Mostrando postagens com marcador Maioranas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Maioranas. Mostrar todas as postagens

terça-feira, maio 26, 2015

Violência urbana em Belém: O papel da PM, da mídia e do governo

Entrevistadora e entrevistados protegem o governador Simão Jatene e quase que este passa desapercebido na entrevista.

Ao noticiar mais um final de semana sangrento, com números de guerra, onde apenas no sábado (23), treze (13) pessoas foram assassinadas em Belém, a TV Liberal, afiliada da Rede Globo no Estado do Pará, convidou o Tenente Coronel da PM, Dílson Júnior, responsável pelo policiamento da capital paraense para uma entrevista no Jornal Liberal 1ª edição desta segunda-feira (25).

A apresentadora Priscilla Castro iniciou a entrevista dizendo de que há um sentimento de todos os paraenses de que não há policiamento ostensivo e que não se vê policias nas ruas, seja no centro ou na periferia da cidade. Pouco se vê viaturas, pouco se vê policiais", afirmou a jornalista.


Logo em seguida, pediu que os telespectadores fizessem perguntas ao representante da polícia e a jornalista começa lendo a pergunta: "Onde vamos parar? Jovens e crianças inocentes morrendo, o governo..(pausa na pergunta e gaguejando, Priscilla Castro diz: "Perdão" e segue com a pergunta) fazer concurso não vai resolver a segurança pública. Tem que realmente mudar essa legislação" e passou para outra pergunta.

Perceberam a palavra "governo" sendo retirada do contexto da pergunta enviada para a emissora por um cidadão, que deve ter cobrado a responsabilização do governador Simão Jatene, que por ser aliado político e comercial dos patrões da jornalista e esta orientada a blindar e evitar qualquer desgaste ao amigo governante, deu um jeito de "editar" a pergunta do cidadão, ao vivo, e tirou o seu complemento. Mas o vacilo da produção não evitou o lapso e o blog captou.


Outro telespectador identificado com Gilmar dos Santos, disse que muitos dos policiais que poderiam estar nas ruas, estão dentro de órgãos públicos - fazendo a segurança do governador, desembargadores juízes, deputados estaduais, secretários de Estado e seus familiares?

Adivinhem o que o tenente coronel respondeu?

- "Nós temos a regulamentação de poderes, por exemplo, poder legislativo, poder judiciário tem um número definido de policiais que estão à disposição para fazer a segurança desses órgãos, desse poderes. Então realmente é uma questão legal, é totalmente viável essa utilização do policial".

Vocês entenderam? O policial revela que é verdade. Há uma número definido de PMs determinados para atuar na segurança dos "bacanas", enquanto a população que espere o tal concurso público há anos prometido pelo governador Simão Jatene (PSDB), que, segundo o coronel, abrirá 4.000 novas vagas na SEGUP, ainda esse ano. 


Muito ou pouco?

Ainda segundo o policial, hoje o efetivo da segurança tem 16.000 servidores em todo o Pará, sendo 8.500 no interior e 7.500 na Região Metropolitana, o que rendeu em 2014, a apreensão de 395 armas de fogo e mais 700 simulacros e cerca de 13 pessoas são presas diariamente no todo o território estadual, segundo o Tenente Coronel, Dílson Júnior

Profissionalismo ou jogo de cena?

Entendo que tanto a jornalista, quanto o policial, são trabalhadores, profissionais orientados a defender e cumprir ordens de seus superiores mas que ambos poderiam se esforçar mais em elaborar perguntas e dar respostas mais plausíveis e menos repetitivas, tais como as que sempre são trazidas aos telespectadores e pagadores dos impostos que pagam estes profissionais do Estado e da Imprensa , seja direta ou indiretamente* e que por isso, são seus verdadeiros patrões. 

Mas esse é o nosso governo estadual e essa é a nossa imprensa ou parte dela.

Por isso, aguarda a 2ª parte desta matéria.

*A imprensa brasileira lucra mais com a verba publicitária de governos, do que com anúncios empresariais. Por isso, os profissionais de Imprensa por mais que não sejam funcionário públicos, não deixam de receber seus salários oriundos de dinheiro público.

quinta-feira, abril 02, 2015

A imprensa e a democracia: A saga da grande mídia, seus negócios e sua partidarização

Em seu blog, o jornalista Lúcio Flávio Pinto analisa a cobertura feita pelos dois jornais paraenses, na recente visita da presidenta Dilma ao Pará.

Sem imprensa livre a democracia não prospera. A liberdade de que deve gozar a imprensa, como esteio do regime democrático, precisa ser usada para bem informar os cidadãos. Um velho brocardo continua inteiramente válido: a imprensa não pode atropelar os fatos. Os principais, os decisivos, os que são realizados cotidianamente pelas pessoas têm que aparecer na imprensa.

A internet, ao invés de ser o demiurgo, é, na verdade, o arauto de uma nova era para a imprensa. Conectados à rede mundial de computadores, os cidadãos pressionam para que sejam registrados os fatos que veem ou dos quais são participantes. Mas nem sempre (ou raramente) aquele que vê sabe o que viu: desconhece seu significado, seus antecedentes e seus desdobramentos. Nem sabe como aquele fato irá afetar a sua vida.

Essa é a principal missão da imprensa nos nossos dias: contextualizar os acontecimentos. A internet atomiza, dispersa, banaliza. A imprensa emoldura essa algaravia bilionária de informações de todos os dias com os elementos da elucidação, com a iluminação compreensiva. Mas só desempenhará esse papel se estiver preparada para isso.

Se seus jornalistas forem qualificados para entender e fazer entender a cornucópia de acontecimentos diários que circulam quase instantaneamente pelo mundo. É preciso saber ver e ter disposição ou coragem de publicar. Sem o que a credibilidade, se conquistada, acabará por ser desperdiçada.

O processo de descrédito costuma ser lento, sem deixar de ser fatal. A crise de confiança do público pode ser revertida antes de ultrapassar o limite da coisa irreversível. Mas é preciso oferecer elementos para a esperança.

A imprensa do Pará está se empenhando em ultrapassar essa faixa de periculosidade: esconde os fatos, manipula as informações, colide com os acontecimentos, não tem escrúpulo na mentira. Acredita que uma boa aparência ou uma retórica bem posta sejam capazes de ludibriar a atenção e a boa fé das pessoas, atando-as ao seu redor, tornando-as cúmplices de sua tendenciosidade.

A brutal queda na qualidade dos veículos paraenses de comunicação está associada ao paroxismo dos dois principais grupos. Eles não se limitam à concorrência comercial e à disputa editorial: agem como partidos políticos. Em sua inimizade visceral, acham que vale tudo, até o rompimento dos mais comezinhos princípios técnicos do jornalismo ou da ética em geral.

Hoje, por exemplo, na abertura do Repórter 70, que é a sua principal coluna, O Liberal diz ao seu leitor:

“A julgar pelo mirrado noticiário do ‘diário de mentiras’, a visita da presidente Dilma ao Pará não foi, digamos, das melhores. O jornaleco deu ampla divulgação antes, mas depois da visita, quase nada. Nas redes sociais, os assessores do ministro ‘filho de peixe’ não publicaram nem registro, no momento em que crescem em Brasília os rumores sobre corte de ministérios, entre eles o da Pesca. Terá sido mera coincidência?”.

A informação não é exatamente verdadeira. O Diário do Pará deu chamada e foto na primeira página para a visita da presidente a Capanema para a inauguração de casas do programa Minha Casa, Minha Vida. A foto só saiu menor do que a da premiação feita pelo jornal aos vencedores de um concurso sobre o prazer em trabalhar, o que é até compreensível.

A manchete da capa foi sobre o início da greve na Universidade do Estado, marcado para segunda-feira, pelo motivo óbvio de causar desgaste ao governador Simão Jatene, inimigo da “casa” e do PMDB. Internamente o jornal deu três quartos de página para o noticiário sobre Dilma Rousseff.

A foto da presidente na primeira página de O Liberal teve destaque bem maior, mas porque ela aparece ao lado de Jatene, aliado dos Maioranas (que não saiu no Diário, assim como o ministro Helder Barbalho, integrante da comitiva presidencial, foi ignorado por O Liberal). Mas o título da matéria é bem menor. Na página interna a cobertura do jornal dos Maioranas superou a do rival: ocupou todo o espaço.

Não porque agora a presidente tenha entrado nas graças do grupo. É porque os Maioranas estão em campanha para tirar o inimigo do ministério, ecoando as pressões para a redução do tamanho do governo e plantando notícias sobre a inclusão do ministério da pesca nessa lista de marcados para morrer. Sem esse cargo, o filho de Jader Barbalho estará exposto ao sol e à chuva, se enfraquecendo para a próxima eleição.

Ao fim e ao cabo, como gostava de dizer um cronista esportivo, o objetivo dos dois jornais não é o de bem informar e sim de tirar proveito particular da informação que filtram. O leitor que trate de aprender uma arte muito cultivada na época da ditadura, quando a censura era oficial e explícita, e que precisa subsistir em plena democracia, mas de autocensura e censura mais sutil: a leitura nas entrelinhas – para descobrir o que não foi dito e a razão do que foi dito.

Com uma imprensa assim, a democracia continua a ser a planta tenra e frágil de que falava João Mangabeira. Por isso mesmo a necessitar de tratos e cuidados.

terça-feira, dezembro 23, 2014

Simão Jatene diz que a TV RBA manipulou o tempo de Helder Barbalho na campanha eleitoral

A entrevista no programa Roda Viva com o governador reeleito do Pará, Simão Jatene me fez ficar em casa para assistir e tuitar, pois pensei que seria ao vivo. Ledo engano! O programa foi gravado, sabe-se lá o motivo.

Sob o comando do blogueiro da VEJA Augusto Nunes, acusado de publicar notícias falsas contra um site de notícias concorrente da revista que paga seu salário, o programa e seus entrevistadores deixaram Simão Jatene à vontade e em nenhum momento o governador tucano foi indagado pelos três pedidos de cassação feitos pelo Ministério Público Eleitoral do Pará, depois que este órgão comprovou a prática de ilegalidades de sua chapa, durante as eleições deste ano.

Em compensação, o blogueiro/apresentador fez questão de alfinetar a família de Helder Barbalho, o qual concorreu com Simão Jatene e quase foi eleito no primeiro turno, mas que perdeu por uma diferença de 3,24% no segundo turno das eleições no Estado.

Na entrevista, uma denúncia grave e inédita feita por Simão Jatene: A TV RBA teria manipulado o horário eleitoral gratuito para beneficiar com mais tempo e com ajustes favoráveis ao candidato Helder Barbalho, um dos herdeiros dos veículos de comunicação que inclui a TV citada. Jatene não soube explicar o motivo da "denúncia" não ter sido noticiada, algo estranho já que ele conta com o apoio irrestrito da família Maiorana, proprietária do principal veículo de comunicação concorrente do grupo de comunicação da TV citada, ainda mais em um processo eleitoral acirrado como foi o deste ano.

Um dos momentos que chama a atenção do segundo bloco é quando Simão Jatene diz: "Eu vou dizer uma coisa que certamente desagrada muito, esse país precisa repensar essa história de político dono de veículo de comunicação". Nisso tenho total concordância com o governador, pena que o apresentador não tenha deixado-o falar mais sobre o assunto, talvez por incomodar outros donos de veículos de comunicação amigos dos jornalistas presentes.

Fique com o trecho do segundo bloco da entrevista:









terça-feira, dezembro 02, 2014

Comunicadores, políticos e trabalhadores, uni-vos!

PARÁ DE HOJE: CHICAGO? - Charge da capa do "Jornal Pessoal" de 2007, ilustra a guerra entre os dois barões da mídia paraense e até hoje permanece atual.

“A disputa entre os Maiorana e Jader Barbalho se transformou numa guerra suja. Os dois contendores perderam o próprio controle e descambaram para uma agressão tão rasteira que passou a ofender o decoro público. Se não pararem, como será aproxima batalha?” 

Trecho do Artigo "Pará de hoje: Chicago?" de Lúcio Flávio Pinto, publicado no “Jornal Pessoal”, na primeira quinzena de fevereiro de 2007.


É incrível, mas o segundo maior Estado do país, o mais populoso da Região Norte e com mais de 7 milhões de habitantes, o Pará possui apenas duas grandes empresas de comunicação, as quais controlam as maiores emissoras de rádio, tv, portais na internet e jornais impressos.

A rivalidade das duas famílias que controlam estas empresas não se limita às disputas comerciais, que são naturais no mercado capitalista. A influência destes poderosos empresários nos processos eleitorais tem proporcionado uma verdadeira guerra, onde acusações diárias entre si e seus aliados, geram uma polarização que impede que o povo paraense escolha com mais qualidade seus governantes. A promiscuidade partidária, o estelionato eleitoral e o fisiologismo político, imperam nas eleições e repercutem nas escolhas de quem terá os maiores repasses das verbas publicitárias e nos acordos com conglomerados empresarias interessados em outros contratos governamentais.

O Estado Republicano é contaminado por interesses escusos e o vale-tudo torna a sociedade refém das escolhas e do resultado de acordos tão bem estruturados financeira e politicamente falando, que não resta outra opção aos demais grupos políticos e empresariais a não ser aliarem-se a esta ou aquela família para terem visibilidade midiática, capilaridade social e viabilidade política. 

Com isso, a população perde com a baixa qualidade do jornalismo praticado, já que o lado irracional da disputa impera na produção de matérias que deveriam noticiar os fatos, informando de forma imparcial e com critérios técnicos, mas tornam-se panfletários, ou contra ou favoráveis à parlamentares, gestores e empresários, sejam eles honestos ou corruptos.

As premissas do jornalismo ético são ignoradas diariamente pelos profissionais que para manterem-se empregados, aceitam serem submissos e anulados em seu discernimento crítico, passando a agir com as orientações expressas dos patrões que violam a liberdade de expressão para além das linhas editorias de suas empresas. 

O jornalista Lúcio Flávio Pinto, no artigo "Jornalista paraense: um remador de galé", publicado no “Jornal Pessoal” em 2013, nos chamava a atenção para uma das piores vertentes desta escravidão:

“O domínio autocrata do proprietário sobre os veículos de comunicação aprisiona o seu contratado. Ele pode noticiar a greve de todas as categorias profissionais, menos a sua. Pode servir de condutor para o protesto de trabalhadores superexplorados por seus patrões, desde que não inclua o seu, que paira em espaço criado, acima do bem e do mal”.

Com isso, todos perdem e o Pará torna-se cada vez mais provinciano e considerado uma terra longínqua do centro do poder, pois pouco produz para o pensamento crítico da nação, com raríssimas exceções que se aventuram em outros ramos como o pensamento acadêmico, a literatura e outras as artes, menos no trato da opinião e crítica política e sobre os fatos cotidianos que esperamos dos jornais, telejornais, programas de rádio e os novos portais e sites na internet.

Mesmo assim, não podemos desistir de lutar por um contraponto permanente entre estes barões da mídia local e a insistência para que a democratização da mídia brasileira acabe com esse tipo de domínio é condição sine qua non para novos tempos. 

Por isso, a chamada: Comunicadores, políticos e trabalhadores, uni-vos em torno de uma saída para este estado sofrível.

domingo, novembro 23, 2014

Deputado Wladimir Costa questiona jornal, mas não explica seu patrimônio


A denúncia feita pelo Ministério Público Federal ao Supremo Tribunal Federal de que uma ONG do município de Barcarena-PA recebeu em dinheiro vivo, a bagatela de R$ 230.000,00 através de um convênio com a Secretaria de Esporte e Lazer do Estado do Pará para a realização de um torneio de canoagem, que nunca ocorreu e da compra de uma luxuosa cobertura tríplex, em Copacabana-RJ, em nome da mãe do deputado federal Wladimir Costa (SDD-PA), foram suficientes para que o parlamentar publicasse um vídeo em sua página no Facebook, acusando a família Barbalho e sua empresa de comunicação de persegui-lo politicamente.

Segundo o deputado, a perseguição seria pelo fato dele ter ajudado na reeleição do governador Simão Jatene (PSDB), que venceu no segundo turno, o candidato ao governo do Estado do Pará Helder Barbalho (PMDB), filho do senador Jader Barbalho, "dono" da Rede Brasil Amazônia de Comunicação.

Entre os diversos comentários feitos no vídeo, a jornalista que apura o fato pelo jornal Diário do Pará, provoca Wlad a se manifestar sobre o caso, mas não obtém aquilo que o ex-radialista sempre cobrou dos políticos: Transparência e coragem para responder tudo que lhes for perguntado, quando se envolve denúncias de desvio de dinheiro público.

"Deputado Wladimir Costa, continuo insistindo para que o sr. responda às perguntas que fiz na matéria que eu - e apenas eu - estou escrevendo para o Diário. Como avisei ao sr. por WhatsApp, a matéria sai nesse domingo sim sem a manifestação do sr. que não quer me atender por telefone. Mais uma vez obrigada por sua atenção. Luiza Mello - Correspondente do Diário do Pará em Brasília."

Assim como o senador Aécio Neves (PSDB-MG) prefere viver na cidade maravilhosa ao invés de sua cidade-natal, o deputado Wladimir Costa também tem todo o direito de gozar com sua família de uma vida de luxo em qualquer lugar do mundo. Basta no entanto, comprovar a fonte do dinheiro que possibilita ostentar tantos imóveis, automóveis, empresas, etc.

Dizendo ter sido um garoto que vivia no ver-o-peso e hoje possui várias rádios comunitárias no interior do Estado, Wlad não é nenhum coitadinho sem poder, como sugere no vídeo. Ele que foi lançado na política pelo PMDB, partido que é presidido pelos que hoje acusa de perseguirem-no, hoje é um dos deputados federais mais ricos do Estado do Pará. 

O blog acompanhará mais este caso que o jornal OLiberal e o Amazônia Jornal, da família Maiorana, fazem questão de fazer conta que não existe, justamente por envolver mais uma grave suspeita de corrupção no governo de Simão Jatene, aliado dos empresários que concorrem com as empresas que estão noticiando o fato.

quarta-feira, outubro 29, 2014

Colunista de Oliberal e o ódio nas redes sociais

Yáskara Cavalcante, colunista social de OLiberal, protagoniza ódio sem noção nas redes sociais.

Quem lembra do filme "300", dirigido por Zack Snyder e que imortalizou a Batalha de Termópilas, ambientalizado na Grécia - ano 480 AC - onde o rei Leônidas e seus 300 guerreiros de Esparta lutam bravamente contra o numeroso exército do rei Xerxes, estrelado pelo brasileiro Rodrigo Santoro?

No filme, cenas sangrentas e extremamente violentas das várias batalhas travadas entre gregos e persas durante as chamadas Guerras Médicas, onde o exército persa comandado pelo rei Xerxes usa monstros e criaturas grotescas contra o seu inimigo, afim de conquistar seu território.

É justamente essa "guerra" que temos presenciados nas redes sociais, desde o anúncio do resultado eleitoral que consagrou a reeleição da presidenta Dilma. Manifestações xenófobas, preconceituosas e discriminatórias que já eram destiladas nas redes sociais, intensificaram-se e tornaram-se polêmicas, onde pobres, nordestinos, gays e vários outros segmentos sociais foram acusados pela derrota de Aécio, o candidato oposicionista que reuniu a nata odiosa do Brasil, tal como Xerxes agrupou e preparou seu exército de monstros sedentos por sangue ao ataque desmensurado.



A demostração de até que ponto uma dessas criaturas pode chegar, foi registrada no blog do jornalista Hiroshi Bogéa que você pode ler abaixo, mas antes tirem as crianças da frente da tela do computador, tablet ou smartphone, pois as cenas e palavras que partiram de uma jornalista do grupo ORM - que controla rádios, jornais e a TV Liberal - empresa afiliada da rede Globo no Estado do Pará - são fortes.

Colunista social de Belém destila ódio contra pobres.



Ainda repercute nas redes sociais  post da colunista social do jornal O Liberal, Yáskara Cavalcante,  desejando aos  eleitores que reelegeram a presidente Dilma Rousseff (PT)  “tudo de ruim pra essa gente pobre e ignorante”.

Em outro parágrafo da nota, a “colunista”  se diz aliviada pelo fato “da minha filha mais velha estará deixando esse país de ratos e porcos em alguns meses”, e que a “mais nova vai em alguns anos”.

A moçoila-mãe deveria aproveitar  o embalo para ir juntas, se possível, carregando, também, a tiracolo, o cantor Lobão.

Esse tipo de “jornalista”, o Brasil abre mão, porque  só contribuiu com mazelas  ao atiçar  o fofoquismo das madames em  beira de piscinas.

Na eleição que reelegeu Dilma, houve violência para todos os gostos.

Os gays foram achincalhados porque… são gays.

Mulheres sofreram  violência porque… são mulheres.

Nordestinos  chamados de paraíbas quase como um elogio carinhoso, ou como símbolos de sinais preocupantes de perda de seiva de um partido.

Agora, a colunista de O Liberal escancarou o ódio aos pobres – porque a maioria do povo brasileiro reconduziu o PT para mais um mandato presidencial.

Se a direção do jornal O Liberal não compartilha   com esse tipo de intolerância e preconceito,  registrado no texto da moça nas redes sociais,  o demitiria na hora.

Um veículo de comunicação de massa não pode ter entre seus quadros a extensão do reacionarismo demonstrada por essa mulher.

Na tese da cordialidade do brasileiro (eternizada pelo historiador Sérgio Buarque de Hollanda nos anos 1930), seríamos o país da generosidade, da civilidade, da hospitalidade gratuita – a terra do coração. Negando a violência, a capacidade de manifestar nosso ódio, nosso racismo, nosso ressentimento social, agiríamos pelo coração, passionalmente. Inclusive quando odiamos.

Sérgio Buarque, lá de cima, deve estar bastante decepcionado com as mudanças ocorridas no país, nos últimos doze anos – depois que seguidos governos dos trabalhadores  tiraram cerca de 40 milhões de gente da miséria absoluta, formando nova Classe C.

Aqueles que continuam a ganhar muito – ou se exibem como assim o fossem, não sendo capaz – ao fundo – de honrar nem o aluguel do prédio onde moram –  não suportam ver tanta gente feliz, protegidos por governos populares.

Yáskara faz parte dessa elite desapontada com o riso largo no rosto da empregada doméstica, depois de ter conquistado  seus direitos trabalhistas, patrocinados pelo governo que ela tanto odeia.

O  desconforto é tanto, no lar desses almofadinhas de quinta categoria que eles nem mais conseguem ocultar passagens memoráveis do ódio, do preconceito e de seus  ressentimentos sociais.

Veja  prints das postagens de Yáskara Cavalcante, tanto no Facebook quanto no Instagram.





segunda-feira, setembro 29, 2014

Helder x Jatene: A influência - e o striptease - dos jornais e das pesquisas na escolha do eleitorado

As eleições deste ano no Pará estão servindo como palco para o striptease político dos dois principais jornais paraenses e dos institutos de pesquisa.

Já não é de hoje que a rivalidade comercial entre a família Maiorana (ORM) e a família Barbalho (RBA) respinga nas disputas eleitorais e torna os partidos meros coadjuvantes de um processo que se mantem refém do poder midiático que influencia os eleitores a elegerem aqueles que são primeiramente ungidos pelos impérios comunicacionais e só depois tem seus nomes disponibilizados nas cédulas eleitorais para a aferição popular.

Com a divulgação das últimas pesquisas eleitorais realizadas pelos jornais O Liberal e o Diário do Pará neste fim de semana, a tese do parágrafo anterior se confirma com um tom amargo para os partidos que dizem ter projetos políticos de poder.

Passei o sábado lendo nas redes sociais, que o jornal O Liberal estava sendo distribuído de forma gratuita pelas ruas de Belém e a noite, ao sair de uma pizzaria do centro de Belém, recebi gratuitamente de uma funcionária, um exemplar do jornal Diário do Pará

Não preciso dizer que a manchete de O Liberal trazia o governador Simão Jatene reeleito já no primeiro turno, informação aferida pelo IBOPE e onde o jornal divulgou a seguinte notícia: “O juiz federal Antônio Carlos de Almeida Campelo deferiu liminar solicitada pela coligação Juntos com o Povo, do candidato ao governo Simão Jatene (PSDB), e mandou suspender a veiculação de todos os trechos de propaganda eleitoral do candidato Helder Barbalho (PMDB) em seu horário eleitoral no rádio, atacando a filha do governador, Izabela Jatene, e “proibindo de veicular na propaganda eleitoral gratuita na rádio novas ofensas, calúnias ou mensagens ridicularizantes desprovidas e divorciadas de crítica política”, sob pena de multa cominatória de R$ 100 mil para cada veiculação que descumpra a ordem judicial, sem prejuízo das demais sanções pertinentes, inclusive de ordem penal por desobediência à ordem judicial.”

Já o Diário do Pará, além de reafirmar a vitória de Helder Barbalho também no primeiro turno, trouxe a seguinte informação: 

“Após divulgar de forma ilegal pesquisa do Ibope neste domingo (28), não somente o jornal O Liberal como também o Portal ORM, apoiadores da campanha de Simão Jatene (PSDB) ao governo, terão que pagar multa de R$1 milhão, cada um. A decisão foi tomada na última sexta-feira (26), pelo juiz eleitoral Marco Antonio Lobo Castelo Branco.

Como já havia sido antecipado pelo Diário do Pará, o juiz eleitoral já questionara a validade e procedência da pesquisa, afirmando que “É a boa-fé do eleitor que está em jogo e isto é de fundamental importância no processo democrático. Em pesquisa anterior, noticiam os autos, há incongruência na coleta de dados. Tal fato está sendo apurado na esfera competente”. Como se vê, para a Justiça Eleitoral, a pesquisa do Ibope tem fortes sinais de fraude e por isso não deveria ter sido publicada”.

Hoje, a propaganda eleitoral na TV mostrou que a disputa por ser ainda mais sangrenta, mas não deixará de ser disputada nas ruas, nos institutos de pesquisa e nas capas dos jornais, é claro!

Quanto aos partidos e eleitores, deixa pra lá..

segunda-feira, setembro 08, 2014

Eleições 2014: Os que sabem ler e interpretar textos

Matéria de capa do Jornal Oliberal mas parece um panfleto de Simão Jatene contra seus principais opositores.

Ao observar a capa do jornal "O Liberal" (07), percebi o quanto a família Maiorana está desesperada com a provável derrota dos tucanos no Pará.

O medo de um vitória de Helder Barbalho como governador e Paulo Rocha senador é tamanho que a matéria repete a "notícia" de que a chapa PT-PMDB tem apoio de lideranças pró-emancipação das regiões de Carajás e Tapajós, sendo que o próprio candidato a vice-governador de Jatene é separatista e seu candidato favorito para o senador idem.

Quem o panfleto tucano pensa que engana?

Com a resposta, as pessoas interessadas no assunto e todos aqueles que sabem ler e interpretar textos.

Como disse um dia, o jornalista Lúcio Flávio Pinto: "O grupo Liberal é mais poderoso do que o Estado no qual atua. Mais do que um título, esse é um epitáfio: o que lhe dá força é o que enfraquece o Pará."

sexta-feira, abril 18, 2014

Vem aí outro aumento da passagem de ônibus em Belém



Através de uma notinha aparentemente ingênua e quase imperceptível, publicada na coluna Repórter 70 do jornal OLiberal desta quinta-feira, 16, a prefeitura de Belém dá sinais claros de que vem aí mais um aumento da tarifa de transporte urbano em nossa mangueirosa.

Sem dizer quem eram os representantes dos usuários do deficitário e apodrecido sistema de transporte urbano da capital, presentes no evento, o superintendente da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém - SeMOB incorporou o papel de advogado dos empresário e declarou: "É importante frisar que não criamos nenhuma planilha tarifária nesta gestão ainda. Herdamos uma planilha de 2012, congelamos em 2013 e nos deparamos agora com uma demanda que reflete o momento em que a gente vive, em que houve aumento dos insumos, inclusive mais um aumento de combustível esta semana. Neste evento, estamos analisando duas situações distintas: uma tarifa pré-existente congelada e já a necessidade de pensar em um referencial de peso para uma licitação com uma nova metodologia".


Por sua vez, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, foi mais político do que técnico e disparou um meio-termo, prevendo o desgaste com o futuro reajuste: "Maio é a data base do setor e as pressões vão ocorrer, mas temos que ter foco que tarifa é uma taxa de serviço público usado pelos mais pobres, ao mesmo tempo que é preciso que o sistema subsista, e por isso não pode ser deficitário. Essa responsabilidade social, colocada ao lado dessa responsabilidade administrativa é o cerne da questão".

Não é preciso conhecer profundamente o perfil da imprensa paraense, nem saber de sua relação umbilical  com o PSDB - partido que governa Belém e o Pará - assim como com o setor empresarial, para constar que inicia-se uma campanha pró-aumento, onde a defesa do reajuste deverá ser justificada com textos mirabolantes produzidos por jornalistas que trabalham pra família Maiorana e para a prefeitura de Belém.

Quem viver, verá.

Com informações da Agência Belém.
Foto: Oswaldo Forte.

quinta-feira, fevereiro 20, 2014

‘O Liberal’: falido


Por Lúcio Flávio Pinto em Observatório da Imprensa.

Delta Publicidade, que edita o jornal O Liberal e faz parte do império de comunicação da família Maiorana, afiliado à Rede Globo de Televisão, continua a ser uma empresa falida que sobrevive não se sabe exatamente como. Seu patrimônio total (a soma de todos os bens e direitos) em 2011, o último exercício financeiro com balanço divulgado, duas semanas atrás, era de 135,6 milhões de reais. Já suas dívidas de curto e longo prazo totalizavam R$ 144,2 milhões, ou R$ 8,6 milhões acima de tudo o que a empresa dispunha, em dinheiro vivo, direitos a receber e bens patrimoniais tangíveis e intangíveis.

Nessa condição, mesmo que a Delta recebesse todos os seus direitos junto aos seus devedores e vendesse todos os seus bens pelo valor com que se acham contabilizados (e que, supostamente, é o que esses bens realmente valem, já que o ativo permanente é sistematicamente reavaliado, na forma da lei), ainda assim, o que ela arrecadasse seria insuficiente para pagar todas as suas dívidas. Ficaria devendo ainda R$ 8,6 milhões (que é o valor do Patrimônio Líquido Negativo). Trata-se, portanto, de uma empresa insolvente, ou falida.


segunda-feira, setembro 09, 2013

Portal ORM é invadido e grupo assume a autoria do ataque

No fim da noite deste domingo (08), algumas pessoas comentavam nas redes sociais sobre a invasão ao portal ORM e este foi retirado do ar por estar veiculando o vídeo do ANON-H4 (http://pastehtml.com/view/df8s7ahax.html).


Na página do grupo que assume a autoria do ataque, além do vídeo, a frase:  

TV ORM, você adora mostrar que os manifestantes são Vândalos? Correto? Vamos mostrar pra você quem REALMENTE é Vândalo!”


"Você pode ter certeza que retiraremos seu poder inútil que tem nas mãos preparem-se. SOMOS ANONYMOUS - SOMOS ANON-H4.
PARAENSES VOLTEM AS RUAS - POIS A MÍDIA É A NOSSA INIMIGA PRINCIPAL”.

Até às 01:30, nenhum canal de comunicação da empresa havia se manifestado sobre o ocorrido.

Ao ler, curti uma postagem publicada na linha do tempo do Facebook de uma das pessoas que se manifestou sobre o caso, o jornalista Rodrigo Monteiro e logo em seguida fui citado pelo assessor especial do governo do Estado do Pará e "coincidentemente”, o jovem que ostenta como imagem de capa do seu perfil no Facebook, a logomarca do PSDB e também membro da nobre família Maiorana, que detém outorgas de rádio e TV (Afiliada Globo), além de editar o jornal OLiberal no Pará.  

Rômulo Maiorana Prantera, provocou, tentou ofender, se vitimou e depois de alguns comentários, a postagem foi retirada do ar. 

Coincidência: Assessor Especial do governo do Estado é da família que comanda empresa de comunicação no Pará

A impressão que fica é que "A Carta da Amazônia" (http://www.diogenesbrandao.blogspot.com.br/2013/09/internautas-publicam-carta-da-amazonia.html) incomodou bastante as pessoas que acham que são donas do nosso Estado.

Por fim, a "sugestão" dada ao assessor de comunicação do Conselho de Medicina do Pará, Rodrigo Monteiro, que publicou e retirou a postagem minutos depois, sem a mínima justificativa, foi certeira e surtiu um rápido efeito.




Ordens são ordens, diria Renato Russo..

Assista o vídeo que foi postando no endereço (http://www.orm.com.br/)

quarta-feira, julho 17, 2013

ORM x RBA: Vale tudo pra detonar o inimigo

Coluna Repórter 70 do Jornal OLiberal do dia 17.07.2013.

Ler em OLiberal, o projeto de um deputado do PTque visa combater a corrupção, não tem preço.

Mesmo que o interesse da empresa não seja dar publicação pro projeto do coordenador da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, pra família Maiorana, vale tudo pra atacar seu maior concorrente e inimigo declarado, o Senador Jader Barbalho (PMDB).

Enquanto isso, o Diário do Pará continua sendo o único jornal paraense que mostra as mazelas do governo de Simão Jatene (PSDB), apoiado com unhas e dentes pelo jornal OLiberal.

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Jornalista ameaçado: Somos todos Lúcio Flávio Pinto


 Caros leitores e colegas jornalistas,

trabalhei durante muitos anos com um jornalista excepcional: Lúcio Flávio Pinto, um paraense de notável coragem, que dedicou toda sua vida pessoal e profissional a divulgar e defender a sua terra e a sua gente. É o maior especialista em Amazônia do jornalismo brasileiro.

Lúcio é, acima de tudo, um estudioso, um trabalhador incansável, que não se conforma com as injustiças e as bandalheiras de que são vítimas a floresta e o povo que nela habita. Por isso, foi perseguido a vida toda pelos que ameaçam a sobrevivência desta região transformando as riquezas naturais em fortunas privadas.

Agora quem está ameaçado é o próprio Lúcio Flávio, na sua luta solitária contra dezenas de processos movidos pelos poderosos na Justiça para impedí-lo de continuar denunciando os assassinos da floresta.

Quem sempre esteve ao seu lado foi Raul Martins Bastos, nosso chefe no "Estadão", que me enviou na noite de segunda-feira a mensagem transcrita abaixo. É um libelo não só em defesa do grande jornalista, mas da nossa profissão permanentemente ameaçada nos tribunais.

domingo, dezembro 18, 2011

A nota em OLiberal e a pensão alimentícia mal paga.



A baixaria travestida de nota, publicada no jornal O Liberal deste domingo, deixou a blogosfera e as redes sociais em chamas. 

Todos queriam saber quem é o jornalista e os motivos que levaram o empresário Silvio Sá, a reagir com tanta virulência, contra uma reportagem sobre sua prisão. 

É por isso que a "liberdade de empresas" não pode mais ficar impune, sem a Regulação da Mídia para conter esse tipo de comportamento.

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Lúcio Flávio Pinto e sua sina em dizer a verdade e pagar por ela

Por Lúcio Flávio Pinto

Os valores morais estão mesmo invertidos no Brasil.

Na sexta-feira (10), um cidadão que emitiu notas fiscais frias para dar cobertura a uma fraude, praticada pelos donos do principal grupo de comunicação da Amazônia, O Liberal, afiliado à Rede Globo de Televisão, através da qual tiveram acesso a dinheiro público da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), me ameaçou de agressão e tentou me intimidar.



Meu “crime” foi o de ter denunciado a fraude em meu Jornal Pessoal, que se transformou em denúncia do Ministério Público Federal, aceita pela Justiça Federal, mas arquivada em 1º grau sob a alegação de que o crime prescreveu. O juiz responsável pela sentença, Antônio de Almeida Campelo, titular da 4ª Vara Criminal Federal de Belém, tentou me impor sua censura, para que não pudesse mais escrever a respeito do processo. Como a ordem era ilegal, não a acatei. Cinco dias depois, diante da reação pública, o juiz voltou atrás e revogou a sua determinação. Mas o incidente de sexta mostra que as tentativas de me intimidar prosseguirão.

Eu saía do almoço em um restaurante no centro de Belém, às 15h15, quando um cidadão se aproximou de mim subitamente. Ele parecia ter esperado o momento em que fiquei só no caixa. Como se postou bem ao meu lado, o cumprimentei, mesmo sem identificá-lo de imediato. Ele reagiu de forma agressiva. Como minha saudação tinha sido um “Tudo bem?”, ele respondeu: “Vai ver o que fizeste contra mim no teu jornal”.

“O quê?”, disse eu. Ele se tornou mais agressivo ainda: “Da próxima vez eu vou te bater, tu vais ver”. Aí me dei conta de tratar-se de Rodrigo Chaves, dono da empresa, a Progec, que cedera as notas fiscais frias para os irmãos Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, donos do projeto para implantar em Belém uma indústria de sucos regionais, no valor (atualizado) de R$ 7 milhões, projeto esse aprovado pela Sudam, em 1995.

domingo, maio 22, 2011

ORM x RBA: A guerra nada santa

Os donos das duas maiores empresas de comunicação do Estado do Pará, ambas controladoras de jornais, emissoras de TV, rádio e portais na internet, protagonizam novamente uma guerra midiática em torno de denúncias mútuas, onde esquemas de corrupção são explorados pelos veículos de imprensa que os grupos familiares dispõem.

Com direito a ofensas pessoais e de baixo calão, a porrada reiniciou com a matéria do Jornal Diário do Pará que noticiou as informações trazidas à público pela jornalista Cássia Medeiros, (TV RBA de Jader), presente no tão esperado depoimento de Rômulo Maiorana Jr, à Polícia Federal, nesta quarta-feira (18), quando depois de faltar três chamadas da justiça, adentrou o prédio da 4ª vara da Justiça Federal em Belém, num carro peliculado, cheio de seguranças.

Rominho fotografado no prédio da Justiça Federal minutos antes de seu depoimento no processo que se estende por 11 anos.

A notícia foi divulgada pelo jornal Diário do Pará na quinta-feira (19) e afirma que Rômulo Maiorana Jr. teria jogado a culpa tudo que a justiça apura, em Ronaldo Maiorana seu irmão e o principal acionista na sociedade quem ambos tinham criado e fundado a empresa Tropical Indústria Alimentícia S/A (Refrigerantes Fly), denunciada por crime contra o sistema financeiro, no valor de R$ 4 milhões, que seriam desviados via financiamento da SUDAM.  .

Afirmar que o herdeiro das ORM teria dito ao juiz que a "culpa" dos atos indignos seria do irmão foi a gota d’água para que a guerra entre os impérios voltasse à força total com direito à editorial na capa de O liberal na sexta-feira (20) sob o título "Um Safado e sua safadeza", publicado por este blog com o título "O Sujo e o Mal Lavado".

Logo, a resposta de Jader foi dizer que o pití de Rominho teria sido resultado de uma TPM, ironizando o concorrente no espaço do editoral do Diário do Pará do sábado (20) e segue nos comentários de dezenas de radialistas, apresentadores de TV e demais jornalistas do sistema RBA.

O Liberal por sua vez, traz neste domingo, um caderno especial chamado "Dossiê Jader" com 11 páginas que reviram de pernas pro ar, a vida pregressa do concorrente e inimigo mortal.

O dossiê não refresca a cara de ninguém da família do desafeto e respinga óleo quente na deputada federal Elcione Barbalho (ex-esposa), no prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho (filho) e José Priante (primo), pré-candidato à prefeitura de Belém nas eleições de 2011, além de estampar a histórica foto de Jader, algemado pela Polícia Federal em fevereiro de 2002.



Siga-me no twitter e acompanhe o desdobramento desta e de outras gerras nada santas: @jimmynight.

quinta-feira, fevereiro 24, 2011

A nota esconde o fato



As madrugadas são angustiantes para quem espera ouvir/ler, dos que deveriam  fazer algo para a sociedade e não fazem. É na madruga que se confabula o que de dia todos saberão e vivenciarão, sabia?

E foi neste começo de madrugada que li a nota do Sindicato dos Jornalistas do Pará manifestando apoio ao seu colega Lúcio Flávio Pinto.

Vamos à nota!


O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará vem a público repudiar veementemente qualquer forma de cerceamento de liberdade de expressão e, sobretudo, de liberdade de imprensa.

A livre manifestação de pensamentos, de idéias e opiniões é um dos aspectos primordiais para garantia do Estado Democrático de Direito e, o desrespeito a isso representa um duro golpe ao livre exercício da nossa profissão, que pode ser claramente tipificado como censura, ferindo uma das principais bandeiras de luta deste Sindicato.

É papel da imprensa na sociedade democrática a divulgação correta, ética e precisa da verdade, por isso, o Sindicato acredita que os veículos de comunicação, como o Jornal Pessoal, do Jornalista Lúcio Flávio Pinto, devam servir e servem ao interesse público.

Por último, o Sindicato dos Jornalistas apela às autoridades competentes, especialmente, às do Judiciário, para que assegurem a plena vigência dos direitos basilares da Constituição – o acesso à informação e a liberdade de expressão, contra aqueles que mais uma vez tentam calar a voz de um dos jornalistas mais respeitados no nosso Estado e do país.

Nosso apoio a Lúcio Flávio Pinto.

Leram?

Pois é, essa é a nota de apoio ao jornalista Lúcio Flávio Pinto,  escrita pelo sindicato dos jornalistas do Pará, mas o que ela diz? Pra quem diz? Seria uma mensagem subliminar ou uma demostração de que o valoroso sindicato não  poderia deixar de se manifestar, já que em outros tempos, este próprio sindicato já foi contra o jornalista que acumúla vários processos com réu e vítima nos tribunais paraenses, pela forma aguerrida de fazer jornalismo neste Estado?

A Nota faz um discurso à favor da liberdade de imprensa e ao jornalista Lúcio Flávio Pinto, mas tem o cuidado primordial de não dizer no que apoia, à quem critica.

O que? Quem? Onde? Quando? Porque? Como? todas as formas tradicionais de  produzir um Lead e o corpo de uma notícia, foram sumariamente esquecidas pelo sindicato em sua nota que defende a liberdade de expressão, mas se recolhe e omite a dureza que enfrenta sozinho, o seu  mais nobre sindicalizado.

O SINDJOR-PA deveria no mínimo ingressar com um mandato de segurança e proteger o direito que proclamam defender (da Liberdade de expressão) mas não o fazem como manda o rito processual, o qual Lúcio está envolvido, ao invés de só fazer esse feature como se dizem por aí, alguns bons professores de jornalismo.

Bom, agora que você leu a nota aqui, vá lá na página do Sindicato dos Jornalista do Pará  e veja se você consegue acessar os links quebrados onde deveriam estar as notas, inclusive esta que você acabou de ler, pois eu tentei mas só consegui copiando do blog do Gerson Nogueira, na madruga, quando este já estava fechando o Diário do Pará pra balanço.

Para entender um pouco o que a nota deveria dizer e não disse, clique aqui

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Juiz censura Lúcio Flávio Pinto

No blog do Manoel Dutra sob o título: Juiz alerta jornalista Lúcio Flávio sobre sigilo de procesoso contra irmãos Maiorana

O jornalista Lúcio Flávio Pinto foi notificado hoje pelo juiz Antônio Carlos Almeida Campelo, de que não poderá mais dar cobertura a processo a que respondem os irmãos Romulo e Ronaldo Maiorana, no forum de Belém, Pará. Os envolvidos no processo são, respectivamente, presidente executivo e diretor corporativo do jornal O Liberal.

O despacho tem data de ontem, 22 de fevereiro, assinado pelo juiz Antônio Carlos Almeida Campelo, titular da 4ª Vara Cível Federal do Pará. Refere-se aos autos do processo 2008.8903-9, no qual os irmãos Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, principais executivos do grupo Liberal de comunicação, além de outros dirigentes da corporação, são processados a partir de denúncia feita em 2008 pelo Ministério Público Federal, por crime contra o sistema financeiro nacional, para a obtenção de recursos dos incentivos fiscais da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), que somaram 3,3 milhões de reais até 1999.

O despacho“Tendo em vista a notícia publicada no Jornal Pessoal (Fevereiro de 2011, 1ª Quinzena, pág. 5) e a decisão de fls. 1961 dos autos, na qual decretou o sigilo do procedimento deste feito, oficie-se ao editor do referido jornal com a informação de que o processo corre sob sigilo e qualquer notícia publicada a esse respeito ensejará a prisão em flagrante, responsabilidade criminal por quebra de sigilo de processo e multa que estipulo, desde já, em R$ 200.000,00. O ofício deve ser entregue em mãos com cópia deste despacho.

Intimem-se. Vista ao MPF”.

No mesmo dia o Diretor de Secretaria da 4ª Vara, Gilson Pereira Costa, encaminhou o ofício, recebido hoje, 23, pelo jornalista Lúcio Flávio Pinto, que deu ciência sobre a determinação perante o oficial de justiça.

O jornalista acatou a decisão do magistrado, mas dela pretende recorrer em defesa do direito (que a liberdade de imprensa lhe confere) de continuar a prestar informações sobre tema de relevante interesse público, como é o caso em questão.

Segundo explica Lúcio Flávio, "trata-se de denúncia feita pelo fiscal da lei, que é o MPDF, de fraude e malversação de recursos oriundos de renúncia fiscal da União Federal em proveito de projetos econômicos aprovados pela Sudam". Acrescenta o jornalista: "Ressalte-se que a liberdade de informação possui tutela constitucional e os julgados dos tribunais superiores têm se orientado no sentido de que o sigilo não se aplica quando incide sobre questão de alto interesse público".

A matéria que gerou a decisão do juiz pode ser encontrada na última edição do Jornal Pessoal, da 1ª quinzena de fevereiro. Está disponível, por enquanto, apenas ne edição impressa. Depois será disponibilizada no site Jornal Pessoal, que Lúcio mantém na internet. O título da matéria é: "Ronaldo confessa. 'Rominho' viaja."

Contatos com o editor do Jornal Pessoal:
lfpjoruol.com.br / jornal@amazon.com.br

Imagem: idelberavelar.com

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Entre um e outro, largue os dois!

Nas duas pocilgas (Diário do Pará e O Liberal) de hoje, críticas ao atendimento nos pronto socorros da RMB (Região Metropolitana de Belém). Uma, relata a morte de duas pessoas (pobres contribuintes) no PSM da 14 de Março, já a outra revela - o que já sabemos há anos - o tratamento desumano no PSM da Cidade Nova em Ananindeua.
Mesmo atestando a realidade cruel e nefasta que tanto o prefeito Hélder em Ananindeua, quanto Duciomar em Belém, não há como perceber a parcialidade para com um contra a denúncia do outro, fruto é claro do interesse dos donos dos meios.
Uma é da família, a outra é dos quitandeiros, famosos em defender com unhas e cacetetes os devaneios e de$ejos familiares, tal como a outra que nunca mexe uma linha no jornal, um segundo nos rádios e na TV para expor a vida pregressa de seu dono. 
Uma vergonha !

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...