O procurador José Robalinho Cavalcanti, do 2º ofício criminal do 
Ministério Público Federal, em Brasília,  foi quem denunciou o 
jornalista Amaury Ribeiro Jr.
Por Conceição Lemes, no Viomundo.
Nessa quinta-feira 18, a Folha de S. Paulo publicou reportagem assinada por Cátia Seabra e Fernando Mellode, afirmando que:
O Ministério Público denunciou o 
jornalista Amaury Ribeiro e outras quatro pessoas acusadas de quebras 
pelo sigilo de pessoas ligadas a José Serra em 2009. A Procuradoria 
pediu ainda a abertura de inquérito para identificar mentores da ação.
Em 2010, quando Serra enfrentou Dilma 
Rousseff na corrida pela Presidência, dados sigilosos do ex-ministro 
tucano Eduardo Jorge foram encontrados num dossiê em posse da equipe da 
pré-campanha petista. Segundo investigação da PF, o sigilo de Veronica 
Serra, filha do ex-governador, também foi quebrado.
“Eu não quebrei sigilo de quem quer que seja”, rebate o jornalista 
Amaury Ribeiro Jr. “Este processo está quatro anos no Ministério Público
 Federal. Agora, justamente no dia em que recebo do exterior a 
documentação sobre o processo contra a Rede Globo por sonegação, lavagem
 de dinheiro, crime contra o sistema financeiro, utilização de empresas 
nas Ilhas Virgens Britânicas para pagar à Fifa pelos direitos de 
transmissão da Copa de 2002, o Ministério Público Federal decide me 
denunciar.”
“Aliás, essa mesma documentação já havia sido encaminhada ao 
procurador-geral da República, Roberto Gurgel”, observa Amaury. “Acho 
uma coincidência absurda, porque os documentos, que acabo de receber das
 Ilhas Virgens sobre as movimentações da Globo e da Fifa, comprovam que a
 cúpula do Ministério Público tucano, ligada a Robalinho, prevaricou 
feio.”
A denúncia contra Amaury foi feita pelo procurador José Robalinho 
Cavalcanti, do 2º ofício criminal do Ministério Público Federal, em 
Brasília.
O  dr. Robalinho é filho do médico Guilherme José Robalinho Cavalcanti, ex-secretário municipal de Saúde de Recife.
Em 2008, segundo o JusBrasil, o
 juiz Frederico Koehler, da 2ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco, 
recebeu ação por  improbidade administrativa contra Guilherme Robalinho 
devido a irregularidades ocorridas na implantação do Programa Leite é Saúde,
 que fazia parte de um convênio entre o Município do Recife e a União 
Federal, com o objetivo de atender aos desnutridos e às gestantes sob 
risco nutricional.
Em matéria publicada pelo Estadão em 2006,
 a advogada Marília Cardoso disse que” Guilherme Robalinho foi várias 
vezes citado em depoimentos de envolvidos na Máfia dos Vampiros. 
Robalinho, que tinha bom relacionamento com o então ex-ministro da Saúde
 José Serra (PSDB), teria um suposto envolvimento com um dos 
representantes da multinacional suíça Octapharma, Jaisler Jabour, também
 denunciado na Máfia dos Vampiros, que teria financiado campanhas 
políticas em Pernambuco”.
“O dr. Robalinho deveria se declarar impedido de atuar no meu caso 
devido às ligações do pai dele com José Serra, que é alvo das 
investigações no meu livro. Tenho muitas provas que comprovam a ligação.
 Vou apresentá-las na minha defesa na hora certa”, afirma Amaury. “Estou
 pronto para briga. Carregado de munição para implodir a ala tucana que 
se apoderou do Ministério Público. Não vai sobrar nenhuma pena.”
O premiadíssimo Amaury Ribeiro (que, por precaução, já repassou 
cópias de todo o material recebido para outras pessoas de sua 
confiança), acrescenta:
“Se esse procurador queria me expor na mídia para agradar seus 
amigos, aviso: isso não me atinge mais. 
Até tiro de traficante já levei.
 Sou honesto, com  trabalhos prestados à sociedade no combate à 
injustiça social. E, acima de tudo, um sobrevivente, que sobreviveu com 
sucesso (200 mil livros vendidos) ao bombardeiro da imprensa canalha nas
 últimas eleições. Será que ele e seu pai Robalinho têm o mesmo preparo?
 Vamos ver. A batalha só está recomeçando com uma diferença: estou mais 
forte, com milhares de brasileiros que me apoiam do fundo de seus 
corações”.
OS RESULTADOS DOS PROCESSOS DE RUI FALCÃO E JOSÉ SERRA CONTRA AMAURY
A propósito da denúncia do MPF, Amaury Ribeiro Jr. atenta:
1) Como eu havia mencionado em depoimento à Polícia Federal e no Privataria Tucana,
 a história do grupo de inteligência não foi uma invenção do atual 
presidente do PT, Rui Falcão, que compilou dados do livro do meu 
computador (Folha, por favor, não são dados sigilosos).
Esses dados foram entregues à Veja por Falcão e o 
ex-ministro Antônio Palocci com o propósito de derrubar Fernando 
Pimentel e Luiz Lanzeta do comando da campanha da então candidata à 
presidência da República, Dilma Rousseff.
Ruy Falcão me processou. E o que aconteceu? A Justiça julgou que 
havia provas suficientes que mostravam que eu estava dizendo a verdade.
Em outras palavras, eu tenho agora o aval da Justiça para dizer que o
 presidente do partido da presidenta do país traiu seus próprios 
companheiros.
2) O personagem principal do livro Privataria Tucana,
 José Serra, também entrou com processo na Justiça contra mim por danos 
morais. Faminto por dinheiro, Serra exigia todos os recursos arrecadados
 com a venda dos livros. Teve de se contentar com R$ 1.000,00 devido a 
uma legenda infeliz da publicação. Mas acabou sendo humilhado com a 
ironia do Juiz, que alegou que Serra não precisava mais de dinheiro, 
porque já tinha milhões em paraísos fiscais.
3) O caixa de campanha do PSDB, Ricardo Sérgio, 
também havia se dado mal ao tentar me processar. Além de perder o 
processo, a Justiça mandou a CPI do Banestado enviar toda papelada que 
comprova o pagamento de propina do processo de privatização. Diante das 
sucessivas derrotas, não restou ao PSDB se não entrar com  novo processo
 em que afirma não ter nenhum vínculo com o ex-piloto dos consórcios das
 privatizações. Que piada!
4) Em resumo: a Justiça se manifestou várias vezes sobre a fé pública dos documentos publicados no Privataria Tucana.
 No entanto, o procurador Robalinho, que teve acesso aos autos, não 
pediu nenhuma investigação para apurar os crimes praticados pelos 
tucanos.
Por quê? Isso é respondido por um estudo jurídico elaborado por uma 
empresa internacional de renome contratada pelo autor, que analisou 
todas as ações impetradas por Robalinho durante sua passagem pelo 
Ministério Público Federal. O resultado é uma bomba, que será entregue 
ao Conselho Nacional do Ministério Público no momento certo.
5) Desde pequeno, tenho a convicção, por defender o 
mais pobres e injustiçados, que sou protegido por uma força divina. Mais
 uma vez, essa força está me levando em frente. É vitória em cima de 
vitória. Estou ansioso para ver o resultado final desse processo e de 
outros que pretendo mover no futuro. Com paciência, paciência e mais 
paciência, como aconselhou o pai de meu advogado, meu conterrâneo do 
Paraná, Adriano Bretas.












