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sexta-feira, maio 29, 2015

Professores chamam o governador de ladrão e conseguem a promessa de suspensão dos descontos em folha

Há 80 dias sem energia elétrica, os estudantes e professores de uma escola estadual protestaram durante evento, que teria a presença do governador Simão Jatene, que desistiu de ir por causa de uma manifestação da greve, que já dura mais de 2 meses.

No início da noite desta sexta-feira (29), professores e estudantes paraenses ocuparam a entrada do Centro de Convenções e Eventos da Amazônia - Hangar, onde realizaram um protesto contra o governador do Estado do ParáSimão Jatene, o qual foi chamado de ladrão por centenas de alunos e professores da rede pública estadual de ensino.

A manifestação pacífica, ocorreu na abertura da XIX Feira Pan-Amazônica do Livro e o local foi por alguns momentos, o lugar mais protegido e seguro de Belém. Avisado da presença dos manifestantes, o comandado da Polícia Militar ordenou o envio de dezenas de viaturas  para protegerem a chegada e saída do governador. 

Segundo uma fonte do blog, o governador chegou a planejar que faria a abertura da Feira e partiria rapidamente para sua residência, escoltado por um forte aparato policial, com a cobertura de dezenas de viaturas e até de um helicóptero da polícia militar, mas minutos antes de ir, orientado por assessores que informavam a situação que lhe aguardava, desistiu do intento. Em meio à indecisão e várias informações desencontradas, este blog e outros veículos de comunicação, foram levados ao erro de noticiar que Simão Jatene teria ido e sido vaiado, mas não foi.


Mesmo assim, o constrangimento não pôde ser evitado e centenas de manifestantes passaram mais de duas horas entoando palavras de ordem, entre as quais, destacaram-se as seguintes"Essa feira vai parar, se o Jatene não pagar", "Jatene seu caloreiro, devolve o meu dinheiro" , Não é mole não, ter um governador chamado de ladrão.

Pressionado, ciente da revolta e possível radicalização dos grevistas, motivada pelos altos descontos nos contra-cheques dos professores, o governador Simão Jatene propôs uma inédita reunião com uma comissão formada por três (03) dirigentes do SINTEPP, onde se comprometeu em rever os descontos que deu nos salários da categoria, em uma folha suplementar, prometida para ser paga até o dia 05 de Junho.

Como o seguro morreu de velho e já tiveram outras promessas quebradas, os educadores aprovaram em assembleia fazer a ocupação do Hangar, das 10h da manhã, até às 10h da noite, a partir da próxima segunda-feira (01), até verem o cumprimento do acordo selado hoje. A próxima assembleia geral da categoria ficou agendada para o dia 5, às 16h, no Hangar.

Após o pedido de abusividade da greve, os professores pedem a saía do atual secretário de Educação, Helenilson Pontes.

No mesmo momento em que o vexame ocorria, a assessoria de comunicação do governador, usou sua página no Facebook para emitir uma nota, na qual diz ter ocorrido um erro na impressão de milhares de contra-cheques, os quais deixaram os professores estarrecidos com os valores descontados. Houve professores que ganham cerca de três mil reais, que quase infartam, ao verem seu contra-cheque com míseros R$54,00.


Propostas do Governo - via Portal G1-PA.

A proposta prevê um reajuste de 13,01% no vencimento-base da categoria, obedecendo à variação no valor do novo Piso Salarial da Educação, a partir da folha de pagamento do mês de abril. Segundo o Governo do Estado, um professor em início de carreira, lotado com 220 horas em regência e 70 horas suplementares, vai receber R$ 5.520 por mês. O pagamento de piso retroativo será feito em quatro parcelas, duas em ainda em 2015 e duas em 2016.

A versão do SINTEPP

Por sua vez, o SINTEPP alega que o governo rejeitou a proposta do sindicato, que trata da reposição das aulas durante este período e inviabiliza a execução dos 200 dias letivos obrigatórios, segundo a LDB, e age de forma intransigente cortando o ponto dos grevistas e não grevistas. Em assembleia geral, realizada no Hangar os professores mantiveram a greve e denunciaram a falta de salas climatizadas, a má qualidade a merenda escolar servida nas escolas, os banheiros sujos, bebedouros anti higiênicos e a manobra do governo querer pagar parceladamente as dívidas do piso 2011 - que o sindicato diz sr fruto de uma de suas vitórias da greve de 2013, além de querer estender para 2016, o pagamento do retroativo de 2015. Uma verdadeira bola de neve, alegam os dirigentes sindicais.

Em uma Carta Aberta, o sindicato dá sua versão sobre a manutenção da greve, aprovada em assembleia realizada na quarta-feira (28), que também decidiu pelo ato de protesto e outra assembleia no Hangar.

Uma vitória a comemorar

Paralelo à assembleia geral, parte da direção do sindicato, finaliza a totalização dos votos da eleição que reelegeu para outro mandato, os atuais  dirigentes. Ou seja, os 700 mil alunos e os professores perderam, mas já teve quem tenha ganhado alguma coisa com a greve estadual que se arrasta por mais de 2 meses. Detalhe: O grupo vitorioso coordena o sindicato há quase 30 anos.


Que tal me seguir no twitter? @JimmyNight

quinta-feira, abril 30, 2015

O Massacre do Centro Cívico em Curitiba

Paraná: Agressão policial deixa 109 feridos. 107 pessoas e 2 PMs.

Pelas redes sociais, vi fotos, relatos e vídeos do campo de guerra que foi armado no centro de Curitiba, capital do Estado do Paraná, onde uma manifestação de professores em greve por melhorias salariais, somou-se a reivindicações populares que tentava evitar a votação de um projeto que iria mexer com a previdência dos servidores públicos daquele Estado.

Faltam palavras para relatar o que aconteceu e por isso, resolvi ter como fonte, a postagem do blog do Tarso, advogado e blogueiro que sempre está presente nas lutas sociais do Paraná. 

No final, veja os vídeos e entenda como tudo aconteceu.


Hoje foi um dia histórico no Paraná.

Foi o dia em que a Polícia Militar, subordinada ao governador Beto Richa (PSDB) e ao secretário de segurança Fernando Francischini (Partido Solidariedade), agrediu violentamente estudantes, professores, servidores e cidadãos que queriam acompanhar a votação de uma Lei dentro da Assembleia Legislativa do Paraná.

Queriam evitar que os deputados estaduais votassem um projeto que retira dinheiro da previdência dos servidores, para os cofres do Estado que passam por dificuldades graves, depois de mais de quatro anos de governo. Infelizmente logo após os deputados votaram sim por 31 a 20.

Assim como o ex-governador Alvaro Dias (hoje no PSDB), cujo governo espancou os professores em 1988, Richa entrará para a história de forma negativa.

Eu, como advogado, professor universitário, presidente da Associação dos Blogueiros e Ativistas Digitais do Paraná – ParanáBlogs e autor do Blog do Tarso, estava na Praça Nossa Senhora da Salete simplesmente para filmar as manifestações e acompanhar para verificar se os direitos fundamentais dos manifestantes seriam assegurador.

Fui atingido por um estilhaço de uma bomba que, se tivesse acertado dois centímetros para o lado, teria me cegado.

Foram centenas de feridos.

Veja os vídeos do Massacre.



terça-feira, abril 14, 2015

Filme dá contribuição valiosa a debate de obra na Amazônia

Construção da casa de força da usina hidrelétrica de Jirau, no rio Madeira. 

Por Ricardo Mendonça, na Folha.

"Jaci - Sete Pecados de uma Obra Amazônica" é a saga de construção faraônica no meio da floresta amazônica. Tipo Transamazônica ou Tucuruí.

Escalados pelo governo, militares com fuzis aparecem para mediar as relações de trabalho entre uma empreiteira e seus empregados. De um gabinete, em Brasília, uma autoridade justifica o uso da força na obra "estratégica".

Atraídos pelo sonho de "enricar", milhares de brasileiros migraram para aquele canto enlamaçado do país. Atropelos ambientais. Violência. Denúncias de tortura. E até desaparecimento de grevistas.

Não fosse a onipresença de celulares nas mãos de peões, políticos, prostitutas, engenheiros, ambientalistas, pareceria mais um filme de 1970 ou 1971, auge da ditadura.

Mas o filme é de agora. Retrata quatro anos de transformações em Jaci Paraná, uma vila de Porto Velho (RO) que quadruplicou de tamanho com a obra de R$ 15 bilhões da hidrelétrica de Jirau no rio Madeira, fixação dos governos Lula e Dilma Rousseff.

Os militares que controlam operários não são soldados do Exército, mas agentes da Força Nacional. A autoridade que justifica essa presença ali não é um general, mas o então ministro Gilberto Carvalho. Do Partido dos Trabalhadores.

Os produtores dizem que mais de 30 tipos de câmeras foram usadas no filme, algumas pelos próprios operários.

Há registros do megaprotesto de 2011, quando trabalhadores incendiaram alojamentos e dezenas de ônibus. É curioso notar que eles chamam aquilo de "rebelião", expressão mais comum em motim de presidiários.

E registros da impressionante cheia do Madeira em 2014, a maior de sua história, com enormes perdas para os mais pobres. Dano da usina?

Com razão, a jornalista Eliane Brum tem denunciado que coisas grandes e graves que ocorrem na Amazônia, hoje, não são discutidas. "Jaci" discute. Valiosa contribuição.

Pesquisa: 83% dos manifestantes de SP votaram em Aécio

Pesquisa confirma que a maioria absoluta presentes nos atuais protestos ocorridos no Brasil, são eleitores de Aécio Neves.


Maioria dos manifestantes espera que consequência dos atos seja a punição aos culpados dos escândalos de corrupção.

Uma pesquisa realizada com manifestantes que foram à Avenida Paulista, em São Paulo, no último domingo (12), pela start-up Lean Survey, mostra que a maioria das pessoas, ou 32% delas, foi às ruas protestar prioritariamente contra a corrupção no Governo Federal, enquanto 27% dos manifestantes queriam antes de tudo "Fora Dilma". O levantamento revela, porém, que os que participaram do ato já não foram eleitores de Dilma Rousseff na última eleição. Ao todo, 83% votaram em Aécio Neves (PSDB) no segundo turno do ano passado, e apenas 3% apostaram na petista.


Deputado Federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) pousou como ídolo de vários manifestantes em SP.

Entre os resultados desejados como consequência do movimento, o que aparece em primeiro é a punição aos culpados nos escândalos de corrupção (24%), seguido pela renúncia de Dilma (21%).

Sobre a forma como as pessoas ficaram sabendo e se organizaram para o protesto, as redes sociais (Facebook e Twitter) foram citadas por 60% dos entrevistados como tendo sido a principal. Em relação ao protesto do dia 15 de março, 69% também estiveram presente nele.

O perfil dos manifestantes também foi pesquisado. Dos que responderam à pesquisa, 77% possuem renda familiar superior a um salário mínimo; 60% têm o ensino superior completo e 23% completaram a pós-graduação.

A pesquisa entrevistou 561 pessoas, entre as 12 e 18 horas, no protesto que ocorreu na Avenida Paulista, no dia 12 de abril.

sábado, abril 04, 2015

A diferença dos protestos



As cenas acima são melhores do que qualquer argumento que tente explicar a dinâmica social e a política de segurança extremamente excludente, que ainda impera em nosso país. 

Ou mudamos essas contradições e agimos com firmeza, rumo à justiça e a inclusão social, ou não vai adiantar nada reduzir a maioridade penal, construir mais cadeias e colocar mais policiais nas ruas. 

A bomba-relógio está para ser detonada e é a sociedade com um todo que sairá ferida e derrotada, deste processo insano e sanguinário.

Tá na hora de baixarmos as armas e levantarmos as soluções educativas, capacitadoras e pactuantes para exterminar a incompetência administrativa do Estado e oferecer a cidadania para todos, tal como reza a Constituição Federal.


terça-feira, março 10, 2015

Belém, tu vais pras ruas?

Atos de protestos em 2013 eram organizados de forma autogestionária e com pautas locais, diferente de agora que vem de SP.
Militantes pró e anti-governo organizam atos públicos para os dias 13 e 15 de Março em Belém. 

Notórios “fichas-sujas” conclamam a população para a luta contra aquilo que chamam de “corrupção desenfreada no Brasil”.  

Partidos como o PSDB é um dos que esconderá sua sigla e estará no próximo dia 15, com bandeiras anticorrupção e pró-moralidade na política brasileira, mesmo sendo citado com uma das legendas partidárias que teria recebido propina de esquemas fraudulentos de empresas que prestam serviços à Petrobras. É como se uma boca de fumo promovesse uma passeata contra o tráfico de drogas nas periferias. 

Resta saber se irão para as ruas, os demais partidos arrolados nas delações premiadas, recentemente divulgadas pelo STF, onde vários parlamentares e até governadores, investigados pelo inquérito aberto recentemente para apurar denúncias de envolvimento destes nos esquemas da operação Lava Jato.
Pelo que se sabe, o governador Simão Jatene, mesmo sendo do PSDB, principal partido de oposição ao governo federal, não estará e nem concorda com atos públicos com pedidos de impeachment e muito menos pela volta de ditadura militar, tal como muitos de seus correligionários incentivam que ocorra. Mesmo que fosse, seria uma medida que poderia lhe trazer dois grandes tiros nos pés.

É que grande parte dos partidos agora acusados pela operação Lava jato, são de sua base de apoio local e mesmo que almejasse dissimular isso, Simão Jatene e Zenaldo Coutinho lembram-se de forma amarga que os protestos do movimento #VemPraRua de 2013 acabaram colocando os problemas locais como foco principal das manifestações de rua em Belém e tanto o governo estadual, quanto a prefeitura, sob o comando do PSDB, foram duramente criticados e houveram diversos confrontos no Palácio Antônio Lemos, transformando sua frente em palcos de conflitos entre policiais militares, guardas municipais e manifestantes que pediam a redução do preço da tarifa e o passe livre para estudantes no transporte urbano da região metropolitana de Belém.

Nesta mesma província do Grão-Pará, tentando manterem-se em sintonia com as agendas nacionais, entidades como a CUT e demais centrais sindicais tem dificuldades em organizar o ato em defesa da Petrobras para o dia 13, talvez por terem perdido a cultura de mobilização de suas bases para atividades que não sejam corporativistas, ou seja, aquelas que interessam de fato aos trabalhadores e seus sindicatos.

Por sua vez, o PT, paradoxalmente tenta aglutinar sua militância para sair em defesa do governo e ao mesmo tempo critica as medidas adotadas pelo reajuste fiscal, junto da CUT e demais centrais e movimentos sociais e estarão juntos dia 13 nas ruas de Belém, com uma pauta com vários pontos contrários às últimas medidas adotadas por Dilma, mesmo que ela tenha ido à TV neste domingo pedir apoio de todos para o enfrentamento da crise pela qual passa o Brasil. 

Pelo jeito nem todos do seu partido a escutou ou não querem escutá-la por completo.

segunda-feira, dezembro 08, 2014

Pedidos de impeachment de Dilma são uma farsa absoluta

Eleitor de Aécio, Lobão sentiu-se como um otário ao ir pra evento que o ex-candidato convocou e não foi. 

Por Ricardo Melo, na Folha.

“Nós vamos perder, mas vamos sangrar estes caras até de madrugada”. A frase de Aécio Neves, reproduzida em reportagem da sempre atenta Daniela Lima, desta Folha, resume melhor que tudo o programa da oposição ao governo Dilma. Não que seja exatamente original, em se tratando do autor. Ele mesmo, durante a campanha eleitoral, soltou outra pérola de nível parecido aos que aceitavam trocar de candidato como se troca de camisa: “suguem mais um pouquinho e depois venham para nós”.

Por trás do palavreado da alcateia a favor do impeachment da presidente reeleita, existe uma verdade irrefutável. As investigações, mesmo atabalhoadas, da Operação Lava Jato, desnudam um esquema de corrupção que não vem de hoje, nem de ontem. E o principal: revelam o modus faciendi de convivência entre a elite empresarial e o Estado brasileiro. Pode parecer paradoxal, mas esta é a chave que torna os pedidos de impedimento uma farsa absoluta.

O Brasil teve um episódio de impeachment, o de Fernando Collor. Pausa para breve volta ao passado. Quem tinha acesso aos humores do tubaronato percebia o andar da carruagem. “Dez por cento tudo bem, mas o PC Farias está pedindo trinta, quarenta. Assim não dá. ” A lamúria era repetida por dez entre dez ricaços que construíram fortuna à sombra de negócios escusos.

Mas não era o suficiente: além de ir com muita sede ao pote e romper o código do pessoal de cima, a turma de Collor era um fracasso completo em termos populares. Confiscou poupança, perdeu da inflação e foi incapaz de promover qualquer progresso. Conseguiu brigar com todo mundo, tanto com os endinheirados que bancaram sua eleição como com os desavisados que viram o “caçador de marajás” ser o maior de todos os marajás. Sua queda era questão de tempo.

O momento agora é distinto. O que está exposto à execração pública não é a ação de uma camarilha isolada. É o envolvimento do “crème de la crème” do empresariado local –e internacional– com práticas de achaque ao Estado. Nem o tucano mais inflamado, no íntimo, acredita que o esquema começou com administrações petistas. O inquérito sobre a bandalheira no sistema de transporte de São Paulo fala por si só. A operação Castelo de Areia, interrompida por chicanas jurídicas, também ilustra a promiscuidade entre os senhores do dinheiro e os negócios de Estado –seja quem for o gerente de plantão.

São estas as relações que vêm sendo escrutinadas. Não à toa pesquisa Datafolha deste domingo traz resultados aparentemente contraditórios: se muita gente acha que Dilma tem culpa no cartório, outros tantos aprovam a sua gestão. Mais: apontam o governo dela como o que mais combate a corrupção, com larga vantagem sobre os antecessores. Sintomático, não?

Alguém poderia achar que o resultado indica que o brasileiro se acostumou com o “rouba mas faz”. Nada disso. A maioria trabalhadora, honesta, que conta os trocados para sustentar a família, não tem nenhum tipo de conivência com roubalheiras. Mas, da mesma forma, não imagina gente como Aécio Neves, José Serra (que declarou em alto e bom som considerar cartel uma coisa normal) ou Fernando Henrique (que conquistou a reeleição na base do dinheiro vivo) no papel de guardiões da honestidade.

Disse um compositor: “Chove lá fora, e aqui tá tanto frio. Me dá vontade de saber. Aonde está você?”. No sábado, durante mais um protesto de gatos pingados em São Paulo a favor da intervenção militar e impeachment, ouviu-se lamento semelhante da boca do mesmo personagem: “Só tem inimigo aqui. Cadê o Aécio, o Caiado? Se eu passo aqui e vejo esse pessoal, acho que é tudo a mesma coisa. Estou pagando de otário”. É Lobão, a vida não é fácil.

quinta-feira, julho 03, 2014

Prefeito de Soure é reconduzido ao cargo

João Luiz de Melo é reconduzido ao cargo de prefeito de Soure pelos vereadores que haviam lhe afastado.

Por 7 votos a favor e 1 contra, Câmara Municipal de Soure decidiu pelo retorno do prefeito do município, o Sr. João Luiz Melo (PT) que foi afastado do cargo por 90 dias, depois de violentos protestos ocorridos na cidade, no dia 06 de Junho. 

De acordo com o presidente da câmara, o vereador Ademar Macedo, a vice prefeita de Soure e a mesa diretora da câmara se recusaram a assumir a prefeitura, como previsto no acordo firmado com os manifestantes. “A vice prefeita encaminhou à mesa diretora da câmara um documento informando que ela não assume o município durante o período de afastamento do prefeito, e ninguém da mesa diretora vai assumir, por uma questão de compromisso firmado com o grupo que liderava as reivindicações”, disse o vereador naquele momento.

No entanto, no dia 24 de Junho, a presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará, Desembargadora Luzia Nadja Guimarães Nascimento, conduziu ao cargo de prefeito do município o Presidente da Câmara de Vereadores, que teve que rever sua palavra para não deixar a cidade sem gestor.

Há cerca de 20 minutos atrás, reunidos para avaliar a defesa do prefeito eleito e reeleito pelo povo de Soure, os vereadores em sua maioria, aprovaram pela suspensão do afastamento do cargo de João Luiz que retorna para suas atribuições a frente da prefeitura aquele município marajoara. 

quinta-feira, junho 26, 2014

O reizinho e suas bravatas

Nota em destaque na coluna "Repórter Diário", do jornal Diário do Pará, em 26.06.2014.

Depois que revelei o Rei da quitanda defendendo o tucanistão paraense, o jornal Diário do Pará percebeu a onda de solidariedade que este blogueiro vem recebendo de vários internautas e noticiou o fato, confirmando a má fama e os atos de covardia e empáfia do reizinho, na coluna mais lida e comentada do jornal, o Repórter 70, na edição desta quinta-feira (26).

Conversando com amigos advogados que estão de prontidão para agir em minha defesa, constatamos com estranheza o fato de que Ronaldo Maiorana, sendo um rico advogado, que possivelmente conhece as leis e tem todo o direito (e dinheiro) de defender sua vida e a de seus filhos - ainda não cumpriu a promessa de procurar a polícia e denunciar aqueles que, segundo ele estão ameaçando-lhes. 



O caso é grave ou uma grande mentira, mas foi isso que foi colocado em público através de seu perfil no Facebook. Pra piorar, o filho caçula e herdeiro do império de comunicação, denominado de ORM (Organizações Rômulo Maiorana) - que no Pará retransmite a rede Globo, controla várias rádios e o jornal OLiberal - não mede esforços para revelar seu comportamento arrogante e cheio de bravatas.

Da minha parte, continuarei a exercer a liberdade de expressão pelos meios que me são possíveis e como não tenho medo, nem tão pouco qualquer interesse de algum dia servir-lhe como empregado, manterei o bom combate contra todos que utilizam as outorgas públicas para os serviços de radiodifusão e as utilizam com o viés do lucro fácil e assassinando reputações de quem bem entendem, tal como os barões da mídia estão acostumados a fazer no Brasil.

TV Liberal é alvo de protestos por manifestantes em Belém do Pará. Foto: Mídia Ninja.

É por essa e por outras, que em Agosto do ano passado, no auge das manifestações públicas que sacudiram o país, as empresas da família Maiorana foram atacadas por manifestantes que protestavam em Belém, jogando-lhe fezes de animas e queimando um caixão da rede Globo em protesto contra sua manipulação através dos meios de comunicação.

sábado, junho 21, 2014

Protestos bloqueiam balsas no Marajó

Manifestantes interditam o acesso às balsas no porto do Arari.
Começou com um grupo de 40 pessoas e agora mobiliza centenas de populares que interditaram e impediram o embarque e desembarque de balsas no porto da Henvil na foz do Rio Camará. Nenhum carro ou caminhão chega ou sai dos municípios de Soure, Salvaterra e Cachoeira do Arari. 

As informações são do Movimento Acorda Marajó que tem feito protestos contra os aumentos abusivo no preço das passagens, mesmo diante de vários acordos da empresa de navegação que detém o monopólio do serviço de transporte de cargas, veículos e passageiros através de balsas sucateadas e sem o mínimo conforto aos usuários.

Populares interditam o porto do Camará e exigem redução da tarifa nas balsas e a renovação da frota.

Mesmo já tendo havido diversas reuniões com a intermediação do Ministério Público, ALEPA e ARCON, nada tem feito a empresa recuar em seus reajustes da tarifa e nem tão pouco melhorar o péssimo atendimento dispensado à população daquela região do Marajó.

O clima é esse: Ninguém entra e ninguém sai pelas balsas.

Hoje, o contingente da Polícia Militar não foi suficiente para dissipar os manifestantes que prometem radicalizar, caso sejam agredidos pela corporação. Os donos da empresa, percebendo a gravidade da questão, ameaçam recolher as balsas e enviá-las para embarque e desembarque do município de Soure, mas o Movimento já avisou que caso isso seja feito, tem a população ao seu lado para dividirem-se entre o porto do Camará e a cidade de Soure, mantendo assim a interrupção do acesso às balsas.

A única forma de entrar e sair daquela parte do Marajó é via barcos de passageiros que continuam com suas viagens normalizadas. Lideranças do movimento alegam que isso se dá pelo fato de não haver o interesse de impedir o direito de ir e vir da população, já tão sofrida.

Enquanto isso, o governo do Estado que é o responsável pelo ordenamento e fiscalização desta concessão pública que é o transporte fluvial, finge não ter nada a ver com o caso e omite-se novamente de apresentar uma solução à população que tanto necessita deixar essa situação humilhante que é ser transportada por latarias enferrujadas e tendo que pagar valores absurdos por isso.

sexta-feira, junho 20, 2014

PSDB x PT: Um peso e duas medidas


Órgãos públicos do Estado do Pará que deveriam agir com isenção e imparcialidade, tais como o Ministério Público Estadual e as Polícias Civil e Militar, assim como o próprio governo estadual, estariam sendo complacentes com a violência praticada por manifestantes que protestaram e puseram terror em Soure, município paraense administrado pelo PT, enquanto foram rígidos e ágeis com os manifestantes que fizeram a mesma coisa em Concórdia do Pará, cidade governada pelo PSDB, o qual também está no comando do executivo estadual. As informações foram trazidas ao conhecimento público por Marcelo Bastos, uma das lideranças do Movimento Acorda Marajó que edita o Blog Dilacerado.

Os graves fatos acorridos em Soure no último dia 06 de junho, parece que estar apenas na memória de quem sofreu a violência na pele, de quem passou momentos de terror em suas casas e com suas famílias, até o presente momento ninguém ainda foi preso!

Faço essa contestação com enorme indignação, pois vejo a mesma Policia Civil de nosso estado do Pará, ter dois pesos e duas medidas para o que aconteceu em Soure e para os também lastimáveis fatos que ocorreu em Concórdia do Pará.

Enquanto em Concórdia do Pará, que é governado por um prefeito do PSDB, a polícia prendeu em 24 horas os supostos atentados contra prédios públicos, no último final de semana, os autores e mandantes do quebra-quebra praticado em Soure na casa do prefeito João Luiz, do PT, e de alguns vereadores, continuam livres e fazendo circular ameaças.

Qual a diferença entre um procedimento de investigação daqui e de Concórdia, por que um foi a toque de caixa e o outro segue religiosamente todos os procedimentos, não faltando nenhuma vírgula, essa dúvida nos persegue e nós faz acreditar que em Soure búfalo pode voar!

Com a palavra a Policia Civil, através de seu Delegado geral!

A população de Soure não pode e não vai ficar a mercê dos facínoras, desse grupo de terroristas e bandidos, essa corja, têm que pagar na cadeia, todas as atrocidades que fizeram Soure sofrer! Vamos ficar de olho e esperar o desenrolar dos fatos, mas queremos a mesma celeridade das investigações que teve a mesma polícia em Concórdia do Pará, o povo de Soure merece respeito!

quinta-feira, junho 19, 2014

Mais um: Governador Simão Jatene enfrenta vaias e protestos em Portel, no Marajó

A população protestou e só não invadiu o local onde Jatene estava, devido ao forte aparato da PM que o protegia.

Servidores Públicos, familiares de pessoas assassinadas e populares enfrentaram o forte aparato policial que deu proteção ao governador (inclusive com arma em punho) e o vaiaram em sua rápida aparição nesta quarta-feira (18), no município de Portel, no Marajó.


Há menos de 20 dias para o início da campanha eleitoral, o governador Simão Jatene enfrentou mais um onda de protesto ao sair de Belém para visitar municípios do interior do Estado. Mesmo tendo "dado um tempo" em suas viagens pelo Pará, para reduzir a forte rejeição apontadas pelas pesquisas eleitorais, Jatene tem sido orientado a encarar a população paraense, que se revela indignada com seu governo. 

Depois de ser enfrentado, vaiado e hostilizado em SantarémBelémBragança, Altamira, Marabá, Oriximiná e outros municípios, dessa vez Jatene enfrentou o descontentamento do povo marajoara, ao visitar o município de Portel, onde foi assinar convênios com a prefeitura local, para entre outras ações de baixo impacto, prometer asfaltar 8km de vias no município marajoara, região que detém os piores índices de desenvolvimento humano do país. 

A insatisfação popular foi abastecida pela demora da entrega da delegacia da cidade, que agoniza sem segurança e com a crescente onda de violência que traz o aumento da incidência de crimes, como assaltos, arrobamentos e assassinatos, tal como ocorreu com o investigador da Polícia Civil José Haroldo Pereira, morto a tiros pelos próprios detentos, quando trabalhava sozinho na Delegacia de Portel, no dia 31 de março.

Esposa do investigador morto dentro da delegacia de Portel, foi dura com Jatene que a ouviu sem revidar.

O caso foi lembrado pela Professora Catherine Sousa, esposa do policial que foi assassinado por traficantes de drogas dentro da delegacia improvisada de Portel, a qual fez duras cobranças ao Governador Simão Jatene pela situação calamitosa da segurança pública e a bandidagem que se aproveita da falta de um efetivo que responda à realidade da cidade. O evento ocorreu, na antiga sede da Assembleia de Deus de Portel, local alugado pelo governo do Estado para eventos públicos e que foi reservado para poucas pessoas, a maioria ligada ao staff da prefeitura e aliados do governador, porém que foi rapidamente cercado por populares, em protesto. 

A falta de ações do poder público estadual que venham amenizar a insatisfação popular, também atinge o atual prefeito que é aliado do governador, mas nem por isso consegue se livrar do descontentamento do povo, que em seu maioria o elegeu. Sem uma política de geração de emprego e renda, saúde de qualidade, segurança efetiva e infraestrutura, não faltam reclamação de quem (sobre)vive no município.

Pra piorar, o prefeito deixou de recolher à previdência social, o dinheiro descontado dos servidores temporários e o município amargou a punição da lei federal que obriga a União a bloquear os repasses municipais na fonte e esse mês, reteve o valor do débito até que a prefeitura se regularize, fato que foi sentido no bolso de quem? Dos servidores públicos, é claro. 

Por conta disso, o prefeito não pagou os trabalhadores de duas secretarias (SEGAF e SEI), aumentando o descontentamento de sua gestão.

Tentando livrar-se das críticas, o prefeito Paulo Ferreira (PP), também conhecido como Paulo do Posto do PP, tentou responsabilizar o governo federal pelo atraso, mas a trama pelo jeito não colou, já que as políticas públicas e obras existentes no municípios são quase todas com o apoio ou financiamento direto da União. A informação trazida por populares através das redes sociais, piorou ainda mais a situação, vindo somar-se com o visível abandono do governo estadual para com a cidade.

As fotos abaixo mostram os protestos contra a visita do governador Simão Jatene ao município de Portel.

Faixas mostram a indignação popular com a falta de investimentos e a morte do investigador dentro da delegacia.

Policiais com as mãos nas armas, tentam coibir a invasão do local onde Simão Jatene prometia ações para Portel.

Além de servidores públicos, mototaxistas e demais populares protestaram pelo desemprego e a violência crescente.

Estudantes também protestaram pela falta de qualidade no ensino médio e as precárias salas de aula.

A mobilização para o protesto se deu principalmente pelas redes sociais, a exemplo de outras manifestações mundiais.

quarta-feira, maio 28, 2014

Manifestação contra os gastos para a realização da Copa em Brasília, termina em confronto

Manifestantes que protestam contra a realização da Copa do Mundo entraram em confronto com a Polícia Militar do DF ao tentar se aproximar do Estádio Nacional de Brasília.

As imagens do site Fotos Públicas vale mais do que qualquer interpretação textual.











domingo, novembro 17, 2013

#ruasemrede: as revoltas globais nas redes e nas ruas



Protestos, manifestações e revoltas, organizadas pelas redes sociais da internet, têm marcado o cenário político atual. Da Turquia ao Brasil, as recentes mobilizações superam fronteiras, idiomas e culturas, e demonstram que o jovem exige participar dos processos e decisões políticas.


Procurando entender o contexto das recentes manifestações que têm tomado as ruas e as redes sociais do Brasil e do mundo, a Coordenação de Políticas para Juventude da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) promove, em parceria com a Fundação Friedrich Ebert (FES) e a Rede Universidade Nômade (SP), o seminário Encontro – Como Construir o Comum: as Revoltas Globais nas Redes e nas Ruas, que acontecerá nos dias 18 e 19, na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP) da Liberdade, região central.

O evento contará com a presença de representantes de países que nos últimos anos foram palcos de grandes protestos, como Espanha, México, Estados Unidos, Chile e Turquia, e pretende dialogar com os protagonistas dessas manifestações. Ativistas brasileiros também farão parte do encontro. Ativistas de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Maranhão, Pernambuco, Ceará e Pará – participantes das assembleias populares em suas respectivas cidades – estarão presentes no evento.

Ativistas de importantes movimentos também estarão nas mesas: os grupos Occupy Wall Street (EUA), 15M (Espanha), Diren Gezi (Turquia) e Yo Soy 132 (México) também confirmaram presença no seminário.

Na abertura do seminário, no dia 18, haverá uma aula aberta do filósofo italiano Antonio Negri, autor dos livros ‘Império’ e ‘Multidões’. Contará também com a presença dos ativistas espanhóis Bernardo Gutiérrez e de Javier Toret. Já no dia 19, o evento terá dois encontros com a temática ‘O que dizem as redes e as ruas – a construção de um novo mundo’, um às 14h e outro às 19h.

No primeiro, estarão representantes do Brasil (Rio de Janeiro e Vitória), Estados Unidos (Nova York), México (Guadalajara) e Chile (Santiago); no segundo, Turquia (Istambul), Espanha (Madri), Brasil (São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre) e Peru (Lima).

O evento será transmitido online.

Para participar do seminário, é preciso se inscrever, preenchendo o formulário: http://bit.ly/1fjZR18

Veja aqui a programação completa, na qual Belém do Pará está representada pelo parceiro Fabrício Rocha.

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