quarta-feira, junho 24, 2020

PF apreende 300 obras de arte em apartamento de secretário de saúde do Pará em Porto Alegre

A avaliação de apenas uma parte delas foi de R$ 20 milhões, segundo um especialista acionado pela corporação

Via Gauchazh


Mais de 300 obras de arte foram apreendidas pela Polícia Federal (PF) durante operação em um apartamento triplex no centro de Porto Alegre que pertence ao secretário estadual da Saúde do Pará, o gaúcho Alberto Beltrame. A avaliação de apenas uma parte delas, feita por um especialista acionado pela PF, foi de R$ 20 milhões.  

A Operação Matinta Perera é a segunda fase da Operação Bellum, deflagrada no Pará em 10 de junho para investigar possível fraude na compra de respiradores por R$ 50 milhões. Entre os investigados no Pará está o governador Helder Barbalho (MDB). O Superior Tribunal de Justiça (STJ) emitiu mandados de busca para sete endereços, entre eles dois apartamentos no Centro, um escritório de advocacia e uma casa em condomínio em Xangri-lá.






O triplex de Beltrame destoa da simplicidade do prédio antigo, situado na Avenida Duque de Caxias. O imóvel foi todo reformado, tem elevador e terraço com ofurô. Há obras de arte espalhadas por todos os cômodos, até em banheiros. Devido a quantidade, o material foi apreendido, mas mantido no local. Um advogado que foi enviado ao triplex para acompanhar as buscas foi nomeado pela PF como fiel depositário das obras apreendidas. Elas têm que ser conservadas até a conclusão da investigação e não podem ser negociadas.  

No mesmo prédio houve buscas em outro apartamento, em que mora uma pessoa ligada a Beltrame. Na casa em Xangri-lá, no condomínio Enseada, os federais apreenderam R$ 70 mil em notas de reais, euro e dólar. O escritório de advocacia que também foi alvo de buscas é de um advogado ligado a Beltrame.  

O secretário emitiu nota sobre a operação da Polícia Federal:  

"Esclareço que as obras de arte que estão no meu apartamento em Porto Alegre são fruto de 35 anos de trabalho. Todas elas foram adquiridas antes de minha gestão como Secretário de Saúde no Pará. Algumas obras são cópias, e as que têm valor foram declaradas no meu imposto de renda. Foram pagas com transferências bancárias e tenho suas notas fiscais. Todo o meu patrimônio é absolutamente compatível com a renda que auferi com meu trabalho ao longo deste tempo. Por fim, informo que os valores pagos pelos respiradores no Estado do Pará foram integralmente devolvidos aos cofres do Estado", afirmou Beltrame.  

A Polícia Federal também enviou nota, falando que, na fase preliminar, "ainda não se pode atestar a autenticidade das obras".  

"Com relação à apreensão de obras de arte ocorrida no dia de hoje nas buscas realizadas durante a Operação Matinta Perera, numa análise prévia, trata-se de conjunto significativo que ilustra as artes plásticas do Século XX no Brasil.  

Entre o número de peças que compõem a apreensão, verifica-se inicialmente a existência de quadros de Vicente do Rego Monteiro, Iberê Camargo, Burle Marx, Di Cavalcanti, Djanira, Siron Franco, dentre outros, além de pinturas e esculturas de arte sacra e decorativa.  

Nesta fase preliminar, ainda não se pode atestar a autenticidade das obras. Contudo está sendo feito contato com instituições de arte (museus) que possam custodiar e avaliar tal acervo, bem como fazer a manutenção e conservação das peças artísticas."  

O nome da operação 

Matinta Perera é uma personagem do folclore brasileiro, mais precisamente na Região Norte do país. Trata-se de uma bruxa velha que à noite se transforma em um pássaro agourento que pousa sobre os muros e telhados das casas e se põe a assobiar, e só para quando o morador, já muito enfurecido pelo estridente assobio, promete a ela algo para que pare (geralmente tabaco, mas também pode ser café, cachaça ou peixe). Assim, a matinta para e voa, e no dia seguinte vai até a casa do morador perturbado para cobrar o combinado. Caso o prometido seja negado, uma desgraça acontece na casa do que fez a promessa não cumprida.

Operação abafa: Demissões tentam dificultar investigações na SESPA, diz jornalista




Por Ronaldo Brasiliense, no Portal da Amazônia sob o título Supressão de provas pode gerar prisões no Pará

Já é do conhecimento da Polícia Federal a “operação” deslanchada na semana passada pelo governo Helder Barbalho, exonerando mais de trinta servidores da Secretaria de Estado de Saúde (Sespa), com o aval do secretário Alberto Beltrame – no que pode ter sido uma ação para suprimir provas no curso do inquérito que investiga superfaturamento, corrupção ativa e passiva e outros crimes na compra de 400 respiradores mecânicos pela empresa SKN, por R$ 50,4 milhões.  

Algumas das pessoas exoneradas atuavam justamente nos setores da Sespa responsáveis pelas compras durante a pandemia Covid 19 e pelos contratos com dispensa de licitação com organizações sociais contratadas a peso de ouro para atuar na gestão de hospitais de campanha que o governador Helder Barbalho implantou em Belém, Santarém, Marabá e Breves, a maioria sem ter sequer dez por cento de leitos de UTI, com respiradores mecânicos.  

A Polícia Federal já sabe que uma das servidoras da Sespa, ligada ao secretário Alberto Beltrame, foi exonerada de uma diretoria ligada a compras da Sespa, mas foi imediatamente nomeada para cargo de direção em hospital de Belém, tudo registrado no Diário Oficial do Estado.  

A PF investiga a destinação de R$ 326 milhões repassados ao Governo do Pará pelo Ministério da Saúde, através do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2.020, sendo R$ 105,6 milhões somente para ações de combate ao novo coronavírus.  

Em Brasília, o ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), tem recebido informações diárias de que autoridades do Pará estão pressionando testemunhas e agindo para suprimir provas no curso do inquérito que investiga a suposta roubalheira na compra de 400 respiradores mecânicos pelo governo do Pará, por R$ 50,4 milhões, através de uma empresa, a SKN, de um amigo do governador Helder Barbalho (MDB), que não estava habilitada pela Anvisa para realizar o negócio com a China e entregou ao governo do Pará respiradores imprestáveis. 

A exoneração de mais de 30 servidores da Secretaria de Estado de Saúde na semana passada teria sido motivada justamente pela necessidade dessas autoridades de dificultar os trabalhos da Polícia Federal na coleta de provas da negociata.  

O tiro das autoridades estaduais envolvidas na demissão dos servidores pode ter saído pela culatra e ter consequências drásticas.  

Resta esperar pelo que vai decidir o ministro Francisco Falcão, que preside o inquérito.

terça-feira, junho 23, 2020

Helder Barbalho exonera Sávio Barbosa, o blogueiro das Fakes News

Sávio Barbosa foi até ontem, 22, assessor especial da governadoria do Estado e mantém um blog patrocinado pela Secretaria de Comunicação do governo de Helder Barbalho, o qual defende com unhas e dentes, além de atacar seus adversários, críticos e denunciantes, entre eles, jornalistas e blogueiros sérios.


Por Diógenes Brandão
Nomeado em Março de 2019 como assessor na ouvidoria da Casa Civil da governadoria do Estado, o blogueiro Sávio Barbosa foi exonerado nesta segunda-feira, 22 de Junho de 2020. A portaria foi publicada na edição de hoje, do Diário Oficial do Estado. 


Ouvidas pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, algumas de suas vítimas de calúnia, injúria e difamação dizem que desde a campanha eleitoral de 2018, o nacional vem protagonizando uma série de polêmicas negativas, em relação ao "trabalho" desenvolvido por ele, sobretudo na distribuição de Fake News em seu blog, redes sociais e principalmente no Whatsapp, onde muitos imaginam ser terra sem lei.

O motivo da exoneração do aliado da família barbalho não foi explicado, mas conforme noticiamos na última sexta-feira, 19, no início deste mês, Sávio Barbosa foi intimado por um oficial de justiça para ser ouvido em audiência na 9ª Vara do Juizado Especial Cível da Capital, no processo nº 0809277-15.2020.814.0301. 

No mesmo dia em que seria ouvido como réu neste processo movido por Izabela Jatene, este blog foi informado que a audiência tinha sido transferida para agosto, mesmo mês onde outra audiência judicial já havia acabado de ser agenda contra Sávio Barbosa, também na justiça estadual, onde pede-se indenização por danos morais. essa vez o processo é movido pelo vereador de Belém e presidente da Câmara Municipal de Belém, Mauro Freitas.

Mais um processo, entre outros que Sávio já responde e responde por suas atividades na internet. 


Blog do portal Amazon Live já tinha puxado a ficha do acusado

"Com a fama negativa por copiar textos de terceiros, sem citar as fontes, além de espalhar nas redes sociais e no Whatsapp, textos, vídeos e memes apócrifos, com ofensas a determinadas figuras públicas e réu em processo de injúria, calúnia e difamação, o nacional possui um blog patrocinado pelo governo do Pará e pelo Banpará*.

Para um jornalista ouvido pelo blog, Sávio busca notoriedade e apoio político como bajulador de políticos, sendo que já fez o mesmo com Simão JateneZenaldo Coutinho e agora é com Helder Barbalho, mas já tá ficando famoso como "puxa-saco" e "figurinha carimbada", na justiça", informa a matéria Blogueiro do governo é novamente intimado pela justiça por espalhar Fake News.

*O blog AS FALAS DA PÓLIS não encontrou mais o banner do BANPARÁ,    que até outro dia estava ao lado do banner do governo do Estado, no blog de Sávio Barbosa.

Ataques a adversários políticos da família barbalho, como contra o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho são frequentes no blog de Sávio Barbosa.

Anúncio do governo do Estado do Pará revela que além do salário e das vantagens e regalias como assessor especial da governadoria do Estado, o blogueiro também recebe parte da verba publicitária que o governo do Pará utiliza para ter mídia nos veículos de comunicação do Pará, verba essa da qual são excluídos muitos que possuem audiência e qualidade superiores.

A resposta ao blogueiro de Helder Barbalho



Por Diógenes Brandão

O PodCastOnAir desta terça-feira, 23 de Junho de 2020 traz uma resposta do comunicador Tony Rodrigues, que questionou o blogueiro que ficou famoso por produzir Fake News contra adversários e críticos do governador Helder Barbalho.  

Sávio Barbosa é o assessor da Casa Civil da Governadoria, onde recentemente foi procurado para ser intimado a depor na justiça em mais um processo de  calúnia e difamação, mas não se encontrava em seu local de trabalho, de onde recebe um salário mensal, além de outros benefícios. O oficial de justiça insistiu e Sávio foi notificado por mais uma Fake News.   

Na noite desta segunda-feira, 22, Tony Rodrigues questionou mais um ataque do blogueiro, que também recebe verba pública estadual de dois contratos que ganhou por seu "trabalho" à família barbalho: Um contrato da Secretária de Comunicação do Estado e outro do Banpará, para ter um banner de cada órgão em seu blog, que mesmo com baixíssima audiência é pago com o dinheiro dos nossos impostos para atacar adversários do governador e defendê-lo a todo o custo.

Ouça o PostCastOnAir, o jeito mais fácil e rápido de obter a informação. Esteja sempre em dia com as notícias do Diógenes Brandão.



segunda-feira, junho 22, 2020

Eder Mauro defende o filho e diz que Helder Barbalho tem histórico de corrupção familiar



Por Diógenes Brandão

Foi só desembarcar do governo de Helder Barbalho e reforçar as críticas e denúncias sobre os possíveis desvios e irregularidades existentes nos órgãos do governo do Estado, como na SESPA, SEDUC, Polícia Civil, entre outros, que o deputado federal Delegado Éder Mauro passou a ser retaliado pelo aparato estatal, hoje nas mãos da família Barbalho.

Leia a nota de Eder Mauro sobre a operação comandada pela AGE:

O desespero por trás da operação na Sejudh...  

Em mais uma tentativa de atacar e calar os opositores, o governador do Estado, Helder Barbalho mandou deflagrar uma operação na Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), nesta segunda-feira (22), onde o meu filho, Rogério Barra, foi secretário no período de janeiro de 2019 a maio de 2020.  

Diferente do governador Helder Barbalho que tem um histórico de corrupção entranhado no seio familiar, esclareço que a gestão de Rogério Barra foi pautada pela transparência.  

A primeira ação de Rogério enquanto secretário foi protocolar o pedido à Auditoria Geral do Estado (AGE), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Ministério Público Federal (MPF), para fazer auditoria sobre contratos, processos e licitações realizados pela Sejudh nos anos de 2015 a 2018 (https://agenciapara.com.br/noticia/5404/).  

Na ocasião, o auditor geral do Estado, Giussepp Mendes acatou o pedido e o publicou em uma redes social, mostrando preocupação com as demandas apresentadas, o próprio auditor classificou como “demandas preocupantes deixadas pela gestão anterior, que ferem o princípio da Moralidade, Legalidade e Eficiência ao qual está vinculado a gestão pública”  (https://www.instagram.com/p/BsbQJjKB_7g/?igshid=1olny093snnns).  

O pedido não foi executado pela AGE naquele ano e, agora, é utilizado como justificativa para realização da operação de hoje no órgão que, desde o dia 15 de junho, é chefiado pelo titular da Casa Civil, Parsifal Pontes

Também foi omitida a informação de que foi Rogério Barra quem cobrou transparência na prestação de contas dos convênios de proteção, que antes sequer existia https://agenciapara.com.br/noticia/11507/

A pirotecnia do governador nada mais é que o desespero de quem tenta ofuscar a verdadeira operação já realizada no estado do Pará, quando a Polícia Federal acabou com a farra dos respiradores de brinquedo e encontrou R$ 750 mil no cooler do secretário adjunto de Saúde em plena pandemia.  

O que está por trás da operação é uma perseguição política de Barbalho, que utiliza o meu filho para perseguir o único político no Pará com coragem para desafiar e denunciar os desmandos do governador. 

Aqui não!

Mesmo com 4 pedidos, impeachment de Helder Barbalho pode estar longe de se tornar realidade




A Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) já reúne quatro pedidos de impeachment contra o governador Helder Barbalho.  

No último dia 15 de junho, o deputado federal Éder Mauro (PSD) também entrou com pedido de afastamento de Barbalho.  

De acordo com Renata Karla do Endireita Pará, a situação é gravíssima e o governador não tem mais para onde correr. No entanto, pode haver dificuldades na abertura de um processo de impeachment contra o governador devido à bancada de parlamentares.  

“Não existe uma bancada que vá aceitar estes pedidos de impeachment. É necessário que tenha 14 deputados que pressionem o presidente da Assembleia para que apoie estes pedidos. Só que obviamente, estes deputados são completamente aliados à base do governador, portanto não temos esperança de que os pedidos sejam aceitos”, alertou.  

Ainda de acordo com Renata, a maior preocupação é o aparelhamento do sistema, como por exemplo do Ministério Público.  

“A população paraense se sente amarrada. O pouco que tentamos fazer pelas redes sociais acaba, inclusive, ocorrendo assassinato de reputação. Quem tenta pensar diferente acaba sendo silenciado”.  

O Terça Livre noticiou recentemente que o governador do Pará foi alvo da Polícia Federal em operação sobre compra de respiradores.

Live de hoje: Fake News e a defesa da liberdade de expressão no Pará



Por Diógenes Brandão


Três jornalistas paraenses debatem as Fake News, a liberdade de expressão e as tentativas de censura na política paraense.

O debate será transmitido em uma Live na página do Zé Carlos do PV, a partir das 20 desta segunda-feira, 22.

Em sua chamada, Zé Carlos diz: "Convidei as jornalistas e professoras Rita Soares e Ana Prado para falarmos sobre liberdade de expressão e as fake news. Vamos melhorar o Brasil protegendo os avanços democráticos? Espero teu comentário". 

Para assistir a conversa - que será aberta para participação dos internautas - pra lá de importante, os links são do Facebook: 

https://www.facebook.com/AsFalasdaPolis/

https://www.facebook.com/politicapara/



Não perca!

Quem faz Fake News no Pará?

Sávio Barbosa, assessor de Helder Barbalho é réu em diversos processos no Tribunal de Justiça do Pará por disseminar Fake News, como calúnia, injúria e difamação contra críticos e adversários do governador.

Por Diógenes Brandão

Até hoje, ninguém, absolutamente ninguém apontou quais seriam as Fake News que o governador Helder Barbalho diz ser vítima. Nem a Polícia Civil, nem o juiz Heyder Tavares, que foi quem autorizou a polícia civil realizar busca e apreensão na casa de jornalistas que denunciam fraudes e irregularidades em contratos do governo do Pará.   

Todas as publicações apontadas pelos advogados do governador Helder Barbalho como Fake News estão assinadas pelos jornalistas e têm como fontes, o Diário Oficial do Estado e o Portal da Transparência do Pará.  

Diferente disso, vídeos apócrifos e "matérias" que atacam os jornalistas são publicadas em blogs sem assinatura e outras assinadas por blogueiros que são assessores do governador e patrocinados pela SECOM e Banpará. Essas "matérias" da turma do governador baseiam-se em mentiras e ilações.

domingo, junho 21, 2020

Minha solidariedade a Orly Bezerra!



Por João Salame


Pensei muito se escreveria essa nota de solidariedade.  


Muitos podem imaginar que não a escrevi antes porque apoiei Helder Barbalho para governador e, como a ação contra Orly e outros jornalistas era de interesse do governo, seria o motivo para não ter me manifestado. 


Não! 


O motivo da demora é mais mesquinho, confesso! 


Mantive com Orly o que considero uma boa amizade. Ele me ajudou muito e tenho certeza que o ajudei também. Devo a ele meus primeiros passos como empresário de comunicação no Pará. Sou grato a ajuda que me deu no início de minha caminhada política como deputado, inclusive sendo meu eleitor, como me assegurava. 


Fui um diligente amigo no apoio ao seu trabalho. Mais ainda quando Ana Júlia Carepa ganhou o governo e Orly se tornou um deserdado do poder. Ajudei-o como pude. Eleito deputado, no momento que ele era mais hostilizado, fazia questão de sair com ele pelas ruas de Belém para demonstrar meu carinho e amizade. 


Ao me afastar do governo Jatene (que ajudei a eleger), na esteira da polêmica sobre a divisão do Estado e depois na disputa pela prefeitura de Marabá, onde ficamos em polos opostos, acabamos por nos distanciar. Mas o respeito e o carinho se manteve guardado. 


Quando passei pelo momento mais difícil da minha vida, também com a polícia batendo à minha porta e, mais grave, me retirando do seio da minha família para cumprir um mandado a partir de acusação que considero absurda, a suposta amizade foi colocada à prova da pior maneira. 


Um silêncio sepulcral foi emitido de quem esperava alguma manifestação de solidariedade, ainda que privada. Pior: o lastimável episódio virou peça de propaganda na campanha de Márcio Miranda (outra decepção por também considerá-lo amigo) para tentar a vitória sobre Helder Barbalho. 


Márcio e Orly me conhecem. Sabem do meu caráter e minha decência. Mas isso não importava. O que importava era ganhar a eleição. Às favas os escrúpulos, como diria Jarbas Passarinho no seu pior momento. Não sei se Orly participou da confecção dessa peça de propaganda, apesar de saber que numa campanha eleitoral que ele comanda tudo passa por ele. Concedo o benefício da dúvida.  


Quando aconteceu esse episódio com o Orly tudo isso me veio à mente. 


Pensei com meus botões: "agora ele sabe o que eu senti".  


Com o passar dos dias fui me envergonhando. 


Não sou assim. 


Nunca o rancor foi o motor da minha relação com as pessoas. Sempre preferi valorizar nelas o que tem de bom e nunca o que depõe contra sua personalidade. Travo o bom combate, de forma dura quando necessário, mas reconheço valor nos meus adversários. E os respeito. Mais que isso: não consigo comemorar a desgraça de ninguém, sobretudo quando o motivo de sua tragédia for injusto. Com base nessas duas premissas manifesto minha solidariedade.  


O Orly é uma pessoa generosa. Apaixonado pelo que faz. Correto na relação com as pessoas com quem convive. Respeitado por quem trabalha com ele. Honesto nas relações econômicas que estabelece. Sou testemunha de tudo isso. 


Sobre o episódio considero um exagero. 


Sou radicalmente contra as chamadas fake news. 


Considero um atentado contra a democracia e devem ser duramente combatidas. 


Até onde conheci o Orly não consigo vê-lo na condição de comandante de operações fakes. 


Espero estar certo.  


Chego ao final dessa manifestação de solidariedade me sentindo mais leve. Me encontrando com minha alma. Me libertando de um sentimento menor. Ao mesmo tempo deixando claro que nenhum interesse político vai condicionar o que sinto pelas pessoas e meu compromisso com o que é justo. 


A vida é curta. 


A covardia de sentimentos é algo muito grande e vil para tão pouco tempo que a gente passa por esse mundo.

sexta-feira, junho 19, 2020

Helder Barbalho é denunciado pelo uso da polícia e de um juiz para perseguição política à jornalistas


Por Diógenes Brandão

A repercussão de que um juiz e a Polícia Civil do Pará estão sendo usados para perseguir jornalistas paraenses, que se posicionam como críticos e denunciantes de irregularidades na compra de insumos e na contratação de serviços pelo governo do Pará, tem ganhado a imprensa nacional e agora chega às casas parlamentares, onde a tentativa de calar a voz destes profissionais da comunicação, acaba revelando ao país o que acontece no estado governado pelo herdeiro político de Jader Barbalho, o atual governador Helder Barbalho.

Considerando que a poderosa família barbalho dispensa apresentações, vamos direto ao ponto: Já que boa parte da classe política e da imprensa paraense evitam apresentar a versão dos jornalistas acusados de produzir e disseminar Fake News, coube à veículos e entidades de fora fazerem isso, salvo também alguns corajosos parlamentares e jornalistas independentes.

A grande contradição nessa história toda é que o Ministério Público Eleitoral pediu nesta quarta-feira, 17, a cassação do diploma do governador Helder Barbalho (MDB) e do vice Lúcio Vale (PL) por abuso do poder econômico e uso abusivo dos veículos do grupo Rede Brasil Amazônia, da família Barbalho, que entre outras coisas, produziu e difundiu Fake News durante toda a campanha eleitoral de 2018. 

No Pará, quando a polícia esteve na casa dos blogueiros Diógenes Brandão e Eduardo Cunha, o jornalista Lúcio Flávio Pinto cobrou um posicionamento do Sindicato dos Jornalistas do Pará, o qual esteve silente. Após o problema alcançar outros jornalistas, o sindicato resolveu lançar uma nota, seguida pela FENAJ. 

O silêncio e omissão do SINJOR-PA também foram sentidas quando deputados  estaduais da base do governo apresentaram um projeto absurdo, que chegou a ser aprovado na ALEPA e sancionado pelo governador, que estabelecia a censura prévia contra qualquer cidadão que publicasse algo que não agradasse os políticos e figuras públicas. 

O projeto foi considerado como Lei da Mordaça e Lei da Censura, e como foi bastante criticado, o governo acabou dessancionando uma lei sancionada, em tempo recorde de debate e aprovação. Mais uma aberração jurídica, entre outras.

Como se não bastasse esse intento ilegal, o governador Helder Barbalho tenta de todas as formas calar as poucas vozes que não deixaram de cumprir seus papel cidadão de informar a sociedade sobre o que acontece no submundo da política e das relações nada estadistas entre agentes públicos com empresários inescrupulosos, entre os quais, os que venderam respiradores chineses que não funcionaram para salvar as vidas conforme foi prometido nesta pandemia que oficialmente já matou 4.469 paraenses e já contaminou 80.072, segundo a SESPA.

Além disso, blogueiros e uma milícia digital agem de forma covarde contra todos que ousam denunciar as irregularidades, produzindo textos apócrifos com calúnias, injúrias e difamações. Um deles está sendo processado e hoje será ouvido em audiência na justiça. Trata-se de Sávio Barbosa, assessor de Helder Barbalho na Casa Civil, que além do salário, recebe patrocínio do Banpará e da Secretaria de Comunicação do Pará.

REAÇÃO

A instrumentalização da pirotecnia da Polícia Civil do Pará contra jornalistas ganhou repúdio de entidades como o Sinjor Pará (Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Pará), a FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), a ABRAJI (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e a ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Além dessas entidades, a Câmara Municipal de Belém, bem como diversos deputados federais e estaduais denunciam o uso do aparato estatal para promoção de ataques aos críticos do Governo do Pará.   

"Nem na ditadura militar passei por isso", revela abismado um dos jornalistas mais premiados da região Norte, atingido pela operação desencadeada sob ordens do juiz Heyder Tavares, a pedido do governador Helder Barbalho, réu nas investigações do STJ, a pedido do MPF/PGR por contratos fraudulentos em diversas compras e serviços realizados com dispensa de licitação.

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quinta-feira, junho 18, 2020

Nota Oficial denuncia uso político de força de segurança do Estado contra jornalistas Ronaldo Brasiliense e Orly Bezerra

Orly Bezerra e Ronaldo Brasiliense foram alvo da 2ª fase de uma operação policial considerada com uma retaliação por parte do governador Helder Barbalho, por denúncias feitas em portais e blogs independentes sobre irregularidades e fraudes.



O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor/PA) e a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) vêm a público afirmar que o combate à propagação de notícias falsas é absolutamente necessário diante da conjuntura nacional. Porém, a atuação dos agentes públicos não pode resultar em ações arbitrárias e tampouco no uso político das forças de segurança estaduais contra jornalistas.  

Na terça-feira, 16, os jornalistas Orly Bezerra e Ronaldo Brasiliense (foto) foram surpreendidos com uma investida da Polícia Civil em suas residências, para cumprir mandado de busca e apreensão em um inquérito em que, somente mais tarde, se soube que seria sobre investigação de fake news. Os policiais chegaram à residência de Orly Bezerra às 6 horas e fizeram a mesma operação na agência Griffo, também de sua propriedade.  

Às 15 horas, a Polícia Civil de Santarém fez a mesma busca na casa de Ronaldo Brasiliense, no município de Óbidos, no oeste paraense. Em ambos os casos, os policiais levaram equipamentos – celulares e computadores -, contendo os acervos de trabalho dos dois profissionais, além de documentos.  

O combate às fake news é legítimo e preciso. Porém não pode representar censura, ou intimidação, aos profissionais da comunicação no exercício de sua missão de informar à sociedade, com ética e responsabilidade social.  

Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará Federação Nacional dos Jornalistas.

quarta-feira, junho 17, 2020

Bordalo diz que foi vítima de Fake News? Será que foi aquela do filho preso por tráfico?

O governo de Helder Barbalho e sua legião de barbalhistas querem impor um novo conceito sobre Fake News: "Aquilo que eu não gosto que seja noticiado eu chamo de Fake News. O que gosto é notícia".

Por Diógenes Brandão

O deputado Carlos Bordalo (PT) disse hoje na ALEPA que foi vítima de Fake News. Será que ele se refere à notícia de que um dos seus filhos foi preso traficando 40 kilos de maconha de Parauapebas para o estado do Maranhão? 

Lembro que um dia depois da prisão ser divulgada, o deputado chegou a admitir que o filho estava realmente preso e chegou a revelar que o mesmo seria dependente químico. Só não disse de qual droga: A cocaína. 

Se considera mesmo uma Fake News, o deputado já deveria ter processado quem ele acusa de ter feito isso. Se não o fez, deve ter consentido, da mesma forma que consente, o governador Helder Barbalho, que ele tanto defende, que também não processa quem produz Fake News contra ele. 

Quem está sendo processado pelo governador é justamente os jornalistas que noticiam fatos comprovados e tendo como fontes o Diário Oficial do Estado e o Portal da Transparência, como é o meu caso. Mas isso a justiça ainda vai esclarecer, embora a polícia civil esteja endossando a tese dos advogados de Helder Barbalho, que contou com a ajuda do juiz Heyder Tavares, em sua tentativa de difamar e calar os poucos profissionais da comunicação paraense que ousam denunciar a roubalheira que ocorre nos cofres públicos.

Em resumo, o governo de Helder Barbalho e sua legião de barbalhistas querem impor um novo conceito sobre Fake News: "Aquilo que eu não gosto que seja noticiado eu chamo de Fake News. O que gosto é notícia".

Não vai colar!

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segunda-feira, junho 15, 2020

Em reunião secreta, ALEPA ouviu secretários do governo de Helder, que vem fugindo de perguntas

A sessão virtual foi restrita aos deputados, o que a tornou secreta e até agora nenhum deputado comentou o que realmente aconteceu e o que foi dito.


A convite da Comissão de Acompanhamento da Covid-19 no Estado, a Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) realizou nesta segunda-feira (15/06), de forma remota, por meio de videoconferência, uma reunião da Comissão Especial de Acompanhamento da Situação Fiscal e a Execução Orçamentária e Financeira das Medidas de Combate à Covid-19 no Pará. Os parlamentares convidaram a Secretária de Estado de Planejamento e Administração, Hanna Ghassan; o Auditor-Geral do Estado, Giussepp Mendes; e a Procuradora Adjunta, Ana Carolina Peracchi

A secretária Hanna Ghassan fez uma breve apresentação sobre as ações realizadas no estado até 31 de maio, com a prestação de contas de todos os gastos e investimentos feitos. 

"Todos os gastos estão disponíveis no Portal Transparência da Covid-19. Foram R$ 342 milhões de reais, entre investimentos em hospitais, materiais e equipamentos e recursos para financiar ações sociais como o Fundo Esperança e o cartão alimentação para estudantes", enumerou. 

Segundo ela, a União chegou a repassar também R$ 93 milhões para o Estado. 

Além dos deputados da Comissão de acompanhamento, a reunião foi aberta para a participação de outros deputados. A expectativa era ouvir também o secretário da saúde, Alberto Beltrame, que chegou à reunião após a apresentação. 

Respiradores – A principal dúvida dos parlamentares foi sobre o processo de aquisição dos respiradores da China. A procuradora do Estado Ana Carolina Peracchi esclareceu que todo o processo de compra está no portal, mas garantiu que não houve prejuízos. "Aos poucos, desde o início de março, conseguimos recuperar todo o valor pago aos respiradores que não foram entregues corretamente", afirmou. 

"É muito difícil ver nosso Estado com destaque nacional de uma forma negativa, como foi colocado após a operação da Polícia Federal, precisamos de mais elementos para compreender o que houve", destacou a deputada Marinor Brito. O secretário de Saúde, Alberto Beltrame, explicou todo o processo de compra Transparência da Covid-19 e garantiu que a compra aconteceu com valores de mercado, "mas esses valores já estavam acima do normal por causa da pandemia. Foi uma decisão de gestão, comprar o que era necessário imediatamente ou conseguir preços mais baixos, mas com uma espera de seis meses para receber os produtos", avaliou Beltrame. 

O secretário afirmou que está tranquilo e não fez nada de errado. "Até agora, não sei do que estou sendo acusado, a investigação não deu acesso a nada para que possamos nos defender", falou. "Mas não há nenhuma razão para pensar em um afastamento da secretaria", concluiu. 

A operação Bellum, deflagrada na última quarta-feira, 10, pela Policia Federal (PF), com o cumprimento de 23 mandados de busca e apreensão em sete estados brasileiros, incluindo o Pará. Após a operação, o secretário adjunto de saúde, Peter Cassol, e mais duas servidoras foram exonerados.

Abaixo-assinado pede o impeachment de Helder Barbalho

Em menos de 2 dias, quase 1.500 pessoas já assinaram o documento eletrônico que pede o afastamento do governador do Pará, por corrupção em licitações superfaturadas.

Por Diógenes Brandão

A plataforma Change.org, utilizada em petições e abaixo-assinados de causas no mundo inteiro, está com uma nova campanha no ar. 

Trata-se do pedido de impeachment do governador Helder Barbalho. A campanha é assinada pelo grupo denominado Direita do Sul do Pará, que revela que o objetivo é pressionar os deputados estaduais a adotarem a medida drástica de afastamento do chefe do poder executivo estadual.

O texto da campanha diz o seguinte:

"O atual governo do Estado do Pará é insustentável!  

Existe verba, estrutura e pessoas para resolver os problemas do Pará, mas o governador aparelhou no estado um sistema de cabides de empregos públicos que é a estrutura de um esquema de corrupção gigantesco!  

Enquanto a população não tem sequer saneamento e morre nas filas e leitos de hospitais, o governador superfatura licitações estapafúrdias comprando insumos mais caros que em mercearias de esquina!  

Queremos este criminoso fora, JÁ!"

Para ver e/ou assinar o abaixo-assinado é só clicar aqui.

Governo desmente petista, um dos mais defensores do barbalhismo na ALEPA

Carlos Bordalo (PT) e Helder Barbalho (MDB).

Por Diógenes Brandão

Os mais distraídos podem ter passado batido ou continuam passando o pano para os discursos enviesados de potocas contadas sobre o atual governo do Pará, mas este blog está atento e não deixará de registrar e analisar as falas de deputados e demais apoiadores deste antro de irregularidades, que se tornou a administração de Helder Barbalho.

Carlos Bordalo (PT), um dos mais fiéis ao barbalhismo terá muito o que explicar sobre a sua declaração feita na última quinta-feira (11), um dia após a Polícia Federal ter feito uma batida na casa do governador do Pará e de diversos secretários e assessores - com quem foram encontrados quase um milhão de reais - bem como em seus gabinetes, como na governadoria e Casa Civil. Leia aqui.

Veja a nota do deputado petista Carlos Bordalo, que preferi printar, antes que seja alterada:



Neste domingo, 14, eis que o Governo do Pará resolveu repetir o que já vinha sendo dito - à exaustão - pelo governador em suas redes sociais, veículos de comunicação e demais mídias pagas com os 52 milhões de verba publicitária. E como muito bem registrou em seu blog o jornalista Paulo Bemerguy, a nota não trouxe nenhuma novidade ou explicações sobre diversos pontos relacionados à operação da Polícia Federal "Para Bellum", ordenada pelo MPF/PGR e autorizada pelo STJ - e não pelo presidente Jair Bolsonaro, como alegam os defensores do governo.

Como já foi dito aqui, o Governo Helder torra dinheiro público para se defender na mídia, mas não explica irregularidades as quais é acusado de ter cometido no ato das compras de respiradores chineses, através de um contrato repleto de irregularidades, que incluem até adulteração de documentos, passando pelo atropelo de etapas de lisura e impessoalidade, necessárias na gestão de qualquer órgão ou verba pública.

Além de não explicar o dinheiro encontrado nas casas de assessores do governador, a nota do governo, fartamente espalhada nos jornais e nas emissoras de TV, desmente o deputado Carlos Bordalo (PT) ao dizer que o dinheiro devolvido pela empresa acusada de participar de um esquema de desvio de recursos públicos junto com governos estaduais e prefeituras, está na conta do governo do Estado. 

Conforme você leu no print acima, o petista disse que este dinheiro já estava aplicado em novos leitos clínicos e de UTIs.

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