terça-feira, dezembro 08, 2020

Helder tenta faturar sobre decisões do Ministério da Saúde ao Plano de Vacinação

Helder Barbalho usa coletiva de imprensa para reproduzir o que ouviu na reunião com outros governadores e o Ministério da Saúde, em relação ao Plano Nacional de Vacinação.


Por Diógenes Brandão

Sem novidades, Helder Barbalho viaja para encontro de governadores com o Ministério da Saúde e usa coletiva de imprensa para reproduzir as ações do governo federal anunciadas na reunião, como se fossem dele. 

"Essa tara por mídia e em querer se apresentar sempre presente e realizando algo, não passa de uma necessidade egocêntrica do governador do Pará, em apagar o passado de seu pai e os primeiros anos como governador, marcado por sérias e graves denúncias, já sendo apuradas pelo MPF, MPE e STJ, como o apoio e as batidas da Polícia Federal", opiniou um leitor do blog, em mensagem enviada à nossa fanpage.

Pouca gente sabe, mas Helder Barbalho tem uma assessoria de imprensa e de relações públicas, que atua em Brasília e São Paulo abrindo espaços e notícias em veículos da grande mídia, destacando falas e ações do governador paraense. Estes assessores, além de bem relacionados com jornalistas e empresários da comunicação, recebem uma mini-fortuna para garantir palco e holofotes ao governador, que gosta de ser chamado de "Rei do Norte" e pretende ser candidato a presidente da República. 

Na reunião, Helder assim como os demais governadores foram informado que qualquer vacina contra covid-19 que estiver pronta será adquirida pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), terá 72 horas para liberar os imunizantes já autorizados por agências internacionais.

Ou seja, diferente do que diz o presidente Jair Bolsoaro, em suas declarações desastrosas, o Ministério da Saúde e demais setores do governo federal, começam a responder às necessidade de enfrentamento às demandas reprimidas para o plano nacional de vacinação e Helder Barbalho reafirmou tudo que ouviu à imprensa e em suas redes sociais, como sendo fruto de uma proposta dele, sendo que não é. É o típico oportunista de plantão, que não perde a oportunidade de faturar com tudo, inclusive com o que não teve ou tem nenhuma participação ativa e de fato. 

“Acertamos hoje que CoronaVac também estará entre as vencidas adquiridas pelo plano nacional”, ressaltou o governador Helder Barbalho que espertamente reproduziu o que o Ministro da Saúde disse aos governadores. 

A CoronaVac é a vacina produzida pela chinesa Sinovac e testada no Brasil com apoio do Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo. 

Assista:

domingo, dezembro 06, 2020

Dois padres e 7 ex-seminaristas apontam assédio sexual do arcebispo de Belém

 O caso envolvendo Dom Alberto Taveira estourou ontem, mas só agora começam a aparecer alguns detalhes.


Via Ver-o-Fato 

Caiu como uma bomba nos arraiais católicos do Pará as denúncias que envolvem o arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, em suposto assédio sexual contra menores. Dois padres da região metropolitana e sete ex-seminaristas do Instituto Pio X – cujos nomes estão sob sigilo – são os autores das denúncias, segundo revelou com exclusividade ao Ver-o-Fato uma fonte ligada à Arquidiocese de Belém.

Dos sete ex-seminaristas, quatro foram expulsos e os outros três pediram para sair. O caso, denunciado ao Ministério Público pelas vítimas, já se transformou em inquérito aberto pela Polícia Civil. Os denunciantes e o próprio Dom Alberto Taveira já foram ouvidos em depoimento, além de testemunhas, mas tudo corre sob segredo de justiça.

As acusações contra o arcebispo são graves e apontam que ele teria assediado sexualmente um ex-seminarista quando este teria apenas 16 anos. Também haveria relatos sobre o envolvimento de garotos de programa. Uma comissão do Vaticano esteve na capital paraense por sete dias, fez sua própria apuração das denúncias e já retornou a Roma.

Dom Alberto, diante das acusações feitas, foi aconselhado a renunciar ao arcebispado, mas teria recusado, alegando ser inocente e de que não haveria provas contra ele. Inclusive, conforme uma fonte, reagiu com a afirmação de que “só morto” sairá do cargo.

Na polícia, a ordem é boca fechada para os jornalistas. O mesmo ocorre dentro da Cúria Metropolitana de Belém, nas paróquias e prelazias, para onde foi transmitida a seguinte ordem: silêncio total sobre o assunto. As pressões também teriam chegado aos próprios denunciantes para que desmintam as acusações contra Dom Alberto. Isto, porém, não foi confirmado.

Ver-o-Fato apurou que o bispo do Marajó, Dom José Luiz Azcona estaria em rota de colisão com o arcebispo, pois teria sido apontado por Dom Alberto como pivô das denúncias à Cúria Romana e ao programa Fantástico, da Rede Globo, que esteve em Belém há cerca de 20 dias e possivelmente deve levar ao ar matéria sobre o escândalo nesta noite de domingo, 6.

Na verdade, Dom Azcona foi a primeira pessoa do meio eclesiástico a ser procurada pelos padres e ex-seminaristas, uma vez que o próprio arcebispo não seria o canal correto das denúncias justamente por ser ele o envolvido. De acordo com as informações, o bispo teria ficado “estarrecido” ao ouvir os relatos e prometido tomar providências.

A tentativa de ouvir Dom Azcona para ele confirmar ou desmentir sua participação nas denúncias, porém, foi inútil. Desde o começo desta manhã de domingo o Ver-o-Fato efetuou diversas ligações telefônicas para a Prelazia do Marajó. Ora o telefone dava ocupado, ora apresentava barulho na ligação, impossibilitando ouvir a voz de quem estava do outro lado da linha. O espaço está aberto à manifestação do bispo marajoara.

Para um integrante da Arquidiocese, que pediu para não ser identificado, a postura do bispo do Marajó no episódio seria lamentável, porque ele acreditou nas denúncias sem checá-las e sem ouvir Dom Alberto. “Quando ele foi atacado por um búfalo no Marajó, em maio de 2016, o arcebispo deu toda a ajuda para Dom Azcona recuperar a saúde, não faltou nada para ele”, concluiu.

Tribunal religioso apura e julga denúncias

Em março deste ano, Dom Alberto Taveira, por orientação do Vaticano – leia-se papa Francisco – assinou o “Decreto de nomeação do Órgão para conhecer e instruir processos eclesiásticos de abuso sexual contra menores e vulneráveis”. No documento, do Moto Próprio ‘Vos estis Lux Mundi’ (Vós sois a luz do mundo) do
Papa Francisco, a finalidade é “combater eventuais abusos sexuais cometidos por clérigos e religioso”.

Diz o arcebispo de Belém no documento: “pela autoridade que exerço em vista do cargo que ocupo na Igreja como Arcebispo, nomeio o Tribunal Arquidiocesano de Belém para conhecer, averiguar, instruir e fazer investigação prévia para Processos Eclesiásticos de eventuais abusos sexuais contra menores e vulneráveis cometidos por clérigos, religiosos, membros de Vida Apostólica e similares, e por fim, entregar o Relatório à Autoridade competente para o julgamento. Publique-se também o Regulamento próprio a ser seguido pelos autores da denúncia”.

O Regulamento para “eventuais denúncias contra abuso sexual de menores e vulneráveis”, assinado no dia 19 de março deste ano, pelo arcebispo Dom Alberto Taveira Corrêa e pelo chanceler da Arquidiocese de Belém, cônego Antônio Beltrão Ribeiro Filho, tem o seguinte teor:

“1- O abuso sexual contra menores e vulneráveis sempre causa graves danos físicos, psicológicos e espirituais às vítimas, e com maior gravidade ainda se cometidos por Clérigos e Religiosos.
2- Por menores entendem-se jovens de até 18 anos completos.
3- Abuso sexual não é apenas conjunção carnal, mas também outros atos previstos do Código Penal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, como toques, carícias nas partes íntimas e semelhantes.
4- Se um menor tiver sido abusado por clérigo ou religioso, pode fazer a denúncia junto ao Tribunal Eclesiástico de Belém, por si ou por um seu responsável.
5- Para isso deverá marcar audiência no Tribunal Arquidiocesano por um desses telefones: (91) 3215.7001 e 3215.7002.
6- Se possível deve trazer a Carta Denúncia contra o acusado, relatando brevemente os fatos, dando o nome e endereço completo de quem acusa, do acusado e de
testemunhas que conheçam os fatos.
7- Não serão aceitas denúncias anônimas, pois será impossível averiguar a veracidade dos fatos.
8- O processo correrá em ‘segredo de justiça’ para salvaguardar o bom nome do acusado e da vítima.
9- Feita a Instrução Processual, os Autos serão entregues ao Arcebispo com o Parecer do Promotor Eclesiástico de Justiça e do Instrutor. O Arcebispo de Belém julgará e enviará cópia de todo o Processo para o Papa em Roma.
10- A denúncia deve ser verdadeira, pois se for caluniosa, o caluniador, por tratar-se de um fato gravíssimo, sofrerá as penas previstas do c. 1390.
Dado e passado em nossa Cúria Metropolitana de Belém-PA, aos 19 de março de 2020. “

O item de número 9 do Regulamento diz que o próprio arcebispo, após a instrução do processo, fará o julgamento. E depois enviará todo o processo para o Vaticano. Ora, se ele é o acusado das denúncias, como agiu? Julgou-se suspeito?

Com a palavra, a Arquidiocese de Belém.

“Dor no coração”, diz Dom Alberto

Qualquer tentativa de ouvir o arcebispo é frustrada, porque ele não quer e nem vai falar sobre as acusações. São ordens do Vaticano. Por meio de nota aos sacerdotes da Igreja Católica do Pará, ontem, ele assim se manifestou:

“.Aos sacerdotes da Arquidiocese de Belém. Caríssimo irmão sacerdote,“Se teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, tu e ele a sós! Se ele te ouvir, terás ganho o teu irmão. Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, de modo que toda questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o à igreja. Se nem mesmo à igreja ele ouvir, seja tratado como se fosse um pagão ou um publicano” (Mt 18,15-17).

Dirijo-me a você com imensa dor no coração. Fui acusado de crimes de ordem moral, sem que me tenha sido dada a oportunidade de ser ouvido. Foram denúncias enviadas à Santa Sé, que provocaram uma Visita Apostólica,encerrada nesta semana; foi instaurado um processo em curso junto às autoridades civis. A iminente divulgação em mídia nacional, ao que tudo indica, causará danos irreparáveis à minha pessoa e provocará um profundo abalo à Igreja.

Não tenho o direito de me omitir diante do meu clero,e submeto-me ao juízo dos irmãos, sabendo,entretanto,que o mais importante vem de Deus, e ele saberá encaminhar tudo. Tenho clara consciência da improcedência das acusações que me são feitas, sendo por agora obrigado a aguardar os procedimentos investigativos das autoridades civis, que correm em segredo de justiça.

Como não poderia deixar de fazer, constituímos advogados para acompanhar o processo. Sei do testemunho da grande unção que há no coração do nosso clero, do forte espírito fraterno e senso de comunhão eclesial. Conheço o seu empenho em tornar fecundo o seu ministério e as intempéries porque passa para exercê-lo com fidelidade ao Senhor.

Não desconheço suas valiosíssimas expressões de apreço que me chegam constantemente, compartilhando alegrias e preocupações. Por isso, asseguro-lhe a minha tranquilidade quanto a tudo isso, estou nas mãos de Deus, como todos devemos estar sempre, na certeza de que nele está a solução para esta situação, que eu nunca poderia imaginar de passar.

Confio, portanto, na divina Providência, como nos pede o Apóstolo São Pedro: “humilhai-vos sob a poderosa mão de Deus, para que na ocasião própria vos exalte; lançai nele toda a vossa preocupação, porque é ele que cuida de vós”(1 Pd5,6-7). Nesta experiência de calvário, conto com suas orações para que eu permaneça firme e o brilho da verdade sempre prevaleça. Peço-lhe que esta carta seja lida na sua integra ao povo de Deus Com o coração cheio de dor e esperança! Dom Alberto Taveira Corrêa. Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará “

Márcio Miranda diz que enfrentará Helder novamente em 2022

 

Tendo saído de 2% e recebido quase 45% dos votos nas eleições de 2018, Márcio Miranda fala em enfrentar Helder Barbalho em 2022, quando este se apresentará para a reeleição.

Por Diógenes Brandão 

O único deputado estadual que conseguiu se eleger por três vezes consecutivas como presidente da Assembleia Legislativa do Pará, Márcio Miranda (DEM) disputou o governo do Estado com Helder Barbalho (MDB), o candidato que quase todos os institutos de pesquisa apontavam na época, que seria eleito ainda no 1° turno. 

Tal como acertou a pesquisa DOXA, Márcio Miranda não só disputou o 2° turno com Helder, obtendo 44,57% dos votos validos, o que representou 1.663.045 eleitores, como ameaçou o todo poderoso filho de Jader Barbalho, que possui um império de comunicação e utilizou-se de uma campanha repleta de Fake News e promessas até hoje não cumpridas.

Apesar de não ter vencido, muitos analistas políticos consideram que Márcio Miranda chegou muito perto disso e possui potencial para conseguir a vitória em 2022. 

Se em 2018, como um político desconhecido do grande público, ele saiu de 2% das pesquisas a alguns meses antes das eleições e nas urnas o eleitorado lhe garantiu quase 45% dos votos válidos, podemos dizer que Márcio Miranda não só é um candidato que coloca Helder Barbalho em estado de temor, como pode representar uma alternativa para o governo incapaz de resolver os problemas sociais e econômicos, como vemos na atual gestão, repleta de denúncias e desvios. 

A afirmação de que voltará a disputar o governo do Pará veio em primeira-mão na entrevista em que Márcio Miranda deu na coluna do jornalista Ronaldo Brasiliense, em O Liberal, onde revela o plano do ex-presidente da ALEPA, em disputar o governo do Estado novamente. 

Ronaldo Brasiliense – O senhor se ausentou da campanha nas eleições municipais?

MÁRCIO MIRANDA - Não. Esta foi uma campanha atípica, totalmente diferente das anteriores em que os atos e manifestações políticas foram bem menores por conta da pandemia da COVID-19. Ainda assim, fui em diversos eventos públicos em vários municípios, com segurança e respeitando os protocolos de preservação da vida. Gravei muitas mensagens de apoio em áudio e vídeo, além de outras lives com vários candidatos.

Ronaldo Brasiliense – Em 2.022 o senhor volta às urnas paraenses?

MÁRCIO MIRANDA - Sim. Iniciei a última campanha convicto que estava apresentando um excelente projeto para o desenvolvimento do Pará, saímos com 2% das intenções de voto e atingimos 44,5% do eleitorado, aproximadamente 1.7 milhão de eleitores que aceitaram que tínhamos condições de conduzir o Estado de uma forma positiva. Ao longo desses dois anos tenho recebido várias manifestações de apoio, estímulo, incentivo e até de cobranças para não desistir do projeto de construção de uma sociedade progressista, que tenha orgulho da sua terra e da sua gente.

Ronaldo Brasiliense – Como o senhor vê o Pará na atual gestão?

MÁRCIO MIRANDA - Ao assumir o governo em 2019, o atual governador encontrou a casa arrumada, com muitas obras em fase de conclusão, o que facilitou muito a condução do governo.

Em 2.020, iniciaram as frustrações das promessas não cumpridas, como o não pagamento do piso nacional da educação, o nivelamento do soldo ao salário mínimo no caso dos militares, a ausências das obras estruturantes, a não inauguração dos hospitais regionais prontos, que ainda estão fechados e/ou subutilizados, como é o caso do Hospital Regional de Castanhal e o desgaste do Estado no nível nacional por conta das diversas ações da Polícia Federal no Pará. Com o início da pandemia, começa outra sucessão de erros gravíssimos e irreparáveis o que levou à morte de milhares de paraenses, denotando da falta de humildade nas tomadas de decisões.

Atribuo muito disso ao sentimento de monarquia que reinava no governo, um otimismo exacerbado que levou à ideia de que “está tudo dominado”, ideia essa que criou corpo, ampliando para “os senhores da razão”, “podemos tudo”, “está tudo bem”, com tentáculos por todos as esferas do governo, que fez muito mal à gestão. O que levou a um relaxamento que teve como consequência: a anulação de vários atos do governo, revisão de outros e muitas explicações, o governo teve que ficar se explicando o tempo todo.

Ronaldo Brasiliense - As denúncias de corrupção precisam ser apuradas e também explicadas.  Pode piorar? 

MÁRCIO MIRANDA - Sim. Esse sentimento precisa ser freado. No entanto, ainda faltam dois anos para o fim do governo, tempo este que pode ser usado de outra forma; com equilíbrio, com humildade e sobretudo honrando o compromisso feito com os paraenses.

Denunciado, arcebispo de Belém não recebe apoio da classe política que sempre o abraçou

 

O governador Helder Barbalho até agora não se manifestou sobre as denúncias que  pesam sobre o arcebispo Dom Alberto Taveira, que sempre o teve como um amigo.

Por Diógenes Brandão 

Escândalos sexuais envolvendo membros da igreja católica, sobretudo bispos e padres, ocorrem em todo o mundo e agora sacodem a igreja católica de Belém, tendo seu arcebispo Dom Alberto Taveira acusado da prática de assédio moral e sexual. Ele nega e diz que é calúnia e difamação.

As denúncias contra o arcebispo de Belém já duram + de 2 anos. Hoje, Taveira emitiu nota e gravou um vídeo pedindo que fossem exibidos nas igrejas de Belém, pois há possibilidade do Fantástico noticiar o caso neste domingo. Além de assédio sexual e moral, fala-se em pedofilia.

Sempre muito antenado nas notícias do Pará, o governador Helder Barbalho ainda não se manifestou sobre as denúncias e a defesa do arcebispo de Belém,  Dom Alberto Taveira, de quem sempre disse ser amigo.

Hoje os paraenses estarão atentos para verem se o Fantástico irá divulgar a matéria jornalística com as acusações contra Dom Alberto Taveira. O líder religioso que sempre foi abraçado pelos políticos de plantão, agora conta com o silêncio e a omissão de muita gente importante.


sábado, dezembro 05, 2020

Por onde anda o youtuber que detonava o Zenaldo?


Por Diógenes Brandão 

Vai completar um mês que o youtuber Bruno Dirocha não posta nenhum vídeo nas suas redes sociais.

Com um surgimento relâmpago no ano das eleições e impulsionado por mensagens enviadas por robôs, o 'digital influencer' gravou centenas de vídeos atacando Zenaldo Coutinho, alguns detonando o ex-governador Simão Jatene e na reta final da campanha, para tirar a bronca, uns três vídeos falando da campanha de outros municípios. 

Na maioria das  vezes, Bruno aparecia em seus vídeos, muito bem produzidos, como um jovem descolado, com o palavreado da rapaziada, sempre questionando e denunciando, mesmo sem apresentar provas, políticos adversários da família Barbalho. 

Coincidentemente, o crítico dos tucanos, que surgiu do nada nas redes sociais, em meio à pandemia da COVID-19, nunca questionou e nem tocou em nenhuma das denúncias e investigações relacionadas ao governo do Estado, que viraram escândalos nacionais, noticiados pelos principais veículos de comunicação do país. 

Podia a PF entrar na casa do governador Helder Barbalho e lá estava o Bruno Dirocha falando alguma coisa do Zenaldo. Quando acharam R$750.000,00 reais na casa do secretário-adjunto da SESPA, adivinhem o que o youtuber postou? Um vídeo contra os tucanos.

Durante toda a campanha eleitoral, números cadastrados com CPFs de outras pessoas, inclusive mortas, enviavam os vídeos de Bruno Dirocha para milhares de números, via WhatsApp.

Essa malandragem é tipificada como crime, mas no Pará parece que tudo pode, quando o malandro é ligado a quem está no poder.

Um dia antes do fim do primeiro turno, o jovem gravou seu último vídeo, caiu no ostracismo e sumiu. Não há mais postagens e nem vídeos sendo enviados pelo WhatsApp.

O que será que acontece com Bruno Dirocha?

Vamos orar para que esteja bem. 

Mas cabe perguntar:

Será que pegou COVID-19, viajou pra terra do nunca ou deixou de receber alguma ajuda para seus trabalhos? 

Ah, e a última pergunta que não quer calar: 

Quem bancava esse rapaz, que mesmo com toda a estrutura investida nele, só conseguiu acumular pouco mais de mil curtidas em sua fanpage e 54 seguidores em seu canal no YouTube?













sexta-feira, dezembro 04, 2020

Pressionado, Edmilson diz que é a favor do veto de Zenaldo, ao projeto que nem o Psol votou contra

Depois de quase um dia de polêmica nas redes sociais, Edmilson Rodrigues se manifesta contra o reajuste do próprio salário de prefeito, que passaria de R$18.038,11 para R$25.332,25. Um reajuste de R$ 7.294,14. Seu partido, o PSOL diz que votou contra, mas apenas se manifestou contra, após a votação simbólica e em bloco. 


Por Diógenes Brandão

Uma tremenda Fake News. É assim que podemos chamar a polêmica criada por vereadores do PSOL, que tentaram 'lacrar' mais um ato revolucionário que não existiu, ontem, 03, na Câmara Municipal de Belém.

Militantes do PSOL chegaram a cobrar do PT, o fato do vereador Amaury da APPD não ter votado contra o projeto, como se os vereadores do PSOL tivessem votado. 

Mas a verdade é que nenhum vereador votou contra, afinal o reajuste do subsídio foi aprovado de forma simbólica e em bloco, ou seja, não houve votação nominal de projeto por projeto e sim de todos os 76 apresentados e aprecisados pelos vereadores presentes na sessão. Assim como não houve exibição dos nomes dos vereadores no painel eletrônico, tornando impossível  dizer quais e quantos votaram a favor ou contra o reajuste salarial do futuro prefeito, seu vice e demais autoridades municipais. 

A questão levantada foi logo após a votação simbólica e em bloco, de 76 projetos, onde nenhum recebeu destaque para ser votado em separado, como garante o Regimento Interno da Casa. Entre os projetos estão datas e semanas comemorativas no calendário oficial de Belém, medalhas, reconhecimento de Utilidade Pública, Título de Cidadão de Belém, Brasão D’armas, projetos de obrigatoriedade e mudanças administrativas.

Pelo projeto aprovado ontem, o salário do futuro prefeito de Belém passaria de R$18.038,11 para R$25.332,25.o vice-prefeito aumentaria de R$16.000,00 para R$24.570,19, enquanto os dos secretários municipais e dos vereadores aumentariam de R$ 15.031,76 para R$18.999,19.

O blog AS FALAS DA PÓLIS foi o primeiro veículo a se manifestar sobre a polêmica e buscar esclarecimentos sobre o mesmo, escutando as partes e cobrando posicionamentos públicos e oficiais. 

Logo em seguida, além do presidente da Câmara Municipal de Belém, o vereador Mauro Freitas (PSDB) e o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho se manifestaram favoráveis que o projeto seja vetado.

Leia em: 

Aliado de Edmilson presidiu a sessão que reajustou salários de políticos em Belém

Zenaldo diz que vetará reajuste salarial da classe política municipal

O que os vereadores do PSOL fizeram foi se manifestarem após a conclusão da votação por aclamação, contra o projeto oriundo da Comissão de Economia e Finanças, presidida pelo vereador Fabrício Gama (PMN), que por sua vez alegou que: “O projeto foi elaborado pela assessoria jurídica da casa e teve consenso dos vereadores. Apenas passou pela Comissão, na qual eu sou presidente. Mas quem dá o parecer favorável para entrar na pauta de votação é a Comissão de Justiça”.

"Se quisessem realmente votar contra, os vereadores do PSOL - que se manifestaram após a votação estar concluída - teriam que pedir destaque no projeto de reajuste salarial para o futuro prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários municipais e não esperar que tudo estivesse consumado, para tentar 'lacrar' em cima do fato político", comentou um leitor do blog que pediu anonimato.

Outra questão que ainda requer esclarecimentos é o fato do portal G1-PA, alimentado com reportagens da equipe de jornalismo das Organizações Rômulo Maiorana (que controla a TV Liberal, o jornal OLiberal e Amazônia Jornal, além de diversas rádios), que afirmou que a sessão foi presidida pelo vereador Mauro Freitas (PSDB), que por sua vez emitiu uma Nota Oficial desmentindo a matéria do G1-PA, dizendo que apesar de ter marcado presença no início da sessão, não estava no plenário no momento da votação: "Não sou autor do projeto e não presidi a sessão durante a votação", afirmou o presidente da Câmara Municipal de Belém. 

Fontes do blog AS FALAS DA PÓLIS informaram que no momento da votação simbólica, quem presidiu a sessão foi o vereador John Wayne (MDB), que assim como outros membros da sua bancada acenam apoio ao prefeito eleito Edmilson Rodrigues (PSOL).

Após forte repercussão da polêmica nas redes sociais, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho enviou mensagem ao blog e depois publicou em seu Twitter, a seguinte mensagem: 


O deputado federal Priante (MDB), que disputou o primeiro turno das eleições municipais, ficando em terceiro lugar, também se manifestou hoje pela manhã, através de suas redes sociais: 



Pressionado, o principal beneficiado pelo reajuste salarial aprovado ontem na Câmara Municipal de Belém, o prefeito eleito, Edmilson Rodrigues foi obrigado a romper o silêncio e também tuitou, dizendo que é favorável e espera o veto do projeto, tal como o atual prefeito, Zenaldo Coutinho se comprometeu:



quinta-feira, dezembro 03, 2020

Zenaldo diz que vetará reajuste salarial da classe política municipal

 

O anúncio foi feito em um grupo do WhatsApp, onde o prefeito compartilhou a nota oficial do presidente da Câmara Municipal de Belém e em mensagem enviada ao blog AS FALAS DA PÓLIS.

Por Diógenes Brandão 

O prefeito de Belém Zenaldo Coutinho vetará o projeto da Câmara Municipal de Belém que aprovou nesta quinta-feira, 3, o reajuste salarial do futuro prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários de Belém. 

Em mensagem enviada ao blog, o prefeito de Belém informou em primeira mão a sua decisão que deverá ser oficialmente anunciada nos próximos dias: 

"Vou vetar o projeto de reajuste salarial. Passei 8 anos e não houve projeto para aumento mesmo sem  salário de prefeito. Não seria agora na despedida que aprovaria esse reajuste, em plena crise da pandemia".

A decisão se haverá ou não um reajuste fica agora com a nova mesa diretora e vereadores eleitos e com a decisão final do prefeito eleito, Edmilson Rodrigues (PSOL) que não se manifesta sobre o fato que domina os debates nas redes sociais.

Leia também: Aliado de Edmilson presidiu a sessão que reajustou salários de políticos em Belém


Aliado de Edmilson presidiu a sessão que reajustou salários de políticos em Belém

O vereador John Wayne (MDB) foi quem presidiu a sessão que aprovou o reajuste dos salários do futuro prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários municipais.


Por Diógenes Brandão 

A aprovação do reajuste do salário do futuro prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários municipais de Belém causou uma polêmica enorme nas redes sociais e algumas coisas precisam ser esclarecidas. 

Uma delas é que presidiu a sessão que aprovou o projeto com ampla maioria dos vereadores, que segundo é noticiado pela mídia, apoiaram a eleição de Edmilson Rodrigues (PSOL), eleito no último domingo como prefeito de Belém.

Segundo o blog apurou, o vereador que presidiu a polêmica sessão foi John Wayne, do MDB, partido do governador Helder Barbalho, que notoriamente apoia o prefeito eleito, Edmilson Rodrigues, do PSOL.

Com seu nome envolvido na polêmica, o blog entrou em contato com o presidente da Câmara Municipal de Belém que foi enfático ao dizer que é contra o projeto de reajuste salarial, o qual segundo ele é legal, mas imoral, diante de uma pandemia como a que vivenciamos. 

O vereador Mauro Freitas também informou que não presidiu a sessão e acaba de emitir nota onde afirma que entrou em contato com o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho e solicitou que ele vete o projeto aprovado pela maioria dos vereadores de Belém.

Em meio à forte polêmica nas redes sociais,  nem o atual prefeito Zenaldo Coutinho e nem o prefeito eleito, que tomará posse daqui há algumas semanas, não se pronunciaram sobre o fato que tomou conta da internet.


32 anos sem meu irmão, João Batista

Depois de sofrer três atentados, o jovem deputado João Batista foi assassinado com um tiro na cabeça por lutar contra o grande latifúndio no Pará.

 

Por Pedro César Batista 

Aos 36 anos, em 6 de dezembro de 1988, quando exercia o mandato de deputado estadual no Pará, meu irmão, João Carlos Batista, foi assassinado, quando chegava em sua casa, acompanhado da família. Um tiro certeiro estourou sua têmpora. Não teve tempo para esboçar nenhuma reação.

Antes, já havia sofrido três tentativas de assassinato. Na primeira, nosso pai, Nestor, recebeu uma carga de cartucheira 20 na cabeça. Sofreu sequelas até o fim de sua vida. Na outra, Batista, ficou três dias entre a vida e a morte na UTI, com seus companheiros também tendo sido feridos, depois que um caminhão “colidiu” com o fusca em que viajavam. Na terceira, durante o ato de Primeiro de Maio, em 1987, em Paragominas, os pistoleiros entraram na manifestação, acertaram três colonos, mas um dos criminosos foi linchado pelo povo. Na quarta vez conseguiram seu intento, calaram a voz de meu irmão.

Em seu curto período de vida, João Batista, filho de camponeses pobres, sempre se manteve fiel à sua origem, ao seu compromisso em combater o latifúndio, a burguesia e a violência das classes dominantes contra os pobres e explorados. Como estudante, líder estudantil, advogado e deputado nunca, em nenhum momento, abandonou o lado que sempre pertenceu, com convicção, firmeza e determinação revolucionária.

Neste 6 de dezembro de 2020, quando estarei na Venezuela, como observador eleitoral, acompanhando a construção e fortalecimento da Revolução Bolivariana, relembro a trajetória deste grande combatente do povo brasileiro, assassinado, por seu trabalho e dedicação na construção da Revolução Brasileira.

João Batista, assim como Simon Bolívar, Hugo Chávez, Fidel Castro, Che Guevara, Carlos Marighella, Olga Benário, tantas e tantos que mostraram que na luta o único limite é a vitória, o combate férreo e duro em busca da verdadeira emancipação humana, a sociedade socialista.

Batista, presente!! 

Venceremos!!!

Quem poderá deter Helder mantendo a ALEPA sob seu controle e sem oposição e concorrentes?

A saga de Helder Barbalho em dominar a política segue sem adversários. Sua reeleição é tida como certa e sem desafiadores. Só a Justiça Federal pode detê-lo. Será que a tempo de impedi-lo de concorrer à presidência da República?

Por Diógenes Brandão 

A sucessão do Dr. Daniel Santos (MDB), atual presidente da ALEPA e que foi eleito prefeito de Ananindeua nas eleições deste ano, tende a manter a casa sob o controle do MDB e do governador Helder Barbalho

A esmagadora maioria que Helder tem na ALEPA fará com que eleja o Deputado Chicão, atual líder do governo na casa, para ser o novo presidente da casa pelo biênio 2020/2022. Nenhum outro partido oferece qualquer ameaça de abrir uma disputa e a estratégia do governador de contar com o controle do legislativo para sua reeleição é dado como certo.

Mas, o blog AS FALAS DA PÓLIS não poderia deixar de resgatar que antes de Helder ser eleito governador, Chicão era o deputado mais próximo e devoto da família Barbalho e por isso, o mais cotado para ser o presidente da ALEPA, mas isso mudou com a necessidade do "tudo ou nada", no segundo turno das eleições de 2018, quando Helder viu a possibilidade de perder sua segunda eleição consecutiva. 

Ainda vereador, Dr. Daniel Santos estava no PSDB com o prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro apoiando o candidato apontado por Simão Jatene para ser seu sucessor, mas logo depois do 1º turno, abraçou a campanha de Helder Barbalho e tornou-se o presidente da ALEPA. Dois anos depois, Daniel é prefeito de Ananindeua.


Foi então que pediu e obteve o apoio de Dr. Daniel Santos, no final do primeiro turno, quando este deixou a campanha de Márcio Miranda (DEM), candidato apoiado pelo governador Simão Jatene, do PSDB, o mesmo partido de Daniel, que por sua vez criou um imbróglio, que resultou até em sua expulsão, anulada e reiterada por este ter aderido à campanha de Helder no 2º turno, que foi eleito a partir de uma estratégia fulminante, iniciada e consolidada em Ananindeua e que acabou contaminando o estado como um todo, com uma revoada de tucanos e outras figuras políticas aliadas do tucanato, já desgastado pelo tempo, rachas e muitos impropérios. 

Eleito governador, Helder Barbalho chamou Chicão pro canto e avisou-lhe que aguardasse mais um pouco, pois ele, o governador precisaria cumprir o acordo feito com Daniel: A presidência da ALEPA em troca do apoio, no momento decisivo das eleições de 2018.

Na época, Chicão se isolou e ficou alguns dias sem participar de reuniões, aborrecido por ter sido novamente preterido, já que em 2016 havia sido convencido a recuar de sua intenção de disputar a prefeitura e acabou apoiando Jefferson Lima, como candidato a prefeito de Ananindeua, pelo então PMDB, no qual Jader e Helder mandam e ponto final. 

Jefferson Lima apoiou Helder Barbalho no 2º turno das eleições de 2014 e em 2016 foi lançado candidato a prefeito de Ananindeua, quando foi derrotado por Manoel Pioneiro. Chicão queria ser o candidato, mas foi preterido pela estratégia de Jader e Helder.

Fiel e tido como homem de confiança e da cozinha da família Barbalho, Chicão acabou aceitando dar a vez e ser ultrapassado pelo apresentador de TV e só voltou à mesa de negociação, após Helder oferecer-lhe a liderança do governo, com a promessa de ser presidente da ALEPA, dois anos depois, o que se dá agora, com a eleição municipal finalizada, onde Dr. Daniel conseguiu o que pretendia: A prefeitura de Ananindeua. 

Setores evangélicos e partidos da base aliada estão insatisfeitos com o tratamento dado pelo governador, nesses dois anos de mandato. A falta de espaços prometidos em secretarias, autarquias e até para prefeitos ligados a esses partidos, tem criado um embaraço e tensionado a articulação do governo, mas tudo parece não atrapalhar com que Helder siga em seu mandato de "Rei do Norte". 

Pelo menos entre a classe política e seus partidos, incluindo aí um destaque especial ao PSDB, que com sua bancada de 4 deputados estaduais - Ana Cunha, Luth Rebelo, Cilene Couto e Victor Dias - votou a favor da reprovação das contas do ex-governador Simão Jatene, no dia 1º de Setembro deste ano. Leia em Tal como previsto, Deputados reprovam contas de Simão Jatene

PRESENÇA, NEGOCIAÇÃO DIRETA E PRAGMÁTICA

Uma das diferenças cruciais apontada pelos deputados estaduais, em uma comparação do tratamento do governador Simão Jatene e de Helder Barbalho é a recepção e escuta, seja por telefone ou em encontros pessoais. 

Segundo alguns parlamentares relataram ao blog, Jatene era muito "estrela", não gostava de receber prefeitos e viaja muito pouco ao interior do estado, deixando prefeitos e deputados sem a interlocução para debater problemas, demandas e até pedidos de cargos e empregos para suas bases.

Helder é bem mais ativo e pragmático. Senta, dialoga, acolhe pedidos - dos mais variados - e faz o que pode para manter seus aliados em estado de letargia política, para que não o oferecem qualquer tipo de ameaça e, nem tão pouco, concorrerem em áreas que ele julga serem dele, como a de líder supremo do Pará. 

O mesmo ocorre com seu secretariado: Nenhum secretário estadual pode aparece muito e nem sequer ousar tomar qualquer atitude de divulgação de políticas públicas, em suas referidas pastas, sem que ele, Helder, seja consultado, apresente e ganhe os louros por elas.

Quem lembra dele coordenando todas as coletivas de imprensa durante a Pandemia? 

E a recepção dos respiradores chineses que nunca funcionaram, ao contrário do que a SESPA mentiu, afirmando que estavam sendo usados no Hospital de Campanha do Hangar? Leia em Governo Helder torra dinheiro público para se defender na mídia, mas não explica irregularidades 

Se Hélio Gueiros ficou famoso por dizer que era tarado pela Doca, Helder já pode ser considerado tarado por placas de inauguração em obras e por holofotes da mídia. Leia em Helder Barbalho: Tarado por placas de reinauguração de obras já inauguradas.

A "fissura" do jovem, que desde criança frequenta palanques políticos, é tanta, que antes de ser processado pelo STJ e investigado pela Polícia Federal - acusado de chefiar uma organização criminosa - ainda alimentava o sonho, considerado por alguns como megalomaníaco, de ser candidato a presidente da República. Leia +

Se desistiu, ninguém sabe, mas o certo é que depois destas eleições municipais, se nada ocorrer nas instâncias superiores, ou, para ser mais claro, se a Justiça Federal não for célere, Helder Barbalho deverá ser o candidato favorito em 2022, quando disputará a reeleição ao governo do Pará. 

Neste momento ainda sem nenhum outro adversário apresentado e com chances de enfrentá-lo e derrotá-lo, Helder controla também praticamente todos os veículos de imprensa e mantém jornalistas e líderes políticos e religiosos, tanto da direita, quanto da esquerda, de joelhos.

Leia também: Helder Barbalho e seu governo de coalizão e sem oposição. Até quando?

quarta-feira, dezembro 02, 2020

Grande assalto em Cametá revela o quanto Helder falha na segurança

Por Diógenes Brandão 

No momento em que o governador Helder Barbalho se preparava pra dormir, em sua mansão, no condomínio de luxo Lago Azul, onde muros altos, com cercas elétricas e dezenas de câmeras e agentes de segurança lhe resguardam o sono e a proteção de sua família, dezenas de cametaenses eram feitos reféns de uma quadrilha de cerca de 30 bandidos, que fortemente armada, invadiu a cidade para assaltar 5 agências bancárias e fugiram sem qualquer resistência do pequeno e frágil aparato de segurança pública oferecido pelo governo do Estado. 

Uma pessoa foi morta em frente ao quartel da PM, onde lá dentro estavam com medo de morrer e sem condições de reagir à ação criminosa, os poucos policiais que o governo do Pará destinou para o município de Cametá.

O município viveu o drama que outras dezenas de municípios paraenses, que descobertos de um contingente policial necessário para oferecer segurança à população, acabam virando alvos fáceis de assaltantes de bancos, que tocam o terror e apavoram as cidades onde não há a devida presença do Estado.

As cenas do terror e a fácil fuga dos bandidos são impressionantes e se repetem sempre com a mesma frieza, tranquilidade e certeza de que não terão reação por parte dos policiais destas cidades, já que estes são em número reduzido para atender a população e garantir a proteção e segurança prometida na campanha eleitoral.

Essa promessa, assim como outras, são reforçadas por jornalistas e publicitários que atuam em uma poderosa rede articulada com alguns milhões de recursos públicos da Secretaria de Comunicação, que investe pesado em propaganda, oficial e extraoficial, sobre um Pará que só existe na TV e veículos que o governador mandar pagar para ludibriar a população.

Embora critique e denuncie a irresponsável omissão de Helder Barbalho, que vira as costas para os apelos de sindicatos e associações de policiais militares e civis, inclusive delegados, que cobram dia e noite por mais investimentos na área da segurança.

Faço votos que o governo e o conjunto das forças policias consigam prender essa audaciosa quadrilha e garanta uma remuneração melhor os policiais, além de colocar mais policiamento nas ruas e investir em novos equipamentos e inteligência, para evitar outros crimes como esse.

Os vídeos, fotos, áudios e relatos de testemunhas, reféns e familiares de quem morreu você confere amanhã neste blog. 


terça-feira, dezembro 01, 2020

Júlia Marinho pode assumir no lugar de Vivi Reis, a suplente de Edmilson na Câmara dos Deputados?

Vivi Reis foi eleita vereadora em Belém e pode assumir a vaga que Edmilson deve deixar em Janeiro, após ser diplomado como prefeito. No entanto, há quem afirme que PSOL perderá a vaga e Júlia Marinho assumirá no lugar de Vivi Reis, na Câmara dos Deputados. As duas concorreram como candidatas a deputada federal nas eleições de 2018, quando Júlia Marinho obteve 75.334 votos, enquanto Vivi Reis teve 22.297 votos.


Para o advogado João Eudes, especialista em direito eleitoral, a suplência de Edmilson Rodrigues deve acabar sendo judicializada, com riscos a serem assumidos pelas partes interessadas, principalmente, a do PSOL.


Por Diógenes Brandão

A vitória de Vivi Reis (PSOL), eleita como a mulher mais votada em Belém e a quinta com mais votos entre todos os candidatos a vereadores (9.654), foi amplamente comemorada entre setores da juventude, das mulheres de esquerda e da comunidade LGBT. 

Agora, depois do segundo turno e com o desfecho das eleições, Vivi está sendo noticiada como futura deputada federal, no lugar de Edmilson. 

O site www.guiagaysaopaulo.com.br festejou a informação, noticiando: "O Brasil vai ter a primeira mulher da comunidade LGBT na Câmara dos Deputados. Bisexual, Vivi Reis (PSOL), do Pará, assumirá vaga de deputada federal que era do seu colega de partido, Edmilson Rodrigues, eleito prefeito de Belém no domingo, 29". Leia mais aqui.

Portais de grandes veículos de imprensa, como o G1-PA - da Rede Globo - também noticiaram como certa, a posse de Vivi Reis como deputada federal.


Todos os demais veículos de imprensa seguiram o raciocínio e publicaram matérias com a mesma previsão: Vivi assumirá a vaga de Edmilson Rodrigues. 

No entanto, passou a circular no Whatsapp, um trecho da matéria publicada pelo blog Sol do Carajás, com o título Edmilson vence em Belém, mas o PSOL perde uma cadeira de deputada federal.

Leia abaixo:

Cláusula de barreira nominal

Vivi é a primeira suplente do PSOL, obteve em 2018 para deputada federal 22.297 votos, o quociente partidário no Pará foi de 232.733 votos, a vereadora eleita de Belém não alcançou os 10% do quociente partidário, cláusula de barreira nominal para que possa assumir uma vaga no Congresso Nacional.

Com a eleição de Edmilson Rodrigues para prefeito de Belém, o partido perderá uma cadeira na Câmara dos Deputados em Brasília.

Disputa jurídica

No entanto, o PSOL pode decidir pela posse de Vivi no cargo de deputada federal, pois mesmo sem conseguir os 10% do quociente partidário ela foi diplomada como suplente.

Porém, no último dia 28 de outubro, a Ministra Rosa Weber negou seguimento a Ação Declaratória de Constitucionalidade n° 67 (ADC 67 - aqui), onde o PROS questionava a aplicação da referida cláusula de barreira nominal aos suplentes, com a decisão, o STF confirma a validade da norma, desse modo a vaga do deputado Edmilson Rodrigues será perdida pelo PSOL e vai para a suplente Júlia Marinho (PSC).

Diante do impasse, o blog AS FALAS DA PÓLIS entrou em campo e conversou com advogados especialistas em Direito Eleitoral e todos foram unânimes no esclarecimento da questão: Vivi pode sim assumir a vaga de deputada federal, mas Júlia Marinho também pode entrar com recurso para o mesmo, pois não há uma decisão definitiva para a questão, por parte do STF, conforme afirma o blog Sol do Carajás. 

O blog pesquisou mais sobre o caso e encontrou a matéria do portal do STF, de onde foi retirado parte do texto que acabou sendo utilizado para reforçar a tese de que Júlia Marinho assumiria a vaga de Edmilson Rodrigues, no lugar de Vivi, por esta não ter alcançado 10% do quociente eleitoral.

Se Júlia Marinho vai ou não ingressar em uma disputa judicial, o blog ainda não sabe, mas caso entre com recurso e obtenha êxito, Vivi amarga a possibilidade de ficar sem cargo eletivo, pois para assumir o posto na Câmara Federal, a vereadora eleita deve renunciar, de forma irrevogável, à vaga na Câmara Municipal de Belém e se o entendimento da justiça for de que  a vaga de Edmilson é de Júlia Marinho, Vivi deverá então, antes decidir se corre o risco de ser deputada federal por dois anos ou se fica quatro anos como vereadora na Câmara Municipal de Belém.

Júlia Marinho é professora, administradora e esposa do senador Zequinha Marinho. Ambos são membros da Assembleia de Deus e do PSC. Júlia exerceu o mandato de deputada federal de 2014 a 2018. Tentou a reeleição mas os 75.334 votos que recebeu não foram suficientes para se manter no cargo. Vivi Reis obteve 22.297 votos. 

Agora, com a possibilidade levantada, deve brigar pela vaga com a vereadora eleita pelo PSOL.

Leia abaixo, a matéria do STF sob o título: Ação do PROS sobre regra que afasta aplicação de cláusula de barreira para suplentes é incabível

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou seguimento (julgou incabível) a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 67, em que o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) que pedia o reconhecimento da validade do dispositivo do Código Eleitoral (Lei 4.737/1965) que afasta a aplicação da chamada cláusula de barreira para a eleição dos suplentes partidários. Na decisão, a ministra observou que não existe a controvérsia judicial relevante alegada pelo partido, o que inviabiliza a apreciação do pedido.  

Interpretação  

Na ação, o partido sustenta que o Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba (TJ-PB), em análise de incidente de arguição de inconstitucionalidade, interpretou a regra do parágrafo único do artigo 112, com a redação dada pela minirreforma eleitoral de 2015 (Lei 13.165/2015), no sentido de que “o suplente deveria obter número de votos igual ou maior a 10% do quociente eleitoral”, enquanto os Tribunais Regionais Eleitorais do Ceará e de Minas Gerais ratificaram a aplicação da regra em sua literalidade.  

Controvérsia relevante  

Contudo, a ministra salientou que não ficou configurada a existência de controvérsia judicial relevante, pois o PROS apontou um único caso em que a regra foi interpretada de forma diversa e, ainda assim, sem que tivesse sido declarada sua inconstitucionalidade. Ela explicou que o contexto da controvérsia judicial relevante, requisito para a admissão da ADC, não é caracterizado por divergências interpretativas ou incoerência decisória. Segundo ela, não é possível confundir o “salutar ambiente de desacordos jurídicos razoáveis” com a fragilidade da presunção de constitucionalidade. A relatora observou, ainda, que o estado de incerteza e, em consequência, de insegurança jurídica é construído por decisões judiciais que enfraquecem a validade da norma e quebram a presunção de constitucionalidade no sistema jurídico.

Convergência normativa  

Também segundo a ministra, a presunção de constitucionalidade do dispositivo do Código Eleitoral é reforçada pelas Resoluções 23.554/2017 e 23.611/ 2019 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que dispõem, respectivamente, sobre as eleições de 2018 e 2020. "Da leitura destas resoluções, infere-se a convergência normativa com o conteúdo do dispositivo ora em deliberação", assinalou. Para a relatora, essa situação afirma o estado de previsibilidade do cenário de incidência da regra eleitoral, ao contrário do alegado estado de incerteza em torno da sua legitimidade constitucional.

Para o advogado João Eudes, especialista em direito eleitoral, a suplência de Edmilson Rodrigues deve acabar sendo judicializada, com riscos a serem assumidos pelas partes interessadas, principalmente, a do PSOL.

Caso tenha êxito e tome posse de metade do mandato de deputada federal, na vaga que ela deixa na Câmara Municipal de Belém (CMB), no lugar de Vivi Reis assumirá a 1ª suplente do PSOL, Enfermeira Nazaré, que recebeu 4.023 votos no pleito.

segunda-feira, novembro 30, 2020

Vereadora do PT relatou ato racista em coletiva de imprensa de Edmilson


Por Diógenes Brandão

Vereadora negra, recém-eleita pelo PT em Belém, Beatriz Caminha denunciou ato racista cometido por seguranças contratados pela coordenação de campanha de Edmilson Rodrigues (PSOL), em coletiva de imprensa, logo após o resultados da eleição, onde foi eleito prefeito de Belém.

Bia, como é mais conhecida, gravou um vídeo onde denunciou a truculência e o racismo de seguranças que estavam no Comitê de Campanha da Coligação  "Belém de Novas Ideias", formada pelo PT, Rede, UP, PCdoB, PSOL e PDT.

Hoje, a vereadora eleita usou suas redes sociais para dizer que Edmilson Rodrigues não tem culpa sobre o que os seguranças fizeram.

Militantes dos partidos que apoiaram Edmilson relativizam e tentam amenizar o ato, reforçando a narrativa de que Edmilson não teve culpa. Tá, mas quem teve? Quem contratou estes seguranças, quem são eles, quais seus nomes, qual é a empresa que eles fazem parte? Bia procurou seus direitos? Denunciou em uma delegacia, o crime que diz ter sido vítima? 

Será que esse caso será abafado pela militante que fez sua campanha toda dizendo que luta contra o racismo? Essas e outras perguntas inundam as redes sociais, mostrando que o discurso da classe política, sempre tem que vir seguido de exemplos e tanto a vereadora, quanto o PT, PSOL e demais partidos coligados e responsáveis pelo Comitê de Campanha de Edmilson Rodrigues, precisam dar respostas para que não fique explícito de que estão colocando panos quentes sobre um fato sensível à toda a sociedade.

O caso lembra outros, como do Carrefour, onde seguranças racistas e seus contratantes foram execrados pela sociedade.



"Será preciso muito tempo para que sejam superadas as chagas provocadas pelo brutal assassinato por racismo de João Alberto Silveira Freitas, que morreu vítima de espancamento no interior de uma loja da rede de supermercados Carrefour, na zona norte de Porto Alegre, na véspera do Dia da Consciência Negra. 

As imagens do crime percorreram o mundo e expuseram a profundidade do problema no Brasil", escreveu Pedro Serrano, em artigo publicado na edição n.º134, da revista Carta Capital.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...