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terça-feira, outubro 17, 2017

Conheça os 44 senadores que salvaram o mandato de Aécio Neves (PSDB-MG)

Dobradinha Aécio Neves (PSDB-MG) e Michel Temer (PMDB) resultou em mais uma votação vergonhosa no Senado Federal.

Via Ilisp 

Em mais uma votação vergonhosa no Congresso Nacional, o Senado Federal votou hoje (17) em favor de salvar o mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Foram 44 senadores que votaram “não” à decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o senador tucano do mandato contra 26 que votaram “sim” à decisão. Eram necessários 41 votos para que Aécio Neves retomasse o mandato.  

Estes foram os 44 senadores que votaram a favor de Aécio Neves:  

Airton Sandoval – PMDB/SP 
Antonio Anastasia – PSDB/MG 
Ataídes Oliveira – PSDB/TO 
Benedito de Lira – PP/AL 
Cássio Cunha Lima – PSDB/PB 
Cidinho Santos – PR/MT 
Ciro Nogueira – PP/PI 
Dalirio Beber – PSDB/SC 
Dário Berger – PMDB/SC 
Davi Alcolumbre – DEM/AP 
Edison Lobão – PMDB/MA 
Eduardo Amorim – PSDB/SE 
Eduardo Braga – PMDB/AM 
Eduardo Lopes – PRB/RJ 
Elmano Férrer – PMDB/PI 
Fernando Coelho – PMDB/PE 
Fernando Collor – PTC/AL 
Flexa Ribeiro – PSDB/PA 
Garibaldi Alves Filho – PMDB/RN 
Hélio José – PROS/DF 
Ivo Cassol – PP/RO
Jader Barbalho – PMDB/PA 
João Alberto Souza – PMDB/MA 
José Agripino – DEM/RN 
José Maranhão – PMDB/PB
José Serra – PSDB/SP 
Maria do Carmo Alves – DEM/SE 
Marta Suplicy – PMDB/SP 
Omar Aziz – PSD/AM 
Paulo Bauer – PSDB/SC 
Pedro Chaves – PSC/MS 
Raimundo Lira – PMDB/PB 
Renan Calheiros – PMDB/AL 
Roberto Rocha – PSDB/MA 
Romero Jucá – PMDB/RR 
Simone Tebet – PMDB/MS 
Tasso Jereissati – PSDB/CE 
Telmário Mota – PTB/RR 
Valdir Raupp – PMDB/RO 
Vicentinho Alves – PR/TO 
Waldemir Moka – PMDB/MS 
Wellington Fagundes – PR/MT 
Wilder Morais – PP/GO Zeze Perrella – PMDB/MG

Em apelo, Aécio pede para não ser condenado pelos pares sem ter a chance de apresentar defesa


No Painel da Folha

A última súplica “A única coisa que peço é o meu direito de defesa. Permitam que eu apresente a minha defesa. Não posso ser condenado sem ter essa chance.” É com esse discurso que Aécio Neves (PSDB-MG), afastado do mandato pelo Supremo, tentou sensibilizar os poucos colegas do Senado com quem falou nos últimos dias. O tucano tem dito que prefere receber logo o veredicto de seus pares. A Casa pode definir nesta terça (17) se suspende a determinação do STF que o apartou do plenário.  

Avalista Consultado por Aécio, Sepúlveda Pertence, ex-presidente do Supremo, chancelou a linha adotada pelo tucano. “Natural que o parlamentar tenha, antes da decisão do Senado, que vale por uma verdadeira condenação, o direito de defender-se.”  

Caminho estreito Aécio sabe que a situação é extremamente delicada. Não arriscou prognóstico sobre o placar de seu caso aos aliados. Disse apenas que não gostaria de ver a situação se arrastar indefinidamente.  

Margem de erro Espera-se que cerca de 15 senadores não compareçam à sessão desta terça (17), o que aumentaria a chance de uma derrota do mineiro. Ele precisa de 41 votos. Por isso, há quem defenda que a votação seja transferida para quarta (18).

sexta-feira, setembro 29, 2017

Odebrecht: Investigação contra Helder Barbalho e Paulo Rocha ganha novo relator no STF

Paulo Rocha (PT) e Helder Barbalho (PMDB) foram candidatos a senador e governador, respectivamente. João Salame, ex-prefeito de Marabá, intermediou a negociação de dinheiro usado na campanha eleitoral de 2014. Luiz Otávio Pereira (PMDB) era quem ia buscar o dinheiro, afirmaram os delatores da Odebrecht.

Por Diógenes Brandão 

Em Abril deste ano, o blog AS FALAS DA PÓLIS noticiou a delação que incendiou a cena política paraenseOs ex-executivos da construtora Odebrecht, Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis e Mário Amaro da Silveira, disseram que o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB) e o senador Paulo Rocha (PT-PA), pediram R$ 30 milhões em propinas à empreiteira Odebrecht para utilização na campanha eleitoral ao Governo do Pará e ao senado, em 2014.

Conforme a delação, a doação não contabilizada teria sido solicitada por Helder Barbalho, Paulo Rocha e João Salame, na época prefeito de Marabá. No valor de R$ 1,5 milhão, a doação via caixa dois teria sido feita em três parcelas. Na lista da Odebrecht, o beneficiário dessa doação tem o apelido de “Cavanhaque”. A contrapartida seria através de contratos de prestações de serviços, hoje executados pela COSANPA, em Marabá.

O caso estavam sob responsabilidade do ministro Edson Fachin e agora está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, indicado por Temer, em Março deste ano, para a vaga deixada por Teori Zavascki, que morreu em janeiro em um acidente aéreo em Paraty (RJ).

Agora, OGlobo informa que sete processos baseados em delações ganham novos relatores.

BRASÍLIA — Sete processos em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) com origem nas delações de executivos da Odebrecht e da JBS ganharam novos relatores nesta terça-feira. Eles estavam inicialmente com o ministro Edson Fachin, que toca os processos da Operação Lava-Jato na corte. Mas como os processos não tratavam de irregularidades na Petrobras, foco da Lava-Jato, eles foram encaminhados para outros ministros. Há ainda um oitavo processo que não está mais com Fachin, mas no qual não houve até o momento definição de novo relator.

O ministro Alexandre de Moraes é o novo relator do inquérito que investiga o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho (PMDB-PA), e o senador Paulo Rocha (PT-PA). Eles são suspeitos de terem recebido doações via caixa dois na campanha de 2014 em troca de ajuda à Odebrecht no Pará. Luís Roberto Barroso vai relatar inquérito que investiga se o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) recorreu ao caixa dois da empreiteira na campanha de 2010. Pelo mesmo motivo, há um inquérito aberto contra o deputado Celso Russomano (PRB-SP), mas, nesse caso, ainda não foi sorteado relator.  

A delação da Odebrecht já levou à abertura de 80 inquéritos, dos quais apenas 15 continuam com Fachin. Já a delação da JBS resultou, até agora, na abertura de oito inquéritos e outros nove casos que estão num estágio mais inicial de investigação. Desses nove casos que ainda não são inquéritos, cinco ganharam novos relatores hoje. Caberá a eles decidir se eventualmente devem ser abertos novos inquéritos.  

Um dos processos diz respeito ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, e está agora com Alexandre de Moraes. Outro trata do ministro da Indústria e Comércio, Marcos Pereira, que passa a ser relatado por Celso de Mello. Há também um caso do deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), com Luís Roberto Barroso, e outro da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), com Celso de Mello. Todos eles são suspeitos de receberem recursos da JBS. Por fim, há um caso tratando de pagamentos de propina feito por doleiros, encaminhado para o gabinete do ministro Luiz Fux.  

O passo a passo para um processo ser redistribuído, ou seja, ganhar novo relator, começa em geral com um pedido do Ministério Público ou da defesa. Depois, o ministro relator avalia se há mesmo motivo para redistribuição e encaminha o caso para decisão da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia. Ela então determina se o processo deve continuar com o mesmo relator, no caso Fachin, ou não. Se entender que deve ser redistribuído, é feito um sorteio eletrônico entre todos os ministros da corte, inclusive o próprio Fachin. Apenas a presidente, pelo cargo que ocupa, fica de fora.    


quarta-feira, setembro 27, 2017

PCdoB emite nota contra afastamento do senador Aécio Neves

“Pau que dá em Chico dá em Francisco”, diz dirigente comunista pregando o direito de Aécio Neves ser julgado por seus pares e não pelo STF.

Ameaça ao Estado de Direito: o Judiciário que intervir no Senado - Por Haroldo Lima, membro da Comissão Política Nacional do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil

A posição tomada ontem, dia 26 de setembro, pela Primeira Turma do STF, de afastar do exercício de seu mandato o senador Aécio Neves é um desrespeito aberto à Constituição e não pode ser aceita. 

Mostra o quanto certos setores do Judiciário, e inclusive do Supremo, estão exorbitando de suas funções, assumindo funções que não têm, usurpando funções.  

O senador Aécio Neves é hoje um parlamentar desclassificado. E já o é de há algum tempo. Aliás, quando se tratava de Aécio, as instituições, em particular os grupos que estão mandando no país, do Judiciário, da Procuradoria Geral, da Polícia Federal, simplesmente não faziam nada. Foi por exemplo o caso acontecido em 24 de novembro de 2013, quando foi apreendido o chamado “helicóptero do pó”, uma aeronave pertencente ao deputado estadual Gustavo Perrella, com 450 quilos de cocaína, e que acabara de sair de uma fazenda da família de Aécio Neves, seu amigo. O episódio está completando quatro anos e não há notícia de nada apurado. Politicamente, o senador perfilou-se do lado dos que deram o golpe parlamentar-judicial-midiático no Brasil em 2016.

Entretanto, o problema não é apreciar as más atitudes ou errôneas posições do senador. O que está em pauta, é muito mais grave. É o precedente de um Poder da República, o Judiciário, intervir direta e abertamente em outro Poder, o Legislativo, e cassar o mandato de um de seus membros, à revelia do que diz a Constituição. Aliás, não é bem um precedente, porque precedente já houve quando também um membro do Supremo se outorgou a prerrogativa de mandar prender outro senador, no caso o Delcídio do Amaral, que também praticara ato desabonador, mas que, como senador no exercício do mandato, só poderia ser preso em flagrante delito de crime não afiançável, como diz a Constituição, o que não ocorrera.  

No caso do Delcídio, o Senado examinou a questão e, acuado, apoiou a prisão ilegalmente feita pelo Supremo, contra aliás a posição do seu presidente Renan Calheiros, que nesta e em outras oportunidades, defendeu a prerrogativa da Casa e a não ingerência de um Poder no outro. Aécio, naquela oportunidade, votou pelo apoio à prisão irregular de Delcídio! No caso, o Senado poderia ter mandado soltar o Delcídio e, em seguida, pela gravidade dos atos a ele imputados, cassar-lhe o mandato.  

Em uma hora em que o Judiciário, através de alguns de seus membros, ou às vezes como Instituição, está cada vez mais assumindo poderes arbitrários, aquele gesto de fraqueza do Senado abriu um precedente grave.  

Mas nem por isso, agora, o Senado deve acatar a truculência de um grupo do Supremo, o que consolidaria a ideia de que os três Poderes da República são “independentes e harmônicos entre si”, como diz a Constituição, mas um Poder, o Judiciário, é “mais harmônico” do que os outros.  

O juiz Marco Aurélio, do Supremo, já havia dito que “Sejam quais forem as denúncias contra o senador mineiro, não cabe ao STF, por seu plenário e, muito menos, por ordem monocrática, afastar um parlamentar do exercício do mandato. Trata-se de perigosíssima criação jurisprudencial, que afeta de forma significativa o equilíbrio e a independência dos Três Poderes. Mandato parlamentar é coisa séria e não se mexe, impunemente, em suas prerrogativas”. 

Agora, no dia 26, o mesmo Marco Aurélio acrescentou: “A suspensão do mandato eletivo, verdadeira cassação temporária branca, sequer está prevista como cautelar substitutiva da prisão, no caso descabida, e não está prevista no artigo 309 do Código de Processo Penal.”   

Os setores democráticos e os de esquerda em especial devem tomar cuidado. “Pau que dá em Chico dá em Francisco”, já ensina a sabedoria popular. Manter as prerrogativas constitucionais é um mecanismo de defesa democrática contra a tendência ditatorial-judiciária em curso. No caso em tela, suspensão ou cassação de mandato, cabe, nos termos da lei, e seguindo o devido processo legal, ao próprio Senado.

quarta-feira, agosto 09, 2017

DOXA Pesquisas: 60% dos paraenses não votam em candidatos envolvidos na Lava Jato



Por Diógenes Brandão, com informações da DOXA Pesquisas

O blog AS FALAS DA PÓLIS traz mais um dado importante da última pesquisa do Instituto DOXA, realizada no período de 20 a 25 de julho e que contou com 1937 entrevistas, feitas com eleitores de 42 municípios, das 06 (seis) mesorregiões do Estado do Pará.  

Os entrevistados foram estimulados a responder a pegunta: Você votaria em algum candidato envolvido na operação lava jato?

O resultado foi o seguinte: 
  • 60,0% não votariam. 
  • 4,0% votariam. 
  • 26,0% poderiam votar. 
  • 10,0% não souberam responder.

terça-feira, maio 30, 2017

PSB apresenta pré-candidatura de Sidney Rosa ao governo do Pará

Em inauguração da nossa sede do partido, lideranças estaduais do PSB revelaram planos do partido para 2018. 

Por Diógenes Brandão

Com a presença de lideranças do partido, entre os quais o seu presidente nacional, o PSB apresentou sua principal estratégia eleitoral para 2018: Lançar a candidatura do atual deputado estadual Sidney Rosa ao governo e do deputado estadual Cássio Andrade como deputado federal.

Realizada na noite desta segunda-feira (29), em Belém, a inauguração da nova sede estadual do PSB contou com a presença de diversas lideranças política. Na abertura do evento, o presidente estadual do partido, Cássio Andrade, fez um breve resgate sobre a história da legenda no estado, lembrando da importância do ex-senador Ademir Andrade, seu pai que fundou e levou o PSB aos quatros cantos do Pará. Ao lado de deputados e vereadores, Cássio fez a apresentação dos presentes, entre os quais, o convidado de honra da noite, o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira.

Entre os presentes, o vereador eleito por Ananindeua e atual secretário de cultura de Ananindeua, Fábio Figueiras, que lembrou do legado do partido no estado e no cenário nacional, destacando a campanha de Eduardo Campos a presidente do Brasil em 2014, quando com seu nome, o partido foi muito longe.

O vice-prefeito de Belém, Orlando Reis, deu as boas vindas ao presidente nacional do PSB em nome do prefeito da cidade e depois de revelar que não será mais candidato nas próximas eleições, disse que vai se dedicar à campanha de eleitoral de Cássio Andrade para a câmara dos deputados, uma das prioridades do partido para 2018.

Michel Durans, atual secretário de Justiça e Direitos Humanos do Estado do Pará, disse que se orgulha de fazer parte do PSB e que o Brasil e o Pará precisam se preocupar com o desenvolvimento social para fazer com que haja justiça de fato.

O prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB), admitiu ser pré-candidato ao governo do Estado, dizendo de forma metafórica de que joga melhor como centro-avante, mas se for para ocupar outra posição, ele certamente atuará e quer jogar junto com times como o do PSB.

Presidente da ALEPA, Márcio Miranda (DEM) falou da importância do PSB no Brasil e no Pará.

O presidente da ALEPA, dep. estadual Márcio Miranda (DEM), saudou os integrantes do partido e destacou os valores e a importância das duas principais lideranças do partido no Pará: Cássio Andrade e Sidney Rosa, pré-candidatos do PSB a deputado federal e ao governo do Estado, respectivamente.  

Márcio Miranda foi enfático ao dizer que acredita que mesmo que o DEM e o PSB sejam partidos de porte mediano, “com o esfacelamento das estruturas partidárias e as investigações que recaem sobre as principais lideranças políticas, as chances de renovação são promissoras”.

Cotado para ser candidato a governador, Sidney Rosa disse que PSB ainda vai dialogar muito sobre 2018.

Bastante aplaudido, o deputado estadual Sidney Rosa destacou que a crise política brasileira, embora traga abalos à nação, ao mesmo tempo abre espaço para que mudanças possam acontecer. Ao se referir sobre a sua pré-candidatura, abordada por quem o antecedeu, Sidney foi comedido: “O PSB continuará dialogando para ver o que é mais importante para o partido e por consequência, para o nosso povo”.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, iniciou sua fala dizendo o quanto gostou de ouvir novamente o sotaque dos paraenses e que nestes 70 anos de fundação do partido, 25 anos foram de suspensão dos direitos partidários por causa da ditadura. Com o retorno à democracia, o partido de lança ao desafio de contribuir com o enfrentamento das desigualdade sociais e destacou: “Com a crise política que atravessamos, o PSB tem o compromisso de fazer diferente”.

Carlos lamentou a ausência de Ademir Andrade, fundador do partido no Pará e nas palavras do presidente nacional, um grande político. O dirigente dos socialistas brasileiros disse que quanto mais se conhece o país, mas orgulho dá de ser brasileiro.

“Alguma coisa errada está acontecendo com o Brasil, pois o nosso povo é trabalhador e cheio de energia, sendo um dos países com mais possibilidade de crescer, de se desenvolver”. E prosseguiu: “Acredito que estamos chegando ao fim de um ciclo que nos trará uma nova visão. Com o avanço tecnológico, as pessoas passam a exigir uma nova forma de fazer politica”, enfatizou ao falar das novas tecnologias da informação, que com as redes sociais possibilitou mais participação no debate político público.

Citando uma frase do falecido Eduardo Campos, Carlos Siqueira disparou: “Enquanto o mundo é cada vez mais digital, os políticos continuam analógicos”. E continuou: “Quando eu olho para o Pará e vejo esse PMDB do Jader Barbalho, percebo o quanto está superado. Ai eu olho para vocês e vejo tantas pessoas que podem substituir essa classe política. 

Se depender da direção nacional, o Sidney Rosa será sim, candidato ao governo do Pará, mas ele é quem vai decidir depois de conversar com vocês e o povo paraense. E se essa sinergia funcionar, o PSB vai governar o Pará com homens e mulheres de bem, assim como o Brasil, que tanto precisa de pessoas bem-intencionadas”, preconizou.

Carlos Siqueira destacou a importância de pensar no futuro do país, com mais pessoas de bem e menos partidos.

Da safra política de Miguel Arraes, Carlos Siqueira deu um destaque primoroso em seu entendimento do que seja um dos principais desafios do Brasil e da classe política, considerando que o principal problema por quase toda a unanimidade, seja a corrupção, ele abordou sobre a necessidade da descentralização de recursos e impostos da União para os estados e municípios e da importância do equilíbrio fiscal.

Em seus argumentos, há uma necessidade de união de todos os partidos em prol do desenvolvimento do país, capaz de pensar e aplicar uma nova carga tributaria e esta seja distribuída de forma equilibrada. Citou que Lula e Dilma em suas campanhas falavam da construção de creches pelo governo federal, assim como de UPAs, quadras de esporte e outros aparelhos que poderiam ser construídos pelos estados e municípios.

Sem falar o termo reforma política, disse 35 partidos no país é inviável. “Com 05 a 08 partidos já seria suficiente para garantir o pluralismo político, econômico, cultural e religioso brasileiro. Precisamos sim é de instituições mais consistentes, entre elas, os órgãos públicos, os partidos, os sindicatos”.

Tendo evitado até então falar a palavra “socialismo”, a qual o partido traz em seu nome, Carlos Siqueira insistiu na necessidade dos seus filiados pensarem sempre no social e do compromisso do PSB em diminuir as distâncias entre as classes sociais. “Precisamos acima de tudo reconhecer a existência delas, pois somos um partido socialista, mas também temos empresários que contribuem com a economia do país”.

Ainda que também não tenha falado da palavra “reformas”, mas com referências que  introduziram a elas, disse que os investidores optam por países com segurança jurídica, mão de obra qualificada, infraestrutura sólida, como malha viária, portos, ferrovias e sistemas de comunicação eficazes, para poderem produzir com eficiência, gerando empregos e desenvolvimento no país”.   E foi além ao tratar da reforma tributária: “Há um grave problema no Brasil que não se fala. A carga tributária do Brasil equipara-se aos países escandinavos, e se pagamos tanto, deveríamos ter a saúde, educação e segurança de primeiro mundo.

E continuou: “Não e só a corrupção, a dívida pública, potencializada pelos juros cresceu de forma assustadora. Saiu de 120 bilhões do governo Itamar para o de FHC e deste para Lula chegou em 650 bilhões. De Lula a Dilma foi a um trilhão e hoje com Temer se encontra nos 03 (três) trilhões. Esse é um nó que precisa ser desatado para reorientar a nossa economia, para que nossos recursos financeiros façam o país crescer. 

Precisamos debater isso na campanha de 2018, para alertar todos dos problemas que isso nos traz, para isso precisamos nos unir, independente das diferenças políticas para superar esses desafios. Esse e o momento de ter esperança para organizar as mudanças”.

A respeito da ética partidária, o presidente nacional do PSB lembrou do Papa: “Precisamos fazer a boa política, pois não há solução fora da política. O papa Francisco, que falou que a política é uma das atividades mais sublimes que existe, se a política fizer o seu melhor para as pessoas. O exemplo está lançado e precisamos encontrar boas pessoas para o nosso partido. Estamos fazendo isso, chamando pessoas que estão fora da política para contribuir com o nosso momento político”.
  
Finalizando sua fala, o pernambucano Carlos Siqueira foi taxativo: “Por sua grandeza e riqueza, o Pará e a Amazônia são o futuro do país”. 

quarta-feira, maio 24, 2017

Paulo Rocha chama tucanos de companheiros, diz que Aécio fez uma campanha brilhante e que o PSDB seja um partido sério

Sem citar até agora o teor das delações dos donos da Friboi, que revelaram um repasse de alguns milhões de reais para o PT paraense, quando ele foi o principal candidato pelo partido na chapa de Helder Barbalho (PMDB-PA), durante as eleições de 2014, o senador Paulo Rocha (PT-PA) fez o seu primeiro pronunciamento no senado, pós-escândalo da JBS, nesta segunda-feira (22). 

Chamando os políticos do PSDB de companheiros e dizendo que Aécio Neves (PSDB-MG) fez uma campanha brilhante em 2014, Paulo Rocha superou-se ao dizer que o PSDB é um partido sério. 

Além disso, o senador petista admitiu que o PT errou por fazer caixa 2, mas questiona em tom de mágoa, o fato dos tucanos considerarem que o dinheiro que foi para o PT seja sujo e o dinheiro que foi para o PSDB seja limpo.

Assista:
















quinta-feira, fevereiro 09, 2017

Adeus Lava Jato! 10 senadores da comissão que vai sabatinar Moraes são investigados pela operação


Via G1

Composta por 54 senadores – 27 titulares e 27 suplentes –, a Comissão de Constituição e Justiça tem dez parlamentares alvos de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava Jato. Ao todo, dos 81 senadores na Casa, 13 são investigados na Lava Jato.

Uma das mais importantes comissões do Senado, a CCJ tem, entre suas atribuições, a tarefa de sabatinar indicados à Suprema Corte, caso do ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes. A previsão é de que a sabatina aconteça no fim de fevereiro.

Moraes foi escolhido pelo presidente Michel Temer para ser o substituto de Teori Zavascki – morto em acidente aéreo em janeiro. Se, depois da sabatina da CCJ, o Senado aprovar a indicação, Moraes assumirá uma cadeira no STF e será o novo ministro revisor da Lava Jato na Corte.

O revisor auxilia o relator, sugerindo medidas para corrigir algum problema do processo, além de confirmar, completar ou retificar o relatório (resumo do caso).

São alvos de inquéritos da Lava Jato no Supremo os seguintes integrantes da CCJ:

Titulares

Jader Barbalho (PMDB-PA) - é alvo de três inquéritos na Lava Jato;
Edison Lobão (PMDB-MA) - é alvo de dois inquéritos;
Valdir Raupp (PMDB-RO) - é alvo de quatro inquéritos e de uma denúncia;
Benedito de Lira (PP-AL) - é alvo de denúncia;
Lindbergh Farias (PT-RJ) - a Procuradoria-Geral da República pediu ao STF, no dia 25 de janeiro de 2017, o arquivamento de inquérito sobre o petista.

Suplentes

Romero Jucá (PMDB-RR) - é alvo de dois inquéritos;
Renan Calheiros (PMDB-AL) - é alvo de oito inquéritos;
Fernando Collor (PTC-AL) - é alvo de seis inquéritos e de uma denúncia;
Gleisi Hoffmann (PT-PR) - alvo de um inquérito, a senadora já é ré em ação penal em andamento no STF.
Humberto Costa (PT-PE) - em agosto de 2016, a Polícia Federal afirmou que não vê indícios suficientes contra o senador. Cabe à PGR decidir se pede ou não o arquivamento do caso.

Citações

Além dos senadores investigados, a CCJ tem integrantes que já foram citados em depoimentos dados a investigadores da Lava Jato.

É o caso dos parlamentares Eduardo Braga (PMDB-AM) e Aécio Neves (PSDB-MG) – ele chegou a ser investigado mas o STF arquivou o inquérito. Também há outros pedido de abertura de inquérito que ainda não foram analisados pelo Supremo.



quinta-feira, fevereiro 02, 2017

Paulo Rocha zomba e ignora apelos para não votar em golpistas para mesa do senado

Paulo Rocha segue o bloco petista que não abre mão de se aliar com o PMDB para ocupar cargos no Congresso Nacional.

Por Diógenes Brandão

Em nota divulgada em suas redes sociais, o senador petista do Pará, que compõe a ala do partido que não abre mão de fechar acordos com o PMDB, volta a mostrar que ignora os apelos de seus eleitores e da militância do seu partido.

Na noite da última terça-feira (31), as principais lideranças populares do PT paraense, reuniram-se na sede do sindicato dos bancários, onde realizaram o Ato Petista não vota em golpista, onde apelaram para que o senador Paulo Rocha não cometesse o que consideram um erro e uma traição à sua militância e seus eleitores.

Mesmo assim, Paulo Rocha e outros 7 senadores entenderam que ocupar espaço na mesa diretora do senado e alguns cargos nas assessorias da casa é mais importante do que a imagem negativa e contraditória que tal medida trouxe perante a sociedade. Por isso,  a militância petista,  em resposta, desde ontem repugna e começa a "vomitar" em postagens feitas nas redes sociais do parlamentar petista, que se elegeu sob o slogan "Senador de Todos" e hoje é chamado de traidor pela maioria da militância do PT.


Clique acima em "Ver mais" e leia o post completo e os comentários dos internautas.

E hoje, mesmo depois de todos os apelos e críticas que vem recebendo, Paulo Rocha exibe em suas redes sociais, com orgulho uma nota publicada pelo jornal O Globo, da família Marinho, onde diz: "A política é a arte das ideias e do convencimento. É assim que se constrói maiorias, principalmente entre parceiros". 

A pergunta que fica no ar é se Paulo Rocha acha que o fato de ter se aliado ao golpista eleito com o seu voto e da maioria dos deputados federais para a presidência da Câmara, conta com o apoio da maioria da sociedade brasileira, ou pelo menos pelos filiados do seu partido. 










quarta-feira, fevereiro 01, 2017

Senadores do PT traem militância e votam em golpista do PMDB




Votação da bancada não foi unânime; Gleisi, Lindbergh e Fátima Bezerra consideraram que partido não deveria se unir a sigla de Temer.

A maioria dos senadores do PT decidiu compor com o candidato do PMDB à presidência da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para garantir espaço na Mesa Diretora. A decisão foi tomada em reunião do partido na noite desta terça-feira, 31. Os petistas vão indicar José Pimentel (PT-CE) para a 1ª Secretaria, que funciona como uma espécie de prefeitura da instituição, responsável por assuntos administrativos e financeiros.

A votação da bancada não foi unânime. Dos dez parlamentares da sigla, três votaram contra o apoio a Eunício: a senadora Gleisi Hoffmann (PR), Lindbergh Farias (RJ) e Fátima Bezerra (RN). Eles consideram que o partido não deve se unir ao partido do presidente Michel Temer, que alegam ser o grande responsável pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Como não houve consenso, a bancada optou por liberar os votos.

Os parlamentares que defendem a candidatura de Eunício, favorito na disputa, se baseiam na tese de proporcionalidade do Senado. Tradicionalmente, a legenda que possui a maior bancada na Casa fica com a presidência. O PMDB é o partido com o maior número de senadores (21). O PSDB cresceu no último ano e se tornou a segunda maior legenda (11), enquanto o PT perdeu espaço e se tornou a terceira maior bancada (10).

Na Mesa Diretora, em teoria, quanto maior for a bancada de um partido, mais importantes serão os cargos à sua disposição. Os senadores da Mesa têm a atribuição de convocar e conduzir as sessões plenárias, cuidar de eleições internas, votações secretas, correspondências e identificação de senadores, bem como questões administrativas. O mandato da Mesa é de dois anos.

"Equívoco político". Os senadores Gleisi Hoffmann, Lindbergh Farias e Fátima Bezerra criticaram a decisão da bancada de compor com o candidato oficial do PMDB à presidência da Casa, Eunício Oliveira. Em nota, Gleisi, Lindbergh e Fátima afirmaram que o posicionamento é decepcionante, "lamentável" e um "equívoco político".

Para o grupo, o PT não deveria apoiar o partido do presidente Michel Temer, visto por eles como o principal responsável pelo impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. "Superestimando a luta institucional e insensível ao apelo da militância, a maioria da bancada preferiu não tomar uma posição clara, autorizando os senadores e senadoras petistas a votarem como bem entenderem. É realmente lamentável. Um equívoco político que cobrará seu preço", diz o texto. Os petistas consideram que a bancada optou por "se render à institucionalidade".

No texto, eles agradeceram a participação da militância do partido na discussão, mas afirmaram que a direção nacional da legenda optou por ignorar os pleitos. "Não poderíamos de forma alguma fazer alianças com protagonistas do golpe. Não se trata de desconhecer a importância dos espaços institucionais para a disputa política, mas de reconhecer que a única trincheira de luta capaz de derrotar os golpistas, barrar as reformas neoliberais e resgatar a democracia via eleições diretas é justamente a trincheira da luta social", escreveram.

Pela tese de proporcionalidade do Senado, os maiores partidos da Casa ficam com os melhores cargos na Mesa Diretora. Como o PT possui a terceira maior bancada (10), ficaria com a primeira-secretaria, considerada a prefeitura do Senado. Contudo, se os petistas não fechassem um acordo com Eunício, considerado favorito da disputa, ficaria sem a vaga e sem a presidência de comissões mais expressivas. O mesmo impasse ocorreu na Câmara, porém os deputados petistas optaram por apoiar o candidato da oposição André Figueiredo (PDT-CE).

"Esse levante da militância petista e dos movimentos sociais contribuiu decisivamente para que a bancada do PT na Câmara, de forma unitária, rejeitasse votar em parlamentares golpistas e apoiasse a candidatura do deputado federal André Figueiredo (PDT) à presidência da Câmara, compondo um bloco de oposição que verbaliza no Parlamento as vozes das ruas. Dessa forma, a bancada do PT na Câmara demonstrou estar conectada com a militância petista e com os movimentos sociais", elogiaram os senadores.

Considerando a composição partidária mais recente do Senado, a escolha dos cargos seria exercida na seguinte ordem: PMDB (presidência, 2ª vice-presidência e 1ª suplência); PSDB (1ª vice-presidência e 4ª secretaria); PT (1ª secretaria); PP (2ª secretaria); PSB (3ª secretaria); PR (2ª suplência); PSD (2ª suplência); e DEM (2ª suplência). Apesar disso, também é possível que parlamentares lancem candidaturas avulsas para as vagas.

segunda-feira, dezembro 05, 2016

Extra: Renan cai e PT volta a assumir a linha de sucessão presidencial


Com o afastamento de Renan Calheiros, o PT volta a ocupar a linha sucessória presidencial. O senador petista do Acre, Jorge Viana, será o presidente do Senado no lugar de Renan.

Leia a matéria do Estadão, que esqueceu de falar quem assume a presidência do senado e a linha de sucessão presidencial.

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Ministro do STF decide afastar Renan da presidência do Senado

Decisão foi tomada no âmbito de uma ação ajuizada pela Rede que pede que réus não possam estar na linha sucessória da Presidência da República.

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu nesta segunda-feira, 5, ao pedido da Rede Sustentabilidade e concedeu uma medida liminar (provisória) afastando o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. A decisão foi tomada no âmbito de uma ação ajuizada pela Rede que pede que réus não possam estar na linha sucessória da Presidência da República.

“Defiro a liminar pleiteada. Faço-o para afastar não do exercício do mandato de Senador, outorgado pelo povo alagoano, mas do cargo de presidente do Senado o senador Renan Calheiros. Com a urgência que o caso requer, deem cumprimento, por mandado, sob as penas da Lei, a esta decisão. Publiquem.”, diz decisão do ministro divulgada no início desta noite no site do STF. 

Renan virou réu quinta-feira passada (1), quando o STF decidiu, por 8 votos a 3, receber a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador pelo crime de peculato. A Rede alega que, com o recebimento da denúncia, “passou a existir impedimento incontornável para a permanência do referido Senador na Presidência do Senado Federal, de acordo com a orientação já externada pela maioria dos ministros do STF”.

O partido pedia urgência na avaliação da matéria porque, se não houvesse uma análise rápida, o Supremo poderia decidir sobre a questão depois do fim do mandato de Renan, que se encerra no dia 1º de fevereiro.

Maioria. Em novembro, o STF formou maioria para que réus não possam fazer parte da linha sucessória do presidente da República, mas o julgamento foi interrompido depois de pedido de vista do ministro Dias Toffoli. Marco Aurélio foi um dos seis ministros do STF que já votaram pelo veto aos réus na sucessão de Michel Temer.

Na última sexta-feira (2), Toffoli e Marco Aurélio se envolveram em uma “guerra de versões” sobre o processo que ameaça a permanência de Renan Calheiros da Presidência do Senado.

Um dia depois de Renan se tornar réu pela primeira vez perante o STF, o gabinete de Toffoli informou, em nota enviada à imprensa, que ainda não havia recebido os autos do processo e que, por essa razão, ainda não havia sido iniciado o prazo para devolução da vista. Segundo o gabinete de Toffoli, os autos do processo, sob relatoria de Marco Aurélio, só chegaram ao gabinete às 17h20 da última sexta-feira.

O gabinete de Marco Aurélio, por sua vez, apresentou uma versão diferente dos fatos e alegou que o processo é eletrônico, não dependendo de deslocamento físico ou formal.

sexta-feira, dezembro 02, 2016

O dia em que Sérgio Moro se deu mal

"Gilmar querendo comer Moro, Requião pronto para amparar Moro e Moro se justificando, com cara de bebê chorão, hoje no Senado: Francisco Costa.

Por Diógenes Brandão

Com mais de 1250 compartilhamentos no facebook e uma incontável distribuição expontânea no WhatsApp e Telegram, o texto abaixo do carioca Francisco Costa revela como um cidadão comum hoje em dia pode ganhar notoriedade com uma simples publicação de um conteúdo nas redes sociais.

Com um texto incisivo e termos afiados, o professor, artista e ativista digital confessa que sentiu-se de alma lavada com o debate que assistiu nesta quinta-feira (01), pela TV Senado, quando esta transmitiu a sessão que deu continuidade ao debate sobre o pacote anti-corrupção, que os membros do MPF já disseram que o governo Dilma avançou propostas contra a corrupção muito melhores que as que foram aprovadas esta semana e que Temer quer implantar uma ditadura da corrupção.

O debate do dia foi sobre o abuso de autoridade, o qual prevê endurecimento às punições aplicadas a juízes, promotores e delegados que vierem a cometer algum tipo de excesso. Setores ligados a juízes e a integrantes do Ministério Público veem na medida uma forma de coibir investigações como a Lava Jato e lá também estiveram para pressionar contra a sua aprovação.

No debate, Sérgio Moro foi abandonado até mesmo por senadores da ala conservadora que limitaram-se a defender o adiamento das medidas, enquanto os demais, junto com Gilmar Mendes, ministro do STF, não economizaram argumentos contra aquilo que consideram privilégios que nenhum outro servidor público possui.

Cabe registrar a contundência do senador Lindemberg Farias (PT-RJ) que peitou Moro com críticas ao seu comportamento ditatorial e argumentos irrefutáveis sobre o Estado de direito que este infringe contra quem bem entende, principalmente contra o ex-presidente Lula.

Vamos ao texto que 'bombou' nas redes.

Por Francisco Costa*, no Facebook

DE ALMA LAVADA

Terminou agorinha mesmo um interessante debate, no Senado, sobre a Lei Anticorrupção e de Abuso de Autoridade.

Na mesa, o Juiz Federal Silvio Rocha; Gilmar Mendes, Ministro do STF e Presidente do TSE; Renan Calheiros, presidente do Senado; Roberto Requião, Senador, relator do PL sobre o assunto e o Juiz Federal Sérgio Fernando Moro, do Paraná.

Silvio Rocha, progressista, muito preocupado com o abuso de autoridade nos bairros pobres.

Se eu não conhecesse o histórico de Gilmar Mendes, a sua biografia e os seus feitos golpistas, diria que é de esquerda, tal as posições externadas, muito pelas diferenças que tem com Moro.

Renan Calheiros, embora conservador, corrupto e oportunista, nesta questão em pauta, tem posição progressista, até por advocacia própria.

Roberto Requião, sem comentários, um corajoso e independente Senador.

E Moro... Coitado.

Espertamente, pela ordem, Renan deu a palavra, primeiro, ao Silvio, depois ao Gilmar, que sentaram o cacete em Moro, vermelho como camarão na sauna.

Passada a palavra ao Führer de Curitiba, o sujeito não tinha o que dizer, com todo o seu arrazoado desmontado pelos dois que o antecederam.

Seguiu-se Requião, que sentou a porrada no autoritarismo, no abuso de autoridade, chegando a dizer que era fascismo.

Abriu-se para os debates, para as perguntas, e pensando que Moro iria passear, como faz em Curitiba, o primeiro que estava inscrito era o seu amigo pessoal Álvaro Dias, sem condições de defendê-lo, limitando-se a pedir mo adiamento da votação do PL.
Caiado tentou balbuciar qualquer coisa antipetista, mas só conseguiu também pedir o adiamento da votação do PL.

O momento alto ficou por conta de Lindbergh Farias, que cobrou, um a um, os abusos de autoridade cometidos contra Lula, com dados: circunstâncias, horários, depoimentos de juristas (citou até Rui Barbosa), despachos pesados de instâncias superiores contra Moro, em outros processos, inclusive de Gilmar, o chamando de irresponsável e dono da justiça, culminando com a afirmação “o senhor cita muito os Estados Unidos. 

O senhor consegue imaginar um juiz de primeira instância, lá do Texas (fez cara de pouco caso, sacaneando Curitiba, no sentido de poder político) gravando uma conversa telefônica entre Bill Clinton e Obama? 

O senhor gravou conversas da dona Marisa com os filhos, com a nora, conversas íntimas, de família, e jogou na mídia. Isto não é abuso de autoridade, covardia? O senhor gravou telefonemas entre advogados e clientes, o que é inadmissível em qualquer país do mundo. O Presidente Lula vive da sua imagem internacional, que o senhor conspurcou e não provou nada. Como compensar isso, como indenizar isso?”... 

Com Moro cabisbaixo, mais vermelho que a camisa do Internacional (houve um momento em que pensei que ele fosse chorar).

Para lacrar, Renan devolveu a palavra a Gilmar, que contou um encontro seu com um amigo, um dos maiores juristas do mundo, português, que se mostrou surpreendido com a legislação brasileira, que permite o vazamento de telefonemas grampeados e depoimentos que ocorrem em segredo de justiça, com Gilmar respondendo a ele: “a legislação não permite isso. Isso é coisa de um juiz brasileiro.”

Devolvida a palavra a Moro, mais constrangido que virgem na noite de núpcias, peladinha, ele alegou que “tudo isso é uma questão de interpretação da lei, não se pode punir um juiz por questão de interpretação da lei”. 

Seguiu-se o Senador Humberto Costa: “se está escrito que a prisão preventiva é de dez dias, o juiz pode até transformar esses dez dias em horas, mas somando-se todas as horas o resultado será dez dias, não é uma questão de interpretação mas de cumprimento puro e simples. Se a lei diz que a condução coercitiva só pode se dar quando um intimado não comparece diante do juiz, sem um motivo relevante, é a mesma coisa, questão de cumprimento, não de interpretação. Isso é abuso de autoridade”, e Moro com carinha de fundo de bacia, mais vermelho que absorvente usado.

Terminado o debate, Moro ficou isolado, de pé, sem saber o que fazer, desnorteado, até que Requião coraçãozão foi até ele, apertou-lhe a mão e o levou para fora do recinto.

Em quase meio século de magistério nunca dei um esporro tão bonito num aluno safado.
Estou com a alma lavada.

*Francisco Costa é professor, poeta, pintor e ativista digital no Rio de Janeiro.

quinta-feira, janeiro 14, 2016

França libera dados e CPI do HSBC pode ser desenterrada. Paulo Rocha silencia

Paulo Rocha, Randolfe Rodrigues e delegados da PF em audiência da CPI do HSBC: melancólica | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil.

Por Diógenes Brandão

Em Março de 2015, este blog trouxe aos seus leitores a saudável informação do surgimento de uma CPI para investigar quem usou o HSBC para sonegar impostos. Menos de três meses depois, em Junho, divulgamos que a CPI do HSBC poderia terminar em pizza, que revelou o mal estar da sociedade brasileira após a notícia de que o presidente da CPI do HSBC, senador Paulo Rocha (PT-PA) conduziu à decisão da "desquebra" do sigilo fiscal e bancário de vários dos correntistas brasileiros, que mantinham contas secretas na Suíça, após as revelações do caso que ficou conhecido mundialmente como SwissLeaks.

Em setembro do mesmo ano, a postagem CPI do HSBC: "Poder econômico pressiona senador a não investigar", trouxe a informação publicada no portal IG, de que o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (ex-PSOL-AP), renovava suas críticas sobre parte dos membros da CPI que, segundo ele, trabalhavam contra a investigação e o estariam fazendo supostamente sob influência do poder econômico. 

“Existe uma pressão do poder econômico sobre os membros da CPI e existe um esvaziamento proposital da CPI”, disse à época o senador, que concluiu sua coleta de assinaturas para renovação da CPI, cujo prazo de funcionamento terminava no dia 21 de setembro e até aquele momento, nem o presidente da CPI, senador Paulo Rocha (PT-PA) havia assinado o requerimento de renovação daquela Comissão Parlamentar de Inquérito que ele mesmo preside.

O editor deste blog, junto com mais 28 blogueiros brasileiros encaminharam ao Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ) uma carta (leia aqui), solicitando acesso à lista e dados dos 8.667 clientes brasileiros do HSBC na Suíça.

Na última sexta-feira (08), o site do Senado Federal publicou "Sem acesso a documentos, CPI do HSBC vai antecipar o encerramento dos trabalhos" e a TV senado fez uma síntese do processo e já dava como encerrada a questão. Tudo porque as 12 reuniões deliberativas e sete audiências públicas realizadas foram consideradas insuficientes para levar os integrantes da comissão a conclusões consistentes sobre o caso.


O blog AS FALAS DA PÓLIS festeja novamente a informação divulgada pelos meios de comunicação e através das redes sociais de vários parlamentares, como o autor da CPI, o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) que informou que o governo Francês, a exemplo do Ministério Público da Suiça - que revelou a existência das contas de Eduardo Cunha naquele país - repassará a lista dos correntistas do HSBC à CPI que já estava sendo sepultada pelos senadores que a compõem.



Com essa informação rodando deste ontem (13), este blog volta a estranhar o fato do senador Paulo Rocha (PT-PA) não ter manifestado qualquer posição sobre a ressurreição da CPI que ele preside e estava paralisada e condenada a um cortejo fúnebre deprimente, com a alegada falta destas importantes informações, que agora serão trazidas com a lista disponibilizada pelo governo Francês.

Leia Lista de correntistas brasileiros do HSBC na Suíça deve ser entregue a CPI, na RBA.

Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento de criação da comissão, dados darão uma sobrevida aos trabalhos do grupo

O governo francês aceitou o pedido da CPI do HSBC, do Senado, e decidiu que vai compartilhar os dados de correntistas brasileiros do banco na Suíça, vazados no escândalo conhecido como Swissleaks. O material já está com a Receita Federal e a Procuradoria Geral da República. “Ao contrário do que diziam, a CPI está renascendo das cinzas. A partir das informações oficiais, a investigação pode avançar com segurança”, afirmou o relator da comissão Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

Em julho de 2015, as autoridades francesas negaram o acesso da CPI aos dados, sob o argumento de que a comissão não teria poder criminal, prerrogativa do acordo de cooperação com o Brasil para o compartilhamento de dados. Sem sucesso nos requerimentos para obter os dados, no mês passado os senadores, que compõe a grupo, decidiram antecipar o fim  dos trabalhos. Ferraço, no entanto, por discordar da medida, não havia apresentado ainda o relatório final dos trabalhos, cuja votação oficializaria o fim dos trabalhos da CPI.

Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), autor do requerimento de criação da comissão, os dados darão uma sobrevida aos trabalhos do grupo, que tem até o dia 30 abril para serem concluídos. “Foi uma CPI péssima, onde a maioria de seus membros só se dedicou a obstruir as investigações. Ocorre que a principal argumentação que se fazia para que as investigações não avançassem era que a CPI não tinha dados oficiais da França. Essa desculpa, desde ontem, está sepultada. Agora não tem mais desculpa para não convocarmos e avançarmos nessas investigações”, disse.

“Isso era o que estávamos perseguindo desde o início da CPI para dar prosseguimento às investigações. Agora, com essa legalização da lista, temos como aprofundar e avançar na análise dos dados e nas quebras de sigilos necessárias”, disse o presidente da CPI, senador Paulo Rocha (PT-PA).

A CPI do HSBC foi instalada em 24 de março de 2015, depois que arquivos vazados da filial suíça do banco mostraram a movimentação de mais de US$ 100 bilhões. Parte desse valor, US$ 7 bilhões, foi distribuída em 5.549 contas abertas por clientes brasileiros.


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quarta-feira, maio 13, 2015

Comissão do Senado dá aval à indicação de Fachin para o STF

O nome precisa agora ser analisado em plenário — o que deve acontecer na próxima semana.

No Portal R7.


Após quase 11 horas de sabatina, a CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) aprovou, às 22h40 desta terça-feira (12), por 20 votos a 7, a indicação de Luiz Edson Fachin para uma vaga ao STF (Supremo Tribunal Federal).

O nome precisa agora ser analisado em plenário, o que deve acontecer, segundo o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) daqui a uma semana, no próximo dia 19. Também foi aprovado na CCJ o regime de urgência para análise do nome do indicado pelo plenário.

Fachin foi indicado pela presidente Dilma Rousseff para ocupar o posto de Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho de 2014. Para chegar à mais alta corte do País, Fachin terá ainda de ser aprovado por 41 dos 81 senadores.

sábado, março 28, 2015

Paulo Rocha: O Senador de Poucos

Eleito com cerca de um milhão e quatrocentos mil votos, as fotos do planejamento do senador Paulo Rocha frustraram correligionários e membros da frente suprapartidária que ajudou a elegê-lo em 2014 para um mandato de 8 anos. 

Um ano depois de ter disputado e conquistado, com 70% dos votos do Diretório Estadual do PT-PA, a vaga como candidato ao senado, Paulo Rocha concluiu na tarde deste sábado o que chamou de planejamento do mandato do "senador de todos"

No entanto, boa parte dos dirigentes de outras tendências petistas, em manifestações privadas, alegam que o evento sela a estratégia da tendência dirigida por Paulo Rocha, a Unidade na Luta, que agora o quer como "Senador de Poucos".

A nota plantada em um jornal local, já alertava para o caráter restrito e segregador que o planejamento do mandato teria.

E é essa tendência de Paulo Rocha que reúne-se amanhã para eleger seus novos coordenadores estaduais, todos previamente selecionados pelo staff que acompanha Paulo Rocha há anos. 

Talvez por isso, importantes filiados como o ex-deputado estadual Mário Cardoso, sindicalistas, prefeitos, vereadores e lideranças do PT em várias regiões do Estado, mesmo respeitando e admirando a liderança de Paulo Rocha, tenham se afastado e deixado aquela que já foi a maior tendência do partido no Estado e migrado para outras tendências e até desfiliando-se da legenda partidária.

A sangria é tanta, que mesmo em cidades com prefeitos do grupo, o mesmo é um dos que menos poder interno tem no PT, submetendo as gestões a conflitos internos por espaços políticos que engessam e impossibilitam o modo petista de governar.

O anacronismo burocrata que impera no grupo supracitado não é sua exclusividade e nem contamina todos e todas os que nele militam. 

Pelo contrário! 

A máquina partidária continua fortalecida pelas suas estruturas de base.

Eleito, Paulo Rocha foi homenageado com a capa da Revista Bacana, produto de um colunista da High Society paraense. Clique na imagem para ler a matéria sobre o evento.

O forte alicerce ideológico que intelectuais formataram desde a fundação e durante o decorrer destes 35 anos do PT, que Paulo Rocha, Lula e outros fundadores ajudaram a fincar no imaginário da militância, foi fundamental para que estes se mantenham líderes de primeira instância e mesmo que muitos que tenham se aproximado destes, sem nunca ter qualquer relação com os preceitos e programas do partido e simpatia pela organização da classe trabalhadora, tais como empresários e aliados fisiologistas, o PT segue forte.

No entanto, há uma parte da militância que foi afetada pela Síndrome de Estocolmo, e parece que se dá por satisfeita em ser apenas ouvida, convidada para pleitos eleitorais de dois em dois anos, além das reuniões e encontros que sempre foram a marca registrada da participação e do modo petista de governar e se organizar, cada vez mais raro e limitado a poucos.

Por saber que o problema persiste em diversos grupelhos e partidos brasileiros, e para contribuir com a emancipação desta maioria dirigida para eleger e manter essas elites que excluem os demais dos fórum decisórios, é que lhes trago um trecho do artigo do Pe. Alfredo J. Gonçalves, extraído do respeitado site da Adital.

"O líder, segundo Gramsci, não é aquele que conduz as massas, e sim aquele que se deixa conduzir por elas. Atento às suas necessidades, interesses e anseios mais profundos, colhe-os e os sistematiza, para devolvê-los em forma de uma política econômica que vá ao encontro das carências urgentes e transformações necessárias. Nesta perspectiva, os votos da urna representam novas responsabilidade, e não uma porta aberta para mais benesses e privilégios. Em síntese, constata-se uma dissonância mais ou menos manifesta entre as classes que tomam as decisões e o que se deveria entender por "classes dirigentes”.


Crise: Edmilson Rodrigues perde seu braço esquerdo no PSOL

Luiz Araújo deixou o PT para fundar o PSOL, onde viveu até então organizando a corrente interna "Primavera Socialista" e supostame...