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segunda-feira, junho 15, 2020

Vereador do PV faz lei para reciclar embalagem de vidro em Belém

Os cacos de vidros atirados no continente, são levados pela maré e ficam presos nas raízes dos açaizeiros, ocasionando corte profundos naqueles que descem de peconha carregando os cachos apanhados no entardecer para serem comercializados na madrugada no Ver-o-peso.

No blog do Zé Carlos do PV

Os moradores de Belém produzem 746.372 kg de embalagens de vidros a cada 30 dias, se levarmos em conta os números da ABIVIDRO, associação que congrega as empresas que produzem estas embalagens no país. Segundo este levantamento, cada consumidor brasileiro produz 0,5 kg/mês/habitante, de produtos embalados em vidros: garrafas, potes e frascos.  

Este volume todo e embalagens, apesar de ser suficiente para viabilizar um programa de reciclagem, é atirado diretamente na natureza, ocasionando até acidentes, como os que ocorrem com frequência entre os habitantes das ilhas que rodeiam a Belém e que vivem da cultura do açaí.  

Os cacos de vidros atirados no continente, são levados pela maré e ficam presos nas raízes dos açaizeiros, ocasionando corte profundos naqueles que descem de peconha carregando os cachos apanhados no entardecer para serem comercializados na madrugada no Ver-o-peso.  

O vereador Wilson Neto, do Partido Verde, com sua equipe e ouvindo diversos setores, encontrou a solução ambientalmente correta para o problema. Através de uma lei municipal, deseja que toda essa embalagem seja retornada para as fábricas, reaproveitada ou reutilizada, através de uma programa de coleta e de logística reversa.  

Conheça a integra deste projeto de lei essencial para o meio ambiente: PROJETO DE LEI QUE INSTITUI A LOGÍSTICA REVERSA DE EMBALAGENS DE VIDRO NO MUNICÍPIO DE BELÉM. Baixar O projeto de lei da reciclagem é para todos as pessoas, por isso queremos receber sua opinião com sugestões e críticas. Deixe seu comentário e se gostou, compartilhe.

quarta-feira, julho 03, 2019

Helder Barbalho é cobrado a vetar projeto no 'Conversa com Bial'



Por Diógenes Brandão    

O Conversa com Bial desta terça-feira, 2, citou o nome do governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, pela convidada especial do programa: A ambientalista Claudelice Santos, irmã do também ambientalista Zé Cláudio, morto com sua esposa, Maria do Espírito Santo da Silva, em Maio de 2011, no município de Nova Ipixuna (PA). 

O casal assassinado denunciava a grilagem de terras, desmatamento ilegal e a atuação criminosa de madeireiros dentro do projeto de assentamento agroextrativista aonde vivam. Após as mortes, Zé Cláudio e Maria foram declarados Heróis da Floresta pela ONU

O programa de Pedro Bial falou da série global que começa hoje, 'Auranas' e teve a participação das atrizes globais Leandra Leal, Taís Araújo e Débora Falabella, que falaram sobre a causa ambiental, ao lado da ativista paraense, que deu uma aula sobre a questão agrária e latifundiária no Pará e na Amazônia.    

Veja o trecho em que o governador Helder Barbalho é cobrado para que vete o seu próprio projeto de privatização das florestas no Pará, recentemente enviado e aprovado às pressas na ALEPA:









terça-feira, junho 11, 2019

Líder sindical é assassinado um dia após Helder Barbalho lançar "Territórios pela Paz"



Por Diógenes Brandão 


O presidente do Sindicato Rural do município de Rio Maria, sudeste do Pará, Carlos Cabral, 58 anos, foi assassinado com 4 tiros na cabeça, disparados por 2 homens em uma moto. Os assassinos fugiram  logo após o crime e a polícia não tem suspeitas de quem sejam e muito menos onde estejam os criminosos. 

A vítima ainda foi socorrida e levada ao hospital municipal da cidade, mas veio a óbito logo em seguida devido a gravidade dos ferimentos.  

Com uma vida marcada pela coragem e luta em defesa dos interesses dos trabalhadores rurais, Carlos dirigiu o Sindicato dos Trabalhadores Rurais por muitos anos e já havia sido ameaçado e teve várias tentativas de assassinato, mas como a maioria dos que estão nessa situação, sem a proteção do Estado, hoje o eliminaram de vez.

O caso é mais um grave atentado aos defensores da classe trabalhadora na Amazônia, que assim como Chico Mendes, morto em dezembro de 1988, Dorothy Stang, morta em fevereiro de 2005 e o casal de extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, mortos na manhã de uma terça-feira, de Maio de 2011, soma-se a milhares de outros defensores dos Direitos Humanos e do Meio Ambiente na Amazônia, que tiveram suas vidas interrompidas pela ganância de latifundiários e grileiros de terras, assim como pela covardia dos gestores públicos em enfrentar o problema que se arrasta por décadas.

O atentado mancha de sangue o lançamento do programa governamental denominado de "Territórios Pela Paz", apresentado na manhã desta segunda-feira, 10, no Teatro Margarida Schivasappa. Segundo uma fonte do blog que participou do evento de lançamento, a ideia não passa de um conjunto de ações que fazem uma releitura do programa "PROPAZ", lançado pelo ex-governador Simão Jatene, em 2011.

Para um leitor do blog, a diferença do governo de Simão Jatene para o de Helder Barbalho é que o atual aliou-se e nomeou para diversos cargos no seu governo, membros de partidos de esquerda e com isso consegue silenciar as entidades sindicais e demais movimentos sociais, como aqueles que atuam como defensores dos Direitos Humanos, que não o responsabilizam pelo atentado de hoje, como acontecia durante os governos de seu antecessor, sempre acusado de ter as mãos manchadas pelo sangue que escorria dos conflitos por terra no Pará.



terça-feira, fevereiro 05, 2019

Paraense propõe mais rigor nos Planos de Ação de Emergência em áreas de barragens

Já em seu primeiro mandato de deputado federal, Cássio Andrade (PSB-PA) propõe mudanças que atingem Estados explorados pelas mineradoras instaladas no Brasil.
  
Por Diógenes Brandão, com informações da Assessoria de Comunicação do Parlamentar

O Deputado Federal Cássio Andrade (PSB/PA), apresentou ontem, em seu primeiro dia de trabalho na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei n.º 30/2019, que altera a Lei n.º 12.334/2010 (Política Nacional de Segurança de Barragens).   

O objetivo do parlamentar é  aumentar o rigor na implantação dos Planos de Ação de Emergência, para  preservar pessoas e meio ambiente, no entorno de barragens, antes mesmo que elas sejam construídas e, assim, evitar a repetição de tragédias como as ocorridas em Mariana (2015) e Brumadinho (2019), em Minas Gerais.   

O parlamentar paraense quer aprimorar os requisitos de elaboração e os critérios para implantação do Plano de Ação de Emergência (PAE), que estabelece um conjunto de ações que deveria mitigar as consequências de acidentes ocorridos em barragens, porém, como observou-se nas últimas ocorrências, o PAE não funcionou e foram vitimadas centenas de pessoas, causando também danos ambientais gravíssimos.   

Diante da ineficiência desse Plano, o deputado Cássio Andrade quer tornar o PAE obrigatório para todas as barragens, independentemente de classificação de risco ou potencial de dano, prevendo, ainda, a imediata implantação do PAE pelo empreendedor antes do início da operação da barragem, incluindo obras de adaptação, treinamento dos responsáveis e das populações afetadas, bem como a realização de simulações com os mesmos.   

“As medidas que estamos propondo criam condições mais objetivas no marco legal da Política Nacional de Segurança de Barragens, necessárias para aprimorar os requisitos de elaboração e os critérios para a implementação dos Planos de Ação de Emergência”, disse Cássio Andrade.  

Ele concluiu afirmando que “vidas humanas são bens muito mais preciosos do que as riquezas geradas pela exploração mineral. E essas merecem ser preservadas, assim como o meio ambiente”.

sábado, março 17, 2018

Até quando vamos assistir calados a perseguição aos que lutam por justiça e paz?



Por Fidelis Martins Paixão*

Quando 8 garotos foram chacinados na Candelária (Rio) em 1993, nós ouvimos que eram trombadinhas, zé droguinhas. 

Quando Paulo Fonteles, o advogado de posseiros que lutavam pela reforma agrária, foi assassinado em 1987 em Belém (Pará), nós ouvimos que se tratava de um comunista, subversivo e desordeiro. 

Quando Chico Mendes, o seringalista e sindicalista, foi assassinado em 1988 em Xapuri (Acre), nós ouvimos que se tratava de um subversivo, criador de casos. 

Quando João Batista, o deputado do povo, que apoiava o movimento dos sem-terra, foi assassinado também em 1988 em Belém (Pará), nós ouvimos que se tratava de um socialista, desordeiro e subversivo. 

Quando aconteceu o Massacre de Eldorado dos Carajás (Pará) em 1996 com o assassinato de 19 agricultores que lutavam pelo direito a um pedaço de terra para plantar, colher e viver, nós ouvimos que se tratavam de desordeiros e invasores. 

Quando a missionária irmã Dorothy Stang foi assassinada em 2005 em Anapu (Pará), nós ouvimos que se tratava de uma freira subversiva que apoiava vagabundos. 

Quando o ambientalista Dionísio Ribeiro foi assassinado em 2005, por fazer denúncias de uso irregular da Reserva Biológica do Tinguá (Rio), nós ouvimos que se tratava de um lunático que vivia no meio do mato criando caso. 

Quando Raimundo Santos, agricultor e ambientalista, foi assassinado em 2015 em Buriticupu (Maranhão), por denunciar uso irregular da Rebio Gurupi, nós ouvimos que se tratava de um loteador e criador de casos. 

Agora que Marielle Franco foi assassinada no Rio de Janeiro, estamos ouvindo que se trata de “comoção seletiva”. 

E aqui eu citei apenas nove dos inúmeros heróis e heroínas que lutam no dia-a-dia defendendo os pobres, os excluídos, o meio ambiente, vozes daqueles que estão sem voz! Até quando os veremos clamar no deserto, como o outro João Batista, decapitado por incomodar a realeza, a elite e o sistema da sua terra? 

O mesmo espírito que justificou a morte, que desdenhou, que menosprezou o assassinato de cada um deles, desde séculos imemoriais, continua atuando em nosso meio, por isso não podemos nos calar, nem perder a fé comprometida daqueles que lutam sim, por um mundo melhor, por justiça e paz. 

Não a paz fictícia que emudece os vencidos, mas a paz que se concretiza na solidariedade, que vence a injustiça na construção de um mundo melhor!

*Fidelis Martins Paixão é advogado, ambientalista, conselheiro nacional do meio ambiente (CONAMA) e pesquisador no Programa Interdisciplinar Trópico em Movimento (UFPA).

sexta-feira, outubro 27, 2017

Sidney Rosa veta título de cidadão paraense a líder do MST e gera polêmica na ALEPA. Doria recebeu e ninguém se opôs

Deputados paraenses divergem sobre indicado a receber o título de Cidadão Paraense a líder do MST. 


Por Diógenes Brandão

Uma polêmica surgiu na Assembleia Legislativa do Estado do Pará e deve testar a liderança do presidente da casa, o deputado estadual Márcio Miranda (DEM), famoso por contornar crises e apagar incêndios entre seus pares.

O motivo: O deputado estadual Sidney Rosa (PSB), que é pré-candidato ao governo do Pará, teria segundo a coluna Repórter Diário - do jornal Diário do Pará, condenado a indicação de João Pedro Stédile, para que o mesmo receba o título de cidadão paraense, proposto pelo deputado  estadual Carlos Bordalo (PT-PA).

Bordalo atuou por muitos anos como educador da FASE na região do nordeste paraense. A entidade atua desde 1961, no fortalecimento de grupos sociais para a garantia de direitos, da democracia e da sustentabilidade. Entre as diversas atividades na FASE, Bordalo sempre deu apoio à entidades como a Federação dos Trabalhadores Rurais - FETAGRI, que congrega associações e sindicatos de pequenos produtores rurais, enquanto Sidney Rosa sempre foi defensor dos interesses dos grande latifundiários e associações de produtores de grande porte, o chamado agribusiness, além da indústria agropecuária e madereira.

Segundo o portal Amazônia.org.br, a família de Sidney Rosa detém uma madeireira – Rosa Indústria Madeireira -, que constantemente é alvo do Ibama em ações de combate ao desmatamento. Além disso, "quando Rosa foi prefeito de Paragominas (1996-2004), a cidade era um dos focos de devastação na Amazônia. Para complicar, quando era secretário de Desenvolvimento, Rosa estimulou pesquisas sobre o plantio de arroz na ilha de Marajó e irritou os ambientalistas", relata a matéria da revista Exame, replicada no site acima.

terça-feira, abril 14, 2015

Filme dá contribuição valiosa a debate de obra na Amazônia

Construção da casa de força da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira. 

Por Ricardo Mendonça, na Folha.

"Jaci - Sete Pecados de uma Obra Amazônica" é a saga de construção faraônica no meio da floresta amazônica. Tipo Transamazônica ou Tucuruí.

Escalados pelo governo, militares com fuzis aparecem para mediar as relações de trabalho entre uma empreiteira e seus empregados. De um gabinete, em Brasília, uma autoridade justifica o uso da força na obra "estratégica".

Atraídos pelo sonho de "enricar", milhares de brasileiros migraram para aquele canto enlamaçado do país. Atropelos ambientais. Violência. Denúncias de tortura. E até desaparecimento de grevistas.

Não fosse a onipresença de celulares nas mãos de peões, políticos, prostitutas, engenheiros, ambientalistas, pareceria mais um filme de 1970 ou 1971, auge da ditadura.

Mas o filme é de agora. Retrata quatro anos de transformações em Jaci Paraná, uma vila de Porto Velho (RO) que quadruplicou de tamanho com a obra de R$ 15 bilhões da hidrelétrica de Jirau no rio Madeira, fixação dos governos Lula e Dilma Rousseff.

Os militares que controlam operários não são soldados do Exército, mas agentes da Força Nacional. A autoridade que justifica essa presença ali não é um general, mas o então ministro Gilberto Carvalho. Do Partido dos Trabalhadores.

Os produtores dizem que mais de 30 tipos de câmeras foram usadas no filme, algumas pelos próprios operários.

Há registros do megaprotesto de 2011, quando trabalhadores incendiaram alojamentos e dezenas de ônibus. É curioso notar que eles chamam aquilo de "rebelião", expressão mais comum em motim de presidiários.

E registros da impressionante cheia do Madeira em 2014, a maior de sua história, com enormes perdas para os mais pobres. Dano da usina?

Com razão, a jornalista Eliane Brum tem denunciado que coisas grandes e graves que ocorrem na Amazônia, hoje, não são discutidas. "Jaci" discute. Valiosa contribuição.

quarta-feira, agosto 31, 2011

Em carta, família de extrativistas assassinados pede justiça

Felipe Milanez, de São Paulo para o Terra Magazine



Claudelice (esquerda) e Laisa Santos Sampaio (direita) entregam um abaixo assinado para autoridades pedindo a federalização das investigações do duplo assassinato

Os familiares de José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva têm vivido uma cruzada por justiça desde o assassinato do casal, em 24 de maio, numa emboscada no assentamento onde viviam, em Nova Ipixuna, Pará. Desde então, a polícia civil entregou o inquérito, apontando um mandante e dois pistoleiros. O juiz estadual, após negar dois pedidos de prisão, assinou o mandado, sob pressão social e já com a queixa do Ministério Público. Enquanto isso, os acusados fugiram, e a polícia federal ficou imobilizada pela justiça federal, que negou a competência para apurar a julgar o crime.
Sem justiça pelo judiciário, os familiares deram início a uma peregrinação, campanhas, abaixo assinados, busca por justiça tentando provocar uma pressão política. Foram a Brasília, a Belém. Encontraram-se com ministros - como a ministra do meio ambiente, Izabela Teixeira, num encontro de populações extrativistas em Marajó, no inicio de agosto. Repetem, em conversas, que "a presidenta Dilma mandou a polícia federal investigar" - em alusão ao pronunciamento de Dilma no mesmo dia do assassinato. E pedem que o caso seja federalizado - uma chance de minimizar a sensação de impunidade característica da justiça estadual no Pará, na visão das populações pobres do campo.
Impossibilitada de ir a Belém em um evento da Central Única dos Trabalhadores - CUT -, Claudelice, irmã de Zé Cláudio, escreveu uma carta, reproduzida abaixo, que pede que seja lida na plenária. Recentemente, os próprios familiares que vivem dentro do assentamento Praia Alta Piranheira passaram a receber ameaças de morte. Sentem que defender a memória da luta de Zé Cláudio e Maria é visto como provocador em uma terra sem lei. E temem que, com impunidade e a legitimação da violência pela oligarquia local, mais pessoas inocentes podem vir a ter o mesmo destino ceifado. Nesse ano, seis trabalhadores rurais já foram assassinados no sudeste do Pará. Ninguém foi preso.

"Carta de desabafo
Toda uma luta por um ideal
Nós, da família de José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, declaramos ao mundo que somos defensores da Floresta Amazônica, da não degradação do meio ambiente, somos a favor da luta contra o desmatamento desvairado, sem planejamento. Somos a favor da vida, e isso se resume numa luta por uma causa que nós acreditamos que seja a luta certa. A luta coerente, no sentido da subsistência da sustentabilidade humana.
Desde que o meu irmão, José Cláudio Ribeiro da Silva, conhecido como Zé Cláudio, e minha cunhada, Maria do Espírito Santo, conhecida como Dona Maria, foram assassinados, a luta pela justiça, é uma constante, mesmo quando tudo parece conspirar contra.

terça-feira, julho 19, 2011

Inquérito aponta suspeito de mandar matar casal no Pará

Na Folha on line.



O inquérito da Polícia Civil do Pará sobre o assassinato do casal de extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, mortos em 24 de maio, aponta como mandante do crime José Rodrigues Moreira, dono de terras no assentamento onde eles viviam.

A Folha apurou que ele é suspeito de ter encomendado a morte a dois homens, cujos retratos falados já haviam sido divulgados no mês passado.


O resultado das investigações, protocolado na segunda-feira (18) na Justiça, deve ser divulgado oficialmente na quarta-feira (20).

Leia+
 

segunda-feira, junho 20, 2011

Olha Belém como está

prédios 15


No Blog do Zé Carlos, ameaçado por denunciar a construção desordenada e ilegal em Belém.
Olha Belém como está. Prédios subindo para todos os lados. Qualquer terreno vazio vira um espigão. Antigamente a gente saía de carro e podia estacionar em qualquer lugar, sempre tinha uma vaga. Hoje não, muitos carros e muitos prédios. Os prédios são erguidos com uma vaga de garagem, quando muito, duas, mas e o visitante? O visitante estaciona na rua, atrapalando a vida das pessoas.

Quanto maior o número de prédio numa determinada área da cidade, concentra o maior número de moradores. Este moradores precisam se deslocar de um lado para outro da cidade ou no próprio bairro. O deslocamento pode ser em carro ou pelo uso transporte público. Este vai e vem das pessoas num determinado trecho da cidade provoca engarrafamentos infernais.

Nos prédios, tem apartamento e cada apartamento precisa de empregada, empregadas precisam de transporte coletivo, quanto mais prédios, mais empregadas, e quanto mais empregadas, mais ônibus.
Nos prédios tem apartamentos com pessoas morando, as pessoas produzem lixo e quanto mais prédios, mais pessoas e quanto mais pessoas, mais lixo e quanto mais lixo, mais carros-coletores e mais aterro sanitário e mais custo para cidade.

Nos prédios erguidos para todos os lados, as pessoas que moram nos apartamentos produzem as águas servidas que vai para o esgoto. Quanto mais prédios, mais apartamentos e mais águas servidas. Águas servidas são decorrente do banho, da lavagem de louça, de roupa, das áreas, dos carros. Estas águas contém produtos químicos e agentes patogênicos que podem causar doenças como a cólera, a difteria, o tifo, a hepatite e muitas outras. Estas águas devem ser direcionada para uma estação de tratamento e depois de tratada, devolvida a natureza. Aqui em Belém não tem estação de tratamento de esgoto e todas as águas servidas vão direto para o rio. 
 
A Ademi, que é a associação que reúne todas as construtoras e dirigentes do mercado imobiliário, entidade que está me processando, sabe de tudo isso, mas não quer saber de críticas, pois as críticas podem alertar as pessoas e as vendas cairem, prejudicando o milionário negócio das construtoras. Eu não tenho compromisso com este negócio, para mim o que importa é a grantia de que todos nós vamos continuar morando numa cidade sustentável. O que adianta ter um bom apartamento, pagar uma fortuna pelo metro quadrado, se este apartamento não está dentro de uma boa cidade.

segunda-feira, maio 30, 2011

O Código Florestal e o pacto do agronegócio

Por Guilherme C. Delgado no Jornal Brasil de Fato

Uma consequência indireta da articulação ruralista-parlamentar para afrouxamento na legislação ambiental florestal é um tácito relançamento da questão agrária ao debate público dos grandes meios de comunicação, mesmo que os publicistas que tratam desses problemas não se deem conta. Na verdade o que está em jogo na discussão  do Código Florestal é o controle público- privado do território, onde os direitos de propriedade fundiária não podem ignorar o caráter social e público dos recursos naturais que integram continuamente esse território.

Por seu turno, ao reduzir em geral as áreas de mata ciliar (no entorno dos rios) e dispensar as propriedades com até quatro módulos rurais das chamadas Áreas de Preservação Permanente (topos e encostas de morros e mata ciliar), ao mesmo tempo em que propõe forte descentralização estadual, municipal para cuidar de biomas nacionais – Amazonas, Cerrados, Caatinga, Pantanal etc (ou plurinacionais), o Relatório de Aldo Rebelo conseguiu a proeza desunir partes e peças do agronegócio, até bem pouco coesas e omissas na política agrária da função social da propriedade rural.

A Embrapa por intermédio de suas unidades de meio ambiente subsidiou fortemente a SBPC e a Academia Brasileira de Ciências, alertando e contestando as pretensões do Relatório de Rebelo, fazendo inclusive previsões nada lisonjeiras sobre a perda de biodiversidade e às consequências desastrosas sobre hidrologia e aumento do efeito estufa, das ações propostas pelos ruralistas.

A própria mídia televisiva, à frente a Rede Globo de Televisão, deu destaque e cobertura jornalística informativa profissional às questões levantadas pelo Relatório Rebelo, algo que já vinha sendo feito  pela grande mídia impressa, permitindo aos telespectadores e leitores formar juízos sobre ação pública em curso na esfera parlamentar.


Ora, com o tratamento democrático da informação, num campo em que se lida com interesses classistas muito arraigados – o do agronegócio – produziu-se um curioso processo de formação de opinião pública, que de certa forma ameaça a estratégia ruralista original, que é de eliminar  qualquer restrição social e ambiental aos direitos privados absolutos.


O governo federal, que até o presente se manteve na sombra, tem ou teria uma oportunidade de ouro para alterar as bases de sua aliança conservadora com os ruralistas, não estivesse ele próprio envolvido nas tratativas da “reforma” do Código Florestal, urdidas no governo Lula, sob a égide do então Ministro da Agricultura, Reynold Stephanes.

O que está ficando cada vez mais claro é uma pequena fratura no pacto do agronegócio, no qual a questão ambiental, seja por pressão urbana, oriunda da intuição dos riscos climáticos associados, seja pela legítima  pressão externa, ligada aos impactos do efeito estufa, estariam recolocando na agenda política os novos componentes da velha questão agrária. Mas não tenhamos ilusões com a elite do poder, incluindo os novos sócios, agregados no último decênio. Não está em pauta reverter a aliança das cadeias agroindustriais, grandes proprietários fundiários e o Estado brasileiro para exportar “commodities” a qualquer custo, que é em essência a estratégia do agronegócio brasileiro. Mas talvez não se deixar engolir pelas extravagâncias deste pacto conservador.


De qualquer forma é muito didática a discussão do Código Florestal ora em curso, porque ela trata indiretamente mas essencialmente dos direitos de propriedade fundiária, aflorando até mesmo um conceito praticamente em desuso – o do minifúndio, que é utilizado pelos ruralistas como argumento para isenção de pequenos imóveis rurais de cumprir a exigência de Áreas de Preservação Permanente (APPs), tese inteiramente resolvida há 55 anos no Estatuto da Terra.

Infelizmente o que não está em discussão é a absoluta frouxidão das políticas fundiária e ambiental de cumprir e fazer cumprir as regras de direito agrário e ambiental, que são ponto de partida para se conviver civilizadamente no presente e muito mais ainda no futuro. Mesmo assim, o Relatório Rebelo pretende afrouxar ainda mais, aplicando provavelmente  a estratégia de “por e tirar o bode da sala principal”.

O Mal da Amazônia

Casso


Edgar Vasques



JBosco


Cartunistas retratam com o dom de seus traços, um quadro insólito e cruel da realidade na Amazônia Brasileira. 

No site do Jornal Brasil de Fato, a terrível constatação: 04 militantes da luta contra a devastação da floresta são assassinados em apenas 5 dias.

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...