quarta-feira, outubro 05, 2011

Franssinete Florenzano: Jornalista, exonerada por ser ética, combativa e denunciar a bandidagem no Pará




Por Fábio Castro.


A jornalista Franssinete Florenzano, editora do blog Uruá Tapera e do jornal de mesmo nome foi exonerada do Tribunal de Contas do Estado por motivos políticos.

Franssi é uma jornalista competente, uma profissional honrada e dedicada ao seu trabalho. Há muito tempo vem sendo perseguida pelos poderes sujos do estado do Pará. Em episódios sucessivos, tem tido seu trabalho de jornalista cerceado. Dentre outros, pelo ex-deputado federal Vic Pires Franco (DEM); pelo atual governador Simão Jatene (PSDB), durante a campanha de 2010; pelo vereador Raimundo castro, presidente da Câmara Municipal de Belém e, ainda, pelo vereador Gervásio Morgado (PP). Recentemente, começou a receber ameaças anônimas.


A demissão da jornalista é resultado da pressão do vereador Morgado sobre o TCE.


Gervásio Morgado, por sua vez, não é um vereador competente. É o autor da proposta de mudar o nome da Travessa Apinagés, o autor de inúmeros atos de perdão de dívidas para com a prefeitura e o mesmo que foi fotografado bebendo cerveja em plena Câmara Municipal.


Esse tipo de situação exige que as pessoas se posicionem. Defender a Franssi é defender a sociedade, pois o trabalho dela é exemplo do jornalismo que interessa à sociedade, ao bem público, ao interesse comum. Um exemplo do jornalismo que não pactua com os interesses pessoais e empresariais que tomam a comunicação e a política, traindo, nelas, sua função elementar.


Essa situação é um abuso de poder político e nos leva a perceber o quanto o estado do Pará tem-se tornado refém desses interesses e de seus poderes sujos.


Não temos jornais, rádios ou TVs, mas temos a internet - e justamente é isso que tem incomodado a gente como Gervásio Morgado. Façamos uso dela: de nossos blogs, do Twitter, das redes sociais, enfim, para ajudar a evidenciar a maneira como as elites paraenses, na sua covardia, ganância e arrogância - sim, e na sua ignorância, é claro - têm abusado de prerrogativas públicas e do poder econômico para cometer injustiças e arbitrariedades.

sexta-feira, setembro 30, 2011

Só a carente Belém para estar animada com Brasil B e Argentina B. O truque é fingir que é Copa do Mundo.

reproducao3 1024x576 Só a carente Belém para estar animada com Brasil B e Argentina B. O truque é fingir que é Copa do Mundo. Mário Fernandes não estava tão errado...


Por Cosme Rímole, no Portal R7.

A população de Belém caiu no truque da CBF.

O amistoso entre o Brasil B contra a Argentina B é uma mera compensação.

Pelo Pará ter ficado de fora da Copa do Mundo.

Ricardo Teixeira foi um gênio.

Colocou o jogo no Estado mais apaixonado e desesperado por futebol.

O que aconteceu no último fim de semana mostra até onde vai a paixão do paraense.

 Sem times na Série A ou B, a saída é a paupérrima Série C.

O Paysandu enfrentou o América de Natal em Belém.

Os torcedores do Remo vestiram camisas do América e provocaram uma briga inacreditável...

Em frente ao estádio da Curuzu, as torcidas do Paysandu e os infiltrados do Remo trocaram socos e até tiros...

Se pela Série C os paraenses são capazes dessa loucura, o que não fariam pela seleção brasileira?

A histeria se mistura com a tietagem...

O desespero pelo popstar Neymar encobre o raciocínio dos torcedores em relação ao jogo...

Ter o Justin Bieber do Suarão em Belém é como uma visita dos Rolling Stones ao Rio...

quarta-feira, setembro 28, 2011

O Fisioligismo de Flexa Ribeiro no PSD

Flexa Ribeiro: "Mesmo se me filiar ao PSD, continuarei na oposição construtiva"
Flexa Ribeiro: "Mesmo se me filiar ao PSD, continuarei na oposição construtiva" (Moreira Mariz/Agência Senado)
No site da Veja
 

Sigla, que sai do papel após decisão do TSE, precisa agora de três senadores para formar bancada e conseguir vantagens administrativas. By Luciana Marques.

O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) pode ser o terceiro senador a integrar os quadros do PSD, ao lado de Kátia Abreu (TO) e Sérgio Petecão (AC). O tucano conversou nos últimos dias com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, sobre a provável filiação e deve tomar uma decisão até segunda-feira. Ribeiro pretende disputar a prefeitura de Belém em 2012 – o nome do deputado Zenaldo Coutinho (PSDB-PA) também é ventilado para concorrer ao cargo.

“Estou fazendo uma avaliação política do processo. Mesmo se me filiar ao PSD, continuarei na oposição construtiva. O Kassab me garantiu que o partido será independente, então votarei a favor dos projetos do governo se forem de interesse da nação”, afirmou o senador ao site de VEJA. O regimento do Senado exige o mínimo de três senadores para a formação de uma bancada partidária – motivo pelo qual o PSD está cortejando alguns senadores. Além de Flexa Ribeiro, a legenda espera convencer o senador Jayme Campos (DEM-PA) a migrar para a nova sigla. O democrata, no entanto, não sinalizou que vá migrar para o PSD até agora. 

Espaço - Se conseguir formar uma bancada, o PSD garantirá mais espaço, não só político, mas físico no Senado. Ou seja, vai pedir gabinetes extras para reuniões. O DEM, contudo, diz que não vai ceder seu espaço ao novo partido, apesar da perda de parlamentares ao PSD. “Não tem o que discutir. Não houve nenhuma eleição agora, então é evidente que devemos manter o espaço”, afirmou o presidente do DEM, o senador Agripino Maia (RN).  

O senador Sérgio Petecão, um dos fundadores do PSD, criticou a postura do Democratas: “Será que o DEM não vai se aquietar? Quem é o DEM para dar ordens? Eles vão lutar pelo espaço deles e, nós, pelo nosso”. Além do gabinete da liderança, a bancada tem outras vantagens administrativas, como funcionários comissionados, cota de telefone e um carro. Tudo custeado pelo erário.

DEM – Para evitar desgastes, o DEM decidiu não recorrer da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que concedeu registro ao PSD na noite de terça-feira. “Decisão de justiça é decisão de justiça. O assunto está encerrado”, disse Agripino. O DEM foi o partido que mais saiu prejudicado com a criação do PSD: pelo menos quinze políticos deixaram a legenda. Logo após o julgamento do TSE, o partido anunciou que iria à Justiça.

Na avaliação do cientista político da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Francisco Carlos Teixeira, a situação do Democratas tende a piorar. “Todos aqueles que ficaram com medo de aderir ao PSD com medo dele não dar certo agora vão correr, provocando uma sangria no DEM. Acho lamentável a direita perder voz no cenário brasileiro. Temos visto a direita se diluindo no adesismo ao governo”, avaliou. 

Teixeira também criticou a postura do PSD, que depois de dizer que não é de direita, nem de esquerda, agora afirma ser de centro. “A legenda não tem nenhuma identidade, é apenas um procedimento eleitoreiro. O partido viabiliza a carreira política de quem não está à vontade em seus partidos. É uma forma também de receber favores do governo federal”, declarou.

Discurso de um desgoverno

Uma migalha travestida de clássico

Opinião: uma migalha travestida de clássico (Foto: Mário Quadros)
Assédio dos paraenses impressionou os jogadores da Seleção (Foto: Mário Quadros)



A euforia está em cada canto da cidade. Trânsito caótico, torcedores acampados na frente do hotel e 25 mil pessoas para acompanhar um simples treinamento. Tudo isso compõe, à primeira vista, o cenário desta passagem da seleção brasileira por Belém. E o jogo de hoje, que deve lotar o Mangueirão, ainda é contra a Argentina. Um clássico. Difícil pensar em algum aspecto negativo? Nem um pouco.

Para começo de conversa, é preciso separar a torcida de verdade do histerismo das “fãs”. Essas só querem aproveitar o momento para ter, quem sabe, uns cinco minutinhos de fama nas câmeras de alguma rede de televisão. Patético. Torcedor de verdade quer saber do esquema tático do Mano Menezes, se o Neymar e o Ronaldinho Gaúcho vão arrebentar e coisas do tipo. E esse torcedor é consciente de que o jogo de hoje faz parte da série de “cala-bocas” que a CBF está dando às cidades excluídas da Copa do Mundo de 2014, que ainda pode render uma Copa América para Belém.

Nada mais natural, já que a bajulação em cima de Ricardo Teixeira atinge níveis extraordinários por essas bandas, tanto da Federação Paraense de Futebol (cujo presidente é constantemente chamado para integrar a delegação brasileira em torneios por aí), como também de Remo e Paysandu, que ignoram o fato de que o futebol do Norte é historicamente desprezado (e prejudicado) pela CBF, tendo a questão da Copa do Mundo como exemplo mais recente.

Tendo isso em mente, está liberado torcer, fazer festa, dar aquele show. Até porque é complicado ficar imune a um Brasil e Argentina, por mais que ele esteja impregnado de tons políticos. A paixão pelo futebol fala mais alto. E assim, vai ficar ainda mais evidente, quando a bola rolar, às 21h50, no Mangueirão, a bizarrice que foi deixar Belém de fora da Copa do Mundo, um torneio cada vez mais comercial do que esportivo.

E um último detalhe. Torcedor que é torcedor não é burro. Também cobra. Sabe que é a Argentina, mas é o time B dos hermanos. Se o Brasil jogar mal e perder, tome vaias, sem piedade. As garotinhas ainda estarão suspirando por Neymar, mas quem quer saber de futebol não vai se importar com um penteado bem (?) produzido...  

(Carlos Eduardo Vilaça/editor do caderno Bola)

A lista dos que venderam o lixo de Belém

Com 18 votos à favor e 11 contra, o prefeito Duciomar Costa conseguiu que sua base de apoio na Camara Municipal de Belém, aprovasse a privatização do serviço de coleta do lixo de Belém, por 35 anos.
A lei segue para ser sancionada pelo prefeito que o fará com os olhos bem abertos para a fortuna que a empresa que "ganhará" a licitação da parceiria público-privada tal como prevê a lei aprovada.
Cabe à justiça paraense embargar mais esse assalto aos bolsos dos contribuintes de Belém e fazer jus aos seus salários e funções de proteger o cidadão contra esse tipo de rapinagem.
 
Veja a lista completa dos vereadores que participaram da votação:
Favoráveis
1. Antônio Rocha (PMDB)
2. Antonio Vinagre (PTB)
3. Gervásio Morgado (PR)
4. Henrique Soares (PMDB)
5. Iran Moraes (PSB)
6. Luiz Pereira ((PR)
7. Miguel Rodrigues (PRB)
8. Nadir Neves (PTB)
9. Nehemias Valentim (PSDB)
10. Nonato Filgueiras (PV)
11. Orlando Reis (PV)
12. Paulo Queiroz (PSDB)
13. Pio Neto (PTB)
14. Raimundo Castro (PTB)
15. Rildo Pessoa (PDT)
16. Tereza Coimbra (PDT)
17. Walter Arbage (PTB)
18. Wanderlan Quaresma (PMDB)
Contrários
1. Adalberto Aguiar (PT)

2. Alfredo Costa (PT)

3. Augusto Pantoja (PPS)

4. Ademir Andrade (PSB)

5. Evaldo Rosa (PPS)

6. Carlos Augusto (DEM)

7. Fernando Dourado (DEM)

8. Otávio Pinheiro (PT)

9. Raul Batista (PRB)

10. Sahid Xerfan (PP) 

11. Vandick Lima (PP).

Os vereadores que nem se quer puseram os pés na CMB foram: Abel Loureiro (DEM) e Vanessa Vasconcelos (PMDB).

Amaury Souza (PT), José Scaff Filho (PMDB), Marquinho (PT) e Mário Correa (PR) estavam no plenário mas saíram na hora da votação e assim foram contabilizados como ausentes.

Nilson Pinto: O Pinóquio de Jatene

Por incrível que paraceça, existe uma meia-verdade na fala do secretário de Promoção Especial, Nilson Pinto. 

Quando diz que os governos anteriores não fizeram o PCCR, é verdade! 

Ele só mente ao dizer que foi o governo Jatene, ao invés de dizer a verdade, de que foi Ana Júlia quem criou, debateu com a categoria, reuniu técnicos, debateu na ALEPA e sancionou a lei do Plano de Cargos e Carreira dos Servidores da Educação em 2010, ao contrário do PSDB, PMDB e demais partidos que governaram o Pará, antes do PT e que sempre ignoraram este direito. 

A cara de pau de Nilson Pinto é tamanha, que chega a conclamar, que juntos professores e governo lutem para que o governo federal ajude o Estado do Pará e deixa em meias palavras a responsabilidade dos servidores pela greve e com isso, quebra a promessa de Jatene que falava no tal pacto pela Educação e  agora joga a população contra os trabalhadores, numa clara e nefasta demostração de um governo que começa terminando com suas últimas reservas de credibilidade. 

A greve continua e cresce e tende à responder por essa canalhice tucana, com mais dias de paralização e aumento da adesão às manifestação públicas.

Os estudantes sofrerão, os vestibulandos e demais alunos que farão o ENEM ,mais ainda, mas a demostração de insensibilidade por parte do gestor do Estado do Pará, demostrada no vídeo publicitário, pago com dinheiro público, mostra que tipo de governo os servidores e o povo paraense enfrentarão daqui pra frente. 

quinta-feira, setembro 22, 2011

Quem pode responder?

Lá vem mais uma dispensa de licitação milionária, querem ver?
Nem a grande imprensa e nenhum blog ainda falou  de forma séria e profunda sobre a situação dramática vivida pelos agentes carcerários e os apenados na Colônia Agrícula Heleno Fragoso*.
Falta de higiene, estrutura física e o fim de projetos que ajudavam na resocialização dos detentos, como o Pró-Jovem, foram alguns dos relatos que ouvi de quem esteve por lá, na tarde desta quarta-feira (21), junto com duas comissões, uma organizada pelo Senado Federal, formada pela senadora Marinor Brito, líder do PSOL no Senado, Deise Benedito, representante da secretaria nacional de Direitos Humanos e Domingos Silveira, ouvidor Nacional de Direitos Humanos da presidência da República. A outra é da CPI do Tráfico Humano, presidida pelo deputado Edilson Moura (PT), que acompanhado dos deputados Cássio Andrade (PSB), Carlos Bordalo (PT), Edmilson Rodrigues (PSOL) e Megale (PSDB) foram no município de Santa Izabel-PA, checar in loco, as condições denunciadas pela adolescente de 14 anos que fugiu do lugar, depois de ter sido violentada de tudo que jeito  por 4 dias por presos daquele lugar, consumindo drogas e bedidas alcóolicas.
FOTO: CRISTINO MARTINS/ AG. PARÁ
Mesmo que o Espaço aberto diga que há um bem-bom naquele inferno, relatos de agentes penitenciários e dos próprios presos, nos dão conta de que a diária paga pelo Estado por dia trabalhado é de R$ 1,30  e as condições precárias dos alojamentos, banheiros e refeitórios beiram a visão de um campo de concentração nazista. Pra piorar o descontentament e o caos, o governo está atrasado  com seu compromisso de pagar  a mísera remuneração dois presos em dois meses.
Agora me diga, você car@ leitor(a), seria má fé ou um exagero de proteção à gestão tucana dizer que os "malandros"  são  os grandes responsáveis pela monstruosidade dos atos que  alí aconteciam e merecem agora toda a satanização por parte da imprensa e por consequência, da sociedade? Onde fica a obrigação do chefe de Estado em proteger e garantir o cumprimento da legislação brasileira e fazer daquele lugar um espaço de resocialização?
FOTO: CRISTINO MARTINS/ AG. PARÁ
Mesmo que uns e outros não atentem para isso - ou não queriam , propositalmente -  uma  das perguntas que gritam por respostas e merece ser respondida por alguém: Onde estão as demais meninas que a vítima de 14 anos disse que também estavam na Colônia quando da sua passagem de 04 dias pelo inferno em forma de Centro de Recuperação? A outra e saber se é verdade que dos detentos acusados de cometerem os estupros, dois deles fugiram?
A imprensa paraense foi coibida de entrar na Colônia desde do último sábado, se quer reclamou do tratamento ofertado pelo governo do Estado, que cinco dias após a denúncia da adolescentes abusada, resolveu cercar o Centro de Recuperação com policiais militares. A legislação não restringe tal responsabilidade aos agentes prisionais?
E a Izabela Jatene, coordenadora do Pró Paz questionando a ida da adolescente para prestar depoimento na ALEPA, em detrimento de não ter ido fazer um exame no IML?
A filha do chefe, defendendo o Pai. Não caiu nada bem! Foto: SECOM-PA.
A motivação das críticas feita era mesmo a preocupação com a saúde e/ou a "super-exposição" da menor abusada ou seria com o medo de que as informações prestadas à Comissão Parlamentar de Inquerito do Tráfico Humano que apura a existência de ligações que podem conduzir as investigações à acusão de omissão do Estado em crimes graves, os quais atentam contra os Direitos Humanos, podendo fazer com que o caso ganhe repercussão e chegue até as cortes internacionais, como aconteceu com a menor que passou vinte dias dentro de uma cela em Abaetetuba-PA e que rendeu até o cão dizer chega, no ano de 2007, o primeiro do governo Ana Júlia e que serviu de mote para falas recheadas de indignação de parlamentares do PSDBD, DEM, PPS, entre outros, que acusavam só uma pessoa pelo ato: A governadora Ana Júlia.
Agora, como num passe de mágica quem a antes bradava para que o guerreiro fosse jogado aos leões vira o rei que assiste tudo do alto. O que acontece hoje no Pará parece mais  um romance de Ágatha Christie - onde o responsável mor do Estado sai do "tronco" e vira um astuto e ágil gestor, que distribui canetada de exonerações e livra-se dos anéis que sufocam os dedos com facilidade.
Ninguém contesta que o governo de Simão Jatene, neste segundo mandato, goza de uma rede político-empresarial, que possue e sabe utilizar-se de um sofisticado aparato de comunicação, o qual o blinda da mais grave situação que lhe possa incomodar e tenta reverter os baixos índices de aprovação e a imobilidade que marcam o 13º ano da gestão tucana, interrompida por 4 anos pelo PT, partido que mesmo fora do poder e sem maioria na ALEPA é frequentemente atacado pelo governo e seus aliados.
Por fim, onde está o Conselho Estadual de Segurança e seus representantes da Sociedade Civil Organizada que não se pronunicia e nem sequer sabemos quem o compõe?
Alguém poderia fazer o favor de responder este humilde blogueiro que pensa seriamente em acordar e enviar esta postagem para entidades nacionais e internacionais tomarem conhecimento?
*Segundo a WikiPédia, o carioca Heleno Cláudio Fragoso (1926/1985) foi um destacado advogado criminal e jurista brasileiro e um dos mais importantes advogados de presos políticos na época da ditadura militar, defendendo inúmeras pessoas acusadas de oposição ao regime. 
Como todo respeito à família Fragoso, mas ele deve estar se romendo no tumúlo!

segunda-feira, setembro 19, 2011

Adolescente é estuprada dentro de Colônia Penitênciária do Pará




O final de semana não foi fácil. Belém acordou sem água e sem energia elétrica em diversos bairros e milhares de pessoas novamente tiveram suas vidas atormentadas e dificultadas, mas quando olhamos pros lados e percebemos os problemas alheios, vemos que há quem esteja vivendo situações bem piores.

Mesmo com a rotina infeliz, fomos informados neste sábado de que uma adolescente de apenas 14 anos foi encontrada por uma viatura da PM e encaminhada até um conselho tutelar e lá disse ter sido aliciada por uma mulher em Outeiro a qual haveria levado até a Colônia Penitenciária Helena Fragoso, em Santa Izabel, município da Região Metropolitana de Belém. Lá, teria passado quatro dias sendo submetida a uso de bebidas  alcoólicas e drogas, além de ser abusada sexualmente diversas vezes, por tantos presos, que até perdeu a conta. Fugida do local, a adolescente chegou a dizer que durante sua estadia no inferno

A gravidade do caso mereceu até este momento, a exoneração de 20 servidores da Colônia Penitenciária e uma nota do governo do Estado, o qual disse estar averiguando as responsabilidades. Acontece que algumas perguntas ainda não foram esclarecidas e já poderiam haja vista que há uma séria e contundente possibilidade de o Estado e a Superintendência do Sistema Pena serem responsabilizados por permitirem que presos em regime semi-aberto consumam drogas, bebidas e pratiquem sexo dentro da instituição pública que deveria viagiá-los e cuidar de sua resocialização.

A outra questão que merece ser rapidamente elucidada é saber o paradeiro e a situação das outras duas ou três meninas que a adolescente de 14 anos disse também estarem na mesma situação. A imprensa mal tocou nessa questão, mas há de se procurar por ela, afinal são mais vítimas num só caso de extrema ausência do papel do governo em garantir segurança à população.

Atualização

No Portal ORM


MPF cobra punição no caso do estupro de adolescente

O MPF (Ministério Público Federal) do Pará instaurou procedimento administrativo para acompanhar a apuração do caso da adolescente de 14 anos que teria passado quatro dias sendo abusada por detentos da Colônia Agrícola Heleno Fragoso, no complexo penitenciário de Americano, em Santa Isabel do Pará. O MPF cobra a punição dos envolvidos e a apresentação de providências que evitem novas ocorrências do tipo.


'Os fatos relatado demonstram violação à dignidade humana e desrespeito aos direitos individuais básicos da menor, denotando grave violação aos direitos humanos', ressalta o Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Alan Rogério Mansur Silva, no despacho que determinou a abertura do procedimento administrativo.

Leia mais: Adolescente faz revelações sobre abuso em colônia agrícola


Mansur Silva encaminhou ofício ao secretário estadual de Segurança Pública, Luiz Fernandes Rocha, requisitando que em 72 horas a secretaria informe ao MPF quais providências o Estado do Pará está tomando para apurar o caso e para punir os responsáveis. O Procurador Regional dos Direitos do Cidadão também pergunta quais as providências administrativas adotadas para evitar que novos casos ocorram em área de custódia do Estado.


Leia mais: Adolescente abusada em presídio faz exames no IML

Twitter, Facebook e o povo na rua

CTRL+C / CTRL+V do sempre atento blog do Miro

Por Jung Mo Sung, no sítio da Adital:

Um novo fenômeno social está se consolidando em diversas partes do mundo: a convocação de mobilizações e protestos sociais a partir do uso de redes sociais da internet. Em alguns países, essas manifestações levaram a conseqüências políticas mais sérias, em outros não. Mas, ninguém pode negar que estamos presenciando um novo tipo de fenômeno social.



No último dia 7 de setembro, por ex., os noticiários brasileiros deram destaques a diversas manifestações contra a corrupção no Brasil. Sem entrar em discussão aqui sobre o problema da corrupção no Brasil –que não é só culpa ou responsabilidade dos políticos, pois há corruptores da área privada– ou da democracia nos países árabes, eu quero focar a atenção sobre esta novidade de manifestações sociais mais ou menos espontâneas através do uso de redes sociais.


Uma das características desses movimentos é que não há um líder carismático ou político visível, nem um partido ou um grupo político dirigindo por detrás dessas manifestações. As redes sociais, como facebook ou twitter, permitem que insatisfações sociais dispersas se articulem de uma forma mais ou menos "espontânea”, como um vírus que se espalha e se multiplica aproveitando dessa insatisfação.

Diante dessa realidade social nova, há muitos que proclamam que a era da política ou das articulações políticas já passou e que vivemos agora o tempo das mobilizações sociais que prescindiriam do campo político para gerar transformações sociais ou para criar uma sociedade alternativa. No fundo, a nova tecnologia possibilitaria o sonho antigo de uma sociedade sem política, isto é uma sociedade sem Estado: uma sociedade anarquista.

O interessante é que a ideologia ainda dominante no mundo, o neoliberalismo, é também uma proposta de uma sociedade sem Estado, ou com o mínimo de Estado necessário; utopia de uma sociedade baseada somente nas relações de mercado. Parece que muitos procuram uma alternativa à globalização neoliberal sem romper com o mesmo princípio: o fim do Estado; e veem nessas mobilizações descentralizadas o caminho para nova sociedade.

O problema é que uma sociedade alternativa não pode ser pensada como um movimento perpétuo, sem institucionalizações ou regras que estabeleçam uma "normalidade”. Penso aqui a normalidade no duplo sentido: a) no sentido de normal, isto é, de procedimentos e hábitos que realizamos sem ter que pensar a cada momento; b) no de normas, de regras, que fazem todos aceitarem os mesmos limites dentro dos quais a liberdade é exercida na relação cotidiana com outras pessoas e com a sociedade.

É claro que essas mobilizações sociais contra a corrupção, que se tornou endêmica ao nosso sistema político, são importantes e constituem um bom sinal. Mas, não podemos esquecer que essas mobilizações precisam impactar e influenciar o campo político, sem deixar de ser cooptado por este. Pois, sem novas regras e procedimentos políticos e novas leis, não é possível realizar mudanças estruturais na sociedade; muito menos criar um novo patamar, eticamente superior, de "normalidade” na vida pública.

Protestar e resistir são momentos importantes, mas não são suficientes. É preciso também pensar nos passos seguintes de ação política e social visando criação de uma nova institucionalidade eticamente superior, socialmente mais justo e politicamente mais democrático.

domingo, setembro 18, 2011

Terruá Pará: O mistério continua


Era para acontecer tudo em apenas uma tarde, mas os problemas são tantos que as explicações que seriam apresentadas pelo Secretário de Comunicação e pelo Secretário de Segurança do Pará não puderam acontecer no mesmo dia, como havia sido programado para acontecer na ALEPA, nesta quarta-feira (15), pois o Sr. Luis Fernandes (SEGUP) levou muito tempo justificando o uso de métodos "especiais" para aferir a redução da criminalidade e da violência no Pará, nestes oito primeiros meses do segundo mandato de Simão Jatene (PSDB).

A previsão de logo em seguida ser a vez do badalado Secretário de Comunicação, Sr. Ney Messias, acabou não acontecendo, pois seu colega da insegurança pública, se alongou em sua participação, apresentando números, como é de praxes nas gestões tucanas, e com vôo marcado para assistir o Çairé em Santarém, os representantes da SECOM e FUNTELPA, foram dispensados por hora de suas explicações.

Os petistas Carlos Bordalo e Edilson Moura, presidente da Comissão de Educação e Cultura da ALEPA, acompanhados de Edmilson Rodrigues do PSOL, forma os únicos deputados da oposição que estavam presentes no ato que visava recolher explicações do que vem sendo realizado pela pastas dos já citados secretários e suas respectivas funções e atos públicos, confiados por Simão Jatene, o governador do Estado.

Uma fonte da ALEPA presente no ato nos garantiu que Ney Messias foi visto entrando na ALEPA pelas portas do fundo, descendo na garagem de dentro de um carro com películas até nos pneus e que teria subido as escadas como se pisasse em ovos, adentrando a sala de reunião do auditório João Batista mais aflito que adolescente reprovado, antes de entregar o boletim do ano aos pais.

A moça de uma empresa de limpeza terceirizada teria visto o Secretário de Comunicação entrar no banheiro feminino apresentando sinais de nervosismo e sem prestar atenção para a placa de recomendação de gênero: “Saiu sem demorar, talvez tenha ido passar uma água no rosto ou fazer um gargarejo pois não mostrou o mínimo sinal de ter feito outra coisa que não enxugar o rosto e as mãos”, concluiu a moça que pediu o segredo de seu nome.

Logo depois, antes de entrar na referida reunião com os deputados, onde exporia suas justificativas de como gastar R$ 3 milhões em um show, sendo que a previsão para todas as manifestações culturais do Estado, apresentadas pelo próprio governo, prevê para os 04 anos de Jatene a quantia de R$ 16 milhões de reais para todas, eu disse TODAS, as programações culturais do Estado, em 04 anos!

O deputado Carlos Bordalo (PT) que foi o autor do requerimento da visita, junto à Comissão de Educação e Cultura, objetivava ouvir as explicações de Ney Messias e para tal, não deixou de cumprir o rito diplomático e permitiu-se receber alguns afagos do secretário ilusionista, tal como se define em seu twitter, que ao sentar de frente para o parlamentar foi logo puxando conversa, chegando até a incomodar as demais pessoas que ouviam atentamente as explicações do Secretário de Segurança.

Bordalo ao perceber a aflição do secretário, sugeriu-lhe calma, dizendo que ele teria sua chance de se explicar, sem maquiagem, shows, ensaio e palco.

Não deu. Pra sorte de Ney, seu amigo, Manoel Pioneiro, hoje presidente da ALEPA e coordenador da reunião, pediu que a escuta de suas palavras ficasse para outro dia ainda indefinido.

Enquanto esse dia não chega, mantenho as indagações que fiz diversas vezes pelo twitter: Quanto custou o lançamento do Terruá Pará em São Paulo? Quais são os critérios de escolha dos músicos? Se é uma política pública como afirmam os organizadores porque não há editais e concorrência entre os participantes? Porque investir tanto em tão poucos artístas e com públicos limitados?

quinta-feira, setembro 15, 2011

Flexa apela, desiste e volta a trás, deixando seguidores na mão



O Senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) lançou a alguns dias atrás, uma promoção que sortearia ingressos pro jogo da seleção brasileira contra a Argentina em Belém, para quem o seguisse no Twitter e desse RT na frase 

O ato foi denunciado por vários militantes virtuais que desconfiaram que havia uma ajudinha do governo do Estado na "grande idéia" do senador e sabendo que o governador Simão Jatene destinou aos bolsos de Ricardo Teixeira a bagatela de R$ 2 milhões no referido amistoso e ainda tá cobrando entre R$90 à R$500 reais por ingresso para o mesmo, ficou mais forte a suspeita de haver uma colaboração dos cofres públicos para com o senador, através de algumas "cortesias" para serem sorteadas pelo bondoso senador.


Ontem, através de seu próprio twitter o Senador do Açai se melou todo e disse: "Devido a interpretações equivocadas da ação, resolvemos cancelar a promo" para todos os que acreditaram que poderiam ganhar o prêmio.

Outro epsódio onde o protagonismo dos internautas paraenses fez com que os tucanos recuassem de suas idéias mirabolantes, foi quando foi anunciado a mostra do Terruá Pará em Belém, onde seria cobrado o ingresso de R$ 30,00. A reação do público que soube que os cofres públicos sangravam a bagatela de R$ 3 milhões de reais para o evento causou uma comoção generalizada, fazendo críticas sobre o uso dos recursos públicos e os 3 dias do show foram gratuítos, embora tenha ocorrido, como de praxes do tucanato, a distribuição de ingressos para a cúpula do governo Jatene, por de baixo do pano, é claro!

quinta-feira, setembro 01, 2011

Eduardo e Mônica (versão pra jornalistas)

Quem um dia irá dizer 
Que existe razão 
Quando se escolhe essa profissão? 
E quem irá dizer 
Que não existe razão? 

Eduardo abriu o livro, mas não quis nem estudar 
As teorias que os mestres deram 
Enquanto a Mônica tomava um esporro do editor 
No fechamento, como eles disseram. 

Eduardo e Mônica um dia se trombaram sem querer 
A fumaça tava forte, foi difícil de se ver 
Um carinha da facul do Eduardo que disse 
“Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir” 
Gente estranha, festa de jornalista 
“Eu não tô legal, já fumei mais que devia” 
E a Mônica riu e quis saber um pouco mais 
Sobre o mundinho que ele prometeu mudar 
E o Eduardo, com larica, só pensava em ir pra casa 
“A geladeira eu quero atacar”. 

Eduardo e Mônica trocaram seus e-mails 
Depois se escreveram e decidiram tuitar 
O Eduardo sugeriu um call no Skype 
Mas a Mônica queria ir pro Messenger teclar 
Se encontraram ainda lá no Facebook 
A Mônica sem foto e o Eduardo sem cabelo 
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar 
Mas a menina escrevia com um zelo. 

Eduardo e Mônica eram nada parecidos 
Ele tinha ilusão, ela sabia economês 
Ela falava de finanças, cedebês e inflação 
E ele ainda maltratava o português 
Ela gostava do Basile, do Furtado 
Do Marx, do Stiglitz, do Yunus e Cournot 
E o Eduardo era um puta Zé Ruela 
E vivia dia e noite vendo site pornô. 

Ela falava coisas sobre a função social 
Também de lead e do pescoção 
E o Eduardo ainda tava no esquema 
Adorno, cerveja, truco e Enecom. 

E mesmo com tudo diferente 
Veio mesmo de repente 
Uma vontade de se ver 
Os dois sonhavam transar todo dia 
Só que dela a rotina era bem de foder (er-er). 

Eduardo e Mônica estudaram locução, assessoria 
Web, fotografia, pro CV melhorar 
A Mônica explicava pro Eduardo 
Coisas sobre fontes, off e formas de apurar. 

Ele aprendeu a escrever, pegou o gosto por ler 
E decidiu estagiar (não!) 
E ela até chorou na primeira vez 
Que ouviu a voz dele ir pro ar 
E os dois já trabalharam juntos 
E cobriram pautas juntos, muitas vezes depois 
E todo mundo diz que a vida foi malucamente bela 
Por ter juntado os dois. 

Construíram os seus blogs uns dois anos atrás 
Logo após que os passaralhos vieram 
Batalharam frilas, mendigaram geral 
Por muito pouco o fiofó não deram. 

Eduardo e Mônica viraram assessores 
Levantaram uma grana, já fizeram prestação... 
Só que a vida dura não vai acabar 
Porque na agência tem perrengue e a mesma ralação. 

E quem um dia irá dizer 
Que existe razão 
Quando se escolhe essa profissão? 
E quem irá dizer 
Que não existe razão?

Psicanalhice


diversão
Tem gente querendo explicar o que não se deve entender. A renomada professora e psicanalista americana Ethel Spector Person me parece ser uma delas. Na tentativa de traduzir o tesão que os homens sentem em ver duas mulheres transando, ela se esquece de explicar que a cena é excitante também para a maioria das mulheres. Talvez esse detalhe esteja num outro capítulo e eu não pretendo chegar lá. Não quero entender minhas vontades nem torná-las profundas e enfadonhas. Afinal, vontade é uma das poucas coisas que a gente tem o direito de matar, sem ter que se explicar.
Segundo a psicanalista, que deve ser feminista e desde já conquista minha antipatia, a razão pela qual os homens ficam excitados ao imaginar duas mulheres fazendo sexo é baseada em temores secretos do homem sobre sua própria potência e capacidade de satisfazer mulheres. A fantasia lésbica não apenas gratifica o prazer em observar o corpo feminino nu, mas também alivia o homem do fardo de satisfazer a mulher do modo como ele sabe que outra mulher é capaz de fazer. Desprovida de qualquer figura masculina, a fantasia também elimina a concorrência.
Em outras palavras, quem fantasia não tem um rival do sexo masculino e por isso não se sente ameaçado. No fim das contas, ela só falta dizer que o homem que sente tesão em ver duas mulheres transando é um homenzinho frágil e assustado. E, se for essa a constatação, ela também se esquece de dizer que talvez essa ‘dose dupla’ sinta um puta prazer em vê-lo tremer de tesão ao assistir o ‘espetáculo’, seja se masturbando ou fazendo o que for necessário para ‘entrar em cena’, como protagonista ou coadjuvante.
No site de Silva Pilz, jornalista que até outro dia escrevia na Playboy, assim como fez um dia a saudosa Maria Rita Kelh.

Com elas o prazer da revista está no que escrevem. Sem ela, melhor não gastar dinheiro com fotos que podemos ver aqui na web.

Tô mentido?

quarta-feira, agosto 31, 2011

Em carta, família de extrativistas assassinados pede justiça

Felipe Milanez, de São Paulo para o Terra Magazine



Claudelice (esquerda) e Laisa Santos Sampaio (direita) entregam um abaixo assinado para autoridades pedindo a federalização das investigações do duplo assassinato

Os familiares de José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva têm vivido uma cruzada por justiça desde o assassinato do casal, em 24 de maio, numa emboscada no assentamento onde viviam, em Nova Ipixuna, Pará. Desde então, a polícia civil entregou o inquérito, apontando um mandante e dois pistoleiros. O juiz estadual, após negar dois pedidos de prisão, assinou o mandado, sob pressão social e já com a queixa do Ministério Público. Enquanto isso, os acusados fugiram, e a polícia federal ficou imobilizada pela justiça federal, que negou a competência para apurar a julgar o crime.
Sem justiça pelo judiciário, os familiares deram início a uma peregrinação, campanhas, abaixo assinados, busca por justiça tentando provocar uma pressão política. Foram a Brasília, a Belém. Encontraram-se com ministros - como a ministra do meio ambiente, Izabela Teixeira, num encontro de populações extrativistas em Marajó, no inicio de agosto. Repetem, em conversas, que "a presidenta Dilma mandou a polícia federal investigar" - em alusão ao pronunciamento de Dilma no mesmo dia do assassinato. E pedem que o caso seja federalizado - uma chance de minimizar a sensação de impunidade característica da justiça estadual no Pará, na visão das populações pobres do campo.
Impossibilitada de ir a Belém em um evento da Central Única dos Trabalhadores - CUT -, Claudelice, irmã de Zé Cláudio, escreveu uma carta, reproduzida abaixo, que pede que seja lida na plenária. Recentemente, os próprios familiares que vivem dentro do assentamento Praia Alta Piranheira passaram a receber ameaças de morte. Sentem que defender a memória da luta de Zé Cláudio e Maria é visto como provocador em uma terra sem lei. E temem que, com impunidade e a legitimação da violência pela oligarquia local, mais pessoas inocentes podem vir a ter o mesmo destino ceifado. Nesse ano, seis trabalhadores rurais já foram assassinados no sudeste do Pará. Ninguém foi preso.

"Carta de desabafo
Toda uma luta por um ideal
Nós, da família de José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, declaramos ao mundo que somos defensores da Floresta Amazônica, da não degradação do meio ambiente, somos a favor da luta contra o desmatamento desvairado, sem planejamento. Somos a favor da vida, e isso se resume numa luta por uma causa que nós acreditamos que seja a luta certa. A luta coerente, no sentido da subsistência da sustentabilidade humana.
Desde que o meu irmão, José Cláudio Ribeiro da Silva, conhecido como Zé Cláudio, e minha cunhada, Maria do Espírito Santo, conhecida como Dona Maria, foram assassinados, a luta pela justiça, é uma constante, mesmo quando tudo parece conspirar contra.

A OAB e a Censura no FACEBOOK

Por mim, no Belém Debates


"[...]
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
[...]"

Maiakóvski.

Hoje de madrugada, postei uma enquete no Blog "As Falas da Pólis", no qual escrevo desde 2006, com a seguinte pergunta: Como você avalia o governo de Simão Jatene?

As respostas opcionais são: 

(  ) Ótimo
(  ) Bom
(  ) Regular
(  ) Ruim 
(  ) Péssimo

Partindo do pressuposto de que deveria ser isento e justo com os leitores e o público que me visita por lá, deixei as cinco (05)  perguntas na forma que acredito ser a ideal para aferir com este recurso não científico, o índice de aprovação/rejeição do atual governador, coisa que também o fiz na gestão de sua sucessora, a ex-governadora Ana Júlia. Aliás, As Falas da Pólis não era nem um pouco bem falado entre aqueles que eram rotulados como sendo do núcleo duro do governo petista e por seu ser filiado ao partido, imaginem o quanto isso me causou problemas. 
Mesmo assim, mantive o blog como um espaço democrático e combativo para aquilo que acredito ser o papel de qualquer cidadão, independente de sua formação acadêmica, seu patrimônio, cor de pele, credo religioso, concepção ideológica, etc.

SDDH comemora seus 34 anos de Lutas no Pará

Nesta segunda-feira (29), a SDDH realizou a programação comemorativa dos 34 anos de existência da entidade com um colóquio sobre direitos humanos e reuniu lideranças dos movimentos sociais, acadêmicos, ex-dirigentes e parlamentares no auditório David Mufarej da UNAMA.

O jornalista Paulo Roberto, junto com o advogado Marcelo Costa e a Doutoura Honoris Causa, Marga Roth.
Foto de Lucivaldo Sena/NUPAM.


Além do Colóquio, outro importante evento acontecia na área externa do auditório onde estava a Mostra Fotográfica "SDDH: 34 anos de Lutas, Sonhos e Resistência" que recepcionou o público presente, o qual pode conferir em 50 fotos históricas, a jornalda de mais de três décadas de protagonismo e luta dos movimentos sociais do Pará.

Mostra Fotográfica "SDDH: 34 anos de Lutas, Sonhos e Resistência".
Foto de Lucivaldo Sena/NUPAM.
Personalidades políticas, líderes camponeses, dirigentes sindicais e o protagonismo das mulheres são destaques na mostra fotográfica, que recebeu muitos elogios e já está sendo convidada para ser apresentada em outros espaços e eventos em Belém.

A doutora Honoris Causa, Marga Rothe, uma das ex-presidentes da SDDH, esteve presente no Colóquio e saudou a platéia dizendo estar feliz com o trabalho desenvolvido pela nova geração de Defensores dos Direitos Humanos do Pará e que mesmo em períodos diferentes, a luta pela garantia de cidadania plena deve continuar.

Vídeo com as edições históricas do Jornal Resistência.  Foto de Lucivaldo Sena/NUPAM.

Os advogados Marco Apolo e Marcelo Costa, atuais dirigentes da SDDH coordenaram as mesas de debate, onde dialogaram com o público presente, representantes de entidades parceiras como o CIMI, a FASE, o MST, e  a Comissão de Direitos Humanos da ALEPA, além do jornalista Paulo Roberto, ex-editor do Jornal Resistência, que resgatou a história de um dos mais combativos jornais impressos do Brasil que foi reeditado e lançado na ocasião, assim como sua versão online, disponível como parte integrante deste Blog e das redes sociais apresentadas no final da tarde, quando então um saboroso coquetel, encerrou a programação festiva dos 34 anos da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos.

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MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...