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segunda-feira, maio 30, 2011

O Mal da Amazônia

Casso


Edgar Vasques



JBosco


Cartunistas retratam com o dom de seus traços, um quadro insólito e cruel da realidade na Amazônia Brasileira. 

No site do Jornal Brasil de Fato, a terrível constatação: 04 militantes da luta contra a devastação da floresta são assassinados em apenas 5 dias.

quinta-feira, maio 26, 2011

A dor pela perda da Lutadora.

Enviado ao blog por email.


Amigas e amigos da Plataforma e RLATS

Escrevo de Paris para informar voces que no dia 24 de maio, Maria de Espirito Santo de Silva, uma grande amiga, companheira, arteducadora e integrante de nosso projeto amazonico 'Vozes do Campo' foi assassinada com seu companheiro, na regiao de Maraba.

Conheci a Maria em 2004 quando iniciamos uma colaboracao com ela e mais outros cinquenta educadores do campo da região sudeste do Para. Hoje, faltava so dois meses para a celebracao da formatura da turma. Nas ultimas semanas, enquanto editava o livro da turma (para ser lancado na formatura), re-li varios contos de historia de vida e poemas da Maria que narravam as dores, as alegrias e os sonhos de quem sempre viveu na e pela Floresta. Ela era a educanda mais experiente da turma, vivida, marcada pela historia de luta pela Floresta. Lado a lado da Irma Doroty. Todos tinham muita admiração por ela. Quando ela apresentava os produtos do agroextrativismo da comunidade nas feiras falava de cada um com amor sem fim. Lutou com cada palavra, com a caneta, com idade, com as sementes, cada sonho para tornar um projeto de agro-extrativismo comunitario na Amazonia possivel.


Ainda em choque... de tristeza, de dor da perda, de indignação, de injustiça. Nao consigo escrever mais, nesse momento. Ela fazia parte da ABRA. Esteve no IDEA 2010, grande lutadora contra o 'Codico da Floresta' que foi votado ontem. Vamos juntar nossas vozes latino-americanas em solidariedade com a familia, comunidade e luta pan-amazonica em memoria da Maria?

Com carinho

Dan

terça-feira, maio 24, 2011

Chega de Impunidade!

Tombou mais um defensor da Floresta

"Vivo da floresta, protejo ela de todo jeito. Por isso, eu vivo com a bala na cabeça a qualquer hora. Porque eu vou para cima, eu denuncio os madeireiros, os carvoeiros e, por isso, eles acham que eu não posso existir. A mesma coisa que fizeram no Acre com Chico Mendes, querem fazer comigo. A mesma coisa que fizeram com a irmão Dorothy, querem fazer comigo. Eu posso estar hoje aqui conversando com vocês, daqui a um mês vocês podem saber a notícia que eu desapareci."  Zé Cláudio.
Zé Cláudio Ribeiro vivia na Amazônia produzindo castanhas através do Projeto da Reserva Extrativista Praia Alta, em nova Ipixuna do Pará, próximo do Município de Marabá. 

Em uma palestra emocionante durante o TEDx Amazônia, ele contou como é constantemente ameaçado por madeireiros e carvoeiros devido às denuncias que faz. Foi por conta da ação desses grupos que a cobertura de floresta nativa local passou de 85% em 1997 para pouco mais de 20% nos dias de hoje.

Citando Chico Mendes e Irmã Dorothy, dizia-se várias vezes ameaçado de morte. Em Dezembro num evento da TEDx Amazônia num fórum internacional que discutiu como tema a qualidade de vida no planeta, voltou a prever seu assassinato que hoje aconteceu, junto com sua esposa.

A Veja informa que os ex-ministros do Meio Ambiente que reuniram-se há pouco com Dilma Rousseff para tratar da votação do Código Florestal relataram a ela a morte do líder camponês.Surpresa, Dilma, determinou ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que dê apoio às investigações sobre a morte do casal.

Assista o vídeo onde Zé Cláudio afirma que vai morrer:

sábado, maio 14, 2011

Acusados de chacina em Marabá são pronunciados 10 anos depois

No excelente Fórum Carajás.

Os fazendeiros João Davi de Melo, Evandro Marcolino Caixeta e o gerente de fazenda Domingos Correia Bibiano, foram pronunciados pelo juiz Celso Quim Filho, da comarca de Marabá, como mandantes e intermediário dos assassinatos do Sindicalista José Pinheiro Lima, sua esposa, Cleonice Campos Lima e seu filho Samuel Campos Lima, de apenas 15 anos de idade.

A chacina ocorreu no bairro de Morada Nova, em 09 de julho de 2001. Dois pistoleiros chegaram à casa do sindicalista por volta das 19 horas daquele dia. Na sala estava Cleonice que foi alvejada com três tiros, José Pinheiro se encontrava deitado se recuperando de uma malária, foi assassinado com quatro tiros em sua cama, Samuel jogava bola com outras crianças do barro em uma rua nas proximidades da residência. Ao ouvir os disparos correu de volta para casa, quando chegou em frente à casa se deparou com os dois pistoleiros que já estavam de saída, foi alvejado com um tiro no peito. Pais e filho morreram no local.


domingo, maio 01, 2011

Dia do Trabalhador

Sebastião Salgado

A liberdade do homem consiste tão somente nisso, de que ele obedeça as leis da natureza as quais ele por si próprio reconhece enquanto tais, e não porque elas foram impostas externamente sobre ele por qualquer vontade exterior, humana ou divina, coletiva ou individual.



quarta-feira, abril 06, 2011

Paulo Rocha é homenageado em seus 60 anos

 

Ana Júlia e Paulo Rocha no áuge da festa durante o show da banda Renato e seus Blue Caps.

O presidente de honra do PT e ex-deputado federal Paulo Rocha comemorou 60 anos de vida na noite de sexta-feira, 1 de abril. Cerca de três mil pessoas prestigiaram o evento, entre lideranças políticas, deputados, prefeitos, empresários e familiares de Paulo Rocha. O cantor Haroldo Reis abriu a noite, seguido do show da banda Renato e Seus Blue Caps. Encerrando a comemoração, subiram ao palco a bateria e as mulatas da Escola de Samba Rancho Não Posso me Amofiná.


Paulo Rocha em seu discurso falou da importância das mudanças pelas quais o Brasil vem passando nos últimos anos através das políticas públicas iniciadas pelo governo Lula e continuadas pela presidente Dilma Rousseff. Falou também que tais mudanças são fruto da luta travada pela geração da qual ele faz parte, denominada pelo ex-deputado como sofrida, mas vitoriosa.


Fundador do PT no Pará Avelino Ganzer foi à AABB abraçar Paulo Rocha. A festa contou com inúmeros parlamentares, como os deputados federais do PT de São Paulo, José Mentor e Devanir Ribeiro. Também estiveram na comemoração os deputados federais do Pará, Zé Geraldo e Beto Faro, do PT, e José Priante, do PMDB.


Onze prefeitos participaram da festa, Saci (Baião), Roberto Pina (Igarapé Miri), Maria do Carmo (Santarém), Fernando Cruz (Curuçá), Álvaro Xavier (Conceição do Araguaia), Maurino Magalhães (Marabá), Elias Santiago (Concórdia do Pará), Iran Lima (Moju), Marcelo Pamplona (Santa Cruz do Arari), Getúlio Brabo (São Sebastião da Boa Vista) e Pedro Paulo Boulhosa (Ponta de Pedras).


Os vereadores Adalberto Aguiar, Otávio Pinheiro, Alfredo Costa e Marquinho, todos do PT, assim como os deputado Carlos Bordalo e Zé Maria, do PT, e Nilma Lima, do PMDB, também foram abraçar o ex-deputado Paulo Rocha. 

José Mentor, Eliana Pinto (esposa), Avelino Ganzer e Devanir Ribeiro comemoram a festa dos 60 anos de Paulo Rocha.

Participaram ainda o procurador Regional da República, do Ministério Público Federal, Franklin Rodrigues da Costa; a presidente da CUT, Miriam Andrade; a juíza federal do Trabalho, Edilene Franco, e o presidente do PT, João Batista. Délio Mutran e sua esposa, Beta Mutan; José Diamantino, da Revemar, estavam entre os inúmeros empresários presentes à comemoração. 


Texto: Elite Ramos.
Fotos: David Alves.

segunda-feira, abril 04, 2011

MST deflagra na Bahia o 1º ‘Abril Vermelho’ de Dilma


No Blog do Josias.

Leonardo Wen/Folha/Arquivo
O MST invadiu no final de semana, na Bahia, quatro fazendas. Até o final do mês, planeja empurrar militantes para dentro de cem propriedades.
Essas primeiras invasões ocorreram ao sul do mapa baiano. Duas na madrugada de sábado (2), nos municípios de Teixeira de Freitas e Alcobaça.
As outras duas, neste domingo (3), nas cidades de Itabela e Juruçu. Uma das propriedades ocupadas, a de Itabela, produz eucaliptos.
Plantada em 6,8 mil hectares, a madeira abastece uma fábrica de papel, a Veracel Celulose, no município vizinho de Eunápolis.
Repete-se em 2011 algo que já virou rotina, o “Abril Vermelho”. Neste ano, o MST invoca duas razões adicionais para reiterar o ciclo de invasões.
A primeira: no dia 17 de abril, o massacre de Eldorado dos Carajás (PA), que resultou na morte de 18 sem-terra, faz “aniversário” de 15 anos.
A segunda: Apoiada pelo MST na eleição de 2010, Dilma Rousseff ainda não se animou a conceder uma audiência ao movimento. Deseja-se pressioná-la.
“Já fizemos pedido de reunião com a presidente, mas não houve nenhuma resposta”, diz Gilmar Mauro, um dos coordenadores nacionais do MST
“Esperamos ser recebidos, ao menos, por ministros agora”, ele acrescenta.
A cúpula do MST está incomodada com o fato de ter evaporado da agenda do governo o tema que justifica o movimento:
“Desde o fim da eleição, o tema reforma agrária sumiu da pauta, e precisamos que ele seja retomado”, lamuria-se Gilmar.
“Garantimos que a pressão social vai aumentar”, avisa o grão-emeessetê.
Esse é o primeiro “Abril Vermelho” da Era Dilma. Além de invadir propriedades, planeja-se ocupar prédios públicos e marchar pelas ruas de grandes cidades.
No Planalto, cabe ao ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) manter contato com o sindicalismo e os movimentos sociais.
Em várias entrevistas, o ministro disse que não é intenção do novo governo “ciminalizar” os seus parceiros “sociais”. Porém...
Porém, Gilberto Carvalho também disse que, sob Dilma, não seriam toleradas ações que afrontassem a lei. Tem agora a oportunidade de demonstrar que falava sério.

sexta-feira, março 25, 2011

O MINC e os pontos em seguida...

Carta da CNPdC ao Ministério da Cultura
                                                 
          (O silêncio não inocente)


A primeira tentativa da Comissão Nacional  dos Pontos de Cultura (CNPdC) de retomada do diálogo com a nova equipe do Ministério da Cultura (MinC) se deu no dia 10 de janeiro de 2011 com o protocolização de oficio (MinC/SFAdm 1238/11) solicitando audiência com a nova Ministra Ana de Hollanda. O Pontão de Articulação da CNPdC (Pontão) passou a acompanhar diariamente os despachos do gabinete no aguardo por uma confirmação. 

No dia 14/01, o Pontão foi procurado pelo MinC numa  sondagem sobre a possibilidade de datas, que foi confirmada para o dia 20/01/2011. A Comissão estava se organizando para a referida reunião quando, em 19 de janeiro, o MinC telefona para o Pontão cancelando a reunião com a Comissão.

No dia 01/02 de 2011 o gabinete do MinC liga querendo uma reunião com o Pontão para o dia 02 de fevereiro, que foi confirmada. Estiveram presentes nesta reunião os secretários Victor Ortiz e Marta Porto entre outros integrantes do MinC, 3 representantes do Pontão e 3 representantes da CNPdC.

Durante este encontro, a CNPdC convida a  Ministra da Cultura Ana de Hollanda, o Secretário Executivo Vitor Ortiz e a Secretária Marta Porto para a reunião da CNPdC, marcada para acontecer no período de 18 a 20 de março, em Pirenópolis (GO). O secretário executivo compromete-se em comparecer. O convite oficial foi protocolado em 04 de março. 

No dia 17 de março o Pontão de Articulação da CNPdC recebe a informação que a Ministra Ana de Hollanda, o Secretário Executivo Vitor Ortiz e a Secretária  Marta Porto, seriam representados por servidores da SCC/MinC  – Antônia Rangel e Cesar Piva -  na reunião no dia 19 de março a tarde. Quando do informe, o Pontão solicita então que seja oficializado tal remanejamento para repassar a toda Comissão o que foi atendido na tarde do dia 18, conforme anexo.

Consideramos que o não atendimento ao convite pelas autoridades do MinC (pela segunda vez) é uma sinalização negativa sobre a importância que os novos gestores deste Ministério atribuem à interlocução com os movimentos sociais, atualmente organizados, como nunca antes na história deste país. Diante do relatado, a CNPdC decidiu adotar uma atitude  protocolar, ouvindo com respeito e atenção a fala dos servidores, sem no entanto engendrar um debate, nem apresentar questionamentos ou comentários ao exposto. Optamos pelo silêncio protocolar diante da indiferença política (conforme deliberações constantes na ata da reunião da CNPdC, de 18 a 20 de março de 2011).

Cabe ressaltar que os representantes do MinC foram bem recebidos na reunião e fizeram uma exposição de 45 minutos sobre a atual situação do MinC. Ao final de suas falas, foram aplaudidos como forma de respeito e a mesa consultou à plenária se algum participante da reunião gostaria de perguntar algo ou fazer comentário sobre o exposto. Conforme decisão anterior, nenhum dos presentes se manifestou. Ouviu-se um silêncio em protesto pela não presença da ministra. A mesa então agradeceu novamente a presença dos funcionários, houveram aplausos e todos foram convidados para um café.

É importante frisar que os funcionários do MinC permaneceram no local do encontro, foram convidados para jantar com os representantes da CNPdC e se confraternizaram com muitos deles, tornando evidente a existência de laços de amizade com vários integrantes desta Comissão e não haver qualquer animosidade pessoal contra os mesmos. O silêncio foi uma decisão política, coletiva, decidida pela CNPdC por aclamação em resposta à pouca disposição real para o diálogo manifestado pela Ministra Ana de Hollanda e seus secretários neste delicado momento de transição no MinC que contabiliza corte orçamentário da ordem de 25% em toda a pasta enquanto o orçamento do Programa Cultura Viva sofre uma redução da ordem de 55%. A Comissão Nacional dos Pontos de Cultura reivindica urgentemente o pagamento das dívidas de todos os editais e o lançamento de novos editais.

A CNPdC, como representante dos 27 estados brasileiros e de 30 representações temáticas que contemplam os mais diversos segmentos dos fazeres e saberes culturais do Brasil,  quer aqui reafirmar a sua disposição para o diálogo com este Ministério e com o governo da presidenta Dilma Rousseff, na condição interlocutores de um contingente de cerca de 8.000.000 (oito milhões) de brasileiros, segundo dados do IPEA/2010, beneficiados por uma politica pública de cultura e que se tornou referência de democratização da cultura no Brasil e no mundo: o programa Cultura Viva!

Na oportunidade apresentamos nossa agenda política para o primeiro semestre de 2011.


AGENDA DA CNPDC

Dia 18 de abril. Ato Nacional nas capitais dos 27 estados. O Movimento realizará atos nas regionais do Minc e onde não houver regional o ato acontecerá em espaços tradicionais de manifestações artísticas e políticas.

Dia 25 de maio. Caravana dos Pontos de Cultura rumo à Brasilia e reunião da CNPdC - Continuidade com melhorias. ANISTIAR, AMPLIAR E DEMOCRATIZAR. 

Dia 25 noite - Plenária com a todos os pontos presentes.

Dia 26 e 27 – Reunião da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura.

Na certeza de que é através do diálogo que construíremos a democracia que queremos, despedimo-nos cordialmente,

Comissão Nacional dos Pontos de Cultura

domingo, março 13, 2011

Lutar não é crime

No blog Outras Palavras

Liberdade para Gegê

 Começa em três semanas julgamento de um líder dos movimentos pelo direito à moradia. É irmão do compositor Chico César e não cometeu ato que lhe atribuem. Enquanto o persegue, Justiça deixa livres prováveis criminosos.

Por Comitê Lutar Não é Crime


Nos dias 4 e 5 de abril, o líder do Movimento de Moradia do Centro (MMC), Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, deve ir a júri popular. O julgamento estava marcado para 16 e 17 de setembro de 2010, mas não se concretizou. Representante do Ministério Público de São Paulo, responsável pela acusação, no próprio dia se recusou a realizar o julgamento, justificando que desconhecia o conteúdo de todas as provas apresentadas pela defesa. Tal posição foi aceita pela juíza e a data foi remarcada para abril.

A não realização do Júri naquele momento pôde se reverter em uma conquista importante. Como contrapartida ao adiamento do julgamento, a juíza deferiu o pedido da defesa e colocou fim a ordem de prisão expedida contra o líder, em vigor até aquele momento.

A experiência vivida por Gegê, que se inicia nas primeiras investigações de um crime do qual é injustamente acusado, reforça algumas lições. Uma delas é o uso do aparato policial e judicial por parte de forças conservadoras para desarticular movimentos populares reivindicatórios de direitos. 

Neste sentido, o uso político do direito é evidente. Diante deste cenário, a mobilização para o próximo julgamento é de vital importância, não para a resolução de um caso pessoal isolado mas, pelo contrário, para o fortalecimento das lutas populares. Para tanto é preciso evitar o avanço do conservadorismo, que hoje criminaliza as lutadoras e lutadores do povo, criminalizando a própria luta. 

Os fatos

No dia 18 de agosto de 2002 ocorreu um homicídio em um dos acampamentos do Movimento de Moradia no Centro de São Paulo (MMC), entidade filiada à Central de Movimentos Populares (CMP).

De tudo o que foi apurado, tem-se notícia de que a discórdia surgida entre o autor dos fatos (ainda não procurado e investigado) e a vítima surgiu pouco antes do fatídico acontecimento. A vítima (que residia no acampamento) teria ofendido o autor do crime (visitante e não residente no acampamento), que, para vingar-se das ofensas sofridas, acabou por tirar-lhe a vida.

Vale esclarecer que ambos não participavam da organização do acampamento e eram estranhos à luta do movimento de moradia do centro.

Este conflito nada teve a ver com as reivindicações do MMC e a dinâmica interna do acampamento, mas foi aproveitado para incriminar e afastar do local a organização deste movimento e o apoio às famílias acampadas.

O acampamento era localizado na Vila Carioca, na Avenida Presidente Wilson. As famílias integrantes da ocupação, em sua grande maioria, eram oriundas do despejo de um prédio, pertencente ao então falido Banco Nacional, na Rua Líbero Badaró, n. 89, no centro da capital paulista. Essa remoção para a nova área fora autorizada pelo Governo do Estado, em negociações que envolveram o então governador Mário Covas.

Gegê participou diretamente da negociação para que as famílias despejadas pudessem ter moradia digna. 

Enquanto ela não viesse, as famílias se manteriam acampadas e organizadas, como em qualquer outra ocupação. Conhecido por sua combatividade e luta não só no centro de São Paulo, mas em todo o Brasil, ele sofreu diversas ameaças pessoais. A própria vida de Gegê era constantemente alvo de ameaças.
Dois anos depois do crime, Gegê foi preso por mais de 50 dias. Após ser solto, por meio de habeas corpus, sofreu uma prolongada situação de instabilidade e insegurança, na qual diversos pedidos de liberdade eram concedidos para, momentos depois, serem repentinamente revogados.

Tanto nos autos do inquérito policial instaurado no 17º Distrito Policial, no Ipiranga, quanto nos autos do processo penal em andamento, o autor do homicídio (já conhecido e identificado) nunca foi investigado, preso ou procurado. O inquérito policial acabou sendo maculado por manipulações e falsos testemunhos por parte dos que intencionavam incriminar Gegê.

Sobre Gegê

Gegê tem um longo histórico de militância social e sindical. Ele foi um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do PT e de movimentos de moradia. A Unificação das Lutas de Cortiço (ULC), do Movimento de Moradia do Centro (MMC), da União dos Movimentos de Moradia do Fórum Nacional de Reforma Urbana e a Central de Movimentos Populares (CMP) estão entre as organizações que contaram com a participação do líder — que é, também, irmão do compositor e cantor Chico César.

Comitê Lutar Não é Crime

Sobre o Comitê

O comitê Lutar Não É Crime propõe uma Campanha Nacional pelo fim da criminalização dos lutadores e lutadoras do povo. Conclamamos todos os movimentos sociais e populares, da cidade e do campo, a desencadearem uma ofensiva pela criação de comitês nos estados que somem forças à essa luta.

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

A nota que revela o fato

Incisiva e contundente como não foi a Nota que Escondeu o Fato, o movimento Luta FENAJ lançou sua versão sobre o episódio de censura contra Lúcio Flávio Pinto, ensinando o Sindicato dos Jornalistas do Pará como se deve agir quando um jornalista passa pelo constrangimento de ser impedido de manifestar seu direito à informar a sociedade sobre escândalos que envolvem os barões da mídia.

Vamos à nota:


Nota à imprensa


“O Movimento LutaFenaj! repudia a decisão do juiz federal Antônio Carlos Almeida Campelo, titular da 4ª Vara Cível de Belém, que proibiu o jornalista Lúcio Flávio Pinto, editor do Jornal Pessoal, de publicar reportagens sobre o teor de um processo que tem como réus os proprietários do Grupo Liberal (que controla jornais e emissoras de TV e de rádio), que respondem por crime contra o sistema financeiro nacional.

O juiz ameaça punir o jornalista com “prisão em flagrante” caso ele descumpra o seu despacho, o que constitui evidente abuso do magistrado e um atentado contra a liberdade de expressão. A ameaça comprova que, no Brasil, os grandes censores são os empresários da mídia e seus aliados nos poderes executivo, legislativo e judiciário.

Lúcio Flávio Pinto merece apoio total dos jornalistas, por sua integridade, sua importante contribuição ao jornalismo brasileiro ao longo da carreira, e sua coragem, ao enfrentar interesses econômicos poderosos sem fraquejar, tendo como principal compromisso os interesses maiores da população e dos seus leitores.

São Paulo, 24 de fevereiro de 2011
Movimento LutaFenaj”

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

PT Belém comemora 31 anos.

Completando 31 anos de lutas e conquistas, o PT-Belém realizou ontem, na CMB sua plenária em homenagem ao partido e sua militância.

Na oportunidade, foram agraciados com a comenda Iza Cunha, 39 personalidades que ajudaram a contruir o Partido dos Trabalhores no Pará.

As fotos abaixo, foram extraidas e podem ser acessadas no Flickr do vereador Adalberto Aguiar.


Vereador Adalberto Aguiar e Suely Oliveira.
.

Albertinho Leão, ex-secretário de Esporte e Lazer e de Gestão da SEDUC.


Deputado Carlos Bordalo e Vereador Marquinho


Vereador Otávio Pinheiro e Apolônio Brasileiro, presidente do PT-Belém

Composição da mesa: Ver. Adalberto Aguiar, Dep. Carlos Bordalo, Ver. Marquinho, Dep. Valdir Ganzer, pres. PT/Belém Apolônio Brasileiro, Jorge Rezende e Keilaf vice-presidenta do PT-Belém.


Militância na "palavra de ordem": "Partido, Partido é dos Trabalhadores!" (sem patrão)


Dep. Carlos Bordado e Ver. Amaury Souza


Ver. Amaury Souza, Joel Santos, Pres. Distratal do PT-DAENT e a ex-Deputada Regina Barata.


Beth Costa e o Ver. Alfredo Costa


Anézia Veiga e Alberdan Batista repr. MINC/Norte


 Valmir Bispo, ex-presidente da UNE e Mário Cardoso, ex-Depudado Estadual



Deputado Valdir Ganzer e Apolônio Brasileiro, presidente do PT-Belém na hora da "palavra de ordem": "Partido, Partido é dos Trabalhadores!" (sem patrão)


Militância na hora da "palavra de ordem": "Partido, Partido é dos Trabalhadores!" (sem patrão)

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Iza Cunha: Uma vida de Luta, um exemplo de mulher

Por Igina do Socorro da Mota Sales.

Caríssimo,

Falar em Iza Cunha, é não deixar morrer idéias de solidariedade, doação, defesa de desenvolvimento sustentável com protagonismo local e valorização de práticas solidárias para uma sociedade composta não somente pela hegemonia do que é masculino. A ternura em Iza sempre foi um elemento de notória relevância, ela foi uma mulher que alimentou a utopia nas mentes de outras mulheres, num momento em que, literalmente, muitas das nossas verdades se perdiam, em decorrência da má prática humana, tais como, o muro de Berlim; a perda de nossas inocências "mulheris" (bastava ler O Martelo das Feiticeiras) na luta geral dos trabalhadores e inclusive, a perda de sua própria relação conjugal, com um expoente político da década de 80, que por sinal foi importante para o PT, além da perseguição profissional na Câmara de vereadores.

Em tempos de androgenia, cidades virtuais e contemporâneas ilusões do capitalismo, piorou a coisificação das humanas, inverteu-se, tragicamente, tudo, quem possui compreensão, compaixão, intolerância com a corrupção, as "sacagens" ambientais e lesbo/homofóbicas, acaba sendo rotulado delicadamente de "incompatível" e eliminado do sistema, seja ele qual for. Iza era incompatível, então tinha de ser eliminada.

Todavia, na contramão do sistema, Iza representa um exemplo vigoroso de que a determinação pela defesa do que é humano precisa ser intransigentemente preservada, assim como, o nosso patrimônio ambiental, lógico que com mais inteligência e vontade política. Viver é fazer-se presente, então ela vive através da continuidade de nossa luta por Direitos Humanos, principalmente às mulheres da Amazônia.

Lembro como a tietamos quando ela retornou de Berlim e trouxe um pedaço do muro, quando íamos realizar um Encontro, um Seminário, uma ação de rua... Ela era "a mulher" como diz a moçada hoje. 

Entretanto, não imune aos golpes da vida, sua história serve para nos mostrar qual perene não somos e quanto precisamos aprender com o/a outro/a. Costumo dizer que, verdadeiramente, não foi a doença que tombou Iza, mas as nossas próprias contradições, somos especialistas em tornar antagônico os verbos "falar e fazer".

Penso cá com meus sutiãs, quem são as pessoas que irão ser agraciadas, em nome de Iza Cunha, desejo que realmente tenham sido boas escolhas, pois temos grandes estrelas no PT, mas temos também batedores de mulheres e péssimos/as dirigentes.
 
Que estes 31 anos, seja de muita reflexão sobre para qual rumo estamos indo?

PT 31 anos - Homenagem à Militância!


A Fundação

Composto por dirigentes sindicais, intelectuais de esquerda e católicos ligados à Teologia da Libertação,[9]10 de fevereiro de 1980 no Colégio Sion em São Paulo. O partido é fruto da aproximação dos movimentos sindicais, a exemplo da Conferência das Classes Trabalhadoras (CONCLAT) que veio a ser o embrião da Central Única dos Trabalhadores (CUT),[10] grupo ao qual pertenceu o atual presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, com antigos setores da esquerda brasileira. no dia


O PT foi fundado com um viés socialista democrático.[11] Com o golpe de 1964, a espinha dorsal do sindicalismo brasileiro, que era o CGT (Comando Geral dos Trabalhadores), que reunia lideranças sindicais tuteladas pelo Ministério do Trabalho- um ministério geralmente ocupado por lideranças do Partido Trabalhista Brasileiro varguista - foi dissolvida, enquanto os sindicatos oficiais sofriam intervenção governamental. A ressurgência de um movimento trabalhista organizado, expressa nas greves do ABCD paulista da década de 1970, colocava a possibilidade de uma reorganização do movimento trabalhista de forma livre da tutela do Estado, projeto este expresso na criação da CONCLAT, que viria a ser o embrião da CUT, fundada três anos após o surgimento do PT. Originalmente, este novo movimento trabalhista buscava fazer política exclusivamente na esfera sindical[carece de fontes?]. No entanto, a sobrevivência de um sindicalismo tutelado - expressa na reconstrução, na mesma época, do antigo CGT, agora com o nome de Confederação Geral dos Trabalhadores, congregando lideranças sindicais mais conservadoras, como as de Joaquinzão e de Luís Antônio de Medeiros - mais a influência ainda exercida sobre o movimento sindical por lideranças de partidos de Esquerda tradicionais, como o Partido Comunista Brasileiro, forçaram o movimento sindical do ABCD, estimulado por lideranças anti-stalinistas da Esquerda, como a de diversos grupamentos trotskistas, a adquirir identidade própria pela constituição em partido político - uma estratégia similar à realizada pelo movimento sindical Solidarność na Polônia comunista de então.

O PT surgiu, assim, rejeitando tanto as tradicionais lideranças do sindicalismo oficial, como também procurando colocar em prática uma nova forma de socialismo democrático,[11] tentando recusar modelos já então em decadência, como o soviético ou o chinês. Significou a confluência do sindicalismo basista da época com a intelectualidade de Esquerda antistalinista.[12]

Foi oficialmente reconhecido como partido político pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral no dia 11 de fevereiro de 1982. A ficha de filiação número um foi assinada por Apolonio de Carvalho, seguido pelo crítico de arte Mário Pedrosa, pelo crítico literário Antonio Candido e pelo historiador e jornalista Sérgio Buarque de Hollanda.[13]

Tendências partidárias

Atuais
Antigas

*A fonte das informações acima são do Wikipedia e podem ser questionadas e/ou editadas no próprio site.

Em Belém, a comemoração dos 30 anos do partido será marcado por uma sessão solene na Câmara Municipal de Belém, às 18h desta quinta-feira (10/02), onde serão entregues as medalhas da comenda Iza Cunha à 39 militantes do partido.

Segue a lista dos homenageado com a comenda Iza Cunha*

NOME
OTAVIO DE SOUZA PINHEIRO NETO
DATA DE FILIAÇÃO
28/04/1987
OBSERVAÇÃO
VEREADOR DE BELÉM

NOME
ANTONIO FERREIRA DA SILVA
DATA DE FILIAÇÃO
07/07/1999
OBSERVAÇÃO
CANDIDATO A VEREADOR EM 2008/MOV. POPULAR DO MARCO

NOME
HUMBERTO CUNHA
DATA DE FILIAÇÃO

OBSERVAÇÃO


NOME
JOÃO BATISTA DE MELO BASTOS
DATA DE FILIAÇÃO
12/05/1988
OBSERVAÇÃO
1º CANDIDATO A SENADOR DO PT/PARÁ

NOME
MARIA ALVES DE PAULA
DATA DE FILIAÇÃO
20/04/1987
OBSERVAÇÃO
MOV. POPULAR – MARCO/DAGUA

NOME
MARIA DE NAZARÉ DE SOUSA SILVA
DATA DE FILIAÇÃO

OBSERVAÇÃO
MILITANTE DO MOVIMENTO POPULAR


NOME
ANEZIA VEIGA MAIA
DATA DE FILIAÇÃO
15/05/1987
OBSERVAÇÃO
MMCC RADIONAL II - CONDOR

NOME
ALBERDAN DA SILVA BATISTA
DATA DE FILIAÇÃO
05/06/1981
OBSERVAÇÃO
MILITANTE

NOME
ANA JULIA DE VASCONCELOS CAREPA
DATA DE FILIAÇÃO
10/04/1981
OBSERVAÇÃO
EX GOVERNADORA DO PARÁ

NOME
VALMIR CARLOS BISPO DOS SANTOS
DATA DE FILIAÇÃO
01/01/1983
OBSERVAÇÃO
1º PRESIDENTE DA UNE

NOME
LUIZ CARLOS DO NASCIMENTO ARAGÃO
DATA DE FILIAÇÃO
28/04/1987
OBSERVAÇÃO
EX VEREADOR DE BELÉM / EX PRESIDENTE PT BELÉM

NOME
ANA SUELY MAIA DE OLIVEIRA
DATA DE FILIAÇÃO
03/12/1991
OBSERVAÇÃO
EX VEREADOORA / EX PRESIDENTE DO PT BELÉM

NOME
PAULO CESAR SARMENTO GAYA
DATA DE FILIAÇÃO
09/11/1983
OBSERVAÇÃO
EX VEREADOR DE BELÉM

NOME
ILDO TERRA DA TRINDADE
DATA DE FILIAÇÃO
08/07/1995
OBSERVAÇÃO
EX VERADOR DE BELÉM

NOME
CARLOS ALBERTO DE BARROS BORDALO
DATA DE FILIAÇÃO
01/01/1981
OBSERVAÇÃO
DEPUTADO ESTADUAL / EX VEREADOR DE BELÉM

NOME
MÁRIO ANDRADE CARDOSO
DATA DE FILIAÇÃO
18/05/1987
OBSERVAÇÃO
EX VERADOR DE BELÉM/EX DEPUTADO ESTADUAL

NOME
REGINA LÚCIA BARATA PINHEIRO SOUSA
DATA DE FILIAÇÃO
14/12/1995
OBSERVAÇÃO
EX VEREADORA DE BELÉM/ EX DEPUTADA ESTADUAL


NOME
ANA MARIA SOUZA DE AZEVEDO
DATA DE FILIAÇÃO
15/03/1988
OBSERVAÇÃO


NOME
EDILSON MOURA DA SILVA
DATA DE FILIAÇÃO
06/05/1987
OBSERVAÇÃO
DEPUTADO ESTADUAL /  EX VEREADOR DE BELÉM

NOME
PAULO SERGIO DE SOUZA
DATA DE FILIAÇÃO
01/01/1997
OBSERVAÇÃO
DEPUTADO ESTADUAL

NOME
VALDIR GANZER
DATA DE FILIAÇÃO
30/09/1995
OBSERVAÇÃO
DEPUTADO ESTADUAL

NOME
CLAUDIO ALBERTO CASTELO BRANCO PUTY
DATA DE FILIAÇÃO
06/09/1994
OBSERVAÇÃO
DEPUTADO FEDERAL

NOME
UBIRACY RODRIGUES SOARES
DATA DE FILIAÇÃO
01/01/1997
OBSERVAÇÃO
EX VEREADOR DE BELÉM

NOME
JOÃO BATISTA BARBOSA DA SILVA
DATA DE FILIAÇÃO
10/05/1987
OBSERVAÇÃO
PRESIDENTE PT PARÁ

NOME
RAIMUNDO JORGE PIRES BASTOS
DATA DE FILIAÇÃO
16/05/1988
OBSERVAÇÃO
MOVIMENTO POPULAR - DASAC

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...