Mostrando postagens com marcador Econômia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Econômia. Mostrar todas as postagens

sábado, janeiro 28, 2017

Crédito, dívidas e a desgraça Temer




O Judas Michel Temer está no poder desde maio passado, quando o Senado aprovou a admissibilidade do impeachment de Dilma. A mídia privada e os empresários que financiaram o “golpe dos corruptos” – como o presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, e o picareta Paulo Skaf, coronel da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) – garantiram que bastaria afastar a presidenta eleita para o Brasil voltar a crescer – “instantaneamente”. Mas já são dez meses do covil golpista e a economia segue afundando. Nesta semana, mais três indicadores confirmaram a desgraça patrocinada pelo usurpador Michel Temer.

Segundo balanço divulgado nesta terça-feira (24) pela Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o crédito para aquisição e construção de imóveis desabou 38,3% em 2016. No ano passado, as concessões de empréstimos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), bancados com recursos de poupança, somaram R$ 46,6 bilhões, contra R$ 75,6 bilhões em 2015. Entre janeiro e dezembro de 2016, foram financiados 199,7 mil imóveis, queda de 41,5% na comparação com 2015. Segundo Gilberto Duarte de Abreu, presidente da Abecip, juros altos e desemprego recorde tiraram a confiança do consumidor na compra da casa própria.

O impacto foi maior no financiamento dos imóveis usados. O crédito para a compra dessas unidades caiu 41% em relação a 2015, para R$ 13,7 bilhões; já o financiamento de imóveis novos recuou 30%, somando R$ 22,3 bilhões. O financiamento para a construção (pessoa jurídica) caiu 49% no mesmo período, fortemente impactado pela queda nas vendas das incorporadoras e menor demanda. De janeiro a dezembro de 2016, foram liberados R$ 10,6 bilhões para a construção, ante R$ 20,8 bilhões em igual período do ano anterior.

Dívidas e queda no varejo

Outro dado sobre a desgraceira na economia foi divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Com o aumento do desemprego e a queda de renda, os brasileiros estão com maiores dificuldades para pagar suas dívidas. O número de famílias com contas em atraso e que afirmam não ter condições de voltar para o azul cresceu 25% entre 2015 e 2016, revela a pesquisa. Do universo de 3,6 milhões de inadimplentes no país, 1,4 milhão se encontra nesta situação. O quadro é assustador, segundo a economista da CNC Marianne Hanson. “As condições de renegociação não estão favoráveis para o bolso das famílias. Se o principal provedor está desempregado, não vai conseguir renegociar. E outro ponto é que as prestações estão muito altas”.

Por último, a Federação do Comércio de São Paulo – que apoiou o “golpe dos corruptos” – não esconde mais seu desânimo com os rumos da economia. Ela avalia que as vendas no varejo seguirão estagnadas em 2017 e que a retomada, se houver, será lenta. A entidade calcula que o setor vá faturar R$ 181 bilhões neste ano, cifra equivalente à obtida no ano passado. “Pelo menos paramos de cair. A partir de agora, vai ser uma evolução muito lenta", afirma Guilherme Dietze, economista da federação, tentando disfarçar o desalento.

E ainda teve “midiota” que acreditou na conversa fiada da imprensa privada de que bastaria tirar Dilma para o Brasil voltar a crescer – “instantaneamente”. O otário serviu apenas como massa de manobra – ou pato amarelo – para os que pretendiam repassar o ônus da crise econômica para o seu bolso.

quarta-feira, maio 27, 2015

Líder da juventude pró-impeachment 'ensina' como ser um ativista liberal



Ele é um dos expoentes do movimento que pede o 'fechamento' do PT, o impeachment de Dilma e vive criando polêmicas, mas o texto publicado na internet, me chamou a atenção e resolvi trazê-lo pela primeira vez aqui neste espaço democrático e plural. 

Com vocês, um artigo que eu até duvido que seja dele, mas vamos lá!

Radicalismo na teoria = pouco resultado prático, por Kim Kataguiri*, no site do Movimento Brasil Livre

Se há uma lição que aprendi tentando propagar o liberalismo, é a de que o meio é muito mais importante que a mensagem. Não interessa o quão boas sejam suas ideias, se o meio escolhido para transmiti-las não for eficiente, elas não irão prosperar. Se as pessoas dessem grande importância para dados concretos e bons argumentos, a esquerda teria, no máximo, alcançado o poder apenas uma vez em toda a História.

A quantidade de pessoas que se interessa por complexas teorias político-econômicas não chega a 0,001% da população mundial. Tente parar num ponto de ônibus e explicar a teoria austríaca do ciclo econômico. Vão rir da sua cara e achar que você é louco. Não importa se aquilo é verdade ou se interfere diretamente na vida daquelas pessoas. Elas não estão interessadas. Primeiro porque o meio deve ser muito bem pensado, atender a uma série de critérios, segundo porque a mensagem deve ser simples.

E é por isso que se envolver em discussões intermináveis sobre hipóteses que os debatedores jamais verão na realidade é uma completa perda de tempo. Ainda mais no momento em que se encontra o nosso país atualmente. “O quão pequeno o Estado deve ser?”, “Quem defende um Estado de tal tamanho é socialista!”, blah, blah, blah... qualquer pessoa comum já estaria no sétimo sono em menos de dois minutos de discussão. Concorda que nossa situação é preocupante e que o Estado deve ser diminuído? Ótimo! Vamos discutir como diminuí-lo na prática e em meios atrativos de atrair pessoas para a nossa causa.

É claro que deve haver debate e que a mensagem a ser transmitida é importante. A questão é que se alcança muito mais se pensando no meio do que na mensagem. Só há duas regras para se escolher uma mensagem: a primeira é que ela deve ser simples, porque, como já disse, a grande maioria das pessoas não se interessa por teorias complexas. A segunda é que os que forem transmiti-la devem concordar com ela. Isso significa que se você for trabalhar com um grande número de pessoas e houver uma quantidade significativa de divergências ideológicas entre elas, deve-se alcançar um common ground. Sendo assim, a mensagem deve ser algo razoável, caso contrário não conseguirá o apoio de diferentes setores da sociedade.

Por outro lado, na hora de se escolher o meio, uma série de fatores devem ser levados em consideração. Quanto ele custa? Quantas pessoas vai alcançar? Qual a probabilidade de que ele popularize a mensagem? Quantas pessoas são necessárias para utilizá-lo? Quanto trabalho ele dará? Esses e muitos outros questionamentos são essenciais. Defender a diminuição de impostos numa palestra de estrutura gigantesca é muito menos eficiente do que defender o aumento de impostos através de um pequeno show de rock. As pessoas dão mais importância para o que passa uma imagem mais cool, mais simples de entender. É claro que um debatedor liberal bem preparado humilharia qualquer defensor do aumento de impostos. Muitas vezes aquele que defende ideias estatizantes até sabe disso. E é exatamente por isso que ele pensa muito bem no meio. Duzentas pessoas defendendo o fim do Banco Central numa manifestação causam muito menos impacto que uma feminista mostrando os seios pelo fim do sexo masculino. E muito mais pessoas lerão as baboseiras que a feminista tem a dizer em matérias que cobrirão seu protesto solitário.

Não me entendam mal, não estou pedindo que mostrem os seios em prol do liberalismo. Só defendo que haja mais esforço no pensamento da prática, do meio. Mais trabalho, menos masturbação intelectual.

*Kim Kataguiri é coordenador nacional do Movimento Brasil Livre. 

quarta-feira, abril 22, 2015

Assim como o Americano, brasileiro pode ficar sem direito às férias trabalhistas

Aleluia: amanhã o Brasil pode começar a virar os Estados Unidos.
Por Milly Lacombe, em seu blog.

“A gente chama de ‘american dream'”, disse o comediante George Carlin citado por Fitz, “porque é preciso estar dormindo para acreditar que ele existe”

Os Estados Unidos não têm uma CLT como a nossa, por isso o país é a terra dos sonhos de qualquer empresário ou diretor de corporação. No país do consumo, contrata-se e manda-se embora de forma muito mais livre e dinâmica; sem indenizações, registro em carteira, férias remuneradas, fundo de garantia, 13o etc etc etc. De forma geral, a demissão só fica complicada para o lado do patrão e da empresa se o demitido alegar ter sido vítima de algum tipo de discriminação. Não sendo isso, não tem tempo feio (para quem demite).

O trabalhador americano praticamente não tira férias e outro dia, durante um curso de economia que eu estava fazendo, quando o professor falou para a classe de americanos que no Brasil um trabalhador tem direito a 30 dias de férias remuneradas por ano, metade da turma quase caiu de cadeira em incredulidade. Eles não sabiam que isso existia, e eu não estou exagerando.

Para a direita brasileira, as leis trabalhistas americanas são invejáveis porque são flexíveis, e todos os esforços estão concentrados em imitá-la já que, afinal, ela faz a economia andar porque o trabalhador, sem o rigor das exigências trabalhistas, não é um ônus para a empresa.

Então, enquanto o Brasil se prepara para copiar os Estados Unidos e aprovar — quem sabe nessa quarta-feira 22 de abril — a chamada lei da terceirização, que libera a sub-contratação sem limite por parte de qualquer empresa, e assim dar uma rasgadinha na CLT, vale passar um pente fino na atual sociedade americana, essa que nossa direita que agora comanda Congresso e Senado tanto admiram, e ver como eles estão.

Para que não haja ramirrami vou usar como fonte a revista Scientific American, uma publicação científica.

Em matéria publicada na edição de 31 de março (“Economic Inequality: It’s Far Worse Than You Think”, ou “Desigualdade Econômica: é muito pior do que você pensa”) o jornalista Nicholas Fitz coloca a desigualdade, e a falta de noção da população sobre ela, em números, citando no decorrer do texto as mais recentes pesquisas feitas sobre o tema.

Ele escreve: “O americano acredita que os 50 mais ricos têm 59% da riqueza, e que os 40% mais pobres têm 9% da riqueza. Mas a realidade é um pouco diferente. Os 20% mais ricos têm mais de 84% da riqueza do país, e os 40% mais pobres têm, em conjunto, 0,3% da riqueza. A família Walton [dona do Walmart], por exemplo, tem mais riqueza do que 42% das famílias americanas somadas”.

EUA: Ricos concentram praticamente toda a riqueza e os pobres se contentam com a pobreza. Gráfico: MegaCidadania 

Já seria estarrecedor, não apenas pelo tamanho da desigualdade, mas pela falta de noção da população a respeito dela (até porque que esse tipo de informação não dá no “New York Times” e nem no “Jornal Nacional”), mas tem mais, ou como conta Fitz usando as palavras da jornalista Chrystia Freeland: “Os Americanos na verdade estão morando na Russia enquanto acreditam viver na Suécia”.

Em outro estudo, esse feito no ano passado, uma empresa de pesquisa perguntou a 55 mil pessoas de 40 países quanto eles achavam que CEOs e trabalhadores ganhavam, e, depois, quanto eles deveriam ganhar. Os americanos estimaram que um CEO ganhava 30 vezes mais do que o trabalhador normal, mas disseram que essa diferença, num mundo mais justo, deveria ser de sete para um.

A realidade: um CEO ganha hoje nos Estados Unidos 354 vezes mais do que o trabalhador médio. Há 50 anos essa diferença era de 20 para 1.

E, no final da matéria, o golpe de misericórdia.

Embora a situação esteja bastante grave, 60% dos americanos acreditam que a maioria das pessoas pode alcançar o sucesso, para isso basta esforço e dedicação. A beleza do “sonho Americano”, esse que faz com que os Estados Unidos sejam considerados o país mais sedutor do planeta.

Mas a dura realidade desmonta a farsa: Os Estados Unidos são hoje o país mais desigual entre as nações ocidentais (não sou eu que estou dizendo, são pesquisas divulgada pela Scientific American cujo link segue no final desse texto). “E para piorar os Estados Unidos têm menos mobilidade social do que Europa e Canadá” escreve Fitz.

Em resumo: o menino sonho americano está morto.

“A gente chama de ‘american dream'”, disse o comediante George Carlin citado por Fitz, “porque é preciso estar dormindo para acreditar que ele existe”

E Fitz segue.

“Como os sociólogos Stephen McNamee e Robert Miller Jr. mostram em seu livro ‘The Meritocracy Mith’ (O Mito da Meritocracia) os americanos acreditam que o sucesso vem do esforço individual e do talento. Ironicamente, quando o termo ‘meritocracia’ foi usado pela primeira vez por Michel Young no livro ‘The Rise of Meritocracy’ ele foi usado para criticar uma sociedade comandada pela ‘elite talentosa’. Young gostaria que a frase parasse de ser usada porque ela assegura o mito que diz que aqueles quem têm poder e dinheiro têm poder e dinheiro porque merecem (e os mais sinistros acreditam que os menos afortunados não merecem portanto)”.
 A beleza do “sonho Americano” está morto. Arte do blog MegaCidadania.

A decadência do império americano não está só nos números. Ela está nas ruas, e em todas as esquinas. A desigualdade nunca foi tão grande, a insatisfação nunca esteve tão evidente e o desespero vai apenas crescer se nada for feito para mudar isso.

Mais grave: pesquisa feita pelo economista Edward Wolff e divulgada em dezembro do ano passado mostra que de 1990 para cá todo o crescimento econômico da nação foi para as mãos dos 10% mais ricos, que não por acaso têm 91% das ações colocadas no mercado. Como gosta de dizer outro professor de economia, Richard Wolff, os Estados Unidos estão caminhando apressadamente para virarem uma “banana republic”.

 A desigualdade nunca foi tão grande nos Estados Unidos, mas a mídia de lá e a daqui escondem.

Num país praticamente des-sindicalizado (uma cortesia de Ronald Reagan, cuja austeridade fez sumir do mapa os sindicatos e depois chegou ao absurdo cenário de admitir que algumas empresas se negassem a contratar homens e mulheres que fossem filiados a algum sindicato) o trabalhador não tem força para lutar por melhores salários e condições de trabalho (menos de 7% da força de trabalho hoje pertence a algum sindicato, em 1950 esse número era de 35%) e, depois de quatro décadas de direitos encolhidos e de salários que só fazem perder o poder de compra, a situação social é a que a Scientific American escrachou para todos verem: o poder concentrado na mão de uma elite minúscula, a pobreza crescente e a falta de informação generalizada, já que os meios de comunicação pertencem a essa elite minúscula e a ela não interessa compartilhar notícias ruins como essa, que despertariam a massa para a realidade ao redor.

Nos Estados Unidos hoje os discursos do trabalhador, como vimos recentemente com as manifestações de funcionários do McDonalds e do Walmart, pedem por sindicatos, por direitos, por condições de trabalho, pelo sonho de uma CLT como a nossa, esse o real sonho americano hoje; mas no Brasil ainda tem quem veja os Estados Unidos como exemplo. Não é de espantar que todos eles pertençam à elite – ou, nos casos mais graves de cegueira, querem acreditar que pertencem.

O texto da Scientific American: "Economic Inequality: it’s far worse than you think".

sexta-feira, março 27, 2015

Um país nas cordas e a militância petista – hoje mais virtual do que presencial

Sabotagem consciente do país comandada por duas figuras que, investigadas por corrupção, não poderiam presidir a Câmara e o Senado.

Por Luiz Fernando Vianna, na Folha.

As forças políticas do país estão desafiando as leis da física. Têm esticado as cordas até o limite da irresponsabilidade. Se ninguém ceder, elas vão arrebentar.

A militância petista –hoje mais virtual do que presencial– e os dirigentes do partido insistem que integram um núcleo de virtuosos perseguidos pela "mídia burguesa". Escolheram ser os violinistas do "Titanic". Continuam tocando enquanto o navio afunda.

Dos tucanos não se ouve uma ideia original. Fazem oposição escondidos na barra da saia do PMDB. Torcem para o barco ir a pique travestidos de Linda Batista: "Eu não quero mais nada/ Só vingança, vingança, vingança".

O ministro Joaquim Levy faz jus à fama que tem e não abre mão dos cortes que considera necessários. Contra ele estão governadores, prefeitos, sindicalistas, parlamentares bem e mal intencionados. Se conversas não forem abertas e acordos não forem fechados, a economia mergulhará no brejo.

O governo não se defende pedindo desculpas pelos erros nem parte para o ataque botando o dedo na cara de seus algozes. Está imobilizado e sem voz. Diante da fraqueza do governo, setores da imprensa trabalham sem disfarces para acelerar a volta ao poder de seus homens de confiança.

Nas passeatas dominicais, as legiões de verde e amarelo pedem o pescoço de Dilma. Acham que, trocando-se a cabeça, todo o corpo será regenerado. Miram de antolhos o futuro.

E ainda falta um personagem: quem vá às ruas, sem vínculo com partidos, denunciar o Congresso como endereço do que há de pior no momento: projetos obscurantistas e fascistas; sabotagem consciente do país comandada por duas figuras que, investigadas por corrupção, não poderiam presidir a Câmara e o Senado.

O quadro é horrível. Mas ficará pior se ninguém atirar a primeira corda ao chão. 

segunda-feira, fevereiro 16, 2015

Salário mínimo tem maior poder de compra em quase 50 anos

No País, o rendimento da população ocupada com renda de até um salário mínimo cresceu 52% mais do que o salário mínimo. 

Na Revista Exame, da mesma editora da VEJA, mas com algumas matérias destinadas à pessoas com cérebro.


As elevações reais dos rendimentos do trabalho foram determinadas, em parte, pela valorização do salário mínimo, diz o Boletim Econômico Regional que o Banco Central (BC) divulgou em Porto Alegre.

"A política de valorização do salário mínimo repercute sobre o poder de compra dos trabalhadores em geral e dos beneficiários da previdência social", lê-se em um dos boxes do boletim.

Nesse cenário e com foco regional, esse boxe analisa elasticidades de distintos estratos de salários da economia relativamente a variações do salário mínimo; bem como em que medida os aumentos reais dos rendimentos do trabalho exercem pressões sobre custos de produção e de investimentos.

"O poder de compra do salário mínimo em janeiro de 2015 é o maior desde agosto de 1965, superado apenas pelo registrado no período de julho de 1954 a julho de 1965", ressalta o Banco Central.

Por isso, de acordo com a autoridade monetária, não surpreende o fato de que o rendimento médio real do trabalho venha crescendo há vários anos, em todas as regiões do País.

De 2003 a 2013, por exemplo, os aumentos médios anuais desses rendimentos atingiram 5,1% no Nordeste; 4,3% no Centro-Oeste; 3,7% no Norte; 3,5% no Sul; e 3,1% no Sudeste.

Indústria

Especificamente na indústria, as elevações reais dos rendimentos do trabalho não têm sido acompanhadas por aumento do pessoal ocupado.

"Verifica-se que, de 2012 a 2014, a população ocupada (PO) na indústria diminui em todas as regiões, e o custo unitário do trabalho (CUT) aumenta", diz o BC.

"Nesse contexto, vale investigar em que medida os aumentos do CUT são influenciados pelos aumentos reais do salário mínimo", diz o documento.

No País, o rendimento da população ocupada com renda de até um salário mínimo cresceu 52% mais do que o salário mínimo (36% no Norte; 48% no Nordeste; 49% no Sul; 56% no Centro-Oeste; e 60%, no Sudeste).

De maneira análoga, o aumento dos rendimentos da faixa de um a um e meio salário mínimo superou o do salário mínimo em 1%, no país (6% no Nordeste, Sul e Centro-Oeste).

domingo, fevereiro 15, 2015

Embaixadora dos EUA no Brasil admite: Começamos 2015 muito bem e gostaríamos de voltar a ser o principal parceiro comercial do Brasil



A embaixadora norte-americana no Brasil, Liliana Ayalde concedeu uma entrevista para a revista Exame, da editora Abril (a mesma da VEJA) e foi indagada se a crescente presença da China no Brasil preocupa os EUA. Veja sua resposta: 

"Não, mas gostaríamos de voltar a ser o principal parceiro comercial do Brasil. Essa vai ser minha missão. Facilitar as trocas em setores de maior potencial. Setores que gerem mais valor agregado e aumentem as trocas na área de inovação. Temos muitas coisas em comum. Há 26 000 estudantes brasileiros do programa Ciência sem Fronteiras nos Estados Unidos. Nos últimos quatro anos, o investimento das empresas brasileiras nos Estados Unidos cresceu cinco vezes. A China pode ser o parceiro número 1 do Brasil hoje, mas isso vai mudar. A parceria comercial entre o Brasil e os Estados Unidos é mais profunda.

Leia a matéria com a entrevista que a Globo não mostrou e provavelmente não mostrará nos seus telejornais.

Liliana Ayalde chegou ao Brasil para assumir a embaixada americana justamente em setembro de 2013, quando a presidente Dilma Rousseff disse ao presidente Barack Obama que estava cancelando sua visita a Washington programada para outubro daquele ano.

A decisão foi tomada após as revelações de Edward Snowden, ex-técnico da Agência Nacional de Segurança, sobre o monitoramento das conversas de Dilma e de dados da Petrobras, realizado pelo governo americano. Com o quase congelamento dos contatos em Brasília, Liliana aproveitou para viajar pelo país e estreitar os laços com o mundo empresarial.

Em janeiro deste ano, a embaixadora percebeu uma mudança de posição do governo brasileiro, que voltou a dar prioridade à visita de Dilma aos Estados Unidos. Leia a seguir a entrevista concedida na casa do cônsul americano em São Paulo.

EXAME - A senhora concorda que as relações entre o Brasil e os Estados Unidos estão no pior momento da história?

Liliana Ayalde - Não. Começamos 2015 muito bem. A recente visita a Brasília de Joe Biden, o vice-presidente americano, é um sinal disso. Ele teve uma conversa muito positiva com a presidente Dilma. O ano de 2014 foi difícil. Mas, mesmo quando a relação entre os governos tem problemas, as pessoas dos dois países continuam conectadas.

Isso fica claro em várias áreas, como nos negócios e no turismo. Na posse, a presidente falou que é hora de olhar para a frente. O momento hoje não poderia ser melhor.

EXAME - Já há uma nova data para a visita?

Liliana Ayalde - O governo brasileiro quer fazer a visita, mas diz que precisamos ter uma agenda substantiva. O encontro entre os dois presidentes não pode ser apenas uma oportunidade para realizar um jantar de gala. É nisso que estamos trabalhando. Ainda não temos uma data.

EXAME - Qual é o limite para sabermos se haverá ou não a visita neste ano?

Liliana Ayalde - Não há limite. Espero que até abril tenhamos uma agenda de consenso. Em abril ocorre a Cúpula das Américas, no Panamá. Será uma chance de os presidentes se verem, e devemos aproveitá-la. Temos esses meses para trabalhar.

EXAME - É possível que negociações com o objetivo de uma abertura comercial histórica sejam anunciadas?

Liliana Ayalde - O vice-presidente Biden disse a Dilma que os Estados Unidos sabem quais são seus interesses. Precisamos saber quais são os do Brasil. O governo brasileiro diz claramente que gostaria de ter uma relação ainda mais robusta na área comercial.

Liliana Ayalde: "Gostaríamos de voltar a ser o principal parceiro comercial do Brasil".

Os Estados Unidos já foram o principal parceiro comercial do Brasil. Neste momento temos uma relação comercial de cerca de 100 bilhões de dólares, mas sabemos que isso pode crescer. Há maneiras de identificar os obstáculos e facilitar as trocas.

Ainda não se falou de um acordo de livre comércio, mas estamos esperando para ver o que o Brasil quer. O Brasil tem algumas limitações por causa de seus acordos com o Mercosul. Nós também temos nossas limitações porque temos de trabalhar com nosso Congresso. Mas há espaço para negociar.

EXAME - Existe a possibilidade de a exigência de visto aos brasileiros ser extinta?

Liliana Ayalde - Esse é um dos temas que ficaram parados. O Brasil pediu para não continuar com a conversa. Vamos ver agora se esse tema será visto como prioritário. Isso é um processo que toma tempo. Temos regras muito duras. É preciso estabelecer sistemas de trocas de informação sobre passageiros.

Antes de as conversas pararem, falava-se em fazer uma experiência piloto. Não se exigiriam vistos de algum grupo específico, como o de empresários, e se examinariam os resultados.

EXAME - Como está a negociação para pôr fim à bitributação das empresas com operações nos dois países?

Liliana Ayalde - Desde que cheguei ao Brasil, nenhuma reunião foi agendada para tratar desse assunto. Gostaríamos de avançar. Essa é uma demanda do setor privado.

EXAME - A crescente presença da China no Brasil preocupa?

Liliana Ayalde - Não, mas gostaríamos de voltar a ser o principal parceiro comercial do Brasil. Essa vai ser minha missão. Facilitar as trocas em setores de maior potencial. Setores que gerem mais valor agregado e aumentem as trocas na área de inovação. Contamos com a plataforma necessária. Muitas empresas americanas têm centros de pesquisa aqui.

Temos muitas coisas em comum. Há 26 000 estudantes brasileiros do programa Ciência sem Fronteiras nos Estados Unidos. Nos últimos quatro anos, o investimento das empresas brasileiras nos Estados Unidos cresceu cinco vezes. A China pode ser o parceiro número 1 do Brasil hoje, mas isso vai mudar. A parceria comercial entre o Brasil e os Estados Unidos é mais profunda.

EXAME - Essa parceria não está estagnada?

Liliana Ayalde - Está. Por isso existe uma frustração. Mas temos de aproveitar as relações próximas que existem entre as pessoas e as empresas dos dois países. Percebo que agora há um interesse do Brasil. O país precisa de sinais de confiança, e aumentar a parceria com os Estados Unidos seria positivo.

quarta-feira, fevereiro 04, 2015

A linha levítica. Ou leviana? Ou Lula está disposto a ser o salvador da Pátria?


Para os moradores da mansão, e dos seus aspirantes, Lula é a ameaça de longe mais apavorante, com ou sem partido.

Por Mino Carta, no Editorial da Carta Capital.

Diz o Oráculo de Delfos: “À vista do que se delineia, até setembro o empresariado vai pedir a Dilma que tire Joaquim Levy do Ministério da Fazenda”. Por que setembro? Tento entender: até lá a recessão seria inevitável ao sabor da política monetarista que caracteriza a atual gestão da economia brasileira. A se considerar que a opção do País nesta atribulada situação é crescer e crescer, nada mais daninho do que a orientação levítica. Ou leviana?

O Oráculo, como se sabe, é originário da Grécia antiga, mas ao longo dos séculos deu para se encarnar em figuras distintas e devidamente influentes. Refiro-me, portanto, a alguém merecedor de respeito. Veremos o que veremos, embora o Oráculo não costume errar.

À indústria cabe protagonizar crescimento. O Conselheiro Acácio concorda. Seu êxito depende do mercado nacional e internacional, aquele que não se confunde com o Mercado, com M grande, já há décadas alçado à condição de Moloch global. Aquele é habitado por quem consome, este faz a felicidade de banqueiros e especuladores. Não há como enganar-se quanto ao fato de que Joaquim Levy está na Fazenda para agradar ao Mercado.

Falha gravíssima do primeiro mandato de Dilma Rousseff foi o descaso com que a indústria brasileira foi abandonada ao seu destino. Convém insistir no erro? Em um primeiro momento, não faltou quem se regozijasse quando a presidenta faz exatamente o que faria a turma da casa-grande caso ganhasse a eleição de outubro passado. Procuro interpretar o vaticínio oracular: com o tempo, e em meio ao recrudescer da crise, o empresariado irá render-se à voz da razão, a bem de todos. O almejado bem geral da Nação. Geral? Nem tanto, a turma do privilégio gostaria que tudo ficasse como está.

Em um país forçado à devoção do neoliberalismo, o investimento dará lugar ao rentismo no seu exercício mais desbragado. Outras as demandas recomendadas pelo momento difícil. Em primeiro lugar, esforço concentrado para renovar os objetivos do PAC em obras de infraestrutura, em um Brasil aflito por imperdoáveis crises, uma energética, outra hídrica, sem contar o desastre da administração tucana de São Paulo, a exibir o leito da Cantareira crestado como as secas das terras nordestinas de outros tempos.

Outro empenho decisivo diz respeito à recuperação do prestígio da Petrobras, quarta maior empresa petrolífera do mundo, hoje em risco insustentável vítima de escândalos que ferem a credibilidade do próprio Estado brasileiro. A ação exige, obviamente, determinação e firmeza, sem tergiversações, e muito menos leniência, na punição dos culpados e no reacerto das rotas.

O que preocupa é a mediocridade dos conselheiros da presidenta, enquanto a distância entre a própria e Lula repete neste momento as dimensões do primeiro mandato. Está certo, dirá o ex-presidente, sempre disposto a entender, desde a vitória de Dilma em 2010, a justa aspiração da criatura de afirmar independência em relação ao criador, dizer a que veio e deixar seu legado.

Lula também sublinhará jamais ter pressionado a favor da nomeação de qualquer ministro, embora seja do conhecimento até do mundo mineral não apreciar vários entre os mais chegados a Dilma. Resta ver o que acontecerá se os maus agouros vingarem. Ou seja, se a recessão chegar em um Brasil que não cresce. Qual haverá de ser, se assim for, a postura de Lula?

O Brasil carregou, por mais de um século, a tradição de votar em pessoas em lugar de partidos, aspecto de óbvia explicação em um país onde partidos, na acepção democrática, desde sempre não passaram de clubes recreativos fundados por senhores da casa-grande. Com o PT desenhou-se a possibilidade de uma mudança. Não foi mantida. No poder o PT portou-se como todos os demais, com a agravante de ter prometido para não cumprir.

Não está claro até que ponto Lula pode e quer empenhar-se para recolocar seu partido nos trilhos originais. Tampouco estão claras suas intenções na perspectiva de 2018. Nem lhe conviria, agora, uma definição. Certa é sua boa saúde, o que poderia contribuir para apresentar a candidatura na hora oportuna. Trágico para Dilma se ele surgisse como o salvador da pátria. Não menos trágico para a casa-grande. Para os moradores da mansão, e dos seus aspirantes, Lula é a ameaça de longe mais apavorante, com ou sem partido.

quinta-feira, fevereiro 27, 2014

Lula: Por que o Brasil é o país das oportunidades

Rui Falcão, Padilha e Lula Lançamento da Caravana Horizonte Paulista. Foto: Ricardo Stuckert.
Passados cinco anos do início da crise global, o mundo ainda enfrenta suas consequências, mas já se prepara para um novo ciclo de crescimento. As atenções estão voltadas para mercados emergentes como o Brasil. Nosso modelo de desenvolvimento com inclusão social atraiu e continua atraindo investidores de toda parte. É hora de mostrar as grandes oportunidades que o país oferece, num quadro de estabilidade que poucos podem apresentar.

Nos últimos 11 anos, o Brasil deu um grande salto econômico e social. O PIB em dólares cresceu 4,4 vezes e supera US$ 2,2 trilhões. O comércio externo passou de US$ 108 bilhões para US$ 480 bilhões ao ano. O país tornou-se um dos cinco maiores destinos de investimento externo direto. Hoje somos grandes produtores de automóveis, máquinas agrícolas, celulose, alumínio, aviões; líderes mundiais em carnes, soja, café, açúcar, laranja e etanol.

Reduzimos a inflação, de 12,5% em 2002 para 5,9%, e continuamos trabalhando para trazê-la ao centro da meta. Há dez anos consecutivos a inflação está controlada nas margens estabelecidas, num ambiente de crescimento da economia, do consumo e do emprego. Reduzimos a dívida pública líquida praticamente à metade; de 60,4% do PIB para 33,8%. As despesas com pessoal, juros da dívida e financiamento da previdência caíram em relação ao PIB.

quinta-feira, novembro 14, 2013

2008: o ano que a mídia esqueceu


Por Saul Leblon, no editorial da Carta Maior.

Quando a tempestade neoliberal despencou, em 2007/2008, o Brasil resistiu ao naufrágio com boias que exigiram gastos fiscais da ordem de R$ 400 bilhões.

As notícias contraditórias que chegam dos EUA, em recuperação, e da Europa, sob a ameaça de uma deflação que obrigou o BC a derrubar o juro na sua mínima histórica,  evidenciam a profundidade de uma desordem financeira que não cederá tão cedo, nem tão facilmente.

A consciência dessa longa travessia é um dado fundamental para a ação política em nosso tempo.

É imprescindível abrir o olhar ao horizonte mais largo das determinações  ofuscadas pelo alarido imediatista da mídia conservadora.

A agenda  do arrocho fiscal e monetário bate seu bumbo outra vez.

Com objetivos explícitos e implícitos.

De um lado, determinar a natureza das respostas à dura transição de ciclo de desenvolvimento vivida pelo país.

De outro, encurralar  a sucessão de 2014 em um ambiente contaminado pela represália iminente das agências de risco e dos investidores à ‘derrocada fiscal’.

É o palanque pronto para aqueles que prometem fazer mais e melhor, restaurando o ‘tripé’, recita a cristã-nova do apocalipse, Marina Silva. Continue lendo..

sexta-feira, julho 19, 2013

Projeto tenta regulamentar Imposto Sobre Fortunas



No Consultor Jurídico.

Quem tem mais precisa dividir com quem tem menos. É a partir dessa ótica que muitos países discutem a tributação sobre grandes fortunas. A ideia é simples: instituir um imposto a ser cobrado sobre grandes patrimônios e utilizar estes recursos no combate à desigualdade social. No Brasil, o imposto já está previsto na Constituição de 1988, mas precisa ser regulamentado. O mais novo parlamentar a levantar a questão foi o deputado federal Cláudio Puty (PT-PA), que apresentou proposta para regulamentar imposto na Câmara dos Deputados e começa articular sua aprovação.
O deputado aproveita para tentar emplacar no Brasil um debate que está aceso em diversos outros países da Europa e nos Estados Unidos. Na Espanha, por exemplo, o imposto já existiu e hoje o país discute seriamente a possibilidade de reinstituí-lo para reduzir o déficit orçamentário e sair da crise das dívidas públicas da Zona do Euro.

No Brasil, a justificativa não é a crise, mas a tentativa de alcançar melhor distribuição de renda. De acordo com o deputado, o dinheiro arrecadado seria aplicado em investimentos na área da educação e em programas de redução da desigualdade social. Tais objetivos são objeto de críticas. Primeiro porque, para muitos, o imposto deve integrar o tesouro nacional, ou seja, não ter destinação específica, o que é uma característica das contribuições. Segundo, desconfiam que a destinação para políticas de cunho social não aconteça, a exemplo do que ocorreu com a CPMF e a saúde.

Um dos críticos do imposto é o professor titular de Direito Tributário da Universidade Federal do Rio de Janeiro Sacha Calmon, que questiona a efetividade do imposto. “O novo imposto teria como fato gerador uma renda que já foi tributada na ocasião em que foi obtida e, depois, pelo Imposto de Renda. Todos sabem que é um imposto de baixíssima produtividade fiscal, que vai gerar muito trabalho e pouca arrecadação”, diz.

Para o deputado, o imposto pode suprir exatamente a ausência de reformulação do Imposto de Renda. “Promover uma reforma tributária é praticamente impossível. Trazer alterações significativas para o Imposto de Renda, por exemplo, aumentando a alíquota para aqueles com maior renda, também. É mais fácil apresentar soluções alternativas e o imposto sobre fortunas é uma delas”, afirmou.

“Será criado um imposto sobre o patrimônio que, a princípio, foi conquistado com a renda do contribuinte, que já é tributada pelo Imposto de Renda”, diz o tributarista José Eduardo Tellini Toledo. “Além disso, na alienação desse patrimônio, havendo ganho de capital, haverá nova incidência do IR. Isso pode desestimular investimentos no país.”

É no apoio popular que se sustenta a proposta, segundo o advogado Eduardo Diamantino, do Diamantino Advogados Associados. “É um imposto comunista de baixíssima aplicação em outros países, visto que os ricos costumam montar estruturas para se proteger dele”, diz. Segundo Diamantino, a lei deve enfrentar problemas por incidir sobre a mesma base do Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD), “o que é vedado pela Constituição Federal”.

A proposta de Cláudio Puty pega mais leve que outras apresentadas anteriormente por outros deputados. Se aprovada, será tributado 0,5% ao ano de todo o patrimônio que supere o valor de R$ 3 milhões. A proposta da ex-deputada Luciana Genro (PSOL-RS), por exemplo, aplicaria a cobrança de 1% em relação à fortuna superior a R$ 2 milhões.

Além disso, algumas exceções estão previstas: Não será considerado para cálculo do total da fortuna a ser tributada o imóvel residencial do contribuinte que valha até R$ 600 mil. Se o texto original do projeto for aprovado, patrimônio superior a R$ 5 milhões será tributado em 1%; acima de R$ 10 milhões, 1,5%; e superior a R$ 15 milhões, 2%. “É preciso lembrar que embora o patrimônio seja individual, de alguma forma foi construído com o apoio da sociedade”, conclui Cláudio Puty para defender a regulamentação do imposto.

segunda-feira, dezembro 31, 2012

2012: O ano da pesca no Pará.


Albertinho Leão é Superintendente do Ministério da Pesca no Pará.


 Por Albertinho Leão.
   
Final de Ano é momento de fazermos balanço do ano finado para que se aponte perspectivas futuras. Sinto-me obrigado a fazê-lo como Superintendente Federal do Ministério da Pesca e Aqüicultura no estado do Pará.

Os últimos dez anos reservaram um novo patamar para a pesca e aqüicultura no Brasil. A Criação da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca – SEAP em 2003. A lei das Colônias – Lei 11.699/2008. 

A Lei 11958/2009 que criou o Ministério da Pesa e Aqüicultura – MPA e a Lei da Pesca – Lei 11.959/2009 criaram as condições basilares ao desenvolvimento dos programas e ações previstas no PPA 2012 -2015.

Neste sentido é que avaliamos as realizações em 2012:

  1. Regularização de mais de 100 mil pescadores artesanais, industriais, aqüicultores e amadores com a entrega de suas carteiras;
  2.  Aquisição para a Superintendência de 02 máquinas de impressão de carteiras;
  3. Criação no âmbito da superintendência do Pará do NEPE – Núcleo Especializado em Pesca Esportiva;
  4. Maior Orçamento da história da Superintendência;
  5. Aquisição de Mobiliário para os servidores;
  6. Elaboração dos projetos: Arquitetônico, Paisagístico, Elétrico e Hidráulico para readequação e reforma dos prédios da SFPA-PA;
  7. Realização de licitação com investimento de mais de 112 mil, para reforma dos prédios da superintendência;
  8. Liberação do cultivo de TAMBAQUI na bacia do Araguaia – Tocantins, após 09 anos de lutas;
  9. 4,1 bilhões de Crédito para o Setor através do Plano Safra da Pesca e Aqüicultura;
  10. Aumento da exportação de peixes ornamentais, tornando o Pará o maior exportador de ornamentais do Brasil;
  11. Casa para Pescadores através da Implantação no Pará do Programa Nacional de Habitação Rural – PNHR dentro do programa Minha Casa-Minha Vida;
  12. Consolidação do setor da Pesca nas discussões do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentado do Xingu – PDRS e na Operação Cidadania Xingu - OCX, nos municípios do entorno do Projeto de construção da UHE de Belo Monte;
  13. Retomada das discussões do parque Aquicola de Tucurui;
  14. Expressivo crescimento de embarcações artesanais no Programa de Subvenção do Óleo Diesel, saltando de 106 em 2011 para 451 em 2012 – Previsão de consumo subsidiado para 2013 de mais de 20 milhões de litros (21.813.055 ) ;
  15. Aprovação do Projeto: Melhorias do Peixe Salgado do Ver-O-Peso, pelo edital PROEXT-2  do MEC;
  16. Ampliação dos participantes e maior numero de eventos na realização da Semana do Peixe - 2012;
  17. Visita do Ministro no estado nos municípios de Tucurui e Belém;
  18.  Qualificação do quadro de servidores através da participação em diversos cursos;
  19. Regularização dos equipamentos de infraestrutura existentes no estado – Caminhões frigoríficos/feiras e Fábricas de gelo;
  20. Criação do Conselho Gestor do Terminal Pesqueiro Publico de Belém – CGTPP;
  21. Capacitação de mais de 400 pessoas entre funcionários e dirigentes de entidades  sobre a IN 06/2012 e sobre o Acordo de Cooperação entre  MPA X CNPA;
  22. Doação de 02 lanchas patrulhas de alto mar para a Marinha do Brasil para ações conjuntas de fiscalização da pesca.

*Albertinho Leão é Superintendente do Ministério da Pesca no Pará.

sexta-feira, fevereiro 10, 2012

O Brasil já deu certo - apesar dos céticos


Grande parte da mídia brasileira se especializou em falar mal do Brasil. Graças a isso, a percepção que a sociedade tem de si mesma, em diversos aspectos, é inteiramente equivocada. Vende-se algo que não existe: a visão de que somos piores em quase tudo, quando comparados com a maioria dos países desenvolvidos. Nem mesmo as boas notícias são recebidas de maneira positiva. Por exemplo, a recente informação de que ultrapassamos o Reino Unido quanto ao PIB foi divulgada cheia de ressalvas, afirmando-se que o PIB per capita é um indicador mais relevante e coisas do gênero.

A covardia com o Brasil atinge o ápice quando se tenta comparar nosso sistema político com o dos outros países. Afirma-se que o presidencialismo é pior do que o parlamentarismo, mas não dizem que os países parlamentaristas têm gastos públicos sistematicamente maiores do que os presidencialistas e que é justamente por isso que a Europa se encontra mergulhada na pior crise econômica de sua história recente. Diz-se que o sistema eleitoral distrital é melhor do que o proporcional com lista aberta, mas não dizem que um dos países que melhor escapou da crise mundial é a Suécia, que adota o mesmo sistema eleitoral que o nosso tão criticado Brasil. Como sempre, a lista de críticas ao Brasil é muito longa. É difícil imaginar como um país tão ruim, com tantas coisas negativas, possa ter chegado aonde chegou. Opa, para os críticos ele não chegou a lugar algum, continua lá atrás, sendo um dos países mais problemáticos do mundo.

A crítica permanente ao Brasil está fundamentada em excesso de provincianismo: como não se conhece o que acontece em outros lugares, assume-se que aquilo que conhecemos de muito perto, em detalhes, é muito ruim. A greve dos policiais da Bahia e a desordem e criminalidade resultantes é um prato cheio para a frase típica dos que sofrem de complexo de inferioridade: "Isso só acontece no Brasil". É possível ver o outro lado da moeda, o lado positivo. A greve dos policiais baianos será resolvida de uma forma inteiramente diferente de greves congêneres que ocorrem nos Estados Unidos. Ao contrário de nosso vizinho mais rico, aqui não será dado um aumento salarial que comprometa a situação de nossas finanças públicas.

É isso mesmo. Para aqueles que não sabem, vários Estados e municípios americanos estão quebrados porque concederam aumentos salariais a perder de vista para policiais e bombeiros. Esse é o caso, tão bem relatado por Michael Lewis em seu livro "Bumerangue", recentemente publicado no Brasil, da Califórnia e dos municípios de San Jose e Vallejo. Aqueles que idolatram o federalismo americano deveriam saber que justamente por isso lá não há nada que se assemelhe a nossa Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Governadores e prefeitos estão livres para exercer sua prerrogativa de gastar muito, endividar o setor público ao ponto de comprometer seu funcionamento para as futuras gerações. Não serve aqui o argumento em abstrato, o princípio teórico, de que descentralizar é necessariamente melhor do que centralizar.

Os policiais da Bahia e de outros Estados estão limitados pela nossa centralização, que se traduz na possibilidade de ter algo como a LRF. Mais do que isso, a simples discussão ora em curso sobre a PEC 300, um sinal evidente de nossa centralização, mostra que jamais nossos Estados ou municípios ficarão na situação, como é o caso de Vallejo, de ter somente um funcionário público, aquele que tem como função pagar os salários, aposentadorias e pensões de policiais e bombeiros. Isso mesmo, em Vallejo, os sinais de trânsito estão todos piscando permanentemente em amarelo. O município, falido, não tem recursos para sustentar uma burocracia que faça valer as leis de trânsito. Isso jamais ocorreu ou ocorrerá no Brasil.

Na Grécia, não há cartões de crédito na grande maioria dos estabelecimentos comerciais. A razão é simples: o pagamento em dinheiro vivo está a serviço da mais fácil e completa sonegação de impostos. Não adianta dizer que os gregos são uma piada e isso e aquilo. Sempre foi assim, desde o momento em que a Alemanha aceitou a entrada da Grécia no acordo que estabeleceu o euro. Os gregos vão muito além de não utilizar cartões de crédito. Em ano eleitoral, o governo relaxa o controle fiscal, faz vista grossa para o não pagamento de impostos. É muito interessante que o Brasil seja tão ruim, mas que um país europeu utilize o (não) pagamento de impostos como moeda de troca eleitoral. Cá entre nós, comprar votos em comunidades pobres é muito mais redistributivo. Nosso sistema de controle fiscal pode não ser germânico, mas certamente temos uma burocracia muito mais avançada do que muitos países europeus. Os críticos contumazes do Brasil não sabem disso, são provincianos demais para imaginar que algum país supostamente desenvolvido possa não controlar o pagamento de impostos, como se faz na nação de Macunaíma.

Aliás, nada mais distante do espírito germânico do que Macunaíma, nosso herói sem caráter. Ele é um retrato da nossa incredulidade. O brasileiro jamais acredita no que se diz. Essa credulidade alemã não faz parte da nossa cultura. Foi graças a isso que os alemães sempre acharam que a Grécia estava cumprido as metas de gastos definidas pelo tratado de Maastricht. Um burocrata ou um ministro da Fazenda brasileiro jamais confiaria na Grécia quanto a isso.

O livro "Bumerangue" é um excelente antídoto para o excesso de pessimismo quanto ao Brasil. Michael Lewis mostra que nos Estados Unidos, Grécia, Islândia, Irlanda e Alemanha aconteceram e acontecem coisas terríveis, que jamais atingiram e provavelmente nunca farão parte de nossa realidade. É claro que temos coisas ruins e abomináveis, mas isso está longe de ser o cenário catastrófico pintado pelos críticos. Todo país e toda sociedade têm problemas, mas também não somos piores do que os outros em tudo ou quase tudo.

Os alemães de Lewis são crédulos ao ponto de serem os únicos que, já com a crise no horizonte, continuavam comprando os papéis do "subprime" em Wall Street. Aliás, quando um "trader" americano tinha dificuldade para vender tais papéis, recebia invariavelmente a seguinte recomendação: "Venda para aqueles otários de Dusseldorf, que eles compram de tudo". Não creio que algum dia será possível trocar otários de Dusseldorf por otários de São Paulo ou do Rio de Janeiro, e muito menos de Brasília.

Os brasileiros acreditam em coisas mágicas como o boto da Amazônia ou o nêgo d'água em Minas Gerais. Ambos cumprem o mesmo papel de justificar, em uma sociedade conservadora, a gravidez de mulheres solteiras ou a traição das casadas. Isso causa muito menos prejuízo aos cofres públicos do que os duendes nos quais acreditam. Isso mesmo, na Islândia se acredita em duendes e quando uma empresa como a Alcoa foi se instalar por lá teve que aguardar por seis meses, até que fosse concluído um estudo que verificaria que em determinada área não havia duendes. É a mesma Islândia que transformou dezenas de pescadores em banqueiros. Isso mesmo, os banqueiros islandeses tinham sido pescadores durante toda sua vida profissional.

Mais do que isso, David Oddsson, que foi primeiro-ministro e presidente do Banco Central islandês, nunca teve experiência alguma com bancos e era poeta de formação. Talvez por isso os bancos alemães tenham colocado US$ 21 bilhões na Islândia, a Holanda tenha apostado US$ 305 milhões, o Reino Unido US$ 30 bilhões e a Universidade de Oxford tenha perdido US$ 50 milhões. No Brasil, é impensável que alguém que não tenha familiaridade com o mercado financeiro assuma a presidência do Banco Central. Mesmo assim, há aqueles que insistem em criticar tudo ou quase tudo.

Trata-se de uma questão de ponto de vista, de como olhamos o Brasil. O exemplo da centralização é emblemático. Não há nada necessariamente melhor em ser tão descentralizados como são os Estados Unidos. Uma postura cética indica que o que melhor e pior, o benéfico e maléfico, dependerão das consequências. A comparação entre os gastos com funcionários públicos estaduais e federais no Brasil e nos Estados Unidos mostra que a centralização política e administrativa tem sido mais efetiva para conter seu descalabro. Indo além, ser um pouco macunaímico quando se trata de comprar papéis do "subprime" teria sido bom para os germânicos. Nada disso se escolhe: são coisas que as nações são ou não são. Ultimamente, temos sido os grandes beneficiários de ser como somos.

domingo, janeiro 01, 2012

Balanços que não explicam nada

Por Emir Sader na Carta Capital

 

Os balanços de 2011 da velha mídia retratam fielmente sua incapacidade para dar conta dos fenômenos fundamentais do mundo contemporâneo – incluindo o Brasil e a América Latina.

Senão, vejamos:

O fenômeno mais importante e abrangente de 2011: o novo ciclo da crise capitalista, agora afetando diretamente a governos, que não poupa a nenhum governo do centro do capitalismo. Como se poderia explicar, sem uma visão crítica do capitalismo e dos seus mecanismos de crise cíclica? Como explicar se as sociedades norteamericanas e europeias seriam os modelos que deveríamos seguir? Como explicar se no centro da crise estão os sistemas bancários, o FMI, o Banco Central Europeu e o modelo neoliberal?

Como explicar que um governo que, tudo o que fez em 2011 foi correr atrás de ministros corruptos, herdados do governo Lula, tenha a mais alta popularidade de um governo no seu primeiro ano? Como explicar, se as políticas econômicas e sociais nao forma incluídas entre as pautas essenciais desse governo?

Como explicar que seu ídolo francês, Strauss-Kahn, praticamente escolhido pela velha mídia para dirigir a França, caia em desgraca em um episódio de alguns minutos apenas? Sabia-se desse aspecto da sua vida, mas como era o dirigente máximo do FMI e iria capitalizar o descontentamento com Sarkozy para fazer um governo super moderado, era melhor nao dar destaque, até que nao deu mais para segurar e terminou a carreira do seu ídolo.

No Oriente Médio finalmente surgiria a democracia, descoberta por jovens mobilizados pela internet. Os velhos ditadores – todos elogiados ate ali por essa mesma mídia - cairam e forma substituídos por democracias liberais. Nada disso acontece e forças muçulmanas ganham as eleições ou ocupam os novos governos provisórios desses países, demonstrando a distancia entre a realidade dessas sociedades e as ilusões dos liberais.

Toda a imoralidade do pais estava concentrada no PT, no governo Lula e nos seus aliados. De repente aparece um livro que revela as maiores negociatas da história do país, por meio da privataria tucana e a velha mídia nao tem o que dizer.

Convocados por todos os meios que dispunham, manifestações fajutas cantadas em prosa e verso como a versão cabocla dos “indignados”, tiveram vida curta e publico pequeno. Os brasileiros são corruptos? Se deixam comprar por alguns trocados do Bolsa Família? Dificil explicar.

A Argentina, governada por dirigentes tresloucados e corruptos, reelege sua presidente no primeiro turno, com três vezes mais votos do que o segundo colocado. Como explicar isso aos leitores?

O jovem, dinâmico e flamante dirigente da oposição, Aécio Neves, foi para os jornais não por seus vibrantes pronunciamentos com propostas para o país, mas pelo bafômetro, pela queda do cavalo e outras farras privadas.

FHC foi comemorado nos seus 80 anos, mas deu pra se pronunciar pelo abandono das camadas populares definitivamente pelos tucanos, pelo sugestivo lema I care e outras bobagens do ramo, mesmo se saudado como a mente mais lúcida da oposição.

O contingente cada vez menos de leitores dessa mídia ficou sem entender o mundo, mesmo se tivesse paciência de ler os balanços do fim de ano. Ficam esperando que o modelo econômico brasileiro imploda, que a inflação dispare, que o desemprego aumente, que o DEM não desapareça definitivamente, que o Serra e o Aécio nao troquem tabefes – pelo menos em publico – e que nao saia a CPI da Privataria.

sexta-feira, dezembro 23, 2011

Mulher, nortista, socialista e com grande experiência no sistema financeiro, pode!

Ana Júlia e a diretoria durante as comemorações dos 49 anos do Banpará
No Blog do Henrique Branco.

No último dia 20, a grande mídia publicou matéria sobre a indicação da ex-governadora do Pará, Ana Júlia Carepa para assumir uma diretoria na composição da presidência da BrasilCap, instituição criada em 1995 através da junção das empresas Banco do Brasil, o Icatu Hartford, a Sul América Capitalização e a Aliança da Bahia. Há quatorze anos mantém a liderança no mercado de capitalização no Brasil.

A indicação de Ana Júlia ao cargo foi suficiente para a grande imprensa buscar de todas as formas desqualificar a ex-governadora, dando a entender que a indicação foi resultado de pressão do PT paraense e de setores políticos próximos a ela no Planalto.

Desde quando Ana Júlia entregou ao governador eleito Simão Jatene o governo do Pará, há insinuações de indicações a cargos públicos. Primeiramente, a ex-governadora petista receberia um ministério. Depois cogitaram a presidência da Sudam, Basa e Eletronorte. Tudo não passou de factóides plantados intencionalmente. Com a indicação a diretoria da BrasilCap as afirmações caluniosas voltam à tona.

O objetivo é desqualificar a indicação e restrigí-la puramente a indicação política. Primeiramente, Ana Júlia é bancária há 28 anos do Banco do Brasil. Conhece bem como funciona uma instituição bancária e o sistema financeiro. Quando exerceu o mandato de senadora fez parte da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e participou ativamente da reforma do sistema financeiro no Brasil. Por que então as críticas? As insinuações de indicação puramente política? Preconceito costumeiro por que é mulher? Nortista? Socialista?

No governo de Ana Júlia o BanPará passou por uma das maiores reestruturações de sua história. No final de 2006 o banco estadual paraense estava sucateado, sendo preparado para seguir a sina dos bancos públicos estaduais: privatização.

Ana Júlia mudou a cara do BanPará e já em 2010, quatro anos depois seu lucro líquido já tinha multiplicado seis vezes. Segundo a revista especializada em mercado financeiro, Valor Econômico, entre as 1000 maiores empresas, o BanPará entre os 20 bancos com melhor rentabilidade operacional e sua equivalência patrimonial terminou 2010 em segundo no país e quarto em rentabilidade sobre o patrimônio. Dados que comprovam a reestruturação do banco estadual paraense, reforçando o papel do Estado e indo de encontro ao discurso privatista.

A história de Ana Júlia, suas atividades profissionais e políticas não justificam tal indicação? Não lhe permite assumir cargo de direção em uma instituição financeira? De grande participação acionária do Banco do Brasil, instituição que ex-governadora trabalha há 28 anos!

A Direita pode ter seus integrantes assumindo cargos em empresas públicas e privadas, prestar assessoria, consultoria sem maiores questionamentos e faturar milhões no mercado financeiro. Quem é da esquerda não pode? É privado do direito de demonstrar a sua competência? No Brasil ainda temos que vencer barreiras colocadas pelos que querem que o “status quo” continue. Nossa luta continua em defesa da verdade e bom senso.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...