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terça-feira, outubro 14, 2014

Jornal O Liberal chora, mas Jefferson Lima deixa o PP



Desde quando resolveu romper com a campanha de reeleição do governador Simão Jatene, Jefferson Lima, candidato ao senado pelo PP que obteve 741.427 votos, a 2ª maior votação no Estado do Pará, agora é tido como persona non grata no arraial tucano.

Festejado pelo jornal liberal e depois de 24h amaldiçoado pelo mesmo, Jefferson Lima agora é ameaçado de ser expulso de seu partido.

Conforme já foi dito neste blog, com esse peso eleitoral, Jefferson Lima tende a ser o fiel da balança nestas eleições, tal como foi na eleição para prefeitura, onde o seu apoio aos tucanos foi decisivo para a vitória do atual prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho.


A pergunta que não quer calar, é se o rapaz não sabia que isso poderia acontecer e se não mediu e calculou as perdas e os ganhos com sua nova posição política nestas eleições.



Diariamente atacado pelo jornal OLiberal, Jefferson Lima lembra que o tucano chegou a assinar um compromisso com o povo da periferia, mas não cumpriu. “As pessoas me cobravam o asfalto prometido na periferia”, disse o ex-candidato ao Senado.

Jefferson usou o espaço disponibilizado no horário eleitoral gratuito de Helder Barbalho para esclarecer seu apoio ao candidato do PMDB e  reclamou dos ataques pessoais vem sofrendo desde então.

“Criaram um perfil ‘fake’ da minha esposa (Michele Lima). Disseram, inclusive, que ela teria me abandonado por não concordar com a minha decisão”. Desabafou Jefferson Lima ao falar da utilização indevida da imagem de sua família na internet, onde criaram um perfil falso de sua esposa nas redes sociais e anunciavam que ela não concordava com a atitude que Jefferson Lima teve em apoiar Helder para mudar o Pará. 


A postagem no Instagram, inclusive, chegou a ser compartilhada por diversos assessores de Jatene e serviu de gancho para os ataques uma matéria de caráter totalmente errôneo no jornal O Liberal - na edição do último final de semana (11 e 12/10) - onde não foi checada primeiramente a veracidade da informação.

Por tudo e isso e muito mais, Jefferson Lima esteve ontem no TRE-PA onde deu entrada em seu pedido de desfiliação, tornando inútil sua expulsão midiática.

As eleições e a guerra dos jornais.

Já não é novidade que estas eleições aguçaram a já existente guerra entre o jornal O Liberal e o Diário do Pará, que assim como seu concorrente, foi duramente criticado por usar imagens de um hospital de Honduras com bebês “acomodados” em caixas de papelão, como se fossem da Santa Casa. O erro foi corrigido pelo editorial do Diário, coisa que O Liberal jamais fez, sejamos justos.

Clique na imagem para relembra o caso.



Por fim, veja a entrevista que Jefferson Lima concedeu ao blog Bilhetim, de Edir Veiga.


Bilhetim-Por que você deixou a coligação de Jatene neste segundo turno?

Jefferson Lima-  Estive na coligação de Jatene por decisão partidária, do Partido Progressista- PP.   Mas, fui esquecido como candidato ao senado. Não recebi apoio concreto nem do PP e nem do PSDB de Jatene.  Assisti o governador assumir publicamente o apoio ao candidato do PSD Helenilson Pontes.  Somente no último minuto do primeiro turno, com meu crescimento nas pesquisas é que eles lembraram que eu existia.  Me sentia constrangido em subir no palanque de Jatene, devido à presença no mesmo momento de três candidatos ao senado da mesma coligação, onde eu era o “plebeu” estranho no ninho. Então, por uma questão de auto respeito e dignidade, após o primeiro turno, fiz um balanço do tratamento político que recebi por parte do meu partido e do PSDB e seus aliados, é que decidi por um novo caminho, agora como cidadão e não mais preso às amarras partidárias.



Bilhetim- Por que você decidiu apoiar o candidato do PMDB, Helder?

Jefferson Lima- Meu apoio ao Helder amadureceu, no momento que fiz um balanço negativo das relações que o PSDB e Jatene estabeleceram com minha candidatura em 99% do período em que transcorreu o primeiro turno.  Não posso mais ficar apenas denunciando as péssimas condições em que vive o “meu povo” das periferias das cidades, especialmente na região da grande Belém e municípios vizinhos. Agora chegou a hora de agir. Creio que o partido tucano precisa ficar um tempo fora do governo para se reciclar, afinal o PSDB governa desde 1994 o Pará.  Belém e o Pará continuam a ser o campeão em falta de saneamento, em educação de péssima qualidade e com índices de homicídios superiores à mortandade das guerras em curso no mundo. Então, a  opção pela candidatura do Helder, é porque acredito que o PMDB, após 20 anos longe do comando do estado, agora renovado e representado por Helder, é uma possibilidade real de iniciar mudanças estruturais nos destinos do Pará e de seu povo, onde saneamento e asfalto não sejam obras apenas de vésperas de eleições.

Bilhetim-Qual a base de seu apoio ao candidato do PMDB, Helder?

Jefferson Lima-Logicamente que foi em base programático, por que se quisesse auferir vantagens pessoais teria optado pragmaticamente pela candidatura governista de Simão Jatene. Então reivindiquei prioridade do futuro governo Helder com as populações das periferias das grandes cidades do Pará, especialmente da região metropolitana: que as políticas de Saúde, segurança e educacional, façam parte de um programa permanente de ação do governo estadual. Que o governo seja descentralizado para todas as regiões do Pará, e que haja transparência republicana na aplicação e controle do uso dos recursos públicos.

Bilhetim-E a eleição presidencial, como fica?

Jefferson Lima-Em minha recente história de  participação política partidária, sempre apoiei o presidente Lula e a presidente Dilma Roussef, até porque o PP sempre foi base de apoio destes dois presidentes. Vou vestir ardorosamente a camisa da candidatura Dilma porque a mesma representa e defende os pobres deste país. Nunca em nenhum tempo, houve um governo tão carinhoso com o povo pobre deste país. Ademais, com Dilma presidente e Helder governador, teremos condições de trazer muitos recursos para mudar para melhor o perfil dos indicadores sociais no Pará e venha a impulsionar  nosso povo para alcançar, nos próximos anos, o status de classe média. Afinal, o Pará, que possui dois milhões de famílias residindo em seu território, tem 887 mil famílias dentro do programa Bolsa Família. Só em Belém e Ananindeua quase 150 mil família dependem, decisivamente, deste programa social, para se alimentar três vezes ao dia.


Bilhetim-E como será sua participação na campanha Helder, governador?

Jefferson Lima- Estarei dia e noite nos bairros populares da região metropolitana pedindo voto para Helder. Fui o candidato ao senado mais votado na região metropolitana, e obtive quase 50% dos votos válidos para o senado em nossa querida Belém. Vamos à vitória.

segunda-feira, setembro 29, 2014

Helder x Jatene: A influência - e o striptease - dos jornais e das pesquisas na escolha do eleitorado

As eleições deste ano no Pará estão servindo como palco para o striptease político dos dois principais jornais paraenses e dos institutos de pesquisa.

Já não é de hoje que a rivalidade comercial entre a família Maiorana (ORM) e a família Barbalho (RBA) respinga nas disputas eleitorais e torna os partidos meros coadjuvantes de um processo que se mantem refém do poder midiático que influencia os eleitores a elegerem aqueles que são primeiramente ungidos pelos impérios comunicacionais e só depois tem seus nomes disponibilizados nas cédulas eleitorais para a aferição popular.

Com a divulgação das últimas pesquisas eleitorais realizadas pelos jornais O Liberal e o Diário do Pará neste fim de semana, a tese do parágrafo anterior se confirma com um tom amargo para os partidos que dizem ter projetos políticos de poder.

Passei o sábado lendo nas redes sociais, que o jornal O Liberal estava sendo distribuído de forma gratuita pelas ruas de Belém e a noite, ao sair de uma pizzaria do centro de Belém, recebi gratuitamente de uma funcionária, um exemplar do jornal Diário do Pará

Não preciso dizer que a manchete de O Liberal trazia o governador Simão Jatene reeleito já no primeiro turno, informação aferida pelo IBOPE e onde o jornal divulgou a seguinte notícia: “O juiz federal Antônio Carlos de Almeida Campelo deferiu liminar solicitada pela coligação Juntos com o Povo, do candidato ao governo Simão Jatene (PSDB), e mandou suspender a veiculação de todos os trechos de propaganda eleitoral do candidato Helder Barbalho (PMDB) em seu horário eleitoral no rádio, atacando a filha do governador, Izabela Jatene, e “proibindo de veicular na propaganda eleitoral gratuita na rádio novas ofensas, calúnias ou mensagens ridicularizantes desprovidas e divorciadas de crítica política”, sob pena de multa cominatória de R$ 100 mil para cada veiculação que descumpra a ordem judicial, sem prejuízo das demais sanções pertinentes, inclusive de ordem penal por desobediência à ordem judicial.”

Já o Diário do Pará, além de reafirmar a vitória de Helder Barbalho também no primeiro turno, trouxe a seguinte informação: 

“Após divulgar de forma ilegal pesquisa do Ibope neste domingo (28), não somente o jornal O Liberal como também o Portal ORM, apoiadores da campanha de Simão Jatene (PSDB) ao governo, terão que pagar multa de R$1 milhão, cada um. A decisão foi tomada na última sexta-feira (26), pelo juiz eleitoral Marco Antonio Lobo Castelo Branco.

Como já havia sido antecipado pelo Diário do Pará, o juiz eleitoral já questionara a validade e procedência da pesquisa, afirmando que “É a boa-fé do eleitor que está em jogo e isto é de fundamental importância no processo democrático. Em pesquisa anterior, noticiam os autos, há incongruência na coleta de dados. Tal fato está sendo apurado na esfera competente”. Como se vê, para a Justiça Eleitoral, a pesquisa do Ibope tem fortes sinais de fraude e por isso não deveria ter sido publicada”.

Hoje, a propaganda eleitoral na TV mostrou que a disputa por ser ainda mais sangrenta, mas não deixará de ser disputada nas ruas, nos institutos de pesquisa e nas capas dos jornais, é claro!

Quanto aos partidos e eleitores, deixa pra lá..

quinta-feira, novembro 28, 2013

ORM x Diário: A manipulação dos barões da mídia no Pará

Manchete do Jornal OLiberal desta quarta-feira (28), blinda o governo de Simão Jatene (PSDB), aliado da família que controla o Sistema ORM, que também é retransmissora da Globo, além de possuir diversas emissoras de rádios e empresas no Pará. 

Machete do Jornal Diário do Pará desta quarta-feira (28), o qual era aliado e ajudou a eleger o governo de Simão Jatene (PSDB), que elegeu-se com o apoio da família que controla o sistema de comunicação RBA, o qual é também retransmissora da BAND, além de possuir diversas rádios, empresas e o comando do PMDB no Pará. 

Triste realidade de um Estado, onde apenas duas famílias privatizam a informação e ditam sozinhas as regras da formação de opinião de milhares de pessoas. 

É dessa forma que o blog As Falas da Pólis traz o artigo "Falta diversidade e sobra concentração na mídia brasileira" para seus leitores e suas leitoras e convida-os a acessar a homepage http://www.paraexpressaraliberdade.org.br/ afim de que conheçam a campanha que mobiliza o Brasil por uma nova Lei de Comunicação. 



Por que a mídia alternativa, incluindo aí rádios comunitárias, pequenos jornais de bairro, emissoras de radiodifusão de pequeno porte, tem participação ínfima na distribuição de verbas destinadas à comunicação social?

Que no mercado de mídia brasileiro há uma grande concentração, aparentemente todos sabemos. Que as verbas publicitárias são divididas entre poucos veículos e entre poucas organizações, com amplo domínio da televisão, também não é novidade. Que o mercado é concentrado no eixo Rio-São Paulo, mandando às favas o preceito constitucional da regionalização da produção cultural na comunicação social, quase todos concordamos. Mas há ao menos uma novidade no horizonte: o poder público, mais especificamente a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados (CCTCI), finalmente começa a dar mais atenção para a falta de diversidade e pluralidade nas comunicações brasileiras. É o que mostra o trabalho da Subcomissão Especial para Analisar Formas de Financiamento da Mídia Alternativa, que atuou no âmbito da CCTCI nos últimos dois anos e divulgou seu relatório final no último dia 25 de outubro (ver aqui).

A subcomissão, instalada em 21 de dezembro de 2011, tinha como objetivo inicial propor formas de financiamento para os veículos alternativos de comunicação. Para atingir tal objetivo, a relatora da subcomissão, deputada Luciana Santos (PCdoB-PE), procurou antes responder a uma pergunta simples: por que a mídia alternativa – incluindo aí rádios comunitárias, pequenos jornais de bairro, emissoras de radiodifusão de pequeno porte, entre outros – tem participação ínfima na distribuição de verbas destinadas à comunicação social?

A resposta: por causa da concentração de mercado. O relatório mostra que o meio televisão respondeu, sozinho, por quase 65% do faturamento bruto da mídia em 2012, seguida muito de longe pelos meios jornal, com 12%; revista, com 6%; rádio, com 4%; e internet, com 5%. O documento revela também que este bolo destinado à televisão é distribuído majoritariamente entre as quatro maiores empresas do setor – Globo, Record, SBT e Band –, das quais a Globo fica com algo próximo a 70% dessas verbas, cabendo os 30% restantes às demais empresas do setor.

Ressalte-se que o documento produzido pela Subcomissão Especial não cita uma outra concentração importante de mercado, a vertical. Com essa concentração, alguns grupos, notadamente as Organizações Globo, retêm uma fatia ainda maior do faturamento do setor, por meio da exploração concomitante de veículos de mídia em diversas plataformas, com a posse direta ou indireta de emissoras de televisão e de rádio, de jornais, de portais de internet e de outras empresas do setor de mídia.

A influência do Estado

Com um direcionamento tão intenso de verbas para poucos veículos de comunicação, o resultado esperado não poderia ser outro senão o subfinanciamento da mídia alternativa. Esta é a conclusão principal do relatório da Subcomissão Especial. Mas a maior virtude do estudo produzido pelo órgão da CCTCI não está neste diagnóstico, e sim na explícita afirmação de que o maior responsável por essa concentração que condena a mídia alternativa ao limbo, tanto por sua omissão quanto por sua ação, é o próprio Estado.

Para demonstrar a omissão estatal na regulação da concentração de propriedade, o trabalho apresenta como exemplo informações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre a propriedade das geradoras e a formação de redes de televisão no país. Usualmente, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) ressalta a existência de 350 geradoras de televisão outorgadas no país, bem como o funcionamento de 9.195 retransmissoras de televisão, como dados supostamente inequívocos que mostrariam a existência de pluralidade no setor. A entidade também costuma citar os limites de propriedade estabelecidos pelo artigo 12 do Decreto-Lei n° 236, de 1967, como um instituto que “evita o monopólio mediático, estabelecendo limites de concessões ou permissões por entidade” [ABERT. “Tudo o que você precisa saber sobre rádio e televisão: licenças, outorgas, taxa de penetração, receitas, audiência e receptores”, abril/2013, p. 41].

Mas as limitações de propriedade impostas pela legislação para a radiodifusão têm uma ineficácia vergonhosa, sendo facilmente burladas pelo sistema de afiliação e pela composição de vastas redes de transmissão, que contam com centenas ou até mesmo milhares de retransmissoras espalhadas pelo território nacional. Com esses instrumentos, segundo os dados da Anatel [fonte: Sistema de Controle de Radiodifusão – Anatel] reproduzidos no relatório, as quatro maiores emissoras de televisão do país controlam 202 geradoras (57,71% do total) e 6.271 retransmissoras (68,20% do total). Esse domínio da infraestrutura se reflete em domínio de audiência, com uma consequente oligopolização bastante pronunciada da venda de espaços publicitários.

Mas, como se não bastasse essa omissão, o Estado age ativamente, por meio de suas políticas, para reforçar ainda mais a concentração do mercado de comunicação. O relatório da deputada Luciana Santos cita quatro grandes exemplos: a utilização quase exclusiva de “critérios técnicos” pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) para a definição da distribuição das verbas oficiais de publicidade, que destina a maior parte dos recursos do governo federal para aquisição de mídia aos maiores conglomerados de comunicação; a falta crônica de investimentos nos órgãos estatais de comunicação social; a disponibilização de programas de apoio financeiro, como por exemplo o PROTVD Radiodifusão do BNDES, exclusivamente para as grandes empresas de mídia; e as restrições legais impostas às emissoras de radiodifusão comunitárias e educativas, que são proibidas de veicular publicidade, inclusive publicidade oficial.

Alternativas possíveis

Com base nesse diagnóstico, o relatório da Subcomissão Especial para Analisar Formas de Financiamento da Mídia Alternativa aponta para a necessidade de alteração do marco legal das comunicações, com o intuito de “tornar economicamente viável a atuação dos órgãos de mídia alternativa”. Entre as propostas sugeridas, estão projetos de lei que permitem a inserção de anúncios publicitários na programação das emissoras comunitárias ou educativas; que obrigam o investimento de no mínimo 20% das verbas publicitárias federais em veículos de mídia alternativa; que preveem a utilização das verbas do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) também para a universalização da radiodifusão; que criam um programa de apoio à mídia independente, nos moldes já aplicados aos projetos culturais via Lei Rouanet; e que instituem um fundo de desenvolvimento da mídia independente, alimentado, entre outras fontes, por uma contribuição de 1% sobre a receita de emissoras de rádio e televisão de médio e grande porte e de empresas de televisão por assinatura.

São, por certo, medidas bem-vindas, mas que visam apenas minimizar os efeitos gerados pela concentração no setor de mídia no Brasil. As bases estruturantes que geram esta concentração, e que são herdadas de longo tempo, tão longo quanto a própria história das comunicações no Brasil, estas permaneceriam intactas. Mas atacar essa natureza oligopolizada da comunicação social brasileira é tarefa muito mais ampla, que não poderia ser posta em prática por uma subcomissão especial, por uma comissão permanente ou mesmo por um parlamento. Trata-se de uma tarefa hercúlea, que inclui uma completa reforma da legislação de comunicações no país e, portanto, demanda um amplo envolvimento de governo e sociedade.

Porém mesmo estes projetos sugeridos pela subcomissão, mais pontuais, têm ainda um longo caminho para que sejam efetivamente aprovados e aplicados. O mais importante contudo, ao menos no curto prazo, é constatar que o poder público começa a se debruçar sobre este tema fundamental para a democracia brasileira – a concentração de mercado, responsável direta pela pouca diversidade de fontes de informação no país.

Escrito por: Cristiano Aguiar Lopes. 
Fonte: Observatório da Imprensa.

quarta-feira, julho 17, 2013

ORM x RBA: Vale tudo pra detonar o inimigo

Coluna Repórter 70 do Jornal OLiberal do dia 17.07.2013.

Ler em OLiberal, o projeto de um deputado do PTque visa combater a corrupção, não tem preço.

Mesmo que o interesse da empresa não seja dar publicação pro projeto do coordenador da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, pra família Maiorana, vale tudo pra atacar seu maior concorrente e inimigo declarado, o Senador Jader Barbalho (PMDB).

Enquanto isso, o Diário do Pará continua sendo o único jornal paraense que mostra as mazelas do governo de Simão Jatene (PSDB), apoiado com unhas e dentes pelo jornal OLiberal.

terça-feira, abril 23, 2013

Um esquema mafioso assola o governo Simão Jatene e desvia milhões no Pará


Clique na imagem e assista o vídeo que revela todo o esquema de desvio de dinheiro público do Estado, um dos maiores escândalos, depois do jatinho da ORM/Oliberal com o governo do Estado do Pará.
A denúncia do esquema de desvio de dinheiro dos cofres do Departamento de Trânsito do Estado (Detran) caiu como uma bomba entre os servidores do órgão que decidiam ontem os rumos das reivindicações salariais junto o governo do Estado. Insatisfeitos com a demanda de trabalho, segundo eles, cansativa em virtude do número reduzido de servidores efetivos, e com a ausência de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCR), os servidores prometem cobrar da diretoria a correta apuração do caso.

“A partir de amanhã (hoje) começaremos a recolher o máximo de assinaturas dos nossos servidores compondo um abaixo-assinado que será entregue à diretoria. Exigimos a exoneração do atual diretor Walter Wanderley de Paula Pena e respostas a esse verdadeiro escândalo denunciado pelo DIÁRIO”, disse Elison Oliveira, presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sindetran) com a edição do domingo do jornal nas mãos.

Durante a assembleia, que se estendeu por toda a manhã em frente à autarquia, a íntegra da matéria foi lida do alto de um carro som por diversos servidores que se revezaram na função. “Nós, os servidores, e toda a população formada pelos usuários, precisam tomar consciência dessa vergonha que está sendo feita com o Detran e com o dinheiro público.”

O DIÁRIO divulgou, em sua edição do último domingo, detalhes do esquema montado pelo senador Mário Couto (PSDB) no Detran, segundo órgão em arrecadação no Estado. Pessoas indicadas pelo tucano no departamento e lotados no Ciretrans de Salinópolis recebem vencimentos e repassam ao Santa Cruz da Vila de Cuiarana, também comandado por Couto, para o pagamento  dos altos salários dos atletas do clube. Por baixo, a folha salarial do clube da vila de Cuiarana alcançaria R$ 400 mil.  Continue lendo..

domingo, abril 21, 2013

Salários no Santa Cruz são pagos pelo Detran

Mário Couto, senador pelo PSDB-PA enquadrado pelo MPE e indiciado pela Polícia Federal.

Um azeitado esquema de desvio de dinheiro público está sangrando os cofres do Departamento de Trânsito do Estado (Detran), segundo órgão que mais arrecada no Estado e que hoje é controlado com mão de ferro pelo senador Mário Couto (PSDB). O esquema é rentável e bastante simples: pessoas escolhidas a dedo pelo tucano entram na folha de pagamento do órgão e mensalmente repassam tudo ou a maior parte do que recebem para a folha salarial da Associação Atlética Santa Cruz, da localidade de Cuiarana, interior do município de Salinópolis, que tem como patrono e presidente de honra justamente Mário Couto.

O desvio ajuda a entender como o “Mister M” de Cuiarana operou a mágica de transformar um clube inexpressivo do interior paraense numa agremiação com ares de Primeiro Mundo, com estrutura de deixar no chinelo até mesmo clubes tradicionais como Remo e Paysandu. Especula-se que, por baixo, a folha salarial do clube alcance R$ 400 mil por mês. Dirigentes esportivos sempre quiseram saber como se dá o milagre da multiplicação do dinheiro no Santa Cruz. Há pouco mais de três anos e em pleno mandado no Senado, Couto resolveu reformular o pequeno clube de Salinas. Desde então, o dinheiro não para de jorrar. A agremiação, com pouco mais de 15 anos de existência, despertou olhares nos quatro cantos do Estado.

Mas se o patrocínio é pequeno e não há renda decorrente dos jogos, como Couto consegue bancar toda a infraestrutura e ainda arcar com a folha milionária do plantel e comissão técnica do Cuiarana?
Algumas respostas para o mistério foram obtidas pelo DIÁRIO. Jenekelly, esposa do lateral-esquerdo Rayro, do Santa Cruz e ex-Águia de Marabá, conseguiu um cargo no Ciretrans (agência do Detran) de Salinópolis. E fontes que atuam no órgão garantem que grande parte do salário do lateral é pago com os vencimentos que a esposa recebe do órgão estadual. O mesmo esquema beneficiaria o atacante Thiago Floriano, que também tem a esposa Thuana Pícoli Floriano de Souza na folha do Detran. O ex-jogador Daniel também tinha a irmã lotada no Ciretrans de Salinópolis, sendo beneficiário do mesmo esquema enquanto jogou no clube.


domingo, dezembro 18, 2011

A nota em OLiberal e a pensão alimentícia mal paga.



A baixaria travestida de nota, publicada no jornal O Liberal deste domingo, deixou a blogosfera e as redes sociais em chamas. 

Todos queriam saber quem é o jornalista e os motivos que levaram o empresário Silvio Sá, a reagir com tanta virulência, contra uma reportagem sobre sua prisão. 

É por isso que a "liberdade de empresas" não pode mais ficar impune, sem a Regulação da Mídia para conter esse tipo de comportamento.

segunda-feira, outubro 24, 2011

Conselho Federal aprova intervenção na OAB/PA


Foto Heraldo Peres
Os veículos de comunicação de Jader Barbalho marcaram em cima, estavam ansiosos, pareciam saber antecipadamente do resultado e não demoraram em dar a notícia, e mesmo os mais crédulos, duvidavam da permanência de Jarbas Vasconcelos à frente da presidência da OAB-PA, depois do bombardeio promovido pelo sistema de comunicação do poderoso coronel paraense.

Seus jornalistas, invariavelmente fizeram uma campanha diária, sangraram lentamente a imagem do homem que ousou conduzir a histórica e combativa entidade para o enfrentamento dos sério problemas de corrupção, tráfico de influência e nepotismo que atingem o poder executivo, legislativo e judiciário no Pará.

A sentença do Conselho Nacional da Ordem não é isenta de influências políticas, claro que não! Mas Jarbas perdeu tempo em defender-se, subestimou o poder de fogo dos inimigos que já tinha antes da campanha que venceu para presidência da OAB-PA e os demais que arrumou no caminho. Criou uma defesa técnica, extramente voltada para sua defesa no interior da entidade. Deixou de dialogar com a sociedade, recuou na ofensiva que estava fazendo contra os corruptos e acabou se fechando num otimismo demasiado por achar que os indícios levantados por seus algozes, seriam insuficientes para tirar-lhe do poder. Foi pra uma guerra de mísseis, com uma baladeira.

Deu no que deu e agora ficará 06 meses afastado do cargo de presidente da seccional da OAB-Pará, mas nada confirma a hipótese ventilada de perda da carteirinha e das prerrogativas de advogado, no entanto, o desgaste é sem dúvida amargo e abrirá fendas na história da entidade que nunca foi de fato às ruas lutar por ética e nem tão pouco havia tido intervenção parecida.

Fique com a matéria publicada neste domingo em o Diário do Pará.


Pela primeira vez na história da Ordem dos Advogados do Brasil o Conselho Federal aprova uma intervenção em uma de suas seccionais. Por 22 votos a 4 a OAB nacional decidiu intervir no Pará, ficando todos os dirigentes envolvidos no processo afastados por seis meses das atividades administrativas da OAB/PA.
A intervenção será por seis meses, até que a 2ª Câmara da Ordem decida o futuro dos envolvidos.

Após mais de 9 horas de um julgamento tenso, os 81 conselheiros decidiram também abrir processo disciplinar contra os acusados. Caso sejam provadas as denúncias contra os envolvidos, eles podem ser punidos com a perda da carteira da Ordem e ficarão impedidos de advogar.
O processo em julgamento fez parte de uma série de matérias feitas pelo jornalista Carlos Mendes, do Diário do Pará e culminou com o episódio da venda de um terreno da subseção de Altamira, suspeita de irregularidades que culminaram na falsificação da assinatura do vice-presidente da OAB/PA.
Foram julgados como envolvidos no processo , além do presidente Jarbas Vasconcelos, o secretário-geral, Alberto Campos Júnior e os diretores licenciados Evaldo Pinto, Jorge Medeiros e Albano Martins.
Foi um dos mais longos julgamentos da história da Ordem. A reunião foi aberta as 14h30min de domingo, 23 e acabou por volta de 0h 30 de hoje (segunda-feira, 24).
(Luiza Mello/ Diário do Pará)

quinta-feira, agosto 18, 2011

O sujo e o mal lavado

O Liberal acusa Juvenil.


Diário do Pará acusa Maioranas.



Assim é a nossa imprensa local.

Assim se tratam os barões da mídia.

Interesses, jogatinas, acusações, enfim, o sujo falando do mal lavado.

Sigam-me no twitter: @JimmyNight

terça-feira, julho 26, 2011

OAB-PA e o calvário imposto pelo Jaderquistão

NOTA PÚBLICA DE ESCLARECIMENTO

O Jornal Diário do Pará na edição do dia, 23.07.11, mais uma vez manipula a notícia para atacar a OAB-PA, acusando o Presidente da Instituição, Jarbas Vasconcelos, de agir por conta própria para intimidar a promotora Érika Menezes, como se procedesse ilegalmente na defesa dos colegas Cláudio Bordalo e Cezar Assad.

Esclarecemos que a decisão de promover a defesa das prerrogativas dos advogados citados, decorreu de decisão do nosso Egrégio Conselho Seccional. Foi publicada nota de desagravo, a qual foi lida em sessão de desagravo presencial do Conselho, em frente a sede do Ministério Público do Estado (MPE) e ainda, a interposição de medidas administrativas e judiciais para fazer cessar e reparar o abuso de autoridade.

Tratou-se da defesa, não somente dos colegas referidos na reportagem, mas de todos quantos prestam serviços às prefeituras municipais no Estado do Pará, que segundo nosso entendimento, o fazem amparado na lei e na Constituição.
 
Acreditamos que a amplificação desmedida desse fato isolado por aquele jornal, feita com claro propósito de desviar atenção do público daqueles que vivem da afronta contumaz à lei e à moralidade pública, não irá abalar a relação institucional respeitosa que a OAB mantém com o MPE e que tanto tem incomodado pessoas e políticos ligados aquele veículo de comunicação.
 
A OAB seguirá firme na defesa das prerrogativas da classe como direito fundamental da sociedade.

JARBAS VASCONCELOS.

Presidente da OAB-PA.

domingo, fevereiro 20, 2011

PSDB x PMDB: Quem rouba mais?

Os dois principais meios de alienação do Pará, o jornal Diário do Pará e O Liberal travam nas entrelinhas dos artigos e editoriais, o que podemos chamar de disputa político-partidária para retornarem ao inescrupuloso e já conhecido debate entre PSDB e PMDB: Quem rouba mais?

Investigações na ALEPA, dão conta que a ex-servidora comissionada,  Mônica Alexandra da Costa Pinto, teria obtido três empréstimos que somavam R$ 688.044,80 valor que provavelmente não tem justificativa a não ser para um gatuno. 

O Diário do Pará, esperto e atento em defender o ex-presidente da casa, cuidou logo de revelar que a funcionária é ‘cota’ do Senador Mário Couto (PSDB), desde quando este presidiu aquele lugar que chamam de casa do povo há pouco mais de 4 anos atrás, quando cataputou-se ao Senador Federal.

Qualquer forasteiro que tenha chegado ao Pará em meados de 2005/2006 saberia dizer o que a ALEPA, presidida por Couto que amava Almir, que amava  Flexa, que odiava Jader, que paquerava Ana e que brigava com toda a família representava para o projeto tucano que foi derrotado pelo PT com apoio do PMDB.




Os respingos de um embate que hora se inicia, podem revelar muito mais  que um esquema de corrupção que atravessou as mãos de tucanos e pmedebistas, podem sim é colocá-los em rota de colisão, justo no reinício do governo Jatene, o qual contou com a ajuda de Jader Barbalho para reeleger-se governador e este presenteou o parceiro com várias secretarias e assessorias especiais, loteando com outros partidos o Estado em nome de um tal "Pacto pelo Pará".
 
Cabe agora ao Ministério Público e Receita Federal rastrearem o dinheiro e chegarem aos peixes grandes que arrepiam o erário há décadas e seguem impunes.

 
  Da mesma linhagem tucana, Flexa Ribeiro, "lendo uma revista" da PF, por envolvimento em esquema de desvio de dinheiro público, para variar.

Senador Mário Couto que antes foi contraventor do jogo do bicho e teve uma metralhadora encontrada em sua casa, é sempre visto em Brasília, babando seu ódio contra seus adversários na tribuna do Congresso, onde junto com o também tucano Flexa Ribeiro, nos dão a honra de sermos representados. 
Mário, terá agora que enfrentar o partido do ex-senador Jader Barbalho (PMDB) que agora  desempregado fica à mercê dos inúmeros processos judiciais que é acusado de corrupçãol lvagem e desvio de dinheiro público e uma lista de crimes que fica imnpossível de serem elencados aqui. 
Jader Barbalho sendo lendo o livro "Memórias do Cárcere" de Graciliano Ramos, emprestado da biblioteca da Polícia Federal onde fez uma rápida, porém memorável visita.

Dono de O Diário do Pará, mister Jader Barbalho, aquele que segundo O Liberal, dispensa apresentações é imprevissível e para tirar do seu pode meter no de qualquer um. Alguém duvida?

Como dito aqui outro dia, a aliança selou, mas tende a romper a qualquer momento, basta pra isso que um sinta-se ameaçado pelo outro.


quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Dois pesos, duas medidas

 Do blog Reflexões e Provocações






Não é novidade que os veículos de imprensa atuam conforme os interesses de seus donos, que na grande maioria atuam diretamente na vida pública, ou em cargos ou assessorando políticos.

No estado do Pará, os dois maiores veículos de informação, as Organizações Rômulo Maiorana (ORM) e o grupo RBA, da família Barbalho, ditam grande volume de informação no estado. Durante os 12 anos do governo tucano (oito com Almir Gabriel e mais quatro com Jatene, que volta agora) as ORM sempre foram agraciados com contratos milionários de publicidade, que chegavam a cifra de 26 milhões de reais por ano.

A relação dos governos tucanos com as ORM sempre foi clara. Os veículos de comunicação da família Maiorana, tinham por objetivo fazer quase o papel de imprensa oficial do governo, justificando os altos contratos de publicidade e propaganda e outros obscuros e absurdos acordos (como no caso dos retransmissores da Funtelpa).

Pela proximidade dos Maioranas com os governos do PSDB, o grupo RBA sempre mantinha (pelo menos oficialmente) distância do Palácio dos Despachos e assim o fez por 12 anos.

Em 2007 chegava ao poder estadual o PT, que elegeu Ana Júlia governadora do Estado. O novo governo tratou de rever a forma de como se relacionava com os grandes veículos de comunicação do Estado. Os contratos milionários de publicidade com as ORM logo seria revisto e cancelado, assim como o vexatório pagamento por parte do Estado do uso dos retransmissores pela filiada da Rede Globo no Pará.

Esse distanciamento provocou um posicionamento firme dos Maioranas em relação ao governo, que passou a ser atacado diariamente nos veículos da empresa. Além dessa tensão, a atitude do governo Ana Júlia reaproximou os petistas da RBA, que passou a receber grandes recursos advindos dos contratos de publicidade com o governo. Esse “namoro” durou pouco, foi efêmero. Logo as divergências políticas do PMDB faria a RBA, principalmente o jornal Diário do Pará, voltar sua artilharia ao governo.

Nos últimos dois anos, os dois principais veículos de comunicação do Pará atacavam o governo de Ana Júlia diariamente, de todas as formas e ações. Movimento claro para destituir o então governo petista e o retorno dos tucanos ao Palácio dos Despachos.

A vitória de Jatene representou aos Maioranas, pomposos contratos de publicidade, reforçando o caixa da filiada da Rede Globo, além de outras benesses. Com o PMDB (braço político do grupo RBA) no governo, representa que o principal veículo da casa, o jornal Diário do Pará (o maior em vendagens segundo o Ibope) apoiaria a nova gestão, evitando matérias contra o governo.

Desde quando Jatene assumiu o governo do Pará, algumas trapalhadas foram feitas (muitas até para pouco mais de 30 dias de governo) sem a devida cobertura dos dois principais jornais do Pará, assim como os telejornais das emissoras. Secretários que foram nomeados e em seguida exonerados por motivos de pendências com a justiça; ações arbitrárias, como no caso do Hangar; contratação de serviços de milhões de reais com despensa de licitação; nepotismo direto; escândalos de governos tucanos passados, etc.

Esses fatos não foram devidamente abordados por nossos jornais e seus respectivos jornalistas. Parecem que fazem vista grossa aos fatos do governo Jatene. Se fosse feitos na gestão passada (como de fato algumas arbitrariedades aconteceram) seriam manchete de capa. A forte cooptação tucana não permite que sejam divulgados notícias de desagravo ao novo governo.

O papel da imprensa é sempre informar. Independente de governos ou partidos. Além da informação, deve investigar, esclarecer e apresentar os fatos para a sociedade. Nunca se omitir de relatar a realidade.

A questão está justamente na árvore genealógica de nossa imprensa, ou pelo menos, parte dela. São controladas por famílias que tem interesses bem particulares pelo que é noticiado. E o povo? Os leitores como ficam? É confiável até que ponto uma matéria?

Defendo que, tanto os jornais, quanto a mídia televisiva seja imparcial com os fatos. Não omisso como estão sendo com os acontecimentos do governo Jatene. Ou voltaremos ao “Pará, ilha da fantasia” dos 12 anos do tucanato no Pará?

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Nota da Dep. Bernadete sobre a SEMA.

Hoje pela manhã, perguntei pelo twitter à deputada Bernadete Ten Caten qual a sua posição sobre a denúncia feita no Diário do Pará sobre seu envolvimento no fraudes na Secretaria de Estado de Meio Ambiente.


De pronto, após cerca de 40 minutos, a deputada me enviou o seguinte email com o conteúdo abaixo:


NOTA DE ESCLARECIMENTO

 Na condição de Parlamentar reeleita e legitimada pela sociedade paraense com quase 34 mil votos, sempre atuei no parlamento na luta por interesses coletivos, em favor da sociedade. Desta feita, em poucas linhas venho demonstrar indignação com a matéria veiculada no Jornal Diário do Pará neste Domingo, 06 de fevereiro, a qual deixa a entender que eu estaria envolvida em escândalos de fraudes junto a Secretaria de Meio Ambiente do Estado.

 Tenho o dever de informar à sociedade que existe um grande equívoco na matéria veiculada, pois de forma alguma participei, ou participo de esquemas junto a SEMA para a aprovação de licenças ambientais em meu favor. Nunca fui notificada pelos Órgãos da Justiça Paraense para me defender a esse respeito. Igualmente ninguém ligado a meu gabinete parlamentar esteve envolvido em qualquer esquema ou fraude na SEMA.

 Esclarecemos que não só junto à SEMA, mas em todos os Órgãos Estaduais e Federais, meu mandato tem atuação, mas unicamente na defesa dos interesses coletivos dos setores que buscam apoio político junto a meu mandato. Fazemos isso, sempre pautados na legalidade.
  
Por fim, volto a afirmar a todos que não temos envolvimento direto ou indireto com supostas fraudes na aprovação de planos de manejo inexistentes ou com irregularidades junto a SEMA ou qualquer órgão ambiental.

Lamentamos profundamente a clara perseguição política que o mandato vem sofrendo, na tentativa de enlamear nossa história e a história do Partido dos Trabalhadores.

Nada nos abalará! Estamos firmes e convictos da nossa contribuição na construção de uma sociedade cada vez melhor.

Bote fé!

Deputada Bernadete Ten Caten.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

De verdes vermelhos para amarelos e vice-versa


No blog do Zé Carlos do PV, a resposta aos ataques que o partido e seus dirigentes vem sofrendo pelos jornalecos da pólis.


Depois de um final de semana em Rio Branco, no Acre, participando de evento do PV, com a senadora Marina Silva, cheguei a Belém e fui folhear os jornais. Para meu espanto, encontrei notas publicadas nas colunas políticas, atacando o Partido Verde paraense, sem dó nem piedade.
 
As notas diziam que traímos o governador eleito Simão Jatene e como castigo pela nossa ousadia ficaremos sem um cargo no próximo mandato. Diziam também que os nossos companheiros, que estão fazendo um belíssimo trabalho para o meio ambiente de Belém, serão substituídos da Semma pelo prefeito Duciomar Costa. Que no Governo Federal não teremos vez por causa do nosso fracasso eleitoral. Que a OS Pará 2000 está com problemas de déficits.

Leia mais aqui.

segunda-feira, março 16, 2009

Lúcio Flávio Pinto: Kit escolar: a voz do dono

* Lúcio Flávio Pinto.
Quem tem razão? Aquele que prova o que diz. Provar consiste em apresentar fatos e demonstrar o argumento estabelecido com base neles. Muitos se dizem donos da verdade, mas não estão dispostos a se submeter ao teste de consistência do que dizem. O governo Ana Júlia Carepa, por exemplo. Nenhuma administração estadual distribuiu tanto material de propaganda quanto a dela. Todos os dias os jornalistas recebem numerosos press-releases (sem falar nas peças publicitárias encaminhadas às empresas jornalísticas). A assessoria de imprensa do governo do PT é grande e trabalha. Muitos dos textos que ela produz aparecem integralmente na mídia, o que tanto pode ser tomado como prova da qualidade dos assessores quanto de desídia dos profissionais que atuam nas redações (e, mais ainda, dos seus superiores).
Tão pródigo em propagandear o que faz e diz, e de instilar o que lhe interesse através desse bombardeio de noticiário chapa branca, o governo petista é indigente na resposta às denúncias – sobretudo as mais consistentes – feitas contra si e nas respostas aos questionamentos que lhe são feitos de público. Quem vasculhar nos jornais e nos blogs as demandas feitas ao governo e apurar seu atendimento, constatará um déficit monumental. O governo é loquaz, quase boquirroto. Mas detesta crítica, não quer ser incomodado por perguntas inconvenientes.
Podia enfileirar exemplos pessoais. Vou me referir, porém, aos graves questionamentos que o jornalista Paulo Bemerguy fez no seu blog Espaço Aberto sobre o kit escolar que a Secretaria de Educação do Estado distribuiu a um milhão de alunos da rede de ensino sob sua jurisdição (agora intensamente repercutidos pelo Diário do Pará). Durante vários dias o silêncio do governo sobre questão de tal gravidade foi ensurdecedor. As denúncias se sucediam e nenhum sinal de que a grande assessoria governamental as levaria em conta e prestaria os esclarecimentos necessários para repor a verdade. Certamente porque a verdade no Pará foi seqüestrada pelo governo e está em cárcere seguro. Essa presunção forja os ditadores, Mas também responde pelas suas quedas.
Finalmente, quando o deputado oposicionista José Megale cobrou explicações da tribuna da Assembléia Legislativa e um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito começou a zoar, finalmente a Secretaria de Estado de Educação emitiu uma nota oficial. Respondeu a todas as perguntas feitas, não só por Bemerguy, como por vários outros profissionais? Não. Ignorou os questionamentos concretos e fez uma digressão em abstrato, cheia de declarações de propósitos, mas tangenciando as informações numa linguagem ruim, a depor contra uma secretaria encarregada de zelar pela boa educação de todos.
A principal questão era a contratação de serviços, em valor declarado oficialmente como sendo de 27,8 milhões de reais, sem licitação pública. A iniciativa de fornecer blusas, mochila e material didático (de qualidade aparentemente duvidosa) aos alunos da rede pública é meritória. Mas mérito algum, mesmo o já gasto bordão da “educação democrática e de qualidade”, autoriza o governo a passar por cima das exigências da lei, da moral e do zelo pelo dinheiro público. E numa operação tortuosa, provavelmente lançando mão de verba que deveria ter outra destinação, de um agenciador que não foi contratado com tal finalidade, talvez favorecendo uma empresa amiga e indo comprar o produto fora do território paraense. Como o cérebro da ação é uma das cinco agências contratadas para fazer sua publicidade, o governo acha que educação é oportunidade para se promover.
Exemplo acabado de incoerência e mau procedimento, duas das marcas da atual gestão do Estado.
* Publicado na edição On Line no Blog O Estado do Tapajós

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Entre um e outro, largue os dois!

Nas duas pocilgas (Diário do Pará e O Liberal) de hoje, críticas ao atendimento nos pronto socorros da RMB (Região Metropolitana de Belém). Uma, relata a morte de duas pessoas (pobres contribuintes) no PSM da 14 de Março, já a outra revela - o que já sabemos há anos - o tratamento desumano no PSM da Cidade Nova em Ananindeua.
Mesmo atestando a realidade cruel e nefasta que tanto o prefeito Hélder em Ananindeua, quanto Duciomar em Belém, não há como perceber a parcialidade para com um contra a denúncia do outro, fruto é claro do interesse dos donos dos meios.
Uma é da família, a outra é dos quitandeiros, famosos em defender com unhas e cacetetes os devaneios e de$ejos familiares, tal como a outra que nunca mexe uma linha no jornal, um segundo nos rádios e na TV para expor a vida pregressa de seu dono. 
Uma vergonha !

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...