domingo, junho 05, 2011

Ministério Público do Pará está na lama da ALEPA


Clique nas imagens para ampliar.
OLiberal 05.06.2012

A revelação na matéria da jornalista Enise Vidigal de OLiberal, dá como certa a denúncia feita por promotores do Ministério Público do Estado que não aguentaram mais tantas manobras feita pela cúpula da instituição, afundada em graves acusações de nepotismo, favorecimento pessoal e o mais grave: Acobertar e defender os interesses do ex-deputado Estadual e ex-presidente da ALEPA, Domingos Juvenil.


A apartir de agora não tem mais desculpas para deputado algum não assinar a CPI e revelar o esquema por inteiro, sob pena de serem todos os contrários à mesma, suspeitos de envolvimento com os indícios e/ou acusados, os quais já deveríam estar na penitenciária de Americano.

sábado, junho 04, 2011

Crise no MPE-PA

No blog Uruatapera

Escândalo da Alepa respinga forte na cúpula do MPE-PA: manchete de capa de O Liberal deste domingo revela que o procurador-chefe do Ministério Público Federal do Pará, Ubiratan Cazetta, encaminhou ao Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, que também é presidente do Conselho Nacional do Ministério Público, pedido de providências no sentido do afastamento do ex-procurador geral de Justiça, Geraldo Rocha, da coordenação do grupo de promotores  que investiga o caso.

quinta-feira, junho 02, 2011

Cosanpa aumenta salário da diretoria em 73,30% e nega 7,33% aos trabalhadores




O Conselho de Administração da empresa se reuniu no dia 23 de maio e decidiu aumentar o salário da diretoria da Cosanpa em 73,30% e o jetom de participação no Conselho em 173,94% passando de R$ 835,11 para R$ 2.282,31. O presidente Antônio Rodrigues Braga ganhava R$ 9.830,25, com o acúmulo do aumento do jetom e o aumento no salário da diretoria, agora passou a ganhar R$17.035,99. Ainda assim, a diretoria da Cosanpa diz que não tem como reajustar os salários dos empregados em 7,33%, relativo ao ICV/Diesse.

Os demais cinco membros da diretoria também tiveram aumento de 73,30%, elevando os proventos de R$ 8.055,29 para R$ 13.959,20. Enquanto isso, essa mesma diretoria nega reajuste de 7,33% aos trabalhadores e insiste em congelar o valor dos tíquetes-alimentação, que é de R$ 600,00 e os trabalhadores reivindicam R$ 670,00, motivo da greve iniciada na terça-feira, 31 de maio. A categoria reivindica reajuste para R$ 670,00 e aumento real nos salários no percentual de 2,5%. 

“Avaliamos como imoral o fato da direção da Cosanpa aumentar em 73,3% os salários da diretoria. Esse aumento significa 10 vezes o valor do percentual negado aos trabalhadores, que é de 7,33%, referente ao ICV de maio de 2010 a abril de 2011”, denuncia o presidente do Sindicato dos Urbanitários do Pará, Ronaldo Romeiro.

Sopão - A greve continua nesta sexta-feira, quando o Sindicato dos Urbanitários distribuirá um sopão em frente ao Escritório Central da Cosanpa, em São Brás, às 11h. Na terça-feira, 7 de junho, às 10 h, uma comissão do sindicato vai participar da audiência de conciliação mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT- 8ª Região) com a interlocutores da Cosanpa.

Essa audiência foi marcada pelo desembargador Vicente Malheiros em despacho em que reduziu de 70% para 40% o contingente de pessoal da manutenção do serviço essencial durante a greve. Os trabalhadores da Cosanpa irão acompanhar a audiência em frente ao TRT, na terça-feira, 7.

Enviado por email pela ASCOM-Urbanitários.

quarta-feira, junho 01, 2011

PT condena assassinatos e pede fim da violência na região amazônica



A direção nacional do Partido dos Trabalhadores divulgou nota nesta terça-feira (31) em que manifesta a sua indignação com os assassinatos ocorridos nos últimos dias na região amazônica.

A nota, assinada pelo presidente Rui Falcão e pelos secretários  Elvino Bohn Gass (Agrário) e Renato Simões (Movimentos Populares), apoia a iniciativa do governo federal de dar prioridade máxima ao assunto e deixa clara a posição do PT pela investigação dos crimes, punição dos culpados, fim da violência e proteção às lideranças ameaçadas. 

Leia a íntegra do documento:

Assassinatos não podem ficar impunes

O Partido dos Trabalhadores manifesta sua indignação com os assassinatos de líderes comunitários, agricultores e ambientalistas que lutam pelo desenvolvimento rural sustentável, socialmente inclusivo e contra a exploração predatória na região amazônica e por melhores condições de vida.

Consideramos importantíssima a iniciativa do governo federal de dar prioridade máxima ao assunto, enviando uma força tarefa à região, liberando recursos e criando um grupo interministerial de trabalho.


Os assassinatos não podem ficar impunes. É preciso estancar a violência, dar proteção às lideranças locais e investigar a fundo os crimes cometidos, colocando os responsáveis na cadeia.


Rui Falcão, presidente nacional do PT

Elvino Bohn Gass, secretário nacional Agrário do PT
Renato Simões, secretário nacional de Movimentos  Populares

Alfredo Costa contra os Prédios na Orla de Belém

Alfredo Costa luta contra os prédios na Olrla de Belém




O vereador Alfredo Costa (PT), convocou as secretarias municipais de Saneamento, Urbanismo, Planejamento, Habitação, Meio Ambiente, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, IMAZON, CREA, UNAMA, OAB e Universidade Federal do Pará, o Ministério Público Federal do Pará, Ministério Público Estadual, além de diversas ONGs ambientalistas e Movimento Sociais, para a Sessão Especial que será realizada nesta quinta-feira (02/06), às 15h, na Câmara Municipal de Belém afim de discutirem a construção de edifícios na orla de Belém.


O vereador é autor do projeto de lei que proíbe a construção de prédios na orla de Belem e objetiva ouvir as entidades presentes na sessão especial sobre a situação que ameaça a segurança de possíveis clientes das construturas, como a que está construíndo uma torre de 23 andares no bairro do Telégrafo, na rua Professor Nelson Ribeiro, na orla da baía do Guajará, que segundo o blog do Zé Carlos, presidente da comissão de meio ambiente da OAB-PA, já teve o pedido de embargo da obra junto ao MP e uma ação civil contra a Prefeitura de Belém (PMB) por conta do inapto Plano Diretor Urbano (PDU) em vigor e foram reforçadas pelo Ministério Publico Federal, Estadual e Advocacia Geral da União em ação civil pública ajuizada na Justiça Federal.

O Pacto pelo Pará de Simão Jatene: Bombas e cacetes na Alça Viária.



No lugar do representante da Setran, governo envia o Batalhão de Choque para conter protestos de moradores de município na beira da rodovia da Alça Viária. Spray de Pimenta e Bombas de gás feriram e deixaram vários moradores ultrajados e caídos ao chão. A humilhação e a brutal violência é a marca do governo tucano de Simão Jatene que tem como marca o "Pacto pelo Pará".


Imagens de Oliberal Digital.

segunda-feira, maio 30, 2011

O Código Florestal e o pacto do agronegócio

Por Guilherme C. Delgado no Jornal Brasil de Fato

Uma consequência indireta da articulação ruralista-parlamentar para afrouxamento na legislação ambiental florestal é um tácito relançamento da questão agrária ao debate público dos grandes meios de comunicação, mesmo que os publicistas que tratam desses problemas não se deem conta. Na verdade o que está em jogo na discussão  do Código Florestal é o controle público- privado do território, onde os direitos de propriedade fundiária não podem ignorar o caráter social e público dos recursos naturais que integram continuamente esse território.

Por seu turno, ao reduzir em geral as áreas de mata ciliar (no entorno dos rios) e dispensar as propriedades com até quatro módulos rurais das chamadas Áreas de Preservação Permanente (topos e encostas de morros e mata ciliar), ao mesmo tempo em que propõe forte descentralização estadual, municipal para cuidar de biomas nacionais – Amazonas, Cerrados, Caatinga, Pantanal etc (ou plurinacionais), o Relatório de Aldo Rebelo conseguiu a proeza desunir partes e peças do agronegócio, até bem pouco coesas e omissas na política agrária da função social da propriedade rural.

A Embrapa por intermédio de suas unidades de meio ambiente subsidiou fortemente a SBPC e a Academia Brasileira de Ciências, alertando e contestando as pretensões do Relatório de Rebelo, fazendo inclusive previsões nada lisonjeiras sobre a perda de biodiversidade e às consequências desastrosas sobre hidrologia e aumento do efeito estufa, das ações propostas pelos ruralistas.

A própria mídia televisiva, à frente a Rede Globo de Televisão, deu destaque e cobertura jornalística informativa profissional às questões levantadas pelo Relatório Rebelo, algo que já vinha sendo feito  pela grande mídia impressa, permitindo aos telespectadores e leitores formar juízos sobre ação pública em curso na esfera parlamentar.


Ora, com o tratamento democrático da informação, num campo em que se lida com interesses classistas muito arraigados – o do agronegócio – produziu-se um curioso processo de formação de opinião pública, que de certa forma ameaça a estratégia ruralista original, que é de eliminar  qualquer restrição social e ambiental aos direitos privados absolutos.


O governo federal, que até o presente se manteve na sombra, tem ou teria uma oportunidade de ouro para alterar as bases de sua aliança conservadora com os ruralistas, não estivesse ele próprio envolvido nas tratativas da “reforma” do Código Florestal, urdidas no governo Lula, sob a égide do então Ministro da Agricultura, Reynold Stephanes.

O que está ficando cada vez mais claro é uma pequena fratura no pacto do agronegócio, no qual a questão ambiental, seja por pressão urbana, oriunda da intuição dos riscos climáticos associados, seja pela legítima  pressão externa, ligada aos impactos do efeito estufa, estariam recolocando na agenda política os novos componentes da velha questão agrária. Mas não tenhamos ilusões com a elite do poder, incluindo os novos sócios, agregados no último decênio. Não está em pauta reverter a aliança das cadeias agroindustriais, grandes proprietários fundiários e o Estado brasileiro para exportar “commodities” a qualquer custo, que é em essência a estratégia do agronegócio brasileiro. Mas talvez não se deixar engolir pelas extravagâncias deste pacto conservador.


De qualquer forma é muito didática a discussão do Código Florestal ora em curso, porque ela trata indiretamente mas essencialmente dos direitos de propriedade fundiária, aflorando até mesmo um conceito praticamente em desuso – o do minifúndio, que é utilizado pelos ruralistas como argumento para isenção de pequenos imóveis rurais de cumprir a exigência de Áreas de Preservação Permanente (APPs), tese inteiramente resolvida há 55 anos no Estatuto da Terra.

Infelizmente o que não está em discussão é a absoluta frouxidão das políticas fundiária e ambiental de cumprir e fazer cumprir as regras de direito agrário e ambiental, que são ponto de partida para se conviver civilizadamente no presente e muito mais ainda no futuro. Mesmo assim, o Relatório Rebelo pretende afrouxar ainda mais, aplicando provavelmente  a estratégia de “por e tirar o bode da sala principal”.

O Mal da Amazônia

Casso


Edgar Vasques



JBosco


Cartunistas retratam com o dom de seus traços, um quadro insólito e cruel da realidade na Amazônia Brasileira. 

No site do Jornal Brasil de Fato, a terrível constatação: 04 militantes da luta contra a devastação da floresta são assassinados em apenas 5 dias.

domingo, maio 29, 2011

PT Ananindeua terá candidato à Prefeitura em 2012

José Oeiras, presidente do PT de Anindeua.


PT de Ananindeua decidiu neste sábado, 28, marchar com candidatura própria em Ananindeua em 2012.
 
Em Encontro Municipal Extraordinário do PT de Ananindeua, realizado nesta sábado dia 28, na Câmara Municipal, cerca de 200 militantes e dirigentes do partido aprovaram Resolução Politica sobre a Estratégia que o partido vai adotar visando às eleições 2012, que é ter candidatura própria à prefeitura de Ananindeua. O PT também aprovou um calendário de discussão interna sobre o processo de escolha de nomes para candidaturas a chapa majoritária e proporcional, mas no Encontro foram sugeridos alguns nomes para o cargo majoritário e uma lista inicial de 30 nomes para a chapa proporcional.
 
O PT está formalmente no Governo do PMDB deste o primeiro mandato, mas no Encontro a base militante e as principais lideranças do Diretório Municipal fizeram um balanço critico da relação PT no Governo e apontaram para a necessidade da direção municipal abrir um processo de debate sobre o rumo que o partido fará para o desembarque de alguns petistas que ainda estão no governo municipal.
 
Entre as principais críticas acentuadas pela militância petista a atual gestão municipal, estão a distancia da relação Prefeito e Direção Partidária, alguma politicas do “modo petista” de governo que não foram implantadas e a situação de abandono que passa o município, pincipalmente na paralisia de projetos de infraestrutura de saneamento básico, em especial as obras do PAC em diversas áreas do município, que são investimentos do Governo Federal que são gestados pela prefeitura.
 
Para o Presidente do PT de Ananindeua, José Oeiras, o Encontro serviu para o PT definir qual é a melhor aliança política em 2012, processo este que já vem sendo construído desde sua eleição no PED (Processo de Eleição Direta) no final de 2009. “O PT é o maior partido do Brasil, é uma força política em Ananindeua, tem bases sociais, tem propostas politicas e militantes preparados para governar o município e a nossa principal aliança estratégica são com os movimentos sociais e os partidos de centro esquerda. Ainda, o PT tem que se apropriar das politicas publicas do governo federal e dos benefícios do governo Ana Julia que foram para Ananindeua e capitalizar politicamente essas ações dos governos petista” afirmou Oeiras.
 
Participaram do encontro o candidato a senador Paulo Rocha, o ex-secretário de Esporte e Lazer do Pará, Albertinho Leão, o Presidente do PT de Belém, Apolônio Brasileiro, o vice-presidente da Câmara Municipal de Belém, o vereador Adalberto Aguiar, a vice-prefeita de Anananindeua, Sandra Batista e o líder da bancada e único vereador petista na camara de Ananindeua, Pedro Soares.

José Oeiras.
Presidente do PT - Ananindeua 

A gafe

Em O Liberal.

quinta-feira, maio 26, 2011

50 motivos para dizer não à Reforma do Código Florestal

Trago do site do líder do PSOL na câmara federal, o deputado federal Chico Alencar, a nota técnica elaborada pelo companheiro Kenzo Jucá, o qual conheci na  UFPA, no início da década de 90, em plena efervescência do movimento estudantil. O texto do paraense trás uma excelente análise sobre os danos que o tal novo Código Florestas trás ao país.

Vale lembrar que dos 17 deputados federais do Pará, apenas 02 - Cláudio Puty (PT) e Arnaldo Jordy (PPS) votaram contra o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) que trás um enorme retrocesso à política de proteção ambiental e de desenvolvimento sustentável do Brasil.
 

NOTA TÉCNICA ACERCA DAS 50 FLEXIBILIZAÇÕES PROBLEMÁTICAS DO "NOVO    SUBSTITUTIVO” AO PL 1.876/99 INTRODUZIDAS PELO PARECER DO RELATOR ALDO REBELO APÓS ACATAMENTO EM 11/05/2011 DA “EMENDA DE PLENÁRIO N0 186” (PMDB) AO TEXTO APROVADO NA COMISSÃO ESPECIAL DO PL 1.876/99 QUE REVOGA A LEI 4.771/65 DO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO.

1. RETIRA A REFERÊNCIA A LEI DE CRIMES AMBIENTAIS (Lei 9.605/98): No  ARTIGO  20 o "Novo  Substitutivo"  retira  expressamente  a  referência explícita  a  Lei  de   Crimes  Ambientais,  que  remete  à  sanção  penal  e administrativa as ações ou omissões  constituídas em infrações na forma do Código Florestal. Tenta impedir, dessa forma, uma das principais conexões da legislação ambiental brasileira de forma a dar-lhe efetividade, que é justamente a inter-relação entre as infrações descritas no Código Florestal e os relativos tipos penais, crimes e penalidades previstas na Lei de Crimes Ambientais.

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A dor pela perda da Lutadora.

Enviado ao blog por email.


Amigas e amigos da Plataforma e RLATS

Escrevo de Paris para informar voces que no dia 24 de maio, Maria de Espirito Santo de Silva, uma grande amiga, companheira, arteducadora e integrante de nosso projeto amazonico 'Vozes do Campo' foi assassinada com seu companheiro, na regiao de Maraba.

Conheci a Maria em 2004 quando iniciamos uma colaboracao com ela e mais outros cinquenta educadores do campo da região sudeste do Para. Hoje, faltava so dois meses para a celebracao da formatura da turma. Nas ultimas semanas, enquanto editava o livro da turma (para ser lancado na formatura), re-li varios contos de historia de vida e poemas da Maria que narravam as dores, as alegrias e os sonhos de quem sempre viveu na e pela Floresta. Ela era a educanda mais experiente da turma, vivida, marcada pela historia de luta pela Floresta. Lado a lado da Irma Doroty. Todos tinham muita admiração por ela. Quando ela apresentava os produtos do agroextrativismo da comunidade nas feiras falava de cada um com amor sem fim. Lutou com cada palavra, com a caneta, com idade, com as sementes, cada sonho para tornar um projeto de agro-extrativismo comunitario na Amazonia possivel.


Ainda em choque... de tristeza, de dor da perda, de indignação, de injustiça. Nao consigo escrever mais, nesse momento. Ela fazia parte da ABRA. Esteve no IDEA 2010, grande lutadora contra o 'Codico da Floresta' que foi votado ontem. Vamos juntar nossas vozes latino-americanas em solidariedade com a familia, comunidade e luta pan-amazonica em memoria da Maria?

Com carinho

Dan

quarta-feira, maio 25, 2011

Terra de Negro






A falta de políticas públicas específicas é um dos motivos para a demora na regularização fundiária de territórios para os povos quilombolas, levando em consideração esse fator, o Deputado Estadual Chico da Pesca (PT) solicitou uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Estado do Pará, que acontecerá no dia 27 de Maio de 2011. 


O último levantamento feito pelo ITERPA mostra 401 comunidades quilombolas identificadas no Estado. Somente 118 são tituladas e possuem seu território delimitado pela a mesma instituição. Esta foi uma das razões que motivou o Deputado Estadual Chico da Pesca, a solicitar uma  Audiência Pública para debater esta situação.

A Audiência Pública contará com a presença da Dra. Ivonete Carvalho, atual Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais, que representará a Ministra Luiza Bairros  da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Presidência da República e terá como tema principal o processo de regularização fundiária, a titulação das áreas quilombolas tanto no âmbito Estadual quanto Federal. 

A audiência também discute o georeferenciamento das terras quilombolas, que trata do levantamento de dados, cálculos, análises e tornar suas coordenadas conhecidas num dado sistema de referência, e os arranjos produtivos para os quilombolas, isto é, um apoio produtivo: como agricultura, pecuária e qualquer outra ajuda necessária. 

 

Foram convidados para a Audiência Pública os representantes do ITERPA, SEMA, SAGRI, IDEFLOR, SPU-PA, MDA, INCRA, MPF, AGU, MPE, SEJUDH, SUDAM, e entidades populares e ONGs que abordam a temática.

Fonte: ASCOM - Chico da Pesca.

Petista é à favor da CPI e do Ato contra a Corrupção


Adalberto Aguiar é dos poucos vereadores que se manifestou favorável à CPI na ALEPA.

O vice-presidente da Câmara Municipal de Belém (CMB), vereador Adalberto Aguiar (PT) está apoiando a "Caminhada Contra a Corrupção, pela Vida e pela Paz", iniciativa da OAB-PA. A caminhada acontecerá neste sábado, 28, a partir das 9h.

A concentração será no Largo da Trindade em frente ao prédio da Ordem. A caminhada, que tem expectativa de reunir cerca de 10 mil pessoas, será até a sede da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa).

Adalberto já se pronunciou na tribuna da Câmara repudiando as irregularidades na Alepa. 

“Infelizmente, são desvios como os encontrados naquela Casa pela Polícia Federal, Civil e pelo Ministério Público que prejudicam a reputação de toda a classe política”, lamenta Aguiar.

Segundo investigação, são 18 anos de abusos do dinheiro público, que apontam indícios de envolvimento de seis ex-presidentes da Assembleia Legislativa. Adalberto lamenta que um povo tão carente de saúde, transporte, coleta de lixo, moradia, lazer e educação, padeça com a falta de políticas públicas devido ao desvio de milhões para o benefício de um grupo, uma quadrilha que jamais deveria estar à frente da política no nosso Estado.

Fonte: Assessoria de Imprensa do Vereador.

Nota de Dilma pelo falecimento de Abdias Nascimento

"O Brasil perdeu hoje um dos seus maiores líderes no combate a discriminação racial. O escritor, jornalista e parlamentar Abdias Nascimento foi, ao longo de toda a vida, um influente defensor dos direitos dos afrodescendentes e promotor da causa da igualdade racial. Sua atuação incansável contribuiu para a definição de importantes marcos institucionais na luta contra o racismo no Brasil e para a consolidação de políticas públicas voltadas para a promoção da igualdade. Ao lamentar sua perda, transmito à família de Abdias Nascimento meu sentimento de sincera solidariedade. Estou segura de que seu legado continuará a inspirar a todos nós, brasileiros, a perseverar no caminho da igualdade e da justiça."

Dilma Rousseff, Presidenta da República.

terça-feira, maio 24, 2011

À favor ou contra?


No Jornal O Liberal desta terça-feira, 24 de Maio de 2012.

Chega de Impunidade!

Tombou mais um defensor da Floresta

"Vivo da floresta, protejo ela de todo jeito. Por isso, eu vivo com a bala na cabeça a qualquer hora. Porque eu vou para cima, eu denuncio os madeireiros, os carvoeiros e, por isso, eles acham que eu não posso existir. A mesma coisa que fizeram no Acre com Chico Mendes, querem fazer comigo. A mesma coisa que fizeram com a irmão Dorothy, querem fazer comigo. Eu posso estar hoje aqui conversando com vocês, daqui a um mês vocês podem saber a notícia que eu desapareci."  Zé Cláudio.
Zé Cláudio Ribeiro vivia na Amazônia produzindo castanhas através do Projeto da Reserva Extrativista Praia Alta, em nova Ipixuna do Pará, próximo do Município de Marabá. 

Em uma palestra emocionante durante o TEDx Amazônia, ele contou como é constantemente ameaçado por madeireiros e carvoeiros devido às denuncias que faz. Foi por conta da ação desses grupos que a cobertura de floresta nativa local passou de 85% em 1997 para pouco mais de 20% nos dias de hoje.

Citando Chico Mendes e Irmã Dorothy, dizia-se várias vezes ameaçado de morte. Em Dezembro num evento da TEDx Amazônia num fórum internacional que discutiu como tema a qualidade de vida no planeta, voltou a prever seu assassinato que hoje aconteceu, junto com sua esposa.

A Veja informa que os ex-ministros do Meio Ambiente que reuniram-se há pouco com Dilma Rousseff para tratar da votação do Código Florestal relataram a ela a morte do líder camponês.Surpresa, Dilma, determinou ao ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que dê apoio às investigações sobre a morte do casal.

Assista o vídeo onde Zé Cláudio afirma que vai morrer:

domingo, maio 22, 2011

O Tacacá





O TACACÁ¹ 


Vera Mogilka²

"O tacacá, toma-se? bebe-se? sorve-se? saboreia-se? Não, O tacacá  deseja-se, de repente, como se deseja uma mulher, como se deseja retornar ao amor da adolescência.

O tacacá possui o toque agudo da  saudade. A memória de seu sabor salgado e ardente assalta-nos sem  aviso, em pleno dia, em determinadas horas de distração. Naquele  momento involuntário de repouso quando, por fim ao cair da tarde sobre  o rio, respiramos. Certo e pequeno instante, dezenas de sugestões  cruzam a mente. Todos os atos gratuitos e cheios de graça da vida: uma  criança correndo na grama, braços em repouso e um regaço, mãe  amamentando o filho, avião acendendo e apagando as luzes na bruma da  noite, navio singrando a baía, luar úmido sobre igarapés - vontade de  tomar tacacá. Desejo de tacacá. Porque, para tomá-lo, é preciso, antes  de tudo, um ritual.

 É preciso que seja ao anoitecer. Ainda não de todo noite completa;  ainda não dia findo. Àquela hora semi-crepuscular, indecisa e feminina  quando, por fim, o céu se envolve de um azul-cinzento intenso ou  aquela chuva antes da saída da lua. É preciso que estejamos cansados, tão fatigados que nada nos afigure mais necessá­rio, naquele momento,  do que tomar um tacacá. Nem o bate-papo informal com o amigo. Nem o  café no Central. Nem o olhar à mulher que passa. Apenas, a pro­cura, a  única procura por um tacacá, com pouca pimenta ou muita e bem quente.

 Depois, é preciso que haja um banco. Tacacá toma-se sentado para que o  corpo repouse e possa se entregar completamente ao prazer de saboreá-lo. Porque o tacacá é extremamente absorvente. Quando bem feito, o que ocorre pouco. Pois fazê-lo e tomá-lo é uma arte. É preciso, também, que a noite desponte ao chegarmos junto ao carrinho  de tacacá. E comece a chover, levemente. Faça algo de frio, algo de úmido. O que não é difícil em Belém.

 Depois, como estamos cansados e  queremos esquecer, esperamos. Uma paciência longa e calma, até que a  dona do tacacá termine por prepará-lo. De preferência que seja em  Nazaré ou olhando a Igreja da Trindade. É preciso que o tucupi seja  leve, amarelo-canário e novo. Que a goma bóie no líquido, espalhada  por acaso e se mostre apenas por alguns instantes; que não haja muita folha; que os três ou quatro camarões sejam médios, nem grandes demais ou minúsculo e somente uma parte deles apareça, a ligeira carne rósea a deixar-se entrever, adivinhar-se na cuia olorosa. Depois, é preciso que haja sal e pimenta de cheiro, mas não em demasia; o suficiente  para nos queimar a alma nos primeiros goles e reanimar o corpo; então  renascemos para a noite e a alegria novamente nos habita. O suficiente  apenas para desvanecer seu fervor após esses primeiros goles e tornar-se depois, uma presença quente, já quase uma memória, na ponta  da língua.

 É preciso saber tomar o tacacá. Aos primeiros sorvos integralmente seu  calor, sua salinidade, seu gosto de mar quente, de arbusto e molusco que os lábios experimentam fugidiamente. É preciso que o jambu e os  camarões pousem lentamente no fundo da cuia e venham à boca, por si mesmos, sem o auxílio dos dedos. É necessário que não sejamos interrompidos. Apenas um aceno de cabeça aos conhecidos que passam. Um filtro mágico que se bebe em silêncio e solidão. Somente a comunicação imperceptível com a tacacazeira: feiticeira moderna numa terra onde as lendas ainda sobrevivem em um mundo que se materializa  inexoravelmente.

 Chegados ao fim do tacacá, é preciso que o mesmo ainda se conserve morno, assim como o fim de um amor. Jamais frio. Não existe nada pior do que um tacacá frio. É como champanhe sem gelo. Neste momento tomaremos contacto real com as grandes porções maternais de goma penetradas pelo tucupi e pela amargura das folhas. Há sempre um gato gordíssimo perto do carro de uma tacacazeira. Ele comerá,
 displicentemente, as cascas de camarão que atirarmos ao chão. A cuia  está vazia.

 Agora, o mais importante: jamais repetir o tacacá, na mesma noite. A segunda cuia nunca devolverá o sabor da primeira. O primeiro tacacá daquele dia é único, autêntico, original, insubstituível como o gosto  do primeiro beijo. Como a primeira entrega de amor. Porque os tecidos de nosso cansaço e de nossos desejos são satis­feitos. Porque foi necessário todo um dia infrutífero e todo um sol de toda uma chuva  para alcançá-la. Todo o equívoco das relações humanas, toda a falta de  solidariedade, de cortesia, de amizade e de comunicação com os outros.

 A decep­ção será fatal se arriscarmos um segundo, fiéis à gula. É  preciso permitir-se um resto de fome, um resto de desejo para o dia seguinte, um resto de tristeza intransferível. Quando a baía abrir suas margens de musgo para recolher as asas do dia; quando a lua  surgir em seu halo de chuva; quando chegarmos ao fim de nossas tarefas  cotidianas, então, novamente, sentiremos na ponta da língua a subtaneidade acre do tucupi. Paraenses, não vos espanteis com essa narrativa. O que, para vós é  banal e acessí­vel desde a infância, para um sulista é um mistério, uma surpresa e um inédito prazer. Muito comum é o visitante de outro Estado que vem a Belém pela primeira vez e olha, desconfiado, aquele grupo de pessoas ao redor de um carro de tacacá. Os movimentos das mãos da tacacazeira lavando as cuias e servindo-as, Os utensílios tos­cos, rudimentares. O turista, cheio de suspeitas e de teorias  anticépticas, recusa-se a prová-la com argumentos de falta de higiene.  Procura máquinas a vapor que sequem automaticamente as cuias. Busca  torneiras reluzentes de onde jorre um tucupi sintético e insosso; e só  encontra aquela magia indígena, obscura, incons­ciente perante a qual recua porque seu coração não possui mais raízes fixas no mistério da  natureza. Porque não é mais um homem natural.

 Paraenses, vós desconheceis vossas próprias riquezas. Dia chegará a  que o gi­gante levantará a grande cabeça de florestas de seu berço esplêndido e o Brasil será redescoberto (não mais pelos portugueses).  O tacacá deixará de ser um usufruto particular e banal. E, em clima frio e chuvoso como o de São Paulo será servido à noite, entre centenas de sessões de cinemas super luxuosos.   Milhares de tacacás industrializados, produzidos por intrincados mecanismos de alumínio e aço. E o mistério amazônico perder-se-á para sempre. Será recolhido ao  coração de alguma floresta ainda virgem, porém, impenetrável e densa.  Lá onde os homens não possam mais capturá-lo e bebê-lo,  distraidamente, sem amor e sem ritos. Lá onde, enfim, seu selvagem sabor repouse intacto e inacessível no bojo do tempo.

 ¹ - Crônica publicada dia 16 de fevereiro de 1964, no jornal "A  Província do Pará" , editado diariamente em Belém do Pará.

 ² - VERA MOGILKA, turista gaúcha, retratou de modo interessante o  Tacacá em diversos dos seus aspectos.

Esta crônica foi transcrita no livro “A mandioca na Amazônia”, de  autoria do engenheiro agrônomo Milton Albuquerque, pesquisador do Instituto Agronômico do Norte, hoje Embrapa, em Belém do Pará, em  1966.


Enviado ao blog pelo grande camarada José Varella. 

Conheça-o:

http://resistenciamarajoara.blogspot.com/

"Nossa vitória não será por acidente"

MP pede quebra de sigilo bancário e fiscal do prefeito de Ananindeua

O blog recebeu o processo de número  0810605-68.2024.8.14.0000,  que tramita no Tribunal de Justiça do Esado do Pará e se encontra em sigilo...