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sábado, abril 15, 2017

Emilio Odebrecht: "A imprensa sabe de tudo isso há 30 anos. Por que agora?"



Por Diógenes Brandão

Ao prestar depoimento em dezembro do ano passado a procuradores da Operação Lava Jato, o empresário Emilio Odebrecht foi questionado pelos investigadores sobre o sistema de relações da empreiteira com o poder público. Ele, então, respondeu:

"O que nós temos no Brasil, não é um negócio de cinco anos, dez anos atrás. Nós estamos falando de 30 anos atrás. [...] Então, tudo que está acontecendo era um negócio institucionalizado. Era uma coisa normal." 

Emilio Odebrecht é o dono do grupo Odebrecht e deu essa declaração durante depoimento de delação premiada. Ao ser questionado por procuradores a respeito das relações da empreiteira com o poder público e a imprensa, disse: "O que me entristece é que a imprensa sabe de tudo isso há 30 anos, há 30 anos, e nunca disse nada (...). Vocês, procuradores jovens, estão fazendo seu trabalho, mas os procuradores da geração anterior sempre souberam de tudo e nunca fizeram nada. Por que? Nada disso é novidade. Por que antes nada? Por que agora?", indagou.

Ao noticiar o depoimento bombástico, a imprensa brasileira editou o vídeo e só publicou a parte em o empresário fala dos políticos.

Assista:



domingo, fevereiro 26, 2017

Jornais paraenses encalham nas bancas



Sucessivas edições dos dois jornalões paraenses, Diário do Pará e O Liberal, encalham nas bancas de revistas e pontos de vendas espalhados por Belém. Nem o tablóide Amazônia, "filho" caçula das ORMs, que mesmo sendo vendido a preço de bombom, consegue esgotar suas vendas. Em Abril, o "Amazoninha", como é chamado pelos jornalistas que lá trabalham, completa 17 anos de existência e não terá muito a comemorar.

Mesmo reduzindo o número de impressos, os barões da mídia paraoara, assistem dia após dia, grande parte das suas edições serem devolvidas para as empresas das famílias Maiorana e Barbalho. 

Em compensação, as versões digitais ampliam seus acessos paulatinamente. 

O jornal Diário do Pará criou sua versão online, deixando todas as edições liberadas para os internautas, enquanto o concorrente ainda cobra assinatura para que os leitores tenham acesso ao seu conteúdo na web.

segunda-feira, fevereiro 13, 2017

IMPRENSA BRASILEIRA DENUNCIA CENSURA NO CASO DE MARCELA TEMER


Juliana Gonçalves, no Intercept Brasil

A semana começa com um grave ataque à liberdade de imprensa no Brasil. A pedido do Palácio do Planalto, a Justiça Brasileira ordenou que os jornais Folha de São Paulo e O Globo retirassem do ar as matérias que mencionam a tentativa de extorsão sofrida pela primeira-dama Marcela Temer. O advogado Gustavo do Vale Rocha – que também é subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República – argumentou que a divulgação do material seria uma conduta “criminosa e atentatória de direitos fundamentais”, e que os veículos de imprensa teriam ignorado tal aspecto, “apenas para aumentar o número de acesso a seus sites e venda de suas edições impressas”.

Entidades que representam a imprensa brasileira lançaram notas de repúdio à censura. A Associação Brasileira de Jornalismo investigativo (Abraji) diz reivindicar a anulação da absurda decisão da 21ª Vara Cível de Brasília. Impedir repórteres de publicar reportagens é prejudicial não apenas ao direito à informação, como também ao papel do jornalista de fiscalizar o poder público.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) também repudiaram o caso como censura prévia. As entidades consideram “a decisão judicial um cerceamento à liberdade de imprensa e esperam que a sentença seja revista ou reformada imediatamente, garantindo aos veículos de comunicação o direito constitucional de levar à população informações de interesse público”.

Um dos objetivos da criação do The Intercept era defender e apoiar a liberdade de imprensa em todo o mundo, e, por isso, publicou os materiais censurados para que possam ser analisados pelo público.

A Folha recorreu da decisão, que qualifica como “inaceitável”. Taís Gasparian, advogada do jornal, entrou com um agravo de instrumento destinado ao presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O texto lembra que “as informações do episódio do hackeamento já são há muito conhecidas”.

quinta-feira, fevereiro 02, 2017

Jornalista da Veja, Reinaldo Azevedo pede que fascistas tenham compaixão da esposa de Lula



Por Diógenes Brandão

Na publicação "Marisa piora. Mulher de Lula e fascismo da vulgaridade", o colunista da Veja, Folha e Jovem Pan que mais odeia Lula e faz campanha aberta por sua prisão, fala sobre o quadro clínico da Dona Marisa Letícia e repreende o uso político e fascista deste momento difícil em que passa a família e amigos do ex-presidente. É como se buscasse inocentar-se da onda de ódio que varre o país e que levou a companheira de Lula a sofrer um AVC. 

Em um trecho, o blogueiro tenta se livrar dos alunos zumbis que ajudou a formar e hoje semeiam ódio e violência nas redes sociais: "É evidente que eu não tenho nada a ver com essa escória. Não há nada de errado com a “compaixão” — ao contrário. É ela que nos distingue da besta", diz o jornalista em tom de humanismo e isentando-se dos que hoje espalham tantas sandices na internet.

Leia abaixo, a disfarces de Reinaldo Azevedo:

Há vagabundos lucrando com esse clima. Quanto mais o país viver tempos de terra arrasada, melhor. Mobilizam os incautos, que acreditam em qualquer porcaria.

Entre as muitas indignidades que marcam estes tempos de pistolagem moral, há a que pôs, ou põe em dúvida, a gravidade do estado de saúde de Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Lula.

É uma das coisas mais asquerosas que já se publicaram nas redes. E pouco me importa agora saber como alguns petistas e petralhas se comportam habitualmente em casos assim. Aliás, eu sei bem. Em 2006, quando extraí dois tumores da cabeça, desejaram abertamente a minha morte. Voltaram a fazê-lo neste ano por causa do aneurisma que tive.

A qualidade dos ataques desferidos por meus adversários não determina a minha reação, a minha resposta. Uma das lições mais importantes da minha vida — e, felizmente, eu a recebi muito cedo — foi tomar o cuidado para não me deixar sequestrar por quem detesto ou por quem me detesta.

Como os leitores sabem, simplesmente ignoro os marginais do pensamento.

Se e quando os petistas explorarem a situação de Marisa, se eu achar conveniente, tratarei do assunto. Mas deixei claro desde o início que a minha primeira abordagem é a humana.

Não há nada de errado com a “compaixão” — ao contrário. É ela que nos distingue da besta. É a capacidade de sentir empatia, de pertencer a uma comunidade que partilha das mesmas fragilidades, das mesmas dores. No caso, a comunidade humana.

Consta que o estado de saúde de Marisa piorou bastante nas últimas horas. Desde o começo, ficou claro que a ocorrência era muito grave — e nem há hipótese de o rompimento de um aneurisma cerebral não o ser.

A suspeita que o lixão da Internet lança sobre a real condição da mulher do ex-presidente tem uma motivação puramente política, ideológica. ORA, EM QUE COISA ESTES QUE ASSIM PROCEDEM HOJE SE DISTINGUEM DAQUELES QUE DESEJAVAM A MINHA MORTE? Os dois grupos acham que adversário bom é adversário morto.

É evidente que eu não tenho nada a ver com essa escória. E espero que a distância seja cada vez maior.

Mais ainda: querem transformar a desconfiança política no critério mais relevante da análise, a despeito dos fatos? Mas que, então, tenham ao menos um mínimo de respeito pelos médicos que estão tratando de Marisa. Será que eles também entraram numa conspiração política para, então, Lula se apresentar como vítima etc e tal?

Mais de uma vez, já lamentei aqui a emergência do ‘fascismo da vulgaridade” (by George Steiner) que está em curso. Não tem exclusivismo ideológico, não. Há o de esquerda e o de direita. Em qualquer dos casos, os fatos pouco importam.

Sim, há vagabundos lucrando muito com esse clima. Quanto mais o país viver em clima de terra arrasada, melhor. Mobilizam os incautos, para os quais, parece, a vida real é sonho ou pesadelo. A verdade “de verdade” sempre estaria acontecendo em outro local. Em logradouros secretos, grupos de conspiradores, a esta hora, tramam contra o nosso futuro.

Bem, vou dizer o quê?

Que antipetistas e petistas tenham cuidado ao tratar do caso Marisa Letícia. E que a compaixão seja a apreensão principal.

Sim, o estado de saúde da mulher de Lula é muito grave. Sempre foi.

Há várias escolhas em momentos assim. Só uma é sensata: a solidariedade humana.

Fiquem longe dos que fazem do ódio um meio de vida, uma profissão, um negócio.

“Ah, está falando de nós?” Não! Nem sei quem são “vocês”.

Estou falando dos que fazem do ódio um negócio.

sábado, janeiro 28, 2017

Dilma põe o pé na estrada para denunciar ao mundo o golpe no Brasil


Via Sul21

A presidenta deposta, Dilma Rousseff (PT), iniciou neste mês uma série de viagens ao exterior para denunciar o golpe que levou Michel Temer e sua turma ao poder. A viagem, que vai até o dia 5 de fevereiro, começou pela Espanha, na terça-feira (24), quando Dilma esteve em Sevilha, no seminário organizado pelas universidades da Espanha e Portugal. De acordo com a programação, Dilma abriu o evento com a palestra inaugural “O ataque à democracia no Brasil e na América Latina”.

Depois do evento, em entrevista coletiva Dilma falou sobre o processo que uniu centristas, direita, ultraconservadores e oligarquia para aplicar no Brasil a estratégia política do “quanto pior, melhor”, à qual se somou a criminalização de sua gestão fiscal. “Perdemos a batalha, mas não podemos perder a democracia”, disse Dilma, que falou também sobre sua preferência por Lula como candidato do PT para as eleições de 2018. “Acredito e quero que seja Lula o candidato. As pesquisas dizem que ele seria um forte candidato, mas a decisão depende dele”, disse a jornalistas europeus.

Dilma aproveitou ainda para criticar a política distorcida contra Lula no Brasil denunciado a acusação de corrupção sem provas, mas com convicção – fazendo referência a uma frase de Deltan Dellagnol, procurador do Ministério Público Federal e coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato.

Da Espanha, Dilma viaja hoje (26) para Lecce (Itália) e Paris (França) onde dará palestras sobre o golpe no Brasil e participará do seminário Capitalismo Neoliberal, Democracia Sobrante.

A presidenta, está acompanhada pelo ex-ministro de Justiça José Eduardo Cardozo, o advogado do ex-presidente Lula, Cristiano Zanin Martins, e Baltasar Garzón, juiz da Audiência Nacional da Espanha.

Com o pé na estrada, Dilma também fará palestras na terceira edição da Brazil Conference at Harvard and MIT, a convite de estudantes de doutorado brasileiros das duas instituições, a ser realizada em abril, em Cambridge, Massachussetts (EUA).

Em sua última passagem por território americano, em abril de 2016, Dilma Rousseff planejou denunciar o golpe na conferência da ONU, em Nova York. Com medo de que Dilma revelasse ao mundo que estava sendo vítima de um golpe, Michel Temer escalou  seus aliados com a missão de desmentir a presidenta.

Antes mesmo de ela confirmar a viagem, o senador tucano Aloysio Nunes pousou em Washington para pedir o apoio de autoridades americanas ao “impeachment”. Em breve discurso, Dilma trocou a palavra golpe por “retrocessos” e deixou muita gente frustrada.

Mas para a imprensa estrangeira mais influente meia palavra bastou. Todos entenderam o que ocorria no Brasil. Em editorial, o britânico The Guardian descreveu o impeachment como “uma tragédia e um escândalo”.

O The New York Times disse que a Câmara fez um plebiscito sobre o PT, em vez de julgar a acusação baseada nas pedaladas fiscais.

Agora, Dilma está livre para denunciar ao mundo que Temer se valeu de um golpe para chegar ao poder.

Crédito, dívidas e a desgraça Temer




O Judas Michel Temer está no poder desde maio passado, quando o Senado aprovou a admissibilidade do impeachment de Dilma. A mídia privada e os empresários que financiaram o “golpe dos corruptos” – como o presidente da Riachuelo, Flávio Rocha, e o picareta Paulo Skaf, coronel da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) – garantiram que bastaria afastar a presidenta eleita para o Brasil voltar a crescer – “instantaneamente”. Mas já são dez meses do covil golpista e a economia segue afundando. Nesta semana, mais três indicadores confirmaram a desgraça patrocinada pelo usurpador Michel Temer.

Segundo balanço divulgado nesta terça-feira (24) pela Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), o crédito para aquisição e construção de imóveis desabou 38,3% em 2016. No ano passado, as concessões de empréstimos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), bancados com recursos de poupança, somaram R$ 46,6 bilhões, contra R$ 75,6 bilhões em 2015. Entre janeiro e dezembro de 2016, foram financiados 199,7 mil imóveis, queda de 41,5% na comparação com 2015. Segundo Gilberto Duarte de Abreu, presidente da Abecip, juros altos e desemprego recorde tiraram a confiança do consumidor na compra da casa própria.

O impacto foi maior no financiamento dos imóveis usados. O crédito para a compra dessas unidades caiu 41% em relação a 2015, para R$ 13,7 bilhões; já o financiamento de imóveis novos recuou 30%, somando R$ 22,3 bilhões. O financiamento para a construção (pessoa jurídica) caiu 49% no mesmo período, fortemente impactado pela queda nas vendas das incorporadoras e menor demanda. De janeiro a dezembro de 2016, foram liberados R$ 10,6 bilhões para a construção, ante R$ 20,8 bilhões em igual período do ano anterior.

Dívidas e queda no varejo

Outro dado sobre a desgraceira na economia foi divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Com o aumento do desemprego e a queda de renda, os brasileiros estão com maiores dificuldades para pagar suas dívidas. O número de famílias com contas em atraso e que afirmam não ter condições de voltar para o azul cresceu 25% entre 2015 e 2016, revela a pesquisa. Do universo de 3,6 milhões de inadimplentes no país, 1,4 milhão se encontra nesta situação. O quadro é assustador, segundo a economista da CNC Marianne Hanson. “As condições de renegociação não estão favoráveis para o bolso das famílias. Se o principal provedor está desempregado, não vai conseguir renegociar. E outro ponto é que as prestações estão muito altas”.

Por último, a Federação do Comércio de São Paulo – que apoiou o “golpe dos corruptos” – não esconde mais seu desânimo com os rumos da economia. Ela avalia que as vendas no varejo seguirão estagnadas em 2017 e que a retomada, se houver, será lenta. A entidade calcula que o setor vá faturar R$ 181 bilhões neste ano, cifra equivalente à obtida no ano passado. “Pelo menos paramos de cair. A partir de agora, vai ser uma evolução muito lenta", afirma Guilherme Dietze, economista da federação, tentando disfarçar o desalento.

E ainda teve “midiota” que acreditou na conversa fiada da imprensa privada de que bastaria tirar Dilma para o Brasil voltar a crescer – “instantaneamente”. O otário serviu apenas como massa de manobra – ou pato amarelo – para os que pretendiam repassar o ônus da crise econômica para o seu bolso.

sábado, dezembro 10, 2016

Totó dos Maioranas é condenado por seu jornalixo capacho

Com o apelido de Totó do Orly, Ronaldo Brasiliense e seu jornalixo foi condenado por ataques a Helder.

Por Diógenes Brandão

Descoberto por receber um Mensalão do PSDB no Pará, onde 70 mil reais saíam (ou ainda saem) dos cofres públicos, direto para sua conta, o jornalista Ronaldo Brasiliense, vulgo Totó do Orly, apelido carinhoso que recebeu da jornalista Ana Célia Pinheiro, se encontra novamente em destaque no noticiário paraense.

O blog parabeniza a juíza pelas decisões tomadas contra o jagunço midiático da família Maiorana e seus patrões, famosos por usar o jornal OLiberal para atacar seus adversários políticos e comerciais.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo publicou nota em setembro deste ano, onde noticiou outra derrota imposta aos barões da mídia e seus lacaios:  

A juíza Luzia do Socorro Silva dos Santos, da 4ª vara cível do fórum de Belém rejeitou a ação de indenização por danos morais e materiais, cumulada com tutela inibitória e antecipatória contra o jornalista Lúcio Flávio Pinto e o jornal Diário do Pará. A ação foi movida por Ronaldo Maiorana, Ronaldo Maiorana Júnior – donos do jornal O Liberal – e a Delta Publicidade, por considerarem ofensivas as reportagens publicadas no Diário sobre a agressão praticada por Ronaldo Maiorana contra o jornalista, em 21 de janeiro de 2005.

A preliminar suscitada por Pinto foi acatada pela juíza, que alegou ilegitimidade passiva para figurar como réu na ação. O jornalista, editor do Jornal Pessoal, argumentou que não tinha responsabilidade sobre as matérias, publicadas por iniciativa do Diário do Pará. A magistrada concluiu que ele se limitou a transmitir ao público um fato de efetivo interesse social, sem se configurar em abuso do direito de informação, sem a intenção de lesar a imagem de terceiros, "no exercício regular do direito de expressão e informação".

A ação decidida pela juíza é uma das duas que tramitam na 4ª vara cível do fórum de Belém. Há mais uma na 9ª e outra na 11ª vara, ainda sem decisão. O processo instaurado contra Ronaldo Maiorana pela agressão, a partir de denúncia do Ministério Público do Estado, com base em inquérito policial, foi arquivado. O agressor pagou uma multa de R$ 15 mil e foi liberado.

quarta-feira, dezembro 07, 2016

Antes de fugir para os EUA e abandonar Lava Jato, Sérgio Moro comemora com Temer e PSDB


Por Diógenes Brandão

Antes de fugir para os EUA, onde diz que pretende estudar, o juiz responsável pela quebradeira das principais empresas brasileiras, que julgou e condenou boa parte dos seus proprietários em busca de provas contra Lula e ainda não as teve, Sérgio Moro segue sua saga para ridicularizar a política nacional e para tal não faz o mínimo esforço para disfarçar.

A Folha assim noticiou:

Diante uma plateia de políticos tucanos e do presidente Michel Temer, o juiz Sergio Moro recebeu o prêmio "Brasileiro do Ano na Justiça" na noite desta terça (6) e homenageou colegas magistrados.

Na cerimônia, promovida pela revista "IstoÉ", no Citibank Hall, na zona sul de São Paulo, Moro permaneceu no palco em um assento ao lado do senador Aécio Neves (PSDB-MG), com quem cochichou ao longo da cerimônia. Os três ministros do PSDB participaram do evento, no qual houve entrega de premiações à atriz Grazi Massafera e à cantora Ludmilla.

Moro foi o mais aplaudido e foi lembrado em discursos dos homenageados, como o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB).

Temer, que fez um breve discurso, não mencionou o juiz. Em discurso de apenas três minutos, Moro cumprimentou o presidente e disse que o ano foi muito cansativo.

Disse dedicar o prêmio a magistrados "de todas as instâncias", especialmente os do Supremo Tribunal Federal.

"[A Justiça] tem assumido um papel cada vez mais importante na vida brasileira."

Moro se opõe ao projeto de abuso de autoridade, em tramitação no Congresso, que prevê punições a juízes e a integrantes do Ministério Público e é muito criticado por procuradores da Lava Jato. 

O jornalista Leandro Forte foi mais fundo ao ponto e disparou: 

domingo, dezembro 04, 2016

Destruição a Jato: O documentário sobre os efeitos da Lava Jato


Por Diógenes Brandão

Publicado há pouco mais de duas semanas, o vídeo-documentário "Destruição a jato", já teve mais de 200 mil acessos no canal "desmascarando globo" no YouTube. Trata-se de um balanço cru e explícito do que o Brasil ganhou e perdeu com estes dois anos em que a Operação Lava jato passou a ser – à frente de tudo, da economia, do emprego, da vida humana – a reitora da existência dos brasileiros.




sábado, novembro 26, 2016

Fidel Castro e os vira-latas da mídia



A mídia brasileira, com o seu complexo de vira-lata, sempre reproduziu a visão imperial dos EUA de satanização do líder cubano Fidel Castro. Agora, com o anúncio da sua morte, ela promove uma festa macabra. Na Globonews, os “calunistas” de plantão não se cansam de repetir a palavra “ditador”. No site da Folha, a manchete garrafal: “Ditador Fidel Castro morre em Cuba aos 90 anos”. Já a asquerosa Veja destaca os “10 fatos sobre a vida do ex-ditador”. E a revista Época segue a toada emburrecedora: “Aos 90 anos, morre o ditador cubano Fidel Castro”. Uma rápida olhada nos sites dos principais veículos internacionais evidencia como a mídia nativa afundou de vez no jornalismo rastaquera.

A guerra fria acabou e o mundo mudou. Mas a mídia brasileira mantém sua linha editorial colonizada e replica as piores posições dos falcões do império. Na prática, ela corrobora com o pensamento fascista de Donald Trump. Logo após o anúncio do falecimento, o magnata corrupto festejou “a morte do ditador brutal que oprimiu seu próprio povo por quase seis décadas... Enquanto Cuba continua sendo uma ilha totalitária, é minha esperança que hoje marque um afastamento dos horrores suportados por muito tempo, para um futuro em que o maravilhoso povo cubano possa finalmente viver em liberdade”. A imprensa nativa segue o pensamento do psicopata que presidirá os EUA!

A guinada direitista de Clóvis Rossi

O triste em mais este episódio é acompanhar a conversão de certos jornalistas que já tiveram um papel mais digno na imprensa nativa. É o caso de Clóvis Rossi, colunista e membro de conselho editorial da Folha. Sua relação conjugal com os tucanos fez com ele adotasse a mesma trajetória do PSDB. De socialdemocrata a conservador. No artigo publicado neste sábado, intitulado “A esquerda morre com Fidel Castro”, ele confirma sua guinada à direita. Para ele, com o falecimento do líder cubano, “morre na verdade a esquerda que poderia ter sido e não foi, a que poderia ter sido uma utopia libertária e acabou sendo uma ditadura como tantas outras que ensanguentaram a América Latina”.

O jornalista da Folha – o jornal que apoiou o golpe militar de 1964 e os generais “linha dura” que prenderam, torturaram e mataram tantos brasileiros – pousa de teórico ao analisar as vicissitudes das esquerdas e ao menosprezar “um punhado de militantes comunistas e intelectuais seduzidos pela promessa do socialismo”. Ao final, ele conclui: “A morte do ícone dessa utopia fracassada encontra a esquerda numa tremenda crise... Cuba não aceitou (ainda) o liberalismo mas está aceitando o capitalismo, com imensas dificuldades. Sem Fidel, torna-se ainda menos farol para a esquerda”. 

Sua tese “acadêmica” talvez ajude a diminuir sua depressão e a justificar sua conversão. Clóvis Rossi há muito tempo “aceitou” o capitalismo e hoje namora com o liberalismo destrutivo do PSDB, o mesmo que ergueu a “pinguela” para o Judas Michel Temer tomar de assalto o poder no Brasil.

segunda-feira, novembro 14, 2016

O dia nacional de greve e o 'silêncio militante' da mídia

A ocultação deliberada do real, de fatos sobre os quais tem conhecimento, dizia Perseu Abramo, é um dos padrões de manipulação dos meios de comunicação.

Por Pedro Rafael Vilela, via Rede Brasil Atual

Não é a primeira vez, nem será a última, mas não deixa de ser simbólica a (não) cobertura da mídia brasileira sobre os protestos e paralisações de diversas categorias profissionais ocorridos em mais de 21 estados e no Distrito Federal, na última sexta-feira (11), no Dia Nacional de Greve. Os atos, organizados por movimentos sociais e pelas principais centrais sindicais do país, contou com a participação de dezenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras, além de estudantes, que interromperam suas atividades em setores como transporte público, limpeza urbana, bancos, escolas e indústria, e foram às ruas das maiores cidades brasileiras para protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 55, em tramitação no Senado. Se aprovada, essa PEC vai impor um congelamento nos gastos públicos, como saúde, educação, cultura e saneamento básico pelos próximos 20 anos, uma tragédia em termos de direitos sociais sem precedentes na história do Brasil.

Uma mudança constitucional tão drástica, num país que tivesse um sistema de comunicação plural e diverso, deveria gerar, para dizer o mínimo, um intenso debate na sociedade, com participação maciça da própria mídia na visibilidade e no esclarecimento das reais implicações da medida. Não é o que ocorre no Brasil.

A irrealidade da mídia

Em um de seus ensaios mais célebres, o jornalista e sociólogo Perseu Abramo descreveu com acuidade as múltiplas formas de manipulação da informação por parte da imprensa. Ao distinguir os quatro padrões básicos de distorção da realidade praticados pela mídia, Abramo chama a atenção para o padrão de ocultação, um dos mais recorrentes. Em suas próprias palavras, “é o padrão que se refere à ausência e à presença dos fatos reais na produção da imprensa. Não se trata, evidentemente, de fruto do desconhecimento, e nem mesmo de mera omissão diante do real. É, ao contrário, um deliberado silêncio militante sobre os fatos da realidade”.

Um outro padrão concebido por Perseu Abramo, o da fragmentação, tem a ver com a forma como a mídia, ao noticiar um fato, decompõe a totalidade desse fato, operando um processo de seleção de alguns aspectos, em detrimento de outros. É o que ocorre, por exemplo, quando a ênfase das matérias trata apenas das consequências dos bloqueios no trânsito e fechamento de rodovias, como que opondo os objetivos dos manifestantes ao do conjunto da população. Ao mesmo tempo que ressalta esse aspecto, silencia sobre as motivações das paralisações e se recusa até mesmo a dar voz aos envolvidos nas mobilizações para dialogue com a sociedade. Trata-se de uma inversão rasteira dos fatos e da própria realidade, mas que é absolutamente corriqueira na cobertura da mídia. Basicamente, esses dois padrões de manipulação, facilmente verificáveis, deram a tônica do noticiário na (não) repercussão das manifestações e paralisações no Dia Nacional de Greve. O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) acompanhou com atenção a cobertura das principais redes de televisão, jornais e portais de notícias ao longo da sexta-feira e no dia seguinte. O resultado? Um tapa na cara da democracia e um descompromisso brutal com o direito à comunicação e informação da população brasileira.

Televisão: a gente não se vê por aqui

As principais emissoras de televisão aberta parecem ter disputado entre si o título de quem mais ignorou as expressivas mobilizações do Dia Nacional de Greve. O Jornal Nacional, da Globo, noticiário de maior audiência na tevê brasileira, decidiu simplesmente não exibir um segundo sequer dos atos que paralisaram algumas das maiores cidades do país, apostando forte na estratégia da ocultação. Na opinião de Perseu Abramo, em seu ensaio sobre manipulação da grande imprensa, a mídia é mais perversa por aquilo que ela não veicula do que por aquilo que leva ao ar. É como se ela definisse os fatos sociais que merecem ser considerados fatos jornalísticos ou não. “Todos os fatos, toda realidade pode ser jornalística, e o que vai tornar jornalístico um fato independe de suas características reais intrínsecas, mas depende, sim, das características do órgão de imprensa, de sua visão de mundo, de sua linha editorial”.

A Globo News, canal de notícias das Organizações Globo na televisão por assinatura, que, durante as manifestações pró-impeachment de Dilma Rousseff dedicava praticamente a totalidade de sua programação aos protestos, dessa vez apenas cumpriu um lamentável protocolo de cobrir com distanciamento e até desprezo os atos do Dia Nacional de Greve. Exibindo notas curtas e panorâmicas ao longo de sua programação, sem sequer ouvir os porta-vozes dos atos, a emissora deu ênfase justamente às interrupções no trânsito e paralisação dos transportes públicos em cidades como São Paulo e Brasília. No programa Estúdio I, que se define pela característica de noticiário com análise, e vai ao ar de segunda à sexta, às 14h, a cobertura dos protestos seguiu a lógica de relatar superficialmente os acontecimentos. No momento de analisar a notícia, os participantes do programa praticamente ignoraram as causas do protesto e logo mudaram de assunto. Para se ter uma ideia, o programa dedicou mais tempo à matéria sobre o site de dicas econômicas de moda da filha do Donald Trump do que à repercussão da greve nacional, incluindo aí os comentários de estúdio.

No Jornal da Record, uma nota de 37 segundos, lida pelo apresentador, apenas mencionou protestos de estudantes e servidores do Rio de Janeiro contra atrasos nos salários por parte do governo estadual, com ênfase na repressão da Polícia Militar. O Jornal da Band, levado ao ar na noite da sexta-feira (11), como que reconhecendo a dificuldade em ignorar as manifestações, optou por um caminho misto, entre a ocultação e a distorção com doses generosas de criminalização da manifestação política e do próprio direito de greve. Na matéria de um minuto e 10 segundos, o telejornal enfocou imagens das manifestações pela ótica da paralisação do transporte público e bloqueio de ruas e rodovias, ressaltando a ideia de que os protestos “atrapalharam muita gente”. Os dois únicos entrevistados foram pessoas que criticaram as interrupções no trânsito, e não houve qualquer menção mais clara sobre os motivos do protesto.

Já o SBT Brasil, dentre os principais telejornais, foi o que exibiu a matéria mais equilibrada. Com 4min27 de duração, a reportagem seguiu a ênfase de relatar criticamente os bloqueios e paralisações de rodovias na primeira parte da matéria, mas foi a única a dar voz para lideranças dos movimentos (Raimundo Bonfim, da Central de Movimentos Populares, e Rodrigo Rodrigues, secretário-geral da CUT Brasília). Destacou passeatas e protestos de estudantes e professores no Rio Grande Sul, que resultaram em forte repressão da Brigada Militar. Bom lembrar que diversas categorias de servidores estaduais do RS sofrem com salários atrasados há meses. A própria Brigada Militar, que reprimiu os protestos, corre o risco de nem sequer receber o 13º salário em decorrência da política de austeridade do governo Ivo Sartori (PMDB-RS), que tem penalizado principalmente os serviços públicos no estado.

Ocultação nos jornais

Os três maiores jornais impressos do país, em suas edições publicadas no sábado (12), decidiram deliberadamente ignorar os atos ocorridos no dia anterior. Até mesmo a Folha de S. Paulo, que se vende como veículo aberto ao debate e que busca exibir diversos pontos de vista políticos diferentes, não dedicou uma linha sequer ao assunto. No jornal O Globo, da família Marinho, idem. O Estadão, tido como o mais conservador entre os três, publicou uma nota pequena, na página interna B3, de economia, com cerca de 10 linhas, praticamente um registro dos protestos, e não uma cobertura. Nos portais de notícias UOL e G1, foram publicadas matérias sobre os protestos, repetindo a fórmula panorâmica de descrição dos atos a partir do ângulo das interrupções no transporte e paralisação das rodovias. Nenhuma dessas matérias ganhou destaque na página principal desses portais. Para encontra-las, os interessados teriam que buscar principalmente na página de últimas notícias ou no buscador do próprio site, o que diminui muito o potencial de audiência dessas notícias.

Censura privada na TV pública

Se o comportamento dos veículos privados de comunicação não chega a surpreender, foi lamentável constatar que as mesmas fórmulas de ocultação e cobertura superficial se aplicaram também à matéria exibida pela TV Brasil, emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no seu principal telejornal, o Repórter Brasil, na noite de sexta-feira. Em menos de dois minutos, a “reportagem” exibiu trechos dos protestos e paralisações em diversos estados. Novamente, destaque para os bloqueios de rodovias e paralisações no transporte público e nas escolas. Nenhum porta-voz dos trabalhadores foi ouvido para contextualizar o significado daqueles atos. Oferecer mecanismos para debate público acerca de temas de relevância nacional, como preconiza a lei de criação da EBC, mandou lembranças dessa vez. Esse episódio não parece estar desconectado da grave intervenção promovida por Michel Temer sobre a EBC, que praticamente eliminou as garantias de autonomia e independência de sua programação frente ao governo, ao extinguir principalmente o Conselho Curador e os mandatos do diretor-presidente e do diretor-geral.

O contraponto

Coube aos meios de comunicação alternativos oferecer uma cobertura decente e proporcional ao tamanho das paralisações e mobilizações da última sexta-feira. Apenas para ficar em um dos exemplos mais expressivos, a Mídia Ninja utilizou seus canais nas redes sociais para distribuir, ao longo de toda a sexta-feira, um rico conteúdo das manifestações, que incluía, principalmente, vídeos e fotos, com registro de paralisações em mais de 20 cidades, incluindo diferentes categorias: metroviários, rodoviários, professores, estudantes, trabalhadores da limpeza urbana, e muito mais. Vale destacar que, ao contrário da cobertura televisiva, onde as filmagens se deram com distanciamento, partir do topo de edifícios ou do alto dos helicópteros, a cobertura da Mídia Ninja se dá diretamente das manifestações, abrindo espaço para falas dos trabalhadores e capturando uma dimensão mais orgânica do significado desses atos. O portal Brasil de Fato também publicou dezenas de matérias e postagens destacando a abrangência das paralisações em todo o país.

Esse contraponto só reforça uma conclusão inevitável: a grande imprensa só não cobriu o Dia Nacional de Greve porque não quis. Ou melhor, porque tratou-se de uma deliberada decisão editorial de ignorá-lo e, com isso, alienar ainda mais o conjunto da sociedade sobre o debate do presente e do futuro do país. Não há democracia sem mídia democrática. E, sem democracia, não se constrói um país justo. Re-existir sempre, calar jamais!

*Pedro Rafael é jornalista, mestre em comunicação pela Universidade de Brasília (UnB) e secretário-executivo do FNDC, onde o site publicou originalmente o artigo. Colaboraram Bia Barbosa e Renata Mielli.

sexta-feira, novembro 04, 2016

Blogueira denuncia publicitário, governador, prefeito e membros da justiça paraense


Jornalista que mantêm um dos blog mais acessados no Pará, Ana Célia Pinheiro declarou guerra aos tucanos e membros da justiça paraense, quem acusa de comporem uma quadrilha no Pará. Seu blog, tem a esperança de uma intervenção do Conselho Nacional de Justiça, mas pode ser retaliada por sua destemida ousadia de desafiar de uma só vez, o poder executivo, o judiciário e alguns empresários que controlam a mídia paraense.
Por Diógenes Brandão

A jornalista Ana Célia Pinheiro sempre se notabilizou pela sagacidade de seus textos, tanto jornalísticos, na grande imprensa local, quanto de cunho pessoal, o qual exercita com mais frequência e eloquência, em seu blog, A Perereca da Vizinha e redes sociais. Mas desse vez, ela superou-se e promete surpreender cada vez mais.

Considerada uma das principais jornalistas investigativas, Ana Célia já atuou em diversos espaços institucionais, empresas de propaganda e ambientes políticos, tendo inclusive participado ativamente de campanhas eleitorais, dos mais diversos partidos e matrizes ideológicas. Da esquerda à direita, acumula rancores e elogios, aplausos e vaias, tal como acontece com todos que se destacam em algum campo profissional de nossa sociedade provinciana.

Mas essa semana, que ainda pode nos trazer muitas e fortes emoções, em tom beligerante de uma legítima Kamikaze, Ana Célia superou-se ao "chamar pra porrada" de uma só vez, o marqueteiro do PSDB no Pará, Orly Bezerra, o governador do Pará, Simão Jatene, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho e nada mais, nada menos do que o desembargador do Estado, a quem todos chamam de Dr. Milton Nobre.

Sem se fingir de surdo, cego e morto, como muitos outros blogs e colunistas da cena política paraense e nacional, o blog AS FALAS DA PÓLIS traz uma coletânea de cinco (05) publicações realizadas essa semana, tanto pela jornalista, quanto por seu colega de profissão, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, além de uma nota da Associação dos Magistrados do Pará e uma segunda publicação da jornalista que responde ao comentário do também jornalista Walber Monteiro, amigo do desembargador e membro da Academia Paraense de Jornalismo.

Leiam como tudo começou:



Orly e o Lobo de Wall Street.  (Via o blog A Perereca da Vizinha, dia 31.10.2016)

Sabes, Orly, estava olhando, há pouco, a postagem que fizeste, na qual tentavas bancar o humilde, o manso, o “coitadinho”.

Aí, lembrei-me daquela ocasião, em 2010, em que gritavas histericamente, ameaçando até bater em um deficiente físico, que não fizera o trabalho do jeito que havias mandado.

E pensei comigo: só mesmo quem não conhece de perto o Orly, pra acreditar em toda essa “mansidão” e “humildade”...

É claro que o sujeito nunca dirá nada, né Orly?, já que depende de ti, pra manter o DAS. Mas todos sabemos – eu, tu, ele e os poucos que se encontravam na Griffo, naquele dia, um deles já até agoniado com tamanha violência – que isso aconteceu, sim.

E não só com aquele deficiente: mas com várias outras pessoas, que foram alvo da tua histeria.

Pensei, também, nessa tua estratégia de bancares o “coitadinho”, até usando a doença da tua irmã (se é que isso é verdade, vindo de um mitômano como tu).

Tal estratégia nem poderia ser diferente, né Orly?, já que a tua base é a propaganda nazista.

Buscas sempre a “santificação”, aos olhos públicos, para “satanizar” o outro.

És sempre a “vítima” de algum “monstro cruel”...

O bom, o indefeso, o honestíssimo Orly...

Honestíssimo???!!!

Orly, tu enriqueceste aplicando estelionato eleitoral, na população do Pará.

Ajudaste a eleger alguns dos piores bandidos que este estado já viu.

Milhares de pessoas estão morrendo, por causa dessa enganação, desse 171,  a que chamas de “trabalho”.

E esses jovens que estão matando e morrendo nas nossas ruas é que são as verdadeiras vítimas, meu caro.

Ao passo que tu, Orly, és muito mais um vampiro, do que qualquer outra coisa.

Há mais de vinte anos, fraudas licitações.

Há mais de vinte anos, ajudas a assaltar o erário.

Nem mesmo o dinheiro da Saúde, em um estado como o Pará, escapou a tua pilhagem.

E se a população paraense tivesse consciência de todo o mal que fazes, já não poderias nem mesmo andar pelas ruas desta cidade.

No entanto, ainda há quem elogie o teu “talento”...

E é por isso que o teu caso me lembra a sensação que tive, ao assistir aquele filme “O Lobo de Wall Street”.

O sujeito era um tremendo vigarista, um pilantra, que enriqueceu enganando um monte de gente, inclusive, velhinhos.

Mas, ao final do filme, muitos ainda diziam: “ah, como ele é inteligente!”; “ah, como ele é esperto!”, “ah, como ele merece todo o dinheiro que ganhou!”.

No fundo, era a perversão moral da sociedade brasileira se manifestando: o bandido é que é o “inteligente”; o bandido é que é o “bacana”.

Confesso que até eu já caí nesse raciocínio enviesado, elogiando o teu “talento”.

E só quando fiquei a pensar sobre esse filme e a reação de muitos,  é que percebi o quanto aquele caso se assemelha ao teu.

Estás com medo, Orly, da investigação do MPF?

Aí, meu caro, só posso é te dizer: deves, sim, ter muito, mas muito medo.

Até porque, como ambos sabemos, tu e os teus companheiros não resistem a uma investigação de verdade.

Quanto a mim, Orly, não tenho rigorosamente nada a perder e já nem me importo de pagar pelos erros que cometi.

Pra mim, o urgente, mesmo, é frear essa matança que tomou conta do Pará. E para isso é fundamental desarticular essa quadrilha, que se instalou no poder e corrompeu todas as instituições.

Lembras, em 2010, quando recusei o emprego que me ofereceste, e tu ironizaste dizendo que eu me sentia uma “pecadora”?

Pois é, Orly, a questão não é a de me sentir “pecadora”: é a de ter uma consciência e uma empatia com aqueles que sofrem, coisas cujo significado, infelizmente, desconheces.

Daí que estou a refletir se vale a pena perder meu tempo com um capacho da tua marca (porque é isso o que és, quando estás diante do teu chefe, o Jatene), ou se o melhor é mirar bem mais acima, dando até uma de camicase, para acabar com essa rede de corrupção e de tráfico de influência do teu governador.

Ainda assim, podes ter certeza, meu caro: é chegada a hora de pagares por todos os crimes que vens cometendo, ao longo dos últimos 20 anos.

E de nada te valerá, Orly, toda essa tua "performance de ovelhinha”.

FUUUIIIIII!!!!!

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Carta aberta ao desembargador Milton Nobre (Via o blog A Perereca da Vizinha, dia 03.11.2016)
Em primeiro lugar, eu queria lhe parabenizar, doutor Milton Nobre, porque o senhor conseguiu, de fato, uma proeza: transformar o Judiciário paraense no prostíbulo mais arreganhado de todos os tempos. Sob o seu comando, esse Poder magnífico, que é o Judiciário, transformou-se em mero capacho desse chefe de quadrilha que é o governador Simão Jatene. Tornou-se, portanto, um mero fantoche da corrupção política e do crime organizado. Nenhum processo contra essa quadrilha, por maior que seja o crime que cometa, consegue prosperar neste estado, devido a sua ação nefasta. No entanto, todos os cidadãos mais bem informados sabem que é o senhor quem coordena essa rede de corrupção e tráfico de influência que hoje domina o Judiciário paraense, através da distribuição de benesses aos bandidos togados da sua marca, pelo governador. Todos sabem que o senhor manipula a distribuição de processos, para que eles acabem nas mãos dos meliantes que integram a sua organização criminosa. Todos sabem, mas ninguém fala, já que todos morrem de medo do senhor. Porque de nada adiantarão provas, advogados ou o que quer que seja: ao fim e ao cabo, a sentença em um eventual processo será escrita pelo senhor, e alguma magistrado de quinta categoria apenas a assinará. Hoje, o Judiciário paraense, sustentado pelos milhões de impostos dos cidadãos, serve apenas aos seus interesses e às quadrilhas que dominam este estado. Os processos que o senhor determina, tramitam com celeridade impressionante, digna de uma Suécia. Já aqueles que o senhor não quer que andem, são simplesmente travados por algum de seus comparsas. Corajosos e honrados juízes de primeiro grau, ainda tentam fazer Justiça, insurgindo-se contra a sua máfia. Mas no Desembargo, o seu controle é quase total: um ou outro desembargador é que ainda busca, cada vez mais solitariamente, honrar a toga que veste. Imagino como tamanho poder não lhe provoca quase um orgasmo, não é, doutor? Imagino como o senhor se imagina “bom” e “puro”, ao papar uma hóstia, enquanto milhares de pessoas são assassinadas em nossas ruas, devido a sua psicopatia. E eu creio que ao ver religiosos como o senhor, a papar hóstias ou a gritar aleluias, Deus deve é sentir uma tremenda ânsia de vômito. Sei que ao publicar esta carta, doutor Milton, o senhor e a sua gangue transformarão a minha vida em um miserável inferno, até o fim dos meus dias. Sei, também, que estarei sozinha; que muitos se afastarão de mim, como se portadora de algum vírus; e que outros tantos, a seu serviço, farão de tudo para destruir a minha reputação. No entanto, depois de muito pensar, acabei concluindo que não há maneira de acabar com as quadrilhas que se apoderaram deste estado, sem antes desarticular a organização criminosa que o senhor comanda. Nunca tive “vocação” para heroína, doutor Milton. Sou é uma sobrevivente – e me orgulho disso. Mas nestes últimos dias, ao refletir sobre a minha vida, percebi que não tenho rigorosamente nada a perder, ao enfrentar abertamente a sua gangue. Vou fazer 56 anos. E como vivi desbragadamente, se Deus me conceder mais quatro, terei é que me dar por satisfeita. Além disso, quando o Senhor meu Deus me chamar, voltarei pra Ele apenas com o meu espírito, que, por sinal, nem sequer me pertence, mas a Ele, como tudo o mais no Universo. Processe-me, doutor Milton, como, aliás, já o fez, e o senhor me arrancará quase nada, já que o pouco que acumulei ao longo da vida não vale nem R$ 2 mil. Mande me prender, e eu continuarei a pensar e a escrever, para que todos saibam, no presente e o futuro, o bandido que é o senhor. Mande me matar através dos jagunços da quadrilha do seu comparsa, Simão Jatene. Mas tenha certeza de uma coisa: só partirei daqui quando Aquele lá em cima determinar, porque nem o senhor nem ninguém é mais poderoso do que Ele. Vamos, portanto, jogar o “phoda-se”, doutor Milton, até o derradeiro fôlego de cada qual. Eu contra o senhor e toda essa bandidagem togada que empesta este estado. Desta feita, sem acordos, sem sorrisos, sem dissimulações. Vamos jogar de maneira crua, tratando o senhor da maneira que merece, porque assim, quem sabe, desperte o sonolento CNJ. O que não dá mais é pra suportar o triunfo dos seus crimes, à custa de milhares de vidas, em todo o estado do Pará.

FUUUIIIIII!!!!!!

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A sujeira pública (Via o blog de Lúcio Flávio Pinto em 03.11.2016)

A jornalista Ana Célia Pinheiro acaba de divulgar no seu blog, A Perereca da Vizinha, uma carta aberta ao desembargador Milton Nobre.

Reproduzo esse texto não porque concorde com o que Ana Célia escreveu. Discordo frontalmente. Não é um texto jornalístico. Repórter das boas, que sempre admirei por sua tenacidade e compromisso com a busca dos fatos, Ana nega essa condição nesse libelo – tão contundente quanto desarvorado, tão inflamado quanto desrespeitoso, tão pouco a Ana Célia Pinheiro, que eu lia com prazer e absorvendo as informações e ensinamentos que ela me proporcionava. Lamento muito, mais como seu leitor do que como seu amigo, que ela tenha produzido a obra que se vai ler abaixo.

Não a transcrevo para me aproveitar da algaravia da jornalista e assim realizar meus interesses sem me comprometer diretamente, como faz agora o Diário do Pará, de Jader Barbalho. Ele se serve dela, estimulando seus impulsos justiceiros, que não constituem missão de uma grande repórter, como ela foi.

Ana devia traduzir cada acusação que faz ao desembargador Milton Nobre em fatos, se possível fundamentados em provas válidos, ou na citação de acontecimentos. Onde está um adjetivo contundente, deviam estar relacionados acontecimentos e situações concretas que lhes dessem embasamento.

A utilização do que devia ser o produto de apuração jornalística em editorial, como fez o Diário, é uma anomalia, uma acusação à repórter desnaturada. Se fizesse jornalismo de verdade, e não estivesse em pleno retrocesso editorial, de volta à condição de partido político, o jornal da família Barbalho deveria ter usado o desabafo da jornalista como pauta para a devida apuração das informações. Como o jornal não quer chegar a tanto, ecoa maliciosamente o texto, na certeza de que, se houver reação, escapará do alcance da represália. Ana Célia pagará o pato.

O desembargador Milton Nobre já foi corregedor, vice-presidente e presidente do Tribunal de Justiça do Estado, além de membro do Conselho Nacional de Justiça. Chegou ao topo da corte sem fazer carreira na magistratura, graças a uma anomalia, inaceitável numa sociedade verdadeiramente democrática (da qual um dos pilares é a completa independência entre os poderes institucionais da república), que permite à OAB (e ao Ministério Público) ocupar um quinto das cadeiras de desembargadores.

Com esse currículo, ele deve seguir a sugestão da sua feroz acusadora: não deve processá-la nem intimidá-la nem persegui-la e, muito menos, recorrer a qualquer medida de força. Se a catilinária o ofende, deve atribuí-la aos ossos do ofício do serviço público, embora a lei ampare o servidor público nessas situações, punindo exemplarmente o alegado ofensor. Diante de um poder geralmente corporativo, essa atitude equivalerá a um tiro no pé.

O que ele pode fazer melhor à sociedade, diante dos ataques da jornalista (e de outros, como os que fundamentaram críticas – com outra configuração – que fiz ao seu desenho, do qual esperei inicialmente que fosse exemplar), é prestar contas à opinião pública – se possível, desfazendo cada um dos pontos abordados no texto.

Talvez ele se recuse a seguir esse caminho, a pretexto de que é melhor deixar que um texto desse tipo se desfaça por si mesmo. Mas o desembargador tem muitos inimigos (além de falsos amigos), que deverão estar reproduzindo o produto explosivo.

Se Ana Célia Pinheiro errou a mão (e como errou) neste texto, o judiciário paraense tem errado tanto que perdeu a premissa da inocência. Foi condenado ao enquadramento no oposto da regra da lei: é culpado até prova em contrário.

Meu objetivo é também colocar os dois grupos que dominam a comunicação no Pará, das famílias Maiorana e Barbalho, a meditarem um pouco sobre o mal que estão fazendo ao Estado com esse jornalismo faccioso e venal que têm praticado. A queda do nível a um limite abissal de desrespeito às pessoas e descompromisso com a sociedade está fomentando um clima de paixão, radicalismo e fanatismo que acabará resultando em alguma tragédia.

Em 1991 decidi publicar um texto pornográfico que Hélio Gueiros me mandou, apenas dois meses depois de deixar o governo do Pará, para mostrar a que ponto se deterioraram as lideranças políticas do Estado. Elas travaram uma luta imoral no ano anterior, da qual Jader Barbalho saiu vitorioso contra a máquina estadual, mobilizada para produzir votos em favor do candidato do governador, o iludido (e, depois, abandonado, tendo que pagar sozinho a conta da campanha eleitoral) Sahid Xerfan. Uma sujeira maior do que a da eleição deste ano em Belém.

O ex-governador cometeu aquela “coisa” achando que eu jamais a tornaria pública. Ao transcrevê-la, tive a mesma intenção que agora repito: mostrar a que ponto chegamos em degeneração da coisa pública neste tão maltratado Estado.

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NOTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE (Via Associação dos Magistrados Paraenses)
"Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor. Porque o amor resultou inútil. E os olhos não choram. E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco"
(Carlos Drummond de Andrade)
A Associação dos Magistrados do estado do Pará – AMEPA, entidade que congrega os juízes estaduais, por meio de seu presidente, vem externar irrestrita solidariedade ao Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre, ao tempo em que demonstra veemente REPULSA à ignóbil carta aberta subscrita por uma pessoa identificada como Ana Célia Pinheiro, espalhada em rede social na presente data:
A descabida enxurrada de falsas acusações e alucinações desmedidas assacadas a um Desembargador como se deu nessa missiva, demonstra que vivemos tempos de absoluto desrespeito com a coisa pública e com os que sacrificam suas vidas para o exercício funcional, em especial à magistratura.
Na atualidade, pessoas que se escondem no anonimato das redes de computadores ou mesmo expõem seus nomes, certamente porque salvaguardadas pelo crime organizado ou por um destempero que beira a insanidade, não vislumbram limites para despejar um sem número de xingamentos e impropérios, como se estivessem no livre exercício de um direito. As palavras contidas no verdadeiro arrazoado do crime subscrito por essa pessoa maculam não apenas a imagem de um magistrado, mas toda a magistratura paraense.
Uma nota somente da Associação dos Magistrados não poderia resumir a relevância pública do Des. Milton Nobre e toda sua contribuição ao Poder Judiciário, como também ao estado do Pará e na divulgação nacional dessa unidade da federação.
O Desembargador Milton Nobre é o decano da corte paraense. Ex-Conselheiro Federal da OAB. Ex-Presidente do Tribunal de Justiça, Ex-Presidente do Conselho de Presidentes dos
Tribunais de Justiça do Brasil e Ex-Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, entre outras tantas funções que já ocupou em sua extensa e promissora carreira jurídica, incluindo o magistério.
Em décadas dos mais relevantes serviços prestados jamais registrou qualquer desvio de conduta, tampouco fora ofendido de maneira tão abjeta.
As afirmações feitas contra o Desembargador representam profundo golpe no respeito ao Poder Judiciário. A apuração do caso deverá ser a mais rígida possível e todas as alegações desta desequilibrada hão de sujeitá-la à responsabilidade nos termos da lei civil e criminal.
Aliás, que esse episódio de agressão indevida, gratuita e desnecessária a um magistrado sirva para alertar à sociedade de que o exercício da judicância é uma atividade de extremo risco e sujeita quem a escolhe a sofrer dissabores que machucam a alma.
Tornou-se rotineiro qualquer pessoa apontar o dedo em riste e desqualificar juízes, como se ouvir falsas acusações fizesse parte das condições para o exercício laboral. Não o são e tais calúnias devem desafiar a mais exemplar punição.
A AMEPA lamentando de forma profunda esse triste acontecimento e como tem feito a cada ataque à magistratura estadual, faz a defesa de seu associado e atuará para coibir atos atentatórios à honra do Desembargador que construiu sua honrosa carreira à custa de dedicação e estudo.
Belém, 03 de novembro de 2016
HEYDER TAVARES DA SILVA FERREIRA
Presidente da AMEPA

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Amigo de Milton Nobre responde ao blog. E ameaça com “medidas restritivas”.  (Via o blog A Perereca da Vizinha, em 04.11.2016).

Recebi o comentário abaixo, do Walber Monteiro, de há muito ligadíssimo ao desembargador Milton Nobre. Já está liberado na caixinha que acompanha a postagem anterior, mas resolvi trazê-lo à berlinda:  “Depois de ler as sandices que escrevestes sobre o Milton Nobre, só posso depreender que enlouquecestes de vez. Sempre te vi como anormal, pelos comportamentos inusitados que costumas ter com as pessoas, inclusive as que procuraram, no passado, te ajudar (como o Orly Bezerra).
Creio que deverias ser internada e com “camisa-de-força”, em razão dos despautérios que assacas contra não apenas um homem que construiu sua vida e seu sucesso exclusivamente por seus méritos, entre os quais a honradez e a honestidade, mas contra todo o Poder Judiciário do Pará a quem rotulas de “prostíbulo” e de “quadrilha”.
Não tenho pena de ti, nem compaixão. Necessitas de urgentes cuidados médicos e de psquiatras e de providências acauteladoras que evitem, de futuro, que os meios de comunicação social de que usas para tuas infâmias e calúnias sejam utilizados para denegrir imagens e criar, junto ao público que ainda te prestigia, falsos conceitos sobre pessoas e instituições que merecem respeito.

WALBERT MONTEIRO”.  A minha resposta:  Não entendi, Walber: se tudo o que escrevi são “sandices”, “calúnias”, “infâmias”, por que o alvoroço? Ora, como dizia a minha finada mãe, quem se mete com doido acaba é na camisa-de-força, e o doido, na porta do hospício, rindo da cara do sujeito. Então, estou perplexa com a tua reação. E, especialmente, com a tua ameaça velada de “medidas restritivas” contra mim. O que é que vocês vão fazer: tirar meu blog do ar? Tentar me impedir, judicialmente, de acessar a internet? É bobagem, meu amigo! Como já disse, agora não tem acordo, não tem dissimulação, não tem lári-lári, não tem nada. Se tentarem me impedir de acessar a internet em casa, vou pra um ciber ou pra casa de um amigo; crio um site no exterior. Vai ser até bacana porque vai todo mundo acessar a Perereca da Vizinha, pra ver o que é que este blog tem de tão impressionante, que fez até tremer nas bases o mais poderoso magistrado do Pará. O problema é que coloquei o dedo na ferida, né, Walber? O meu voo de camicase acertou bem no centro desse esquema de corrupção e tráfico de influência no TJE, né? Não tenho nenhuma expectativa de escapar ilesa, meu amigo – até porque, como já disse, foi um voo de camicase. Sei o que me espera, mas vou logo avisando: vocês vão ter que me prender ou me matar. Se me prenderem, vou ser presa política, de consciência. Estarei, portanto, na belíssima companhia de muitos dos que lutaram por Democracia, Justiça, Liberdade, em todo o mundo. Se me matarem... Mano, isso aí é com Deus, porque maior do que Ele, ninguém. Se Ele achar que já deu pra mim, Ele vai dizer: vem-te embora! E eu irei toda feliz, pros braços Dele. Mas se Ele achar que ainda tenho que permanecer por aqui, vocês podem mandar os seus melhores pistoleiros, que não me acontecerá coisa alguma. Ao contrário de vocês, que falam tanto por aí no nome Dele, eu quase nem falo Nele. Mas a minha fé no Senhor meu Deus é inabalável! Portanto, façam o que bem entenderem. E sei que vai ser rápido, né? Porque amanhã mesmo, quem sabe, o teu patrão, o Milton Nobre, já esteja com uma liminar encomendada nas mãos. O que, aliás, só vai é confirmar tudo o que escrevi. E vai virar um caso com repercussão nacional, meu caro. E quem sabe assim, finalmente, o CNJ faça alguma coisa, pra acabar com essa corrupção que tomou conta do Judiciário paraense. E só lamento é que não tenham sido os muitos e honrados magistrados desta terra, a dar um pontapé no teu patrão. E antes que me esqueça, Walber, explica aí a história da Vivenda. Abs

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...