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segunda-feira, setembro 18, 2017

Flagrante: Van do IFPA é usada em encontro do PT-PA

Van com adesivo do Governo Federal, que deveria ser de uso exclusivo do Poder Executivo foi flagrada transportando petistas para participarem de um encontro de mulheres, na tarde deste domingo (17).
Por Diógenes Brandão

Com o tema "+política, +poder=Sociedade mais justa!", o Encontro da Secretaria de Mulheres do PT-PA tornou-se acirrado, a ponto de provocar uma busca frenética das forças internas petistas para abocanhar a titularidade da pasta. Fraudando o processo eleitoral, ocorreu o que podemos chamar de falta de ética e de igualdade de condições, onde o abuso do poder econômico e de aparato estatal pela tendência interna controlada pelo senador Paulo Rocha, a levou a ser vencedora e elegeu sua candidata.

Mais uma vez, o diretório estadual do PT-PA se vê exposto diante de uma denúncia de fraude em seu processo de eleição interna. Dessa vez, o fato se deu na disputa para a sucessão da Secretaria de Mulheres, a qual aconteceu neste último domingo (17), no Sindicato dos Bancários do Pará, onde disputaram duas candidatas: Ray Cascaes, militante da Democracia Socialista de Barcarena e Elisângela Pinto, da Unidade na Luta, de Bragança. Elisângela venceu com uma diferença de 35 votos, de um total de 198 votantes e mais de 20 mil filiadas aptas a votar.

A baixa participação é um reflexo da má gestão que se repete no PT paraense, que vem de sucessivas derrotas eleitorais e tropeços em suas estratégias de campanha, o que soma-se ao bombardeio midiático e praticamente enterra o partido no Pará, tornando-o o que mais perdeu prefeitos no Estado e na capital, que acumula o total de 3% e 5% dos votos válidos nas duas últimas eleições para a prefeitura, onde o partido disputou com Alfredo Costa e Regina Barata, respectivamente.

Como se isso não fosse suficiente para uma mudança radical nos quadros e na postura dos seus dirigentes, a chapa da candidata eleita foi flagrada realizando o transporte de eleitores para a eleição da nova secretária de mulheres do PT-PA. Com a placa de Bragança, cidade da candidata eleita, a van do IFPA - Instituto Federal do Pará - foi fotografada em frente ao sindicato onde ocorria o encontro e a eleição petista.

Para a maioria dos filiados que o blog ouviu, os interesses que se escondem por de trás de uma eleição interna como essa, vão muito além da vaga no diretório. Só para se ter ideia do que representa eleger uma secretária de mulheres no PT paraense, tomamos alguns elementos para análise. 

O Estatuto garante que a titular da pasta tem direito a voz e participa das reuniões da Executiva Estadual do partido, o que garante maior poder de decisão dos grupos internos, sobre estratégias eleitorais e definições como a de abertura ou engavetamento de processos, que porventura cheguem para serem apurados pela comissão de ética. Além disso, a secretaria de mulheres é a única que tem verba partidária garantida por lei e por isso conta com 5% do Fundo Partidário do Diretório Estadual. 

Acontece que no final do evento, uma van do IFPA - Instituto Federal do Pará - com placa de Bragança, foi flagrada em frente ao sindicato onde acontecia o evento, transportando eleitores para a votação que acabara de acontecer.

Segunda uma fonte do blog, em uma foto da van, a mãe da candidata aparece olhando para a pessoa que a fotografou e na outra, a filha da candidata eleita aparece subindo no veículo.

Mãe da candidata eleita como Secretária de Mulheres do PT, dentro da Van do IFPA, logo após o encontro.
Em consulta ao site do Detran, o blog identificou que a van é registrada em Bragança, município da candidata eleita.

Filha da candidata eleita como Secretária de Mulheres do PT-PA, subindo na Van do IFPA, logo após o encontro.


Pelas redes sociais, o senador Paulo Rocha (PT-PA) comemorou e parabenizou sua candidata, eleita com o uso de veículo de um órgão federal.



Consultado pelo blog, o reitor do IFPA, Cláudio Alex informou que está tomando providência e já determinou um procedimento interno para averiguar os responsáveis pelo uso de um veículo da instituição federal a serviço de um grupo do Partido dos Trabalhadores.

O blog também tentou conversar com o presidente do partido no Pará, João Batista e com a secretária de finanças, Cláudia Lima e até com a candidata eleita, com o pedido de esclarecimentos, mas nenhum deles respondeu, até o fechamento desta matéria.

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sábado, agosto 12, 2017

Airton Faleiro (PT) nega ter aprovado título de 'Cidadão Paraense' a João Doria


O deputado estadual e membro da mesa diretora da ALEPA, Airton Faleiro (PT-PA),  usou seu perfil no Facebook para negar que tenha assinado o projeto de lei que homenageia o prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), com o título de Cidadão Paraense.

O jornal Diário do Pará do dia 07 de Julho afirma que o projeto foi aprovado de forma unânime pela mesa diretora da ALEPA - Assembleia Legislativa do Pará, onde Airton Faleiro é membro, junto com o presidente da casa, o deputado estadual Márcio Miranda (DEM), a Deputada Cilene Couto (PSDB) e os deputados Miro Sanova (PDT), Cássio Andrade (PSB), Fernando Coimbra (PSL) e o Soldado Tercio (PROS).


Segundo a jornalista Franssinete Florenzano, Doria vem à Belém pela terceira vez participar do círio de Nazaré e fazer uma palestra, provavelmente na FIEPA, no dia 06 de Outubro. 

Pelas redes sociais, diversos internautas prometem jogar ovos, peixe e até fezes, caso o prefeito apareça em público. Para o radialista Luiz Cunha, o protesto se justifica: "Pra alguém que acorda moradores de rua em São Paulo, com jatos de água fria, às cinco horas da manhã. Será justo conceder título de cidadão Paraense pra um canalha que manda os Guardas Civis Metropolitanos, confiscarem cobertores de moradores de rua, justo na madrugada mais fria da capital Paulista?".

quarta-feira, agosto 02, 2017

'Deputado da tatuagem' pede para mulher mostrar a bunda durante votação do processo contra Temer

Durante a votação do processo de Temer na Câmara, o deputado paraense foi pego no flagrante em uma conversa nada republicana, tal como afirmou o fotógrafo que registrou o diálogo pelo Whatsapp.

Por Diógenes Brandão

Os cliques feitos pela lente teleobjetiva do fotógrafo Lula Marques revelaram ao Brasil um pouco mais da personalidade daquele que depois de receber mais de 4 milhões de reais em emendas parlamentares, agora vive atacando os deputados e partidos de oposição em defesa de Michel Temer, o qual tatuou o nome em seu ombro esquerdo e jura que pagou R$ 1.200, pela 'arte', que segundo especialistas é feita de Henna. 

Internautas paraenses dizem que o deputado já passou dos limites e que as imagens dos diálogos chegam para envergonhar ainda mais o povo do Pará, já que a performance do deputado federal Wladimir Costa (SD-PA), já vem tendo destaque por seus termos vulgares, suas apresentações teatrais e sua enorme capacidade de promover garfes e achar que ganha notoriedade com ela. 

"Dessa vez ele deixou-se revelar pela forma desrespeitosa, machista, preconceituosa e sexista com que fala e trata as mulheres", afirma uma jovem de 23 anos, em um grupo do Whatsapp onde as fotos foram publicadas. 


Em uma conversa no Whatsapp, Wlad pede para uma mulher mostrar se exibir, dizendo:

Mostra a bunda, mostra, afinal não são suas profissões que a destacam como mulher é sua bunda. Vai lá, põe aí garota.

As fotos foram publicadas no perfil pessoal do próprio fotógrafo Lula Marques, no Facebook e ganharam com milhares de compartilhamentos, tanto nas redes sociais, quanto em sites e blogs.


Percebe-se nas fotos, que Wladimir Costa dialogou com duas mulheres e uma delas, identificada no aparelho do deputado como M.Melo, manda um emojis seguido da frase: “sem graça”.

O deputado então rebate: “Fátima Bernardes, Sonia Abrão, Marília Gabriela, Mariza Godói são elogiadas, respeitadas e até desejadas pelas suas capacidades técnicas e não por um par de bunda, já bastante banalizada por todo o Tapajós do decano shortinho preto, que reveza com o vermelhinho, já bastante desbotado pelos anos”.

Talvez ofendida, M. Melo parece saber que o deputado participava de um momento importante para o país, pois estava acontecendo a votação sobre o relatório que pedia o arquivamento do pedido de autorização para as investigações do STF contra Michel Temer e diz como querendo encerrar a conversa: “Você poderia perder seu valioso tempo com coisas mais interessantes. rs #sóAcho”.


Wlad, o monogâmico

Em conversa com outra mulher, esta nomeada no celular do deputado como Aneissa Show, Wladimir recebe a mensagem: “Então vá lá tirar onda com outra. Não tenho estômago para isso. #Chato!”. 

Wladimir dispara de volta: “Suas ausências e várias invenções pra me abandonar ai, hoje sei de tudo com provas, mas enfim, se estás mais feliz com eles siga em frente, prefiro ser ultra-seletivo e modelo como um ser monogâmico”.

No Pará, Wladimir Costa é um velho conhecido de polêmicas bem mais graves - uma rápida pesquisa no blog ou nos sites de busca ofereceram uma penca delas - e há um ano atrás teve seu mandato cassado pelo TRE, de onde recorreu ao TSE e hoje aguarda o julgamento, sem a necessidade de deixar o cargo, ou perder alguma regalia como parlamentar, sobretudo a imunidade, o que supostamente lhe garante falar e fazer tudo que temos visto.

segunda-feira, julho 31, 2017

Recorde de acesso no blog, tatuagem de Wlad que custou R$1.200 pode ser falsa, mas ganhou repercussão nacional


Com a camiseta manchada aparentemente de tinta comum em tatuagens de henna, Wlad diz que a mesma custou R$1.200 e já pensa em fazer homenageando Temer como o único e maior estadista.

Por Diógenes Brandão

A foto publicada em primeira mão pelo blog AS FALAS DA PÓLIS, trouxe-nos o mais novo recorde de acesso e revelou ao mundo a tatuagem que segundo Wlad custou R$ 1.200, é definitiva, feita em Belém e uma forma de homenagear Temer: “O melhor presidente da história do Brasil. O único estadista que apareceu neste país”. 

Embora pareça não ser definitiva e sim uma tatuagem de henna feita momentos antes do registro, o deputado federal Wladimir Costa (SSD-PA) afirmou à revista IstoÉ que vai exibi-la na Câmara dos Deputados na próxima quarta-feira (02), durante a votação da admissibilidade da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção contra o presidente Michel Temer.

Com um zoom na foto é possível observar que a tatuagem está borrada e a camiseta suja, possivelmente pela mesma tinta utilizada por quem aplica henna, comum nas praias como as de Salinas, município onde feito o registro.

Ao jornal Estadão, Wlad disse que "a dor valeu a pena" e até planeja fazer uma próxima, dessa vez na costela. "Quero escrever 'Temer, o único e verdadeiro estadista do Brasil'.

À Folha de São Paulo, o deputado que hoje se destaca como o maior e mais polêmico defensor de Temer, disse que ao ser tatuado com a bandeira nacional e o nome Termer, sentia dor, mas, ao lembrar do presidente, a dor passava. Os R$1.20000 teriam sido pagos em seis vezes no seu cartão de crédito.

No Whatsapp, Ademir Martins declarou: "Pela qualidade da tatuagem, como leigo no assunto, acho que o valor do serviço foi superfaturado, procedimento que aliás, tanto o tatuado como o homenageado, entendem muito bem do assunto (superfaturamento)".

De henna ou não, se cumprir a promessa e exibir a tatuagem no Plenário da Câmara dos Deputados, Wlad vai precisar retirar o paletó, o que pode ser reprovado pelos seus colegas e causar-lhe um processo por quebra de decoro parlamentar, causando-lhe a possível perda de mandato.

“Será um show de votos em favor do presidente. Só Deus derruba Temer. E ele é honesto. Então Deus não vai querer derrubá-lo.”, concluiu Wlad ao falar da sua crença na vitória de Temer no processo que enfrenta para evitar ser investigado.

Se é realmente honesto e não deve, o que ele tem a temer com uma investigação?


As novas informações são do portal G1, da Globo, que assim como a Folha, Estadão, IstoÉ e diversos outros veículos de imprensa nacional publicaram a foto que tem gerado muita polêmica nas redes sociais. 

Muitos internautas dizem através das redes sociais que Wlad envergonha o Pará, enquanto seus apoiadores dizem que ele é fiel e defende os amigos a qualquer custo. Pesquisa Ibope diz que 85

E você, o que acha de uma tatuagem com o nome do presidente Temer?

terça-feira, julho 04, 2017

Violência no campo segue mapa de expansão do agronegócio, diz dirigente do MST

Por Lílian Campelo para a Brasil de Fato

Ulisses Manaças, dirigente nacional do MST no Pará, acompanha as investigações da morte de dez sem-terra ocorridas em Pau D'Arco em maio. Lílian Campelo/Brasil de Fato.

Violência no campo segue mapa de expansão do agronegócio, diz dirigente do MST

Para Ulisses Manaças, o golpe que o país vive sob o comando de Michel Temer fortalece latifundiários e grileiros

A violência no campo brasileiro se intensificou nos últimos meses. 

Para Ulisses Manaças, dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Pará, a explicação está na expansão do agronegócio e na “instabilidade política” que o país vive após o golpe da base aliada de Michel Temer (PMDB). Ele avalia que esse contexto fortaleceu grileiros e latifundiários, acirrando os conflitos fundiários.

O Pará é o estado com maior número de mortes em conflitos no campo, segundo a Comissão Pastoral da Terra (CPT). No mês de maio foram registradas 18 mortes na região. O número inclui as dez mortes de trabalhadores rurais ocorridas em Pau D’Arco. 

A chacina foi a maior dos últimos 20 anos, fica atrás apenas de Massacre de Eldorado dos Carajás, quando 21 sem-terra foram assassinados em 1996. Nos dois casos, os acusados são policiais militar. 

Em entrevista ao Brasil de Fato, Manaças fala sobre a atual conjuntura de violência no campo e argumenta que a democratização do acesso à terra é a única medida para solucionar o caos fundiário e a violência no campo.  

Brasil de Fato: Qual a sua análise sobre essa escalada de violência dos últimos meses, não só no Pará, mas em outras partes do país?

Ulisses Manaças: A análise que a gente tem feito é que essa explosão de violência nos últimos meses demonstra uma espacialização de onde o poder do capital do agronegócio avança. Ele traz no seu lastro um conjunto de violações de direitos humanos. Basta ver o caso dos Gamela [indígenas] no interior do Maranhão, onde mais de 20 indígenas ficaram feridos. Era uma disputa territorial. Se você pegar o caso de Colniza, no Mato Grosso, também a disputa fundiária é o elemento central. O caso do massacre de Pau D'Arco também demonstra uma disputa territorial e um conjunto de outras violações que acontecem com os indígenas e os camponeses no interior da Amazônia. Demonstram também o avanço da fronteira agrícola promovido pelo grande capital, pelo agronegócio, patrocinado pelo Estado brasileiro. No nosso entendimento, essa é a grande força que arrasta os conflitos no campo no Brasil. 

Outro elemento importante é a situação de instabilidade política que o Brasil vive com este governo golpista [de Michel Temer]. Então esse governo corrupto, que não tem moral diante das instituições públicas, deixa o país desgovernado. Essa situação de instabilidade no campo da política deu força para latifundiários, grileiros de terras e empresas multinacionais cometerem um conjunto de crimes e violações por conta da ausência de um poder efetivo do Estado no Brasil no atual cenário.

Brasil de Fato: O Pará é apontado como o estado que lidera esse ranking de violência. Por que esse estado apresenta índices tão alarmantes?

Ulisses Manaças: São vários elementos, primeiro que quando a CPT [Comissão Pastoral da Terra] começa a fazer a contabilização dos conflitos e dos casos de violência no campo é na década de 1980. Nesse período você teve a abertura democrática, mas, ao mesmo tempo, você vivia sob a Ditadura Militar, que patrocinou para as grandes multinacionais o acesso aos territórios da Amazônia brasileira.

O Pará é campeão porque é o estado da Amazônia brasileira com vultosos recursos naturais em aberto: ouro, minerais, madeira, água em abundância e tem o melhor acesso da região Amazônica. Se você pegar na década de 1950 foi aberta a [rodovia] Belém - Brasília, na década de 1960 e 1970 a Transamazônica [BR230] e a Santarém - Cuiabá [BR-163], então onde passaram as estradas na região Amazônica dando acesso ao grande latifúndio para chegar nos territórios e nos recursos naturais aumentou também o conjunto de conflitos e violações no campo. 

O Pará, da Amazônia, é o estado que tem o melhor acesso, portanto, é a fronteira agrícola a ser explorada pelo grande capital. A Amazônia está nessa situação de campeão nacional de violência porque a fronteira agrícola do Brasil se arrasta para essa região. Outros biomas do Brasil, como o cerrado, pampas, mata Atlântica, foram completamente destruídos pelo agronegócio.

Brasil de Fato: Que medidas o Estado deveria adotar para evitar esses conflitos?

Ulisses Manaças: A reforma agrária é a principal medida para solucionar os conflitos do campo. Também seria importante equipar o sistema de segurança pública de forma que a inteligência haja muito antes que a força. A criminalização das lutas e dos movimentos sociais promovidos pelo Estado, para nós, é uma demarcação clara de que o Estado tem partido e tem suas preferências nessa disputa. O Estado precisa ser imparcial e se colocar a serviço daqueles que são os menos favorecidos. 

Outra medida necessária nessa situação é você democratizar amplamente o acesso à terra e às políticas públicas. As populações da Amazônia e do Pará sempre viveram, historicamente, à margem de qualquer política pública, os ribeirinhos vivem aqui há centenas de anos e nunca tiveram a acesso às políticas públicas. É preciso democratizar o acesso à terra e também às políticas públicas para resolver o conflito que está na raiz dessa disputa territorial. 

Edição: Camila Maciel

segunda-feira, março 20, 2017

Governo trabalha para inserir o Tapajós em mapa turístico nacional

Praia de Alter do Chão é uma das rotas preferidas do turismo no Tapajós, mas tem potencial para crescer muito mais.


A Secretaria de Estado de Turismo (Setur) promove em Santarém, no oeste paraense, programação com o objetivo de inserir no Mapa do Turismo Brasileiro os municípios do Polo Turístico do Tapajós. Diretores da Setur e técnicos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apresentam o “Balanço econômico do turismo de Santarém 2016”, quando a cidade atraiu 219.641 turistas, que movimentaram R$ 132,5 milhões. Os técnicos finalizam os trabalhos nesta sexta-feira (17).

Nesta quinta (16), ocorreram mesa redonda e oficina de regionalização do turismo. À noite, o Balanço econômico do turismo de Santarém será apresentado aos membros da Associação Comercial e Empresarial. O Mapa do Turismo Brasileiro, do Ministério do Turismo, orienta o desenvolvimento de políticas públicas para o setor. Ele define a área – o recorte territorial – que deve ser trabalhada prioritariamente pelo ministério.

O mapa é atualizado periodicamente. A última versão conta com 2.175 municípios, divididos em 291 regiões turísticas. O diretor de Políticas da Setur, Ivaldo Silva, explica que a secretaria vai trabalhar a questão da regionalização do turismo e inserir as cidades do Polo Tapajós no Mapa Nacional, para importante para a captação de recursos.

“O Polo Tapajós tem 19 municípios. Todos foram convidados. Esse remapeamento nasceu da determinação do Tribunal de Contas da União, que recomendou ao Ministério do Turismo que criasse regras para destinar recursos aos municípios. Só quem está dentro pode obter recursos e todas as políticas federais voltadas para o turismo. Fizemos a primeira oficina em Belém e agora aqui. O Pará tem seis polos turísticos. Tapajós tem duas sub-regiões, Baixo Amazonas e Tapajós. Estamos fazendo esse trabalho em todo Estado”, explicou Ivaldo Silva.

O objetivo da Setur é inserir o maior número possível de municípios paraenses no mapa do ministério. “O Ministério do Turismo divulga em setembro a lista. Esperamos que todos os municípios estejam dentro. Não precisa ter um atrativo turístico de grandiosidade ou bastante conhecido. Entre os requisitos está a criação de um órgão de gestão de turismo, que não precisa ser uma secretaria. A cidade deve ainda ter direcionamento de recursos no orçamento anual para o turismo, não importa o montante. Por fim, o prefeito deve assinar um termo de adesão”, explica o diretor da Setur.

Nesta sexta-feira (17), haverá reunião técnica com os servidores das secretarias ou departamento municipais de turismo. Serão fornecidas orientações sobre a produção de dados do turismo de pesquisa de demanda turística, produção de dados da hotelaria e sobre emprego no setor, por exemplo. Também haverá a “Oficina de Regionalização do Turismo”. A região do Tapajós é internacionalmente conhecida pelas praias. As cidades da região têm florestas primárias, trilhas, cachoeiras, lagos e monumentos históricos como Fordlândia, construída por Henry Ford, entre outras atrações turísticas.

Encontro – O empresário da Gekos Receptivo, Marcelo Micucci, esteve reunido nesta quinta-feira (16) com o secretário de Turismo, Adenauer Góes, e apresentou números da capacitação de agentes de viagens do Rio de Janeiro para comercialização do destino Pará. Ao todo, foram 140 agentes treinados e 240 atendimentos feitos para venda de pacotes turísticos no Estado. A operadora também estará presente em feiras nacionais e internacionais, levando os produtos turísticos paraenses. O calendário deste ano contempla participação na World Travel Market Latin América, Hiper Feirão Flytour, Abav Expo, entre outras, em Campinas, Rio de Janeiro e Brasília.

O empresário também apresentou as novas ações da operadora de turismo receptivo, como treinamento de agentes, metodologia de formação de fornecedores, foco no mercado de lazer, investimento em marketing digital, campanhas nos hotéis, além de divisões comerciais em Belém e São Luís. Adenauer Góes, ao tratar de novos produtos desenvolvidos pela Setur e que podem ser trabalhados e aproveitados pelo mercado de turismo receptivo, citou dois novos projetos: a Rota de Gastronomia Ribeirinha, na região insular de Belém, e a Rota da Esquina do Peixe, no Tapajós, cujo nome faz alusão ao “Encontro das Águas” dos rios Amazonas e Tapajós. (Com informações da Ascom Setur).

domingo, fevereiro 26, 2017

Jornais paraenses encalham nas bancas



Sucessivas edições dos dois jornalões paraenses, Diário do Pará e O Liberal, encalham nas bancas de revistas e pontos de vendas espalhados por Belém. Nem o tablóide Amazônia, "filho" caçula das ORMs, que mesmo sendo vendido a preço de bombom, consegue esgotar suas vendas. Em Abril, o "Amazoninha", como é chamado pelos jornalistas que lá trabalham, completa 17 anos de existência e não terá muito a comemorar.

Mesmo reduzindo o número de impressos, os barões da mídia paraoara, assistem dia após dia, grande parte das suas edições serem devolvidas para as empresas das famílias Maiorana e Barbalho. 

Em compensação, as versões digitais ampliam seus acessos paulatinamente. 

O jornal Diário do Pará criou sua versão online, deixando todas as edições liberadas para os internautas, enquanto o concorrente ainda cobra assinatura para que os leitores tenham acesso ao seu conteúdo na web.

quinta-feira, fevereiro 23, 2017

Prefeito de Muaná, Murilo Guimarães assume a presidência da AMAM e reúne diversos deputados, prefeitos e lideranças populares

Lideranças políticas, religiosas, empresariais e populares prestigiaram a posse da nova diretoria da AMAM. Foto: Joabher Bentes/ASCOM.

Por Diógenes Brandão

Os prefeitos de Cachoeira do Arari, Jaime Barbosa e de Bagre, Nilson Farias, foram eleitos secretário e tesoureiro, para um mandato de dois (02) anos.

A solenidade de posse do novo presidente e da diretoria da Associação dos Municípios do Marajó - AMAM, foi prestigiada por diversas lideranças políticas do estado, entre elas, o deputado federal Lúcio Vale (PR); o  presidente da Assembleia Legislativa do Pará, deputado estadual Márcio Miranda (DEM); o líder do governo e deputado estadual Eliel Faustino (DEM); o chefe da Casa Civil do Governo do Estado, Jose Megale; o deputado Sidney Rosa (PSB) e a prefeita de Maracanã e presidente do Consórcio Intermunicipal dos Municípios Paraenses - COIMP, professora Dica (PSDB); assim como diversos prefeitos e ex-prefeitos dos municípios do arquipélago do Marajó e até da região metropolitana de Belém, como o prefeito de Ananindeua, Manoel Pioneiro (PSDB).

Além das lideranças políticas, o arcebispo da prelazia do Marajó, Dom Teodoro fez a abertura do evento com uma oração, para, segundo ele, abençoar a nova diretoria da associação, que foi eleita de forma unânime.


Reeleito prefeito de Muaná em 2016, Murilo é eleito por unanimidade para presidir a AMAM por 02 anos. Foto: Joabher Bentes/ASCOM.

Para Murilo, a nova gestão da AMAM foi resultado de uma união dos gestores municipais em prol de uma nova era para o Marajó, o qual tem muita riqueza, mas ao mesmo tempo problemas sociais, econômicos e desafios enormes para serem superados, entre eles a prostituição infantil, o tráfico de drogas, a fraude no seguro-defeso e diversos problemas crônicos da região, como o abastecimento de água potável, internet, luz elétrica, telefonia, serviços bancários e de correios. 

Sidney Rosa (camisa amarela) foi um dos deputados estaduais que prestigiou a posse da nova diretoria da AMAM. Foto: Joabher Bentes/ASCOM.

Por outro lado, Murilo destacou aquilo que define como oportunidades em meio às adversidades: “Precisamos otimizar o potencial turístico e produtivo de nossos municípios, que são vastos e cheios de riquezas, mas que ainda não foram canalizadas para sanar a miséria e mudar o IDH da região. Para tal, precisamos acelerar a implantação dos matadouros e dos aterros sanitários, bem como a construção de terminais hidroviários e a retomada dos projetos e obras do Estadual e Federal.

Os prefeitos presentes foram unanimes em descrever os inúmeros problemas sociais e econômicos existentes no Marajó, considerando o alto custo amazônico, o que aumenta as despesas das prefeituras que arcam com grande parte dos recursos em áreas fundamentais com a saúde e a educação.

“Para se ter ideia do sufoco que atravessamos, posso citar o exemplo da área da educação, pela qual passamos mais de 10 anos recebendo R$ 0,30 centavos por aluno/dia para a merenda escolar e agora tivemos um aumento de apenas R$ 0,6 centavos. No transporte escolar, temos um custo de R$ 12 reais por aluno/mês, o que em grande parte é pago aos contratos de cerca de 100 embarcações”, concluiu Murilo.

O local do evento ficou pequeno para a quantidade de lideranças presentes no ato de posse da nova diretoria da AMAM. Foto: Joabher Bentes/ASCOM. 

O presidente e os demais prefeitos concordaram que a nova AMAM está acima das cores partidárias e que a gestão deverá se pautar na união dos gestores municipais em projetos coletivos e esse comportamento deverá sobrepor os interesses individuais, acumulando força e representatividade para atrair novos investimentos públicos e privados, gerando emprego, renda e consumo para mais de 500 mil marajoaras, distribuídos nos 16 municípios da região.

Para a liderança do Movimento Marajó Forte, Marluth Fialho, o evento retoma a esperança de um processo de reivindicações que a sociedade civil e a classe política tanto lutam para conquistar, como por exemplo, a criação da Universidade Federal do Marajó, um antigo sonho dos estudantes e população em geral que almeja o desenvolvimento pleno da região.

terça-feira, janeiro 10, 2017

Petistas deixam o partido com fortes críticas à direção

O único vereador petista e o presidente municipal do partido, deixaram o PT com fortes críticas à direção.

Cley Alves era o único vereador que o PT mantinha até o final de 2016, na Câmara Municipal de Ananindeua, onde Beto Ribeiro era até semana passada, o presidente do partido. Ambos pediram desfiliação da legenda alegando contradições e problemas na direção partidária.


Por Diógenes Brandão

Ananindeua é o segundo maior e mais populoso município paraense, e, por consequência, o segundo maior colégio eleitoral do Pará. Com décadas de alternância de governos eleitos pelo PSDB e o PMDB, a cidade apresenta um dos piores índices de criminalidade e falta de saneamento, além de amargar altas taxas de desemprego e baixa expectativa de vida para os jovens, que morrem de forma avassaladora pela violência urbana.

Tal cenário não colabora para a afirmação e o empoderamento dos partidos de esquerda, que historicamente cresceram e tornaram-se fortes nestas cidades, onde a pobreza e o descaso dos governos de direita, que se revezam no poder, arrastam milhões de brasileiros para uma vida sem oportunidades e direitos sociais, como os prometidos nas campanhas eleitorais.

Declínio e desfiliação

Eleito vereador com 887 votos em 2012, nas eleições de 2016 Cley Alves obteve 886 votos, ou seja, um (01) a menos do que há quatro (04) anos atrás, mas não conseguiu manter-se como o único representante petista na Câmara de Vereadores de Ananindeua, devido o partido não alcançar o coeficiente eleitoral.  

Uma fonte do blog revelou que o ex-vereador alega que sua saída do partido no qual militou por 17 anos, "se dá pelo forte desgaste de sua identidade ideológica e pela renúncia deste na defesa de bandeiras no passado defendidas aguerridamente por sua militância, pois as mesmas foram retiras da linha programática de lutas pela cúpula partidária", que segundo Cley, hoje é vista de forma negativa pela sociedade. O ex-vereador também disse "que o PT sofre de uma decadência imensurável, tendo como prova o último resultado eleitoral".

Ainda segundo a fonte petista, o mesmo raciocínio moveu o presidente municipal a entregar o cargo e desfiliar-se do PT. Para Beto Ribeiro, "sair do PT depois de 22 anos como filiado não está sendo fácil, mas é necessário", pois assim como o ex-vereador, ele também é jovem e desejar continuar na vida política e participando de processos eleitorais. 

O blog procurou informações se ambos já possuem um partido em mente para se filiarem, mas não conseguiu contato com os ex-petistas e nem respostas precisas com outras fontes, mas há uma possibilidade muito forte deles dois ingressarem no PDT. 

O partido deve vir com Ciro Gomes, como candidato a presidente do Brasil em 2018 e hoje no Pará tem três deputados estaduais (Antônio Tonheiro, Junior HageMiro Sanova) e em Ananindeua três (03) vereadores (Diego Alves, Neto Vicente e Robson Barbosa), tendo como presidente estadual, o ex-deputado federal Giovanni Queiroz.

Dados do TRE confirmam o declínio petista no Pará

Nas eleições municipais de 2016 no Pará, o PT lançou candidatos a prefeitos em 35 municípios paraenses e elegeu tão somente 07 prefeitos. 

Comparando com a eleição anterior, onde o partido elegeu 23 prefeitos, foram 16 prefeituras perdidas de uma eleição para outra. Isso sem contar que nenhum prefeito em 2012, conseguiu a reeleição em 2016. 

Ao contrário de seu aliado favorito, o PMDB - que ganhou 27 municípios nas eleições de 2012, e em 2016 elegeu 42 prefeitos - comandado pelo ministro Helder Barbalho e o senador Jader Barbalho tornou-se o partido paraense que mais cresceu, enquanto que o PT foi o que mais diminuiu.

sexta-feira, dezembro 30, 2016

População rejeita vereador de São Miguel do Guamá como presidente da Câmara de Vereadores

Ray Lopes, vereador de São Miguel do Guamá é réu em um processo na justiça paraense e mesmo assim quer ser presidente da Câmara Municipal do município.


Populares questionam a indicação do vereador Ray Lopes para dirigir o legislativo municipal. Denunciado pelo crime de dano ao patrimônio público, o réu foi indicado pelo prefeito Antônio Doido, para ser o futuro presidente da Câmara Municipal de São Miguel do Guamá



Passadas as eleições municipais, a classe política se divide nas últimas horas do ano para as festas familiares e no planejamento do futuro das cidades brasileiras. No Pará, muitos municípios terão desafios enormes para escolher secretários, mesas diretoras nas câmaras de vereadores e equipes que deverão cuidar das políticas públicas prometidas durante as campanhas eleitorais, tais como a saúde, a educação, assistência social, entre outras importantes áreas da gestão municipal.

Em São Miguel do Guamá, município da região nordeste do Pará, a disputa pela mesa diretora da Câmara Municipal é marcada por graves denúncias envolvendo vereadores, entre eles, o pivô de diversos comentários e críticas da população: Ray Lopes (PSD), vereador eleito com o apoio do prefeito eleito Antônio Doido (PSDB).  

Ray Lopes ficou exposto por ser candidato a presidente da câmara municipal

Populares questionam a indicação do vereador Ray Lopes para dirigir o legislativo municipal pelo fato dele ter sido denunciado pela Juíza de Direito da Comarca de São Miguel do Guamá, Ana Selma Timóteo, pelo crime de dano ao patrimônio público, Processo TJE-PA nº 0000429-93.2010.8.14.0055.

No processo, uma atividade criminosa comandada por um grupo de vândalos liderados por Ray Lopes, que na oportunidade ameaçou de morte o policial militar Cabo Dias (hoje, vereador Alexandre de Jesus Dias), quando houve uma grande desordem em São Miguel do Guamá, com o intuito de por fim em uma ação de fiscalização de o DETRAN, que acabou em quebra-quebra, onde uma viatura da PM foi destruída e diversos órgãos públicos ameaçados de serem invadidos e incendiado, tal como o Fórum de justiça, o DETRAN, a prefeitura e até o quartel da PM.

Ray Lopes e seu grupo foram presos e respondem processo no Tribunal de Justiça do Estado do Pará.

Hoje, eleitos vereadores, Raimundo Carvalho Lopes (Ray Lopes) e Alexandre de Jesus Dias de Oliveira (Cabo Dias) estão juntos na chapa que pretende dirigir a Câmara de Vereadores do município de São Miguel do Guamá, o que causa estranheza à população.


Segundo uma fonte do blog, Ray Lopes pode a qualquer momento ser condenado pela justiça, o que inviabilizaria sua permanência como presidente da câmara municipal de São Miguel do Guamá, onde é indicado pelo prefeito Antônio Doido. 

Segundo um funcionário municipal que pediu anonimato, a eleição da nova mesa diretora da Câmara Municipal, será realizada sob o olhar atento vigilante da população. "O voto secreto foi abdicado no parlamento municipal. Não mais existe mais voto secreto no legislativo do município, pois as sessões ordinárias da câmara municipal são todas gravadas em áudio e vídeo, e transmitida na internet, na sua página no facebook e no site oficial da Câmara Municipal", afirma a fonte do blog. 

A eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal será realizada amanhã, dia 1º de Janeiro e o povo do município espera que o presidente eleito seja algum vereador sem antecedentes criminas e processos judiciais, já que há uma indignação da sociedade brasileira, tão massacrada por corrupção e falta de honestidade na classe política.

"Como podemos assistir pacatamente o começo de um mandato desse jeito?", indaga um cidadão miriense em contato com o blog.

quarta-feira, dezembro 28, 2016

Blogueiro é assassinado no Pará



O DEMOCRACÍDIO e a INTOLERÂNCIA dão mais um golpe! Nesta noite, mataram um dos principais representantes do diálogo e da democracia em Abel Figueiredo, mataram covardemente Walter Etna Duvall. 

Mataram covardemente porque não fazem diferente, porque não aceitam a crítica, porque insistem no racismo, porque só conhecem o "olho por olho e o dente por dente".

Mataram a boa política, o diálogo e tolerância. Mataram um sonhador, um "filodemos" (amigo do povo), alguém que defendia a identidade cultural.

Alguma coisa tem que ser feita para quebrar a lógica miúda da intolerância. Justiça a Walter Etna Duvall... Justiça!!!     

Xenofobia? Racismo? Crime político? Fanatismo? Covardia? Categorias que evidencia uma situação política e existencial no Brasil: o coronelismo, a Lei de Talião, a ausência de diálogo, o acriticismo.

O Walter era um militante político comprometido. No começo do ano participou de reuniões e passeatas do MST, protestou diversas vezes contra a hipocrisia do Impeachment da Dilma.

Fez ácidas e profundas análises de conjuntura em relação ao mundo, ao Brasil, ao Pará e a Abel Figueiredo: tal fato incomodava muito em Abel Figueiredo. Amante da língua portuguesa, defensor das raízes afro e da africanidade... Devoto na democracia, Walter era um angolano apaixonado pelo Pará! Justiça!

O crime!

Segundo informações de pessoas do município de Abel Figueredo, um elemento armado teria chegado na residência da vítima, por volta das 20h da noite de ontem (27), batido na porta, e logo que Walter abriu o mesmo teria efetuado disparos no rosto da vítima que morreu na hora.

Walter foi assassinado na frente da esposa e das duas filhas que são memores de idade. No momento do crime, Abel Figueredo estava sem energia.

sábado, novembro 26, 2016

Fidel, um brasileiro? (e paraense?)

Fidel Castro seria natural de uma vila que pertencia a Bragança, hoje município paraense emancipado, chamado de Tracuateua.


Por Ivan Padilla, na Época

Ángel Castro, um espanhol bem-apessoado, chegou a Tracuateua, no Pará, no início da década de 20. Naquela pequena vila da região amazônica, onde trabalhou como barqueiro, ele conheceu Delphina Smith, uma descendente de alemães, com quem se casou e teve um filho chamado Fidel. A família se mudou para Iquitos, na região amazônica do Peru, e sua trajetória se perdeu no tempo. Décadas depois, aquele mesmo menino, transformado em um homem corpulento e barbudo, liderou um grupo de guerrilheiros em Sierra Maestra, derrubou o ditador Fulgencio Batista e implantou uma revolução socialista em Cuba.

Essa inusitada versão é levada a sério por um grupo de pesquisadores paraenses. A história corre de boca em boca na região há décadas. Dagoberto Smith, irmão de Delphina, ainda vive na zona rural de Tracuateua. Diz ter 100 anos e está lúcido, embora com a memória embaralhada. Jura que guarda em casa cartas enviadas pela irmã e algumas poucas fotos em preto e branco do sobrinho famoso. Durante muito tempo, com medo de repressão do governo militar brasileiro, ele se recusou a mostrar esse material e a conversar sobre o assunto. Homem matuto e desconfiado, vai aos poucos perdendo o receio. Dagoberto conversou na semana passada com um repórter do jornal La Vanguardia, de Barcelona, na Espanha. Também gravou um depoimento para um documentário dirigido pelos historiadores Dantas e Jesse Feitosa, pai e filho. Outro historiador, Edilson Silva de Oliveira, está reconstituindo a história da família Castro paraense. Meses atrás ele deu uma entrevista sobre o tema à rádio Pérola, de Bragança. Depois disso, mais de três dezenas de ouvintes entraram em contato com a emissora para dar outros detalhes de velhos casos contados por seus pais e avós.

A história oficial do ditador cubano é contada pela pesquisadora carioca Claudia Furiati, autora de sua única biografia autorizada. Ela passou quatro anos em Havana e teve acesso a inúmeros documentos, entre eles duas certidões de Fidel. A primeira aponta o nascimento dele no dia 13 de agosto de 1927 e foi lavrada na província de Cueto, em Cuba. A segunda, com uma data posterior, foi acertada com o juiz da comarca para que o aplicado estudante passasse uma série na frente dos colegas de classe. De acordo com essa versão, Ángel Castro era um jovem soldado espanhol quando foi enviado a Cuba para lutar na Guerra da Independência, no fim do século XIX. Depois retornou à terra natal, mas por pouco tempo. Logo voltou à ilha. O ex-soldado trabalhou como operário da construção civil, comprou terras e enriqueceu. Casou-se pela segunda vez com Lina Ruz González, uma camponesa que trabalhava para ele. Fidel foi o terceiro dos seis filhos do casal e recebeu esse nome em homenagem a um amigo e sócio de Ángel.

"A história me pareceu interessante, mas fantasiosa demais. Não bate com os documentos pesquisados''.

CLAUDIA FURIATI, biógrafa oficial de Fidel.


Logo depois do lançamento do livro, Claudia foi procurada por Sandro Castro, um paraense que se dizia sobrinho de Fidel. "A história me pareceu interessante, mas muito fantasiosa", conta. "Não bate com os documentos que pesquisei. Pode se tratar de uma coincidência de nomes, de um parente ou mesmo de uma parte obscura da trajetória de Ángel Castro. Não existem registros de passagens dele pelo Brasil, mas isso pode ter acontecido."

A suposta família paraense do ditador cubano é numerosa. Delphina, a mãe de Fidel na versão amazônica, tinha um irmão, Pedro Smith, já falecido. Sua esposa, Isaura Smith, conhecida na região como Lili, ainda vive. Esses "parentes" contam passagens tão épicas quanto inverossímeis, com datas e percursos imprecisos. No Peru, Ángel e Delphina teriam se separado. O aventureiro espanhol teria vagado por alguns anos pela América Latina. Quando soube que o filho estava internado em um colégio religioso, teria voltado ao Peru, para raptá-lo e levá-lo a Cuba.

Uma vez no poder, Fidel teria despachado Ernesto Che Guevara ao Pará para apagar os vestígios de sua origem brasileira - sabe-se lá por quê. Ele teria sido responsável pelo incêndio que destruiu centenas de documentos no cartório de Santa Maria da Foz do Tauari, no município de Gurupá, nos anos 60. Che esteve realmente no Brasil nessa época, mas para receber a ordem do Cruzeiro do Sul das mãos do presidente Jânio Quadros. Não há registros de passagens pelo Pará. Lício Viana, um caminhoneiro de Tracuateua, no entanto, jura que chegou a dar carona a Che. 

Os pesquisadores querem comparar amostras de DNA da família Smith com as do líder cubano. Procurada por ÉPOCA, a Embaixada de Cuba no Brasil não quis se pronunciar sobre o assunto. Sem tanta preocupação com a veracidade dos fatos, políticos paraenses planejam erguer estátuas de Fidel e apresentar em breve um projeto de lei para mudar o nome de Tracuateua para "Fidelândia". "Seria uma homenagem à origem brasileira de Fidel e um impulso ao turismo local", diz o deputado João de Deus - coincidentemente, do Partido Socialista Brasileiro.

sexta-feira, novembro 04, 2016

Blogueira denuncia publicitário, governador, prefeito e membros da justiça paraense


Jornalista que mantêm um dos blog mais acessados no Pará, Ana Célia Pinheiro declarou guerra aos tucanos e membros da justiça paraense, quem acusa de comporem uma quadrilha no Pará. Seu blog, tem a esperança de uma intervenção do Conselho Nacional de Justiça, mas pode ser retaliada por sua destemida ousadia de desafiar de uma só vez, o poder executivo, o judiciário e alguns empresários que controlam a mídia paraense.
Por Diógenes Brandão

A jornalista Ana Célia Pinheiro sempre se notabilizou pela sagacidade de seus textos, tanto jornalísticos, na grande imprensa local, quanto de cunho pessoal, o qual exercita com mais frequência e eloquência, em seu blog, A Perereca da Vizinha e redes sociais. Mas desse vez, ela superou-se e promete surpreender cada vez mais.

Considerada uma das principais jornalistas investigativas, Ana Célia já atuou em diversos espaços institucionais, empresas de propaganda e ambientes políticos, tendo inclusive participado ativamente de campanhas eleitorais, dos mais diversos partidos e matrizes ideológicas. Da esquerda à direita, acumula rancores e elogios, aplausos e vaias, tal como acontece com todos que se destacam em algum campo profissional de nossa sociedade provinciana.

Mas essa semana, que ainda pode nos trazer muitas e fortes emoções, em tom beligerante de uma legítima Kamikaze, Ana Célia superou-se ao "chamar pra porrada" de uma só vez, o marqueteiro do PSDB no Pará, Orly Bezerra, o governador do Pará, Simão Jatene, o prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho e nada mais, nada menos do que o desembargador do Estado, a quem todos chamam de Dr. Milton Nobre.

Sem se fingir de surdo, cego e morto, como muitos outros blogs e colunistas da cena política paraense e nacional, o blog AS FALAS DA PÓLIS traz uma coletânea de cinco (05) publicações realizadas essa semana, tanto pela jornalista, quanto por seu colega de profissão, o jornalista Lúcio Flávio Pinto, além de uma nota da Associação dos Magistrados do Pará e uma segunda publicação da jornalista que responde ao comentário do também jornalista Walber Monteiro, amigo do desembargador e membro da Academia Paraense de Jornalismo.

Leiam como tudo começou:



Orly e o Lobo de Wall Street.  (Via o blog A Perereca da Vizinha, dia 31.10.2016)

Sabes, Orly, estava olhando, há pouco, a postagem que fizeste, na qual tentavas bancar o humilde, o manso, o “coitadinho”.

Aí, lembrei-me daquela ocasião, em 2010, em que gritavas histericamente, ameaçando até bater em um deficiente físico, que não fizera o trabalho do jeito que havias mandado.

E pensei comigo: só mesmo quem não conhece de perto o Orly, pra acreditar em toda essa “mansidão” e “humildade”...

É claro que o sujeito nunca dirá nada, né Orly?, já que depende de ti, pra manter o DAS. Mas todos sabemos – eu, tu, ele e os poucos que se encontravam na Griffo, naquele dia, um deles já até agoniado com tamanha violência – que isso aconteceu, sim.

E não só com aquele deficiente: mas com várias outras pessoas, que foram alvo da tua histeria.

Pensei, também, nessa tua estratégia de bancares o “coitadinho”, até usando a doença da tua irmã (se é que isso é verdade, vindo de um mitômano como tu).

Tal estratégia nem poderia ser diferente, né Orly?, já que a tua base é a propaganda nazista.

Buscas sempre a “santificação”, aos olhos públicos, para “satanizar” o outro.

És sempre a “vítima” de algum “monstro cruel”...

O bom, o indefeso, o honestíssimo Orly...

Honestíssimo???!!!

Orly, tu enriqueceste aplicando estelionato eleitoral, na população do Pará.

Ajudaste a eleger alguns dos piores bandidos que este estado já viu.

Milhares de pessoas estão morrendo, por causa dessa enganação, desse 171,  a que chamas de “trabalho”.

E esses jovens que estão matando e morrendo nas nossas ruas é que são as verdadeiras vítimas, meu caro.

Ao passo que tu, Orly, és muito mais um vampiro, do que qualquer outra coisa.

Há mais de vinte anos, fraudas licitações.

Há mais de vinte anos, ajudas a assaltar o erário.

Nem mesmo o dinheiro da Saúde, em um estado como o Pará, escapou a tua pilhagem.

E se a população paraense tivesse consciência de todo o mal que fazes, já não poderias nem mesmo andar pelas ruas desta cidade.

No entanto, ainda há quem elogie o teu “talento”...

E é por isso que o teu caso me lembra a sensação que tive, ao assistir aquele filme “O Lobo de Wall Street”.

O sujeito era um tremendo vigarista, um pilantra, que enriqueceu enganando um monte de gente, inclusive, velhinhos.

Mas, ao final do filme, muitos ainda diziam: “ah, como ele é inteligente!”; “ah, como ele é esperto!”, “ah, como ele merece todo o dinheiro que ganhou!”.

No fundo, era a perversão moral da sociedade brasileira se manifestando: o bandido é que é o “inteligente”; o bandido é que é o “bacana”.

Confesso que até eu já caí nesse raciocínio enviesado, elogiando o teu “talento”.

E só quando fiquei a pensar sobre esse filme e a reação de muitos,  é que percebi o quanto aquele caso se assemelha ao teu.

Estás com medo, Orly, da investigação do MPF?

Aí, meu caro, só posso é te dizer: deves, sim, ter muito, mas muito medo.

Até porque, como ambos sabemos, tu e os teus companheiros não resistem a uma investigação de verdade.

Quanto a mim, Orly, não tenho rigorosamente nada a perder e já nem me importo de pagar pelos erros que cometi.

Pra mim, o urgente, mesmo, é frear essa matança que tomou conta do Pará. E para isso é fundamental desarticular essa quadrilha, que se instalou no poder e corrompeu todas as instituições.

Lembras, em 2010, quando recusei o emprego que me ofereceste, e tu ironizaste dizendo que eu me sentia uma “pecadora”?

Pois é, Orly, a questão não é a de me sentir “pecadora”: é a de ter uma consciência e uma empatia com aqueles que sofrem, coisas cujo significado, infelizmente, desconheces.

Daí que estou a refletir se vale a pena perder meu tempo com um capacho da tua marca (porque é isso o que és, quando estás diante do teu chefe, o Jatene), ou se o melhor é mirar bem mais acima, dando até uma de camicase, para acabar com essa rede de corrupção e de tráfico de influência do teu governador.

Ainda assim, podes ter certeza, meu caro: é chegada a hora de pagares por todos os crimes que vens cometendo, ao longo dos últimos 20 anos.

E de nada te valerá, Orly, toda essa tua "performance de ovelhinha”.

FUUUIIIIII!!!!!

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Carta aberta ao desembargador Milton Nobre (Via o blog A Perereca da Vizinha, dia 03.11.2016)
Em primeiro lugar, eu queria lhe parabenizar, doutor Milton Nobre, porque o senhor conseguiu, de fato, uma proeza: transformar o Judiciário paraense no prostíbulo mais arreganhado de todos os tempos. Sob o seu comando, esse Poder magnífico, que é o Judiciário, transformou-se em mero capacho desse chefe de quadrilha que é o governador Simão Jatene. Tornou-se, portanto, um mero fantoche da corrupção política e do crime organizado. Nenhum processo contra essa quadrilha, por maior que seja o crime que cometa, consegue prosperar neste estado, devido a sua ação nefasta. No entanto, todos os cidadãos mais bem informados sabem que é o senhor quem coordena essa rede de corrupção e tráfico de influência que hoje domina o Judiciário paraense, através da distribuição de benesses aos bandidos togados da sua marca, pelo governador. Todos sabem que o senhor manipula a distribuição de processos, para que eles acabem nas mãos dos meliantes que integram a sua organização criminosa. Todos sabem, mas ninguém fala, já que todos morrem de medo do senhor. Porque de nada adiantarão provas, advogados ou o que quer que seja: ao fim e ao cabo, a sentença em um eventual processo será escrita pelo senhor, e alguma magistrado de quinta categoria apenas a assinará. Hoje, o Judiciário paraense, sustentado pelos milhões de impostos dos cidadãos, serve apenas aos seus interesses e às quadrilhas que dominam este estado. Os processos que o senhor determina, tramitam com celeridade impressionante, digna de uma Suécia. Já aqueles que o senhor não quer que andem, são simplesmente travados por algum de seus comparsas. Corajosos e honrados juízes de primeiro grau, ainda tentam fazer Justiça, insurgindo-se contra a sua máfia. Mas no Desembargo, o seu controle é quase total: um ou outro desembargador é que ainda busca, cada vez mais solitariamente, honrar a toga que veste. Imagino como tamanho poder não lhe provoca quase um orgasmo, não é, doutor? Imagino como o senhor se imagina “bom” e “puro”, ao papar uma hóstia, enquanto milhares de pessoas são assassinadas em nossas ruas, devido a sua psicopatia. E eu creio que ao ver religiosos como o senhor, a papar hóstias ou a gritar aleluias, Deus deve é sentir uma tremenda ânsia de vômito. Sei que ao publicar esta carta, doutor Milton, o senhor e a sua gangue transformarão a minha vida em um miserável inferno, até o fim dos meus dias. Sei, também, que estarei sozinha; que muitos se afastarão de mim, como se portadora de algum vírus; e que outros tantos, a seu serviço, farão de tudo para destruir a minha reputação. No entanto, depois de muito pensar, acabei concluindo que não há maneira de acabar com as quadrilhas que se apoderaram deste estado, sem antes desarticular a organização criminosa que o senhor comanda. Nunca tive “vocação” para heroína, doutor Milton. Sou é uma sobrevivente – e me orgulho disso. Mas nestes últimos dias, ao refletir sobre a minha vida, percebi que não tenho rigorosamente nada a perder, ao enfrentar abertamente a sua gangue. Vou fazer 56 anos. E como vivi desbragadamente, se Deus me conceder mais quatro, terei é que me dar por satisfeita. Além disso, quando o Senhor meu Deus me chamar, voltarei pra Ele apenas com o meu espírito, que, por sinal, nem sequer me pertence, mas a Ele, como tudo o mais no Universo. Processe-me, doutor Milton, como, aliás, já o fez, e o senhor me arrancará quase nada, já que o pouco que acumulei ao longo da vida não vale nem R$ 2 mil. Mande me prender, e eu continuarei a pensar e a escrever, para que todos saibam, no presente e o futuro, o bandido que é o senhor. Mande me matar através dos jagunços da quadrilha do seu comparsa, Simão Jatene. Mas tenha certeza de uma coisa: só partirei daqui quando Aquele lá em cima determinar, porque nem o senhor nem ninguém é mais poderoso do que Ele. Vamos, portanto, jogar o “phoda-se”, doutor Milton, até o derradeiro fôlego de cada qual. Eu contra o senhor e toda essa bandidagem togada que empesta este estado. Desta feita, sem acordos, sem sorrisos, sem dissimulações. Vamos jogar de maneira crua, tratando o senhor da maneira que merece, porque assim, quem sabe, desperte o sonolento CNJ. O que não dá mais é pra suportar o triunfo dos seus crimes, à custa de milhares de vidas, em todo o estado do Pará.

FUUUIIIIII!!!!!!

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A sujeira pública (Via o blog de Lúcio Flávio Pinto em 03.11.2016)

A jornalista Ana Célia Pinheiro acaba de divulgar no seu blog, A Perereca da Vizinha, uma carta aberta ao desembargador Milton Nobre.

Reproduzo esse texto não porque concorde com o que Ana Célia escreveu. Discordo frontalmente. Não é um texto jornalístico. Repórter das boas, que sempre admirei por sua tenacidade e compromisso com a busca dos fatos, Ana nega essa condição nesse libelo – tão contundente quanto desarvorado, tão inflamado quanto desrespeitoso, tão pouco a Ana Célia Pinheiro, que eu lia com prazer e absorvendo as informações e ensinamentos que ela me proporcionava. Lamento muito, mais como seu leitor do que como seu amigo, que ela tenha produzido a obra que se vai ler abaixo.

Não a transcrevo para me aproveitar da algaravia da jornalista e assim realizar meus interesses sem me comprometer diretamente, como faz agora o Diário do Pará, de Jader Barbalho. Ele se serve dela, estimulando seus impulsos justiceiros, que não constituem missão de uma grande repórter, como ela foi.

Ana devia traduzir cada acusação que faz ao desembargador Milton Nobre em fatos, se possível fundamentados em provas válidos, ou na citação de acontecimentos. Onde está um adjetivo contundente, deviam estar relacionados acontecimentos e situações concretas que lhes dessem embasamento.

A utilização do que devia ser o produto de apuração jornalística em editorial, como fez o Diário, é uma anomalia, uma acusação à repórter desnaturada. Se fizesse jornalismo de verdade, e não estivesse em pleno retrocesso editorial, de volta à condição de partido político, o jornal da família Barbalho deveria ter usado o desabafo da jornalista como pauta para a devida apuração das informações. Como o jornal não quer chegar a tanto, ecoa maliciosamente o texto, na certeza de que, se houver reação, escapará do alcance da represália. Ana Célia pagará o pato.

O desembargador Milton Nobre já foi corregedor, vice-presidente e presidente do Tribunal de Justiça do Estado, além de membro do Conselho Nacional de Justiça. Chegou ao topo da corte sem fazer carreira na magistratura, graças a uma anomalia, inaceitável numa sociedade verdadeiramente democrática (da qual um dos pilares é a completa independência entre os poderes institucionais da república), que permite à OAB (e ao Ministério Público) ocupar um quinto das cadeiras de desembargadores.

Com esse currículo, ele deve seguir a sugestão da sua feroz acusadora: não deve processá-la nem intimidá-la nem persegui-la e, muito menos, recorrer a qualquer medida de força. Se a catilinária o ofende, deve atribuí-la aos ossos do ofício do serviço público, embora a lei ampare o servidor público nessas situações, punindo exemplarmente o alegado ofensor. Diante de um poder geralmente corporativo, essa atitude equivalerá a um tiro no pé.

O que ele pode fazer melhor à sociedade, diante dos ataques da jornalista (e de outros, como os que fundamentaram críticas – com outra configuração – que fiz ao seu desenho, do qual esperei inicialmente que fosse exemplar), é prestar contas à opinião pública – se possível, desfazendo cada um dos pontos abordados no texto.

Talvez ele se recuse a seguir esse caminho, a pretexto de que é melhor deixar que um texto desse tipo se desfaça por si mesmo. Mas o desembargador tem muitos inimigos (além de falsos amigos), que deverão estar reproduzindo o produto explosivo.

Se Ana Célia Pinheiro errou a mão (e como errou) neste texto, o judiciário paraense tem errado tanto que perdeu a premissa da inocência. Foi condenado ao enquadramento no oposto da regra da lei: é culpado até prova em contrário.

Meu objetivo é também colocar os dois grupos que dominam a comunicação no Pará, das famílias Maiorana e Barbalho, a meditarem um pouco sobre o mal que estão fazendo ao Estado com esse jornalismo faccioso e venal que têm praticado. A queda do nível a um limite abissal de desrespeito às pessoas e descompromisso com a sociedade está fomentando um clima de paixão, radicalismo e fanatismo que acabará resultando em alguma tragédia.

Em 1991 decidi publicar um texto pornográfico que Hélio Gueiros me mandou, apenas dois meses depois de deixar o governo do Pará, para mostrar a que ponto se deterioraram as lideranças políticas do Estado. Elas travaram uma luta imoral no ano anterior, da qual Jader Barbalho saiu vitorioso contra a máquina estadual, mobilizada para produzir votos em favor do candidato do governador, o iludido (e, depois, abandonado, tendo que pagar sozinho a conta da campanha eleitoral) Sahid Xerfan. Uma sujeira maior do que a da eleição deste ano em Belém.

O ex-governador cometeu aquela “coisa” achando que eu jamais a tornaria pública. Ao transcrevê-la, tive a mesma intenção que agora repito: mostrar a que ponto chegamos em degeneração da coisa pública neste tão maltratado Estado.

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NOTA DE APOIO E SOLIDARIEDADE (Via Associação dos Magistrados Paraenses)
"Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor. Porque o amor resultou inútil. E os olhos não choram. E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco"
(Carlos Drummond de Andrade)
A Associação dos Magistrados do estado do Pará – AMEPA, entidade que congrega os juízes estaduais, por meio de seu presidente, vem externar irrestrita solidariedade ao Desembargador Milton Augusto de Brito Nobre, ao tempo em que demonstra veemente REPULSA à ignóbil carta aberta subscrita por uma pessoa identificada como Ana Célia Pinheiro, espalhada em rede social na presente data:
A descabida enxurrada de falsas acusações e alucinações desmedidas assacadas a um Desembargador como se deu nessa missiva, demonstra que vivemos tempos de absoluto desrespeito com a coisa pública e com os que sacrificam suas vidas para o exercício funcional, em especial à magistratura.
Na atualidade, pessoas que se escondem no anonimato das redes de computadores ou mesmo expõem seus nomes, certamente porque salvaguardadas pelo crime organizado ou por um destempero que beira a insanidade, não vislumbram limites para despejar um sem número de xingamentos e impropérios, como se estivessem no livre exercício de um direito. As palavras contidas no verdadeiro arrazoado do crime subscrito por essa pessoa maculam não apenas a imagem de um magistrado, mas toda a magistratura paraense.
Uma nota somente da Associação dos Magistrados não poderia resumir a relevância pública do Des. Milton Nobre e toda sua contribuição ao Poder Judiciário, como também ao estado do Pará e na divulgação nacional dessa unidade da federação.
O Desembargador Milton Nobre é o decano da corte paraense. Ex-Conselheiro Federal da OAB. Ex-Presidente do Tribunal de Justiça, Ex-Presidente do Conselho de Presidentes dos
Tribunais de Justiça do Brasil e Ex-Conselheiro do Conselho Nacional de Justiça - CNJ, entre outras tantas funções que já ocupou em sua extensa e promissora carreira jurídica, incluindo o magistério.
Em décadas dos mais relevantes serviços prestados jamais registrou qualquer desvio de conduta, tampouco fora ofendido de maneira tão abjeta.
As afirmações feitas contra o Desembargador representam profundo golpe no respeito ao Poder Judiciário. A apuração do caso deverá ser a mais rígida possível e todas as alegações desta desequilibrada hão de sujeitá-la à responsabilidade nos termos da lei civil e criminal.
Aliás, que esse episódio de agressão indevida, gratuita e desnecessária a um magistrado sirva para alertar à sociedade de que o exercício da judicância é uma atividade de extremo risco e sujeita quem a escolhe a sofrer dissabores que machucam a alma.
Tornou-se rotineiro qualquer pessoa apontar o dedo em riste e desqualificar juízes, como se ouvir falsas acusações fizesse parte das condições para o exercício laboral. Não o são e tais calúnias devem desafiar a mais exemplar punição.
A AMEPA lamentando de forma profunda esse triste acontecimento e como tem feito a cada ataque à magistratura estadual, faz a defesa de seu associado e atuará para coibir atos atentatórios à honra do Desembargador que construiu sua honrosa carreira à custa de dedicação e estudo.
Belém, 03 de novembro de 2016
HEYDER TAVARES DA SILVA FERREIRA
Presidente da AMEPA

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Amigo de Milton Nobre responde ao blog. E ameaça com “medidas restritivas”.  (Via o blog A Perereca da Vizinha, em 04.11.2016).

Recebi o comentário abaixo, do Walber Monteiro, de há muito ligadíssimo ao desembargador Milton Nobre. Já está liberado na caixinha que acompanha a postagem anterior, mas resolvi trazê-lo à berlinda:  “Depois de ler as sandices que escrevestes sobre o Milton Nobre, só posso depreender que enlouquecestes de vez. Sempre te vi como anormal, pelos comportamentos inusitados que costumas ter com as pessoas, inclusive as que procuraram, no passado, te ajudar (como o Orly Bezerra).
Creio que deverias ser internada e com “camisa-de-força”, em razão dos despautérios que assacas contra não apenas um homem que construiu sua vida e seu sucesso exclusivamente por seus méritos, entre os quais a honradez e a honestidade, mas contra todo o Poder Judiciário do Pará a quem rotulas de “prostíbulo” e de “quadrilha”.
Não tenho pena de ti, nem compaixão. Necessitas de urgentes cuidados médicos e de psquiatras e de providências acauteladoras que evitem, de futuro, que os meios de comunicação social de que usas para tuas infâmias e calúnias sejam utilizados para denegrir imagens e criar, junto ao público que ainda te prestigia, falsos conceitos sobre pessoas e instituições que merecem respeito.

WALBERT MONTEIRO”.  A minha resposta:  Não entendi, Walber: se tudo o que escrevi são “sandices”, “calúnias”, “infâmias”, por que o alvoroço? Ora, como dizia a minha finada mãe, quem se mete com doido acaba é na camisa-de-força, e o doido, na porta do hospício, rindo da cara do sujeito. Então, estou perplexa com a tua reação. E, especialmente, com a tua ameaça velada de “medidas restritivas” contra mim. O que é que vocês vão fazer: tirar meu blog do ar? Tentar me impedir, judicialmente, de acessar a internet? É bobagem, meu amigo! Como já disse, agora não tem acordo, não tem dissimulação, não tem lári-lári, não tem nada. Se tentarem me impedir de acessar a internet em casa, vou pra um ciber ou pra casa de um amigo; crio um site no exterior. Vai ser até bacana porque vai todo mundo acessar a Perereca da Vizinha, pra ver o que é que este blog tem de tão impressionante, que fez até tremer nas bases o mais poderoso magistrado do Pará. O problema é que coloquei o dedo na ferida, né, Walber? O meu voo de camicase acertou bem no centro desse esquema de corrupção e tráfico de influência no TJE, né? Não tenho nenhuma expectativa de escapar ilesa, meu amigo – até porque, como já disse, foi um voo de camicase. Sei o que me espera, mas vou logo avisando: vocês vão ter que me prender ou me matar. Se me prenderem, vou ser presa política, de consciência. Estarei, portanto, na belíssima companhia de muitos dos que lutaram por Democracia, Justiça, Liberdade, em todo o mundo. Se me matarem... Mano, isso aí é com Deus, porque maior do que Ele, ninguém. Se Ele achar que já deu pra mim, Ele vai dizer: vem-te embora! E eu irei toda feliz, pros braços Dele. Mas se Ele achar que ainda tenho que permanecer por aqui, vocês podem mandar os seus melhores pistoleiros, que não me acontecerá coisa alguma. Ao contrário de vocês, que falam tanto por aí no nome Dele, eu quase nem falo Nele. Mas a minha fé no Senhor meu Deus é inabalável! Portanto, façam o que bem entenderem. E sei que vai ser rápido, né? Porque amanhã mesmo, quem sabe, o teu patrão, o Milton Nobre, já esteja com uma liminar encomendada nas mãos. O que, aliás, só vai é confirmar tudo o que escrevi. E vai virar um caso com repercussão nacional, meu caro. E quem sabe assim, finalmente, o CNJ faça alguma coisa, pra acabar com essa corrupção que tomou conta do Judiciário paraense. E só lamento é que não tenham sido os muitos e honrados magistrados desta terra, a dar um pontapé no teu patrão. E antes que me esqueça, Walber, explica aí a história da Vivenda. Abs

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