sábado, fevereiro 25, 2017

DOXA em O Liberal: Disputa de 2018 começou, mas ainda está indefinida

Dornélio Silva, da DOXA, tem tido seguidos acertos. Foto: Arquivo do blog.

Em O Liberal

Eleições

Dornélio Silva, da DOXA, fala dos fatores que poderão influenciar no voto

Cientista Político da DOXA Pesquisas, com mais de 25 anos de experiência e nome consolidado no mercado, Dornélio Silva afirmou em entrevista a O Liberal, que as eleições de 2018 já começaram e diferente do que se comenta nos bastidores, não há ninguém com vitória garantida. Instituto de pesquisa que mais se aproximou do resultado das últimas eleições do Pará (2014 e 2016), a empresa tem sido convidada para traçar Planejamentos Estratégicos e para isso foi criada a DOXA Inteligência, setor que reúne uma equipe de profissionais especialistas em processos de organização e marketing eleitoral, inclusive o webmarketing, ou marketing de relacionamento. Ao comentar o recente encontro entre Zenaldo e Helder, Dornélio alerta que o eleitor pode não receber muito bem a aliança que foi ventilada após o inusitado encontro entre adversários que travam disputas viscerais.

  • Segundo pesquisas da DOXA, o candidato a prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB), dois meses antes das eleições tinha a maior taxa de rejeição e tinha em média apenas 6% da preferência do eleitorado da capital paraense, mas acabou eleito no segundo turno. Como você avalia esse fenômeno?

Havia três competidores fortes, Zenaldo, Edmilson e Eder Mauro. Eder Mauro vinha liderando as pesquisas de intenção de voto, pois em 2014 foi eleito como o deputado federal mais votado do Pará, com 265.983 votos.

Em estudos feitos pela DOXA, descobrimos que mais de 40% dos votos de Eder Mauro vinham de Zenaldo, que a dois meses das eleições apresentava baixa intenção de voto e carregava alta rejeição. Eder Mauro disputava o mesmo eleitorado de Zenaldo. Eder isolou-se, perdendo força e confiança. Ao iniciar a campanha eleitoral gratuita no rádio e na TV, estes votos de Eder começaram a migrar de volta para Zenaldo.

Então, diria que o fator Eder Mauro e uma comunicação bem feita foram os principais ingredientes que levaram Zenaldo à vitória. Mas, devemos lembrar que Edmilson Rodrigues teve um mal desempenho nos debates e diversos erros na sua estratégia de marketing eleitoral.

Sem entrar em muito detalhe, posso lembrar rapidamente do “salário razoável”, em contraste com o voto de pobreza que o candidato do PSOL tanto exaltava.

  • Pelas mídias sociais, muito se comentou sobre o apoio do PMDB e do PT ao candidato do PSOL. Até que ponto você avalia o impacto dessas notícias virais, na tomada de decisão do eleitor?

O PSOL no segundo turno, quis, digamos, esconder o apoio do Jader Barbalho e do seu partido. Edmilson chegou a dizer que tinha o apoio do professor Maneschy, mas não do PMDB. Tal comportamento era explicado pela noção que o PSOL reconhecia a forte rejeição do PMDB e de seus líderes na região metropolitana de Belém. Além disso, a propaganda tucana reforçou a lembrança de que Maneschy era o candidato do Jader Barbalho. 

Edmilson, por sua vez, aceitou a entrada de Maneschy no segundo turno achando que este não estava maculado ao PMDB. Ledo engano! Maneschy foi percebido como o velho vestido de novo. Resultado: a rejeição da família  Barbalho caiu no colo de Edmilson. 

  • Em 2014, a DOXA foi a única empresa que apontou para a vitória de Simão Jatene e acertou. Em 2016, novamente acertou no diagnóstico da vitória de Zenaldo Coutinho. Essas duas “lacradas”, incomodaram certos setores da política e da comunicação do estado?

Atuamos com pesquisas eleitorais e de mercado há mais de 25 anos, sendo pioneiros neste segmento empresarial. Não quero menosprezar meus concorrentes, mas junto com minha equipe prezamos pela cientificidade, pela seriedade e responsabilidade com os estudos que desenvolvemos. Atentando-se sempre a veracidade dos dados que a população aponta em nossas pesquisas de campo, mesmo que o resultado destas checagens sejam amargos e contrariem interesses deste ou daquele grupo, nós não abrimos mão de retratar a realidade.

É a partir do diagnóstico que extraímos das nossas pesquisas e apresentamos para a sociedade, que ao meu ver, os grupos políticos e empresarias deveriam corrigir rumos, aperfeiçoar estratégias e metodologias de trabalho, ao invés de reclamarem dos resultados obtidos nas ruas, quando estes lhes são desfavoráveis. 

Percebendo a carência de uma empresa que ajude os nossos clientes para além da pesquisa, criamos a DOXA Inteligência, a qual atua na consultoria a partidos e candidatos interessados em unir informações, ao planejamento estratégico e o marketing político.

  • Qual o cenário que já se vislumbra para 2018?

Diferente de outras eleições, considero que a disputa para o pleito de 2018 já começou com dois anos de antecedência. Com o 2º mandato do governador Simão Jatene (PSDB), a disputa interna em seu partido e na sua base aliada cresce e tende a promover uma série de rupturas e reordenamento de interesses entre lideranças tucanas e aliados.

Helder Barbalho é sem dúvida o candidato natural do PMDB, para a disputa que hoje segue polarizada com o PSDB, mas que pode ter um ou dois outros fortes competidores. 

O deputado estadual Márcio Miranda (DEM) teve seu nome fortalecido com a terceira eleição consecutiva como presidente da ALEPA e não pode ser subestimado, já que seu partido saiu destas eleições de 2016, como a 3ª maior força política do Pará, quando elegeu 15 prefeitos e 111 vereadores.

Manoel Pioneiro (PSDB) vem tendo seu nome ventilado por blogs e nas redes socais, mas percebo até então que ele não esteja consolidado como candidato natural à sucessão de Simão Jatene, afinal há outros tucanos interessados pela vaga que o governador deixará e terá papel fundamental na escolha do candidato do seu partido. 

Até outro dia, um dos maiores e mais poderosos partidos do estado e do país, o PT cogita lançar o senador Paulo Rocha para a disputa da vaga ao governo, mas a situação de sua legenda não é nada favorável e sua tímida liderança torna sua pré-candidatura pouco promissora.

Entre a atual base de sustenção do governador, ouve-se pelos bastidores de que o vice-governador Zequinha Marinho (PSC), estaria sendo apresentado por seus correligionários para a vaga de Jatene, assim como Sidney Rosa (PSB) teria sido indicado pela executiva nacional do seu partido para ser candidato ao governo. Ambos são nomes que podem surpreender, caso caminhem com passos ousados e estratégicos.

Há também rumores de que o atual secretário de Jatene, Adnan Demachki, estaria sendo preparado para a sucessão do governador. No entanto, até aqui tirando Helder Barbalho, podemos afirmar que os demais ainda configuram-se como especulações, o que faz parte do jogo político e de interesses partidários, regionais e econômicos. 

Uma das coisas que devem ser consideradas neste processo é o fato de que teremos mais duas outras vagas para o senado, o que também torna muitos dos pré-candidatos ao governo, também interessados por uma dessas vagas.

Prova disso foi o encontro recente entre o prefeito Zenaldo Coutinho e o ministro Helder Barbalho, o que acabou trazendo especulações de uma possível aliança para as eleições de 2018. Caso isso aconteça, infiro que uma terceira via pode ser muito bem recebida por grande parte dos eleitores que estranharão a unidade entre partidos que até aqui travam uma guerra de acusações e nutrem um antagonismo visceral nos processos eleitorais que disputaram nas últimas décadas.


quinta-feira, fevereiro 23, 2017

Prefeito de Muaná, Murilo Guimarães assume a presidência da AMAM e reúne diversos deputados, prefeitos e lideranças populares

Lideranças políticas, religiosas, empresariais e populares prestigiaram a posse da nova diretoria da AMAM. Foto: Joabher Bentes/ASCOM.

Por Diógenes Brandão

Os prefeitos de Cachoeira do Arari, Jaime Barbosa e de Bagre, Nilson Farias, foram eleitos secretário e tesoureiro, para um mandato de dois (02) anos.

A solenidade de posse do novo presidente e da diretoria da Associação dos Municípios do Marajó - AMAM, foi prestigiada por diversas lideranças políticas do estado, entre elas, o deputado federal Lúcio Vale (PR); o  presidente da Assembleia Legislativa do Pará, deputado estadual Márcio Miranda (DEM); o líder do governo e deputado estadual Eliel Faustino (DEM); o chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Jose Megale; o deputado Sidney Rosa (PSB) e a prefeita de Maracanã e presidente do Consórcio Intermunicipal dos Municípios Paraenses - COIMP, professora Dica (PSDB); assim como diversos prefeitos e ex-prefeitos dos municípios do arquipélago do Marajó e até da região metropolitana de Belém, como o prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB).

Além das lideranças políticas, o arcebispo da prelazia do Marajó, Dom Teodoro fez a abertura do evento com uma oração, para, segundo ele, abençoar a nova diretoria da associação, que foi eleita de forma unânime.


Reeleito prefeito de Muaná em 2016, Murilo é eleito por unanimidade para presidir a AMAM por 02 anos. Foto: Joabher Bentes/ASCOM.

Para Murilo, a nova gestão da AMAM foi resultado de uma união dos gestores municipais em prol de uma nova era para o Marajó, o qual tem muita riqueza, mas ao mesmo tempo problemas sociais, econômicos e desafios enormes para serem superados, entre eles a prostituição infantil, o tráfico de drogas, a fraude no seguro-defeso e diversos problemas crônicos da região, como o abastecimento de água potável, internet, luz elétrica, telefonia, serviços bancários e de correios. 

Sidney Rosa (camisa amarela) foi um dos deputados estaduais que prestigiou a posse da nova diretoria da AMAM. Foto: Joabher Bentes/ASCOM.

Por outro lado, Murilo destacou aquilo que define como oportunidades em meio às adversidades: “Precisamos otimizar o potencial turístico e produtivo de nossos municípios, que são vastos e cheios de riquezas, mas que ainda não foram canalizadas para sanar a miséria e mudar o IDH da região. Para tal, precisamos acelerar a implantação dos matadouros e dos aterros sanitários, bem como a construção de terminais hidroviários e a retomada dos projetos e obras do Estadual e Federal.

Os prefeitos presentes foram unanimes em descrever os inúmeros problemas sociais e econômicos existentes no Marajó, considerando o alto custo amazônico, o que aumenta as despesas das prefeituras que arcam com grande parte dos recursos em áreas fundamentais com a saúde e a educação.

“Para se ter ideia do sufoco que atravessamos, posso citar o exemplo da área da educação, pela qual passamos mais de 10 anos recebendo R$ 0,30 centavos por aluno/dia para a merenda escolar e agora tivemos um aumento de apenas R$ 0,6 centavos. No transporte escolar, temos um custo de R$ 12 reais por aluno/mês, o que em grande parte é pago aos contratos de cerca de 100 embarcações”, concluiu Murilo.

O local do evento ficou pequeno para a quantidade de lideranças presentes no ato de posse da nova diretoria da AMAM. Foto: Joabher Bentes/ASCOM. 

O presidente e os demais prefeitos concordaram que a nova AMAM está acima das cores partidárias e que a gestão deverá se pautar na união dos gestores municipais em projetos coletivos e esse comportamento deverá sobrepor os interesses individuais, acumulando força e representatividade para atrair novos investimentos públicos e privados, gerando emprego, renda e consumo para mais de 500 mil marajoaras, distribuídos nos 16 municípios da região.

Para a liderança do Movimento Marajó Forte, Marluth Fialho, o evento retoma a esperança de um processo de reivindicações que a sociedade civil e a classe política tanto lutam para conquistar, como por exemplo, a criação da Universidade Federal do Marajó, um antigo sonho dos estudantes e população em geral que almeja o desenvolvimento pleno da região.

quinta-feira, fevereiro 16, 2017

TSE pune PMDB, PT, PCdoB e mais 06 partidos por não incentivarem mulheres na política

PMDB, PT, PCdoB e mais 06 partidos tiveram punição por não incentivarem não incentivarem mulheres na política.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu hoje (16) punir nove partidos políticos por não terem destinado 10% do seu tempo de propaganda gratuita de rádio e TV para incentivar a participação das mulheres na política, conforme determina uma regra da Lei dos Partidos Políticos. 

Os partidos punidos foram PT, PSB, PMDB, PC do B, PR, PSD, PSC, PHS e PRB. Como sanção, as legendas perderão tempo de inserção gratuita em rádio e TV a que teriam direito durante o primeiro semestre de 2017.

O Artigo 45 da Lei dos Partidos (9.096/1995) determina que as legendas devem "promover e difundir a participação política feminina, dedicando às mulheres o tempo que será fixado pelo órgão nacional de direção partidária, observado o mínimo de 10% (dez por cento) do programa e das inserções".

Para o relator das ações que resultaram nas punições, ministro Herman Benjamin, não basta a veiculação de mensagens favoráveis à participação política feminina para que a regra seja cumprida, sendo necessário que as próprias mulheres figurem como protagonistas nas inserções.

"Penso que o objetivo da lei é acabar com o sistema em que os homens se auto-intitulam representantes naturais da mulher. A norma pretende fazer a mulher reconhecer que ela é cidadã igual ao homem, com voz própria para defender seus direitos", afirmou Benjamin em seu voto.

Confira quanto tempo de inserção gratuita em rádio e TV foi perdida pelas legendas punidas:

PRB - 20 minutos 
PHS - 10 minutos 
PT - 25 minutos 
PSB - 20 minutos 
PSC - 20 minutos 
PMDB - 20 minutos 
PC do B - 20 minutos 
PR - 20 minutos 
PSD - 20 minutos

terça-feira, fevereiro 14, 2017

VEJA tenta impedir volta às ruas dos movimentos pró-impeachment


Por Diógenes Brandão

Um dos inimigos mortais do PT e odioso articulador do golpe contra Dilma, Reinaldo Azevedo está devidamente posicionando como atirador de elite da revista VEJA e da rádio Jovem Pan, atirando agora em tudo que se move - contra Temer e os setores da mídia, congresso e judiciário - e que porventura venham reagir contra o escárnio promovido indecentemente no Brasil.

Ao dar um baita puxão de orelha nos "militantes" do "Vem Pra Rua" e "Movimento Brasil Livre", o blogueiro da VEJA e comentarista da Jovem Pan disse em sua coluna na revista mais "vendida" do Brasil, que seus meninos de recado estão deixando se influenciar pela esquerda brasileira, ao planejarem sair às ruas novamente, agora contra a impunidade e o fim da Lava Jato.

O enredo criado pelo blogueiro da direita é - admito - persuasivo e passivo de ser absorvido pela falange verde-amarela, hoje com suas panelas silenciadas. Como argumento, usa uma verborragia de que o Brasil continua sendo atacado por uma fantasiosa teoria da conspiração comunista, que tudo de mal planeja, que tudo domina e que pode a qualquer momento fazer com que conservadores e setores da direita, caiam em suas armadilhas.

Com frases de efeitos, sem ofender e nem elogiar, o astuto sniper midiático alimenta de delírios e nuvens de fumaça, as mentes mais desprovidas de racionalidade ou com cegueira política absoluta, por isso necessitada sempre de condutores da manada.

Se o caro leitor estiver disposto a ler a sórdida manobra, com suas justificativas e orientações para que os jovens que pediram o impeachment de Dilma continuem calados e recolhidos, deixando com que Temer, Gilmar Mendes e o ministro do PCC façam o que tem que fazer, eis o link abaixo.

Nele você poderá perceber que aquele que se acha o orientador mor do exército de marionetes que cantavam hinos "patriotas" e saíram às ruas com suas camisas da CBF e hoje agonizam em seus sofás nas manhãs dominicais, totalmente desorientados sobre o que falar da corrupção, que ao invés de diminuir, tomou conta para muito além do governo: Agora controla o Congresso Nacional e tende a contaminar e dominar todo o poder judiciário.



segunda-feira, fevereiro 13, 2017

IMPRENSA BRASILEIRA DENUNCIA CENSURA NO CASO DE MARCELA TEMER


Juliana Gonçalves, no Intercept Brasil

A semana começa com um grave ataque à liberdade de imprensa no Brasil. A pedido do Palácio do Planalto, a Justiça Brasileira ordenou que os jornais Folha de São Paulo e O Globo retirassem do ar as matérias que mencionam a tentativa de extorsão sofrida pela primeira-dama Marcela Temer. O advogado Gustavo do Vale Rocha – que também é subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil da Presidência da República – argumentou que a divulgação do material seria uma conduta “criminosa e atentatória de direitos fundamentais”, e que os veículos de imprensa teriam ignorado tal aspecto, “apenas para aumentar o número de acesso a seus sites e venda de suas edições impressas”.

Entidades que representam a imprensa brasileira lançaram notas de repúdio à censura. A Associação Brasileira de Jornalismo investigativo (Abraji) diz reivindicar a anulação da absurda decisão da 21ª Vara Cível de Brasília. Impedir repórteres de publicar reportagens é prejudicial não apenas ao direito à informação, como também ao papel do jornalista de fiscalizar o poder público.

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) também repudiaram o caso como censura prévia. As entidades consideram “a decisão judicial um cerceamento à liberdade de imprensa e esperam que a sentença seja revista ou reformada imediatamente, garantindo aos veículos de comunicação o direito constitucional de levar à população informações de interesse público”.

Um dos objetivos da criação do The Intercept era defender e apoiar a liberdade de imprensa em todo o mundo, e, por isso, publicou os materiais censurados para que possam ser analisados pelo público.

A Folha recorreu da decisão, que qualifica como “inaceitável”. Taís Gasparian, advogada do jornal, entrou com um agravo de instrumento destinado ao presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. O texto lembra que “as informações do episódio do hackeamento já são há muito conhecidas”.

Delegados da PF pedem troca de diretor-geral e dizem que com Temer, Lava Jato está chegando ao fim

Após saída de delegados da força-tarefa da Lava Jato, entidade vê risco de prejuízos às investigações e cobra mudança no comando.

Via Estadão, sob o título Associação da PF pede a Temer saída de diretor-geral

A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) vai encaminhar nesta segunda-feira, 12,  ao presidente Michel Temer um pedido de substituição do diretor-geral da corporação, Leandro Daiello. A entidade atribui à gestão de Daiello a saída de delegados que integravam a força-tarefa da Lava Jato e vê risco de prejuízo às investigações com a permanência do atual chefe.

A decisão de abrir uma campanha explícita para derrubar o diretor-geral – inédita na história da PF – foi aprovada em assembleia na sexta-feira passada por 72% dos participantes. O movimento busca aproveitar a provável mudança no comando do Ministério da Justiça para trocar também a direção da PF.

Em nota, a associação afirma que, por falta de apoio da direção, “delegados que coordenavam operações policiais foram deslocados para outras áreas e locais, devido ao esgotamento físico, mental e operacional a que são submetidos”. Diz ainda que a “constante omissão” da Diretoria-Geral “vem causando o enfraquecimento da instituição, pois não promove o apoio devido àqueles que se dedicam às grandes operações”.

O comunicado coincide com a saída do delegado Márcio Adriano Anselmo da Lava Jato. Considerado um dos cabeças da operação, ele foi transferido para a Corregedoria da PF no Espírito Santo, alegando justamente “esgotamento físico e mental” depois de mais de três anos de investigações.

Anselmo é o quinto delegado da PF a deixar a Lava Jato desde o início da operação. Antes dele, foram deslocados os delegados Eduardo Mauat, Luciano Flores, Duilio Mocelin e Erika Mialik Marena – especialista em crimes financeiros e lavagem de dinheiro.

Erika lidera a lista tríplice eleita por 1.330 dos 1.700 delegados em atividade no fim de maio do ano passado, quando do afastamento da presidente Dilma Rousseff. Na carta que será encaminhada nesta segunda a Temer, a associação volta a defender a substituição do atual diretor-geral por um dos nomes da lista. Além de Erika, integram a relação os delegados Rodrigo Teixeira e Marcelo Freitas, ambos de Minas Gerais.

A primeira vez que os nomes foram apresentados ao presidente foi quando Temer tomou posse interinamente e nomeou Alexandre de Moraes para o Ministério da Justiça. Agora a ADPF quer valer-se da saída de Moraes, indicado para o Supremo Tribunal Federal, para emplacar um deles.

“Levando em conta que a atual direção da PF está à frente da instituição há mais de seis anos, sem mudanças significativas nos cargos de comando, sem modernização e avanços na gestão; considerando a vontade manifesta da ampla maioria dos Delegados de Polícia Federal que, reunidos em assembleia, decidiram apoiar a mudança da direção geral e a indicação de um dos representados em lista tríplice já votada e aprovada”, diz trecho da carta.

Operações. A associação também se diz insatisfeita com suposta falta de suporte às operações Acrônimo e Zelotes – ao lado da Lava Jato, as principais investigações de corrupção atualmente em curso. Embora não apresente números, a entidade sustenta que, nos dois casos, houve redução das equipes de investigação, o que prejudica o andamento de inquéritos com foco em políticos e executivos de grandes grupos econômicos.

A ADPF alega que a Zelotes, que investiga empresários por “comprar” medidas provisórias e decisões de impacto bilionário do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), deixou de ser conduzida pela Diretoria-Geral e foi transferida à Superintendência da PF em Brasília – o que seria um sinal de que perdeu importância.

A investigação da própria Lava Jato em Brasília também estaria perdendo quadros, sendo que, cada vez mais, mira em políticos com foro privilegiado. “Há um sentimento na corporação de que a Lava Jato está chegando ao fim”, disse o presidente da associação, Carlos Eduardo Sobral.

Receio. Na carta a ser entregue a Temer, a associação dos delegados argumenta que a escolha de um dos nomes da lista tríplice não alimentaria o “eventual receio da sociedade que tais mudanças possam comprometer o destino de grandes operações em curso”. Os delegados avaliam que o temor no governo de que a substituição de Daiello possa ser interpretada como uma tentativa de estancar a Lava Jato é o principal trunfo do diretor-geral para se manter no cargo.

Segundo o diretor regional da ADPF em Minas Gerais, Luiz Augusto Pessoa Nogueira, Daiello recebeu muitas críticas internas quando a Procuradoria-Geral da República decidiu que delações da Lava Jato seriam tratadas sem os delegados da Polícia Federal para evitar vazamentos.

A assessoria de imprensa da Polícia Federal foi procurada neste domingo, 11, pelo Estado, mas disse que a corporação não iria se manifestar. Daiello não foi localizado.

domingo, fevereiro 12, 2017

Edir Veiga: Pioneiro é o melhor nome de Jatene na disputa com Helder Barbalho em 2018


Por Edir Veiga em seu Bilhetim, sob o título "PSDB: PIONEIRO no centro do jogo para 2018".

Mais certo do que 3 vezes 3 são 9. É de que Helder Barbalho será candidato ao governo do  Pará nas eleições de 2018. E mais. Se nas eleições de 2014 este candidato deu uma forte “canseira” na recandidatura do governador Simão Jatene é de se esperar de que as eleições de 2018, em condições normais de temperatura e pressão seja mais difícil para o PSDB manter o governo do Pará, numa sequência de três eleições consecutivas, na presença de um candidato pemedebista em situações privilegiada para esta disputa vindoura.

Digo que Helder e o PMDB entram em situação privilegiada devido ao contexto atual da disputa no Pará: Jatene encerra seu segundo mandato consecutivo, o PSDB não investiu pesado na construção de um nome de ampla visibilidade popular em todo o estado, e por outro lado, o candidato pemedebista vem tendo ampla aparição pública a partir de sua ação ministerial nos últimos dois anos.

A única possibilidade que poderia criar dificuldade ao candidato pemedebista são fatores imponderáveis, que não podem ser previsto, relacionados à operação Lava jato, caso esta venha a “acertar” em cheio o PMDB, através das denúncias envolvendo o consórcio de empresa que construiu a usina de Belo Monte.

No ninho tucano existem nomes potencias como: o prefeito de Belém Zenaldo, o prefeito de Ananindeua Manoel Pioneiro, fala-se no nome do senador Flexa Ribeiro, no chefe da Casa Civil Megale e no ex-prefeito Adnam de Paragominas. As chances de Zenaldo estão relacionados a diversos  fatores: escapar da cassação eleitoral, terminar as obras do BRT e concluir a drenagem da Estrada Nova. Porém Zenaldo carrega forte rejeição na capital.

As candidaturas de Flexa Ribeiro, Megale  e Adnam só se concretizariam se fosse uma opção pessoal do governador num contexto onde Jatene decidisse por ficar no comando do governo até o final de seu mandato, haja vista, que estes candidatos, especialmente Megale e Adnam carecem de visibilidade popular mais ampla.

Na verdade, se formos sinceros em nossa avaliação os tucanos têm pouquíssimas opções com densidade eleitoral, experiência administrativa e ausência de rejeição no sul, sudeste e oeste do Pará. Creio que se os tucanos fizerem uma avaliação racional e pragmática, todos os caminham aponta em uma única direção: Manoel Pioneiro.

Creio que o prefeito de Ananindeua Manoel Pioneiro deveria aparecer como favorito para conseguir apoio tucano  e dos partidos da base de apoio do governo do PSDB para a disputa de 2018. Pioneiro venceu as eleições de 2016 folgadamente, em primeiro turno em Ananindeua, não tem sua vitória ameaçada de cassação e conta com grande simpatia das lideranças políticas e empresariais no sul, sudeste e oeste paraense.

No caminho de Pioneiro só existe uma pessoa, o governador Simão Jatene. Sem dúvida nenhuma, o melhor candidato tucano seria o prefeito Pioneiro, pelo seu potencial de aglutinar votos na região metropolitana do Pará e em todo o nordeste paraense, num contexto de rejeição perdurante que vem perseguindo a família Barbalho no norte do Pará, vide as eleições de 2014. O Norte e Nordeste do Pará concentra mais de 60% de todo o eleitorado paraense.

Mas Jatene está calado, e este silêncio indica que Pioneiro não seria a primeira opção de Jatene. Mas como o governador também é um analista político astuto, no contexto da evolução da conjuntura estadual no ano de 2017 poderá chegar à conclusão que a única opção com capacidade política e densidade eleitoral que pode ameaçar a vitória do PMDB em 2018 seria o nome do prefeito de Ananindeua Manoel Pioneiro. Em síntese, qualquer opção política do PSDB que passe por um nome desconhecido e sem densidade eleitoral na região metropolitana de Belém despotencializará em muito as chances tucanas nas eleições de 2018 no Pará.

Tenho dito.

Valadão dá esporro em evangélicos que abandonam igreja, após pregação política do procurador da Lava Jato.



Por Hermes C. Fernandes, em seu blog

Que pastor midiático esperaria que seu rebanho virasse as costas e deixasse o recinto do templo no momento em que seu púlpito fosse entregue a um procurador da república responsável pela Lava Jato? Pois isso ocorreu na igreja da Lagoinha em Belo Horizonte no “culto fé” dirigido pelo pastor e cantor André Valadão. Pelo menos, de acordo com o próprio, em seu desabafo feito no mesmo culto na semana seguinte. Valadão fez críticas ácidas aos frequentadores de seu culto após a sua inusitada reação ao receber Deltan Dallagnol.

Segue abaixo o desabafo seguido de meu parecer sobre o episódio.


Antes de tudo, deixo claro que reconheço o constrangimento passado pelo pastor André Valadão. Talvez não tenha sido maior do que o meu quando me neguei a ceder meu púlpito ao deputado Eduardo Cunha numa visita surpresa que fez à nossa igreja tempos atrás. Dada a insistência de um de nossos membros que o estava assessorando, permiti, com muita relutância, que ele apenas saudasse a audiência. Confesso que meu arrependimento foi imediato, mesmo que ele ainda não estivesse envolvido nos escândalos de corrupção que estourariam posteriormente.  Foi a última vez que recebi um político em nossa igreja. Lá se vão uns dez anos.

Apesar de entender seu constrangimento, não o considero uma boa justificativa para ser tão deselegante com o seu próprio povo. Nenhuma autoridade, por maior e mais importante que seja, merece isso. Se o tal procurador tem feito algo de bom pelo país nos últimos dias, aquele povo tem sustentado seu ministério por dezesseis anos.

Creio que a atitude das pessoas que deram as costas no momento em que Deltan Dallagnol assumiu o microfone deve ser levada a sério, não como um desrespeito, mas, quiçá, como uma demonstração de conscientização. Em tempos de mídias sociais, as pessoas estão cada vez mais informadas, assumindo posturas que nem sempre convergem com a de seus líderes.

Qualquer pastor ou líder religioso deveria pensar duas vezes antes de franquear seu púlpito a um político. No caso de Dallagnol, ele não é bem o que poderíamos chamar de político, mas sua atuação, bem como a de seus pares (inclusive a do juiz Sérgio Moro) tem se revelado cada vez mais política (alguém ainda duvida disso?). Senão em sua intenção (queira Deus que não!), ao menos em seus desdobramentos.

Algumas coisas na fala de Valadão me provocaram reações adversas. Por exemplo: dizer que jamais aquela igreja havia recebido alguém tão importante quanto Dallagnol. Nem é preciso estar tão familiarizado com os ensinamentos de Jesus para perceber o quão distante isso está no espírito do evangelho. Repare no que o mestre nazareno diz aos seus discípulos:

“E houve também entre eles contenda, sobre qual deles parecia ser o maior. E ele lhes disse: Os reis dos gentios dominam sobre eles, e os que têm autoridade sobre eles são chamados benfeitores. Mas não sereis vós assim; antes o maior entre vós seja como o menor; e quem governa como quem serve." Lucas 22:24-26

Um procurador da república nada mais é do que um servidor público. Suas credenciais não o tornam melhor do que qualquer cidadão comum.

Veja que não era a primeira vez que esta questão surgia entre os discípulos (e pelo jeito, está longe de ser a última). Capítulos antes, lemos que “suscitou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, vendo o pensamento de seus corações, tomou um menino, pô-lo junto a si, e disse-lhes: Qualquer que receber este menino em meu nome, recebe-me a mim; e qualquer que me receber a mim, recebe o que me enviou; porque aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo será grande” (Lucas 9:46-48).

O fato de estar estudo em Harvard, não constitui ninguém mais importante que os demais. Nem mesmo o fato de ser considera um benfeitor do povo. A graça preconizada no evangelho nos nivela a todos. Entre nós, Dallagnol não é mais importante que uma empregada doméstica ou um porteiro de um prédio qualquer.

Bem faria Valadão se atentasse para a advertência de Tiago, um dos mais engajados discípulo de Jesus:

“Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Porque, se entrar na vossa reunião algum homem com anel de ouro no dedo e com traje esplêndido, e entrar também algum pobre com traje sórdido e atentardes para o que vem com traje esplêndido e lhe disserdes: Senta-te aqui num lugar de honra; e disserdes ao pobre: Fica em pé, ou senta-te abaixo do escabelo dos meus pés, não fazeis, porventura, distinção entre vós mesmos e não vos tornais juízes movidos de maus pensamentos? Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que são pobres quanto ao mundo para fazê-los ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam? Mas vós desonrastes o pobre. Porventura não são os ricos os que vos oprimem e os que vos arrastam aos tribunais?” 
Tiago 2:1-6 

À luz deste texto, deveríamos honrar a quem Deus estabeleceu como prioridade em sua agenda e não os figurões que se destacam sob os holofotes da mídia.

Quanto o restante de sua fala, tenho a impressão de que André Valadão fez uma crítica ao seu próprio ministério, bem como ao de sua irmã, a cantora e pastora Ana Paula Valadão, com sua mania de espiritualizar tudo, colocando tudo na conta dos principados e potestades de plantão (termos relacionados a entidades malignas que seriam responsáveis pelos males que assolam a humanidade).

Tantas “palavras proféticas” já foram liberadas daquele “altar”. Sem contar os "atos proféticos" (ou seriam patéticos?). Pena que as pessoas tenham memória tão curta. 

O que a igreja precisa não é de heróis, salvadores da pátria, “referências de Deus” como disse Valadão. A igreja precisa é de consciência política.

Espero, sinceramente, que o ocorrido na Lagoinha seja um precedente que leve os líderes a colocarem suas barbas de molho e a desistirem de manipular politicamente seus rebanhos.

*Hermes Carvalho Fernandes é pastor, escritor, conferencista e teólogo com doutorado em Ciências da Religião e editor do blog 

sexta-feira, fevereiro 10, 2017

Belém recebe sinalização de todas as ruas, relógios e medidores de temperatura. Tudo sem custos para a prefeitura


A prefeitura de Belém vem implementando um projeto, que além de modernizar a cidade, ajuda turistas, motoristas e pedestres a se localizarem, saberem as horas e a temperatura pelas ruas de Belém. Iniciada na metade do ano passado, a iniciativa vem mudando a cara da capital paraense, com novas placas de identificação em todas as ruas da grande Belém e dos distritos de Icoaraci, Outeiro e Mosqueiro.

O projeto traz a instalação de totens publicitários e relógios eletrônicos, deixando a cidade mais bonita, além de ajudar no turismo e melhorar a mobilidade de motoristas e pedestres que passam a se locomover com mais facilidade pelas ruas da capital paraense.


“Uma das coisas que mais empolga o cidadão de uma cidade como Belém é ele saber que a prefeitura não vai gastar nenhum centavo com o projeto e a manutenção que é garantida pelos nossos anunciantes, disse ao blog o representante comercial da MC mensagens, empresa responsável pelo projeto de Mobiliário Urbano, que além de Belém já foi implantado em outras capitais, como Fortaleza (CE), Aracajú (SE), Natal (RN), Teresina (PI) e São Luiz (MA).

O projeto é importante para Belém porque nunca teve algo parecido e vai padronizar a cidade trazendo nome das ruas, CEP e bairro. Elaboramos o processo de licitação e a Prefeitura de Belém não fará nenhum pagamento com o contratado. Pelo contrário, vamos receber R$ 105 mil para o Tesouro Municipal, por meio de outorga, a partir da contratação”, afirmou o Secretário de Urbanismo de Belém, Adnaldo Sousa de Oliveira.


A manutenção de todas as placas, totens publicitários e dos relógios eletrônicos é garantida pela empresa ao longo de 10 anos, podendo o contrato ser renovado por mais 10”, explicou o secretário.

quinta-feira, fevereiro 09, 2017

Adeus Lava Jato! 10 senadores da comissão que vai sabatinar Moraes são investigados pela operação


Via G1

Composta por 54 senadores – 27 titulares e 27 suplentes –, a Comissão de Constituição e Justiça tem dez parlamentares alvos de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da Operação Lava Jato. Ao todo, dos 81 senadores na Casa, 13 são investigados na Lava Jato.

Uma das mais importantes comissões do Senado, a CCJ tem, entre suas atribuições, a tarefa de sabatinar indicados à Suprema Corte, caso do ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes. A previsão é de que a sabatina aconteça no fim de fevereiro.

Moraes foi escolhido pelo presidente Michel Temer para ser o substituto de Teori Zavascki – morto em acidente aéreo em janeiro. Se, depois da sabatina da CCJ, o Senado aprovar a indicação, Moraes assumirá uma cadeira no STF e será o novo ministro revisor da Lava Jato na Corte.

O revisor auxilia o relator, sugerindo medidas para corrigir algum problema do processo, além de confirmar, completar ou retificar o relatório (resumo do caso).

São alvos de inquéritos da Lava Jato no Supremo os seguintes integrantes da CCJ:

Titulares

Jader Barbalho (PMDB-PA) - é alvo de três inquéritos na Lava Jato;
Edison Lobão (PMDB-MA) - é alvo de dois inquéritos;
Valdir Raupp (PMDB-RO) - é alvo de quatro inquéritos e de uma denúncia;
Benedito de Lira (PP-AL) - é alvo de denúncia;
Lindbergh Farias (PT-RJ) - a Procuradoria-Geral da República pediu ao STF, no dia 25 de janeiro de 2017, o arquivamento de inquérito sobre o petista.

Suplentes

Romero Jucá (PMDB-RR) - é alvo de dois inquéritos;
Renan Calheiros (PMDB-AL) - é alvo de oito inquéritos;
Fernando Collor (PTC-AL) - é alvo de seis inquéritos e de uma denúncia;
Gleisi Hoffmann (PT-PR) - alvo de um inquérito, a senadora já é ré em ação penal em andamento no STF.
Humberto Costa (PT-PE) - em agosto de 2016, a Polícia Federal afirmou que não vê indícios suficientes contra o senador. Cabe à PGR decidir se pede ou não o arquivamento do caso.

Citações

Além dos senadores investigados, a CCJ tem integrantes que já foram citados em depoimentos dados a investigadores da Lava Jato.

É o caso dos parlamentares Eduardo Braga (PMDB-AM) e Aécio Neves (PSDB-MG) – ele chegou a ser investigado mas o STF arquivou o inquérito. Também há outros pedido de abertura de inquérito que ainda não foram analisados pelo Supremo.



Mesmo proibido por lei municipal, Uber começa a operar em Belém

Belém será a primeira cidade do norte do país onde o aplicativo irá funcionar. Lei municipal aprovada por unanimidade pelos vereadores e sancionada pelo prefeito proíbe o App, mas ele vai operar.

Por Pryscila Soares, no Diário do Pará

A partir das 14h desta quinta-feira, o Uber vai começar a operar em Belém. O aplicativo de transporte é disponibilizado gratuitamente para os sistemas Android e IOS. Neste primeiro momento, só será aceito pagamento via cartão de crédito. Apesar de a modalidade ter bastante procura – são quase 9 milhões de usuários em 40 cidades brasileiras, assim como em outras regiões do País –, a chegada do serviço continua gerando polêmica.

“O Uber é uma empresa de tecnologia na qual de um lado existe o parceiro (motorista), que quer complementar a renda, e do outro o usuário do serviço”, explica a gerente de comunicação da plataforma no Brasil, Leticia Mazon.

Segundo ela, para efetuar o cadastro, o parceiro precisa ter Carteira Nacional de Habilitação profissional para exercer atividade remunerada, não possuir antecedentes criminais e o veículo deve estar com a documentação regularizada.

TAXISTAS

Desde que foi lançado no Brasil, em maio de 2014, o Uber tem sido alvo de diversos protestos, sobretudo por parte de taxistas, que consideram o uso do aplicativo ilegal, por, segundo eles, gerar uma concorrência desleal, já que, pela plataforma, o custo das corridas é mais baixo.

Alain Castro, do sindicato dos taxistas, diz que Uber é ilegal em Belém. (Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

Alain Castro, do sindicato dos taxistas, diz que Uber é ilegal em Belém. (Foto: Wagner Santana/Diário do Pará)

No primeiro semestre do ano passado, houve protestos e confusão em vários lugares do País. O mesmo ocorreu na capital paraense em novembro passado, quando taxistas da Grande Belém se manifestaram no Portal da Amazônia contra a atuação de motoristas credenciados ao Uber e ao Yet Go, serviço semelhante.

Presidente do Sindicato dos Taxistas do Município de Belém no Estado do Pará (Stabepa), Alain Castro lembra que, na capital, o serviço está proibido, uma vez que o prefeito Zenaldo Coutinho sancionou o projeto de lei nº 2.074, que proíbe os aplicativos na capital, que passa a vigorar no dia 6 do próximo mês. “O município tem autonomia para legislar sobre o transporte. Temos licença da prefeitura. Se fosse assim, nenhum tipo de transporte estaria submisso ao município”, critica, ressaltando que o mercado para o setor já está inchado, uma vez que deveria haver 2.900 táxis rodando, mas em Belém somam 5.402.

Por outro lado, Mazon defende a legalidade do aplicativo, afirmando que o uso do Uber é amparado pela Lei Federal 12.587/2012, intitulada Política Nacional de Mobilidade Urbana.

PARA ENTENDERCOMO USAR O UBER

O Uber está disponível gratuitamente para os sistemas Android e IOS.

O tempo limite de espera é de cinco minutos para uma corrida, que custa no mínimo R$ 6, valor que já inclui a chamada, além de taxa por quilômetro rodado e por minuto. No próprio aplicativo, é possível estimar o valor da corrida ao serinformado o trajeto.

Ao chamar um Uber, é possível acompanhar o trajeto dele até a chegada ao ponto inicial. O usuário tem acesso a foto, nome do motorista, modelo e placa do carro.

Para se cadastrar como motorista parceiro, é preciso ter carteira de motorista com licença para exercer atividade remunerada e passar por checagem de antecedentes criminais. Os carros precisam ser cadastrados com a apresentação de Certidão de Registro e Licenciamento do Veículo e Bilhete de DPVAT do ano corrente. Mais informações no site http://parceirosbr.com.

Nem bem começou o novo mandato e MP já vai apurar lei aprovada por vereadores de São Miguel do Guamá


Por Diógenes Brandão

No finalzinho de 2016, preste a raiar o ano novo, este blog recebeu diversas denúncias de populares que geraram a matéria "População rejeita vereador de São Miguel do Guamá como presidente da Câmara de Vereadores". Passado pouco mais de um mês, o Ministério Público do Estado do Pará informa que abriu Procedimento Administrativo Preliminar para apurar possíveis irregularidades ocorridas na sessão extraordinária do 1° período legislativo de 2017.

Segue na íntegra a nota do MPE, intitulada "SÃO MIGUEL DO GUAMÁ: MP apura possível fraude na aprovação de Lei".

O Ministério Público do Estado, através da promotora de Justiça Cristina Maria Queiroz Colares, titular do 2º cargo de São Miguel do Guamá, instaurou Procedimento Administrativo Preliminar (PAP) para apurar possíveis irregularidades ocorridas na sessão extraordinária do 1° período legislativo de 2017. 

O pedido de providências foi protocolizado no dia 30 de janeiro pelos vereadores do município de São Miguel do Guamá, referente a 1ª sessão extraordinário realizada no dia 23 do mesmo mês, na qual foi aprovada uma lei de interesse da prefeitura e não teriam sido realizados os ritos necessários para que a lei fosse aprovada. A partir do relatado pelos vereadores, o Ministério Público abriu investigação sobre o ocorrido no município. 

De acordo com a promotora Cristina Colares “A aprovação da Lei pela Câmara de Vereadores deve seguir o processo legislativo previsto na Constituição Federal, bem como o regimento interno da casa legislativa”. 

A Câmara Municipal tem o prazo de 5 dias para enviar ao Ministério Público a ata da sessão extraordinária.

Atacando notícias veiculadas nas mídias de Jader Barbalho, Simão Jatene nega que Pará tem o maior ICMS sobre gasolina e energia

Na Fanpage de Simão Jatene, governador do Pará

quarta-feira, fevereiro 08, 2017

Vem aí mais um processo eleitoral para a reitoria da UEPA, a Universidade do Estado do Pará



A Universidade do Estado do Pará (Uepa) realiza as eleições para reitor e vice-reitor no quadriênio 2017-2021. O pedido de inscrição das chapas deverá ser feito à Comissão Eleitoral, por meio do Protocolo Geral da Uepa, localizado na Reitoria, na Rua do Una, de 08h as 14h. Os candidatos têm de 8 a 14 de fevereiro para inscreverem as chapas.

No ato da inscrição, os candidatos deverão apresentar declaração da Diretoria de Gestão de Pessoas (DGP) e Diretoria de Desenvolvimento e Ensino (DDE) com a comprovação da titulação necessária de doutor de acordo com a Resolução 2923/15-CONSUN e Art. 29 do Estatuto da Uepa; declaração comprovando estar em pleno exercício das atividades Acadêmicas/Gestão na instituição nos últimos 24 meses, com o mínimo de cinco anos de exercício da função; programa de trabalho, que deve incluir estimativa de orçamento da campanha e a provável origem dos recursos; e Currículo Lattes.

Os candidatos a reitor e vice-reitor, que ocupam funções comissionadas ou gratificadas, deverão se afastar das funções a partir da homologação da inscrição, em 16 de fevereiro, até a homologação dos resultados pelo Conselho Universitário.

Os inscritos poderão fazer as campanhas de 22 de fevereiro a 31 de março. Durante as campanhas não será permitida a distribuição de camisas, bonés e brindes em geral; fazer propaganda que instigue a desobediência coletiva, que atente contra pessoas ou bens, que perturbe o sossego público, com algazarra ou abuso de instrumentos sonoros ou sinais acústicos, que calunie, difame ou injurie qualquer pessoa; entre outros critérios especificados no regimento.

VOTAÇÃO

A decisão nas urnas está marcada para 6 de abril, de 9h as 20h, e será realizada por meio de votação universal e uninominal. São eleitores aptos a votar: docentes efetivos, substitutos (Sead) e visitantes da Uepa, que estão em plena atividade acadêmica e/ou administrativa na instituição, contratados até a data da publicação do edital de eleição; servidores técnico-administrativos efetivos e temporários (Sead) em plena atividade, contratados até a data da publicação do edital de eleição; estudantes regularmente matriculados nos cursos de graduação e pós-graduação da Universidade, até a data da publicação do edital de eleição. São também eleitores aptos a exercer o voto, servidores com licenças consideradas de efetivo exercício, de acordo com a Lei Estadual 5.810.

Não poderão votar servidores aposentados, servidores licenciados para tratar de interesses particulares, servidores da Uepa, cedidos para outros órgãos e servidores de outros órgãos cedidos para a Universidade. A listagem oficial de eleitores aptos a votar, com respectivo local de votação, deverá ser publicada no site da Universidade.

Na cédula eleitoral constarão os nomes de todos os candidatos inscritos para reitor e vice-reitor, de acordo com a ordem obtida em sorteio, realizado pela Comissão Eleitoral, cinco dias após a homologação das chapas, na presença dos pleiteantes aos cargos ou de seus representantes legais. No caso de uso da urna eletrônica será incluída na cédula eleitoral a foto de todos os candidatos ao cargo de Reitor e Vice-Reitor.  No caso de cédula em papel, a de cor amarela será utilizada pelos professores, a de cor azul pelos técnico-administrativos e a de cor verde pelos alunos.

APURAÇÃO

A apuração será procedida pela mesa receptora, logo após o encerramento da votação. Serão consideradas eleitas para a composição da lista tríplice, as chapas inscritas que tiverem obtido o maior número de pontos. A Comissão Eleitoral divulgará imediatamente os resultados finais das eleições, concluída a apuração e julgados os recursos.

Clique aqui para ver a portaria e resoluções com as Normas Gerais da Eleição, do Regimento Eleitoral e aditivo do Regimento Eleitoral.



Jatene convida Papa para o Círio de Nazaré. Com que segurança?

Em visita à Roma, governador do Pará ignora a guerra em seu estado e convida Papa para o Círio. Foto: Agência Pará.

Por Diógenes Brandão

Ao ler o noticiário local de hoje foi inevitável não lembrar do filme Tropa de Elite, obra cinematográfica brasileira que conta a história real de uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio de Janeiro, para exterminar uma gangue de traficantes em uma favela próxima à casa do arcebispo do Rio, pouco antes de uma visita do papa João Paulo ao Brasil, em 1997.


Com uma população sobressaltada com a onda de violência descomunal e totalmente fora de controle, onde até policiais armados e autoridades da segurança pública sofrem atentados, chacinas acontecem toda semana e ninguém sente-se seguro, cabe a pergunta: Se o Papa topar e o Vaticano aceitar o convite do tucano que governa o Estado pela 3ª  vez, qual seria a infraestrutura que seria articulada para garantir a segurança ao pontífice da igreja católica mundial, na maior manifestação de fé católica do mundo, que inunda as ruas da capital paraense, todo mês de Outubro?

Com a onda de greves de policiais militares, que acontece em alguns estados e já se articula para acontecer por aqui, com que condições o governador Simão Jatene se deu ao luxo de ao lado da primeira-dama, Ana Jatene ir até Roma, na Itália, propor um convite tão ousado?

A primeira e única visita do Papa Francisco ao Brasil, foi em Julho de 2013, durante a Jornada Mundial da Juventude. Não seria interessante agora ver o PCC, a Família do Norte ou as milícias que agem livremente no estado, causando problema ao nosso tão carismático e ativista papa Francisco. 

Ou ninguém pensou nisso?

terça-feira, fevereiro 07, 2017

“Estancar a sangria”: Temer escancara, indica Alexandre de Moraes para o Supremo




Por Bob Fernandes, via Jornal da Gazeta

Basta de intermediários e faz de conta. Temer decidiu indicar Alexandre de Moraes para vaga de juiz no Supremo Tribunal.

Alexandre é ministro da Justiça de Temer. Temer foi citado 43 vezes em delação da Odebrecht na Lava Jato.

Temer acaba de tornar ministro o secretário Moreira Franco. O "Angorá", citado 34 vezes em delação da Odebrecht.

Ministro tem foro privilegiado, só pode ser julgado pelo Supremo. Nesse caso, não pelo juiz Moro.

Moro que ordenou gravar conversa da presidente Dilma com Lula quando Dilma nomeou Lula ministro. 

Gravação vazada para impedir que Lula obtivesse foro privilegiado ao ser nomeado ministro.

Gravação ilegal pela captação, divulgação pelo próprio Moro, de conversa da presidente Dilma, que não era investigada.

Alexandre de Moraes foi Secretário de Segurança Pública de Alckmin. O governador de São Paulo, segundo vazamentos, seria o "Santo" em planilhas da Odebrecht.

Novas delações de empreiteiras apontam para propinas pagas em governos do PSDB em São Paulo e Minas.

Alexandre é ministro da Justiça. Noticia-se que o PMDB herdaria a Justiça, que chefia a Polícia Federal. 
 
A PF investiga e prende na Lava Jato. Lava Jato a ser "estancada", segundo célebre pregação do líder do governo Temer, Romero Juca. O "Caju" nas planilhas.

Se Supremo, Senado, Temer e Alexandre levassem em conta a opinião do próprio Alexandre ele não poderia ser ministro do Supremo.

Há 7 anos, para se tornar "doutor" pela USP, Alexandre defendeu uma tese...

"...Quem servisse a um presidente da República "em cargo de confiança" não poderia ser indicado para o Supremo pelo mesmo presidente... 

...Para se evitar "demonstração de gratidão política".

No dia 11 de Maio passado a polícia de São Paulo prendeu Silvonei José de Jesus Souza. 

Silvonei invadiu o celular de Marcela Temer, casada com o presidente. Roubou fotos, áudios, e cobrava para não divulga-los.

Um dia depois da prisão, 12 de Maio, o secretário de segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, foi convidado por Temer para ser ministro da Justiça.

Brasil Urgente: 73,7% dos policiais apoiam a desmilitarização da PM



Estamos todos acompanhando com atenção a situação gravíssima no Espírito Santo. Mas enquanto a maioria das pessoas torcem para que tudo se resolva e o população tenha sua rotina reestabelecida, alguns têm aproveitado para distorcer os fatos e atacar aqueles favoráveis à desmilitarização das forças policiais.

Defender a desmilitarização não significa defender o fim da polícia mas sim sua reforma: reforma esta defendida por grande parte da própria polícia. Vale ressaltar que 73,7% dos policiais apoiam a desmilitarização, segundo pesquisa realizada em 2014 pela FGV e o Ministério da Justiça. Por que tantos policiais seriam a favor da desmilitarização se ela não visasse, justamente, protegê-los?

Pra quem não sabe, a proposta sugere que as polícias Civil e Militar se tornem uma só com formação civil e os policiais possam ter uma carreira única – tanto o trabalho ostensivo como o de investigação, além de um modelo nacional de segurança pública- como acontece na maior parte dos regimes democráticos. Desta forma, seriam priorizadas as vidas dos policiais e da população, o respeito aos direitos civis, o direito dos policiais de reivindicarem melhores condições de trabalho e salariais, já que eles não estariam mais submetidos à Justiça Militar, mas sim à Civil, como qualquer cidadão. 

Assim, a desmilitarização visa apenas aproximar a polícia da sociedade e garantir aos policiais os seus direitos, e não, como alguns acreditam, limitar o seu trabalho, desarmá-los, impedi-los de fazer patrulhas e muito menos fazê-los desaparecer. Tanto é que, como vimos, a proposta conta com amplo apoio da própria policia militar.

A militarização da polícia não favorece nem aos servidores nem à população. A militarização da polícia atende apenas aos interesses daqueles que lucram com o atual modelo - a chamada banda podre - enquanto os direitos dos cidadãos – incluindo aí próprios policiais – são deixados de lado, como estamos assistindo de forma trágica no Espírito Santo.

Desejo aos capixabas que tudo se resolva o mais breve possível e que os policiais e suas famílias tenham não apenas seus direitos garantidos mas também condições melhores de trabalho e, por fim, que tenhamos um debate sobre um novo modelo de segurança pública mais eficiente, justo e seguro para todos.

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...