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quarta-feira, agosto 21, 2019

Especialista propõe intervenção federal para evitar novas queimadas e desmatamento no Pará

O Estado do Pará lidera no crime ambiental: desmatamento e as queimadas. Imagem: Naílson Guimarães.  
Por Manoel Alves da Silva*

Depois da chacina de Altamira, eis que o estado do Pará volta a ser manchete nos jornais nacionais, internacionais e redes sociais. Dessa vez o motivo é tão grave quanto primeiro. O Pará lidera as ocorrências de Crimes ambientais, no caso o desmatamento ilegal e as queimadas, segundo o IMAZON.  

Do total do desmatamento registrado na Amazônia o Pará e responsável por 37%, seguido do MT, com 32%; RR, com 16%; RO, com 8%; AM, com 6% e AC com 1%.  

No estado do Pará se tem o agravante, de que as áreas protegidas foram as mais atingidas, ou seja, foram as mais desmatadas.

Diante da grave crise da segurança pública no estado do Pará, expressa na falência do sistema penitenciário, não existe outra opção: Dever ser demandada uma intervenção federal para o combate ao desmatamento ilegal e as queimadas, por meio da convocação da Força Nacional, a Polícia Federal e o Exército, em articulação com a Polícia Ambiental e a Delegacia de Meio Ambiente (DEMA), para atuação unificada.

Baseado numa estratégia ancorada no serviço de inteligência da Policia Federal, e do exército, da policia estadual para identificar os invasores, o modus operandi do crime, os financiadores, das ações criminosas no caso: desmatamento ilegal e as queimadas. E em seguida a ocorrência das prisões dos criminosos.

Somada a intervenção do Estado, simultaneamente deve ocorrer uma ação de legalização das atividades econômicas no estado do Pará aptas, em concordância ao que determina a legislação ambiental.  

É imperioso a ocorrência de um mutirão para legalizar os empreendimentos, dando ao produtor rural segurança jurídica para produzir, gerar, riqueza, e renda; segundo dados do IBAMA do Pará, existem hoje mais 10 mil atividades econômicas embargadas no estado.

Uma terceira ação deve ser o envio ao congresso nacional de proposta para revisão da legislação ambiental concernente s atividades madeireira, e de mineração em terra indígena,  unidades de preservação e quilombolas.

Ação unificada do Estado no combate ao crime  ambiental, a legalização das atividades produtivas, e uma possível revisão da legislação ambiental visando a arquitetura de uma nova governança ambiental

*Manoel Alves da Silva é professor, sociólogo, especialista em planejamento em áreas amazônicas, mestre em Planejamento e doutor em Ciências socioambientais.

sexta-feira, maio 31, 2019

22º PM é assassinado no Pará



Por Diógenes Brandão


O 22º PM assassinado no Pará foi baleado por volta das 15h desta sexta-feira, 31, em frente à uma agência da Caixa Econômica Federal, no município de Ourilândia do Norte. 

O policial Soldado Rutembergue da Silva Ávila estava transportando um malote de uma Lotérica do município de Tucumã para a agência da Caixa Econômica Federal de Ourilândia do Norte, quando foi abordado por dois indivíduos armados, e ao tentar reagir ao assalto, foi alvejado nas costas por disparos de arma de fogo. 



Os indivíduos levaram a arma do Policial Militar, não tendo conseguido levar o malote. O policial ainda recebeu atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito. 

Amigos do soldado dizem que a baixa remuneração dos policiais, praticamente os obrigam a procurar outras formas de aumentar a renda familiar. 

Vídeo gravado por populares, mostra o momento em que o policial tinha acabado de ser baleado.



terça-feira, maio 14, 2019

LOCAIS DE CONCENTRAÇÃO PARA A GREVE GERAL NO PARÁ

Por Diógenes Brandão

A Frente Brasil Popular Pará publicou a agenda de eventos da Greve Geral da Educação, que terá mais de 40 atividades em todo o Estado.

Os atos previstos para esse dia 15 foram articulados e mobilizados primeiramente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e ganhou o país com uma agenda de resistência aos sucessivos cortes nas políticas educacionais (ensino superior e educação básica) e a ameaça de acabar com a vinculação constitucional que assegura recursos para a educação (Fundeb e outras políticas). Diversas entidades já declararam apoio à mobilização. 


A pauta de reivindicações desta Greve Geral também inclui o fim do patrulhamento ideológico nas universidades, da ofensiva Lei da Mordaça e de uma série de políticas que impõem retrocessos civilizatórios. 

Mais que um dia de jornada de luta, a Greve Geral de hoje é um esquenta para a Greve Geral contra a reforma da Previdência. 

As manifestações do dia 15 que vão acontecer nos 27 estados brasileiros incorporam o combate aos cortes que o governo Bolsonaro está impondo para o conjunto da educação, desde a educação básica ao ensino superior. 

A mobilização será um grande protesto contra a proposta de reforma da previdência altamente prejudicial para os mais pobres, para o magistério e trabalhadores/as rurais; e contra os sucessivos cortes nas políticas educacionais (ensino superior e educação básica) e a ameaça de acabar com a vinculação constitucional que assegura recursos para a educação (Fundeb e outras políticas). Diversas entidades já declararam apoio à mobilização.  

A pauta de reivindicações também inclui o fim do patrulhamento ideológico nas universidades, da ofensiva Lei da Mordaça e de uma série de políticas que impõem retrocessos civilizatórios.

segunda-feira, março 25, 2019

Aos 67 anos, Nilson Pinto admite que pode liderar o PSDB no Pará

Nilson Pinto pode ser o futuro presidente do PSDB no Pará e prega restruturação e independência.

Por Diógenes Brandão

Nilson Pinto completa hoje 67 anos. Em seu 6º mandato como deputado federal, é hoje o parlamentar paraense que mais acumula mandatos consecutivos no Congresso Nacional, sendo que nas últimas eleições, a Câmara dos Deputados passou pela maior renovação desde a redemocratização, iniciada com a eleição da Assembleia Constituinte, em 1986.

Professor universitário, tendo sido reitor da UFPA e secretário estadual, Nilson se orgulha de ter destinado emendas e ações políticas, para praticamente todos os 144 municípios paraenses.

O FUTURO

Nilson tem recebido a visita de diversos tucanos paraenses e se reunido com líderes nacionais, como João Dória, prefeito de São Paulo e atualmente um dos principais expoentes do PSDB, com quem encontrou mês passado e dialogou sobre os desafios futuros, após um processo eleitoral difícil para o partido. No Pará, o PSDB sofre um imenso desgaste com o término de um ciclo de 20 anos no poder, sendo interrompido apenas entre 2006 a 2010, quando Almir Gabriel perdeu as eleições para Ana Júlia (PT).

Nilson Pinto confirmou ao blog que é candidato a presidente do PSDB do Pará. A eleição vai ser no início de Maio. "Meu desafio é de reerguer o partido, com independência e sem atrelamentos", declarou.


domingo, setembro 16, 2018

Mário Couto: Imprensa paraense cria Fake News a mando dos Barbalho

Não vamos mais recorrer ao TRE, pois aqui a justiça já provou que é parcial e obedece ao Jader Barbalho, afirma o candidato ao senado que está tecnicamente empatado com seu rival, na liderança das preferência eleitoral, segundo as últimas pesquisas.

Por Diógenes Brandão

Mário Couto, candidato do PP ao senado, usou seu perfil no Facebook para denunciar o que chama de Fake News da imprensa paraense, que segundo ele, está a serviço dos Barbalho.  

Em uma Live (vídeo transmitido ao vivo), ele disparou contra a família - que tem Helder Barbalho como candidato ao governo, Jader Barbalho tentando a reeleição ao senado e Elcione Barbalho (ex-esposa de Jader e mãe de Helder) tentando a reeleição Câmara dos Deputados, assim como José Priante, o primo que também quer se reeleger - e o TRE. 

Assista o vídeo:


Em contato com o candidato, o blog AS FALAS DA PÓLIS confirmou que Mário Couto resolveu chutar o balde e vai continuar se manifestando nas redes sociais contra o que chamou de complô de grande parte da imprensa e do judiciário paraense, que pelas palavras dele, estão a serviço dos seus ex-aliados políticos para tentar calar sua voz, mas não conseguirão.

Em nota, que circula pelas redes sociais, Mário Couto disparou: 

A divulgação de "matérias jornalísticas" dizendo que estou impugnado, na verdade não passa de uma tentativa vil de me tirar do jogo, sem antes o TSE julgar o meu recurso, o qual levarei pessoalmente à Brasília na próxima segunda-feira.  Não vamos mais recorrer ao TRE, pois aqui a justiça já provou que é parcial e obedece ao Jader Barbalho.

E esperem para ver: Quando o TSE julgar o meu recurso e manter a minha candidatura, vocês sabem quem cai? Respondo: Jader Barbalho e Zequinha Marinho”, concluiu Mário Couto.

TRE-PA MANTEVE MÁRIO SEM RÁDIO E TV. SEU NOME TAMBÉM FOI EXCLUÍDO DA URNA

A sessão do TRE-PA desta última quinta (13) já pode ser considerada paradigmática para os moldes de julgamento da alta corte eleitoral do Pará. O processo mais aguardado na pauta do dia, dizia respeito a decisão sobre o recursos impetrado pela defesa de Mário Couto, onde reivindicava o tempo de televisão do Partido Progressista (PP), que chegou a aprovar seu nome como candidato ao senado, mas depois o retirou da ata retificadora, a qual alterou a ata da convenção, minutos antes do termino do prazo para envio ao TRE.

Mário CoutoJader Barbalho estão tecnicamente empatados na liderança da intenção de votos do eleitorado paraense, segundo foi apurado pela última pesquisa do Instituto DOXA, divulgada no dia 07 de Setembro, onde mostra Jader com 11,9% e Mário Couto com 11,5%.

ONDE TUDO COMEÇOU?

Alegando medo de serem denunciados em sua fala sempre muito contundente contra os corruptos, Mário Couto acusa Jader e seu grupo político de tentarem atrapalhar sua candidatura. 

Segundo ele, esse processo de perseguição e mentiras mal contadas é movido pelos seus adversários desde o dia 06 de Agosto, quando através de uma manobra jurídica com os dirigentes do PP, inclusive o deputado federal Beto Salame, que preside o partido no Pará, Mário Couto foi aclamado candidato do partido e logo em seguida, na "calada da noite", em uma ata retificadora, teve seu nome retirado da disputa, causando uma grande lambança e gerando mais duas atas retificando o que aconteceu na convenção partidária que acabou retirando o nome de Mário Couto e deixou apenas de Jader Barbalho e Zequinha Marinho, como candidatos da coligação onde o PP se encontra com o MDB e mais 16 partidos.

Isso acontece porque segunda a lei eleitoral, os partidos que coligam para o governo, não podem informar que estão com mais de 02 candidatos ao senado nesta eleição e a coligação de Helder Barbalho tinha mais de 02, inclusive Mário Couto, que segundo o próprio, nunca imaginou que pudesse ser golpeado com quem esteve aliado até 40 dias atrás. 


CASO DE POLÍCIA

Na última quarta-feira, o blog AS FALAS DA PÓLIS já havia divulgado a matéria Golpe, fraudes e falsificações transformam as eleições no Pará em caso de polícia, que onde informamos à sociedade paraense da grave denúncia protocolada no Ministério Público Federal, pelo suplente de Mário Couto, Eslon Martins, que denunciou a existência de uma trama entre o PP presidido por Beto Salame e seu principal aliado, o MDB, presidido por Helder Barbalho e tem como presidente de honra, o senador Jader Barbalho, seu pai.  

Na matéria, o blog analisou que o fato mexeu com os bastidores da política paraense e trouxe uma grande preocupação nos partidos da coligação "O Pará daqui pra frente", capitaneada pelo candidato e ex-ministro Helder Barbalho, que foi derrotado por Simão Jatene nas eleições de 2014 e agora lidera as pesquisas eleitorais para o governo do Estado.

Abaixo, o vídeo onde Mário Couto desabafa e diz que vai continuar lutando contra os corruptos:  


Poucas horas depois, o blog AS FALAS DA PÓLIS teve acesso ao vídeo que foi anexado na denúncia de Eslon Martins e que configura-se como prova de que houve a prática de um crime eleitoral, o qual certamente deverá ser investigado pela Polícia Federal, bem como pelo Ministério Público Federal, Estadual e Eleitoral, assim como avaliado pelo pleno do TRE-PA, pois trata-se de um caso grave e que fere letalmente o processo democrático nestas eleições.  

Assista o vídeo onde o secretário-geral do Partido Progressista no Pará, Emanoel Nazareno Souza Muniz revela que teve sua assinatura falsificada em uma ata retificadora, entregue ao TRE-PA e que foi utilizada para deixar apenas Jader Barbalho (MDB) e Zequinha Marinho (PSC) com o tempo de TV da coligação, inclusive com o tempo de rádio e TV do PP, que já havia decidido ter Mário Couto como candidato do partido, mas foi sumariamente retirado da tal ata, que agora é apresentada como falsificada.



Ignorando tudo isso, o TRE decidiu por 5 votos a 1, manter Mário Couto fora da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV e mandou retirar o nome do candidato da urna eletrônica e por isso, o candidato vai à Brasília, onde recorrerá ao Tribunal Superior Eleitoral, para assegurar seu tempo na propaganda eleitoral gratuita no rádio e na tv, além de manter-se candidato e com seu nome na urna eletrônica. 

terça-feira, setembro 11, 2018

Pesquisa DOXA mostra os mais bem posicionados para a Câmara dos Deputados

Por Diógenes Brandão, com informações da DOXA Pesquisas

A DOXA publica sua primeira pesquisa estadual para o cargo de deputado federal no Pará.

Registrada no T.R.E sob o nº PA-08758/2018 foi realizada entre os dias 2 a 6 de setembro/2018,  a pesquisa foi realizada com 1.896 entrevistas, tendo como margem de erro 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos do resultado final.

A pesquisa foi de forma espontânea, isto é, não foi apresentado ao entrevistado nenhum nome de candidato. O pesquisador apenas registrou o que foi dito pelo eleitor que participou da pesquisa. 

A pesquisa mostra que 65,8% dos eleitores paraenses ainda não tem candidato a deputado federal. 

A Doxa esclarece que a pesquisa é feita pelas seis mesorregiões do Estado (Metropolitana, Nordeste, Sudeste, Sudoeste, Baixo Amazonas e Marajó), contemplando 40 municípios.



sábado, junho 09, 2018

Edir Veiga: A culpa da violência não é da polícia e nem é dela a solução



Por Edir Veiga, no Folhetim, sob o título Violência, Perplexidade e a falência da família 

Nos últimos 24 meses assistimos uma escalada da violência sem precedente no Brasil, no Pará e particularmente em Belém. Neste momento, emerge como a grande preocupação da população e que promete ser um dos assuntos dominantes da agenda eleitoral que se aproxima.  

Neste contexto, assistimos os mais diversos tipos de diagnósticos que se espraiam nas mídias sociais e nos meios de comunicações tradicionais, como o rádio, a TV e os jornais. 

Vemos a oposição tentando responsabilizar o governo (do Pará) por esta grave situação. Vemos o governo buscando dar respostas imediatas através de iniciativas que visam melhorar o aparelhamento policial.  

Por outro lado, vemos políticos surfando na onda da violência e ganhando audiências com propostas populistas e demagógicas ao prometer resolver o problema da violência com mais violência, e neste contexto todo quem sofre é a sociedade e a polícia, esta assiste estarrecida ser responsabilizada por uma criminalidade em forma de epidemia social sem precedente.  

É bom que se diga: A polícia não tem nenhuma responsabilidade pela violência que assola nosso país, nosso estado e nossa capital. O culpado é um desajuste social sistêmico, expresso a partir de diversos subsistemas de causalidade:  descompasso entre estrutura do mundo do trabalho e desagregação familiar, ausência de políticas sociais de agregação familiar, explosão do desejo de consumo, ampliação do consumo de droga e o desaparelhamento do aparato preventivo e repressivo policial.  

Em síntese, a gênese da ordem se dá a partir de uma sociedade equilibradamente organizada, ou seja, quem produz a ordem é o Estado, suas políticas sociais. Cabe à polícia MANTER a ordem. Na presença de desordem sistêmica, só o Estado em ação articulada e coordenada pode produzir a ORDEM. 

Portanto, se queremos combater a violência, a resposta não está nos quartéis, mas em macro políticas sociais, coordenadas a partir de cada secretaria de governos.  

Vamos levantar alguns temas que considero central para entendermos o fenômeno da violência em escala epidêmica que vem nos assolando do dia a dia de nossas vidas. 

Começaria estabelecendo uma classificação  para começarmos a discutir esta problemática, dividiria a discussão entre três tipos de causalidades: causalidade familiar, causalidade mercadológica e causalidade narcótica.  

Esta três macro causalidades atuam de forma concomitante e de forma interativa, embaçando a percepção dos gestores de políticas sociais e de políticas criminais. Como a violência causa grande comoção social , os grandes grupos de comunicação, em especial no Pará, buscam faturamento publicitário e político em cima da espetacularização desta tragédia social.  

CAUSALIDADE FAMILIAR: Grande parte das  famílias brasileiras estão em franca desestruturação, se transformando em elo fraco da sociedade brasileira e se configurando numa porta aberta para a cooptação da juventude por gangues, bandos armados, pelo tráfico de drogas e pelo neo-fascismo político.  

Esta equação aparentemente imperceptível pelos analistas de governo e da sociedade se configuraria da seguinte forma:  

  • Pais e mães das famílias contemporâneas saem à luta diária, em busca de meios materiais para garantir uma vida minimamente confortável aos seus membros, e pela parte da noite, muitas vezes, buscam melhorar sua qualificação educacional e profissional, ou, em casa estão organizando o dia seguinte.
  • Todo este esforço normalmente acontece nos primeiros anos de constituição familiar, que é o período em que os filhos iniciam sua caminhada educacional no ensino fundamental. 
  • Os filhos, neste período, a maior parte - são acompanhados pelos avós, pelos colegas, e uma pequena parte, frequenta creches especializadas. 
  • Os pais, nos momentos de folga buscam compensar a ausência com carinhos, presentes e muitas concessões emocionais, do tipo permissivo, e assim abrem mão de estabelecer limites aos desejos do pequeno ser carente de carinho, produzindo meninos e meninas mimadas. 
  • Estas crianças/adolescentes mimadas e egoístas, carentes afetivamente foram, em grande parte, fortemente influenciadas por outros grupos de estudantes com estas mesmas características e se transformam em um ambiente propício à propostas “loucas”, muito comum para a idade adolescente. Assim podem, e muitos são socializados com bases em valores distorcidos e imprevisíveis. 
  • Grande parte desta juventude atual foi socializada por um complexo formado por: amigos mimados, que interagem pela mídias sociais, que acessam informações incontroláveis e que buscam, cada vez mais, “curtir” a vida cibernética e ilimitada ofertada via internet.

A síntese seria uma juventude em grande risco, onde o recrutamento para atividades que não são minimamente acompanhada pelos pais e que tem como um de seus subprodutos a busca desenfreada por emoções totais, pelo consumo desenfreado de bens e prazeres e que podem se transformar em vítimas fáceis de agentes que oferecem recursos financeiros “fáceis” para atender o desejo desenfreado pelo consumo, e ai chegamos na: 


CAUSALIDADE MERCADOLÓGICA DA CRIMINALIDADE: Jovens criados sem limites emocionais e de consumo, buscarão sempre um estágio superior de consumo. Jovens de classe média alta buscarão vida de ricos, jovens de classe C buscarão vida digna de classe B e os jovens mais pobres buscarão forma de consumo que pertence às classes médias de uma forma geral.    

Assim temos notícias de moças  e rapazes de classes médias  que se transformam  em prostitutas  para otimizar consumos, se transformando em pessoas que no cotidiano vivem em situação de vida marcado pelo alto consumo de produtos culturais e materiais.   Temos notícias de muitos jovens de classes médias que se transformam precocemente em agentes intermediários da venda de tráficos e contrabandos para auferir altos recursos com baixos esforços para maximizar seus gastos desenfreados. 

E é neste mesmo contexto que jovens das periferias buscam atingir níveis elevados de consumo de forma imediato e passam a trabalhar com organizações criminosas de todas as matizes nas periferias das grandes e pequenas cidades.    

Quando os pais descobrem, os filhos estão sendo mortos em atividade de saidinha de banco, estão sendo presos ou mortos em conflitos do tráfico ou em confronto com a polícia ou estão viciados em drogas.  

CAUSALIDADE NARCÓTICA:  Com os filhos marginalizados pelos pais dentro de casa, com o avanço do desejo de consumo de bens materiais e culturais, surge o elemento que se funde com a causalidade familiar e mercadológica e causa a tragédia social que é a expansão do mercado de drogas em nosso país.  As drogas serão o canto da sereia para conquista fácil de recursos financeiros para que jovens possam realizar seu sonho de consumo imediato. Assim, surgem exércitos de soldados da droga que ganham seu sustento do mercado ilegal das drogas.  E esta invasão das drogas nas vidas de jovens e adultos brasileiros é o caminho para a degeneração moral de grande parte desta geração, pela opção pelo ganho fácil de dinheiro e pela construção de uma base de consumo e de recrutamento de agentes da criminalidade.    

No contexto de desestruturação do aparelho de prevenção e de combate do tráfico de drogas  assistimos a expansão desenfreada do tráfico de drogas, da escalada de violência e da incapacidade da sociedade e do Estado em oferecer resposta de médio e de longo alcance capazes de combater as raízes estruturais da violência contemporânea.    Este abandono familiar de grande parte da juventude contemporânea, pode vir a assumir múltiplas facetas referente a comportamentos patológicos como: o exacerbado individualismo, a intolerância religiosa, política e de orientação sexual. E estes são caldos de culturas para que agentes do fascismo político contemporâneo venham a recrutar jovens para a guerra fraticida no interior de nossa sociedade.

PAIS AVOVOZADOS (Filhos órfãos de pais vivos) ESTÃO GERANDO SOCIOPATAS EM ESCALA EPIDÊMICA. A criminalidade é a face mais visível deste grave desequilíbrio social. E ainda tem gente que culpa o aparelho policial pela criminalidade e exerce o populismo político afirmando que matar bandido resolve o problema da violência em nosso país. 

COMO RESOLVER?

Logicamente que somente um diagnóstico consubstanciado das autoridades estatais, a geração de políticas públicas para disputar este jovens, contra o consumismo e o tráfico de drogas, poderiam gerar esperanças de virmos a enfrentar esta questão de forma sistêmica.  

Toda a resposta passaria pela Educação, articulada com políticas culturais, esportivas e artísticas capazes de disputar a cabeça dos jovens de agora e do futuro, e retirá-los da influência do marquetismo/consumismo e das ofertas fáceis para ganhar dinheiro.  

A profusão de creches, escolas de tempos integrais ou assemelhados, a oferta de modalidades esportivas, artísticas e culturais condicionadas ao desempenho escolar seria uma forma de disciplinar estas crianças e jovens e oferecer-lhes valores da democracia, do humanismo, da solidariedade e do trabalho honesto.  

E por outro lado, a sociedade deve voltar para seu núcleo familiar, acompanhar seus filhos e construir trabalhos consorciados com órgãos públicos capazes de ajudar o Estado nesta tarefa gigantesca de resgatar esta e futuras gerações das influências que vem transformando grande parte de nossos jovens em sociopatas descomprometidos com a vida em sociedade, para que esta seja bem ordenada e pacífica.  

Logicamente que existem outros subsistemas de causalidades, dentre eles eu enumeraria a corrupção que assola os agentes públicos de combate à criminalidade e ao tráfico de drogas, que tem como consequência o bloqueio nos escalões inferiores das políticas que visam dinamizar a ação policial. Ou seja, existem vetoplayers corruptos que prejudicam a materialização de grande parte das políticas que combateriam a criminalidade oriunda do tráfico de drogas.

quinta-feira, outubro 26, 2017

A mãe que vai enterrar o filho que teve dentro de uma cela da ditadura militar

Hecilda Fonteles Veiga, perdeu hoje o filho que teve dentro de uma cela imunda da ditadura militar.

Por Diógenes Brandão

Falecido na madrugada desta quinta-feira (26), vítima de um infarto, após uma complicação causada por uma broncopneumonia, Paulo Fontelles Filho, mais conhecido como Paulinho Fontelles, nasceu na prisão, durante a Ditadura Militar. 

Sua mãe, Hecilda Fonteles Veiga, era estudante de Ciências Sociais quando foi presa, em 1971, em Brasília, com cinco meses de gravidez. Hoje, vive em Belém (PA), onde é professora do curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Pará (UFPA).

Num depoimento reproduzido na 36ª audiência pública da Comissão da Verdade de São Paulo, a mãe de Paulo contou: 

Quando fui presa, minha barriga de cinco meses de gravidez já estava bem visível. Fui levada à delegacia da Polícia Federal, onde, diante da minha recusa em dar informações a respeito de meu marido, Paulo Fontelles, comecei a ouvir, sob socos e pontapés: ‘Filho dessa raça não deve nascer”.

Depois, fui levada ao Pelotão de Investigação Criminal (PIC), onde houve ameaças de tortura no pau de arara e choques. Dias depois, soube que Paulo também estava lá. Sofremos a tortura dos 'refletores'. 

Eles nos mantinham acordados a noite inteira com uma luz forte no rosto. Fomos levados para o Batalhão de Polícia do Exército do Rio de Janeiro, onde, além de me colocarem na cadeira do dragão, bateram em meu rosto, pescoço, pernas, e fui submetida à 'tortura cientifica', numa sala profusamente iluminada. 

A pessoa que interrogava ficava num lugar mais alto, parecido com um púlpito. Da cadeira em que sentávamos saíam uns fios, que subiam pelas pernas e eram amarrados nos seios. As sensações que aquilo provocava eram indescritíveis: calor, frio, asfixia. 

De lá, fui levada para o Hospital do Exército e, depois, de volta à Brasília, onde fui colocada numa cela cheia de baratas. Eu estava muito fraca e não conseguia ficar nem em pé nem sentada. 

Como não tinha colchão, deitei-me no chão. As baratas, de todos os tamanhos, começaram a me roer. Eu só pude tirar o sutiã e tapar a boca e os ouvidos. Aí, levaram-me ao hospital da Guarnição em Brasília, onde fiquei até o nascimento do Paulo.   

Nesse dia, para apressar as coisas, o médico, irritadíssimo, induziu o parto e fez o corte sem anestesia. Foi uma experiência muito difícil, mas fiquei firme e não chorei. Depois disso, ficavam dizendo que eu era fria, sem emoção, sem sentimentos. Todos queriam ver quem era a fera' que estava ali.

Assista o vídeo com a entrevista com a professora, militante, mãe e esposa Hecilda Fonteles Veiga.



quarta-feira, setembro 27, 2017

Cadê os políticos e jornalistas que defenderam os bandidos alojados na polícia?



Por Diógenes Brandão

É com essa pergunta que um leitor do blog nos encaminhou a matéria do MPE-PA sobre a chacina de Pau D'Arco. Na época do crime, deputados federais, estaduais, vereadores, radialistas e apresentadores de TV bradavam em defesa dos policiais e acusavam as vítimas de serem criminosos e os agentes dos Direitos Humanos e do Ministério Público de defensores de bandidos.

E agora, o que dirão estes que defendem torturadores, assassinos frios e calculistas e depois aparecem com bíblias debaixo do braço dizendo que são cristãos e defensores da família e dos bons costumes?

Leia em REDENÇÃO: MPPA oferece denúncia e 15 policiais são presos por chacina

inistério O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), por meio dos promotores de Justiça de Redenção Alfredo Martins de Amorim, José Alberto Grisi Dantas e Leonardo Jorge Lima Caldas, ofereceu denúncia contra 17 policiais (13 militares e 4 civis) pelos crimes de homicídio qualificado, constituição de milícia privada, fraude processual e tortura, praticados contra 10 trabalhadores que foram mortos quando se encontravam acampados no interior na Fazenda Santa Lúcia, na zona rural da cidade de Pau D’arco, por ocasião da operação destinada ao cumprimento de mandados de prisão temporária e preventiva contra essas pessoas.  

A Justiça estadual recebeu a denúncia e determinou a prisão preventiva de 15 denunciados, a pedido do Ministério Público. Não foi pedida a prisão preventiva de dois dos 17 denunciados, por estes estarem incluídos no programa de proteção, por terem colaborado com as investigações. Foram 11 prisões em Redenção e quatro em Belém.  

DENÚNCIA   

As investigações do Ministério Público do Estado concluíram que não houve confronto na fazenda, os policiais já se deslocaram ao local com o intuito de causar a morte dos trabalhadores.  “Nesse particular, há de se observar a conduta dos agrupamentos de policiais civis e militares que foram formados, por ocasião da operação no interior da Fazenda Santa Lúcia, na cidade de Pau D’Arco. Segundo restou evidenciado, todos os denunciados agiram com unidade de desígnio, desde o instante em que se reuniram na sede do 7ª Batalhão da Polícia Militar de Redenção, até o momento em que se estabeleceram na entrada do local do fato e dali partiram para o cumprimento da operação, a qual, em nenhum momento, era o de efetivar ordens de prisão provisória, como determinado pelo Poder Judiciário”, frisaram os promotores de Justiça na denúncia.  

“Para o resultado alcançado – morte das 10 (dez) vítimas –, houve a colaboração da integralidade dos denunciados, seja na forma comissiva (ação), seja na forma omissiva”, disseram os promotores.  Conforme apurado, os policiais civis Valdivino Miranda da Silva Junior e Raimundo Nonato de Oliveira Lopes inicialmente prestaram depoimento sustentando a versão de confronto, mais tarde os mesmos procuraram a Polícia Federal e o Ministério Público, no sentido de contribuírem com as investigações realizadas e relatarem o que, de fato, aconteceu.  

Eles relataram que a versão do suposto confronto foi fruto de um “pacto” estabelecido entre todos os policiais ali presentes, Civis e Militares, como forma de justificar o que havia acontecido, tendo havido uma pressão por parte dos demais para que, caso tal acordo não fosse firmado e sustentado, consequências outras poderiam ocorrer, sendo mais razoável propagar a ideia do confronto, pois assim ficariam impunes.  

A prova técnica mostrou que algumas vítimas foram alvejadas de uma pequena distância, o que caracteriza execução. Além do laudo de balística, os laudos necroscópicos evidenciaram ainda que houve vítimas que além dos ferimentos decorrentes de arma de fogo, contavam também com fraturas em diversas partes do corpo, a exemplo da cabeça, na tíbia, nos arcos costais e na boca, o que se revela compatível com a prática de agressões.  

Carlos Kened Goncalves de Souza, Rômulo Neves de Azevedo, Cristiano Fernando da Silva, Welinton da Silva Lira, Jonatas Pereira e Silva, Rodrigo Matias de Souza e Neuily Sousa da Silva foram denunciados em concurso material pelos crimes do art. 121, §2º, incisos I e IV, §6º (10 vezes); 121, §2º, incisos I e IV, §6º c/c o artigo 14, inciso II (2 vezes); 288, parágrafo único; 347, todos do Código Penal, e 1º, inciso II, da Lei nº 9.455/97 – crimes de tortura (5 vezes).  

Já os denunciados Valdivino Miranda da Silva Junior, Douglas Eduardo da Silva Luz, Euclides da Silva Lima Junior, Raimundo Nonato de Oliveira Lopes, Adivone Vitorino da Silva, Orlando Cunha de Sousa, Ronaldo Silva Lima, Ricardo Moreira da Costa Dutra, Francisco Ragau Cipriano de Almeida e Uilson Alves da Silva vão responder pelos crimes capitulados nos artigos 121, §2º, incisos I e IV, §6º (10 vezes); 288, parágrafo único; e 347, todos do Código Penal.  

As vítimas dos crimes foram: Wedson Pereira da Silva, Nelson Souza Milhomem, Clebson Pereira Milhomem, Oseir Rodrigues da Silva, Jane Júlia de Oliveira, Hércules Santos de Oliveira, Ronaldo Pereira de Souza, Antônio Pereira Milhomem, Bruno Henrique Pereira Gomes e Regivaldo Pereira da Silva.

quarta-feira, agosto 23, 2017

Citados por suspeito de assassinato em Paragominas rechaçam insinuações

Citados por acusado de ser mandante de um assassinato, Paulinho Adnan e Sidney emitem nota de repúdio.

Por Diógenes Brandão

Após a publicação "Acusado de ser mandante de assassinato cita prefeito, secretário de estado e deputado", o prefeito de Paragominas Paulo Tocantis, o deputado estadual Sidney Rosa (PSB) e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Estado do Pará,  Adnan Demachki emitiram uma Nota de Repúdio conjunta, rechaçando as insinuações contidas no vídeo gravado com o suspeito de ser um dos mandantes pela morte de uma empresária e servidora pública de Paragominas. 

Leia:

NOTA DE REPÚDIO  

Os cidadãos Paulo Tocantins,  Sidney Rosa e Adnan Demachki, REPUDIAM, de forma veemente e indignada, as declarações caluniosas, injuriosas e difamantes proferidas pelo meliante Maurício da Luz Ramos, popularmente conhecido como “Cabo Maurício”, acusado de ser o mandante do assassinato da servidora pública municipal, Maria Augusta da Silva, ocorrido no dia 15 de julho de 2017, na cidade de Paragominas-PA. 

“Cabo Maurício” teve um vídeo gravado e divulgado nas redes sociais, enquanto encontrava-se algemado e a caminho da penitenciária, logo após seu depoimento em Juízo, fazendo insinuações maliciosas e totalmente falsas que atacam a honra e a imagem dos signatários. Os cidadãos repudiam qualquer ato de violência e solicitam das autoridades competentes a devida investigação e responsabilização do fato, anunciando que adotarão todas as providências cabíveis, no âmbito administrativo e judicial,  contra o autor dos comentários e os responsáveis por sua gravação e divulgação. Infelizmente, nos tempos modernos, as redes sociais se tornaram palco das mais variadas agressões, com objetivos escusos ou, às vezes, por pura diversão, vitimando pessoas de bem, que tem dignidade e família, mas que ficam completamente à mercê das mentiras veiculadas.   

Por tudo isso, pedimos àqueles que conhecem nossa história de vida e nosso caráter que nos ajudem a conter os boatos e a restabelecer um mínimo de serenidade no espaço virtual onde a sociedade cada vez mais se comunica.

quinta-feira, fevereiro 09, 2017

Nem bem começou o novo mandato e MP já vai apurar lei aprovada por vereadores de São Miguel do Guamá


Por Diógenes Brandão

No finalzinho de 2016, preste a raiar o ano novo, este blog recebeu diversas denúncias de populares que geraram a matéria "População rejeita vereador de São Miguel do Guamá como presidente da Câmara de Vereadores". Passado pouco mais de um mês, o Ministério Público do Estado do Pará informa que abriu Procedimento Administrativo Preliminar para apurar possíveis irregularidades ocorridas na sessão extraordinária do 1° período legislativo de 2017.

Segue na íntegra a nota do MPE, intitulada "SÃO MIGUEL DO GUAMÁ: MP apura possível fraude na aprovação de Lei".

O Ministério Público do Estado, através da promotora de Justiça Cristina Maria Queiroz Colares, titular do 2º cargo de São Miguel do Guamá, instaurou Procedimento Administrativo Preliminar (PAP) para apurar possíveis irregularidades ocorridas na sessão extraordinária do 1° período legislativo de 2017. 

O pedido de providências foi protocolizado no dia 30 de janeiro pelos vereadores do município de São Miguel do Guamá, referente a 1ª sessão extraordinário realizada no dia 23 do mesmo mês, na qual foi aprovada uma lei de interesse da prefeitura e não teriam sido realizados os ritos necessários para que a lei fosse aprovada. A partir do relatado pelos vereadores, o Ministério Público abriu investigação sobre o ocorrido no município. 

De acordo com a promotora Cristina Colares “A aprovação da Lei pela Câmara de Vereadores deve seguir o processo legislativo previsto na Constituição Federal, bem como o regimento interno da casa legislativa”. 

A Câmara Municipal tem o prazo de 5 dias para enviar ao Ministério Público a ata da sessão extraordinária.

terça-feira, janeiro 10, 2017

Petistas deixam o partido com fortes críticas à direção

O único vereador petista e o presidente municipal do partido, deixaram o PT com fortes críticas à direção.

Cley Alves era o único vereador que o PT mantinha até o final de 2016, na Câmara Municipal de Ananindeua, onde Beto Ribeiro era até semana passada, o presidente do partido. Ambos pediram desfiliação da legenda alegando contradições e problemas na direção partidária.


Por Diógenes Brandão

Ananindeua é o segundo maior e mais populoso município paraense, e, por consequência, o segundo maior colégio eleitoral do Pará. Com décadas de alternância de governos eleitos pelo PSDB e o PMDB, a cidade apresenta um dos piores índices de criminalidade e falta de saneamento, além de amargar altas taxas de desemprego e baixa expectativa de vida para os jovens, que morrem de forma avassaladora pela violência urbana.

Tal cenário não colabora para a afirmação e o empoderamento dos partidos de esquerda, que historicamente cresceram e tornaram-se fortes nestas cidades, onde a pobreza e o descaso dos governos de direita, que se revezam no poder, arrastam milhões de brasileiros para uma vida sem oportunidades e direitos sociais, como os prometidos nas campanhas eleitorais.

Declínio e desfiliação

Eleito vereador com 887 votos em 2012, nas eleições de 2016 Cley Alves obteve 886 votos, ou seja, um (01) a menos do que há quatro (04) anos atrás, mas não conseguiu manter-se como o único representante petista na Câmara de Vereadores de Ananindeua, devido o partido não alcançar o coeficiente eleitoral.  

Uma fonte do blog revelou que o ex-vereador alega que sua saída do partido no qual militou por 17 anos, "se dá pelo forte desgaste de sua identidade ideológica e pela renúncia deste na defesa de bandeiras no passado defendidas aguerridamente por sua militância, pois as mesmas foram retiras da linha programática de lutas pela cúpula partidária", que segundo Cley, hoje é vista de forma negativa pela sociedade. O ex-vereador também disse "que o PT sofre de uma decadência imensurável, tendo como prova o último resultado eleitoral".

Ainda segundo a fonte petista, o mesmo raciocínio moveu o presidente municipal a entregar o cargo e desfiliar-se do PT. Para Beto Ribeiro, "sair do PT depois de 22 anos como filiado não está sendo fácil, mas é necessário", pois assim como o ex-vereador, ele também é jovem e desejar continuar na vida política e participando de processos eleitorais. 

O blog procurou informações se ambos já possuem um partido em mente para se filiarem, mas não conseguiu contato com os ex-petistas e nem respostas precisas com outras fontes, mas há uma possibilidade muito forte deles dois ingressarem no PDT. 

O partido deve vir com Ciro Gomes, como candidato a presidente do Brasil em 2018 e hoje no Pará tem três deputados estaduais (Antônio Tonheiro, Junior HageMiro Sanova) e em Ananindeua três (03) vereadores (Diego Alves, Neto Vicente e Robson Barbosa), tendo como presidente estadual, o ex-deputado federal Giovanni Queiroz.

Dados do TRE confirmam o declínio petista no Pará

Nas eleições municipais de 2016 no Pará, o PT lançou candidatos a prefeitos em 35 municípios paraenses e elegeu tão somente 07 prefeitos. 

Comparando com a eleição anterior, onde o partido elegeu 23 prefeitos, foram 16 prefeituras perdidas de uma eleição para outra. Isso sem contar que nenhum prefeito em 2012, conseguiu a reeleição em 2016. 

Ao contrário de seu aliado favorito, o PMDB - que ganhou 27 municípios nas eleições de 2012, e em 2016 elegeu 42 prefeitos - comandado pelo ministro Helder Barbalho e o senador Jader Barbalho tornou-se o partido paraense que mais cresceu, enquanto que o PT foi o que mais diminuiu.

sexta-feira, dezembro 30, 2016

População rejeita vereador de São Miguel do Guamá como presidente da Câmara de Vereadores

Ray Lopes, vereador de São Miguel do Guamá é réu em um processo na justiça paraense e mesmo assim quer ser presidente da Câmara Municipal do município.


Populares questionam a indicação do vereador Ray Lopes para dirigir o legislativo municipal. Denunciado pelo crime de dano ao patrimônio público, o réu foi indicado pelo prefeito Antônio Doido, para ser o futuro presidente da Câmara Municipal de São Miguel do Guamá



Passadas as eleições municipais, a classe política se divide nas últimas horas do ano para as festas familiares e no planejamento do futuro das cidades brasileiras. No Pará, muitos municípios terão desafios enormes para escolher secretários, mesas diretoras nas câmaras de vereadores e equipes que deverão cuidar das políticas públicas prometidas durante as campanhas eleitorais, tais como a saúde, a educação, assistência social, entre outras importantes áreas da gestão municipal.

Em São Miguel do Guamá, município da região nordeste do Pará, a disputa pela mesa diretora da Câmara Municipal é marcada por graves denúncias envolvendo vereadores, entre eles, o pivô de diversos comentários e críticas da população: Ray Lopes (PSD), vereador eleito com o apoio do prefeito eleito Antônio Doido (PSDB).  

Ray Lopes ficou exposto por ser candidato a presidente da câmara municipal

Populares questionam a indicação do vereador Ray Lopes para dirigir o legislativo municipal pelo fato dele ter sido denunciado pela Juíza de Direito da Comarca de São Miguel do Guamá, Ana Selma Timóteo, pelo crime de dano ao patrimônio público, Processo TJE-PA nº 0000429-93.2010.8.14.0055.

No processo, uma atividade criminosa comandada por um grupo de vândalos liderados por Ray Lopes, que na oportunidade ameaçou de morte o policial militar Cabo Dias (hoje, vereador Alexandre de Jesus Dias), quando houve uma grande desordem em São Miguel do Guamá, com o intuito de por fim em uma ação de fiscalização de o DETRAN, que acabou em quebra-quebra, onde uma viatura da PM foi destruída e diversos órgãos públicos ameaçados de serem invadidos e incendiado, tal como o Fórum de justiça, o DETRAN, a prefeitura e até o quartel da PM.

Ray Lopes e seu grupo foram presos e respondem processo no Tribunal de Justiça do Estado do Pará.

Hoje, eleitos vereadores, Raimundo Carvalho Lopes (Ray Lopes) e Alexandre de Jesus Dias de Oliveira (Cabo Dias) estão juntos na chapa que pretende dirigir a Câmara de Vereadores do município de São Miguel do Guamá, o que causa estranheza à população.


Segundo uma fonte do blog, Ray Lopes pode a qualquer momento ser condenado pela justiça, o que inviabilizaria sua permanência como presidente da câmara municipal de São Miguel do Guamá, onde é indicado pelo prefeito Antônio Doido. 

Segundo um funcionário municipal que pediu anonimato, a eleição da nova mesa diretora da Câmara Municipal, será realizada sob o olhar atento vigilante da população. "O voto secreto foi abdicado no parlamento municipal. Não mais existe mais voto secreto no legislativo do município, pois as sessões ordinárias da câmara municipal são todas gravadas em áudio e vídeo, e transmitida na internet, na sua página no facebook e no site oficial da Câmara Municipal", afirma a fonte do blog. 

A eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal será realizada amanhã, dia 1º de Janeiro e o povo do município espera que o presidente eleito seja algum vereador sem antecedentes criminas e processos judiciais, já que há uma indignação da sociedade brasileira, tão massacrada por corrupção e falta de honestidade na classe política.

"Como podemos assistir pacatamente o começo de um mandato desse jeito?", indaga um cidadão miriense em contato com o blog.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...