Lyoto Machida: Por amor ao Pará, o atleta paraense embolsou R$63 mil ou R$21 mil reais do governo de Simão Jatene, por ter ficado alguns minutos com a Tocha Olímpica. |
Por Diógenes Brandão
Circulou primeiro pelas redes sociais e agora a noite foram divulgadas pela imprensa, imagens printadas do Portal da Transparência, mais exatamente na modalidade de empenho de pagamento da SEEL - Secretaria de Esporte e Lazer do governo do Estado do Pará, onde se vê o pagamento o montante de R$ 63.000,00, para que o atleta paraense Lyoto Machida segurasse a tocha olímpica, nesta quarta-feira (15), quando Belém parou para o evento que fez o translado pelas ruas da cidade. O blog confirmou a veracidade das imagens, em uma consulta ao Portal da Transparência do Pará.
O caso, ou bafafá - como se diz no Pará - teve destaque e tanto a SEEL, quanto Lyoto apresentaram a mesma justificativa, negando que o valor tenha sido usado como pagamento ao atleta e sim como ajuda para seu deslocamento, já que ele mora nos EUA e o governo se ofereceu para ajudá-lo a chegar ao evento. Além disso, a participação do atleta em palestras (não ditas onde e nem quando foram realizadas) foi usado como reforço retórico à tese que tentou em vão justificar os motivos do dinheiro público ter ido parar na conta bancária do lutador de MMA.
Além de Lyoto, outros velhos conhecidos dos cofres públicos, que recebem fortunas para efêmeras participações em eventos patrocinados nos governos do PSDB, também seguraram a tocha. Foi o caso de Pinduca e Fafá de Belém, que vira e mexe recebe a bagatela de R$150 mil reais para vir de Portugal, onde vive, para cantar alguns minutos em uma sacada, durante a passagem da imagem da virgem de Nazaré, em seu círio.
O caso, ou bafafá - como se diz no Pará - teve destaque e tanto a SEEL, quanto Lyoto apresentaram a mesma justificativa, negando que o valor tenha sido usado como pagamento ao atleta e sim como ajuda para seu deslocamento, já que ele mora nos EUA e o governo se ofereceu para ajudá-lo a chegar ao evento. Além disso, a participação do atleta em palestras (não ditas onde e nem quando foram realizadas) foi usado como reforço retórico à tese que tentou em vão justificar os motivos do dinheiro público ter ido parar na conta bancária do lutador de MMA.
Porém uma dúvida permeia a cabeça dos menos incautos: Se o evento é coordenado pelo rico e poderoso Comitê Olímpico Brasileiro e é ele que escolhe os participantes que fazem o revezamento com a famosa tocha, como é que a SELL foi se oferecer a bancar a vinda do atleta escolhido pelo mesmo? Algo de estranho paíra no ar e o público que hoje usa as redes sociais como instrumento de controle social cobrou e não foi pouco.
Resultado, a imagem de bom rapaz que Lyoto preservava, foi pro ralo junto com a reputação dos gestores da SEEL, que recentemente foram envolvidos em uma Ação Civil Pública (ACP), de Improbidade Administrativa, por conta de um convênio firmado com uma ONG fantasma para a execução de um suposto projeto de canoagem no município de Barcarena, que beneficiou o deputado Wladimir Costa (SDD). O MP propôs medidas liminares de afastamento dos cargos, quebra de sigilo bancário e fiscal, bem como indisponibilidade de bens, em desfavor do deputado federal, assessores, prestadores de serviços e mais 10 empresas. Leia aqui a notícia publicada no portal do Ministério Público do Pará.
Resultado, a imagem de bom rapaz que Lyoto preservava, foi pro ralo junto com a reputação dos gestores da SEEL, que recentemente foram envolvidos em uma Ação Civil Pública (ACP), de Improbidade Administrativa, por conta de um convênio firmado com uma ONG fantasma para a execução de um suposto projeto de canoagem no município de Barcarena, que beneficiou o deputado Wladimir Costa (SDD). O MP propôs medidas liminares de afastamento dos cargos, quebra de sigilo bancário e fiscal, bem como indisponibilidade de bens, em desfavor do deputado federal, assessores, prestadores de serviços e mais 10 empresas. Leia aqui a notícia publicada no portal do Ministério Público do Pará.
Em um Estado massacrado por injustiças sociais e onde recentemente o governo determinou um corte de 20% para reduzir gastos, como por exemplo, na área da saúde que já estava na UTI, com a violência desenfreada, tomando conta de todos os municípios e além de não haver políticas sociais para a juventude, as escolas caem aos pedaços, professores imploram reajustes salarias, a polícia em permanente Estado de Greve, sem falar que falta gasolina para viaturas, equipamentos e investimentos na infraestrutura de diversos órgãos públicos, o governador Simão Jatene se dá ao luxo de bancar o passeio de um atleta para um evento repleto de financiadores e patrocinadores privados, enquanto tantos outros são humilhados na SEEL, em busca de apoio para participarem ou realizarem eventos locais e com valores infinitivamente menores e não conseguem?
Além de Lyoto, outros velhos conhecidos dos cofres públicos, que recebem fortunas para efêmeras participações em eventos patrocinados nos governos do PSDB, também seguraram a tocha. Foi o caso de Pinduca e Fafá de Belém, que vira e mexe recebe a bagatela de R$150 mil reais para vir de Portugal, onde vive, para cantar alguns minutos em uma sacada, durante a passagem da imagem da virgem de Nazaré, em seu círio.
"Entre os comentários que circulam no WhatsApp, um deles diz o seguinte:
"Inacreditável. Eu imaginava que era uma honra histórica. Foi difícil acreditar que receberam milhares de reais para carregar a tocha olímpica no Pará. Quanto se gastou no País inteiro para isso? Por questão de honra, penso que todo o dinheiro deve ser devolvido aos cofres públicos. Não se admite mais essa farra com dinheiro do contribuinte. É nojento isso", conclui o comentário anônimo.