deu três quartos de página para o noticiário sobre Dilma Rousseff.

A foto da presidente na primeira página de O Liberal teve destaque bem maior, mas porque ela aparece ao lado de Jatene, aliado dos Maioranas (que não saiu no Diário, assim como o ministro Helder Barbalho, integrante da comitiva presidencial, foi ignorado por O Liberal). Mas o título da matéria é bem menor. Na página interna a cobertura do jornal dos Maioranas superou a do rival: ocupou todo o espaço.

Não porque agora a presidente tenha entrado nas graças do grupo. É porque os Maioranas estão em campanha para tirar o inimigo do ministério, ecoando as pressões para a redução do tamanho do governo e plantando notícias sobre a inclusão do ministério da pesca nessa lista de marcados para morrer. Sem esse cargo, o filho de Jader Barbalho estará exposto ao sol e à chuva, se enfraquecendo para a próxima eleição.

Ao fim e ao cabo, como gostava de dizer um cronista esportivo, o objetivo dos dois jornais não é o de bem informar e sim de tirar proveito particular da informação que filtram. O leitor que trate de aprender uma arte muito cultivada na época da ditadura, quando a censura era oficial e explícita, e que precisa subsistir em plena democracia, mas de autocensura e censura mais sutil: a leitura nas entrelinhas – para descobrir o que não foi dito e a razão do que foi dito.

Com uma imprensa assim, a democracia continua a ser a planta tenra e frágil de que falava João Mangabeira. Por isso mesmo a necessitar de tratos e cuidados.

quarta-feira, março 18, 2015

Quem mantém a corrupção no Brasil é a imprensa

No Brasil, os maiores fora da lei são os barões da mídia.

As manifestações do último domingo (15), seriam um fiasco, assim como foram as demais tentadas anteriormente, pelos mesmos grupos que contaram agora com a forte mobilização da imprensa, sobretudo da Globo. 

Mas quais seriam os interesses das gigantes empresas de comunicação, ao tocar o povo pras ruas? 

É preciso se antenar em tudo que está acontecendo e não apenas ler as manchetes para nos sentirmos informados. 

O mesmo serve para quem abre um jornalão, revista ou assiste programas de TV, ou ouve as notícias pelas rádios e diz: "Que ódio dessa corrupção desenfreada!", "Na política só tem ladrão!", "Fora PT!"

Os donos dos veículos de comunicação, que usam jornalistas aparentemente neutros na política, que noticiam sobre essa "corrupção desenfreada", são os maiores fora da lei do Brasil e os mais interessados em que apenas uma parte dessa corrupção seja descoberta e punida, não toda.

Dois dias antes de finalmente ser divulgada a lista secreta que vazou para jornalistas investigativos de vários países do mundo, expondo acionistas do HSBC suíço, eis que surgem os nomes dos principais empresários da mídia brasileira e de grandes empreiteiros, muitos dos quais, envolvidos em vários esquemas de corrupção no Brasil. 

A lista é tão comprometedora que traz os nomes de pessoas ligadas a vários partidos, inclusive lideranças do PSDB, que lá guardavam muito dinheiro em contas, até outro dia desconhecidas. 

Um cidadão comum se perguntaria: Qual seria o interesse de um brasileiro guardar dinheiro em um paraíso fiscal? 

Sonegar impostos? 

Ainda não se pode afirmar isso. Mas em fevereiro, o governo federal através do Ministério da Justiça solicitou das autoridades suiças, o envio de documentos e a colaboração do governo de lá, para averiguar com mais detalhes, se houve a prática de sonegação de impostos e se ainda há contas ativas ou só as que constavam na lista de 2006, sendo que  no Brasil, crimes fiscais prescrevem em 5 anos.

No entanto, não se sabe ao certo como os envolvidos serão enquadrados, ou se realmente serão. Muitos já faleceram, inclusive. 

Mas e se for comprovado que há contas ilegais que receberam dinheiro de ações criminosas, com o desvio de dinheiro público e a sonegação de impostos e os herdeiros e envolvidos que estão vivos forem investigados, processados e presos? 

Estaria toda a estrutura partidária do Brasil preparada a ser passada a limpo? 

Ou tá bom investigar, julgar e prender só os envolvidos no MENSALÃO e PETROLÃO, ignorando de forma criminosa e deixando impunes os envolvidos nos escândalos no BANESTADO, FURNAS, TRENSALÃO, e a famosa PRIVATARIA TUCANA, que colocaria muitos dos que a imprensa procura para falar de ética e investigação?

Voltando às vésperas da manifestação que a mídia tanto ajudou no último domingo, muita gente não sabe, mas a família que controla a Folha/UOL, já se estranhou em negócios com a família proprietária da Globo e colocou o nome da socialite Lily Marinho, esposa do fundador da Globo, Roberto Marinho, logo no topo da matéria. 

Por sua vez, o jornal O Globo estampou o nome dos fundadores da Folha/Uol na capa da ediçao de sexta-feira (13) e assim quase inicia-se a guerra do século, quando alguém chegou e disse: bora fumar um cachimbo da paz, aproveitar essa passeata das viúvas da ditadura e blackblocs sem máscaras e vamos enfiar tudo no c* do petê e da Dilma.

Deu certo! De domingo pra cá, só o que se fala é na manifestação e da "corrupção do PT".



Pronto, estava consolidada a estratégia dos que decidem quem usa os microfones, lentes e páginas da imprensa brasileira para julgar se um governo está indo bem ou não, influenciando assim milhões de pessoas no Brasil e no mundo, mas nem todo mundo!

Muitos lembram e sabem que foi assim que fizeram e permitiram que os militares implementassem um golpe de Estado em 64 e continuaram apoiando-os de forma vergonhosa, durante os 21 anos da severa e implacável Ditadura Militar. 

Só 50 anos depois vieram assumir que erraram, em estimular e dar sustentação ao regime autoritário e cruel que ajoelhou e humilhou o país, omitindo da sociedade brasileira a perseguição política, a violência dos aparatos oficiais, através da censura, controle total da vida e da morte, com tortura nos porões do DOI-CODI e de todas as demais atrocidades cometidas pelos generais e coronéis da ditadura e seu braço midiático, até hoje concentrado nas mãos de poucas e ricas famílias. 

A Ditadura da Mídia.

Quem lembra da edição do debate entre Collor e Lula em 1989, viu acontecer a mesma coisa em Outubro do ano passado, onde a revista Veja estampou em sua capa dois dias antes do 2º turno das eleições presidenciais, mais uma escandalosa tentativa de influenciar o resultado eleitoral. 

Com isso, Dilma foi à TV em seu último programa e prometeu reagir e reeleita, tomou uma medida drástica contra uma parte dessa mídia que tanto trama e persegue seu governo: Optou em punir a VEJA deixando de injetar milhões das verbas publicitárias de empresas estatais na revista. 

A medida era necessária, mas deveria ter sido acompanhada de um conjunto de outras mexidas institucionais e como não o fez, colhe a mais ousada tentativa de golpe, depois de 64. 

Sem receber a milionária verba publicitária, os grupos de comunicação perceberam que a regulação da mídia brasileira lhes é cara, atrapalha seus planos de dominação total da opinião pública, já que abre para outras empresas e grupos o direito a também receberem recursos públicos para fazerem comunicação e assim, os barões da famílias que controlam o império da informação pintaram-se para a guerra.

Com a regulação, sendo tratada como censura, líderes de partidos como o PMDB, hoje o principal aliado do governo, tomam partido pelas empresas de comunicação para não terem suas cabeças degoladas pela tv, antes de serem investigados e julgados, como viram acontecer com os petistas envolvidos no Mensalão. 

Com o povo decidindo através do voto pela 4ª vez deixar o Partido dos Trabalhadores, no comando do país, as famílias donas da mídia que nunca disfarçaram seu intento em acabar com a reputação dos principais dirigentes do partido, inclusive Lula e Dilma, agora partem para uma guerra insana para tirar-lhes do poder a qualquer custo, ou estão pressionando para ter cada vez mais dinheiro público e manter as coisas como estão?

Desta forma, o Brasil segue sendo a terra da hipocrisia e do poder dos que tem dinheiro e o poder de influenciar a opinião pública. Como pode o presidente da Câmara dos Deputados ter indo à TV dizer que a corrupção é algo exclusivamente do poder executivo? 

Será que ele pensa que nunca soubemos de deputados, senadores, vereadores, juízes, desembargadores e até ministros do STF envolvidos em escândalos e desvios éticos e de dinheiro público?

Enquanto isso, em cidades pequenas de norte ao sul do país, qualquer dono de uma rádio pode ser o pior inimigo ou o melhor amigo do prefeito e dos vereadores e enriquecer rápido e de forma garantida receber mensalmente para emitir sua opinião sobre quem é honesto ou corrupto, bastando para isso o enunciado pagar ou não o valor do serviço.

Regular o que já está na constituição não é censura e sim cumprir a lei.

Em um artigo da coordenação da Intervozes, uma das principais entidades que debatem a democratização da comunicação no Brasil, há um trecho que joga luz sobre esse tema:

"Mais de vinte e cinco anos após sua promulgação, nenhum artigo de seu capítulo V, que trata da Comunicação Social, foi regulamentado, deixando um vazio regulatório no setor e permitindo a consolidação de situações que contrariam os princípios ali estabelecidos.

Regular os meios de comunicação de massa neste sentido está longe, portanto, de estabelecer práticas de censura da mídia. Trata-se de uma exigência constitucional de definir regras concretas para o funcionamento destes veículos no sentido de atender aos objetivos definidos pela sociedade em sua carta maior, a Constituição Brasileira que em seu Artigo 54, determina que deputados e senadores não podem ser donos de concessionárias de serviço público. 

No entanto, a família Sarney, os senadores Fernando Collor, Agripino Maia e Edson Lobão Filho, entre tantos outros parlamentares, controlam inúmeros canais em seus estados. Sem uma lei que regularmente tal artigo, ele – como os demais da Constituição – torna-se letra morta e o poder político segue promiscuamente ligado ao poder midiático.

Essa é a guerra que está sendo estratégicamente escamoteada da sociedade brasileira, inclusive a parcela que marchou como zumbis pelas ruas no último domingo, com suas faixas e cartazes pelo fim da corrupção e a satanização de um partido que quer justamente iniciar o processo de Reforma Política e Democratização da Mídia, mas é barrado. 

Cabe portanto, uma repactuação do Estado brasileiro com as entidades classistas como a OAB, federação dos jornalistas, órgãos do Poder Judiciário, Partidos, Movimentos Sociais e todos os que sempre foram censurados pelos oligopólios que centralizam, controlam e lucram de forma exorbitante e estão no epicentro da corrupção, tendo como clientes e parceiros, tanto corruptos, quanto corruptores.

Como afirma a Intervozes: "a radiodifusão é, assim como a energia, o transporte e a saúde, um serviço público que, para ser prestado com base no interesse público, requer regras para o seu funcionamento. No caso das emissoras de rádio e TV, a existência dessas regras se mostra fundamental em função do impacto social que têm as ações dos meios de comunicação de massa, espaço central para a veiculação de informações, difusão de culturas, formação de valores e da opinião pública".

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...