Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Lúcio Flávio Pinto. Ordenar por data Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por relevância para a consulta Lúcio Flávio Pinto. Ordenar por data Mostrar todas as postagens

sexta-feira, abril 15, 2011

A carta de Hélio Gueiros para o jornalista Lúcio Flávio Pinto


Do blog Vozes Militantes.


Vamos desenterrar um dos episódios mais deprimentes da política paraense.

Uma carta. Muita imundície.

Guardei a carta que foi distribuída para muita gente.

A carta datada de punho pelo ex-governador Hélio Gueiros - 18.04.91, destinada ao jornalista Lúcio Flávio Pinto. 
 
Hélio Gueiros que havia sido ressuscitado por Jáder Barbalho e fora eleito Senador da República, depois foi indicado pelo Jáder para sucedê-lo no Governo do Estado do Pará. Eleito. Rompeu com Jáder.
 
Na eleição de 90, Jáder é eleito governador e inicia sua gestão em 91. Gueiros entrega a máquina estatal quebrada, o que ao final do mandato de Jáder se constata é o estraçalhamento da máquina, lamentável.
 
O jornalista Lúcio Flávio Pinto investiga as sandices realizadas por Hélio Gueiros, este enlouquecido, escreve uma carta desaforada, pontuadas por expressões de baixo calão e por aí vai.
 
Hoje Hélio Gueiros fez as pazes com Jáder Barbalho e trabalha no Diário do Pará como articulista.

O MilitânciaViva vai divulgar na íntegra, ok?

Vamos ao documento histórico:

"Lúcio Flávio,

Por que tu não vais chupar o da puta que te pariu?
 
Sabia que tu eras filho da puta. Sabia que quem te emprestou o sobrenome era um bandido. Sabia que és um corno manso. Sabia que és frequentador habitual dos hospícios. Mas não sabia - confesso - que agora estás cooptado pela pica do Jáder fazendo concorrência à corte dos eunucos que lhe cercam.
 
Somente um corno muito safado como tu, amancebado agora com um ladrão, pode ter a coragem de parir pelo rabo o teu escoito de nojo. Viraste porta voz de quem achavas que era o maior larápio de todos os tempos deste Estado. Mas, naturalmente, porque te converteste a ele e estás sendo consolado pelo pau dele debaixo das escadas, queres te redimir do passado, seu grande filho da putíssima.
 
Se o orçamento de 91 está defasado, seu sacana, a culpa não é minha. É da inflação. Fizemos uma proposta orçamentária baseada em inflação zero porque se acreditava que o Plano Collor ia liquidar com a inflação. 
 
Não acabou e, por isso, está havendo a defasagem no começo logo do segundo trimestre. Até tu, seu grande filho de uma égua, estás gastando neste mês de abril muitas vezes mais do que gastavas há um ano. Mas o que importa, seu veado cínico, não é a rubrica orçamentária mas sim a arrecadação. Eu só gastei o que arrecadei. Não gastei o que não arrecadei. O que vale é isso e não o detalhe do desajuste orçamentário. A tua crítica sobre suplementação de verba é canalhice porque o fundamental não é a rubrica e sim o dinheiro. E isso eu tive. Arrecadei e gastei o que arrecadei. Se o teu macho quiser gastar, roubando e dividindo contigo, que vá arrecadar.
 
Quanto ao empréstimo, seu chupador de cacete, está tudo explicado na minha mensagem ao Legislativo deste ano. O empréstimo é do tempo do Jáder para pagar as contas do Jáder referentes à PA-150. Foi o que fiz porque em 87 não sabia, como tu, que o Jáder era um gatunaço e por isso honrei os compromissos dele. Mas um merda como tu dá a entender que se pode contrair empréstimo às escondidas, clandestinamente, à maneira como tu dás o cú. Não pode, seu sacana. Tem de ter autorização do Legislativo e isso foi publicado no Diário Oficial. Tem de ter autorização do M. do Planejamento e isso foi publicado no Diário Oficial. Tem de ter autorização do Senado e isso foi publicado no Diário oficial. Então, como é que dois filhos de uma puta, tu e o Jáder, ficam dando a impressão de que ninguém sabia do empréstimo? 
 
 Honrei os compromissos dele repassando aos empreiteiros da PA-150 o valor do empréstimo. Por que o líder do PMDB, que prometeu CPI para investigar os empréstimos, não concretiza a convocação?
A tua observação sobre política de terra arrasada, seu mineteiro de macho, é outra sacanagem. Por aí afora, os governadores estão tendo problemas para pagar três, quatro meses de funcionalismo em atraso. Aqui o teu ventríloco diz que está tendo problema para pagar março. E está tendo problema porque a irresponsável bancada dele concedeu aumento de 400% ao Legislativo, forçando o Judiciário, Ministério Público, tribunais de conta a fazerem o mesmo. 
 
E a irresponsável bancada dele majorou em igual proporção a Polícia Militar e decretou taxa de interiorização para todo pessoal civil e militar. Nada disso foi feito por mim. Despesa nova autorizada por mim só um modesto aumento para quem não pertence nem ao Legislativo, nem ao Tribunal de Contas e assemelhados. Só e mais nada. Terra arrasada fez o PMDB, orientado pelo Jáder, que achava que não ganharia eleição, como de fato não ganhou licitamente, mas está hoje trepado no poder, trepando contigo, por causa da fraude.
 
Era o que tinha a te dizer, seu crápula. Não adianta fingir que não recebeste nem leste esta porque estou tirando xerox em abundância para distribuição aos teus leitores.
E antes que eu me esqueça de repetir: por que tu não vais chupar o rabo e a boceta da puta que te pariu."


18.04.91


Hélio Gueiros

quarta-feira, fevereiro 10, 2016

10 anos depois, PMs corruptos são denunciados por serem contratados para agir contra ribeirinhos na Amazônia



Por Diógenes Brandão

Demorou mais de 10 anos para que os PMs paraenses, usados como capangas, acusados de receber cerca de 150 mil reais para agir em favor de um dos maiores grileiros do país, fossem denunciados pelo Ministério Público do Estado do Pará. Leia aqui a matéria.

Prática nefasta, porém costumaz na Amazônia, como aconteceu com a Chacina de Eldorado dos Carajás, quando PMs assassinaram 19 trabalhadores rurais sem terra, os policiais agiram de forma ilegal e violenta contra ribeirinhos, entre os anos de 2014 e 2015. 

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Altamira denunciou que dez famílias de agricultores e ribeirinhos que viviam há mais de 20 anos ao longo do Rio Xingu, haviam sido impedidas de acessar uma área às margens do Rio Xingu e depois foram expulsas por policiais militares e homens fortemente armados que rondavam a região em embarcações. A ação dos PMs foi realizada sem a apresentação de qualquer mandado judicial ou mandato de qualquer autoridade pública.

A poderosa CR Almeida é uma das maiores empresas que praticam grilagem nas terras da Amazônia e já foi denunciada várias vezes, mas nenhum acionista jamais foi preso. Pelo contrário: Em 2012 a empresa conseguiu vencer na justiça paraense, em uma ação que moveu contra o jornalista Lúcio Flávio Pinto, que lhe obrigou a indenizar a família do falecido empresário Cecílio do Rego Almeida. O crime teria sido chamar de “pirata fundiário” o homem que tentou fraudar e se apropriar ilegalmente de quase 5 milhões de hectares de terras públicas, na região paraense do Xingu, denúncia posteriormente comprovada pelo próprio Estado.

A condenação que mobilizou pessoas e organizações, nacionais e estrangeiras, se deu pelo fato do jornalista fazer uma radiografia minuciosa e crítica da região, o que o tornou um dos maiores especialistas em temas amazônicos, e reportar tentativas de fraudes aos cofres públicos, erros e desmandos do poder judiciário local, o jornalista foi alvo de exatos 33 processos desde 1992.

Lúcio Flávio Pinto já sofreu agressões físicas e verbais por causa de seus artigos, sem declinar o direito de veicular informações de interesse público, em seu Jornal Pessoal jornal quinzenal reconhecido pela qualidade do conteúdo em detrimento de uma produção quase artesanal.

Em seu blog, Lúcio Flávio Pinto mantém a esperança de um dia ter a reparação da injustiça pela qual foi vítima, no exercício do seu labor jornalístico, sempre em defesa da Amazônia:

"Acrescento que fui condenado a indenizar Cecílio Rego de Almeida, dono da C. R. Almeida, por tê-lo acusado de ter grilado a enorme área de terras, rica em mogno, minérios e solos férteis, que declarava como sendo de sua propriedade, no vale do Xingu.

Apesar de todas as provas que apresentei, e que serviram de base para a ação do Ministério Público Federal para o cancelamento do registro em nome do empresário, a condenação foi mantida em todas as instâncias da justiça estadual.

Resta agora acompanhar a tramitação da ação do promotor Armando Brasil para verificar se a justiça do Pará vai se manter em contradição. Se reconhecer que os PMs cometeram crime ao dar cobertura à grilagem, a maior da história da apropriação por particulares de terra pública (da história mundial e não só do Brasil), ficará na vexatória posição de ter condenado quem denunciou esse vergonhoso assalto ao patrimônio público.

A história registrará com nódoa os nomes dos magistrados que cometeram esse atentado à verdade e ao interesse do povo do Pará", finaliza o nobre jornalista.

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

A nota que revela o fato

Incisiva e contundente como não foi a Nota que Escondeu o Fato, o movimento Luta FENAJ lançou sua versão sobre o episódio de censura contra Lúcio Flávio Pinto, ensinando o Sindicato dos Jornalistas do Pará como se deve agir quando um jornalista passa pelo constrangimento de ser impedido de manifestar seu direito à informar a sociedade sobre escândalos que envolvem os barões da mídia.

Vamos à nota:


Nota à imprensa


“O Movimento LutaFenaj! repudia a decisão do juiz federal Antônio Carlos Almeida Campelo, titular da 4ª Vara Cível de Belém, que proibiu o jornalista Lúcio Flávio Pinto, editor do Jornal Pessoal, de publicar reportagens sobre o teor de um processo que tem como réus os proprietários do Grupo Liberal (que controla jornais e emissoras de TV e de rádio), que respondem por crime contra o sistema financeiro nacional.

O juiz ameaça punir o jornalista com “prisão em flagrante” caso ele descumpra o seu despacho, o que constitui evidente abuso do magistrado e um atentado contra a liberdade de expressão. A ameaça comprova que, no Brasil, os grandes censores são os empresários da mídia e seus aliados nos poderes executivo, legislativo e judiciário.

Lúcio Flávio Pinto merece apoio total dos jornalistas, por sua integridade, sua importante contribuição ao jornalismo brasileiro ao longo da carreira, e sua coragem, ao enfrentar interesses econômicos poderosos sem fraquejar, tendo como principal compromisso os interesses maiores da população e dos seus leitores.

São Paulo, 24 de fevereiro de 2011
Movimento LutaFenaj”

quarta-feira, agosto 28, 2019

Helder supera Jatene em gastos com propaganda e RBA fica com a maior parte

Em 7 meses, Helder já torrou o que Jatene gastou em um ano e por isso pediu mais 10 milhões para investir em propaganda, onde a maior parte deste dinheiro vai para as empresas de comunicação da sua família.

Por Diógenes Brandão


Em meio à tantas queimadas, o governador Helder Barbalho torrou nos primeiros 07 meses, do primeiro ano do seu primeiro mandato, mais dinheiro que Simão Jatene gastou em todos os 12 meses do último ano do seu mandato de governador.

Quem diria?!

Já no primeiro ano de governo, Helder Barbalho suplementa verba de publicidade em mais 10 milhões de reais.


Isso significa 33%, ou seja, 1/3 a mais dos 30 milhões de reais do orçamento previsto para o ano de 2019. Assim, Helder terá gastos só do orçamento da Secretaria de Comunicação, quando dezembro chegar, um total de 40 milhões de reais. Será um recorde de gastos. 

E tem um fato inusitado: pela primeira vez um governo aumenta os custos de publicidade durante o exercício do ano. 




Nunca antes na história dos governos anteriores, desde quando a Constituição Estadual impôs a condição de aprovar na Alepa qualquer suplementação orçamentária de publicidade, um governador teve a iniciativa de suplementar o valor da verba  com propaganda. 


Nunca é demais lembrar que o grupo de comunicação RBA, da família Barbalho, fez durante os governos tucanos dezenas de reportagens denunciando o que eles chamavam de a “farra da publicidade”, para atacar tanto os governos de Almir Gabriel e, principalmente, de Simão Jatene.

Só que o que era uma “farra” pro grupo político do atual governador, está se transformando agora num grande “pileque”, já que os números mostram que Helder Barbalho, já no primeiro ano de governo, está gastando em propaganda bem mais que o governo tucano.


Uma rápida consulta ao Portal da Transparência demonstra isso bem claramente.


Como exemplo, no ano passado, último ano do governo de Jatene, foi gasto um total de R$ 30.569.022,18. Nos últimos  anos, também no portal, não há registros de se ter chegado ao valor agora pretendido pelo atual governo.


Nunca é demais lembrar que uma considerável parte dessa dinheirama toda vai para os bolsos da família Barbalho, onde o próprio governador Helder Barbalho, juntamente com seu irmão Jader Filho e mais os pais, senador Jader e deputada Elcione, são os proprietários do grupo de comunicação RBA.



As empresas da família do governador são as mais bem contempladas com as mídias do Governo do Estado, fato esse perceptível a olhos nus e ouvidos atentos, já que as rádios, jornal e emissoras de televisão recebem farta mídia governamental. 


A aprovação deste plus na Alepa feita pelas comissões de Finanças e de Orçamento, a partir de um pedido de suplementação orçamentária encaminhado pelo executivo e aprovada por 11, dos 15 votos de membros da comissão, neste terça-feira quando a maioria da população assistia a mídia paraense falar de diversos assuntos, menos desse.

Votaram a favor da suplementação  os deputados Kaveira, Gustavo Sefer, Chicão, Ana Cunha, Heloísa Guimarães, Ozório Juvenil, Júnior Hage, Antônio Tonheiro, Galileu, Chamonzinho e Luth Rebelo.


Contra, somente os deputados Toni Cunha, Thiago Araújo, Fábio Filgueiras e Eliel Faustino.




A informação trazida por Lúcio Flávio Pinto entra para os anais da história do estado do Pará. 


Barbalho governando em causa própria


Mesmo tendo anunciado que por orientação médica, ele reduziria a escrita - seu maior talento e por ele reconhecido no mundo - Lúcio Flávio Pinto não se conteve e opinou sobre a "queima de dinheiro", em seu blog,  a matéria Dinheiro bumerangue, onde destaco o seguinte trecho:

"Parte considerável dessa verba tem sido destinada aos veículos de comunicação, do grupo RBA, dos quais o governador é um dos donos. Como seu pai, o senador Jader Barbalho, o governador criticou muito o uso da publicidade oficial como instrumento político e de interesse pessoal, quando Simão Jatene concentrava a verba com o grupo Liberal, que há muitos anos combatia a família Barbalho. 

A partir de 2017, com o afastamento de Rômulo Maiorana Jr. do cargo de principal executivo do grupo Liberal, no exercício do qual atrelou a corporação ao PSDB e hostilizava os rivais e inimigos, o jornal O Liberal passou a receber o mesmo valor destinado ao Diário do Pará e passou a apoiar os Barbalho" finaliza a matéria de Lúcio Flávio Pinto, que o blog AS FALAS DA PÓLIS não poderia deixar dizer, que faz questão de acompanhar.

terça-feira, julho 16, 2019

Farra total em pagamento de cachês artísticos pela Secult

Cartaz da XXXV Festa do Mingau, em Nova Timboteua com aparelhagem patrocinada pela Fundação Cultural do Pará, por R$50.000,00 reais. 

Por Lúcio Flávio Pinto, no portal O EstadoNet


Há alguns anos a cultura se tornou moeda de troca e instrumento de favores para políticos e grupos de artistas, que criaram uma ação entre amigos com o dinheiro público, favorecidos pela conivência ou omissão dos órgãos encarregados de vigiar pela lisura e licitude no trato da coisa pública. Tem sido uma farra, um autêntico escândalo. Mas ninguém se escandaliza. 

Verbas públicas podem ser acionadas por emendas apresentadas por deputados estaduais. Eles destinam o dinheiro principalmente a grupos musicais, em regra desconhecidos ou destituídos da notoriedade sem a qual não poderiam receber os recursos através do mecanismo da inexigibilidade de licitação pública. 

São desconhecidos e não passaram por um teste de qualidade competente, mas, justamente por serem paroquiais, possibilitam o desvio do dinheiro, de volta ao autor da emenda parlamentar, ou o uso dessa verba para fins políticos ou pessoais. 

A outra forma de favorecimento é a entrega direta do dinheiro pela Fundação Cultural do Estado, sempre em valores muito acima do padrão do mercado. 

Gosto muito do Elói Iglésias, como gosto da atual secretária de cultura, Úrsula Vidal. Gostaria de manter a amizade pelos dois. Como aceitar, no entanto, que o artista receba 12 mil reais por uma única apresentação? Quem lhe daria tal cachê artístico na iniciativa privada ou em qualquer outro Estado que não o Pará, na forma aqui praticada?   

A distorção é produto das irregularidades cometidas, protegidas pela falta de disposição do aparato estatal para investigar os fatos. Até mesmo procedimentos burocráticos elementares são deixados de lado. O pagamento poderia ser efetuado integralmente aos artistas, desde que criassem empresas individuais. Como isso não acontece, parte da verba vai para intermediários, quando poderiam perfeitamente dispensar a presença de empresários.   

Só na edição de hoje do Diário Oficial foram publicadas nove inexigibilidades de licitação, por meio das quais serão destinados 600 mil reais. Os nomes dos favorecidos e dos seus empresários, os valores que receberão e o que farão para merecer tanto são estes:   

PAGAMENTO DIRETO   

* Elói Iglesias, apresentação no Arraial Para Todos 2019: R$ 12 mil. Intermediário: Alexandro Teixeira Valente   

POR EMENDA PARLAMENTAR   

* Serginho Nóbrega, Ana Selma, Diego do Cavaco, e Arthur e Jaqueline, por suas apresentações no evento Musicarte, no bairro da Cremação, em Belém: R$ 50 mil. Contratada: Tryce Pantoja Produções e Eventos. 

* Jade Lima, Ana Selma, Diego do Cavaco, e Arthur e Jaqueline, por suas apresentações na Domingada Cultural, no bairro da Cremação, em Belém: R$ 50 mil. Contratada: Tryce Pantoja Produções e Eventos. 

* Aparelhagem Super Pop Som, por apresentação na XXXV Festa do Mingau, em Nova Timboteua: R$ 50 mil. 

* Beto Farias e Banda, Banda Pérola Negra, Banda Camarote VIP, Banda Forró do Bacana, Samy Lourinho e Banda e Suanny Batidão por sua apresentação no evento Temporada de Veraneio, no Acará: R$ 100 mil. Contratada: E. S . de A. Pinto e Serviços. 

* Banda Camarote VIP, Forró do Bacana, Suanny Batidão, Jorginho e Banda, Cantor Hugo Santos, Forró Bom de Farra por sua apresentação no projeto Veraneio Cultural, em Salvaterra: R$ 100 mil. Contratada: E. S . de A. Pinto e Serviços. 

* Forró do Bacana, Samy Lourinho e Banda, Cantor Hugo Santos, Forró Bom de Farra, dupla Henrique e Gabriel, Adriana Oliver e Banda, por sua apresentação no projeto Verão Cultural, em Colares: R$ 100 mil. Contratada: E. S. de A. Pinto e Serviços. 

* Cantor Hugo Santos, Banda Forró Bom de Farra, dupla Henrique e Gabriel, Banda Camarote Vip, Jorginho e Banda e Suanny Batidão, por sua apresentação no projeto Estação Verão, em Soure: R$ 100 mil. Contratada: E. S. de A. Pinto e Serviços. 

*  Viviane Batidão e Açaí Latino por sua apresentação no evento Sabor Musical, em Oeiras: R$ 40 mil. Contratada: Chaf Produções – Cleber Henrique Figueiredo.


Atualização

A assessoria de Ursula Vidal entrou em contato com o blog AS FALAS DA PÓLIS solicitando a retirada da matéria, alegando que os pagamentos efetuados para artistas e seus empresários não é feito pela SECULT, onde ela é titular e sim da Fundação Cultural do Estado. No entanto, entendemos que o autor da matéria, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, citou tanto a SECULT, quanto a Fundação e cabe a ele fazer alguma possível alteração do conteúdo publicado. 

Mesmo assim, este blog retirou a foto e o nome de Ursula Vidal da postagem.

terça-feira, setembro 03, 2019

A prisão de Ronaldo Maiorana

Um ano depois do sobrinho ter matado duas pessoas e ser liberado após pagamento de fiança, Ronaldo Maiorana tenta se livrar da cadeia, por ter espancado a irmã, de 63 anos, em frente da mãe, de 83.

Por Diógenes Brandão

A matéria mais lida do mês de Agosto do blog AS FALAS DA PÓLIS é a mesma que foi republicadas por importantes blogs e sites de notícias do Pará, como o de Lúcio Flávio Pinto, Zé Dudu, Pará Web News, Portal Tailândia, entre outros, além de páginas do Facebook e um compartilhamento viral em grupos do Whatsapp.

Sob o título Barões da mídia no Pará se unem para abafar espancamento de Rosana Maiorana, relatamos com uma riqueza de detalhes e um áudio enviado por Rosana Maiorana, de 63 anos, que afirmou que foi espancada pelo seu irmão, Ronaldo Maiorana, no domingo, 25, após visitar a mãe, a matriarca da família, Lucidéa Batista Maiorana, de 83 anos. 

Além dos detalhes de toda a operação feita para abafar o caso, que envolve a elite empresarial e política do estado, a vítima relatou a dificuldade para prestar queixa na Delegacia das Mulheres, tendo conseguido no dia posterior, quando também fez exame de corpo de delito e ingressou com uma representação contra o irmão agressor. 

Uma semana depois, no domingo, 01, o jornalista Lúcio Flávio Pinto publicou a matéria sob o título: Juiz pune Ronaldo Maiorana, a qual reproduzo abaixo:

Termina amanhã o prazo de cinco dias para o empresário Ronaldo Maiorana, um dos donos do grupo Liberal, se manifestar no processo a que responde por ter agredido sua irmã, Rosana Maiorana. Ele é acusado de violência doméstica e familiar, conforme a lei Maria da Pena, por ter ameaçado, cometido lesões corporais e ameaçado de morte Rosana, a mais velha dos sete irmãos, no último dia 25. O crime pode resultar na decretação de prisão preventiva e multa. 

Por enquanto, o juiz Otávio dos Santos Albuquerque, da vara Propaz/Mulher, determinou, no dia 27, determinou medidas protetivas de urgência previstas na lei Maria da penha, com base no depoimento de Rosana. Ronaldo terá que manter a distância mínima de 100 metros da irmã e não poderá ir à casa da mãe. Foi no apartamento de Déa Maiorana (diante dela e de outras pessoas), na praça da República, que o empresário agrediu a irmã. Caso descumpra qualquer das medidas, Ronaldo poderá ser preso. 

Alguns anos atrás, Rosana vendeu sua parte na sociedade, de 7%, a Romulo Maiorana Jr., que se tornou, com o adiantamento do que lhe cabia nas ações da mãe (com 51% do capital), o principal acionista do grupo Liberal. Em setembro de 2017, os irmãos o destituíram de todas as funções na empresa. Em acordo, Romulo Jr. renunciou à participação nos principais negócios da corporação. Foi substituído por Ronaldo, o irmão mais novo.

Bom, como dito acima, o prazo para que Ronaldo Maiorana tinha para manifestar expirou ontem e nesta terça-feira, 3, devemos saber da decisão do juiz Otávio dos Santos Albuquerque, da vara Propaz/Mulher. 

Prendendo ou não o acusado, certamente o magistrado inscreverá seu nome na história política e judicial do estado do Pará. 

Estamos no aguardo da decisão, mas a possibilidade de uma nova impunidade ronda o caso. Não que paire sobre o juiz qualquer suspeita, afinal nem o conhecemos. Mas é pelos atores envolvidos e o poder de influência que possuem junto ao atual governador, deputados federais, estaduais e empresários locais, todos estes muito influentes naqueles que compõem  e tomam decisões na justiça estadual. Ora, qualquer um que tenha presenciado todos os esquemas de corrupção já desmontados neste país, nos últimos anos, sabem do que estamos falando.

Não faz nem um ano, ou seja, em Setembro de 2018, que o filho de Rômulo Maiorana Jr, o empresário Giovanni Maioranafoi preso embriagado, após sair de uma festa e dirigindo em alta velocidade um veículo de luxo, atropelou e matou na hora Gabriela Cristina Jardim da Costa, de apenas 19 anos e a trans Kinberly Guedes, de apenas 20, que ainda foi internada com vida. Uma terceira vítima, o taxista Milton Costa Júnior, foi internado com diversos ferimentos no Hospital Metropolitano, em Ananindeua, e sobreviveu.

Segundo a polícia, Giovanni foi preso embriagado, depois atropelar e bater em mais cinco veículos e logo depois, seu Jeep Compass, acabou parando, após um choque violento em um poste. Dentro dele, foram encontradas latas de cerveja e garrafas de bebida alcoólica. Ele ainda tentou pagar para fugir do local, mas não conseguiu. 

Assista a reportagem do SBT Nacional.

O empresário herdeiro da família Maiorana, se recusou a fazer exames para confirmar o crime e foi solto logo em seguida, após pagar meio milhão de reais em fiança, ordenada pelo juiz Heyder Tavares da Silva Ferreira, da 1ª vara de inquéritos policiais e medidas cautelares, ao invés de manter preso o bêbado, que tirou a vida de outras duas jovens, sem o seu poder aquisitivo e político, claro, o liberou e o processo rola pelas gavetas da morosa justiça paraense. A fiança aumento para 1 milhão de reais, após confirmada a morte da segunda vítima, no hospital.

O Ministério Público do Pará discordou com a decisão do juiz e entrou com um recurso pedindo a prisão e um aumento no valor da fiança. No entanto, nada disso aconteceu.

Leia mais em Maiorana vai ao júri?, artigo de Lúcio Flávio Pinto, deste domingo, 1.

Naquele momento histórico, o blog AS FALAS DA PÓLIS apurou que a família Maiorana não permitiu que nenhuma nota fosse divulgada por nenhum dos seus veículos de comunicação e pediu que as demais empresas fizessem o mesmo, tendo o seu principal concorrente, o jornal Diário do Pará retirado - minutos depois de ter publicado em seu portal - a notícia sobre o acidente causado por Giovanni Maiorana.  

O portal Roma News, de propriedade de Giovanni Maiorana e seu pai, Rômulo Maiorana Jr, também retirou a matéria onde informava sobre o acidente que envolveu o assessor de Helder Barbalho e tudo já está na mais perfeita ordem entre as famílias que controlam a grande mídia no Estado do Pará.

quarta-feira, março 07, 2012

Lúcio Flávio Pinto recebe apoio em ato de solidariedade




A mobilização feita pela blogosfera e redes sociais que apóiam o Movimento Somos Todos Lúcio Flário Pinto, rapidamente lotou o auditório do Ministério Público Federal e o debate sobre a decisão judicial que condenou o jornalista paraense à pagar a indenização de R$22 mil por danos morais a um empresário, iniciou por volta das 18:30, nesta terça-feira em Belém e teve que ser transferido para o auditório da Justiça Federal do Pará, com uma capacidade bem maior para atender o público, repleto de jornalistas, intelectuais, blogueir@s e demais que puderam conhecer um pouco mais sobre a história de vida do grande jornalista paraense que vive a desafiar os ditames dos poderosos.

Estiveram compondo a mesa de debates, o procurador da República Felício Pontes; a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Pará, Sheila Faro; Ima Vieira, pesquisadora do Museu Paraense Emílio Goeldi; o professor e vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação do Instituto de Ciências Jurídicas da UFPA (Universidade Federal do Pará); e a jornalista e professora do curso de Comunicação Social da UFPA, Rosaly Britto.

O Blog Somos todos Lúcio Flávio Pinto traz detalhes sobre o debate e aqui as fotos feitas pelo fotógrafo e parceiro Lucivaldo Sena.

Aproveito para agradecer e parabenizar pelo sucesso do evento e pela colaboração de Vera Paoloni, Paulo Roberto Ferreira, Rose Silveira, Fernando Marcos e Marcelo Bastos que ajudaram para realizarmos a cobertura e divulgação do evento através das redes sociais e blogs que mobilizamos.

domingo, abril 19, 2020

Lúcio Flávio Pinto rebate Alex Fiúza de Melo, em artigo com o título: Jornalismo



Por Lúcio Flávio Pinto, em seu blog

Em seu artigo, publicado hoje no blog, Alex Fiúza de Mello trata da “guerra de narrativas” na imprensa brasileira sobre a pandemia da Covid-19. Enumera as “informações desencontradas e distorcidas, sem a devida comprovação e imparcialidade dos dados anunciados”. 

Diz que são “versões enviesadas e/ou desonestas das matérias publicadas, como se os órgãos de comunicação, ao invés do compromisso ético (e primordial) com o interesse público, fossem meros instrumentos partidarizados e/ou ideológicos, associados a interesses econômicos e políticos inconfessos, com o uso desavergonhado do vírus como ‘palanque político’?!”. 

O que fulmina a avaliação de Alex é ser genérica e absoluta. Não há uma imprensa brasileira monolítica, toda ela contra Jair Bolsonaro. Não há nem mesmo uma só imprensa parcial, tendenciosa, incompetente, facciosa, sem credibilidade. 

Muitos dos órgãos têm esses defeitos e vícios. Outros, nem tanto. 

Sejam passionais, partidários ou comprometidos com interesses políticos ou empresariais, não de agora, mas de há muito, ainda assim sobram alguns espaços – ou nesgas de espaços – para que bons jornalistas e colaboradores publiquem boas reportagens, bons artigos e exerçam uma marginal – ainda que permitida – liberdade de pensamento e de expressão. 

Ruim com essa imprensa hegemônica, pior sem ela. Logo depois do golpe de 1964, os novos donos do poder pressionaram o jornalista Júlio de Mesquita Filho, dono do então poderoso O Estado de S. Paulo, conspirador destacado e ativo do movimento civil-militar para depor João Goulart, a demitir os comunistas da redação do jornal. 

O “doutor Julinho”, que purgou exílio no Estado Novo de Getúlio Vargas, não negou que fossem comunistas, mas reagiu com energia: “são meus comunistas”. Um dos principais editorialistas, Miguel Urbano Rodrigues, era dirigente do Partido Comunista de Portugal quando fugiu da ditadura de Salazar. Outro era o editor Cláudio Weber Abramo. Nenhum comunista foi demitido. 

O nefando lixo Roberto Marinho (para Paulo Francis, que depois se tornou empregado dele, com o melhor salário da imprensa brasileira) teve a mesma atitude. Manteve como editorialista o comunista maranhense Franklin de Oliveira, inimigo de José Sarney, protegendo-o dos seus perseguidores. Mereceu até o fim a gratidão do culto Franklin. 

Eu próprio posso citar meu liliputiano exemplo. O filho do “doutor Julinho”, que era o “doutor Júlio Neto”, me deu apoio em várias situações complicadas e aprovou meus projetos, apesar de resistências internas e advertências externas. Não por eu ser comunista ou o que se assemelhasse a essa virose, mas por ser independente e ter os bandeirantes paulistas na minha mira. 

Minha gratidão ao “Estadão” do “doutor Júlio” não tem tamanho. Muito do que sou e fiz devo às condições de trabalho do jornal, que não se curvou à censura instalada em sua redação. Mesmo quando me demiti, depois de 18 anos ininterruptos na “casa”, a levar bordoadas dos poderosos, o dono me ligou para tentar me convencer do contrário.

Outro erro de Alex é fazer uma crítica a um só dos lados da “guerra de narrativas”, dando razão apenas aos que elogia. É direito dele criticar o pouco ou nenhum destaque que ele considera faccioso à “carreata quilométrica no centro de São Paulo, contra as medidas do Governador João Dória”, grifando o que deveria ser uma opinião pessoal e transformando-a numa certeza, que deveria ser partilhada pelos demais. Para ele, a carreata foi “indubitavelmente o fato político mais relevante do sábado, 11 de abril”. 

Por outro lado, “a ida do Presidente da República a uma padaria (ocorrência sem qualquer valor jornalístico significativo) auferia destaque, na mesma ocasião, em quase todos os noticiários desses órgãos?!” da imprensa brasileira. 

Seria então um absurdo internacional, do qual participaram os principais órgãos da imprensa mundial, escandalizados pela atitude do chefe do governo de não só contrariar, mas desafiar e desmoralizar uma diretriz do órgão competente do seu próprio governo, além da Organização Mundial de Saúde. 

Só por ter sido único e extravagante exemplo no conjunto dos governos de todo planeta, o fato teve o destaque devido. Não por parâmetros ideológicos, políticos ou demonológicos: pelo critério editorial de qualquer jornal sério. 

Para Alex, é absurda e injustificável a publicação de uma foto “com centenas de covas enfileiradas num cemitério de São Paulo, em dimensões absolutamente desproporcionais às ocorrências locais dos óbitos da pandemia, com o único e aleivoso objetivo de impactar negativamente a sociedade com a imagem ‘plantada’ e propagandear, internacionalmente, uma inverdade (fake News) forjada – servindo até de capa para o reconhecido jornal norte-americano The Washington Post?!”. 

A foto existiu de fato Não foi inventada, montada, plantada. É jornalismo, sim. 

Jornais de todo mundo têm publicado fotos semelhantes. Como a de Nova York. Ou as das cidades da região de Bérgamo, na Itália. Na Espanha. Na França. São imagens chocantes, mas é a realidade. Se não fosse, como fato consumado ou em perspectiva previsível, o Exército brasileiro não estaria fazendo um levantamento nacional do número de cemitérios no país e da quantidade de covas disponíveis, certamente para planejar, se antecipando ao que poderá vir. 

A pandemia da covid-19 é um fato novo, surpreendente, desconcertante, terrível. Alex tem toda razão de criticar o que é apresentado à opinião pública como verdade quando ainda não há comprovação científica. Mas, ao tomar partido para um dos lados da guerra de narrativas, ele incide no mesmo erro. 

Como o de considerar “bloqueio sistemático (ou o menosprezo) à abordagem e divulgação do uso da hidroxicloroquina no tratamento do Covid-19 – não obstante os resultados clínicos positivos já comprovados em muitos hospitais do país e em nível internacional –, como se tal ‘pauta’ fosse socialmente desprezível – ou viesse a ‘atrapalhar’ as notórias e ‘funcionais’ estratégias midiáticas de fertilização do ‘terrorismo pandêmico’?!”. 

Meu próprio blog poderia ser enquadrado nessa classificação altissonante, irredutível, inquisitorial. Tudo que publiquei sobre a cloroquina, usando minha própria experiência de décadas na convivência com a cloroquina no combate à malária nas frentes pioneiras da Amazônia, e o que aprendi ultimamente, foi selecionado a partir de vasta consulta a material nacional e internacional. A média dos exames desaconselha o uso da hidrocloroquina como remédio miraculoso para o novo coronavírus. E deixa o tema em aberto, à realização de mais pesquisas. 

Não vou comentar os dois parágrafos finais do artigo de Alex, que me chocaram por sua fúria de metralhadora sem calibragem e adjetivamente extremada. Fiquei surpreso e chocado pelo texto, que não faz jus ao autor, que sempre admirei por sua postura racional, equilibrada, ponderada e humanista. Parece um Talibã temporariamente transtornado. Espero que ele supere este momento tão difícil na vida de nós todos.

Nota do blog: O artigo de Alex Fiúza de Mello, que Lúcio Flávio Pinto se refere é o Jornalismo, enfermo, na “UTI”, também reproduzido neste blog. 

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Lúcio Flávio Pinto e sua sina em dizer a verdade e pagar por ela

Por Lúcio Flávio Pinto

Os valores morais estão mesmo invertidos no Brasil.

Na sexta-feira (10), um cidadão que emitiu notas fiscais frias para dar cobertura a uma fraude, praticada pelos donos do principal grupo de comunicação da Amazônia, O Liberal, afiliado à Rede Globo de Televisão, através da qual tiveram acesso a dinheiro público da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), me ameaçou de agressão e tentou me intimidar.



Meu “crime” foi o de ter denunciado a fraude em meu Jornal Pessoal, que se transformou em denúncia do Ministério Público Federal, aceita pela Justiça Federal, mas arquivada em 1º grau sob a alegação de que o crime prescreveu. O juiz responsável pela sentença, Antônio de Almeida Campelo, titular da 4ª Vara Criminal Federal de Belém, tentou me impor sua censura, para que não pudesse mais escrever a respeito do processo. Como a ordem era ilegal, não a acatei. Cinco dias depois, diante da reação pública, o juiz voltou atrás e revogou a sua determinação. Mas o incidente de sexta mostra que as tentativas de me intimidar prosseguirão.

Eu saía do almoço em um restaurante no centro de Belém, às 15h15, quando um cidadão se aproximou de mim subitamente. Ele parecia ter esperado o momento em que fiquei só no caixa. Como se postou bem ao meu lado, o cumprimentei, mesmo sem identificá-lo de imediato. Ele reagiu de forma agressiva. Como minha saudação tinha sido um “Tudo bem?”, ele respondeu: “Vai ver o que fizeste contra mim no teu jornal”.

“O quê?”, disse eu. Ele se tornou mais agressivo ainda: “Da próxima vez eu vou te bater, tu vais ver”. Aí me dei conta de tratar-se de Rodrigo Chaves, dono da empresa, a Progec, que cedera as notas fiscais frias para os irmãos Romulo Maiorana Júnior e Ronaldo Maiorana, donos do projeto para implantar em Belém uma indústria de sucos regionais, no valor (atualizado) de R$ 7 milhões, projeto esse aprovado pela Sudam, em 1995.

sábado, dezembro 26, 2020

Fafá de Belém recebe do Governo 600 mil reais pela Varanda de Nazaré, no ano em que nem houve Círio

Fafá de Belém canta na Varanda de Nazaré, no Círio de 2014, quando foi acusada pelo Diário do Pará de encher o bolso de dinheiro e desafiada pelo jornal da família Barbalho a promover o Círio de graça.


Por Diógenes Brandão 

O blog do premiado jornalista Lúcio Flávio Pinto nos trouxe uma informação que merece ser debatida pela gastança de dinheiro público que se repete com força duplicada e sem explicações cabíveis.

A cantora Fafá de Belém, que antes era severamente criticada pelo jornal Diário do Pará, por shows que fazia durante o Círio de Nazaré, com o patrocínio do governo do Estado, foi premiada para receber o dobro para fazer, pasmem, uma 'Live'!

As críticas publicadas nos meios comunicação da família barbalho sempre eram reproduzidas pela militância e membros de partidos de oposição aos governos do PSDB, sobretudo os partidos de esquerda, que agora se calam diante todos contratos e desvios realizados pelo governo Barbalho. Inclusive este blog reproduzia essas críticas, admito.

Em 2014, por exemplo, a coluna Repórter Diário detonou Fafá de Belém por ela estar de amarelo (que com o branco são as cores do Círio) e ter recebido R$300 mil para duas apresentações presenciais na Varanda de Nazaré. 


Agora, sob o comando de Helder Barbalho, o Banpará repassa através de um contrato sem licitação, a bagatela de R$600 mil reais para uma empresa de São Paulo pagar uma Live da Fafá de Belém, a qual durou pouco mais de uma hora e meia, durante o Círio de Nazaré. Veja Aqui.

Como pode o estranho contrato de um evento que aconteceu há dois meses, justificado como sendo a pós-produção de uma "live", realizada em Outubro de 2020, ser publicado só agora, no último dia 23?

Enquanto isso, os artistas paraenses ficaram aí deixados ao relento, sem apoio, sem dinheiro, pra enfrentar esse  momento difícil da pandemia. A maioria deles passando até necessidade junto com as famílias por não ter dinheiro pro seu ganha pão.

Leia abaixo a matéria do blog do Lúcio Flávio Pinto Pinto:

O Banco do Estado do Pará gastará 14 milhões de reais em sete contratos, conforme atos publicados na Edição de hoje do Diário Oficial.  

A cantora Fafá de Belém, por exemplo, receberá 600 mil reais como apoio financeiro para a sua Varanda Cultural de Nazaré, que, graças ao generoso patrocínio oficial, completa uma década de existência. Neste ano não houve Círio, mas houve a versão virtual da janela. 

O apoio, com inexigibilidade de licitação, foi dado quando o projeto “encontra-se em fase de pós-produção”. 

O contrato foi assinado com a Kaiapó Produções Artísticas, Fonográficas e Publicidade, com sede no Jardim Paulista, bairro nobre de São Paulo. Continue lendo...

quarta-feira, julho 08, 2009

O Poste Mija no Cachorro

Do Blog O Biscoito Fino e a Massa

Prepare-se, caro leitor, para outro mergulho no Brasil profundo. Lúcio Flávio Pinto talvez seja hoje o jornalista mais respeitado e destemido da Região Norte. Ele é o solitário redator do Jornal Pessoal , empreitada independente, que não aceita anúncios, tem tiragem quinzenal de 2 mil exemplares e mesmo assim provoca um fuzuê danado entre os poderosos, dada a coragem com que Lúcio investiga falcatruas e crimes. Lúcio já ganhou quatro prêmios Esso.

Recebeu também dois prêmios da Federação Nacional dos Jornalistas em 1988, por suas matérias dedicadas ao assassinato do ex-deputado Paulo Fonteles e à violenta manifestação de protesto dos garimpeiros de Serra Pelada. Em 1997, ele recebeu o Colombe d’Oro per la Pace, um dos mais importantes prêmios jornalísticos da Itália. Em 1987, foi o jornalista que investigou o rombo de 30 milhões de dólares no Banco da Amazônia, por uma quadrilha chefiada pelo presidente interino do banco e procurador jurídico do maior jornal local, O Liberal.

Há 17 anos, os representantes paraenses da corja comandada pela família Marinho perseguem-no de forma implacável. Ronaldo Maiorana, dono (junto com seu irmão, Romulo Maiorana Jr.) do Grupo Liberal, afiliado à Rede Globo de Televisão, emboscou Lúcio por trás, num restaurante, e espancou-o com a ajuda de dois capangas da Polícia Militar, contratados nas suas horas vagas e depois promovidos na corporação. O espancamento, crime de covardia inominável, só rendeu a Maiorana a condenação a doar algumas cestas básicas.

Alguns meses depois da agressão, Lúcio foi convidado pelo jornalista Maurizio Chierici a escrever um artigo para um livro a ser publicado na Itália. O texto , eminentemente jornalístico, relatava as origens do grupo Liberal. Em determinado momento, dentro de um contexto bem mais amplo, ele fez referência às atividades de Maiorana pai no contrabando, prática bem comum, aliás, na Região Norte na época. Como se pode depreender da leitura do artigo, nada ali tinha cunho calunioso, posto que – uma vez processado --, Lúcio anexou aos autos toda a documentação que provava a veracidade do que afirmava. O obra investigativa de Lúcio fala por si própria: veja a qualidade da prosa e da pesquisa que informa o trabalho de Lúcio e julgue você mesmo. O que ele oferece em seus textos, entre muitas outras coisas, é a documentação, história e raízes daquilo que é sabido até mesmo pelos mosquitos do mercado Ver-o-Peso: que n'O Liberal só se publica aquilo que é de interesse da corja dos Marinho.

Mas eis que chega do Pará a estranha notícia de que o juiz Raimundo das Chagas, titular da 4ª vara cível de Belém, condenou Lúcio a pagar a soma de 30 mil reais aos irmãos Maiorana – representantes paraenses, lembrem-se, da organização comandada pelos Marinho. Lúcio também foi condenado a pagar as custas processuais e os honorários advocatícios. A pérola de justificativa do juiz fala do “bom lucro” de um jornal artesanal, de tiragem de 2 mil exemplares por quinzena. Ainda por cima, o juiz proíbe Lúcio de usar “qualquer expressão agressiva, injuriosa, difamatória e caluniosa contra a memória do extinto pai dos requerentes e contra a pessoa destes”, o que constitui, segundo entendo, extrapolação característica de censura prévia contrária à Constituição Federal. O juiz fundamenta sua decisão dizendo que Lúcio havia “se envolvido em grave desentendimento” com eles. É a velha praga do eufemismo: um espancamento pelas costas se transforma em “desentendimento”. A reação de Lúcio à sentença pode ser lida nesse texto.

O Biscoito se solidariza com Lúcio, coloca o site à disposição para o que for necessário -- inclusive para a publicação de qualquer material objeto de censura prévia – e suspira de cansaço ao fazer outro post que mais parece autoplágio, dada a tediosa repetição desses absurdos. Resta a pergunta: até quando os Frias, Marinho, Civita, Mesquita e seus comparsas vão manter esse poder criminoso Brasil afora?

sábado, outubro 03, 2009

Cinema Paraense em Ação na Marambaia

Lançamento do Documentário de Francisco Weyl, com o jornalista Lúcio Flávio Pinto será realizado em praça no bairro da Marambaia em Belém do Pará.

O projeto Tela de Rua fará o lançamento do Cine-clube MOCULMA* que em parceria com o Cineclube Amazonas Douro, têm a honra de convidar a comunidade paraense para a estréia do filme Contracorrente, de Francisco Weyl.

O documentário, segundo o seu realizador, é um ato político-cultural em solidariedade ao jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, o qual sofre diversos ataques judiciais e físicos inclusive, contra sua postura crítica e denuncista.

No Filme, Lúcio fala sobre liberdade de imprensa, mídia e poder, jornalismo e política.

O jornalista, crítico pela sua própria natureza, é diretor do JORNAL PESSOAL e tem se destacado na luta pela liberdade de expressão e pelos direitos humanos, colocando a sua vida e a sua profissão ao serviço das causas mais importantes do seu tempo.

Serviço: Lançamento do Filme Documentário "Contracorrente" do Cineasta Francisco Weyl. Dia: 05/10/2009 (Segunda-feira) Hora: 20h. Local: Praça Tancredo Neves, Marambaia. (Próximo ao final da Linha do Marambaia Ver-o-Peso) Maiores Informações: (91) 8711-8628 / 8174-5995 / 8179-6684
* O MOCULMA - Movimento Cultural da Marambaia - completou em 2009, 15 anos de existência e resistência, sendo organização da sociedade civil, promove programações culturais, sócio-educativas e debate temáticas emergentes tais como: Meio Ambiente, Reforma Urbana, Cultura Popular, Economia Solidária, entre outros, interagindo assim em diversas redes e segmentos sociais. É filiado à UNMP.

Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...